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Aos caros familiares e amigos que me

Acompanharam nesta longa caminhada,


Minha afetuosa saudação e o meu fraterno abraço.
Encantado, 18 – 11 – 2012.

Gino Ferri

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(Página 2 - em branco)

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REMINISCÊNCIAS II

( Foto 1 – Gino e Wanda)

GINO E WANDA

MEUS NOVENTA ANOS

GINO FERRI
18 NOVEMBRO 2 0 1 2

© - GINO FERRI

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Apresentação: Cláudio José Ferri e Eunice Ferri Lang

Capa: Foto de
Carina Marques
do Jornal Informativo do Vale.

Revisão: Maria Suely Pochmann

Impressão: Gráfica Treze de Maio


Rua Ruperti Filho, 1554
Venâncio Aires - RS.

Genuíno Antônio Ferri


(GINO FERRI)
Travessa Luiz Ferri, 70
Encantado – RS.
CEP. 95960 – 000

APRESENTAÇÃO

AMADO PAI!

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Apresentar um livro teu, é para nós, sem
dúvida alguma, uma grande alegria.
Difícil é falar de um livro sobre os teus
noventa anos de vida, sem lembrar o pai amoroso,
amigo, compreensivo e dedicado, em todas as
situações de nossas vidas. E, principalmente, o
esposo amoroso de nossa querida mãe WANDA,
pelo que, muito nos orgulhamos de ti.
As páginas deste livro nos lembram o homem
maravilhoso que temos ao nosso lado, puro e
verdadeiro, justo e sempre preocupado em deixar
um legado às futuras gerações, através de suas
obras, para que a história não se perca no tempo.
Cada narrativa tem a participação de amigos,
familiares e colegas, que fazem o texto fluir pelas
memórias e experiências.
Você para nós é um exemplo de vida.
Nunca seremos gratos o suficiente a Deus, por
ter-nos colocado ao seu lado e em nossas vidas.

Esperamos que todos apreciem a mais linda


de todas as tuas obras.
A tua própria VIDA!
Parabéns e muito obrigado.

Cláudio e Eunice.

DEDICATÓRIA

Com saudade dedico esta obra aos meus saudosos


pais, (Im Memoriam), que, além de me darem a vida, me

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ensinaram a viver, incutindo em mim, seus valiosos e sábios
ensinamentos.
Dedico, também, a querida Wanda, companheira
inseparável, na maior parte desta longa caminhada, aos
filhos, Cláudio e Eunice, a nora Ieda, ao genro Adalberto,
aos netos Cláudia, Carlo, Fernando - Moisés, Mateus e
Lucas; e, ao bisneto Vinícius, que me enchem de orgulho,
pela coragem com que enfrentam seus desafios, e
principalmente, pelo que acrescentam em minha vida, e, por
serem a grande razão, de meus dias alegres e felizes.
A todos, o meu carinho e o meu abraço afetuoso.!
GINO FERRI

AGRADECIMENTOS

Aos caros familiares, pela compreensão e estímulo,


Aos amigos que me prestigiaram.
À Professora Maria Suely Pochmann, que não
poupou esforços, no aprimoramento desta obra.
Aos filhos Cláudio e Eunice, pela carinhosa
mensagem de apresentação.
E, a todos os que colaboraram na sua concretização.
O meu reconhecimento e minha profunda gratidão.
Com o meu caloroso abraço.
GINO FERRI

PREFÁCIO

Após, o lançamento do livro FREI JACINTO


MISSIONÁRIO, em 20 de setembro de 2010, comecei a
coletar dados e anotar os acontecimentos que ocorreram
após o lançamento do livro: REMINISCÊNCIAS, MEUS

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OITENTA ANOS, em 18 de novembro de 2002, prevendo o
lançamento deste novo livro:

“REMINSCÊNCIAS II - MEUS NOVENTA ANOS”

“Uma complementação auto biográfica com a adição


de alguns dados anteriores, desde a infância, a juventude, a
idade adulta, chegando até esta data maravilhosa dos
noventa anos.

Escrever, para mim é alimentar o espírito, É manter


vivos os sentimentos mais íntimos, do meu coração. É
procurar, nos escaninhos da memória, as imagens gravadas,
numa longa vivência e descrevê-las, para que não se percam,
sempre sob o amparo de um Ser Superior, que iluminou
meus passos, e, ainda ilumina o caminho restante, desta
jornada nonagenária, a quem agradeço diariamente.

Encantado, 18 de novembro de 2012.


90º. Aniversário.
GINO FERRI

9 0 ANOS!
É uma data memorável,
Que festejamos com amor,
Desejando, em primeiro lugar,
Juntos, agradecer ao Criador!
Obrigado Senhor!

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VELHOS AMIGOS
Onde estão os meus bons amigos?
Meus amigos de épocas passadas,
Já não os vejo mais pelas ruas,
Já não vislumbro suas pegadas.

Passaram céleres, pelos meus caminhos,


Deixando apenas seu perfume de saudade
Desapareceram, assim, como, a miragem,
Seguindo o caminho longo da eternidade.

Descansem em paz, velhos companheiros


E na minha restante e difícil caminhada,
Nas escuras veredas de minha vida
Sede para mim um fanal a me iluminar.
Implorai a Deus, para que me proteja,
Até que um dia, possamos nos reencontrar!

ANO DE 2002

PARTE FINAL

A festa comemorativa aos meus oitenta anos,


realizada em 18 de novembro de 2002, foi muito alegre,
descontraída, e, mesmo, emocionante, ainda que, a Wanda
já apresentasse os sintomas da doença de Alzheimer, porém,

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não impedindo sua efetiva participação.
Pela manhã, daquele dia, enquanto eu e a Wanda
recebíamos, em nossa casa, os familiares, parentes e amigos,
nossos filhos preparavam o ambiente, no Restaurante
“Stravízio”, onde seria servido o almoço, enfeitando o local
com bandeirolas e flores e colocando ao lado da entrada, um
grande painel, com balões coloridos, representando o
número oitenta.
Às onze horas nos dirigimos ao local e ficamos
surpresos com a beleza da decoração do ambiente.
Ao meio dia, foi servido o almoço, especialmente
preparado pela equipe de Dona Maria Echer, com um ótimo
cardápio, que agradou, plenamente, a todos os
participantes.
Após o almoço, dentro de um clima de alegria
ocorreram diversas saudações e o lançamento do livro:
REMINSCÊNCIAS - MEUS OITENTA ANOS, elaborado
especialmente, para a data natalícia, com impressão
computadorizada e encadernada.
Já que os convidados para o almoço eram, somente
parentes e alguns amigos, os autógrafos do livro estavam
prontos e individualizados.
A festa se prolongou até a metade da tarde, com
muita animação e alegria.

(Foto 2 - Com familiares)

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COM OS FAMILIARES

À tarde, a festa continuou em nossa residência. À


noite fomos assistir a missa, em Ação de Graças, na Igreja
Matriz São Pedro.
Finalizada a cerimônia, o padre convidou a mim e a
Wanda, para irmos até o altar, ocasião em que fomos
saudados com o canto “Parabéns a Vocês”, seguido de
muitos cumprimentos.
Após, recebemos, ainda, a visita de diversos amigos
que vieram nos cumprimentar, em nossa residência.
A partir de então, comecei a anotar numa agenda, os
acontecimentos que passaram a ocorrer.
Porém, com o agravamento da doença da Wanda tive
que começar uma nova fase de vida.
Fui, gradativamente, reduzindo minhas atividades
anteriores, especialmente as referentes a parte social, a
política, e, mesmo, ao lazer, pois assim, melhor poderia
atender a Wanda, seguindo todas as recomendações
médicas, especialmente, a que veio do doutor Morugucci:

“PARA ESTA DOENÇA, O MELHOR REMÉDIO É O


AMOR”!

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Assim, continuei nas minhas pesquisas históricas,
além de realizar palestras nas escolas, da Região.
Durante este período, dediquei-me a uma tarefa
gratificante, escrever. E, assim, surgiram os livros:

HISTÓRIAS DO GINO - 21 - 3 - 2006;


ENCANTADO II - SUA HISTÓRIA, SUA GENTE –
14-11-2007;
VIAGENS – Em “xerox” e em C D - 18 - 11 - 2008;
AS QUATRO REVOLUÇÕES - 19 - 9 - 2009;
W A N D A - 25 – 12 - 2009;
FREI JACINTO CAPUCHINHO - 20 - 9 - 2010;
HISTÓRIA DA BACIA DO RIO-TAQUARI-ANTAS
- OUTUBRO - 2012.
REMINISCÊNCIAS II – MEUS NOVENTA ANOS
HOJE, 18 – 11 – 2012.

Simultaneamente, estão sendo elaborados, e, que


espero publicar um dia, se Deus assim o permitir:

“AGENOR PERETTI” - Um estudo biográfico sobre


o maior Artista Encantadense, de todos os tempos,
reverenciando uma grande amizade. Em parceria com o
colega escritor, Airto Gomes.

“ENCANTADO CENTENÁRIO” – 2015 - Versando


sobre os mais diversos e variados assuntos, fatos e
acontecimentos, ocorridos em Encantado, incluindo, poesia,
ficção, reportagens, crônicas e, naturalmente, a história de
Encantado, vista sob um prisma diferente.

“FAMÍLIA FERRI” - Em 16 de julho de 2011, dei


início a um novo trabalho, que desde muito tempo, eu
queria iniciar, porém, sempre foi sendo protelado. Um
estudo sobre o ramo da Família de Antônio Ferri,
ampliando os dados de uma pesquisa realizada pelo
Instituto Genealógico Coccia, de Florença, Itália, solicitada

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por mim, do fichário da família “FERRI”, organizado
pelo sobrinho Omar Ferri, e, outros dados do meu arquivo.

PENSAMENTOS

Assim, ao iniciar este novo trabalho, transcrevo os


dados e acontecimentos mais importantes ocorridos nestes
noventa anos, iniciando com alguns pensamentos:

OBRIGADO SENHOR!
POR GUARDARES EM TUAS MÃOS,
CADA INSTANTE DE MINHA VIDA!

AS FLORES QUE MURCHARAM NA BEIRA DO MEU


CAMINHO SÃO TESTEMUNHAS VIVIDAS, DO MEU
LONGO VIVER. OBRIGADO SENHOR!
HÁ PESSOAS QUE VALE A PENA SER SEU AMIGO, SÓ
PARA OUVÍ-LAS FALAR.
JAMAIS ENVELHECE, O HOMEM QUE REALMENTE
É FELIZ!
NUNCA DIGA QUE VOCÊ É UM HOMEM REALIZADO.
POIS A REALIZAÇÃO PLENA, NÃO EXISTE!
NÃO DEIXES QUE PEQUENOS SENÕES
ATRAPALHEM UMA GRANDE AMIZADE!

MUITAS VEZES, ENQUANTO OS OLHOS SORRIEM,


DENTRO DO PEITO O CORAÇÃO SOLUÇA!

PARTIU, DEIXANDO APENAS, SEU PERFUME DE


SAUDADE.

PELAS TORTUOSAS E ESCURAS


VEREDAS DA MINHA VIDA,
SEMPRE ENCONTREI UM RAIO DE LUZ,

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A ILUMINAR O MEU CAMINHO!

OBSERVE COMO SEMRE É BELO,


O SORRISO DE UMA CRIANÇA!

PÕE TUDO O QUE ÉS,


NO MÍNIMO QUE FAZES!
(Lema dos formandos no Técnico em Contabilidade - 1953)

NÃO REME CONTRA A MARÉ!


SERIA COMO COLOCAR UM RALO
NO ALTO DA COXILHA!

“QUANDO SE TEM UM IDEAL NA VIDA, NÃO SE


COBRA NADA”.
(Após ter realizado quatro palestras, manhã, meio dia, tarde
e noite, em Imigrante - RS).

Por último, encontrei certo dia, sobre a minha mesa


de trabalho, um papel escrito, com letra bem miúda, esta
mensagem, sem assinatura:

“Procure me amar
Quando eu menos merecer,
Pois é quando, eu mais preciso”!
Logo abaixo eu escrevi:

“Tu sabes que a ti, teus irmãos,


teus primos, teus pais e tios,
Esposas e namoradas,
Eu os amo profundamente”.

87 ANOS DO MUNICÍPIO

Em 31 de março de 2.002, participei das solenidades

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alusivas aos 87 anos de Emancipação de Encantado,
organizadas pela Prefeitura Municipal, ocasião, em que
proferi palestra, no Auditório Itália, relatando fatos
históricos sobre o município, desde os primeiros tempos da
colonização, até 1º. de maio de 19l5, data da instalação do
novo município de Encantado.
“Encantado, a Setuagésima Estrela a Brilhar na
Constelação Fulgurante da Bandeira do Rio Grande do
Sul”. (Proféticas palavras de José Benévolo de Souza,
Primeiro Intendente de Encantado).

“RAÍZES DO VALE”

Em 2002, foi lançado, em Lajeado, um livro


elaborado com trabalhos de escritores da Região,
apresentados no Primeiro e Segundo Simpósios, “Raízes
do Vale” organizados pela Prefeitura Municipal de Lajeado,
sob a direção do Professor Waldemar Richter, Secretário
Municipal da Educação.
Participei no primeiro Simpósio, com o trabalho:

“RIO TAQUARI-ANTAS – SUA INFLUÊNCIA NO


POVOAMENTO E COLONIZAÇÃO”

Foi apresentado um aprofundado estudo referente


a influência do rio, especialmente, voltado para o
povoamento e a colonização do vale, onde foram doadas, até
1850, 82 sesmarias, além da colonização Lusa, Alemã,
Italiana, polonesa e de outras etnias.
Também, participei do segundo Simpósio, no ano
seguinte, com o trabalho:

“CULINÁRIA ITALIANA”

Um estudo sobre a culinária italiana, desde o início


da colonização, especialmente, sobre os pratos tradicionais.

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Estes dois trabalhos foram publicados no livro:
ANAIS DO I e II SIMPÓSIOS “RAÍZES DO VALE”, pela
Prefeitura Municipal de Lajeado.
Igualmente, participei do terceiro Simpósio,
“RAIZES DO VALE”, com o trabalho:

“A INFUÊNCIA DA ETNIA ALEMÃ, NO


DESENVOLVIMENTO DE ENCANTADO”

Desta vez, representando o Núcleo de Cultura Alemã


de Encantado, com a apresentação de um estudo sobre os
principais expoentes da etnia alemã, que imigraram ou
migraram para Encantado, salientando suas principais
atividades.
O Centro de Cultura Alemã, de Encantado, sob a
Presidência de Carlos Alberto Schäffer, em agradecimento,
prestou-me uma significativa homenagem, brindando-me
com um Cartão, onde consta a mensagem:
“Centro de Cultura Alemã - Nossa homenagem e
nosso agradecimento pela participação no “III Simpósio
Raízes do Vale”, em Lajeado, com a Palestra sobre a
“Influência da Etnia Alemã no Desenvolvimento de
Encantado”.

Este ultimo trabalho, não chegou a ser publicado em


livro, eis que, o Secretario da Prefeitura Municipal de
Lajeado, Professor Waldemar Ricther, que fora o
organizador dos três Simpósios desligou-se de suas funções,
para concorrer ao cargo de Prefeito do novo município de
Forquetinha, para o qual foi eleito.

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(Foto 3 - O cartão)

O CARTÃO

HOMENAGEM A WANDA

Registro com muita satisfação, uma carinhosa


homenagem que a Wanda recebeu, em 15 de junho de 2002,
através do Jornal Força do Vale, pela passagem dos 15 anos
de Colunismo Social, de Rogério Rissi.
O jornal Força do Vale, na oportunidade publicava:

“Wanda, sempre se dedicou às pessoas,


especialmente as mais humildes, tendo desenvolvido um

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trabalho voluntário, juntamente com a Irmã Beatriz
Volpatto, no Bairro Navegantes.
Prestou serviços voluntários na AME, além de
lecionar artes manuais, para as meninas.
Ministra da Eucaristia, catequista, membro do
Conselho Pastoral da Saúde, do HBST.
Também participou do Grupo de Canto, da Igreja
Matriz São Pedro, atividades de que se afastou por motivos
de saúde”.

À Homenagem, no Clube Comercial estavam


presentes familiares e amigos.
Sua mana Vanni, também foi homenageada na
mesma solenidade.
Aos pés do troféu há uma placa, com a seguinte
inscrição:
“TROFÉU EXPRESSÃO FEMININA – 2002
15 ANOS DE COLUNISMO SOCIAL
WANDA FERRI”
“Rogério Rissi - Jornal Força do Vale - Encantado - RS”.

Durante a cerimônia, após receberem o troféu, as


duas irmãs brindaram o sobrinho Rogério, com um emotivo
Cartão de Prata, que o deixou muito emocionado.
Por iniciativa do filho Cláudio, ofertamos a Wanda
um belo Cartão, com os dizeres:
“Nunca está só, quem abriu o coração para amar,
Os braços para amparar, as mãos para doar.
Pela tua força e coragem, muito obrigado!
Te amamos
Teus familiares”.

“O SACERDOTE QUE ACREDITOU”

Em meados do ano de 2002, o amigo Ampère M.


Giordani, solicitou que eu escrevesse uma página, sobre seu

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tio, o Padre Eugênio Giordani, a fim de participar do Livro
“O Sacerdote Que Acreditou”, que ele estava elaborando.
Em 25 de outubro de 2002, o livro foi lançado no
Auditório Imigrante, no Centro Administrativo Municipal,
ocasião em que fiz a apresentação do mesmo.
Ao doar-me um exemplar do livro, o amigo Ampère,
fez a seguinte dedicatória;
“Ao caríssimo amigo e companheiro, Gino Ferri, com
meus sinceros agradecimentos, pela grande colaboração que
me prestou, para a elaboração desta biografia”.

HOMENAGEM DA CÂMARA DE
VEREADORES

Em 12 de novembro de 2002, dentro das solenidades


alusivas a “Semana da Câmara” fui agraciado com um fino
troféu, onde aparece o Brasão Municipal de Encantado, com
a inscrição:
“Ao Ilustre Encantadense,
Escritor GINO FERRI
Por Sua Brilhante Atuação Histórico-Cultural.
Câmara Municipal de Vereadores
Encantado, 12 de novembro de 2002”.

PADRE IRINEU ZOTTI

Em 1993, eu recebia a visita do amigo Ari Arezi, que


vinha a nossa casa, com a finalidade de solicitar um auxílio
financeiro, para ajudar nas despesas, com os estudos, de um
jovem encantadense, Irineu Zotti, que à época, cursava o
segundo grau, em Passo Fundo.
Dizia-me o Ari, que conhecia perfeitamente o rapaz e

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acreditava que seria ordenado sacerdote.
Confiando no amigo Ari, uma vez que, nem sequer
conhecia o rapaz, comecei a colaborar financeiramente com
o estudante, que vim a conhecer pouco tempo depois.
Descobri, mais tarde, que outro cidadão, Ademar
Graciolla, também, colaborava para pagar os gastos com os
estudos do seminarista.
Assim, ele concluiu o segundo grau, passou a
dedicar-se ao Curso de Filosofia e, posteriormente, Teologia,
no Seminário da Congregação Scalabriniana, em Buenos
Aires, onde foi ordenado Diácono, em 2 de dezembro de
2002.
Entrementes, em 24 de setembro de 2000, era
inaugurada a nova Igreja dedicada a Santo Agostinho, no
Bairro Planalto, onde residiam a mãe, viúva e os irmãos de
Irineu. Durante os atos de inauguração tive a honra de
fazer o discurso inaugural, na escadaria, em frente à
entrada principal da Igreja, em nome da comunidade.
Em 9 de dezembro do mesmo ano, o Diácono Irineu,
foi ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz São Pedro de
Encantado, numa comovente cerimônia oficiada pelo Bispo
Dom Alberto Etges, da Diocese de Santa Cruz do Sul.
Tivemos a honra, eu, a Wanda e o casal Ademar
Graciolla e esposa, de sermos os padrinhos na cerimônia.
Durante a Missa de Ordenação levamos até o altar,
um belo cálice dourado, com uma inscrição alusiva ao ato,
brindado ao nosso afilhado.
A Cerimônia de Ordenação do Padre Irineu, foi
emocionante, assistida por grande número de familiares,
amigos e de povo, que lotava totalmente, a Igreja Matriz.
Domingo, dia 10 de dezembro de 2002, o Padre
Irineu celebrou sua primeira Santa Missa Solene, na Igreja
de Santo Agostinho, repleta de povo, já então, usando o novo
cálice.
Os dois casais de Padrinhos foram convidados a
assistir a Santa Missa diante do altar, sendo homenageados,
pelo Padre Irineu, no final da cerimônia.
Ao meio dia, Padre Irineu foi homenageado com um

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almoço especial, no Salão da Comunidade, o qual tornou-se
restrito, para tanta gente, sendo necessário, a colocação
diversas mesas, do lado de fora, com cobertura especial de
lonas, para atender a todos.
Estava presente uma comitiva de amigos do Padre
Irineu, vinda de Buenos Aires, em ônibus especial, para
assistir as cerimônias.
Padre Irineu permaneceu alguns dias, junto aos seus
familiares, a fim de visitar parentes e amigos, além de gozar
merecidas férias, quando então, regressou para Buenos
Aires - Argentina, onde se encontra até os dias atuais,
exercendo seu profícuo apostolado. (2012).

ANO DE 2003

CALENDÁRIOS

No início de janeiro, de 2003, tive a grata satisfação


de receber diversos exemplares do calendário, impresso pela
Gráfica Cometa, de Lajeado, com doze belíssimas
fotografias do rio Taquari.
Embeleza a primeira página do calendário uma
poesia sobre o rio Taquari, de minha autoria:

RIO TAQUARI!
OBSERVANDO A BELEZA DE TUAS
PAISAGENS
ADMIREI TUAS VÁRZEAS MULTICOLORES.
OUVI O CANTAR SONORO DE TUAS ONDAS,

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O RUGIR DE TUAS CACHOEIRAS
BORBULHANTES
E O MARULHO GIGANTE DE TUAS ENCHENTES.
DESCOBRI ENTÃO, TUA FASCINANTE
HISTÓRIA!

ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO

Em 31 de março de 2003, proferi palestra, no


Auditório Itália, no Centro Administrativo Municipal,
diante de grande assistência, versando sobre o Aniversário
do Município de Encantado, narrando fatos importantes de
sua história.

FEIRA DO LIVRO EM MUÇUM

Fui convidado para Patrono, da Feira do Livro, a


realizar-se nos dias 28, 29, 30 e 31 de outubro de 2003, na
Rua Izidoro Slongo, toda ela coberta com material plástico,
na lateral da Praça Cristóvão Colombo.
Proferi duas palestras para os alunos dos Cursos,
diurno e noturno, sobre os temas: Livros, Literatura e
Escritores.
Durante os quatro dias da feira, meus livros ficaram
expostos em estante especial, na Feira, onde puderam ser
manuseados pelos alunos, que, inclusive, podiam manter
contato direto com o autor.
Pouco mais tarde, recebi da Professora Clanir
Zelin Fantin Pires, Coordenadora de Cultura, do município,
a seguinte declaração:

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“Declaro que o Senhor Genuíno Antônio realizou
várias palestras sobre a “Imigração Italiana”, no
Município de Muçum, bem como foi Patrono da 2ª.
Feira Municipal do Livro – “Muçum - Um Município
de Idéias”, realizada nos dias 28 a 31 de outubro de
2003.
O Historiador e Escritor Gino Ferri colaborou, de
uma maneira decisiva e honrosa, para o desenvolvimento
cultural do nosso Município.
Muçum 30 de agosto de 2005.
Clanir Zelin Fntin Pires”.

JORNAL FORÇA DO VALE


“MAIORIDADE”

Em 21 de junho de 2003, o Jornal Força do Vale, de


Encantado promoveu a festa de sua Maioridade.

Fui agraciado com um lindo troféu, pelo:

“CONJUNTO DA OBRA - HISTORIADOR


GENUÍNO ANTÔNIO FERRI”.

(FOTO 4 – maioridade - (15 cts.)

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TROFÉU MAIORIDADE

CIDADÃO EMÉRITO

Em 12 de novembro de 2003, fui agraciado, pela


Câmara de Vereadores de Encantado, com o troféu
“HONRA AO MÉRITO”.
A mais alta distinção da Câmara.
A proposição foi do Vereador Osvaldo Delazzari,
amparado na:

“BRILHANTE ATUAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL”.

(FOTO 5 – O Troféu)

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TROFÉU “HONRA AO MÉRITO”
O Troféu foi instituído pela Lei nº. 2,162, de 21 de
março de 2001, a ser conferido à pessoas que se
distinguissem nos mais diversos ramos de atividades
humanas, com relação ao Município de Encantado.
A entrega do Troféu ocorreu em Sessão Solene da
Câmara de Vereadores, em momentos de grande emoção,
que nos tocou profundamente, pois com os familiares
presentes, o evento teve um brilho ainda mais significativo.

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(FOTO 6 - Wanda, entrando no recinto)

WANDA, ENTRANDO NO RECINTO

PADRE AGOSTINHO PRETTO

Em 30 de novembro de 2003, o Padre Agostinho, que


trabalhava no Estado do Rio de Janeiro comemorava seus
cinquenta anos de Sacerdote.

Foi homenageado pela Câmara de Vereadores de


Encantado, em Sessão Solene e com uma comemoração
festiva, na comunidade de Linha Auxiliadora, com Santa
Missa Solene, almoço e homenagens.
Eu e a Wanda estivemos presentes às duas
solenidades, prestigiando o caro amigo Agostinho.
Durante a Missa, em Linha Auxiliadora, fomos
convidados a ocupar os primeiros bancos, reservados para
os seus amigos de infância.
O bispo de sua Diocese, no Rio de Janeiro, que se

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encontrava presente, fez um belíssimo sermão, salientado as
atividades pastorais do Padre Agostinho e o seu trabalho, na
Baixada Fluminense, junto às classes menos favorecidas.
Padre Agostinho faleceu em 6 de outubro de 2011,
em Nova Iguaçú, Rio de Janeiro, onde foi sepultado.

ESCRITORES DO VALE

Em 4 de dezembro de 2003, tivemos a honrosa visita,


em nossa casa, de 10 escritores do Vale do Rio Taquari, para
uma reunião informal.
Foi um encontro muito oportuno, com troca de
opiniões, onde foram discutidos vários assuntos referentes à
classe, inclusive, sobre as dificuldades em imprimir os livros,
dado ao seu alto custo.

LIVRO: “JOVENS POETAS DE


LAJEADO”

Em 11 de dezembro de 2003, ocorreu em Lajeado, o


lançamento do livro “Jovens Poetas de Lajeado”, de autoria
de diversos jovens, patrocinado pelo Rotary Clube de
Lajeado–Engenho.
Fui encarregado de fazer a apresentação do livro,
por convite da colega Ana Cecília Togni.
Ao final da cerimônia fui agraciado com um Cartão
de Prata, com os dizeres:

“Historiador Genuíno Antônio Ferri


Os agradecimentos do Rotary Clube
de Lajeado – Engenho, pela realização do
Prefácio da 8ª. Edição do livro

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“Jovens Poetas de Lajeado”.
Rotary Clube de Lajeado – Engenho
Gestão 2003 / 2004.
Lajeado, dezembro de 2003”

Em 18 de dezembro, participei, em Lajeado, do


lançamento do livro: “Famílias Italianas de Lajeado”, de
autoria de diversos autores, nas dependências do
“Unishopping”.

PALESTRAS E ENTREVISTAS
REALIZADAS - ANO DE 2003

Em 19 de março, proferi palestra as alunas


formandas no Curso Normal, da Escola Monsenhor
Scalabrini, sobre o tema, “História e Imigração de
Encantado”.

Em 3l de março, dia da Emancipação do Município


de Encantado, fui entrevistado pela Rádio Encantado, sobre
o assunto.

Em 5 de abril, novamente fui entrevistado, pela


Rádio Encantado, sobre o tema: “Garibaldi e Anita”, tendo
em vista a novela da Rádio Globo, “A Casa das Sete
Mulheres”.

Em 16 de abril, estive no Campus da UNIVATES,


localizado na Rua Guerino Lucca, em frente à Cooperativa

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de Suinocultores, em Encantado, a fim de proferir palestra
os alunos, formandos em Economia, sobre o tema: “Os
Monges de Pinheirinho”.
Ao chegar à sala, senti um certo receio. Lá estavam
vinte e quatro alunos, sentados diante de 12 computadores,
onde aparecia a capa do livro, portanto, já sabiam do seu
conteúdo.
Porém, fui feliz porque, ao iniciar a palestra fiz um
relato geral sobre o tema, passando a falar sobre os dezesseis
novos documentos, que pesquisara após o lançamento do
livro, o que, para eles era novidade.
Ao final da palestra houve um espaço para
perguntas, o que muito contribuiu para o brilhantismo do
evento. Fui compensado pelos olhares felizes dos
participantes e pelos calorosos aplausos.

Em 24 de abril de 2003, fui entrevistado pela Rádio


Independente, de Lajeado, durante uma hora, respondendo
perguntas sobre minha obra literária.

Em 21 de maio, proferi palestra sobre o “Rio


Taquari”, para oitenta alunos da oitava série, da Escola
Municipal mantida pela UNIVATES, em Lajeado.
Esta turma já estava se preparando para uma
excursão ao Estado da Bahia, com data marcada para julho
de 2003.
Recebi um fino estojo, com duas canetas e um
“folder”, onde consta uma citação, da Poetisa Cora
Coralina:

“FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE


E APRENDE O QUE ENSINA”.

Em 2 de agosto de 2003, estive no Município de


Colinas, ex-localidade de Corvo, para proferir palestra, aos
alunos da Escola Estadual, sobre três importantes temas:
Índios, Bandeirantes e Colonização do vale.
O território do Município de Colinas serviu de

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acampamento para duas Bandeiras Paulistas comandadas,
respectivamente, por Antônio Raposo Tavares e por
Francisco Bueno, em 1636 e 1637, as quais estiveram no
Estado, capturando índios, para levá-los para São Paulo.

Em 4 de setembro, proferi palestra para os alunos da


sexta, sétima e oitava série, da minha primeira Escola, o
Grupo Escolar Farrapos, hoje Escola Fundamental de
Primeiro Grau Farrapos, sobre o tema: “História de
Encantado”. Foram momentos de muita emoção,
recordando os primeiros anos, de meus estudos, a partir de
1930, nesta mesma Escola.
Hoje, sou o único aluno, residente em Encantado,
que fez parte da primeira turma, em 1930.

Aos 4 de setembro, um grupo de mais de trinta


ciclistas de Porto Alegre, fez um passeio, até Vespasiano
Correa, a fim de visitar o Viaduto 13, o mais alto da
América do Sul.
Ao regressar fizeram uma parada em frente à Capela
Santo Antão, ocasião em que tive um encontro com o grupo,
mantendo uma agradável conversação sobre a História de
Encantado e da própria capela.

Gostaram da explanação, principalmente, um dos


componentes do grupo, que era bisneto de Guerino Lucca,
que foi sub-intendente de Encantado, no começo do século
vinte, e, que desejava saber algo mais, sobre a família Lucca,
uma das primeiras colonizadoras do Município.

Em seis de setembro, proferi palestra sobre a


Imigração Italiana, seus Usos, Costumes e Tradições, aos
alunos e a comunidade de Muçum, no recinto da Sociedade
Giuseppe Garibaldi. Estava presente uma comitiva da
Alemanha, acompanhada por uma Professora da 3ª.
Delegacia de Ensino Estrela.

Antes de terminar o ano letivo de 2003, proferi duas

29
palestras, em minha residência, para as formandas em
História, do Instituto Educacional Monsenhor Scalabrini.
Como não havia espaço suficiente, o grupo foi dividido em
duas turmas. O tema, “História de Encantado”.

Ainda, no final do ano, proferi palestra aos alunos da


Escola Dom Pedro II, no Município de Doutor Ricardo, a
convite do então Prefeito Municipal Otacílio Aníbal
Balestro, que teve a gentileza de participar, junto aos alunos.
Ao final, Sua Senhoria ofertou-me um belíssimo
prato de porcelana, tendo estampado, a Cascata, com duas
legendas nas bordas:

“Cascata Gruta Nossa Senhora de Lourdes”


“Dr. Ricardo – RS – Brasil”.
Ao lado do prato há um cartão com a inscrição:

“PRATO DE PORCELANA
Com a cascata de Dr.
Ricardo. Brinde da
Prefeitura Municipal, por
Ocasião de uma palestra
Sobre a imigração, na Escola
Dom Pedro II”.

(foto - 7 - O Prato)

30
O PRATO

ANO DE 2004

CINQUENTA ANOS DE FORMATURA

Após um período de preparação, e, de contatos


mantidos com os colegas formandos em Contabilidade, na
Escola Madre Margarida, turma de 1953, enviamos convites
a todos, para um encontro comemorativo, a realizar-se em
Encantado.
À data pré-estabelecida estavam presentes todos os
seis formandos:

ANÍBAL MARTINI e esposa, de Caxias do Sul;


EURACIDES PORTO, acompanhado pelo filho, Rixardo,
de Porto Alegre:
GENUINO ANTONIO FERRI e Familiares, de Encantado;
NILDA TARTER, de Nova Prata;
RACHEL RIOS BASTOS MACHADO e esposo, do Rio de
Janeiro, e,
SIGRID RANK, acompanhada do irmão Erbert, de
Lajeado.

31
Estavam presentes ainda:
A Diretora da Escola de então, Madre Maria Tereza
Sangoi;
O Professor Dr. Fernando Degrazia e esposa;
O Professor Dr. Feliciano da Fontoura Bastos, pai de
Rachel;
O Prefeito Municipal de Encantado, da época,
Jordano Sétimo Cé, que havia financiado, através da
Prefeitura, a metade dos gastos de nossa “Viagem de
Estudos”, ao Rio de Janeiro, em junho de 1953,
aproveitando para convidar, para nosso paraninfo, o
Deputado Federal, Doutor J. P. Coelho de Souza.
Raul Trentin, motorista, que nos conduziu, de
caminhonete, até São Paulo, na viagem de estudos.
O encontro, cujo roteiro fora previamente planejado,
ocorreu primeiramente, em nossa residência, pela manhã,
com recepção, dos participantes e convidados.
Às 10,00 horas, assistimos a Santa Missa em Ação de
Graças, na Igreja Matriz São Pedro, ocasião que fomos
saudados pelo Pároco.
Após a Missa, o grupo realizou um passeio saudoso e
emotivo, passando pela velha Escola Madre Margarida, pela
Câmara Municipal de Vereadores, onde o Professor Bastos
fora Vereador, seguindo pelas Ruas Júlio de Castilhos,
Padre Anchieta, Monsenhor Scalabrini e Travessa Luiz
Ferri, até nossa residência, aonde chegamos às 11,00 horas,
para um descontraído coquetel.
Aproveitamos para tirar várias fotografias, recordar
nossa Viagem de Estudos ao Rio de Janeiro, ver um painel
com fotografias da formatura, comentar fatos ocorridos
durante os estudos, numa conversa alegre e informal e
muito animada, pois, todos tinham algo para dizer e para
acrescentar.
Tive que telefonar ao Restaurante, para que
atrasasse o almoço para as 13,00 horas.
Porém, chegada esta hora, tive que telefonar
novamente, retardando o almoço para às 13,30.
Um dos convidados chegou a dizer:

32
Para que comida, se já estamos comendo há mais de
uma hora.
Finalmente, às 13,30 horas, nos dirigimos ao
Restaurante “Stravizio”, na Rua Monsenhor Scalabrini,
onde foi servido um excelente almoço, num ambiente de
alegrias, de recordações e de congraçamento.
Ao final do almoço, vários colegas se pronunciaram.
Seguiu-se a troca de brindes entre o grupo.
Foram momentos de intensa alegria e descontração, e
de gratas recordações, com todos os formandos presentes,
recebendo e distribuindo seus respectivos brindes.
Por iniciativa do filho Cláudio, brindei os colegas
com uma foto, de nossa formatura, gravada em acrílico. Fui
muito feliz, pois diversos colegas não tinham esta foto.
Já eram passadas das 16,00 horas, quando, os
participantes das solenidades, começaram as despedidas a
fim de retornarem para as suas cidades.

(FOTO – 8 = os formandos)

33
OS FORMANDOS DE 1953

ANO DE 2005

50 ANOS DE ROCA SALES

Em 28 de fevereiro de 2005, fiz uma Palestra no


Salão do Colégio, da Comunidade Evangélica, de Roca
Sales, dentro das solenidades alusivas aos 50 anos de
Emancipação Político-Administrativa do Município.
Apresentei um relato histórico sobre o Município.
Ao final fiz entrega ao Prefeito Municipal, de diversos
documentos históricos, utilizados na elaboração do livro
“Roca Sales - Cidade da Amizade”, para serem colocados no
Museu Municipal.
Após a cerimônia tive o prazer de conhecer o
Deputado Estadual Marquinhos Lang, que veio felicitar-me
em reconhecimento, pelo meu trabalho.

“ONDE A HISTÓRIA COMEÇA E


CONTINUA”

Por ocasião das festividades alusivas aos 90 Anos de


Emancipação de Encantado, o amigo Tadeu Ferri publicou

34
no Jornal Força do Vale, uma reportagem histórica, sob o
título:
“ONDE A HISTÓRIA COMEÇA E CONTINUA”,
enfocando importantes dados históricos do Município,
finalizando com esta mensagem:

“Tio Gino, você viverá sempre em nossos corações e


em nossa memória. Força! Seu Memorial será nosso
patrimônio e nada e ninguém ousará pensar o contrário”.
“Tio Gino é a própria história viva, aqui, agora e
sempre... Segura esta barra! Te amamos”.
Finalizava a reportagem com uma foto do desfile do
dia sete de setembro, ocasião em, que eu e a Wanda fomos
homenageados pelo Instituto Educacional Monsenhor
Scalabrini.

(FOTO 9 - Desfile)

35
O DESFILE

“DE GINO FERRI, PARA A HISTÓRIA”

Em primeiro de abril de 2005, fui entrevistado pelo


Jornal Força do Vale, que publicou ampla reportagem
ilustrada, sob o título em epígrafe, versando sobre minha
obra literária.

“ENCANTADO - CAPITAL DO ESTADO


DO RIO GRANDE DO SUL”

Em 19 de julho 2005, o Governador do Estado,


Doutor Germano Rigotto transferiu, por um dia, a sede da
Capital do Estado, para Encantado, com seus assessores e
secretários.
A instalação oficial ocorreu pela manhã, no Centro
Administrativo Municipal de Encantado.
O Governador passou a atender, no Auditório Brasil.
Primeiramente, os Prefeitos da Região, Entidades Publicas e
outros setores.
Enquanto que os secretários atendiam em salas e ou
nos outros dois Auditórios.
À tarde, ocorreram diversas reuniões com Entidades
locais, quando então tive a oportunidade de ser

36
apresentado ao Governador, ocasião em que lhe ofereci dois
livros: “Encantado II – Sua História, Sua Gente” e
“Gemellággio – Encantado – Valdástico”, juntamente com
duas fotografias, uma da parte externa do Memorial Gino
Ferri e a outra, da parte interna, a qual, ainda, se
encontrava em fase de montagem.
O Senhor Governador Rigotto mostrou-se bastante
interessado, elogiando minha iniciativa e prometeu que,
oportunamente, visitaria o Memorial.
O atendimento do Governador e de seus Secretários
prolongou-se até às 17 horas, quando se realizou o ato de
encerramento.

(Foto - 10 - Com o Governador)

37
COM O GOVERNADOR RIGOTTO

HINO DE VESPASIANO CORREA

Aos 19 de outubro de 2005, fui convidado para


compor o júri, a fim de escolher a letra do Hino Oficial de
Vespasiano Correa, conforme edital, que fora
anteriormente, publicado.
Cada componente do júri recebeu cópia das letras
concorrentes, sem saber qual o autor, a fim de ler, estudar e
dar a sua nota individual.
Reunidas todas as notas dos cinco jurados,
constatou-se a vitória de uma letra, que mais tarde,
soubemos ser de autoria do poeta encantadense Jorge
Moreira.
Ainda faziam parte do júri o Maestro da Banda
Municipal de Guaporé, que ficou incumbido de compor a
música para o hino, a Secretária de Educação e Cultura de
Muçum Clanir Fantin Pires, a Secretária de Educação e
Cultura de Vespasiano Correa e um funcionário da
Prefeitura Municipal.

PALESTRA NA ESCOLA ÉRICO


VERÍSSIMO

Em 24 de outubro de 2005, estive a Escola “Érico


Veríssimo” a fim de proferir palestra aos alunos, dentro das
festividades alusivas ao Aniversário da Escola.

38
Após a palestra, os alunos, devidamente
caracterizados saíram às ruas, visitando repartições, bancos
e casas comerciais, aonde recitavam trechos das obras do
Patrono.
Recebi um carinhoso cartão com a inscrição:

“Senhor Gino!
Palavras... Palavras... Palavras...
Escrever muito...
Temos a certeza que
Para agradecê-lo por tudo o que fez
para a nossa terra “Encantada”, basta
dizer-lhe “obrigado”
por fazer parte de nossas vidas,
Seu nome e suas obras enaltecem a
Cultura de nossa História.
Tânia Fontana - 24 – 10 – 2005”.

1º. ENCONTRO DE LÍNGUA E CULTURA


ITALIANA.

Em 12 de novembro de 2005, assisti ao Primeiro


Encontro de Língua e Cultura Italiana do Alto Taquari, no
Auditório Itália, junto Centro Administrativo Municipal de
Encantado, com a formatura da primeira turma de alunos,
provindos de várias cidades vizinhas, patrocinado pela
Associação Cultural Italiana do Rio Grande do Sul –
ACIRS, e, subsidiado pelo Governo Italiano.
Estavam presentes, na mesa oficial da cerimônia, o
Prefeito Municipal Agostinho José Orsolin, o Presidente da
ACIRS, Erio Bonazzo, o Representante dos Serviços do
Exterior da Itália, em Porto Alegre, Adriano Bonaspetti,
então, candidato a Deputado na Câmara Italiana, a
Diretora Escolástica do Consulado de Porto Alegre, Lorela
Chirisi, a Coordenadora Geral de Ensino da ACIRS, Nádia

39
Tenedini, a Professora e Diretora do Curso Eloísa Maria
Spadoni e Genuíno Ferri.
Tive a honra de participar do cerimonial, a convite da
Professora Eloísa Maria, ocasião em que proferi palestra
para os alunos formandos, seus familiares, Professores do
Curso de Italiano e comunidade, falando sobre o tema:

“O Desenvolvimento do Vale do Alto Taquari”,


salientado as várias facetas, desde o início, com a doação de
sesmarias, destacando a importância do rio, até a
colonização italiana, no alto do vale.
Falaram ainda, diversas autoridades, seguindo-se a
entrega dos Diplomas de Conclusão de Curso.
Ao finalizar a cerimônia fui agraciado com uma cesta
de produtos coloniais, pelos alunos de Putinga, oferta do
Prefeito Municipal Antônio Strapasson.

MEMORIAL “GINO FERRI”


ANTECEDENTES

Durante o mês de janeiro de 1979, ainda residindo


em Lajeado, fui convidado, pelo pároco Padre Ernesto
Fabbian, para coordenar e instalar o Museu Sacro na
sacristia da Igreja Matriz São Pedro, de Encantado, que
levou o nome de “Padre Mássimo Rinaldi”, por minha
indicação, pois sou um devoto do Padre Rinaldi, Beatificado
em 2909.
Contando com a valiosa colaboração direta do
Vigário, Padre Tarcísio Criveler, de minha esposa Wanda e
da Professora Maria Suely Pochmann, Coordenadora de
Assuntos Culturais da 3ª. Delegacia de Ensino, de Estrela,
sob a orientação do Pároco, o museu foi montado, em curto
espaço de tempo.
Foi inaugurado na noite de 14 de fevereiro de 1979,
após a Santa Missa, com a presença do Bispo de Santa Cruz,

40
Dom Alberto Etges, Prefeito Municipal Antônio Lorenzi,
Presidente da Comunidade Católica, Walter Cé, Párocos das
Paróquias vizinhas, Autoridades e grande público.
Tive a honra de fazer o pronunciamento oficial,
durante a solenidade de inauguração.

Em 2 de março de 1993 o Prefeito Municipal


Adroaldo Conzatti, por decreto indicava uma comissão,
formada por Genuíno Ferri, Coordenador, Luiz Sangalli,
Secretário de Educação e Cultura, Iara Gomes Diretora da
Casa de Cultura, Tadeu Ferri, e Romeu Roque Conte,
Funcionários Municipais, com a finalidade de instalar o
Museu Público Municipal, sob a condição, de ser
inaugurado dia 31, Aniversário de Emancipação do
Município.
Ponderei que não seria fácil realizar tamanha
tarefa, em apenas vinte e oito dias.
Ao que ele, usando de nossa amizade, simplesmente
replicou:
“Te vira, eu quero inaugurar no dia 31 de março”.
Aceitamos o desafio, e, num trabalho diuturno, com
empenho e dedicação dos componentes da comissão, o
Museu Municipal foi inaugurado na data prevista, com
grandes solenidades.
Mais tarde, juntamente com Pároco Padre Ernesto
Fabbian conseguimos autorização do Bispo de Santa Cruz,
Dom Alberto Etges, para transferir todo o acervo do Museu
Sacro, “Padre Mássimo Rinaldi”, para uma sala especial,
junto ao Museu Municipal, mediante um “CONTRATO DE
COMODATO”, pelo prazo de dez anos, podendo ser
renovado, de comum acordo.
Exerci ambas as funções de Coordenador, até
dezembro de 1996.
Em julho de l996, o Dr. Odilon Gheno, Vice Prefeito
Municipal, no exercício do cargo de Prefeito, mediante o
ofício nº. 426, autorizava a cedência de uma sala, no Museu
Público Municipal, para nela ser instalado todo o meu

41
acervo Histórico-Cultural.
Porém, no ano seguinte, ao verificar o espaço da
sala para expor o meu acervo, no Museu Municipal, percebi
que era muito pequeno, com suas dimensões aproximadas
de 2,50 por 3,00 metros, caberia apenas uma ínfima parte
do material.

Havia mais uma sala maior, que poderia servir,


porém, estava sendo ocupada com “oficinas”.
Em novembro de 1997, em comemoração ao meu
aniversário organizei, na sala de nossa residência, uma
Exposição Histórica, Didática e Cultural, expondo todo o
acervo composto por documentos históricos, minha obra
literária, a documentação relativa ao “Gemellaggio”, grande
quantidade de fotos, objetos pessoais, brindes recebidos na
Itália e os originais do livro: “História do Rio Taquari-
Antas”, ainda, em sua fase final de elaboração.
A Exposição se constituiu num sucesso sem
precedentes. Foi visitada por grande número de pessoas e
por mais de 1.200 alunos, dos educandários de Encantado e
de outros municípios. Era para funcionar durante uma
semana, sendo o prazo prorrogado para 15 dias.

Em 2002, o Dr. Sérgio Goldoni, Vice-Prefeito em


exercício, me convidava para uma reunião, em seu gabinete,
a fim de tratar sobre o Museu Municipal.
Aventei a possibilidade de transferir todo o acervo do
Museu para a parte superior da Casa de Cultura, mais
espaçosa, e, que se encontrava totalmente vazia.
O Dr. Sérgio solicitou que se fizesse um estudo e
apresentasse um projeto a respeito.
Com a colaboração do neto Moisés Lang, acadêmico
em Arquitetura realizamos um completo levantamento do
local, na parte superior da Casa de Cultura, com medição e
localização das salas, confeccionando um mapa,
acompanhado de um memorial descritivo, para uma
possível transferência.
Porém, diante das dificuldades financeiras da época,

42
para a restauração do telhado do prédio e a pintura das
salas, o projeto não teve continuidade.
Em função disso, a idéia de construção de um prédio
próprio para instalar o meu acervo ia tomando vulto.
Somente em março de 2004, influenciado por
familiares e amigos, passamos a pensar sobre o assunto.

Ao final do mês de março de 2.004, meu filho,


Cláudio José Ferri, Arquiteto, com a colaboração de meu
neto, Moisés apresentou, na Prefeitura Municipal, o
Projeto Arquitetônico, para a construção do prédio,
acompanhado das plantas e de toda a documentação
necessária, para os trâmites legais.
Porém, o projeto não foi aprovado, em virtude de
não ser permitida a construção junto à calçada, devendo a
obra, ficar afastada quatro metros, o que impossibilitou a
construção do prédio, dado ao espaço existente no terreno.
Tentamos contornar o assunto, mesmo porque, ao
lado da futura construção do prédio existia uma garage,
construída junto da calçada e na rua seguinte, havia uma
série de casas nas mesmas condições. Tudo ficou em
compasso de espera.
Aos primeiros dias do mês de novembro de 2004, o
Vereador Osvaldo Delazzari, tomando conhecimento do
assunto, encaminhou à Câmara Municipal, um Projeto de
Lei, com a respectiva justificativa, visando a construção do
prédio, em
“CARATER EXCEPCIONAL”,

Considerando, seu alto valor Histórico, Didático,


Cultural e Turístico, que representaria para Encantado e
mesmo, para a Região.
Submetido o Projeto à apreciação dos Vereadores,
estes o aprovaram por unanimidade, em 30 de novembro:

”PREVENDO OS BENEFÍCIOS QUE TRARIA


PARA ENCANTADO”.

43
Em primeiro de dezembro de 2004, o Prefeito
Municipal Paulo Costi, sancionava a Lei nº. 2.519, que
autorizava a construção do prédio, em “Caráter
Excepcional”.

A construção teve início em 15 de dezembro do


mesmo ano, tendo como mestre de obras o construtor Luiz
de Vitte, com sua equipe, sob a supervisão do Arquiteto
Cláudio e com a colaboração do Moisés.
Em 15 de março de 2.005, o prédio estava quase
pronto, faltando apenas a pintura e alguns detalhes no
acabamento, que ficaram prontos, até o final de abril.
Foram então, confeccionados mais quatro balcões de
vidro, uma mesa redonda e duas retangulares. Estas,
desenhados e confeccionadas pelo filho Cláudio José Ferri.
Seguiram-se dias e noites, de intenso trabalho, na
seleção e catalogação dos objetos a serem expostos, tendo a
efetiva participação dos familiares e de amigos.

Foto 11 – A Wanda colaborando)

44
A WANDA COLABORANDO

A Wanda, mesmo, já sendo portadora da doença de


Alzheimer, também queria colaborar.
Mais tarde, foram confeccionadas mais duas mesas
de madeira, para melhor distribuição dos objetos expostos.
Localizado na Travessa Luiz Ferri nº. 60, ao lado
esquerdo da Igreja Matriz São Pedro, o Memorial “GINO
FERRI” está instalado em prédio próprio, com um espaço
aproximado, de cem metros quadrados.
O Memorial é de grande valor Histórico-Cultural-
Didático, eis que serve para consultas sobre a Historia de
Encantado, pois, grande número de documentos históricos
fazem parte do acervo.
Serve ainda, como atração turística, estando incluído no
“Roteiro Encantado”, organizado pela Amturvales –
Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales.
O acervo do Memorial conta com mais de trinta
álbuns, que tendem a aumentar, com fotos e documentos
históricos, de Encantado e da Região.
Livros, revistas, recortes de jornais, fotografias,
documentação alusiva ao “Gemellaggio”, a obra literária de
Gino Ferri, inclusive, os mais de 400 Cadernos Literários, e,
uma coleção de livros de autoria de escritores
encantadenses, além de troféus e brindes recebidos na
Região e na Itália, especialmente de Valdástico, onde se
destaca uma escultura em madeira, representando os
trabalhos da época da imigração.
Objetos pessoais, troféus, mapas, pinturas, esculturas
e, metade de minha biblioteca particular, com três
importantes coleções de livros sobre: História, Jurídicos e
Italianos, além de um pequeno Museu, com alguns objetos
próprios e de familiares.

45
Foi então agendada a data de sua inauguração, para
18 de novembro de 2005, dentro das festividades dos
noventa anos da Emancipação do Município de Encantado,
da 11ª. Semana da Câmara de Vereadores, coincidindo com
a data do meu 83º. Aniversário.

“GRUPO LATINO - AMERICANO -


GENTE QUE AVANÇA”

Em 13 de outubro de 2005, visitou o Memorial,


ainda, em fase de montagem, o Grupo Latino-Americano,
“Gente que Avanza”, com sede no Uruguai.
O Grupo foi fundado por Omar Ibargoyen, era
composto por quinze membros, entre meninos, meninas,
rapazes e moças, provenientes de diversas cidades do Brasil
e de outros países, que percorriam o Estado, proferindo
palestras, visitando escolas e falando aos alunos.
Um trabalho altamente, elogiável.

(Foto - 12 – Grupo “Gente que avança)

46
GRUPO “GENTE QUE AVANZA”
Falei aos visitantes, sobre a História de Encantado e
do próprio Memorial, mostrando todo o seu acervo.
Ao final agradeceram, e, carinhosamente, cantaram a
bela canção: “Viva Gente”.
Após, fizeram uma visita a Wanda, ocasião em que
tiraram várias fotografias e cantaram para ela.
Antes de iniciar o registro de assinaturas, no livro de
presenças no Memorial, aparecem as quinze assinaturas
dos componentes do grupo, indicando suas origens.
Diante disso, estes componentes do Grupo são
considerados, os primeiros visitantes oficiais, do Memorial.
Ao se despedir, o Grupo cantou mais uma linda
canção de seu repertório.
Poucos dias depois, recebi, do Grupo, uma emotiva
correspondência, que, prazerosamente transcrevo:

“Senhor Gino Ferri

Prezado Senhor

Em nome do Movimento Latino Americano “Gente


Que Avanza” gostaríamos de agradecer-lhe pelo seu apoio e
brilhante compartilhar histórico.
O Senhor pode estar certo de que, também está
contribuindo para renovar a nossa sociedade, o mundo.
Pois, com o seu apoio, conseguimos conhecer a cidade de
Encantado e enriquecer nossos conhecimentos.
O nosso ideal é viver em um novo mundo, com líderes
positivos e capazes de liderar com amor, honestidade,
fraternidade, responsabilidade, justiça e paz.
E, para que isto aconteça é preciso começar mudando
e educando a nós mesmos, buscando ser sempre melhores

47
pessoas e com o exemplo ajudar aos outros a serem
melhores.

Com muita gratidão, satisfação e o encanto de haver


compartilhado com o senhor e sua esposa, nos despedimos.

Atenciosamente

Sandra Lima Angélica Gonzalés Maristela Santos


Brasil Paraguai Brasil

INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL

(Foto 13 - O Memorial)

48
MEMORIAL “GINO FERRI”

Em 18 de novembro de 2005, data do meu


Aniversário Natalício foi, previamente, escolhida para a
inauguração do Memorial.
Pela manhã, o Pároco, Padre Valmir Baldo oficiou as
cerimônias religiosas, dando a benção às instalações.
A partir das 18,00 horas, após receber a visita de
autoridades, amigos, visitantes, inclusive, de outras cidades,
o mestre de cerimônias dava início as solenidades de
Inauguração do Memorial, anunciando as presenças.
A cerimônia oficial foi aberta por mim, com uma
emotiva mensagem de saudação aos presentes, seguida da
narração de fatos anteriores, e, um histórico da construção
do imóvel do Memorial.
Em seguida, falou o Prefeito Municipal, Agostinho
José Orsolin, felicitando-me pela iniciativa, que viria
promover Encantado, na área cultural, histórica e turística.
Após, convidou-me para descerrar um belo quadro,
que mostra parte da cidade de Encantado, a capa de
diversos livros meus e a minha foto, formando um majestoso
conjunto, brinde da Prefeitura Municipal.
A seguir falou o Presidente da Câmara de
Vereadores, Cláudio Roberto da Silva, reiterando a feliz
iniciativa e brindando-me com uma placa alusiva ao ato,
gentileza da Câmara, com os seguintes dizeres:

“Nesta data magnífica e histórica com a inauguração


do Memorial GINO FERRI, em nome das gerações de
encantadenses do presente e do futuro, a Câmara Municipal
de Vereadores homenageia o Escritor e Historiador e seus
familiares, por este importante legado.
Encantado, (RS), 18 de novembro de 2005.
Vereador Cláudio Roberto da Silva
Presidente”.
Estavam presentes ainda:
A Juíza de Direito da Comarca, Débora Gerhardt
de Marque;

49
A Delegada de Polícia, Elizabete C. Barreto Müler;
O Deputado Estadual Edson Brun;
O ex-Prefeito Paulo Costi;
Vereadores e Ex-Vereadores;
O Promotor de Justiça de Venâncio Aires, José
Montini;
Autoridades civis, militares e educacionais;
Escritores, historiadores e alunos;
Pessoas da comunidade
Amigos e familiares.

(Foto 14 – O memorial – Parte Interna)

O MEMORIAL – PARTE INTERNA

A Wanda estava presente aos atos de inauguração,


ao lado dos filhos e netos.
Após os atos inaugurais, junto à porta de entrada, o
Memorial foi aberto à visitação pública, com o corte da

50
“Fita Simbólica” e a assinatura do “Livro de Presenças”,
que registra o expressivo número, superior a 180
assinaturas de pessoas presentes.
O Deputado Estadual, Edson Brun, quis ser
fotografado comigo e o Prefeito Orsolin, para levar a foto a
Assembléia Legislativa.
A seguir, os convidados foram brindados com um
coquetel, que se prolongou até a madrugada do dia seguinte,
inclusive, com a festa do meu aniversário.
Foi uma data marcante para toda a nossa família,
para os amigos e para a comunidade encantadense.
Os jornais de Encantado, Força do Vale, Opinião e
Antena, assim, também, o Informativo de Lajeado deram
ampla cobertura do evento.

O ex-Prefeito Municipal de Valdástico–Itália,


Giorgio Slaviero, enviou um carinhoso oficio, dizendo, entre
outras coisas:

“Infelizmente, não poderei participar pessoalmente,


mas posso assegurar que o meu coração, o espírito e os
sentimentos de amizade, que nos unem por mais de um
decênio, estarão presentes para render a justa homenagem a
tua pessoa, que assim, desde longo tempo, está empenhada
na pesquisa e publicação de notícias e atos públicos, que são
os fundamentos de uma comunidade”.

“O antigo provérbio diz:

O MUNDO CAMINHA COM AS PERNAS DOS


HOMENS. – Pessoalmente creio que tu, Gino sejas um
destes”.

Para todos os meus concidadãos é uma honra saber


que lá, do outro lado do Atlântico, o nosso amigo Professor
Ferri, cidadão honorário do Município de Valdástico recolhe
e expõe os frutos do próprio saber, em um arquivo histórico,
aberto ao público, onde será uma fonte viva de novos

51
conhecimentos de estudos e pesquisas, para todos aqueles
que, para melhorar e progredir no futuro, necessariamente
devem conhecer o passado”.
Durante os atos oficiais, o caro amigo Doutor José
Montini entregou-me uma carinhosa e emotiva mensagem
intitulada:

CARTA A UM AMIGO

Onde ele cita o nosso conhecimento, na cidade de


Irai, o Vestibular que junto fizemos na Faculdade de Direito
de Passo Fundo, os cinco anos de vida acadêmica e a nossa
grande amizade desde então.
Eis alguns tópicos da carta:

“Hoje, em mais um passo em tua vida de escritor,


poeta e historiador, inauguras, nas barrancas do Taquari, o
Memorial da Cultura que não se aprisiona, assim como, as
águas que se tornam de todos”.
“E nós estamos aqui, teus amigos, como diz o poeta,
“amigos são tropa do mesmo pelo, marca e sinal, que
mesmo, entreverados pela vida desgarrada se reencontram.
Nunca estão separados, apenas distantes”.
“Nesses dias, vi nas tuas fotografias, as nascentes do
rio Taquari Antas. Suas águas e imagens parecem sovéu
crioulo laçando os picos das serras. Cristalinas descem
choramingando pelas encostas e vão farejando a mata,
emitindo gemidos que atraem os pássaros, as borboletas e as
próprias nuvens, que descem para beijar as pontas dos
galhos”.
“A amizade nasce da forja do tempo”.
“Gino” sabes que é imensa e eterna minha gratidão
e amizade. Retribuo com muito menos que recebi. Sei que és
generoso e por isso mesmo fico negligente. Muita saúde e
que a sombra de teus braços, qual uma figueira, seja sempre
reconfortada pelo sol, para que continues distribuindo

52
cultura, espalhando amor, afeto e abrigo”.
“Um beijo.
Montini”.

Em novembro de 2005, o jornal “Antena”, na Página


de Cultura destacava a inauguração do Memorial, dando
ampla cobertura ao evento, numa comovente reportagem,
ilustrada com três fotografias.

À mesma página, o jornalista Adriano Mazzarino


enaltecia a iniciativa da instalação do Memorial,
destacando:

“A diversidade das peças reunidas num só ambiente


mostra o garimpo pacencioso de alguém preocupado com o
detalhe”.
“Gino Ferri tenta preservar o seu tempo e a sua
passagem nele, oferecendo num espaço, um pouco da
história nossa e dos que nos antecederam, oportunizado
uma vitrine de fatos que terão entendimento real de sua
dimensão no futuro”.
“São poucas as cidades do Estado ou do Brasil que
podem expor a proposta oferecida no Memorial”

PALESTRA EM DR. RICARDO

Convidado pelo Prefeito Milton Rolante, em 14 de


dezembro de 2005, estive em Doutor Ricardo, a fim de
proferir palestra sobre a colonização italiana, aos alunos,
das escolas locais, dentro das festividades alusivas ao
Décimo Aniversário de Emancipação do Município.
Em data de 16 de dezembro, fui convidado para
assistir ao lançamento do livro: ”Dr. Ricardo em Contos e
Lendas, Outra Vez”, escrito pelos alunos, dos quatro aos
onze anos, com uma grande festa e Exposição Agrícola,
Comercial e Industrial, no aprazível local junto à gruta de

53
Nossa Senhora de Lourdes.
Inicialmente, foram encenados, pelos alunos, temas
sobre a saúde, seguido-se o lançamento do livro.

Tive a satisfação de abraçar uma menina com 4


anos, que participou de uma página do livro, com um
desenho. Dei a ela um exemplar do livro, “História do Rio
Taquari Para Crianças”. (Veja o que ocorreu mais tarde).
Fui agraciando, com um finíssimo brinde. Um estojo
contendo o Brasão do Município, entregue pelo Prefeito
Nilton Rolante e esposa Cátea.

(Foto 15 - O brinde)

54
O BRINDE

ANO DE 2006

LANÇAMENTO DO LIVRO
“HISTÓRIAS DO GINO”

Aos 31 de março de 2006, foi lançado o livro


“Histórias do Gino”, no recinto do Museu Municipal, no
prédio da Casa da Cultura, num evento festivo muito
concorrido, organizado pela Secretaria Municipal de
Educação e Cultura.
Um grupo de alunos da Escola Municipal “Mundo
Encantado” apresentou uma belíssima alegoria, enaltecendo
minha obra literária.
Ao fazer a apresentação do livro usei a imaginação,
“encenando” verbalmente, um espetáculo teatral, com
temas do livro representados por artistas imaginários.

Assim começou a narrativa:

“Às vezes, no universo de nossas faculdades mentais,


como num devaneio, a mente nos conduz a um fantástico
mundo imaginário.
E, vagando por esse mundo imaginário, a mente nos
transporta até à frente de uma imponente Casa de
Espetáculos Teatrais.
Subindo por largas escadarias iluminadas, nos leva a
uma monumental sala de espetáculos, repleta por uma seleta
assistência”.
Ali, num silêncio profundo, os “artistas” vão
entrando no palco, encenando temas do livro, em sete atos,
como se fosse uma apresentação teatral.

55
Ao finalizar o último ato, entra em cena o “contra
regra”, imaginariamente, representado pelo autor, que
encerra o espetáculo, com o efetivo lançamento do livro.
Foi uma apresentação diferente, fazendo com que a
platéia imaginasse o que estava ocorrendo.
A seguir ocorreu uma sessão de autógrafos,
acompanhada com um coquetel organizado pela Secretaria
de Educação e Cultura.
O Prefeito Municipal, Agostinho José Orsolin, não
estava presente, pois se encontrava em Santa Catarina.
Após o encerramento do “Espetáculo”, um
funcionário da Prefeitura trouxe um celular, que tinha uma
mensagem para mim.
Era o Prefeito Orsolin, que desejava cumprimentar-
me pelo lançamento do livro.

A revista “Trevisani Nel Mondo”, da Itália publicou


uma significativa reportagem sobre o livro, de autoria do
amigo Luciano Murer, que assim finaliza:

“O livro “Histórias do Gino”, é um livro dificilmente


catalogável, por que “Gino” nos faz entrar naquilo que foi
sua juventude, e, como “o velho e a criança”, nos guia a
uma excursão entre a história, a memória, as recordações e
os testemunhos”.
“De todas as obras históricas sobre a imigração, que
o amigo Professor Genuíno Antônio Ferri escreveu e por
estas memórias devemos agradecê-lo”.

ENCANTADO TURÍSTICO

Em março de 2005, comecei a elaborar um guia


prático de turismo, que pudesse orientar os visitantes do
Memorial. Ficou pronto após alguns meses depois da
inauguração, porém, não foi publicado.
O guia começa orientado o visitante, desde a saída de

56
Porto Alegre, o trajeto a ser percorrido, até sua chegada a
Encantado.
Oferece uma visão geral dos principais pontos de
atração turística da cidade, iniciando pelo conjunto
arquitetônico da bela Igreja Matriz, com seus monumentos
históricos e o Santo Sudário, o Memorial “Gino Ferri”, as
Lagoas da Garibaldi, a Cachaçaria Água da Pipa,
Armazenart, Márcia Artes, Indústria de Vinho Casa Rica,
os Hotéis, Restaurantes, Casa de Cultura, Casa de
Artesanato e vários outros pontos turísticos.
Todos estes pontos turísticos estão incluídos no
“ROTEIRO ENCANTADO”, organizado pela Associação
dos Municípios de Turismo da Região dos Vales. -
(AMTURVALES).

FEIRA DO LIVRO – LAJEADO

Em 28 de abril de 2006, tive a satisfação de ser


convidado, pela direção do Colégio Alberto Torres, para ser
homenageado durante a Feira do Livro realizada
anualmente por aquele educandário.
Foi uma festa muito comovente, realizada a noite,
no Parque dos Dicks, onde foram representadas várias
cenas, baseadas em meus livros.
Ao falar fiz uma explanação sobre minha obra
literária, finalizando com um convite para visitarem o
Memorial Gino Ferri.
Recebi um belo brinde, uma pedra semi preciosa,
azul, com os seguintes dizeres:

“A Feira do Livro de Lajeado / 2006,


A 16ª. Feira do Livro do CEAT
E a 4ª. Cultura Em Cena, de Lajeado
prestam suas homenagens ao escritor
Genuíno A. Ferri

57
Pelos relevantes serviços prestados
à cultura regional.
Lajeado, RS. 28 de abril de 2006”.

(Foto – 16 - Brinde Feira do Livro Lajeado)

BRINDE DA FEIRA DO LIVRO DE LAJEADO

58
HOMENAGEM DA ESCOLA “JARDIM
DO TRABALHADOR”

Em 31 de agosto de 2006, recebi um telefonem da


Diretora da Escola Lisânia Sandri, solicitando um horário
para visitar o memorial, com um grupo de alunos.
Imediatamente, concordei, solicitando que marcasse
o dia e a hora, para a realização da visita.
Exatamente, no horário marcado, aparece a
Diretora, mais as Professoras, Dalva Vargas Garibotti,
Isolda Bonatto Pinheiro e Lucimara Machado Teodoro,
juntamente com um grupo de alunos, devidamente
caracterizados.
Fiquei surpreso. Não cheguei a entender o que
estava acontecendo.
Abri o portão, convidei-os a entrar. Aí então, fiquei
sabendo da agradável surpresa.
O grupo de alunos, dirigidos pelas professoras,
queriam prestar-me uma homenagem, encenando temas de
minha vida extraídos de meus livros.
Fiquei lisonjeado e emocionado, diante da
expectativa e convidei a Wanda para assistir comigo.
Inicialmente, a professora Lucimara Machado
Teodoro, leu uma mensagem dizendo o porquê da
homenagem.
Em seguida, a aluna Fernando Kopplin leu o meu
currículo, enquanto os alunos se preparavam para entrar
em cena.
A aluna Marilú Machado declamou uma poesia de
autoria dos próprios alunos.

Houve então, uma série de apresentações, começando


com o diálogo entre minha mãe, anunciado a meu pai que
estava esperando mais um filho. (Fernanda Kopplin e Luan

59
Lins Togni).
Os mesmos alunos, dando o nome ao menino,
Genuíno, mas podemos chamá-lo Gino.
O aluno Werinton Galiano (Gino com 8 anos) e
Fernanda Kopplin, (mãe) encenando a história do bico da
mamadeira, que rasgou.
O aluno Felipe Correa Reis (policial) repreendendo
Werinton Galeano (Gino) e Elias Nonemacher Scarello,
(amigo) por terem cometido uma arte.
O aluno Ian Pelegrini, (Gino, na juventude), e, a
aluna Karine Kunzler, (Wanda), trazendo recadinhos de
outras moças.
Os mesmos representando o começo do namoro.
Ian Pelegrini, (Gino) absorvido na leitura.
Um ano após o casamento, - Karine comunica a
gravidez. (alegria).
O primeiro filho, Cláudio.
Dez anos depois - Karine sugere a Ian, ter mais um
filho, quem sabe uma filha.
Karine comunica a Ian que está grávida. (alegria).
Chegada da filha Eunice.

A aluna Maeli Farias declama a poesia, “Fotografia".


A aluna Grazielli Sarmento, faz a apresentação do
primeiro livro, “Índice Remissivo do ICM”.
O aluno Felipe Correa Reis, Everson Teixeira da
Rosa, Elias Nonemacher Scarello, Evandro Vieira,
Werinton Galeano e Ian Pelegrini, contam piadas
extraídas dos livros: “Encantado Pitoresco” e
“Reminiscências”.
A aluna Valéria Machado caracterizada de (Heitor) e
Andressa Valduga, (Bepi), encenam a janta dos três tico-
ticos, que sobrou um.
Logo, a aluna Valéria Machado (tia Mina),
rapidamente, come o tico-tico que sobrou.
A aluna Maeli Farias e o aluno Werinton Galiano,
cantam a canção italiana, “Santa Lucia”.

60
A belíssima apresentação finalizou com os aplausos e
os agradecimentos do Gino e da Wanda, convidando a todos,
para uma fotografia em conjunto.

Fotografei as 25 cenas, que se encontram num álbum


especial, no Memorial, com as respectivas legendas. Um
álbum igual foi doado a Escola Jardim do Trabalhador.

(FOTO - 17 - O Grupo de participantes)

GINO E WANDA COM OS PARTICIPANTES

61
“PRÊMIO “DISTINZIONE”

Em 18 de outubro de 2006, estive em Porto Alegre, a


fim de receber “O DIPLOMA - PRÊMIO DISTINZIONE”.

Uma homenagem da Associação Cultural Italiana do


Rio Grande do Sul, (ACIRS).
Na justificativa da outorga do Prêmio, é citado meu
currículo escolar, com os Estudos Superiores e Cursos de
Especialização e Aperfeiçoamento, Professor nas Escolas de
Curso Médio e Superior, Diretor da Faculdade de Ciências
Econômicas, Escritor, Poeta, a Publicação de minha obra
literária, Pesquisa sobre a Imigração Italiana e do Vale do
rio Taquari, Memorial Gino Ferri, Promotor do
“Gemellaggio”, entre Encantado e Valdástico e Presidente
da Associação Ítalo Brasileira de Encantado ASSIBRE, o
Recebimento de vários reconhecimentos na Itália e no
Brasil.
“Uma personalidade que honra a Itália e o Brasil”.

O troféu, em bronze, simboliza uma árvore, tendo na


parte dianteira os dizeres:

“GENUINO ANTÔNIO FERRI”


“Buone radici danno bonni frutti” –
(Boas raízes dão bons frutos)
2 0 0 6”
Na parte traseira consta:

“A C I R S

ASSOCIAZIONE CULURALE ITALIANA


DEL RIO GRNDE DEL SUD”
PREMIO DISTINZIONE
COMUNITÀ ITALIANA”.

62
(FOTO – 18 – Prêmio Distinção - 15 centímetros)

PRÊMIO DISTINÇÃO

A festa foi realizada em um dos auditórios da


Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre.
Estavam presentes outros convidados do interior e da
capital, que também fizeram jus ao aludido diploma.

63
De Encantado compareceram à cerimônia, familiares
e amigos, destacando-se a Secretária Municipal de
Educação, Professora Loraine Maria Toni Perondi, o
Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Osvaldo
Delazzari, a Presidente do Círculo Trentino de Encantado,
Luciana da Croce e a Vereadora Salete Maria Dalla Lasta.
Em nome do Executivo e do Legislativo de
Encantado, fui agraciado com um belíssimo quadro,
emoldurado, contendo os dizeres:

“Os Poderes Executivo e Legislativo de Encantado


Manifestam seu júbilo pela distinção do
“Prêmio “Distinzine - 2006”, ao ilustre historiador
e cidadão Genuíno Antônio Ferri, fato que
Evidencia a grandeza da história do nosso Município.
Nossas congratulações e nosso abraço.
Osvaldo Delazzari Agostinho José Orsolin
Presidente Prefeito Municipal “.

Em 18 de outubro recebi um significativo cartão, da


Professora Emérita, Senhora Maria Eloísa Fachinetto:

“Dr. Gino Ferri:

Parabéns pelo “Prêmio Distinzione” conferido pela


Associação Cultural Italiana de Rio Grande do Sul ao
ilustre Historiador.
Nosso afetuoso abraço.
Maria Eloísa Fachinetto.

RIO TAQUARI-ANTAS
(Palestra no Clube Comercial)

64
Em 24 de novembro de 2006, fui convidado pelo
Presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio
Taquari-Antas, o Engenheiro Florestal, Daniel Schmitz,
para proferir palestra sobre o rio, no Clube Comercial de
Encantado, para os componentes do Comitê e pessoas
ligadas ao meio ambiente, das mais diversas cidades às
margens do rio.
A palestra foi ilustrada com 54 fotografias do rio,
que iam sendo exibidas num telão, ao mesmo tempo, em
que ia sendo comentado o assunto principal.
Ao final, respondi a grande número de perguntas,
que iam surgindo dos participantes da reunião, sobre o tema
abordado.
Parecia que cada um tinha um parente, ou conhecido
que tinha ligação com o rio, com a navegação, com os
trapiches, com o comércio, ou com a vida de marinheiro,
pois, já era passado o meio dia, e, o debate ainda
continuava.
Foi uma palestra original e de alto significado.
Após o almoço, um grupo de participantes da
reunião visitou o Memorial Gino Ferri.

ENTREVISTA SOBRE O MEMORIAL

Em 4 de dezembro de 2006, fui entrevistado, por


uma equipe da TV - RBS, de Santa Cruz do Sul, no recinto
do Memorial, com filmagem especial dos diversos estandes,
para um programa, a ser exibido oportunamente.

À tarde, uma equipe do Jornal Zero Hora, de Porto


Alegre, esteve em visita ao Memorial, para efetuar uma
reportagem sobre o mesmo e especialmente, sobre o

65
“Gemellággio” entre Encantado e Valdástico, sendo
entrevistado sobre o assunto.

FORMATURA DO 2º. CURSO DE


ITALIANO

Em 5 de dezembro de 2006, fui convidado pela


Professora Eloísa Maria Spadoni, para participar das
solenidades de conclusão do 2º. Curso de Italiano, na cidade
de Nova Bréscia.
Estavam presentes várias autoridades, destacando-se
o Prefeito Diógenes Laste, o Cônsul de Porto Alegre, Mário
Panaro e esposa, o Presidente da Associação Cultural
Italiana do Rio Grande do Sul, (ACIRS), patrocinadora do
Curso, Êrio Bonazzo, o Presidente dos Serviços do Exterior
da Itália, em Porto Alegre, Adriano Bonaspetti, e outras
autoridades e familiares dos formandos.
A cerimônia foi abrilhantada pela Banda de
Teutônia, com encerramento ao meio dia, com almoço de
confraternização, no Pavilhão do Parque Municipal.

FORMATURA DA CLÁUDIA

Em 9 de dezembro de 2006, estivemos em Porto


Alegre para assistir a formatura no Curso de Medicina, da
neta Cláudia, no salão de atos da Pontifícia Universidade
Católica.
Uma festa muito emotiva e vibrante, que emocionou
a todos, enchendo de júbilo os pais, Cláudio e Ieda e os
familiares e amigos.
Após os cumprimentos, houve um banquete em sua
homenagem, nos salões da “Messon Blanc” num ambiente
de muita alegria e descontração.

66
Recebi de presente, da Doutora Cláudia um
importante livro, “Acta Médica 2006” de autoria dos
formandos, dissertando sobre as suas respectivas
especialidades.
À página 627 encontra-se o trabalho da Cláudia:

“FEBRE REUMÁTICA NA PEDIATRIA”.

O livro traz a carinhosa dedicatória:

“Para o meu avô Gino, com quem aprendi que


sempre devemos ir adiante, nunca desanimar, sempre ter
curiosidade e escrever!
Esta obra devo ao teu exemplo de vida! Obrigada!
Com amor, da neta Cláudia Ferri”
Parabéns, querida Cláudia e muito sucesso!
Eis uma carinhosa receita:

“Senhor Genuíno Antônio Ferri


Receituário:
1 – Comprimido de AMOR
2 – Medidas de SABEDORIA
5 – Colheres de PACIÊNCIA
Tomar uma dose por dia, para continuar sendo uma pessoa
(Pai e Avô) maravilhoso que és!”
Te amo!
Cláudia Ferri
Ocorreu, na noite da formatura, um fato muito
interessante e emotivo.
O mano da formanda, Fernando, que se encontrava
na Austrália, informara que não poderia estar presente.
Porém, qual não foi a alegria de todos, quando ele se
apresenta sorrindo, durante a formatura. Voltara poucos
antes, e, ficara “escondido” em Porto Alegre.

ANO DE 2007

67
75º ANIVERSÁRIO DA GRUTA DE
NOSSA SENHORA DE LOURDES

Aos onze de fevereiro de 2007, dentro das solenidades


alusivas a data, fui convidado para fazer uma explanação
sobre a construção da Gruta, antes do início da Santa Missa,
na Igreja Matriz.
Relatei alguns dados da vinda do Padre José
Foscallo, em 1928, e, de seu trabalho na restauração da
Igreja, na construção das duas torres, da escadaria e das
duas grutas laterais.
Após fiz um relato sobre a construção da Gruta de
Nossa Senhora de Lourdes. A grande escavação do terreno,
com mão de obra voluntária dos fiéis dirigida pelo
Construtor Amélio Romanzini, que já realizara as obras da
Igreja Matriz.
Citei a inauguração da gruta, após a reza do terço,
na Igreja Matriz, a grande procissão noturna, com velas
acesas, com a participação de mais de 1.000 pessoas, que
percorreram as Ruas Pe. Anchieta, Júlio de Castilhos,
Tiradentes, Monsenhor Scalabrini, retornando até gruta,
que foi então, inaugurada, com a bênção e a colocação das
imagens de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa
Bernadete, no lugar próprio.
Ao iniciar o sermão, Padre Foscallo pedia a uma
senhora presente:

“Coloca, na mão de Santa Bernadete, a vela acesa do


Gino, pois ele é tão inocente quanto ela”.

Com apenas dez anos de idade, eu não sabia avaliar


o que estava sucedendo, mesmo assim, estas palavras
calaram profundamente dentro de mim.

92 ANOS DE EMANCIPAÇÃO

68
125 ANOS DE COLONIZAÇÃO

Aos trinta e um de março de 2007, fiz uma


dissertação, no auditório Itália, sobre as duas importantes
efemérides, enfocando cenas desde o período indígena, da
colonização do Município, a partir de 1882, a abertura das
primeiras ruas, o desenvolvimento, da cidade, até
emancipação, em 1915.

APRESENTAÇÃO DE LIVRO

Aos 18 de abril de 2007, estive em Teutônia, a convite


do escritor Ademar Hübel, para prestigiar o lançamento do
livro de sua autoria: “O Homem Orquestra”, cuja
apresentação fora feita por mim.
Ademar é sobrinho de Henrique Hübel, o músico,
que tocava sete instrumentos, simultaneamente. Era um
verdadeiro gênio. Tive oportunidade de assisti-lo, numa
apresentação em Estrela.
Antes do lançamento do livro foi feita a exibição de
um filme do músico Henrique, executando seus sete
instrumentos, além, da exposição de fotos, mostrando o
músico em suas exibições, em salões, rádios e televisão, não
só no Brasil, mas, inclusive, na Europa.
O salão da Sociedade local estava totalmente lotado.
Os sete instrumentos, hoje, se encontram no Museu
Municipal de Teutônia. Henrique havia prometido doa-los
ao músico que conseguisse executá-los simultaneamente.

DISTRITO DE VALDÁSTICO
(EX-BARRA DO COQUEIRO)

A convite do Prefeito Municipal Agostinho José


Orsolin, em 12 de julho de 2007, participei das solenidades

69
realizadas no distrito de Valdástico, com a inauguração de
um Pórtico, semelhante ao colocado na cidade de Valdástico
na Itália, pela passagem dos dez anos do “Gemellaggio”.

(Foto 19 – Os dois Pórticos)

OS DOIS PÓRTICOS

O Pórtico foi colocado no centro da Praça, entre o


Pavilhão da comunidade, a Escola Osvaldo Aranha e a
Igreja dedicada a Nossa Senhora do Loreto.
O painel central contém os dizeres:

“DISTRITO DE VALDÁSTICO
ENCANTADO – CIDADE IRMÃ DE
“SAN PIETRO DI VALDÁSTICO”

70
O Pórtico é semelhante ao colocado na entrada da
cidade de Valdástico, na Itália, por ocasião do décimo
aniversário do “Gemellággio”, no qual consta o seguinte:

“O BRASÃO DO MUNICÍPIO”
“VALDÁSTICO CIDADE IRMÃ COM
ENCANTADO – RS. (BRASIL)”.

À noite, ocorreu um grande jantar de


confraternização, no Salão da Comunidade local.
Após a jantar, ocorreu a apresentação de
uma peça teatral, “Via Da Vanti”, (Sai da Frente)
encenada por Ângela Reale, Neucir Bigolin e Jorge
Calvi. Uma ótima apresentação cômica, que agradou
plenamente, a todos, recebendo vivos aplausos.

15ª. SEMANA ITALIANA DE


ENCANTADO

“TROFÉU GINO FERRI”


Em 20 de julho de 2007, tiveram início as solenidades
e festividades alusivas a 15ª. Semana da Imigração Italiana,
organizadas pela Prefeitura Municipal.
Foi realizado um Torneio de Bochas, denominado
“TROFÉU GINO FERRI”, por sugestão do Prefeito
Agostinho José Orsolin, disputado no pavilhão da Capela
Santo Antão.

Pela manhã, foi celebrada a Santa Missa, na Capela.


Após, tiveram início as solenidades de abertura do
torneio.
Fui então, convidado para jogar a primeira bocha.

(Foto 20 - A primeira bocha)

71
A PRIMEIRA BOCHA

Acredito que Santo Antão ajudou, pois há mais de


cinquenta anos, eu não jogava mais bochas.
Coloquei-me na cancha, muito nervoso, diante dos
aplausos das equipes presentes e do grande número de
assistentes, larguei e bocha, lentamente.
Qual não foi a minha surpresa, quando, a bocha
parou a exatamente a cinco centímetros do burrinho. Foram
momentos de grande vibração dos presentes.
Os clubes já disputavam a “Compra de meu passe”,

72
para seus times.
Somente na terceira partida, um dos participantes
conseguiu fazer um ponto similar ao meu.
As partidas foram realizadas na cancha do Pavilhão,
com a presença de seis equipes da cidade e dos bairros. A
equipe da casa, por delicadeza, não participou.
Após, várias partidas muito disputadas sagrou-se
vencedora a equipe do Bairro Lambari.

(FOTO – 21 = O Troféu – A bocha)

O TROFÉU

À noite, no pavilhão da Capela São Carlos, em


Jacarezinho foi servido um jantar festivo, com a entrega dos
prêmios aos participantes.
Fui agraciado com o Troféu, representando uma
bocha de madeira, colocada num pedestal, com os seguintes
dizeres:
“TROFÉU GINO FERRI

73
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

15 ª. SETTIMANA ITALIANA.
ENCANTADO, JULHO DE 2007”.

O CASAMENTO DA CLÁUDIA E WILSON

Em 6 de outubro de 2007, ocorreu, em Lajeado, o


casamento da neta Cláudia, com Wilson Itacir Albrig.
A Cerimônia religiosa realizou-se na Igreja São
Cristóvão, que fora construída pelo Arquiteto Cláudio José
Ferri, pai da noiva, otimamente ornamentada.
A noiva chegou num automóvel antigo.
A Wanda nos acompanhou, juntamente com Dona
Nilva, permanecendo na casa da Eunice, durante a
cerimônia religiosa.
Depois, foi conduzida até o Hotel Weiand, onde se
realizou a festa, tirando várias fotos com os noivos.
Após voltou para a casa da Eunice.
A festa foi muito alegre e descontraída, com música e
canto, sendo, os convidados servidos, com um jantar
especial, regado a champanhe e vinhos fabricados pelo
Cláudio, com o rótulo:
”Gino Ferri – Um Vinho Amoroso”.
Parabéns! Wilson e Cláudia. Sejam muitos felizes.

“O ITALIANO QUE ESTÁ EM MIM”

Na edição de 17 de outubro de 2007, o Jornal Correio


Rio-Grandense, de Caxias do Sul, publicou a reportagem de
minha autoria, sob o título supra, ilustrada com uma
fotografia.

74
É um programa da Revista “INSIEME”, de Santa
Catarina, sob a supervisão de Frei Rovílio Costa, de Porto
Alegre, que homenageia pessoas do Estado do Rio Grande
do Sul e de Santa Catarina.
Mesmo antes de ver a reportagem publicada, recebi
um telefonema de Passo Fundo, do primo Antônio Ferri,
que já a lera, dando-me a informação, acompanhada de
muitos elogios.
Dias após, uma amiga, que lera a reportagem, dizia
ser uma das melhores já publicadas sobre o assunto.

<Em março de 2012, a Revista “INSIEME”, edição


Nº. 159, publicava a mesma reportagem, em duas
línguas, que se encontra no Memorial Gino Ferri>.

VIAGEM A IRAÍ

Em novembro de 2007, recebi o honroso convite dos


amigos Adroaldo e Gilson Conzatti, proprietários do Hotel
Irai, para ir àquela cidade, a fim de participar das
festividades comemorativas aos Oitenta anos de existência
do Hotel, e, dos Oito anos de sua restauração, dentro das
solenidades da “Quarta Festa do Reencontro dos iraienses
moradores em outras cidades”, e, pessoas que tivessem
residido em Iraí, numa promoção da Prefeitura e da
Câmara Municipal de Vereadores, da qual, o Dr. Gilson é o
atual Presidente.

Em 13 de novembro, o amigo Adroaldo e esposa


Elani, me ofereceram carona, em seu automóvel, lá
chegando por volta das treze horas, ainda, a tempo de
participar do grande almoço de confraternização, que
estava se realizando no salão da Comunidade Evangélica.
À noite, nos salões do Clube Iraí foi realizada a
cerimônia festiva, sendo homenageadas várias pessoas, com
um belíssimo brinde, constando de uma pedra semi-

75
preciosa com os dizeres:
“HOTEL IRAÍ
4ª. FESTA DO REENCONTRO
HOMENAGEM ESPECIAL.
IRAÍ, OUTUBRO DE 2007
GENUINO FERRI”

(Foto 22 - Troféu Hotel Irai)

TROFÉU “HOTEL IRAÍ”


Fui tomado de grande emoção, ao saber da minha
inclusão, no rol dos homenageados.
Entre estes, se encontrava o Deputado Estadual
Edson Brum, o proprietário do Hotel Adroaldo Conzatti e
outras pessoas residentes em outras cidades.
Ao final da solenidade, fiz entrega, ao Prefeito de
Irai, que se encontrava acompanhado da Secretária de
Educação, de vários livros, de minha autoria, para a

76
Biblioteca Municipal.
Ao voltar à mesa, em que me encontrava, com o
amigo Adroaldo e esposa Elani fui surpreendido com a visita
de uma parente, amiga desde os tempos em que residíamos
em Iraí, Carmem Ferri Guerlack, viúva do amigo
Edmundo, que fora funcionário da Prefeitura Municipal de
Irai e companheiro de Tênis.
Foi um encontro muito emotivo. Carmem estava
alegre e acompanhada de seu segundo marido.

ENTREVISTA NA RÁDIO ENCANTADO

Aos 10 de novembro de 2007, fui convidado pelo


radialista Nolimar Perondi, para uma entrevista, ao vivo, na
Rádio Encantado, a fim de falar sobre o novo livro:
“Encantado II – Sua História, Sua Gente”, a ser lançado no
próximo dia 14.
Soube posteriormente, que a longa entrevista foi
muito apreciada, pelos ouvintes.
Eis que, foram abordados vários temas do livro que
documentam a história de Encantado, desde os primeiros
tempos da colonização até a data presente.

ENCANTADO II - SUA HISTÓRIA, SUA


GENTE

CAMINHADA HISTÓRICA

Aos 14 de novembro de 2007, ao cair da tarde e a

77
noite, ocorreu o lançamento do livro: “Encantado II – Sua
História, Sua Gente”, em Sessão Solene da Câmara de
Vereadores, realizada no palco da Praça da Bandeira.

A Câmara municipal de Vereadores de Encantado,


sob a Presidência da Vereadora Salete Maria Chiarello
Dalla Lasta, elaborou o roteiro das cerimônias da Sessão
Solene da Câmara, assim como enviou, juntamente com o
Prefeito Municipal Agostinho José Orsolin, um convite, às
autoridades, para o lançamento.
A solenidade foi precedida por uma “Caminhada
Histórica”, organizada pela Secretaria de Educação e
Cultura, tendo a frente à Secretária Loraine Maria Toni
Perondi e sua equipe coadjuvada pelo Professor Luiz
Sangalli, que não pouparam esforços para apresentar um
verdadeiro espetáculo teatral, ao ar livre, com 18 cenas,
sobre a História de Encantado, no trajeto da Rua
Monsenhor Scalabrini, desde o Painel do Imigrante,
defronte a Igreja Matriz, até a Praça da Bandeira, aonde se
realizou o lançamento do livro, em Sessão Solene da Câmara
de Vereadores.
O trajeto foi acompanhado por um ônibus com
aparelhagem de som, com um locutor descrevendo todos os
cenários apresentados, com roteiro elaborado por mim, ao
som de músicas próprias, nos intervalos: Italianas,
Portuguesas, Alemães e Religiosas, inclusive, a música
“Encantado de Encantos”, de Délcio Tavares”, vencedora do
Segundo Canto da Lagoa.
Foram encenados e apresentados os seguintes temas:

1 - OS ÍNDIOS
Um grupo de índios, em seu habitat.
Representação da “Lenda”, que originou nome de
Encantado.
O aprisionamento dos índios, pelos bandeirantes.
Estes primeiros atos foram representados pelo Grupo
de Teatro do “Projeto Metamorfose”.

78
2- A CHEGADA DOS IMIGRANTES
Um grupo de alunos e pessoas ligadas a Escola
Antônio de Conto, de Jacarezinho representou a
chegada dos imigrantes italianos.

Os grupos de tradicionalistas, do C. T. G. Giuseppe


Garibaldi, do Grupo de Artes Nativas Anita
Garibaldi e do D. T. G. Guardiões do Rio Grande,
representaram a chegada dos lusos.

Um Grupo de alunos da Escola Sinodal de Roca


Sales representou a chegada dos alemães.

3 - AGRICULTURA – COMÉRCIO– INDÚSTRIA


Apresentação das principais ferramentas e objetos
utilizados na Agricultura;
Exposição de produtos agrícolas. A cargo da Feira do
Produtor;
Os modernos condomínios, para a produção suína,
que serviu de base para a realização da SUINOFEST;
O Comércio de ontem, apresentando pela primitiva
“bodega” e sua evolução;
Assim, também, as pequenas indústrias artesanais às
modernas indústrias de fabricação dos mais diversos
produtos, salientado a banha que originou a
designação de “Encantado, Capital do Ouro Branco”;
Destacando-se ainda, uma rede de diversos ramos de
Prestação de Serviços.

4– ESPORTES E LAZER
Representações esportivas: - A presença de uma
“carretera”, usada pelo corredor Argemiro Pretto,
nas corridas realizadas em Encantado, em 1954, 1956
e 1957, inclusive, em outras representações, a nível
nacional.
A Escolinha do Centro Esportivo, da Escola Águia
Azul e a Entidade Raio de Luz, devidamente

79
uniformizados, assim, como, outras entidades,
representando as diversas categorias do esporte em
nossa terra.

5 - FÉ E RELIGIOSIDADE
Representação do Padre Aroldo, do Monsenhor João
Batista Scalabrini, - Pelo grupo das Zeladoras das
Capelinhas e de um grupo de Leigos, demonstrando
a fé e a devoção do povo de Encantado.

6 - EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS DE ARTISTAS, E


O DESENVOLVIMENTO URBANO
Exposição de telas com temas de Encantado;
Desenho de ruas e casas primitivas;
O trânsito, representado por um Ônibus;
A apresentação dos jornais atuais de Encantado,
inclusive, com a distribuição, por um jornaleiro, do
primeiro jornal de Encantado “A MATRACA”,
xerografado.
Um grupo da Liga de Combate ao Câncer,
representando as Entidades de Saúde de Encantado.

7 - ETNIAS E BANDEIRAS
Apresentação das bandeiras das treze etnias, que
fazem parte da miscigenação do povo de Encantado.

8 - INSTITUTO MONSENHOR SCALABRINI


Um grupo de alunos da Escola, representando a
Educação e a Cultura, desde o Jardim de Infância à
Faculdade.
Apresentação de Professores e alunos, do presente e
do passado, pelo Grupo de Teatro “Artes e Sonhos”.

9 - CENTRO ADMINISTRATIVO
Apresentação do Poder Público Municipal, o
primeiro e último Prefeitos, Funcionários, Rainha e
Princesas do Município, Princesa da Garota Verão,
Poder Legislativo e Poder Judiciário, e, a presença da

80
Miss Rio Grande do Sul e posteriormente Miss
Brasil, Natália Ànderle.

(Foto 23 – Com o Prefeito e a 1ª dama)

COM O PREFEITO, A PRIMEIRA DAMA E A RAINHA

10 - TEATRO EM ENCANTADO
O Grupo de Teatro “Artes e Sonhos” do Instituto
Scalabrini, representando os grupos de teatro, do
passado e do presente.

11 - CORAIS DE ENCANTADO
Apresentação dos diversos corais de Encantado.

81
12 – BANDA ÂNGELO BERGAMSCHI
Executando a música “Aquarela do Brasil”,
representando todas as Orquestras e Bandas do
passado e do presente.

13 – SEGURANÇA PÚBLICA
Exposição dos veículos da Brigada Militar, da Polícia
e dos Bombeiros.

14 – Conjunto de percussão, interpretação, ao vivo, pelo


grupo “Os Guerreiros”.

15– ESCRITORES
Recepcionando o Escritor Gino Ferri.

16 – RECEPÇÃO
Pela Presidente da Câmara, Salete Maria Dalla Lasta
e Vereadores, autoridades e povo.

17 – PRAÇA DA BANDEIRA
Chegada à Praça da Bandeira, sob acordes musicais
do conjunto “LUAUÊ”, sob a direção do saudoso amigo,
músico e cantor Eziquel Pretto.

LANÇAMENTO DO LIVRO

A Presidente do Legislativo, Salete Maria Dalla Lasta


subiu ao palco, chamando para compor a Mesa Oficial, os
Vereadores, assim, como, as autoridades:
O Prefeito Municipal Agostinho José Orsolin, a Juíza
de Direito Débora Gheradt Marque, a Delegada de Polícia
Elisabete Müller, a Secretária de Educação e Cultura,
Loraine Maria Toni Perondi, a Miss Brasil Natália Ânderle,
a Soberana do Município Vanessa de Oliveira, as Princesas
Gisele Pretto e Patrícia Dabroi, a primeira Princesa do
Garota Verão Vera Carina Graciolla.
Ao abrir a Sessão Solene, a Presidente Salete Maria

82
Chiarello Dalla Lasta, solicitou ao Vereador José Alberto
Bennemann, que conduzisse à mesa, o Escritor Gino Ferri.
A seguir falaram diversos oradores, quando então, a
Presidente passou-me a palavra para fazer o lançamento do
livro.
Após o grandioso desfile histórico, era natural a
minha emoção. Lentamente, iniciei o discurso, com a
declamação do poema: “Ode a Encantado”.
A seguir passei a citar trechos do discurso proferido
no lançamento da Primeira Edição do Livro, em 28 de
outubro de 1985, quando eu dizia:

“Encantado Sua História, Sua Gente, nesta noite


engalanada e festiva para todos nós encantadenses, desliga-
se, carinhosamente, deste seu amigo de tantos anos, que aqui
fica na saudade”.
“Partirá! Visitará, primeiramente, a Biblioteca
Municipal, onde lhe está reservado um lugar de destaque.
Visitará lares e repartições, amigos e colaboradores, escolas
e bibliotecas, andará por este Brasil afora e certamente
atingirá o solo da “Mãe Pátria” de nossos antepassados.”.
“Passarão dias, meses e anos, e, fatalmente atingirá
século vinte e um”.
“Então, decorridos os anos, já desgastado pela ação
inclemente do tempo, voltará às suas origens, para esta
terra que o viu nascer”.
“Aqui fica o meu mais veemente apelo, aos jovens,
de hoje, para que o acolham, o alimentem, o vistam com
novas roupagens de gala, dando-lhe um novo alento, para
que possa viver ainda, por muitos e muitos anos”.
Senhoras e Senhores!

Jamais, eu poderia imaginar, nem mesmo sonhar, que


seria, novamente, eu, aquele que o iria:

“Acolher, alimentar e vesti-lo com novas roupagens,


para que possa viver ainda, por muitos e muitos anos”.
Ao finalizar ofereci um exemplar aos representantes

83
dos Três Poderes.
A Presidente da Câmara ofereceu-me uma placa de
metal, emoldurada, com os seguintes dizeres:

(Foto 24 – A Placa)

A PLACA

”Câmara Municipal de Encantado


Estado do Rio Grande do Sul – Brasil
Ao Senhor Genuíno Antônio Ferri, símbolo vivo da
História do Município de Encantado!
Homenagem do Poder Legislativo Municipal,
nos seus 9l anos e na 12ª. Semana da Câmara,
ao Historiador, pelo lançamento do livro:
“Encantado II – Sua História, Sua Gente.

84
Encantado, (RS), 14 de novembro de 2007.

Salete Maria Chiarello Dalla Lasta


Presidente da Câmara Municipal”.

O Prefeito Agostinho José Orsolin, brindou-me com


um belíssimo conjunto, representado por duas imagens em
bronze, sobre um pedestal de madeira, tendo ao centro um
relógio, e, aos pés, uma plaqueta com a inscrição:

“PARA GRANDES OBRAS, GRANDES HOMENS”

Encantado 14-11-07

Luiz P. Dalla Lasta - Agostinho José Orsolin


Vice-Prefeito Prefeito

(Foto 25 – O Brinde - o relógio))

85
BRINDE – O RELÓGIO

86
(foto 26 - Lacto. do livro na Câmara)

A MESA OFICIAL

Após o encerramento da Sessão Solene ocorreu a


Sessão de Autógrafos, ao som do Conjunto Musical
“Luauê”, sob a direção do saudoso e querido amigo
Ezequiel Pretto.
A festa terminou com um coquetel, aqui em casa,
com a presença de familiares, amigos e de Miss Brasil,
Natália Ânderle, que aproveitou para visitar o Memorial.

ENTREVISTA NA TV - R B S

Em 20 de novembro de 2007, fui entrevistado pela


equipe da T V – RBS, de Santa Cruz do Sul, falando
especialmente, sobre o livro, “Encantado II – Sua História,
Sua Gente”, sobre o rio Taquari-Antas e sobre o Memorial.

87
ESCRITORES DO VALE

Em 29 de novembro de 2007, em Lajeado participei


do lançamento do livro “ESCRITOS E
ESCRITORES”, de autoria de 18 escritores do Vale, sob o
patrocínio da Academia Literária do Vale do Alto Taquari –
ALIVAT – patrocinado pela Secretaria Municipal de
Educação e impresso pela UNIVATES.
Minha contribuição no livro, foi com o trabalho
“Crônicas Históricas”, que versa sobre a maravilhosa
viagem, Belém-Manaus, realizada por mim, em junho de
1975.
Uma explanação sobre o rio Amazonas, visto do alto,
que parece a um imenso ofídio, serpenteando em meio a
grandiosa floresta tropical.

ANO DE 2008
HOMENAGEM

Em 5 de fevereiro de 2008, o Jornal Força do Vale,


Patrocinador do “Carnaval de Rua” publicou as fotos dos
Homenageados pela Escola Guerreiros do Samba, Gino
Ferri, Hugo Peretti, Lino de Nes e Agenor Peretti, e, a letra
do Samba Enredo da Escola, de autoria do jovem Josué

88
Dalla Lasta, da qual são destacados três versos:

“Sou de Encantado, meu bem,


Vou pra Encantado também,
Nessa terra de magia,
É a Guerreiros cantando,
Nossas belezas
Em Samba, verso e fantasia”.
‘Vem cá que eu vou te mostrar,
Onde é que fica o lugar da minha paixão,
Minha cidade tem um “O” de sedução,
Encantado pra sempre, no meu coração”.
“Lugar das histórias do seu Gino,
Dos retratos do seu Hugo,
Nos poemas do seu Lino,
Do castelinho do Agenor.
Onde eu encontro meus amigos,
Gente de muito valor”.

HOMENAGEM A UM AMIGO

Em março de 1994, por ocasião do Festival “2º.


Canto da Lagoa” realizado às margens da Lagoa da
Garibaldi, eu fazia parte do Júri, juntamente com outros
amigos, entre os quais, Geraldo Peccin.

Geraldo Peccin, por diversas vezes participou do


Festival “Canto da Lagoa”, como jurado, como membro da
Comissão Organizadora, ou ainda, como participante, com
músicas próprias.
Em função disso, por várias vezes tive a satisfação de
trabalhar ao seu lado.
Em 1995, Geraldo, como Funcionário da Secretaria
Estadual de Turismo, participava da Comissão Central das
Festividades dos Cento e Vinte Anos da Imigração Italiana,
da qual, eu e o amigo Casimiro Frigeri, também fazíamos

89
parte, representando a Associação Ítalo-Brasileira de
Encantado - (ASSIBRE) - ocasião em que novamente
trabalhamos juntos.
Em março de 2008, lamentavelmente, Geraldo veio a
falecer, poucas horas antes da abertura da 12ª. Edição do
Festival, “Canto da Lagoa”, na qual ele estaria presente,
dando mais uma vez, sua valiosa contribuição.
Em 27 de março de 2008, através da Rádio
Encantado prestei uma significativa homenagem ao amigo
Geraldo Peccin, a qual foi publicada no Jornal Opinião,
com uma foto da mesa do Júri, do Segundo Canto da Lagoa.
Poucos dias depois, recebi um telefonema de sua
esposa, agradecendo pela homenagem.

ENTREVISTA

Durante o mês de julho de 2008, estiveram em nossa


casa, o Professor Roque Danilo Bergesch, Reitor da
UNIVATES e a Professora Silvana Rosetti Faleiro, com a
finalidade de colher dados sobre a FATES, para a
elaboração de um livro, narrando a história da Entidade,
hoje UNIVATES.

Consultaram os documentos existentes num álbum


guardado no Memorial, onde colheram valiosas informações
que farão parte do livro, além de outras prestadas por mim,
relativas o período de dez anos, em que atuei na FATES
como Secretário, Coordenador dos Cursos, Professor,
Membro do Conselho Diretor e Diretor da Faculdade de
Ciências Econômicas.

90
FEIRA DO LIVRO

Em 14 de julho de 2008, o Instituto Educacional


Monsenhor Scalabrini realizou mais uma Feira do Livro, na
Praça da Bandeira.
Em meio às barracas com os livros, foram colocadas
diversas mesas, ocupadas por estudantes, que falavam sobre
os livros e a biografia dos escritores de Encantado, com a
presença dos mesmos.
Foi uma bela homenagem dos alunos, que se
esmeravam em bem apresentar o seu escritor.

MUSEU DA FOTOGRAFIA
Em 10 de agosto de 2008, participei da inauguração
do Museu da Fotografia, numa galeria do Museu Municipal,
no recinto da Casa da Cultura.
As fotógrafas Simone Giongo e Ruti Vendramini,
apresentaram duas fotografias tiradas, especialmente, para
serem expostas.

POSSE DO BISPO DOM PAULO


DE CONTO

Em 1º. de setembro de 2008, ocorreu a posse do Bispo


Dom Paulo, na nova Diocese de Montenegro.
Impossibilitado de comparecer às solenidades, enviei
atencioso ofício, almejando efusivos cumprimentos, com os
votos de absoluto sucesso, tanto material, e, principalmente,
espiritual, à frente da nova Diocese.

91
LANÇAMENTO DO LIVRO:
“VIAGENS”

Em 18 de novembro de 2008, à noite, no memorial


Gino Ferri, ocorreu o lançamento do livro “VIAGENS”,
editado em (xerox), encadernado, e, em C D, com a presença
de autoridades e grande número de pessoas, especialmente,
as que participaram das de diversas viagens.
O livro aborda temas, fartamente ilustrados com
fotos, das principais viagens realizadas a partir de 1952:
A primeira, “Viagem de Estudos” realizada pelos
formandos em Contabilidade da Escola Madre Margarida,
até ao Rio de Janeiro, onde aproveitaram para convidar o
Deputado Federal J. P. Coelho de Souza, para ser o
Paraninfo de sua formatura, em dezembro daquele ano.

A Segunda “Viagem de Estudos” realizada em 1957,


pelos formandos da mesma Escola, até São Paulo, Rio de
Janeiro e Belo Horizonte, na qual participei como Professor
Acompanhante da Turma.

Viagem a Uruguaiana, até “Passo de Los Libres”,


em 1972, acompanhando um grupo de familiares do amigo
Antenor Almeida, que desejava festejar seu aniversário na
cidade de Uruguaiana.

Viagem realizada em 1975, com um grupo de vinte e


oito pessoas, percorrendo, de ônibus, desde Porto Alegre,
todos os Estados à beira mar, até Belém do Pará.
A viagem de Belém até Manaus foi feita de avião.
Assim, também, de Manaus a Brasília, enquanto que, o
ônibus fez o trajeto, de Belém a Brasília, por terra.

92
E, novamente, de Brasília a Porto Alegre, de ônibus.
Percorrendo milhares de quilômetros em trinta e um dias.

A primeira Viagem à Itália, em 1986, juntamente


com a Wanda, acompanhando um grupo de vinte de
Focolarinos, para assistir um Congresso Paroquial, na
cidade de Roma, seguindo após para o Norte da Itália.

Segunda Viagem à Itália, em 1993, novamente, com a


Wanda e o casal João Carlos Pretto e esposa Marta, para
assistir ao Congresso ”Family Fest”, organizado pela
entidade dos focolarinos, em Roma.
Após a realização do Congresso seguimos para
Valdástico, a fim de receber a cópia da Lei, nº. 2.153,
originada do projeto, nº. 25, que declara “Valdástico -
Cidade Irmã de Encantado”.

A terceira Viagem à Itália, em 1996, passando por


Londres, Paris, Zurigo e Itália, finalizando em Valdástico,
para efetuar o lançamento do livro “Gemellaggio”, e, para
receber o honroso título de: “Cidadão Honorário de
Valdástico”.
Fui acompanhado pela Wanda, o Cláudio, sua
esposa Ieda e a neta Cláudia.

Em 22 de setembro de 1996, ocorreu o lançamento do


livro, “Gemellággio-Encantado-Valdástico” no Teatro
“Forni” onde se encontrava presente, uma caravana de
Encantado e arredores, composta de trinta e duas pessoas,
além de onze Prefeitos da Região, Autoridades, Vereadores,
Historiadores e populares, lotando totalmente o recinto.

Poucos dias após o lançamento do livro e do C D, o


escritor Vinicius Flores, publicou no Jornal Opinião, uma
emotiva reportagem sob o título::

93
“Recordações de um intérprete da nossa história”.

“O Município de Encantado guarda consigo certas


peculiaridades, as quais, aliadas ao trabalho da Amturvales
e apoio das autoridades locais fazem da Cidade do Ouro
Branco, um tanto quanto especial.
Terra de Miss Brasil, Encantado tem muitos motivos
para se orgulhar. Um destes motivos é, por que não dizer,
uma lenda viva, no vale do Taquari: Gino Ferri.
Aos seus oitenta e seis anos, porém, com uma lucidez
de um menino, o historiador e escritor recentemente,
comemorou os três anos de criação de seu Memorial,
lançando o livro “VIAGENS”, a 20ª. obra em sua carreira.
O Memorial Gino Ferri, inaugurado em 18 de
novembro de 2005, é um rico acervo de mais de cinco mil
fotografias, documentos, livros, jornais, revistas e vinte e
oito álbuns repletos de fotos e documentos antigos, que
guardam as reminiscências de Encantado e do escritor.
Procurando sempre, em contar a história para que
ela não fique esquecida, Gino Ferri já percorreu pelos mais
diversos cantos do Estado, costa brasileira, Nordeste, Norte
e países da Europa como a Inglaterra, França Suíça e a
terra de seus antepassados, Itália, onde recebeu o Título de
Cidadão Honorário de Valdástico, Província de Vicenza.

Memórias destes passeios, você pode encontrar em


seu último livro, “VIAGENS” e também, em C D, uma
novidade, a qual, o autor explica que serve para facilitar a
difusão da Cultura”.

Oswaldo Carlos Van Leeuwen, Diretor Presidente do


Jornal Informativo do Vale, de Lajeado enviou a seguinte
mensagem:

“PARABÉNS!

94
O Jornal O Informativo do Vale
Parabeniza o amigo Gino Ferri,
pela passagem de seu
aniversário, e, da mesma forma,
pelo lançamento de
mais uma Obra Literária!
Parabéns e Sucesso”!

Assim, também, os jornais Força do Vale, Antena e


Opinião, de Encantado, deram cobertura ao evento.

ANO DE 2009

BODAS DE DIAMANTE

LANÇAMENTO DO LIVRO “WANDA”

Em 1º. de janeiro de 2009, comemoramos nossas

95
“Bodas de Diamante”, sessenta anos de casados.
Foi uma a festa simples realizada em nossa casa. A
Wanda estava sentada em sua poltrona e assistiu a missa
celebrada pelo Padre Achiles Zanon, com a participação de
familiares e amigos. A maioria já havia estado presente nas
nossas Bodas de Ouro, ocorridas em primeiro de janeiro de
1999.
As leituras da missa foram feitas pela amiga Marta
Pretto, e, ao final, falou também, o Pastor Egídio Grün, de
Arroio do Meio, que, inclusive, cantou diversas canções,
com seus amigos do coral de sua Igreja.
A seguir, muito emocionado, fiz o lançamento do
livro: “WANDA”, uma obra que, ao invés de ter sido
“escrita com a cabeça foi escrita com o coração”.
O livro foi distribuído gratuitamente aos amigos.
A seguir, oferecemos um coquetel, aos presentes,
enquanto se fazia a apresentação do vídeo das Bodas de
Ouro, realizadas em 1º. de janeiro de 1999.
Várias das pessoas presentes solicitaram que as cenas
fossem repetidas, pois desejavam rever, como eram há dez
anos atrás.
A festa foi muito bonita, tendo a lamentar apenas, a
não participação efetiva, da Wanda. Mesmo, assim, ela
esteve sempre presente, ao nosso lado, sob os cuidados das
assistentes Nilva Baioco Dalla Vécchia e de Neiva Paz da
Silva.

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(Foto 27 - Foto do Livro)

A CAPA DO LIVRO

FORMATURA DO CARLO

Aos 24 de janeiro de 2009, o neto Carlo Antônio


Ferri, colava grau na Pontifícia Universidade Católica de
Porto Alegre. no Curso de Economia, com especialização em
Comércio Exterior.
À noite, era realizada a Festa de Formatura, no Salão
Panorâmico, da Sociedade Tiro e Caça, em Lajeado.
Foi uma festa muito envolvente, com muita alegria,

97
com a presença de centenas de pessoas, entre parentes e
amigos.
Ao iniciar a festa foi exibido um vídeo com
fotografias do Carlo, desde sua infância até a formatura.
Parabéns, Carlo!

QUARENTA ANOS, DA UNIVATES

Em 4 de julho de 2009, estive presente nas


solenidades alusivas aos quarenta anos da UNIVATES, em
Lajeado, onde eu exercera as funções de Secretário,
Coordenador dos Cursos, Professor durante dez anos,
Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas por quatro
anos e Membro do Conselho Diretor, por seis anos e mais
dois anos como suplente.
As festividades ocorreram no salão de festas da
Sociedade Tiro e Caça. Na ocasião, foi lançado o livro
sobre os quarenta anos da UNIVATES, - “LENDO
HISTÓRIA”, de autoria da Professora, Silvana Rossetti
Faleiro, finalizando com um jantar festivo.
Tive a satisfação de rever e conversar com alunos, ex-
alunos e colegas Professores.

O VALE PRECISA SE CONHECER E


PLANEJAR

Em 17 de março de 2009, participei do Seminário


Regional de Turismo, sob a denominação supra organizado
pela Amturvales (Associação dos Municípios de Turismo da
Região dos Vales e pela Amvat (Associação dos Municípios
do Vale do Alto Taquari), realizado no Clube Comercial de
Encantado, durante todo o dia.

98
Foram debatidos assuntos relativos ao Turismo,
Planejamento e outras atividades referentes ao Vale do Rio
Taquari.
Ao final do Seminário, os participantes receberam
um Certificado, assinado por Rafael Fontana e José Luiz
Cenci, Presidentes das respectivas entidades.

PALESTRA SOBRE SCALABRINI

Em 20 de julho de 2009, proferi uma palestra, no


Centro de Evangelização, para mais de 150 jovens, do
Projeto Pré-Crisma, sobre a Igreja Matriz São Pedro, com
alusão especial, ao Bispo Dom João Batista Scalabrini.
Inicialmente, fiz um relato sobre a Imigração
Italiana, suas causas e a dificuldades encontradas pelos
primeiros povoadores da Região, destacando as primeiras
famílias vindas a Encantado e a construção da primeira
Igreja.
A seguir, fiz um relato sobre a vinda de Dom João
Batista Scalabrini a Encantado, ocasião em que benzeu
solenemente, a Igreja Matriz São Pedro, em 20 de setembro
de 1904.

VISITA AO MEMORIAL

Alunos das turmas A e B, da Escola Municipal


Mundo Encantado visitaram o Memorial, onde tiveram a
oportunidade de conhecer o acervo, com explicações
detalhadas, e, recebendo respostas a grande número de
perguntas.
É muito agradável conversar com as crianças,
sempre interessadas em saber algo mais, sobre a História de

99
Encantado.
Dias após, apareceram, em duas páginas da Internet,
várias fotos da visita dos alunos ao Memorial.

FORMATURA DO MOISÉS

Em 15 de agosto de 2009, assisti, em Lajeado, a


Cerimônia de Colação de Grau, no Curso de Arquitetura e
Urbanismo, do neto Moisés Lang.
A solenidade ocorreu no Salão do complexo
Esportivo da UNIVATES, numa brilhante e emotiva
cerimônia.
Após o ato oficial, Moisés desceu do palco e veio me
abraçar e me agradecer.
Foi muito cumprimentado por familiares e amigos,
seguindo então, para o Restaurante Emertini, onde se
realizou uma festiva confraternização.
Parabéns, Moisés e muito sucesso!.

FESTA DE SANTO AGOSTINHO

Em agosto de 2009, foi realizada a tradicional Festa


de Santo Agostinho, na Igreja do Bairro Planalto.
Após as solenidades religiosas, foi servido o almoço,
nos salões da comunidade, para mais de 1.300 pessoas.
Em seguida, a comunidade prestou uma significativa
homenagem à Liga Feminina de Combate ao Câncer, de
Encantado.
A Diretoria ofereceu a Presidente Neusa Rodrigues
da Silva e as 37 componentes da Liga, uma placa,

100
evidenciando o trabalho desenvolvido em prol das pessoas
acometidos de câncer, no município.
Fui encarregado, pela Diretoria da Comunidade,
para interpretar o texto que ilustra a trajetória do trabalho
voluntário da Liga.
Para mim, que já fora o orador oficial na
Inauguração da Igreja Santo Agostinho, foi uma honra
participar deste evento, representando a Comunidade, que
homenageava as componentes da Liga, pois elas são
merecedoras do nosso carinho, por desenvolverem tão
importante trabalho voluntário.

LANÇAMENTO DO LIVRO
“AS QUATRO REVOLUÇÕES”

Em 19 de setembro de 2009, efetuei o lançamento do


livro “AS QUATRO REVOLUÇÕES”, cujo tema se refere
aos quatros conflitos ocorridos no Rio Grande do Sul, em
1835, 1893, 1923 e 1930.

A capa do livro, assim, como no verso apresenta


cenas gauchescas, pintadas por Aldo Locatelli, para o
Palácio Piratini.
No interior da contra capa, as cenas estão descritas
por Cláudio José Ferri.

(Foto 28 - A capa do livro)

101
A CAPA DO LIVRO
Como estávamos dentro das festividades da Semana
Farroupilha, o lançamento ocorreu nas dependências do
Centro de Tradições Gaúchas “Giuseppe Garibaldi”.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura
organizou o Cerimonial.
Estavam presentes na mesa oficial, o Prefeito
Municipal Paulo Costi, a Secretária de Educação e Cultura,
Professora, Roseli Mottin Soares, Luiz Carlos Giongo
Patrão do CTG, Jorge Moreira, Colega Escritor e
Tradicionalista, Airto Giordani, representado o comércio
local, o ilustre amigo, Doutor José Montini, patrocinador da
obra e o autor.

102
(Foto 29 - Gino e Montini)

COM O DR. JOSÉ MONTINI


Estavam presentes ainda, amigos de Arroio do Meio,
Estrela, Lajeado, Encantado, meus familiares e colegas
escritores.
Ao iniciar a cerimônia foi cantado o Hino Rio
Grandense, seguido da leitura da mensagem de Antônio
Augusto Fagundes:
“Um Guri de 88 Anos”, pela prenda Lais Rabaiolli
Giongo.
Falaram o Prefeito Paulo Costi, a Secretária de
Educação Professora Roseli Mottin Soares, o escritor e
poeta Dr. Jorge Moreira, o Patrão do CTG. Giuseppe
Garibaldi, Luiz Carlos Giongo e o Doutor José Montini.

Ao fazer a abertura de meu pronunciamento


declamei um verso do Hino Rio-Grandense:

103
“Mas não basta p’ra ser livre
Ser forte aguerrido e bravo,
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo”!

Entre outros assuntos, relembrei ter sido esta a


terceira apresentação literária, no recinto do CTG,
porquanto já havia lançado, no mesmo local, “A História
do Rio Taquari-Antas” e “Poemas em Prosa e Verso”.
Salientei o porquê do lançamento do livro, versando
sobre as quatro revoluções ocorridas no Rio Grande do Sul,
os fatores que influenciaram a deflagração, suas figuras
principais, os combates mais importantes, a citação dos
treze Símbolos do Estado, mais dois cujo processo estava em
andamento, citando particularidades de cada revolução.

Seguiram-se a sessão de autógrafos e um jantar de


confraternização, abrilhantado pela música de Amauri e
Maurício Horn, pai e filho, em belíssimas interpretações de
música gauchesca, inclusive, com arranjos especiais de
Amauri. Ambos foram vivamente aplaudidos.

Após o cerimonial, o filho Cláudio colocou-me o seu


Poncho Gaúcho.

(Foto –30 – Com o Poncho)

104
COM O PONCHO

É com grande satisfação e mesmo, com emoção, que


transcrevo a mensagem do ilustre amigo e Tradicionalista
Gaúcho Antônio Augusto Fagundes, profundo conhecedor
da História do Rio Grande do Sul publicada na “orelha” da
capa do livro:

“GINO FERRI, UM GURI DE 88 ANOS”

“Gino Ferri, respeitado escritor de Encantado tem


uma vitalidade espantosa aos 88 anos. É um apaixonado
pela vida e nisso tem grande responsabilidade, Dona
Wanda, a esposa que lhe deu um casal de filhos.
O caso de amor destes dois impressiona e emociona
seus amigos. Ela é o tema do seu mais recente livro,
“WANDA”, uma verdadeira poesia e um canto de amor.

105
Genuíno Antônio Ferri – este é seu verdadeiro nome
– é um homem calmo, de olhos claros e vivos, que cativa
pela alegria e pela inteligência. Foi praticamente, Professor
toda a sua vida e sua obra tem um sentido didático
impressionante. Quer dizer, mesmo aposentado ele continua
ministrando lições de peregrina beleza.
Por intermédio de um amigo comum, o Dr. José
Montini, recebi agora, o livro “As Quatro Revoluções”, onde
Gino Ferri fala sobre a Revolução Farroupilha, (1835-1845),
a Revolução Federalista, (1893-1895), a Revolução Assisista
(1923) e a Revolução Libertadora de 1930. Li o livro de
uma sentada só. Claro que são assuntos que devo conhecer
bem, mas a maneira com que Gino Ferri aborda esses temas
é fascinante. Seu estilo é elegante e didático, sem ser
“doutoral”.
Penso que é uma obra ideal para todos os Professores
de História do Rio Grande do Sul, sempre carentes de bons
livros a seu alcance. Trata-se de uma leitura fácil e
agradável e profundamente cativante. Não se trata de um
discurso tradicionalista, nem de pregação cívica, mas de
lições práticas e eficientes, professor que ele é.

Tenho pelo meu amigo Gino Ferri um antigo apreço


e uma arraigada admiração. Sei de sua dedicação pelos
temas de nossa História e de seus sentidos de
responsabilidade com as novas gerações, de sua
preocupação de transmitir à infância, ensinamentos sobre o
nosso passado, sobre os homens que balizaram nossa
formação.
Como ele, acho que cabe a nós, os veteranos,
alcançar aos mais novos a nossa experiência, contar o que
estudamos, dizer o que aprendemos. Ensinar é também
aprender constantemente. Com é bonito condensar obras
que, no conjunto, são uma verdadeira biblioteca. Resumir
isso num livro é uma tremenda responsabilidade,
responsabilidade que temos que assumir para facilitar o
caminho dos que vêm depois de nós, dos que aprendem
conosco.

106
Gino Ferri assume esta responsabilidade. Coloca-se
assim, no papel do velho pajé que transmite aos seus
guerreiros a sua experiência madurada em longas leituras,
no manuseio dos manuscritos dos velhos mestres.
Seu texto não é a escrita álgida de palavras
petrificadas, é suavizada pelo carinho e pela ternura de
quem sabe falar com as crianças e com os adolescentes.
Mesmo, porque, as crianças e adolescentes embevecidos pelo
encantamento dos homens e fatos da nossa Pequena Pátria
somos todos nós.
Há muito amor neste livro. E sem amor não se faz
nada com permanência.
Um abraço, velho amigo. Que o Deus do Pago te
acompanhe sempre. Que as peregrinas lições de civismo e de
grandeza que tu nos deste permaneçam para sempre com
nossos filhos e netos.
ANTÔNIO AUGUSTO FAGUNDES”.

Somos amigos desde a transmissão do 1º. programa,


“Galpão Crioulo”, diretamente de Encantado, quando fui
entrevistado por ele, sobre a história de Encantado, assim,
também, no segundo programa.
Recebi atencioso ofício de agradecimento do
Ministro do Tribunal de Contas do Estado Dr. Victor José
Faccioni, pelo envio do livro.

COLÉGIO SÃO JOSÉ – ROCA SALES

Em 27 de outubro de 2009, a convite do Diretor


Professor Luis Sangalli, estive no Colégio São José, de Roca
Sales, a fim de proferir palestra aos alunos, sobre três
temas importantes: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e
sobre a segunda Grande Guerra, 1939/1945.
A palestra foi muito interessante, pois, em vez de

107
falar normalmente, aos alunos, fui interpelado por eles, com
uma série de perguntas, que já estavam preparadas para
isso. Foi mais uma entrevista do que uma palestra. Muito
interessante e agradável falar aos alunos, respondendo suas
perguntas inteligentes.

GRUPO ESCOLAR FARRAPOS


“GRANDE COMO SEU NOME”

HISTÓRICO

Corria o ano de 1928. Em agosto e setembro,


ocorreram duas grandes enchentes no rio Taquari, que
invadiram os arredores da vila de Encantado.
A segunda foi a maior denominada “São Miguel”,
pois atingiu seu ponto máximo no dia 29 de setembro, dia
consagrado ao Santo. Daí a denominação popular.

Inclusive, houve dificuldades para alguns eleitores


votarem nas eleições municipais que se realizaram nesse
período, quando foram eleitos Augusto Pretto e Ernesto
Gregoire, para Prefeito e Vice-Prefeito, respectivamente.
A posse dos eleitos ocorreu aos 15 de novembro de
1928, com grandes solenidades, inclusive, com a
inauguração do prédio da nova Prefeitura Municipal e o
lançamento da Pedra Fundamental da nova fachada da
Igreja Matriz, com a construção das duas torres.
O então Prefeito Augusto Pretto, em seu discurso de
posse, já previa a instalação de um Grupo Escolar. O que
realmente ocorreu em 13 de dezembro de 1929, quando o
Governador do Estado Getúlio Dornelles Vargas criava o
Grupo Escolar Farrapos, pelo Decreto Estadual nº. 4.409.
Sua instalação oficial ocorreu, com grades

108
solenidades, em 3 de março de 1930, no prédio da Rua
Tiradentes, esquina com a Júlio de Castilhos, (Hoje
Delegacia de Polícia)
Da solenidade oficial, foi lavrada a Ata Nº. 1,
assinada por Augusto Preto, Intendente, Olderiggi Bigliardi,
Conselheiro Municipal, Natalícío Pereira, Secretário
Municipal, Archimimo Cidade, Exator Estadual, Heitor
Peretti, Comerciante, Dante Peretti, Inspetor Escolar,
Theodosio Sanson, Funcionário Municipal, José E. Secchi,
Comerciante e então, proprietário do prédio,
posteriormente, adquirido pelo Governo do Estado, demais
pessoas interessadas, juntamente com as Professoras Elvira
Ehlers Peretti (Diretora), Jurema Conte e Eulália Pinheiro
da Costa. Esta Professora me ensinou as primeiras letras.
Relembro, com saudade, aquele dia 4 de março de
1930, quando, nos meus oito anos, eu acompanhava o meu
mano Hugo, para o primeiro dia de aula.
Eu levava, numa bolsa de pano a tira colo, o primeiro
livro “Cartilha Maternal”, a lousa, com uma pena e um
pedaço de pão com queijo e marmelada, para a merenda.
Trajava camisa listrada, calça curta e chinelos.

Como, os alunos eram mais de sessenta, foram


divididos em duas turmas, na mesma sala de aula.
Foi uma escolha “sui generis”, pois a Professora
Jurema escolheu aqueles que julgava serem os melhores,
sobrando o “resto” para a Professora Eulália, inclusive, eu.
Posteriormente, ficou constatado que não eram os
melhores, pois, entre eles havia alguns que deram muito
trabalho a Professora Jurema, que, às vezes, se valia da
palmatória.
O primeiro livro, a “Cartilha Maternal” começava
com o A, B, C e o B A, BA.
Na parte final, tinha uma poesia, cujos dois
primeiros versos diziam:

Numa fria manhã hibernal


Andava um dia, em pequenino,

109
Nos arredores de Nazaré,
O bom Jesus, o Deus menino.

Eis, senão, quando,


Viu num silvado,
Piando, arrepiado
Um rouxinol!

(Não gravei os versos restantes)


Assim, começou a funcionar o GRUPO ESCOLAR
FARRAPOS, que hoje, comemora seus OITENTA ANOS
DE EXISTÊNCIA.
“PARABÉNS, FARRAPOS!
MINHA SAUDAÇÃO CARINHOSA
Á DIREÇÃO, PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E
ALUNOS!”

***********************

Da direção da Escola recebi atencioso cartão com os


dizeres:
“Ao nosso ex aluno Gino Ferri,
que sonhou e chegou bem alto.
Você é um orgulho para a Escola Farrapos.
Parabéns!
Com carinho, lembrando os 80 Anos da Escola
Farrapos.
Encantado, 13/12/2.009”.

Ao comemorar os oitentas anos, da Escola participei


das Festividades ocorridas no Centro Comunitário Santo
Agostinho, quando tive a oportunidade de me pronunciar,
citando fatos curiosos, do início das atividades.

Poucos dias após, a Escola recebia a visita do

110
Secretário Estadual de Obras Públicas, José Carlos Breda,
que trazia a esperada notícia, da construção, junto a Escola
de um Ginásio Poli Esportivo.
Convidado pela direção da Escola estive presente na
reunião, tendo ofertado ao Secretário, o livro “Encantado II
– Sua História Sua Gente”,
O Secretário ao se despedir, eu lhe dizia:
Doutor Breda, eu gostaria de estar presente na
inauguração do Ginásio, por isso, eu tenho pressa.
Ele entendeu, porém, até os princípios de 2012, o
Ginásio não surgiu.
Segundo consta será construído ainda este ano.

TROFÉU PRATA

Em 20 de novembro de 2009, fui agraciado com o


“TROFÉU PRATA”, outorgado pelo Jornal Força do
Vale, por ocasião da passagem dos seus vinte e cinco anos
de atividades.

“PELO CONJUNTO DE SUA OBRA LITERÁRIA E


PELO GRANDE AMOR DEDICADO A SUA TERRA”.

O jornal publicou um livro com a foto e uma síntese


biográfica, dos vinte e cinco homenageados.
A cerimônia de entrega do Troféu Prata ocorreu no
Auditório Itália, no Centro Administrativo Municipal.
Fui agraciando, juntamente com vinte e quatro
outras pessoas, com o TROFÉU PRATA”, com os dizeres:
“FORÇA DO VALE
A GENUINO ANTÔNIO FERRI
25 ANOS - TROFÉU PRATA”

111
FOTO - 31 – Troféu Prata)

O TROFÉU “PRATA”
Elaborei um trabalho de pesquisa, alusivo ao
aniversário do Jornal, narrando os principais fatos
históricos ocorridos durante os 25 anos de suas atividades,
finalizando com o rol dos lançamentos dos meus livros,
durante o período.

GEMELLÁGGIO - ILÓPOLIS X ARONZO

Em outubro estive em Ilópolis, a convite do Prefeito


Municipal, Bruno Giácomo Orsolina, para assistir a
cerimônia da Assinatura do “Gemellággio” entre o
município de Ilópolis, com o de Aronzo de Cadore, na Itália.
Estavam presentes o Prefeito de Ilópolis,
autoridades e grande número de pessoas, além do Prefeito
da cidade de Aronzo, Walter Antôniol e esposa, autoridades
italianas e a Orquestra da mesma cidade, composta 28

112
músicos e uma cantora, com excelente voz.
Ao iniciar as cerimônias a orquestra executou o Hino
Nacional Italiano, cantado pela magnífica voz da soprano.
Em seguida, com grande surpresa e emoção ouvimos
os acordes vibrantes do Hino Nacional Brasileiro,
acompanhados pelo canto da soprano, em português, sendo
ao final, aplaudidíssima.
Cantou ainda, a música Aquarela do Brasil, na Baixa
do Sapateiro e várias canções italianas.
Fui apresentado ao Prefeito da cidade de Aronzo e
com ele mantive um agradável diálogo.
Ao saudar o Prefeito apresentei-me dizendo,
inclusive, ter sido o autor do primeiro “Gemellággio”, do
Rio Grande do Sul, com a Itália, entre as cidades de
Encantado e Valdástico.
Ofertei a ele o livro: “GEMELLAGGIO –
ENCANTADO X VALDÁSTICO”.
Após o jantar, chega a nossa mesa, uma senhora com
o meu livro na mão. Apresentou-se, dizendo ser a esposa do
Prefeito de Aronzo. Queria um autógrafo.
Convidei-a a sentar à nossa mesa, enquanto eu
autografava o livro. Nesse instante, chegou também o
Prefeito, que queria saber maiores detalhes do nosso
“Gemellággio” e sobre a cidade de Encantado.

(foto 32 - junto ao Prefeito de Aronzo e esposa)

113
COM O PREFEITO E A ESPOSA

ANO DE 2010

“HISTÓRIA DE AMOR VENCE O


ALZHEIMER”

A Jornalista Letícia Mendes, do Jornal Zero Hora,


de Porto Alegre, tomando conhecimento do livro
“WANDA”, esteve aqui em casa, para elaborar uma
reportagem, que foi publicada em 23 de janeiro de 2010.
Um belíssimo trabalho, sob o título:

“O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS”,
tendo por sub título, a legenda:

“Gino Ferri escreve um livro para que a


mulher, com a doença de Alzheimer,
não esqueça a história de amor que viveram”!

114
O Jornal publicou na página frontal uma foto do
nosso namoro, e, na página 1, inteira, do encarte “VIDA”,
mais sete fotos coloridas, da Wanda, do noivado, do
namoro, do casamento, dos filhos Cláudio e Eunice e uma
minha, com a transcrição da Reportagem onde cita a frase:

“O AMOR AINDA É O MELHOR REMÈDIO


PARA ESTA DOENÇA”!

E finaliza a reportagem, com a frase:

“Ao lado da Wanda compreendi que a vida pode ser


fascinante, quando vivida por duas pessoas que se amam de
verdade”.

À página seis, é publicada uma interessante


reportagem, sobre a doença do Alzheimer, onde é citada,
novamente, a frase supra.
A reportagem saiu na Internet, nesta mesma data,
para o Brasil e para o Mundo.

(Foto 33 – Foto do Jornal Zero Hora)

115
REPORTAGEM DE “ZERO HORA”

Recebi correspondência de felicitações e de pedidos


do livro, de diversas cidades gaúchas e de vários Estados
do Brasil.
Igualmente, um gentil ofício da Senhora Liane
Meinhardt, agradecendo a remessa do livro que havia
solicitado, após ler a reportagem da Zero Hora.
Entre outras coisas dizia:

“O casal Gino e Wanda é um exemplo de vida, amor,


carinho e dedicação um ao outro, à família, aos amigos e
aos necessitados”.
“Os encantadenses devem se orgulhar deste filho que
tanto se dedicou a história e a cultura de Encantado”.
“O livro é uma linda homenagem à Dona Wanda,
pois durante toda a leitura percebe-se o seu grande amor
pela querida esposa, companheira de tantos anos, na forma
de reconhecimento e elogios às suas qualidades. Gostei
muita da capa, é linda!”
“Que Deus nosso Pai esteja sempre presente com o
Senhor, Dona Wanda, seus familiares e pessoas que lhes
auxiliam, abençoando-os e fortalecendo-os no amor, na
união, com paciência e dedicação”.

116
Da Senhora Marlene Terezinha Simioni, de Salvador,
Bahia, recebi um atencioso cartão de agradecimentos pelo
envio do livro ”Wanda”, que também havia solicitado, após
ver a Reportagem de Zero Hora. Onde ela diz:

“Estou emocionada com a história de vida de vocês”.


“Uma linda história de seu grande amor e dedicação
por Wanda, durante todos esses anos de vida”.
“Rezo pela saúde de vocês. Deus os abençoe”.

UM DISCURSO INUSITADO

Domingo, 31 de janeiro de 2010, faleceu o amigo José


Chanan, o último remanescente dos componentes da famosa
Banda Carlos Gomes, de Encantado, fundada em 1928.
Á noite, durante o velório, na Câmara Municipal de
Vereadores, o Prefeito Municipal Paulo Costi solicitou que
eu fizesse o panegírico, pela manhã, durante as cerimônias
fúnebres.
Salientei que era inédito para mim, porém dada a sua
insistência e a do amigo Reni Filter aceitei a incumbência.
Regressei logo para casa, pesquisando até às duas
horas, para preparar algo digno, do ilustre encantadense.
Antes de iniciar da Santa Missa fiz um relato sobre a
sua vida, evidenciando suas atividades exercidas, ao longo
de sua vida de noventa e três anos, e, enaltecendo suas
qualidades, como cidadão, esposo, pai, avô e bisavô.
Fiz referência a sua participação na Banda Carlos
Gomes, desde 1928, como o autor dos Hinos Oficiais dos
municípios de Relvado e de Dr. Ricardo, além de salientar
outros fatos importantes que nortearam seu estilo de vida e

117
inclusive, de suas obras literárias.

SENADOR NEUTO DE CONTO

Em meados de fevereiro de 2010, tivemos a grata


satisfação de receber a honrosa visita do Senador, pelo
Estado de Santa Catarina, o amigo Neuto de Conto, natural
de Jacarezinho, acompanhado de sua esposa Neide, que
desejavam conhecer o Memorial.
O Senador queria ainda colher informações a
respeito de um acontecimento ocorrido em 1928, durante o
período em que seu avô Antônio fora Prefeito de Encantado.

Dei a ele as informações, que eram de meu


conhecimento, inclusive, forneci uma cópia do livro,
elaborado pela Prefeitura, que fora lançado no dia da posse
do Prefeito de Encantado, Augusto Preto, que sucedeu a seu
avô Antônio de Conto, contendo várias informações de seu
mandato, com fotos diversas e o discurso do novo Prefeito.
Recebi do Senador Neuto de Conto, dois livros de sua
autoria, cujos temas são importantíssimos.
O primeiro, “O MILAGRE REAL”, que trata de
toda a tramitação do processo referente a Medida
Provisória nº. 482, que instituiu o “Plano Real”, e, cujo
parecer no relatório final é de autoria do Senador Neuto de
Conto.
O segundo livro “Vivendo e Conhecendo meus
Direitos” versa sobre os direitos dos idosos, com relação a
legislação a seu respeito.
Retribui, oferecendo a ele o livro: “As Quatro
Revoluções”, e, para sua esposa ofertei o livro: “Wanda”.

95 ANOS DE ENCANTADO

118
Em 31 de março de 2010, proferi palestra no
Auditório Itália, no Centro Administrativo Municipal,
sobre a Emancipação de Encantado.
Estavam presentes descendentes da maioria dos
cidadãos que subscreveram a Ata de Emancipação, em 1915,
os quais receberam uma cópia da mesma, em miniatura,
com as respectivas assinaturas.
Como descendente de Luiz Ferri, que também
assinou a ata recebi uma copia deste histórico documento.
Dias depois encaminhei a Secretaria de Educação e
Cultura, cópia do documento original, em tamanho natural,
que eu mantinha na documentação do Memorial.

AMIGOS DA ITÁLIA

Em 18 de abril de 2010, estive na casa dos amigos


Casimiro e Maria José Frigeri, a fim de participar de um
almoço, em homenagem aos amigos italianos, Fortunato e
Doris Dalla Lasta, que são parentes da Maria José, os quais
tivemos a satisfação de conhecer, quando de nossa visita à
Itália, por ocasião do lançamento do livro “Gemellaggio”,
em Valdástico, onde se encontravam presentes.
Após o almoço, os amigos italianos, estiveram
visitando o memorial, não poupando elogios pelo que lhes
foi dado a ver e conhecer.

LUCIANO MURER

Ilustre amigo, que conhecemos em Encantado, onde


residiu por 5 anos, na década de cinquenta, do século
passado, como imigrante italiano.
Posteriormente, voltou para a sua cidade natal,
Valdobbiadene, na Itália, onde tivemos a ventura de visitá-
lo, por ocasião de nossas três viagens a Itália, em l986, 1993

119
e 1996.
Nesta última visita a Itália, para o lançamento do
livro “Gemellaggio”, em Valdástico, Luciano e esposa Lucia,
com outros amigos estavam presentes à cerimônia, inclusive,
participando da festa, com doze caixas de vinho especial.
Luciano sempre foi amigo dos encantadenses, e, os
que o visitavam, na Itália, eram recebidos de forma especial
e assim, ainda são recebidos, com muito carinho.
Foi um grande colaborador na formação da
Biblioteca Italiana, (Cantuccio Leterario), da Associação
Ítalo Brasileira de Encantado, (ASSIBRE), com a doação de
grande número de livros, juntamente com o Grupo
Excursionista de Schio, (GES), que remeteram um
container, com mais de setecentos livros.
Em outra oportunidade, Luciano veio a Encantado
a fim de visitar seu tio, Padre Aroldo Murer, que se
encontrava doente. Nessa ocasião trouxe uma mala, com
aproximadamente, trinta quilos de livros, para a Biblioteca.
Em 2001, por sua grande dedicação à Encantado e a
todos os amigos que o visitavam na Itália, Luciano foi
homenageado com o Título de Cidadão Honorário,
conferido pela Câmara Municipal de Vereadores de
Encantado, por proposição do Vereador Gilson Conzatti.
Porém, por motivos alheios a sua vontade, Luciano
não mais conseguiu vir a Encantado, a fim de receber o
título.
Como, eu mantinha comunicações com ele, por
correspondência, telefone, ou por E-mail aventei a
possibilidade de remeter-me uma procuração para receber o
título, em seu nome, para depois remetê-lo.
Luciano ficou contentíssimo e logo enviou um E-mail
autorizando-me a receber o título.
Em contato com o Vereador Osvaldo Delazzari
expus o assunto e ele, prontamente, falou com o Presidente
da Câmara, Cláudio Roberto da Silva, que concordou
plenamente, já marcando a data de 26 de abril, para a
realização de uma Sessão Solene da Câmara, para a entrega
do título.

120
Convidei então, seus parentes residentes em
Encantado, seus amigos não só de Encantado, como de
Arroio do Meio, Lajeado e Venâncio Aires, assim, como
meus parentes, para aludida reunião.
Em 26 de abril de 2010, à noite, no recinto da
Câmara de Vereadores, recebi o título, diante de seleta
assistência.
A solenidade foi transmitida através da Internet,
para o mundo, e, especialmente, para Itália, para a cidade
de “Valdobbiadene”, onde foi assistida, ao vivo, pelo
homenageado Luciano Murer, sua família e amigos, que,
conforme me confidenciou mais tarde, não pôde conter as
lágrimas de emoção e de alegria, pelo que estava assistindo.
Estavam presentes à cerimônia o Dr. José Montini,
de Lajeado, que estivera na Itália, um mês antes, ocasião em
que teve a ventura de conhecer o amigo Luciano; o casal
Fortunato e Doris Dalla Lasta, italianos, que se
encontravam em Encantado, em visita a parentes;
autoridades; familiares; amigos de Luciano; e, grande
número de populares.
Foi uma solenidade muito emotiva, transmitida ao
vivo, pela Internet, com a gravação em DVD, no qual foram
incluídos alguns depoimentos, com os cumprimentos e as
saudações de diversos amigos.
Dias após, ao ficarem prontas as fotografias e o DVD
elaborado por Mário Fontana fiz a remessa pelo correio.
Luciano, ao recebê-lo, segundo me comunicou,
novamente, chorou de alegria.
Posteriormente, Luciano enviou-me um E-mail muito
gentil agradecendo a todos, do qual tirei diversas cópias
para entregar as autoridades, vereadores e amigos.
Mais tarde, para surpresa minha recebi do Luciano,
uma finíssima caneta Parker, banhada a ouro, em estojo
especial, que guardo com muito carinho, só usada em
momentos especiais.

O “B I S P O”

121
Passei grande parte de minha infância morando ao
lado da Igreja. Foi coroinha por vários anos. Tinha um
irmão no Seminário. Uma mãe muito religiosa e um Padre
como Padrinho de Crisma. (Pe. José Foscallo).
Tudo isso, fazia crescer em mim o ideal de ser
sacerdote. O que não se realizou por motivos diversos.
Em abril de 2010, fui convidado para assistir as
cerimônias de Bodas de Ouro, do casal amigo, Ampère e
Jane Giordani.

Ao chegar à frente à Igreja, o hall já estava repleto de


convidados, aguardando o momento de ingressar no templo,
inclusive, o Bispo encantadense, Dom Paulo de Conto.
Ao cumprimentá-lo, Dom Paulo perguntou-me como
estava a saúde da Wanda. Dei as informações e, então,
disse-me: “Vou te dar uma bênção”.
Simultaneamente, tirando a tiara de sua cabeça a
colocou na minha, comprimindo-a para fixar-se.
Enquanto os amigos sorriam, o fotógrafo aproveitou
para tirar a uma foto junto com o Bispo.

(Foto 34 – Com o Bispo)

122
COM O BISPO DOM PAULO
Aquela tiara, apertando minha cabeça motivou em
mim, uma instantânea e profunda reflexão.
Não estaria eu, nesta mesma hora, aqui, na mesma
situação, talvez como bispo, caso tivesse seguido a carreira
do sacerdócio?
Esta estranha sensação perdurou por toda a
cerimônia, durante a festa, e, ainda, todo o dia seguinte, a
mesma percepção se mantinha ao redor de minha cabeça.
Isto me chamou especial atenção.

IMAGEM DE SÃO BELINO

Em visita ao Museu Sacro “Padre Mássimo Rinaldi”,


junto ao Museu Municipal, deparei com a imagem de “São
Belino”, conhecida desde minha infância, que me trouxe
gratas recordações quando então, resolvi contar um pouco
de sua história.
Os imigrantes italianos trouxeram arraigada em si, a
devoção a seus santos protetores.
Meu avô, Antônio, devoto de São Belino encomendou
uma imagem do Santo e a doou a Igreja Matriz São Pedro,
onde esteve por quase cinquenta anos, em um nicho especial,
ao lado esquerdo do altar.

123
A partir de 1955, a Igreja passou por uma profunda
reforma, ocasião em que, as imagens foram retiradas, e,
muitas delas doadas, inclusive, a imagem de Nossa Senhora
Medianeira, que fora doada por mim.
Certo dia, um jovem, descendo pela Rua Padre
Anchieta, carregando a imagem, foi interpelado por Ricieri
Sana, que morava na esquina com a Rua Júlio de Castilhos,
que, reconhecendo a imagem e sabendo de sua origem,
pediu ao jovem, se não queria vendê-la.
Ofereceu pequena importância em dinheiro e o
jovem vendeu-lhe a imagem.
Ricieri então, colocou-a em sua casa, onde tinha um
pequeno museu. Tirou de sua mão o báculo e o pos em outro
lugar trocando-o por uma bandeira do Internacional.

(FOTO 35 São Belino)

124
A IMAGEM DE SÃO BELINO
Pouco tempo depois, o novo pároco, Padre Ernesto
Fabbian me indicava, como “Coordenador” encarregado da
instalação do Museu Sacro, junto a Igreja Matriz.
Fui falar com o Ricieri, para saber se não queria
colocar a imagem no Museu. Foi taxativo, disse que
comprara a imagem.
Porém, em virtude da minha insistência, e, sabendo
da origem da imagem, que havia algo familiar concordou
em cedê-la, dizendo que queria, em troca, a campainha de
três sinetas, que existia na Igreja.
Concordei de imediato. Fechamos o negócio.
Dias depois, numa viagem a Porto Alegre, adquiri
uma campainha com três sinetas, igual a existente na igreja.
Fui à casa do Ricieri e efetuamos a troca.
Salvei a imagem de São Belino, doação do avô
Antônio e a campainha, que ainda hoje, se encontram no
Museu Sacro “Padre Mássimo Rinaldi”, junto a Casa de
Cultura.

PALESTRA NA UNIVATES
Em 27 de maio de 2010, estive na UNIVATES à noite,
a fim de proferir palestra aos alunos, formandos em
História, e, para componentes do Instituto Histórico e
Geográfico do Vale do Taquari, a convite da Presidente,
Professora Silvana Rosseti Faleiro.
O tema abordado versou sobre o Memorial Gino

125
Ferri.

CASAMENTO DO MATEUS E DA KELI

Em 12 de junho de 2010, ocorreu o casamento do


neto Mateus Lang, com a jovem Keli Isabel Tressoldi, na
cidade de Lajeado.
A cerimônia realizou-se nas dependências do Clube
Tiro e Caça, em local condignamente preparado, para a bela
cerimônia.
Ainda, nas dependências do Clube, no Restaurante
Panorâmico realizou-se o banquete de confraternização
entre os familiares e convidados, numa festa muito alegre,
animada por um conjunto musical, inclusive, para dançar.
Parabéns Mateus e Keli. Sejam muito felizes!

FORMANDOS NO CURSO DE HISTÓRIA


Durante o mês de junho de 2010, recebi um grupo de
alunos, formandos no Curso de História, pelo Centro
Universitário, Leonardo da Vinci - “UNIASSELVI”. de
Santa Catarina, que vieram convidar-me para ser o
Patrono de sua formatura.
Aceitei muito prazerosamente e convidei o grupo
para visitar o Memorial.
Em data estabelecida, os formandos visitaram o
Memorial acompanhados da Professora Eloísa Sangalli,
Paraninfa da turma.
Ao agradecer a visita, ofereci a cada formando um
livro, de sua livre escolha, para ser entregue durante a
cerimônia de formatura, devidamente autografado.
A Formatura ocorreu no Auditório Itália, no Centro
Administrativo Municipal, em 21 de agosto de 2010.
Com grande alegria, os formandos recebiam os seus
diplomas sob fortes aplausos, bem, como, os livros que lhes
foram presenteados.
Após, a cerimônia participei do jantar de

126
confraternização dos formandos e seus familiares, no Centro
de Tradições Gaúchas, “Giuseppe Garibaldi”.
Ao finalizar o jantar fui convidado a falar.
Prestei uma homenagem aos formandos,
cumprimentando-os pela conclusão do Curso de História,
que faz parte de nossas vidas, cumprimentado a Faculdade
do Centro Universitário, por facilitar o estudo de tão
importante matéria, finalizando com os meus
agradecimentos, pela honra de ter sido escolhido para
“Patrono da Turma”.

*FOTO 36 – Brinde dos formandos)

BRINDE DOS FORMANDOS

127
Ao final recebi uma linda caixa decorada, contendo a
foto dos formandos, juntamente com outros documentos,
com uma mensagem:
“Quando Professores aprendemos a ser alunos, e,
quando alunos aprendemos, mais do que nunca, a ser
Professores”!
“HISTÓRIA”
“Encantado 21 – 08 – 2010”.

ENTREVISTA NA RÁDIO
ENCANTADO

Em julho de 2010, estive na Rádio Encantado, para


falar sobre o “Gemellággio”, dentro das solenidades da 18ª.
Semana da Imigração Italiana, de Encantado.
Estavam presentes, ainda, Adroaldo Conzatti, Ex-
Prefeito de Encantado, a Secretária de Educação e Cultura,
Vânia Cima, juntamente com o Vereador Renato Treméa,
ambos de Doutor Ricardo.
O Município de Doutor Ricardo, está mantendo
contatos com a cidade de Lentiai, na Itália, para a
concretização de um “Gemellággio”, entre as duas cidades.

FORMATURA DO FERNANDO

Em 21 de agosto de 2010, o neto Fernando Ferri,


colou grau em Ciências Econômicas, na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, numa belíssima cerimônia
realizada no Salão de Atos da Universidade.
A festa de formatura realizou-se na Associação
Italiana do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, com a
presença de familiares, amigos e colegas.
Parabéns Fernando!

128
LANÇAMENTO DO LIVRO:
“FREI JACINTO - CAPUCHINHO”

Aos vinte de setembro de 2010, data do aniversário


de nascimento, do Frei Jacinto, foi efetuado o lançamento
do livro, “FREI JACINTO CAPUCHINHO”, nas
dependências do Memorial “Gino Ferri”.

Juntamente com os familiares organizamos dois


quadros contendo diversas fotos do Frei Jacinto, com a Lei
que dá o nome de “Padre Jacinto” a Praça ao lado de nossa
casa, dos prédios construídos por ele e várias outras.
Convidamos o Capuchinho Frei Sylvio Giocondo
Dal’Agnol, de Porto Alegre, que conhecera o Frei Jacinto,
para a celebração da Santa Missa, na abertura das
Solenidades.
Conforme o combinado, Frei Sylvio chegaria a
Encantado, às onze horas, a fim de almoçarmos juntos. Pois,
desejava comer um “galeto” no espeto.
Fui a Rodoviária na hora marcada e o Frei Sylvio
não havia chegado.
Voltei para casa, triste, pois, sua presença era muito
importante para nós. E, assim sendo precisaríamos
modificar toda a programação, previamente elaborada.
Ainda estávamos comentando o ocorrido, quando
aparece diante do portão de nossa casa, que estava aberto,
um cidadão, que vem entrando lentamente, olhando para os
lados, como a dizer: “Será aqui"?
Usava um chapéu de gaúcho, lenço vermelho no
pescoço, camisa quadriculada, vestindo bombachas e
calçando alpargatas.
Eu, que não o conhecia, fui a seu encontro, como que
adivinhando, quem era. Não me enganei, era ele mesmo.
Era o dia vinte de setembro, e, ele, como bom
gaúcho, chegara “pilchado”.

129
Aí então, percebi que, a uns cem metros antes de
chegar à Rodoviária, eu havia visto um cidadão, na Rua
Tiradentes, porém, assim, vestido a moda gaúcha, nem
sequer imaginei que poderia ser Frei Sylvio.
Felizmente, tudo deu certo. Almoçamos juntos, num
clima de muita alegria, juntamente com os familiares.
Às quinze horas, tiveram início as solenidades, no
Memorial Gino Ferri, com a Santa Missa celebrada pelo
Frei Sylvio, vindo especialmente, para a cerimônia.
Estavam presentes, o Prefeito Municipal Paulo Costi,
a Secretária Municipal de Educação e Cultura, Professora
Roseli Mottin Soares, os manos Hugo e Carmem, grande
número de familiares, amigos, parentes, inclusive, da família
Bigliardi.
Frei Sylvio celebrou a Santa Missa com a efetiva
participação dos presentes, que lotavam o Memorial.
Ao iniciar, solicitou que eu acendesse as velas, sobre
o altar, comentando o que elas representavam.
Assim, também, ao paramentar-se ia explicando o
significado de cada uma das peças.
Igualmente, explicava cada uma das partes da Santa
Missa.
O conjunto musical da Igreja Matriz, dirigido pelo
Professor Schneider, abrilhantou com os cantos.
Foi uma cerimônia muito significativa, que cativou a
todos.
Após a Santa Missa houve o lançamento do livro.
Porém, ao invés de usar palavras minhas, e fazer
qualquer elogio ao Frei Jacinto, para que os presentes
pudessem melhor conhecer sua vida e obras, apresentei
vários depoimentos feitos por outras pessoas, inclusive, pelo
Bispo de Santa Maria Dom Vitor Sartori e do Superior
Provincial da Ordem dos Capuchinhos, Frei Álvaro Morés,
bem com, os registros nos anais de diversas paróquias que
ele atuou, que falam bem alto, da dedicação de Frei Jacinto,
enaltecendo sua trajetória, sua vida e sua grande obra
evangelizadora.
Estes depoimentos estão transcritos no livro.

130
Após, a apresentação do livro, Frei Sylvio, abençoou
a obra, particularizando um exemplar, que estava em
minhas mãos, o qual guardo com carinho, em minha
biblioteca, que por sinal, tem por patrono: “Frei Jacinto”.

(FOTO 37– com Frei Sylvio)

131
COM FREI SYLVIO

Seguiu-se a sessão de autógrafos, enquanto era


servido um coquetel aos presentes.
Toda a cerimônia foi filmada por Mário Fontana e
fotografada por Simone Bigliardi.
Fiz a doação de setenta exemplares do livro, ao Frei
Sylvio, para serem distribuídos entre seus confrades e nas
paróquias em que Frei Jacinto atuou.
Também, entreguei as componentes da Liga
Feminina de Combate ao Câncer, de Encantado, setenta
exemplares, para serem vendidos, a preço módico, com
renda total para as atividades da Liga. Segundo sua
Presidente Salete Maria Dalla Lasta foram todos vendidos.
Ao final da tarde, por iniciativa da sobrinha Maura
Scarello, compareceu um grupo de jovens, de diversos
Centros de Tradições de Encantado, com seu instrutor, para
fazer uma apresentação da “chula”, no que foram
aplaudidíssimos, sendo filmados e fotografados, inclusive,
junto com Frei Sylvio.
Para regressar a Porto Alegre, Frei Sylvio
aproveitou a carona, no automóvel do sobrinho Celso
Chamum, que estava acompanhado da esposa Rejane e do
mano Hugo.

VISITA DO AMIGO ADROALDO

Em 28 de setembro de 2010, recebi a visita do amigo


Adroaldo Conzatti, que vinha comunicar-me que faria uma
viagem à Itália, juntamente com parentes e amigos, e,
solicitava informações a respeito.
Dei as informações solicitadas e forneci alguns livros
para presentear parentes e ou amigos, na Itália.
Recebi do Adroaldo um exemplar do brinde que iria
levar para seus parentes da Itália.
Uma pedra semi-preciosa, tendo impresso, de um

132
lado, o “Brasão da Família Conzatti”, e, do outro, a
inscrição dos nomes de seus ancestrais: “Pedro Gonzatti e
Enrica Fraportti Conzatti – 1878 – 2010”.
O brinde estava dentro de um belo saquinho de
veludo vermelho, fechado por um cordão.
Foi colocado no acervo do Memorial Gino Ferri.

UMA ENTREVISTA INESPERADA

Certo dia de outubro, de 2010, estudantes e


Professores da 4ª. e 5º. Séries da Escola Estadual Agostinho
Costi, do Bairro Planalto, estavam visitando a Casa de
Cultura, Pedro José Lahude.
O objetivo dos alunos era conhecer o Museu
Municipal, a Biblioteca Pública e para ver uma exposição
alusiva ao Dia da Consciência Negra, uma mostra
organizada pela Escola Estadual Heitor Peretti.
Casualmente, eu estava passando, em frente à Casa
de Cultura, quando fui avistado por diversos alunos, que
solicitaram à Professora, que me convidasse para conversar
com eles.
Atendi, prontamente, e, numa sala anexa á Biblioteca
passei momentos agradáveis, respondendo a toda espécie de
perguntas. Foi uma emoção diferente.

PESQUISA SOBRE OS “MONGES DE


PINHEIRINHO”

Em meados de outubro de 2010, num sábado,


aproximadamente às dez horas, recebi a visita de dois
repórteres Leonêncio Nossa e Celso Júnior, do Jornal “O
ESTADÃO”, de São Paulo.
Estavam interessados em saber algo sobre o episódio

133
dos “Monges”, pois, desejavam fazer um estudo sobre os
movimentos messiânicos no Brasil.
Visitaram, primeiramente, o Memorial e após,
prestei as informações solicitadas, fornecendo cópias dos
documentos utilizados na elaboração do livro “Os Monges
de Pinheirinho”, bem como mostrei outros documentos.
Fizeram várias fotografias minhas, do Memorial, do
livro e dos documentos.
Ao maio dia, fomos ao restaurante almoçar, onde
continuamos a conversa sobre o episódio dos Monges.
Após o almoço, visitamos o túmulo de Eduardo
Sattler, no Cemitério São Pedro e algumas ruas, cujas placas
indicam os nomes de participantes do episódio dos Monges.
Fomos então até o Pinheirinho, para ver o local dos
acontecimentos.
Após, voltamos ao Memorial. Já eram às dezessete
horas, quando nos despedimos, e, os dois repórteres
seguiram para Porto Alegre, a fim de regressar a São Paulo.
Em 19 de dezembro de 2010, na Wikipédia da
Internet eram lançadas sessenta páginas do trabalho
realizado sobre os movimentos messiânicos, não só de
Encantado, mas também, de outros municípios do Estado,
de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, culminando com o
movimento do “Contestado”.

O episódio de “Os Monges de Pinheirinho” está


relatado em três páginas da reportagem. “Enfocado como se
tivesse ocorrido na época atual e não em 1902”.

Um fato imprevisto marcou esta visita.


Ao sair para o almoço, avisei aos familiares que
voltaria a uma e meia.
O almoço se prolongou, assim, como as visitas, o que
atrasou nosso retorno até às dezessete horas, o que muito
preocupou os familiares, especialmente a Eunice que
chegara a uma hora da tarde.
Mais um fato inusitado aconteceu então.
Durante as despedidas eu estava autografando um

134
livro para eles, com o molho de chaves da casa e do auto, na
mão, quando o repórter Leonêncio prontificou-se a segurar
as chaves, enquanto eu autografava.
Saíram às pressas, para não perder o avião.
Acontece que, o repórter, inadvertidamente, colocou
as chaves no bolso. levando-as para São Paulo, fazendo
crescer outras dúvidas, a respeito dos dois repórteres.
À noite, enviei um E-mail ao companheiro do
repórter, que deixara seu cartão de identificação.
Domingo pela manhã, recebi a resposta, com o
pedido de desculpas pelo ocorrido, dizendo que no dia
seguinte, enviaria o molho de chaves pelo Sedex.
Realmente, as chaves chegaram na quarta feira,
aliviando as nossas preocupações.

50 ANOS COMO FISCAL DO I.C.M.

Em 27 de outubro de 2010, em Porto Alegre,


ocorreram as solenidades dos Cinquenta Anos de
Assunção ao Cargo de Fiscal do I.C.M.
Foi uma oportunidade ímpar, para rever e conversar
com os colegas da minha turma, que assumiram em 1961.
Após o almoço de confraternização recebi um Troféu,
representando um gaúcho estilizado, tocando gaita.
Aos pés do gaiteiro consta a inscrição:

“50 ANOS

TURMA 1960

HOMENAGEM DA AFISVEC

AO FISCAL GENUINO ANTÔNIO FERRI

135
OUTUBRO DE 2010”.

(Foto 38 - Troféu AFISVEC)

136
O TROFEU “AFISVEC”

Falaram vários colegas, e, antes do pronunciamento


Presidente da Associação solicitei a palavra.
Saudei o Presidente da Entidade e os colegas
presentes, fiz um breve relato de minhas atividades, após a
aposentadoria, falando especialmente, a respeito de meus
livros.
Ao finalizar ofereci ao Presidente quatro livros, para
o acervo da Biblioteca da Associação.
O jornalista Juremir Verseti, do Jornal “Antena”, de
Encantado, em 5 de novembro, deu destaque ao
acontecimento, numa elucidativa e completa reportagem.
Assim, também, a Professora Emérita, Maria Eloir
Fachinetto, enviou atenciosa mensagem, que finaliza com os
dizeres:
“Parabéns pela homenagem recebida em Porto
Alegre”.

ESCRITOR DO MÊS

Em outubro de 2010, na Biblioteca Pública, junto a


Casa de Cultura, teve início uma série de apresentações do
Projeto, “ESCRITOR DO MÊS”, Organizado pelo seu
Diretor, Professor Airto Gomes.
O primeiro a ser homenageado foi o poeta gaúcho
Mário Quintana, que teve suas obras expostas no recinto da
Biblioteca, durante toda a primeira quinzena do mês, e,
contou com a presença dos alunos do Colégio de Encantado,
que leva seu nome.
Tive a honra de ser o segundo homenageado, a partir
de 29 de outubro, até o final de Novembro.
Em sala especial, na Biblioteca Pública, meus livros
foram expostos à visitação e à leitura.

137
Em 29 de outubro, Dia Nacional do Livro participei
de um encontro com estudantes, no mesmo recinto.
Fui recebido pelo Prefeito Paulo Costi, pela
Secretária Municipal de Educação e Cultura, Professora
Roseli Mottin Soares e pelos coordenadores, Professor Airto
Gomes e a Professora Marinês Bonatto.
Conversei, informalmente, com um grupo de alunos
da Escola Estadual Farrapos, minha primeira Escola.
Em 18 de novembro, no site, da Prefeitura
Municipal, na Internet era publicada uma foto desta
reunião junto aos alunos, com o devido histórico.

“ROTEIRO ENCANTADO” NA TV COM


Em 30 de outubro de 2010, um grupo da Televisão
RBS, de Porto Alegre, com a apresentadora Gabriela Duarte
e o cinegrafista Leandro Aguiar, acompanhados das
turismólogas da Associação dos Municípios de Turismo da
Região dos Vales (Amturvales), Lizeli Bergamaschi e
Samanta Regina Chiesa estiveram no Memorial Gino Ferri,
gravando um programa especial, em DVD, para a Empresa
“Estilo Viagens”.
Fiz uma ampla explanação sobre o Memorial,
inclusive, respondendo a uma série de perguntas.
A equipe visitou ainda, mais cinco pontos turísticos
que fazem parte do “Roteiro Encantado”.
O Programa foi ao ar, na 3ª. sexta-feira seguinte, ás
22 horas, pelo canal 36 da Net.
Lamentavelmente, não pôde ser assistido em
Encantado, porém, a Direção da Amturvales ofereceu-me
um DVD, com todo o programa. Um visual muito bonito.
Em 4 de novembro do mesmo ano, o Programa
apareceu numa página da Internet juntamente, com uma
foto da jornalista me entrevistando.

ENCONTRO DA LÍNGUA E
CULTURA ITALIANA

138
Em 27 de novembro de 2010, estive Daltro Filho,
distrito de Imigrante, a fim de participar do 6º. Encontro,
com a formatura de mais um grupo de alunos, no Curso de
Língua Italiana, promovido pela Associação Cultural
Italiana do Rio Grande do Sul, - ACIRS - dirigido pela
Professora Eloísa Maria Spadoni.
Cedo pela manhã, no hall de entrada do Convento
dos Freis Capuchinhos, foi servida “la colazione”, (café).
Seguiu-se a apresentação da Banda Municipal de
Imigrante, interpretando músicas italianas, alemães e
brasileiras, com a apresentação de danças, por um grupo de
estudantes.
Receberam o Diploma de Conclusão do Curso de
Italiano, treze formandos, de diversas localidades da Região.
Após o discurso do representante da ACIRS, fui
convidado a falar.
Saudei os componentes da mesa oficial, os formandos
e aos assistentes, cumprimentado a ACIRS, pelo que vem
propiciando aos jovens estudantes, e, mesmo, para
professores, a oportunidade de aprender a bela língua
italiana, o que vem facilitar o intercâmbio cultural, social e
turístico com a Itália. Falei ainda, sobre a Imigração
Italiana.
Ao finalizar ofertei, a cada formando e aos
componentes da mesa oficial, um livro de minha autoria.
Logo em seguida, foi servido, numa sala especial, e,
ao ar livre, um lauto almoço, com comida italiana,
preparado pelos próprios Freis Capuchinhos e estudantes,
regado com bons vinhos e outras bebidas.

FESTA EM DOUTOR RICARDO

Em 4 de dezembro de 2010, estive na cidade de


Doutor Ricardo, a convite do Prefeito Municipal, Nilton
Rolante, para participar do lançamento do livro; “Doutor

139
Ricardo em História e Comentários”, de autoria dos
Professores e alunos dos educandários locais.
A solenidade ocorreu no interior do novo Pavilhão
da Prefeitura Municipal, ao lado de uma grande Exposição
Agrícola, Industrial e Comercial, dentro das festividades
alusivas ao Centenário da Colonização de Doutor Ricardo e
aos 15 Anos de Emancipação do Município.
Após o lançamento, falaram diversas autoridades,
ocasião em que, fui convidado a falar.
Disse da minha satisfação em estar presente a esta
cerimônia tão importante, cumprimentando os autores da
obra.
Relembrei que, há cinco anos atrás, na festa dos dez
Anos da Emancipação foi lançado outro livro da História de
Doutor Ricardo, de autoria de estudantes, quando tive a
satisfação de cumprimentar uma menina de apenas quatro
anos e sua mãe, por ter participado do referido livro.
Para surpresa minha, após terminar de falar, se
aproxima, uma senhora com sua filha, dizendo:
Aqui está a menina de quatro anos.
E mais surpreso fiquei, ao saber que ela era,
novamente, co-autora do livro que estava sendo lançado.
Abracei a menina e a mãe, fazendo votos de que
continuasse a escrever.
Após recebi, das mãos do Prefeito Municipal, um
exemplar do livro.
Agradeci, retribuindo com um exemplar do livro
“Frei Jacinto Capuchinho” e um para o amigo, Padre
Alberto Treméa, além de outros três livros, para a Biblioteca
Municipal.

140
”LE NOSTRE RADIZE”

Em 10 de dezembro de 2010, realizou-se, nas


dependências do Salão, da Capela Santo Antão, o “Primeiro
Encontro do Grupo de Cantos Folclóricos Italianos, “Le
Nostre Radize”, (As Nossas Raízes), em comemoração aos
cento e vinte e oito anos, da Imigração de Encantado”.
Fui agraciado com um belo estojo, contendo um C D
gravado com músicas italianas e um cartão, contendo os
dizeres supra.

(FOTO 39 - “Le Nostre Radize”)

141
O TROFÉU “LE NOSTRE RADIZE”

ANO DE 2011

MEMORIAL GINO FERRI


NA INTERNET

Em 1º. de março de 2011, o neto Carlo Ferri publicou


uma página na Internet, com a fotografia, a cores, do
Memorial Gino Ferri.
Assim, também, publicou um “site” com minhas
obras.

PALESTRA PARA AS CANDIDATAS

Aos doze dias do mês de março de 2011, tive a


satisfação de proferir a uma palestra, no Auditório
Imigrante, no Centro Administrativo Municipal, para as
candidatas a Rainha, Princesas e sete Promotoras de
Turismo do Município, a serem eleitas em 18 do corrente.
Assunto: História do Município. Fizeram grande
número de perguntas, visando a entrevista com os jurados.
Após, fui fotografado em meio das dezenove
candidatas.
A conversa continuou durante o coquetel que se
seguiu.
Todas interessadas em saber algo mais, a respeito da
história do Município.

142
Em 18 de março, foi eleita Rainha, a jovem Luiza
Staghenauf e as princesas, Maiara Cornelli e Andressa
Casanova, assim, também, as sete promotoras de turismo.

REPORTAGEM DO JORNAL
O INFORMATIVO DO VALE

Em 16 de março de 2011, o Jornal Informativo Vale,


de Lajeado publicou uma edição especial, de oito páginas,
comemorativa aos 96 Anos de Emancipação de Encantado.
Tive a honra de ser um dos entrevistados pela
Jornalista Carina Marques, cuja reportagem ocupou quase
duas páginas do Jornal, sob o título:

“UMA LENDA CHAMADA GINO FERRI”.

Alguns tópicos citados na reportagem:

“Ele tem 88 anos, sete a menos do que o município.


No entanto, o seu conhecimento acerca da cidade faz com
que o frágil senhor de óculos e de cabelos brancos pareça ter
nascido lá em 1882, ano em que as terras começaram a ser
colonizadas”.
“Genuíno Ferri, ou simplesmente, “seu Gino” é o
maior historiador que o município já viu - e talvez verá.
Perito sobre a história de Encantado, ele sonha em ver o
centenário do município em 2015”.
“Para a festa dos cem anos, faltam quatro. Tempo
suficiente para que o maior historiador do Município pense
em novas obras sobre Encantado. O período também serve
de reflexão para que as autoridades competentes coloquem
em prática uma antiga sugestão de vários moradores:
mandar confeccionar uma estátua ou um busto com a figura
de Ferri e instalar no centro da cidade. Há quem diga que a

143
obra deve sair breve, para homenagear uma das maiores
lendas, chamada: “Seu Gino” em vida e em cores”.
(Devagar, Carine!)
“Perguntamos: O Senhor conhece bastante de
Encantado, não?”
Em tom de brincadeira e com um leve sorriso nos
lábios, ele respondeu: “Conheço alguma coisa”.
“Mesmo com idade avançada, Ferri recorda com
precisão e detalhes, a trajetória do lugar”.
“Desde que começou a escrever, guarda em seu
currículo 23 obras. Destas, vinte dedicadas a Encantado”.
A entrevista se reporta ainda, aos livros: Os Monges
de Pinheirinho, Reminiscências, Páginas Avulsas e sobre as
demais obras literárias, inclusive, as em elaboração.
Falei também, sobre a colonização, emancipação,
desenvolvimento, arquitetura, cultura, educação, colégios,
faculdades e nas belezas de Encantado.

(FOTO – 40 - Gino)

144
GINO FERRI
Foto de Carina Marques - Jornal “O Informativo do Vale”
Foi uma reportagem feita com muito sentimento,
pela Jornalista Carina Marques, que termina com um
parágrafo que vai além da Lenda.

HISTÓRIA DO RIO TAQUARI-ANTAS

À tarde, de 16 de março de 2011, recebi a visita da


Professora da UNIVATES, Ana Cecília Togni, que vinha
solicitar minha autorização, para participar na pesquisa,
para uma nova edição do livro “História do Rio Taquari-
Antas”.
Ana fora convidada pelo Engenheiro Florestal,
Daniel Schmitz, Presidente do Comitê Pró Gerenciamento
da Bacia do Taquari-Antas, para colaborar na pesquisa de
atualização do livro.
Prontamente, concordei. Pois, já mantivera
conversações com o Presidente Daniel, tratando do assunto.
A segunda edição do livro será lançada, com a devida
revisão e com a complementação de dados posteriores,
incluindo um capítulo de todos os Municípios da Bacia,
(119) e um capítulo especial sobre o Comitê.
Já tinha data marcada para o de lançamento, junho
de 2012. Porém, foi transferida para outubro.

PALESTRA NA ESCOLA
TANCREDO NEVES

Em 30 de março de 2011, fui convidado pela Diretora


da Escola Municipal Tancredo Neves, do Bairro Lago Azul,

145
para proferir uma palestra aos alunos para falar sobre
Encantado e seu nonagésimo sexto aniversário, que
ocorreria no dia seguinte.
Eram mais de cem alunos, sentados no chão, pois não
havia auditório, nem sala para acomodar a todos.
Foi muito interessante ouvir as perguntas que eles
faziam. Parecia que todos tinham algo a perguntar.
Fui brindado com uma caixa de bombons.
Ofertei três livros para a Biblioteca da Escola.

96º. ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO

Aos 31 dias de março de 2011, no recinto do Museu


Municipal, na Casa de Cultura, foram festejados os 96 Anos
de Emancipação Política Administrativa do Município de
Encantado.
Estavam presentes autoridades, a Rainha e Princesas
do Município, Professores, Escritores, Alunos, Funcionários,
Vereadores e Pessoas da comunidade.
Durante as cerimônias oficiais, dois alunos
encenaram uma série de datas importantes sobre a História
do Município, extraídas do livro, Encantado II - Sua
História, Sua Gente.
Assim, também, foi feito o lançamento do livro
“Luzes da Minha Aldeia, de Jorge Moreira”.
As Cerimônias foram abrilhantadas com a exposição
de dezenas de fotografias antigas, que falam sobre a
História de Encantado. Contribui com diversas fotos.

VIAGEM A LAJEADO

Em 1º. de abril de 2011, estive em Lajeado para


atender a três compromissos importantes.

146
O primeiro ocorreu ás dez horas, num dos auditórios
da UNIVATES. Uma reunião do Comitê Pró-Bacia do
Taquari-Antas, com a apresentação de um Projeto, visando
unificar os trabalhos em andamento.
Esteve presente, um grande número de membros do
Comitê, de diversas cidades, a Secretária Estadual do Meio
Ambiente, Jussara Cony, os Reitores das Universidades de
Lajeado, Ney Lazzari e de Caxias do Sul, Izidoro Zorzi.

À tarde fui consultar o médico que trata do meu


joelho.
Apenas deu uma olhada, queria saber como estava. E
depois começou a fazer perguntas sobre História. Aí a
conversa foi longe. A consulta transformou-se numa aula de
História.
Dei a ele um exemplar do livro: “Por Que Encantado
a Favor de São Paulo”.

À noite, fui até a UNIVATES, para assistir ao


lançamento do livro, “Matemática Financeira”, da escritora,
Professora Ana Cecília Togni, no qual, tive a satisfação de
incluir uma mensagem, impressa no verso da capa.
Foi uma festa muito alegre, com música de piano,
executada pelo Doutor Pedro Rui de Oliveira Porto,
Promotor Público de Lajeado, durante todo o tempo dos
autógrafos e do coquetel que se seguiu.

CONVITE PARA PALESTRA

Em meados de abril de 2011, esteve em nossa casa o


caro amigo Darcy Werle, que veio especialmente, fazer um
convite para falar numa solenidade do Centro de Apoio a
Pesquisa e Encontros Familiares, (CAPEF), com sede em
Teutônia, da qual ele fora eleito Presidente.

147
Conversamos sobre as atividades da Associação e,
inclusive, sobre o tema da palestra: IMIGRAÇÃO
ITALIANA.
Comentei que falar sobre a Imigração Italiana, num
ambiente em que a maioria dos presentes seria da etnia
alemã, não seria fácil. Porém, ele foi incisivo.
Queria algo diferente, mesmo para ampliar os
conhecimentos dos associados.
Tudo acertado, a palestra seria proferida na sede da
Associação, em Teutônia, no dia 14 de maio.
Nesta data, lá estive para falar aos membros da
CAPEF, sobre a Imigração Italiana, na sede dos
Funcionários da Cooperativa Languiru.
Foi muito agradável, eis que, após minha
explanação, de meia hora, fiquei mais de uma hora
respondendo às perguntas dos presentes. Só terminando ao
meio dia para o almoço no mesmo local.

VISITAS AO MEMORIAL

Em março, o memorial foi visitado pelos alunos da


Escola Mundo Encantado. Foi muito agradável ouvir as
perguntas dos pequenos alunos.

Esteve em visita ao Memorial, um grupo de idosos de


Porto Alegre, organizada pela Associação dos Municípios de
Turismo da Região dos Vales. (Amturvales). Gostaram
muito, inclusive, formularam uma série de perguntas, sobre
o Memorial e sobre a História de Encantado.
Ao meio dia, almoçamos juntos, na Adega da Casa
Rica, na Barra do Guaporé. Estava presente, também o
“BUTI”, da COSUEL, fazendo propaganda da
SUINOFEST, que se realizará em junho.

Em sete de maio de 2011, visitou o Memorial, um

148
grupo formado por mais de quarenta senhoras, do “Clube
de Mães” da cidade de Mato Leitão.
Ficaram encantadas com o acervo do Memorial e
não cansavam de fazer perguntas. Foram muito generosas
em elogios e cumprimentos pelo que viram.
Uma senhora, vendo as fotos de minhas atividades,
“Dos oito aos oitenta”, não se conteve e perguntou:
”O que o senhor não fez na vida”?
Prontamente respondi.
Não fui Padre, mas quase que cheguei lá. Espere que
vou lhe mostrar a foto de “Bispo”. Aí então, foi á conta.
Chamou as outras senhoras para verem a foto.
A referida foto registra o momento em que o Bispo
encantadense, Dom Paulo de Conto colocou sua mitra, sobre
minha cabeça.

DOUTOR RICARDO

Terça-feira 28 de junho de 2011, pela manhã, estive


em Doutor Ricardo, a fim de conversar com os idosos
reunidos no salão do antigo Hotel Biolchi, a convite da
Primeira Dama, Cátea Rolante. Estavam presentes mais
noventa idosos, de ambos os sexos.
Foi uma conversa informal, descontraída e repleta de
emoções, com a efetiva participação dos presentes, que
faziam perguntas sobre diversos assuntos, destacando a
imigração, a vivência, nas novas terras, seus usos e suas
tradições.
Comentamos ainda a respeito da alimentação nos
primeiros tempos, as dificuldades encontradas pelos
imigrantes, jogados num meio hostil, cheio de perigos, sem
assistência, mesmo, assim, eles venceram, pelo seu trabalho,
sua fé e a esperança de um uma vida melhor.
Foram momentos agradáveis, em que as horas
passaram sem serem notadas.
Após, visitamos a Biblioteca Municipal e o Telecentro

149
de Informática, onde alguns idosos arriscavam escrever o
nome no teclado do computador.
Em 29 de junho, o Jornal Informativo do Vale, de
Lajeado, publicava uma ótima reportagem, com fotos sobre
o assunto, sob o título:
”Gino Ferri leva emoção para os idosos”.
Um belo trabalho da jornalista Carina Marques.

Em 30 de junho, Carina publicava, no mesmo jornal


uma outra reportagem sobre a festa de São Pedro,
incluindo alguns dados fornecidos por mim, referentes à
Imagem de São Pedro e o porquê fora escolhido como
padroeiro da Igreja e do Município.

E, para completar, no sábado, dia 2 de julho, o Jornal


Informativo do Vale publicava mais uma reportagem. Desta
vez sobre o livro “História do Rio Taquari-Antas”, que está
sendo revisado, ampliado e atualizado, para um novo
lançamento, em outubro de 2012, numa entrevista com a
co-autora, Ana Cecília Togni.

AFISVEC

Em 14 de julho de 2011, recebi o Boletim


Informativo, correspondente ao mês de junho, da
Associação dos Fiscais do Imposto sobre Vendas e
Consignações, (ICM), que trata sobre assuntos da classe e
que publicou o seguinte:
“Desde 2005, a cidade de Encantado abriga o
Memorial Gino Ferri, uma homenagem ao colega Genuíno
Antônio Ferri.
O Memorial é um recanto cultural que guarda a
história de Encantado através de milhares de fotografias,
documentos e livros, inclusive, com toda a documentação do
“Gemellággio”, (Cidades Irmãs), entre Encantado e
Valdástico, na Itália.

150
O Memorial está localizado ao lado da casa do
colega. Recomendamos, aos colegas visitar o local e
conhecer o rico acervo histórico”.

VISITAS AO MEMORIAL

Em 20 de agosto de 2011, o Memorial foi visitado por


mais de 120 pessoas, na sua maioria jovens, namoradas,
esposas, familiares e ou amigos, acompanhantes do grupo de
trilheiros, que se encontrava em Encantado, para fazer uma
trilha, pelo interior do município.
Dado ao grande número tivemos que dividir a
comitiva em três grupos.
As moças da Amturvales, a Samanta e a Lizeli
organizaram os grupos, distribuindo-os entre o Memorial, a
Igreja Matriz e vice versa.

Três dias depois, dia 23, um novo grupo de idosos,


vindos de Cotiporã esteve visitando o Memorial. Em sua
maioria, descendentes de italianos.
Conversamos em italiano. Foi muito agradável.

Em 25 de setembro, esteve visitando o memorial a


Professora Vani Casagrande e um grupo de senhoras,
colegas de formatura do Curso de Normalistas de 1966.
O grupo era formado por: Vani Casagrande que
coordenou o encontro, Arilene Giordani Pereira, Edelma
Zílio, Neis, Anita, Itacir Boian e Ivete Malmann.
Ao final agradeceram, deixando um cartão que diz:

“Senhor historiador e escritor Genuíno Ferri,


agradecemos pela disponibilidade em nos receber e nos
enriquecer com suas valorosas obras.
Um abraço carinhoso das Normalistas de 1966.
Encantado, 24-9-11”.

(Seguem as dez assinaturas).

151
Domingo, 25 de setembro, um grupo de mais de
quarenta pessoas, de Cachoeirinha visitou o Memórial,
numa excursão organizada pela Amturvales.
A maioria eram pessoas idosas, que muito se
interessaram, prestando atenção à explicação, e, fazendo
muitas perguntas.
Ao final uma senhora queria que eu cantasse em
italiano.
Disse que eu não era um bom cantor, porém, ia
declamar a poesia “Velho Cincerro”, do meu livro “Poemas
em Prosa e Verso”.
Expliquei que a poesia foi feita em homenagem ao
meu pai, que foi madrinheiro e utilizou este cincerro, no
pescoço da égua madrinha.
Declamei então, a poesia, sendo muito aplaudido.
Gostei da turma.

Terça-feira, 27 de setembro, visitou o Memorial um


grupo de alunos da Escola Mário Quintana, de Encantado.
Fiz uma explanação sobre o memorial.
Após todos sentaram no chão e começaram a fazer as
perguntas, que haviam preparado.
Dias após, um cidadão, pai de uma das meninas,
confidenciou-me que passara o restante da semana, ouvindo
falar sobre história e sobre o Memorial.

Dia 11 de outubro de 2011, sete horas, ainda


madrugada, para quem trabalha à noite, a atendente me
acorda, dizendo que uma grande turma de alunos,
acompanhada por duas professoras, estava aguardando,
para visitar o Memorial.
Ainda sonolento, olhei para o relógio, exatamente
sete horas. Não pode ser, não há nenhuma reserva para esta
hora. A única reserva marcada é para o dia 24 às 9 horas.
Mesmo assim, levantei e fui atender os alunos. Eram
mais de sessenta alunos da Escola de Conventos, Lajeado. A
professora disse ter agendado a visita.

152
Uma ótima turma de alunos. Ficaram encantados
com o Memorial e fizeram muitas perguntas e fotografias.

Em 24 de outubro de 2011, visitou o Memorial, um


grupo de alunos da Escola Fundamental de 1º. Grau,
Farrapos, minha primeira escola.

PALESTRA SOBRE A “LEGALIDADE”

Aos 29 de setembro de 2011, participei, no auditório


Itália, no Centro Administrativo Municipal, de um Encontro
promovido pela 3ª. Coordenadoria de Educação de Estrela,
para Professores, alunos e comunidade, sobre o tema
“Legalidade”, tendo como palestrante o Deputado Estadual
Raul Pont.
Após a palestra falei sobre um episódio ocorrido
durante o período da legalidade, em Nonoai, quando, o
Prefeito Jair Calisto, primo de Leonel Brizola, concentrara,
nos arredores da cidade, aproximadamente, 2.000
voluntários armados, prontos para invadir Porto Alegre, o
que não se efetivou a pedido do próprio Governador
Brizola.

INAUGURAÇÕES EM DOUTOR
RICARDO

Recebi um atencioso convite do Prefeito de Doutor


Ricardo, Nilton Rolante, para assistir a inauguração do
Centro Municipal de Convivência “Pe. Giocondo Vacaro” e
o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS - a se
realizarem em 30 de setembro de 2011.

153
Considerando a amizade com o Prefeito Nilton, lá
estive prestigiando a cerimônia, que foi acompanhada por
centenas de idosos, autoridades, prefeitos de várias cidades,
funcionários, população e convidados, inclusive, Dom
Canísio, Bispo de Santa Cruz do Sul.
Ao iniciar a cerimônia foi cantado o Hino Nacional.
Foi a mais bela e emocionante apresentação do Hino
Nacional já vista. Pois, a cada estrofe cantada,
simultaneamente, apareciam no telão, cenas maravilhosas, e
tocantes, alusivas a cada estrofe do hino.
Assim na primeira estrofe: “Ouviram do Ipiranga as
margens plácidas” aparece Dom Pedro I e sua comitiva,
proclamando a Independência.
Na estrofe “Verás que o povo teu não foge a luta”
aparecem um tanque e um barco, de guerra, em movimento.
A beleza das imagens, de vários pontos do Brasil
impressiona, desde o começo até o fim do Hino.
O pároco padre Alberto Treméa, citou o Memorial
Gino Ferri, por ter servido de orientação para o a instalação
do Memorial “Padre Giocondo Vacaro”, que também
estava sendo inaugurado. Igualmente, o Prefeito Rolante
fez alusão ao Memorial.
Fiquei encantado com a belíssima construção, com
mais de 500 metros quadrados, seus departamentos, e, do
lado externo, ao redor das instalações, uma pista para
caminhadas, com Academia ao Ar Livre, num ambiente
florido e arborizado, que orgulha a população e o próprio
Município de Doutor Ricardo.

VISITA DE ESTUDANTES ITALIANOS

Em 15 de novembro, tive a grata satisfação de


receber, no Memorial, a visita de um grupo de estudantes da
cidade de Aronzo, Beluno, Itália, acompanhado de dois

154
professores, um casal italiano e de um artista que fizera uma
escultura, para a cidade irmã, Ilópolis.
A cidade de Aronzo concretizou, recentemente, um
“Gemellaggio” com a cidade de Ilópolis, cujas festividades
tive a satisfação de assistir, como convidado.
Acompanhavam o grupo, a Professora de Italiano, da
ACIRS, Eloísa Maria Spadoni e seu esposo.
O grupo ficou “encantado”, com o Memorial,
fazendo várias perguntas, sobre a obra literária, o
“Gemellaggio” e sobre o acervo.
Ao mostrar-lhe uma foto, com o Prefeito de sua
cidade, Walter Antoniol, por ocasião do ”Gemellággio” entre
as cidades de Aronzo e Ilópolis, tiraram várias fotos comigo,
segurando a foto, para documentar e mostrar ao Prefeito.
Ao final, as estudantes cantaram várias canções
italianas.
Ofertei, para o Colégio das alunas, o livro,
“Gemellaggio - Encantado - Valdástico”.
Ao meio dia, almoçamos juntos, onde continuamos
numa cordial conversação.

Outra importante visita ao Memorial, realizou-se, em


17 de novembro, pelos Padres Missionários Salatinos,
que ficaram impressionados com o que viram.
O Padre Missionário, no domingo, 20 de novembro,
no enceramento das Missões, na Praça da Bandeira, em
pleno sermão, fez uma carinhosa referência ao Memorial.

NASCIMENTO DO BISNETO VINÍCIUS

Aos 9 dias do mês de dezembro de 2011, o neto


Moísés e esposa Fernanda tiveram a grata satisfação de
serem presenteados, com a chegada do VINÍCIUS.
Um lindo menino, que veio trazer alegrias e
felicidades, não só aos felizes pais, mas, também, para os

155
irmãos, tios, avós, bisavós e demais familiares.

(Foto 4 1 - Vinicius)

VINÍCIUS EM SEUS PRIMEIROS DIAS

Seja bem vindo, Vinícius. Que Deus te proteja e te dê


uma vida Longa e Feliz, para alegria de todos nós.
Um grande abraço aos ditosos pais. Com os nossos
efusivos cumprimentos.
Parabéns Moisés, Fernanda e aos felizes avós!

156
ACADEMIA LITERÁRIA DO VALE DO
TAQUARI – “ALIVAT”

Aos 12 de dezembro de 2011, em Lajeado tive a


honra de assumir a cadeira nº. 7, da Academia Literária do
Vale do Taquari – “ALIVAT”, que tem por Patrono Agenor
Peretti, indicado por mim.

Estavam presentes os familiares: Cláudio, Ieda,


Carlos e a namorada Alice, a Cláudia, Wilson, Adalberto e
Eunice, contando ainda, com a presença dos amigos Darcy e
Eunice Werle.
Tomaram posse das respectivas cadeiras, 22
“Imortais”, de diversas cidades do Vale do Taquari, numa
cerimônia empolgante realizada no Espaço Cultural, “Casa
Bach”, de propriedade do Doutor Wilson Dewes, assistida
por grande número de familiares e amigos dos Acadêmicos.
De Encantado tomaram posse, em suas respectivas
cadeiras, os Acadêmicos:

Escritor Ampère Maximino Giordani,


Escritor Carlos Alberto Schäffer
Escritor Genuíno Antônio Ferri,
Escritor Jorge Moreira e o
Escritor Pedro Braz Rosa da Silveira.

Falaram diversos oradores, entre os quais, o Escritor


Deoly Graff, Presidente da Entidade e a Escritora Ana
Cecília Togni, uma de suas fundadoras.
O mestre de cerimônias leu os currículos dos
Acadêmicos, assim, como, do Patrono da cadeira.
Em seguida foi feito o juramento dos Acadêmicos.
Por ser o mais idoso tive a honra de ser o escolhido
para fazer o juramento oficial, em nome dos Acadêmicos.
Após, cada Acadêmico recebeu, por intermédio de

157
um dos seus familiares, o Paramento da Academia.

(Foto 42 – O Juramento)

PRESTANDO O JURAMENTO

A seguir, ocorreram momentos de alegria e emoção,


com muitos abraços e as felicitações dos familiares e amigos,
seguindo-se um coquetel de confraternização, nas próprias
dependências do Espaço Cultural.
Foram momentos de grande significado, que jamais

158
serão esquecidos.

ANO DE 2012

RIO TAQUARI-ANTAS

Em 26 de janeiro, pela manhã tive a satisfação de ser


entrevistado, via telefone, por uma funcionária do Comitê
Pró Gerenciamento do Projeto da Bacia Taquari-Antas, de
Lajeado, a fim de dar as minhas impressões e o meu
envolvimento na História do rio.
Falei de minha predileção pelo rio, desde os tempos
de criança, de juventude, bem como, sobre a edição do livro
“História da Bacia do Rio Taquari-Antas”, entre outros
assuntos.
Partes desta gravação serão aproveitadas, em
programas especiais sobre o rio, que irão ao ar, nas estações
de rádio da Região, a partir de março.

VISITAS AO MEMORIAL

Em lº. de março de 2012, visitou o Memorial, um


grupo de idosos de Linha Jacarezinho acompanhado da
funcionária da EMATER, Fernanda Zambiazi.
Em 7 de março, tive a grande satisfação e mesmo,
com imensa alegria de receber um grupo de 17 pessoas
vindas da Região de Trento Itália e de Bento Gonçalves, da
família Giordani.
Ficaram maravilhados com o Memorial e seu acervo,
destacando o “Gemellaggio” e a foto da Miss Mundo,
Natália Ànderle, com muitos elogios a sua beleza.

159
LIGA FEMININA DE COMBATE AO
CÂNCER
Em 7 de março de 2012, realizou-se no Clube
Comercial, o jantar de confraternização anual da Liga, sob
a Presidência de Salete Maria Chiarello Dalla Lasta, que,
com sua equipe de trabalho, muito tem feito em prol das
pessoas necessitadas.
Nesta ocasião, assisti a uma palestra proferida pelo
Doutor Nélio Tombini, cidadão encantadense, natural de
Arvorezinha, filho de Abrelino e Olga Haas Tombini, que
residiram em Encantado, por vários anos. Na época, tive o
prazer de ser convidado para Padrinho do Doutor Nélio.
Durante o jantar, mantivemos uma cordial
conversação com o Dr. Nélio e suas duas filhas, ambas
médicas, pois estavam ansiosos por notícias de Encanado.

97 ANOS DE ENCANTADO

INAUGURÇÃO DO

ESPAÇO LITERÁRIO “GINO FERRI”

Entre os dias 24 a 31 de março de 2012, foi realizada


a “Semana de Encantado”, em comemoração aos 97 Anos de
Emancipação Político-Administrativa, aos 137 Anos de
Imigração Italiana, no Rio Grande do Sul, e, a inauguração
do novo Espaço Literário “GINO FERRI”, junto a
Biblioteca Municipal, Luiza de Fátima Kury Moesch.
Os atos oficiais tiveram início na manhã do dia 24 de
março, na Casa de Cultura “Doutor Pedro José Lahude”,

160
onde se encontravam presentes:

O Prefeito Municipal Paulo Costi, o Vice-Prefeito


José Calvi, a Secretária Municipal de Educação e Cultura
Professora Roseli Mottin Soares, a Secretária Municipal da
Juventude, Desporto e Turismo Ana Paula Gotardi, a
Rainha e Princesas de Encantado, Luíza Staghenauf,
Maiara Cornelli e Andressa Casanova.
Estavam presentes ainda, o Presidente da Câmara de
Vereadores Eldo Orlandini, o Presidente da Academia
Literária do Vale do Taquari, Deoly Graff acompanhado por
diversos membros de Lajeado e os cinco Acadêmicos de
Encantado, junto com familiares e amigos.
O Coral do Hospital Santa Terezinha, fez a abertura
oficial das solenidades.
O Professor Airto Gomes, Diretor da Casa de
Cultura, como Mestre de Cerimônias, e, mentor da
honraria, do nome do Espaço Literário “Gino Ferri” fez a
chamada dos membros da Academia, residentes em
Encantado: Ampère Maximino Giordani, Carlos Alberto
Schäffer, Genuino Antônio Ferri, Jorge Moreira e Pedro
Braz Rosa da Silveira, para serem homenageados, pelo
Prefeito Municipal Paulo Costi, com um diploma de
“HONRA AO MÉRITO”, que lhes foi sendo entregue, pelas
autoridades presentes.
Seguiu-se o lançamento do novo traje usual, das
Soberanas de Encantado.
Apos, fizeram uso da palavra diversos oradores,
seguindo-se o meu pronunciamento.
Iniciei com um pensamento de um Mestre Indiano:

O que for a profundeza do teu ser, Assim, será o teu desejo.


O que for o teu desejo, Assim, será a tua vontade.
O que for a tua vontade, Assim, serão as tuas ações.
E, o que forem as tuas ações, Assim, será o teu destino”.

Após, agradeci pela honrosa homenagem, que estava

161
recebendo, dividindo-a com os colegas escritores.
A seguir fiz um paralelo entre o Encantado Cultural
do passado, com o presente, destacando a Casa de Cultura.
Finalizei cumprimentando a todos pelo início das
festividades alusivas aos 97 Anos de Emancipação.
O Mestre de Cerimônias Professor Airto Gomes,
convidou o Prefeito Municipal Paulo Costi e o Vice-Prefeito
José Calvi, para acompanharem o homenageado, até a sala
do novo Espaço Literário, “GINO FERRI”, junto a
Biblioteca Municipal, a fim de inaugurar o recinto,
seguindo-se a visitação pública.
As solenidades foram encerradas com um coquetel,
no próprio recinto da Biblioteca Municipal.

(Foto 43 – Espaço Literário “Gino Ferri”)

162
ESPAÇO LITERÁRIO “GINO FERRI”

(Foto 44 – Entrando no recinto)

ENTRANDO NO RECINTO

Em continuação as solenidades da “Semana de


Encantado”, no dia 27 de março, foi inaugurada a Galeria
dos Vices-Prefeitos, eleitos, de Encantado, com a
participação dos Corais São Carlos de Jacarezinho e AABB

163
de Encantado.
Dia 29, ocorreu a sonora apresentação da Orquestra
de Imigrante, no Auditório Itália.
Dia 31, ainda, no Auditório Itália realizou-se uma
Noite Cultural, com belíssimas apresentações de grupos,
vindos dos municípios desmembrados de Encantado.
As festividades e solenidades alusivas a “Semana de
Encantado”, foram encerradas, na mesma noite, com um
jantar típico, no “CTG Giuseppe Garibaldi”.

VISITAS AO MEMORIAL

Em data de 15 de maio de 2012, visitou o Memorial


um grupo de 42 alunos da Escola Municipal de São Rafael,
de Cruzeiro do Sul, acompanhado por duas professoras.
Os alunos tiraram muitas fotografias, pois faziam
parte de um projeto da escola.

Em 4 de junho de 2012, visitou o Memorial um grupo


de jovens, da quarta série, da Escola Mundo Encantado.
“Encantado” fiquei eu, com o interesse demonstrado
pelo grupo, que após, a explanação, me crivaram de
perguntas, previamente elaboradas.
E, no final, em agradecimento, apresentaram um
jogral, com o meu acróstico, cada um, lendo um trecho de
sua autoria.

GINO FERRI – E.M.E.I – MUNDO ENCANTADO

És um G rande historiador do nosso


município.
Um homem pesqu I sador, incansável na busca de
informações.
Pe N sador e lutador por coisas
justas.

164
Buscou fat O s reais, concretizando
a história de nossa cidade e cidades vizinhas.
Suas in F ormações passarão de
geração em geração.
Acolh E dor e criador.

Que R ido e dedicado ao povo de


Encantado.
Lide R e grandioso nas idéias.

G I no Ferri ficará em nossa


memória.

ACADEMIA LITERÁRIA DO VALE DO


TAQUARI - “ALIVAT”

A Academia Literária do Vale do Taquari,


-ALIVAT- em 19 de maio de 2012, realizou sua costumeira
Reunião Mensal, em Encantado.
Às 14 horas, estavam presentes, na Casa de Cultura
Dr. Pedro José Lahude, o Presidente Deoly Graff com a
maioria dos acadêmicos, que foram paramentados.
Às 14 horas, tiveram inicio os trabalhos regimentais,
seguindo-se a votação para eleger três escritores, candidatos
a assumirem novas cadeiras na Academia:
O Escritor e Professor Airto Gomes, de Encantado, a
Escritora Lenira Heck e a Escritora Vera Nicaretta, ambas
de Lajeado, eleitos por unanimidade.
A seguir, acadêmico Genuíno Ferri, apresentou um
trabalho, falando sobre o Rio Taquari-Antas, com a
projeção de 54 fotos sobre o rio.

165
(Foto 45 – Projeção de Fotos)

PROJEÇÃO DE FOTOS

Após, houve um café de confraternização seguido da


visita dos Acadêmicos, ao Santo Sudário, na Igreja Matriz, e
a visitação ao Memorial Gino Ferri, complementando então,
os trabalhos da jornada, que foi muito proveitosa.

VISITA DAS RAINHAS

166
Em 8 de junho de 2012, o Memorial Gino Ferri se
engalanou, com a presença de 14 Rainhas e 28 Princesas,
representando 14 municípios do Vale do Alto Taquari.
As beldades se reuniram em Encantado, a fim de
participarem da abertura da “SUINOFEST”, aproveitando
para visitarem o Memorial.
Foi uma festa muito bonita, com muitas fotos e de
muita beleza concentrada.

(Foto 46 - As Rainhas e Princesas com o Patrono)

AS RAINHAS E PRINCESAS, COM O PATRONO

LANÇAMENTO DO LIVRO

“HISTÓRIA DA BACIA DO RIO


TAQUARI-ANTAS”

Em junho de 2012, deveria ter sido feito o

167
lançamento do livro “História da Bacia do Rio Taquari-
Antas”. Porém, por motivos diversos, o lançamento foi
transferido para o mês de outubro.

HOMENAGEM

Em 16 de agosto de 2012, fui homenageado pelos


alunos da quarta série, da Escola Fundamental, “Mundo
Encantado”, por ocasião do lançamento de seu livro,
“ENCANTADO EM POESIAS II”,
que tive a honra de prefaciar.
É um livro elaborado pelos alunos, impresso a cores e
encadernado, pelas professoras, juntamente com os alunos,
na própria escola.
Estavam presentes: O Corpo Docente da Escola, a
Secretária de Educação e Cultura, Professora Roseli Mottin
Soares, Professoras, os alunos acompanhados por seus pais
e o homenageado.
Após o canto do Hino Nacional, os alunos
apresentaram uma série de cenas teatrais, baseadas nas
atividades literárias do homenageado.
Foi uma apresentação belíssima, comovente e bem
representada pelos alunos, que ao final foram muito
aplaudidos.
A seguir, os alunos receberam um exemplar de seu
livro, das mãos do homenageado e um pequeno brinde.
A solenidade foi encerrada com um coquetel.

TROFÉUS

Abro um parêntese para registrar alguns Troféus que


me foram outorgados, em épocas diversas.

TROFÉU DESTAQUE
“JORNAL OPINIÃO”

168
Pela passagem dos Quinze Anos, do Jornal
“Opinião”, de Encantado, em maio de 1986, seu Diretor
Altamir Gomes instituiu o “Troféu Destaques - 1986”,
homenageando personalidades de Encantado, que se
destacaram, nos mais diversos ramos de atividades.

Fui distinguido com o Troféu, pela minha “OBRA


LITERÁRIA”, que foi entregue em maio de 1986.
O Troféu colocado sobre um pedestal de madeira,
traz a inscrição:
“DESTAQUE 1986
GINO FERRI
HISTORIADOR”

No centro do Troféu consta a inscrição:

“JORNAL OPINIÃO
15 ANOS”

Em virtude de estarmos em viagem pela Itália, eu e a


Wanda, com o grupo dos “Focolares”, o Troféu foi recebido
pelo filho Cláudio, que, em meu nome agradeceu a Direção
do Jornal, pela honraria.

(Foto 47 - (Troféu “Destaque Jornal Opinião”)

169
DESTAQUE – JORNAL OPINIÃO”

TROFÉU “GIUSEPPE GARIBALDI”

Em 24 de outubro de 2000, recebi, dos Diretores do


Jornal “ECO DO VALE”, de Bento Gonçalves, um belo
convite, com meu nome impresso, convidando-me para
receber o Troféu “GIUSEPPE GARIBALDI”, no dia 9 de
dezembro de 2000. Ás vinte e uma horas, naquela cidade.
Agradeci a gentileza, declinando do convite, tendo
em vista que no dia anterior, eu deveria receber outro
troféu, na mesma cidade, representando o Município de
Encantado.

170
TROFÉU “GRANDES LÍDERES DO RS”.
Em 7 de setembro de 2000, recebi da Empresa
CAPRA PROMOÇÕES E PESQUISAS, um ofício
comunicando que o meu nome foi eleito, para integrar o
elenco dos GRNDES LÍDERES DO RIO GRANDE DO SUL
– 2000, em pesquisa realizada em Encantado, de fevereiro a
julho, devendo receber o troféu em oito de dezembro de
2000, em Bento Gonçalves, no grande encontro de Líderes
Gaúchos.
Dia 8 de dezembro, em condução especial fui a Bento
Gonçalves, acompanhado pela Wanda, os filhos Cláudio e
esposa Ieda, Eunice e esposo Adalberto, mais os amigos,
Casimiro Frigeri e esposa Maria José, Vanni Scarello e
Suely Pochmann.
Fomos recepcionados pelas funcionárias da CAPRA,
no Hotel Dall Onder, assim, também, à noite, nos pavilhões
da FENAVINHO, com um Coquetel regado a Champanhe.

Após, fomos introduzidos no Pavilhão Principal, e


acompanhados até a mesa reservada, onde já se encontrava
o Troféu envolto em uma toalha, o qual seria entregue por
um Padrinho, ao ser anunciado o nome do agraciado e com
a leitura de seu currículo, após o jantar.
O Troféu consta de uma figura estilizada de um
homem, em bronze, sobre um pedestal de madeira, onde
estão gravados os dizeres:
“MÉRITO GRANDES LÍDERES DO RIO GRANDE DO
SUL, PESQUISA ANO 2000 – LÍDER: DOUTOR
GENUINO ANTÓNIO FERRI – 08-12-2000-CAPRA
PROMOÇÕES E PESQUISA”.
Foi publicada, pela CAPRA, uma revista com os
nomes e o currículo dos homenageados, representando 108
municípios gaúchos, a qual foi entregue aos homenageados,

171
e, publicada, na integra, pelo Jornal “O SEMANÁRIO”.

(Foto 48 - Troféu Grandes Líderes)

TROFÉU GRANDES LÍDERES DO RS.

Em 8 de dezembro eu recebia de Suely Pochmann e


família um elogioso cartão, com os dizeres:
“Caro amigo Gino, a distinção que hoje recebes, não
é um prêmio, mas uma justa homenagem a ti, Gino, que
honras e enriqueces a cultura do Rio Grande do Sul.
Sucesso! Muito Sucesso! Com carinho, Suely e Família”.
Em 24 de dezembro, o Jornal Força do Vale
publicava: “Gino Ferri é uma enciclopédia viva. O que será
de nós, quando não mais o tivermos em nosso meio”.
A Vereadora Salete Maria Dalla Lasta, em uma
entrevista ao Jornal Força do Vale, dizia: “Um gênio –
Genuíno Ferri é a própria história de Encantado”.

TROFÉU “GEMELLÁGGIO”

172
(Foto 49 - Troféu “Gemellaggio”

TROFÉU “GEMELLAGGIO”

Recebido da Prefeitura de Encantado, na gestão do


Prefeito Adroaldo Conzatti, em 23 de julho de 1994.
Uma homenagem pela concretização do Gemellággio,
por ocasião da assinatura do “Solene Compromisso”.
Um lindo conjunto formado por quatro bandeiras,
em miniatura, do Brasil, da Itália, de Encantado e de
Valdástico, colocadas sobre um pedestal de mármore.

TROFÉU “80 ANOS DE ENCANTADO”!

Outorgado aos 31 de março de 1995, pela Prefeitura


Municipal, por ocasião dos “80 ANOS”, de Encantado.

(Foto 50 – Troféu 80 Anos de Emancipação)

173
TROFÉU 80 ANOS DE EMANCIPAÇÃO

Com o “zero” de oitenta, formado uma roda dentada,


encimado pela data: 1915, e, em baixo, o número 1995,
tendo ao lado, mais uma roda dentada, representando a
Indústria. Assentado sobre uma base de madeira.
“Em reconhecimento pela pesquisa Histórica”.

TROFÉU EM PEDRA

Recebido da Prefeitura Municipal, na gestão do


Prefeito, Paulo Costi, por ocasião do lançamento do livro:
“POR QUE ENCANTADO A FAVOR DE SÃO PAULO”.
Onde constam os dizeres:
“Obrigado, seu Gino, por escrever e valorizar a nossa
história. Encantado, 25 de julho de 1998. - Paulo Costi,-
Prefeito Municipal”.

Um outro Troféu em Pedra, com um relógio


incrustado, foi recebido em 19 de julho de 2.000, por ocasião
do lançamento do livro: “ENCANTADO EM

174
FOTOGRAFIAS”, dentro das comemorações da 8ª.
Semana da Imigração Italiana, de Encantado.

MINHAS FLORES

Sempre tive uma grande predileção, pelas flores,


desde a infância quando, eu as admirava no jardim de
minha mãe, e, posteriormente, as minhas próprias.
Delas guardo saudosas lembranças de sua beleza, de
seu perfume e de sua história. Pois cada uma tem sua
própria história. Por exemplo, a Rosa que desabrochou num
caule de l,80 centímetros, a primeira foto.

(Foto 51 - Minhas flores).

175
MINHAS FLORES

Seguida pela flor “Rainha da Noite”, em que o neto


Moisés aguardou, com a máquina fotográfica na mão, a
hora exata, em que ela estaria completamente aberta.
Ou ainda, admirar a beleza do “Bolão de Ouro”, em
frente ao Memorial Gino Ferri, e, assim, tantas outras.

XX SEMANA DA IMIGRAÇÃO
ITALIANA
De 19 a 25 de julho de 2012 foi realizada a XX
Semana da Imigração, com diversas festividades e
solenidades alusivas.
Ao encerrar a Semana recebi uma carinhosa
homenagem do Poder Público Municipal, em louvor a
minha contribuição no “Gemellággio”, com apresentação de
“Slides” sobre o fato, a entrega de uma placa, encerrando
com o canto do Grupo, “Le Nostre Radize”. Foi uma
homenagem muito emotiva, pois só fiquei sabendo na hora.

(Foto 51 ( A ) - A Placa)

176
A PLACA

WAN DA

Ao aproximar-se a data para encerar a pesquisa


desta narrativa, agosto de 2012, com todo o meu amor e
carinho, desejo dedicar esta página a WANDA, minha
companheira inseparável, por mais de 63 anos de convívio e
mais de 75 anos de amizade.

(Foto 52 - Wanda)

177
WANDA COM SEUS LIDOS OLHOS AZUIS
E SEU SORRISO CATIVANTE

Aqui está a nossa mensagem de amor, que tu pediste:

“LEMBREM-DE DE MIM, COM RISOS E ALEGRIAS!


É ASSIM, QUE ME LEMBRAREI DE VOCÊS.
WANDA FERRI”

OBRIGADO QUERIDA WANDA, MUITO OBRIGADO


POR TUDO O QUE FIZESTE POR NÓS!
O MUITO OBRIGADO DE TEUS FILHOS, NETOS
E BISNETO.

(Foto 53 - Os familiares)

178
OS FAMILIARES

ADENDOS

Transcrevo alguns adendos, como complementos de


minhas atividades, mesmo, porque fazem parte desta
trajetória nonagenária, pois indicam as profissões, funções e
atividades exercidas, nestes noventa anos.

MINHA DOCE INFÂNCIA

Nasci às dezesseis horas, de uma quarta feira, dia 18


de novembro de 1922, no antigo prédio do “Hotel Ferri”, na
Rua Júlio de Castilhos nº. 1.398, nesta cidade de Encantado,
Estado do Rio Grande do Sul.
Sou o décimo primeiro filho do casal Luiz e Ergila
Bigliardi Ferri. Vim ao mundo pelas mãos hábeis, de Dósele
Lucca, uma competente parteira, que, durante quarenta
anos trouxe ao mundo mais de mil crianças.
Fui batizado em 23 de janeiro de 1923, tendo por
padrinhos Olderiggi (irmão da mamãe) e sua esposa
Josefina Fontana Bigliardi.
Poucos dias depois chegava a Encantado o médico
Doutor Ernesto Rebizzi, hospedando-se no hotel, com sua

179
esposa Stéfana e suas filhas Maria e Ana, passando após, a
morar na Casa de Saúde, especialmente construída, ao lado.
Ana me carregava no colo e me levava para sua casa
onde eu passava horas, com ela, até os quatro anos, pois aí
mudamos de residência, para a travessa ao lado da Igreja.

<Mais de sessenta nos depois, em 1986, fomos visitá-


la, na Itália. Pedi a Wanda que tocasse a campainha.
Ao abrir a porta, Ana falou:
“Wanda, cara”! (querida).
Após, me apresentei. Foram momentos de grande
emoção. Foi difícil conter as lágrimas>.
Então, perguntei-lhe como tinha reconhecido a
Wanda, sem nunca tê-la visto?
“Me la deto il cuore”. (Me disse o coração).
Respondeu, ela.

(Foto 54 - Minha 1ª. foto)

180
MINHA PRIMEIRA FOTO

Chupei mamadeira até aos oito anos.


Certo dia, o bico de minha mamadeira rasgou.
Mamãe queria me dar o café na xícara, eu não quis e
comecei a chorar.
Ela então, deu-me uma moeda de duzentos réis, para
que eu fosse comprar um bico.
Saí correndo até a casa do meu padrinho, Olderigi
Bigliardi, que me deu o bico sem cobrar, ainda deu-me um
pacote balas de açúcar.
Chegando em casa, a mamãe colocou o bico na
mamadeira e fui me esconder atrás da porta, para não ser
visto, pelos irmãos.
**********************
<Em 2005, um grupo de alunos, da Escola Jardim do
Trabalhador, sob a direção de três professoras
encenaram, no Memorial, uma série de fatos de
minha vida, desde a infância, até os oitenta anos,
inclusive, a cena do bico. Foi maravilhoso>.
***********************

AGRICULTOR
Já tinha meus oito anos, quando, comecei a ser útil,
pois, a mamãe preparava o café da manhã, colocava numa
cesta e eu a levava, para o papai e os manos mais velhos, que
desde cedo, se dedicavam ao serviço da lavoura.

181
COROINHA

Em 1926, papai vendeu o prédio do antigo Hotel


Ferri, para nele ser instalada a Prefeitura Municipal,
quando então, passamos a residir na rua ao lado esquerdo
da Igreja. (Hoje Travessa Luiz Ferri, nº. 70).
Em 1928, chegava a Encantado, o Padre José
Foscallo, vindo de Bento Gonçalves, para assumir a direção
da Igreja Matriz São Pedro.
Como residíamos próximos a Igreja, logo ele
tornou-se amigo de papai, que passou a ser membro do
Conselho Paroquial.
Aos nove anos, Pe. Foscallo convidou-me para ser
coroinha, junto a outros meninos, com mais idade, que já
estavam exercendo esta função, para assim, ir aprendendo.
Lá estava eu, todos os domingos, sem mesmo saber
as orações, que me foram ensinadas pela Irmã Bibiana.
Após dois anos, já como conhecedor das funções,
além das cerimônias dominicais, acompanhava o Pároco, em
suas visitas às capelas, diversas vezes por semana.
Assim, também, eu sempre estava presente nas
mais diversas cerimônias, inclusive, nas festas do padroeiro
das capelas.
Guardo na lembrança, a grande festa da re-
inaugurada da Ponte sobre Arroio Jacaré, em 1932, que
havia sido levada pela grande enchente de 1929.
Ao terminar as solenidades oficiais, os presentes se
aglomeraram no descampado, ao lado de um mato, para
retirar seu espeto de churrasco, com as fichas que haviam
sido distribuídas anteriormente.
Como era grande o número de pessoas, e,
prevendo que iria faltar carne, derrubaram a cerca de
proteção e houve um avanço geral, sobre as churrasqueiras.
Os churrasqueiros se postaram ao lado de um
determinado número de espetos, para garantir o churrasco

182
para as autoridades. Felizmente, deu tudo certo e teve
carne para todos.
Em 1928, eu deveria ter sido crismado, porém, estava
de cama, com febre tifóide, e, como o Bispo só vinha de
quatro em quatro anos, fui crismado somente, em 1932,
tendo como padrinho o próprio Padre Foscallo.
Certo domingo de fim de ano, realizava-se, no
pavilhão, nos fundos da Igreja, a festa de confraternização
entre a Direção da Paróquia, o grupo de cantores e os
músicos da Banda Carlos Gomes. recém formada.
Poucos dias antes, fui encarregado pelo Padre
Foscallo, para ir até Jacarezinho, buscar seis garrafões de
vinho na casa de Luis Nava, casado com Iseta, irmã de
minha mãe, que moravam do outro lado do arroio Jacaré.
Como, o arroio estava com água, um pouco acima do
normal, ao cruzá-lo molhei os pés e parte da calça. Porém
consegui cumprir minha missão.
Ocorre que, no domingo, não pude participar da
festa. Estava de cama, com caxumba. Mesmo, assim, ainda
que pesaroso, após churrasco, eu ouvia, de minha casa, a
Banda tocar e o Coral a cantar lindas canções.

CURRÍCULO ESCOLAR

Desde minha infância, na juventude e mesmo, na


idade adulta, sempre fui um ferrenho estudioso, em busca
do aprimoramento intelectual.
Em 1929, foi criado o Grupo Escolar Farrapos, com
início das aulas aos três de março de l930.
Fui matriculado na Grupo, tendo cursado até o
terceiro ano, quando, o meu padrinho Padre José Foscallo,
solicitou que eu passasse a estudar no Colégio Santo Antão,
sob a direção das Irmãs.
Assim, eu estaria mais próximo daquilo que era a sua
intenção e também, a minha, seguir para o Seminário.

183
Completado o Curso Primário, como, não havia
Ginásio, em Encantado, parei de estudar por um ano.
Em abril de 1937, Padre Foscallo que fora
transferido para Sarandi, solicitou a meus pais, que me
enviasse para lá, a fim de preparar-me para ingressar no
Ginásio, que começaria a funcionar, em Carazinho, no ano
seguinte.
Meu pai Luiz Ferri providenciou minha ida para
Sarandi.
Poucos dias após, recebia a visita de um amigo,
também chamado Luiz Ferri, residente em Tapera, que
regressava de uma viagem a Porto Alegre.
Este Luiz Ferri, tinha, aproximadamente, a mesma
idade, de físico muito semelhante, ambos de cabelo
grisalhos, dir-se-ia serem irmãos, dada a grande
semelhança, porém, diziam não serem parentes.
Meu pai solicitou ao amigo, que me levasse até
Espumoso, pois, já tinha conhecimento de que uma comitiva
de Sarandi viria àquela vila, no final da semana, para uma
festa familiar, então eu poderia seguir com eles.
Entregou-me então, ao amigo, com um bilhete de
recomendações, a ser entregue a Valentim Bresolin, em
Espumoso, seu conhecido e amigo de Encantado, solicitado
que me acolhesse, até o fim de semana quando, eu seguiria
para Sarandi, com uma comitiva.
Não lembro como foi a despedida, sei apenas, que
tomamos o ônibus, que fazia o trajeto Roca Sales a uma
cidade missioneira.
Com apenas treze anos de idade, lá fui eu, rumo ao
desconhecido. Levava uma mala, tipo caixão, com minhas
roupas, e, dentro de mim, uma grande esperança.
Foi uma verdadeira epopéia. Partimos às treze
horas, de uma segunda feira, chegando a Arvorezinha ao
anoitecer, onde pernoitamos.
Pela manhã cedo, do dia seguinte, reiniciamos a
vigem, rumo a Soledade e Espumoso, aonde chegamos às
dezesseis horas, aproximadamente.
Desembarcamos peguei minha mala, enquanto meu

184
guia mantinha contato com o Agente da Rodoviária,
solicitando que me fizesse chegar à casa de Valentim
Bresolin, que residia nas vizinhanças, entregando a ele o
bilhete de meu pai.
Luiz Ferri despediu-se e continuou viagem até
Tapera. Agradeci, sentei sobre a mala e fiquei aguardando a
chegada de alguém da família Bresolin, que já fora avisada.
Tudo era estranho. Longe de tudo e de todos, parecia estar
em outro “País”.

***********************
<Nunca mais tive contato com meu guia. Porém,
vinte e seis anos depois, em 1963, ao ser feita
chamada dos alunos, no primeiro ano de Direito, na
Faculdade de Passo Fundo ouço o Professor chamar
“Raul Ferri”, e, uma voz responder, “presente”>.
<Finda a aula fui procurá-lo. Identifiquei-me e
ficamos conversando. Era um neto de Luiz Ferri,
meu guia, naquela viagem, que parecia não ter fim.
Seu avô já havia falecido>.

***********************
Poucos minutos depois, chega à Rodoviária, um
rapaz, dizendo ser filho de Valentim Bresolin, que vinha
buscar-me. Peguei minha mala, que não pesava muito e
seguimos em direção a sua casa.
Lá chegados, Valentim Bresolin, após ler o bilhete do
papai, recebeu-me carinhosamente, assim, também sua
esposa e filhos. Tive a nítida impressão, de que estava me
recebendo com muita satisfação, pois era velho conhecido e
amigo de papai. Fiquei hospedado em sua casa, desde
aquela terça feira, até segunda, pela manhã.
À tarde do dia seguinte, saí com o mesmo rapaz, para
conhecer Espumoso. À época, uma pequena vila com poucas
casas, às margens do rio Jacuí.
Ao passar diante de uma barbearia chamou-me atenção,

185
o nome “Pereira”, pois conhecia a família de Natalício
Pereira, que morava nos fundos de nossa casa, e, tinha nove
filhos.
Olhei para dentro, fiquei surpreso. O barbeiro era,
nada mais, nada menos, do que o amigo e vizinho, em
Encantado, Arnaldo Pereira, filho de Natalício.
Foi uma grande alegria, já não estava em terras tão
estranhas, pois encontrei um amigo e conterrâneo.
Passei várias horas, dos dias seguintes, em sua
barbearia, conversando. Ele queria saber alguma coisa mais
de Encantado, de onde saíra havia vários anos.
Sexta feira à noite chegava o ônibus de Sarandi, com
uma comitiva, que vinha participar de uma festa de
parentes, que se realizaria no domingo.
Sábado, fizemos contato com a comitiva, para a ida a
Sarandi. À noite, juntamente com o filho de Valentin, fomos
a um baile, nos arredores da vila. Luz de lampião, salão
lotado, o baile ia bem animado.
De repente, ouviram-se gritos do lado de fora do
salão. O proprietário estava expulsando da frente de seu
estabelecimento, um cidadão, que se instalara, perto da
porta, com uma mesa de bacará.
O tumulto generalizou-se, sem saber o que estava
acontecendo o povo começou a fugir pela porta dos fundos e
pelas janelas. Eu e meu amigo, não pensamos duas vezes e
também pulamos por uma janela lateral, nos afastando
local. Serenados os ânimos voltamos para o salão.
Segunda feira, bem cedo, agradeci a família Bresolin,
e, na companhia de seu filho fui até a Rodoviária, onde
tomei o ônibus da comitiva, seguindo para Sarandi, lá
chegando à noite, sendo recebido pelo Padre Foscallo, meu
padrinho, que já me aguardava.
Poucos dias após, eu seguia para Carazinho,
acompanhado pelo Padre Foscallo, a fim de estudar no novo
Colégio dos Irmãos Lassalistas, no Curso Preparatório, para
o Exame de Admissão ao Ginásio, ficando hospedado na
pensão do “Seu Afonso”, nos fundos do Colégio.
Aos sábados, à tarde, eu voltava para Sarandi, onde

186
passava o fim de semana, com ao Padre Foscallo.
Num domingo à tarde, jogando uma “pelada”, com
amigos, em Sarandi, levei uma canelada. Poucos dias depois,
em Carazinho, minha perna começou a inchar.
Regressei a Sarandi no sábado, quando tive que fazer
minha primeira operação, com Doutor Conceição.
Como deu tudo certo, passados dez dias, voltei a
Carazinho.
Em outubro, ao ser realizado o exame de Admissão
ao Ginásio passei com média geral, 8,7. Estava contente,
pois em março, eu começaria a estudar, no Curso Ginasial.
Porém, em princípios de novembro, surge outro
problema. Padre Foscallo, chega a Carazinho com uma
triste notícia. Fora transferido para Santo André, em São
Paulo e eu deveria voltar para casa. Adeus estudos.
Já com a passagem na mão, tomei o ônibus em
Carazinho, pela manhã, chegando à noite, em Encantado.
Passei o ano de 1938, sem estudar.
Em 1939, a Professora Flausina Guiloux Brum,
diretora do Grupo Escolar Farrapos instalou um quinto ano
letivo, que seria um aperfeiçoamento do elementar.

(Foto 55 - Os formandos)

187
OS FORMANDOS E A DIRETORA

De pé: Maria Silveira, Almira Filter (Chanan), Genuíno


Ferri, Maria Nardin (Pretto) e Raela Haas (Ferri).
Sentados: Leda Marini (Cônsoli) Professora Flausina
Guiloux Brum (Diretora), Nelly Pretto (Schäffer) e Dacila
Martini.
A cerimônia de formatura realizou-se com solenidade
e até com notícia do Correio do Povo.
Apelidamos o curso de “Pós Graduação do Curso
Elementar”.

Seguiu-se nova parada nos estudos, durante os anos


de 1940, 1941, 1942.
Durante este último ano, o Exator Federal, Hugo
Madureira, em conversa com alguns jovens, dizia:
“Se vocês arrumarem doze alunos, eu organizo e
leciono um curso completo de Escrituração Mercantil”.
Conseguimos dezoito candidatos, porém, alguns
desistiram antes do inicio das aulas, outros conseguiram
completar o curso.
Aprendemos a fazer toda série de lançamentos, pelo
método de “Partidas Dobradas”, desde a abertura contábil
de uma firma, fictícia, até o encerramento do balanço, que
deveria ser “assinado” por profissional competente, pois o
curso não era oficializado.
O curso serviu para fazer a escrita contábil das
firmas: Bar Garoto, Pedro Scarello & Cia. Moinho Brasil
Ltda. Restaurante Continental, Fülber & Ferri e do Café
Haiti de Ferri & Ferri Ltda., com a assinatura dos
respectivos balanços, por profissional, até 1953, quando me

188
formei, como Técnico em Contabilidade.
Como, não havia máquinas, toda a escrita nos livros
era feita manual.

Em 1943, chega a Encantado, o Professor João


Guilherme Einlof, proprietário da Escola Técnica de
Comércio, de Carazinho interessado em instalar uma filial
em Encantado.
Acertados os detalhes básicos, na histórica reunião,
no Clube Recreativo Encantado, a despesa de instalação foi
orçada em trinta mil cruzeiros.
A comissão organizadora conseguiu arrecadar vinte e
cinco mil, quando então, João Alberto Schäffer diz a
Comissão: “Podem fechar o negócio, que eu completo os
outros cinco mil”.
A Escola iniciou um curso preparatório, para o
exame de ingresso no Curso Propedêutico, correspondente
ao Ginasial. Como, o conteúdo era o mesmo, que eu tinha
feito em Carazinho, não havia necessidade de freqüentar o
curso.
Ao serem realizados os exames passei, sem muito
esforço.
Março de 1944, começou o primeiro ano do Curso
Propedêutico, correspondente ao Ginasial, com mais de
sessenta alunos, estudando à noite, numa sala cedida pelo
Grupo Escolar Farrapos.
Os exames foram realizados em junho e novembro.
Passei em ambos, sem dificuldades.
Março de 1945, ao chegarmos diante da Escola, qual
não foi nossa surpresa. A Escola perdera a Inspeção Federal,
portanto, não haveria aula.
Foi um alvoroço. Juntos saímos dali e fomos até a
esquina da Rua Júlio de Castilhos, com a Rua Padre
Anchieta, onde realizamos um comício relâmpago, de
protesto, onde vários alunos se manifestaram, de improviso.
Para o dia seguinte, um novo comício foi organizado
pelos alunos, no mesmo local.
A partir de então, foi formado um grupo de alunos

189
para continuar a “batalha”, a fim de conseguir a reabertura
da Escola. Contávamos com apoio do Sub Prefeito, Tenente
Sebastião Rosa da Silveira, que nos orientou nas próximas
ações a tomar.
Sob sua orientação, foram enviados telegramas, ao
Diretor do Ensino Comercial, ao Ministro da Educação e
Cultura, Senador gaúcho Tarso Dutra e ao próprio
Presidente da República, Getúlio Vargas.

Em julho de 1945, chegava à Escola, correspondência


do Ministério da Educação, informando que a Escola
voltaria a ter a Inspeção Federal e seria reaberta,
“CONFORME DECRETO DO PRESIDENTE GETÚLIO
VARGAS”, sendo garantida a matrícula feita pelos alunos,
em março.
Imediatamente, voltamos a estudar.
O primeiro exame foi realizado poucos meses depois,
e o segundo, em janeiro de 1946.
Neste ínterim, a Escola foi adquirida pela
Congregação Irmãs do Imaculado Coração de Maria,
continuando normalmente, sob nova direção, na Escola
Madre Margarida.
Em novembro de 1947, realizaram-se os exames, com
formatura de conclusão do Curso Propedêutico. Faltavam
os três anos do Curso Técnico em Contabilidade.
Com minha transferência para Porto Alegre, ocorreu
uma nova parada nos estudos.
Em 1951, matriculei-me no Curso Técnico de
Contabilidade, no Colégio do Rosário, em Porto Alegre.
Completei o primeiro ano e parte do segundo.
Voltei, então, para Encantado e pedi transferência
para a Escola Madre Margarida, onde fiz o primeiro exame.
Porém, como ainda, não chegara a transferência do
Colégio do Rosário, fui Porto Alegre.
Lá contei com a orientação do amigo Evaldo Zílio, a
época secretário do Colégio, que conseguiu, junto a Direção,

190
que eu fizesse o Exame, uma vez comprovada a freqüência
na Escola de Encantado.
Valeu o segundo exame feito em Porto Alegre.
Completei então, o Curso Técnico em Contabilidade,
em Encantado, em 1953.
Durante as férias de julho, o grupo de seis
formandos, acompanhados pelo Professor Washingtom e
sua esposa Gema Braga Silveira, fizeram uma “Viagem de
Estudos”, até o Rio de Janeiro, aproveitando para convidar
o Deputado Federal Dr. J. P. Coelho de Souza, para
paraninfar a turma, em dezembro.
Aos 20 de dezembro realizou-se a formatura dos
alunos: Nilda Tarter, Sigrid Rank, Rachel Rios Bastos,
Genuíno Antônio Ferri, Aníbal Martini e Euracides Porto.

(Foto 56 - A formatura)

191
A FORMATURA

A solenidade de Formatura foi assistida por:


Jordano Sétimo Cé, Prefeito Municipal,
Padre Aroldo Murer, Pároco,
Pedro José Lahude, Professor,
Padre Luiz Felipe de Nadal, Paraninfo Religioso-
(Futuro Bispo de Uruguaiana),
J. P. Coelho de Souza, Paraninfo Civil, Dep. Federal,
Madre Tereza Sagoi, Diretora da Escola,
Fernando Fontoura Bastos, Professor,
Fernando Degrazia, Professor, Funcionário Público,
João B. Marchese, Inspetor Escolar,
Os seis formandos, e Washingtom Silveira, Professor,
Halley Peretti, Professor.
Além de grande número de familiares e amigos.
Após a formatura a nossa Professora do Curso
Elementar, Flausina Guiloux Brum dizia:

“Não parem aqui, continuem a estudar”.

Porém, agora, era a faculdade. Mas como? Só em


Porto Alegre, ou em outra grande cidade.
Parei novamente de estudar.
Neste meio tempo, fiz um Concurso para o cargo de
Fiscal do Imposto Sobre Vendas e Consignações, (ICM),
sendo e nomeado para a cidade de Irai, em janeiro de 1962.
Em 1963, realizei o vestibular para o Curso de
Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito de

192
Passo Fundo.
Foram cinco anos de estafantes estudos, a par do
trabalho na função. Porém, meus esforços foram
recompensados, com formatura em dezembro de 1968.

Finalmente, após uma série de paradas, com grande


esforço e, para minha grande satisfação cheguei lá, mesmo,
com a idade de quarenta e cinco anos.

Pela idade fui escolhido para proferir o juramento


em nome dos cento e dez formandos.
“Prometo que, sempre serei fiel aos princípios da
honra, cumprirei os deveres inerentes ao grau, que me vai
ser conferido, e, que nunca recusarei meus serviços ao
patrocínio do Direito, à aplicação da Justiça, à formação de
boas Leis e à Causa da Humanidade”.

(Foto 57 Proferindo o Juramento)

193
PROFERINDO O JURAMENTO
Após a formatura, outros Cursos ainda, foram
acrescentados ao meu currículo:
Orientação Educacional - U.R.G.S. – Porto Alegre.
Intensivo de Dicção – Escola Carmem Viana – FATES.
Revisão e Aperfeiçoamento – CRAFIS – Porto Alegre.
Treinamento Fiscais do ICM. Fundação de Recursos
Humanos - P.A.
Atualização Ficais ICM. - Secr. Fazenda – Porto Alegre.
Formação Hist. do R.G.S. – Secr. Educação – Porto Alegre.
Introdução Auditoria Fiscal – Secr. Fazenda – Porto Alegre.
Psicologia, Líderança e Personalidade – FATES – Lajeado.
Metodologia Intelectual – FATES – Lajeado.
Método de Leitura Dinâmica – FATES – Lajeado.
Encontro Jurídico – Foro – Encantado.
Revisão Direito Processual Civil - Escola - Osvaldo Vergara
– Porto Alegre.

Em março de 1970, fui convidado para exercer o


cargo de Professor da FATES – (UNIVATES), - lecionando
Direito Tributário, Legislação Fiscal durante dez anos, e
um ano de Direito Comercial.
Simultaneamente, exerci, na FATES, os Cargos de:
Secretário da Entidade, por um ano,
Coordenador dos Cursos FATES, por um ano,
Membro do Conselho Diretor, por quatro anos, e, dois, como
suplente.
Por indicação do Presidente, Doutor Odilo Becker

194
candidatei-me para concorrer ao cargo de Diretor da
Faculdade de Ciências Econômicas.
Fui eleito pelos colegas, Professores da FATES, por
maioria de votos, tendo exercido o cargo por quatro anos.
Durante este período, participei das múltiplas
atribuições do cargo, inclusive, nas formaturas colocando o
“chapéu” na cabeça dos formandos dos Cursos de Ciências
Econômicas e Ciências Contábeis.

(Foto 58 - Após a Formatura)

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APÓS A FORMATURA
COM A NORA IEDA

TIPÓGRAFO

Ao regressar de Sarandi, em 1937, retornei ao meu


trabalho na lavoura, ajudando meus familiares.
Porém, aos quinze anos, fui acometido de osteomelite,
no braço direito, dificultado os trabalhos que exigissem
maior esforço.
Passei então, a trabalhar numa tipografia,
aprendendo todos os serviços, inclusive, substitui o
proprietário, quando foi para prestar o serviço militar.
No seu regresso, o proprietário dizia que não poderia
pagar mais do que vinte mil réis por mês, propondo então
entrar de sócio numa pequena livraria, que seria instalada.
Concordei, entrando, ambos com a cota de
quinhentos mil réis. Papai me emprestou o dinheiro.
O negócio ia bem, mas nunca sobrava dinheiro.
Desfizemos então, a sociedade. Resultado, sobrou
para mim, quatrocentos e noventa mil réis.
Dez a menos que o valor da minha cota, os quais
devolvi ao meu pai. E o restante e o lucro?

SOLDADO 27

Em dezembro de 1940, à tarde, chegava a nossa casa

196
o Sargento Cristóvão Xavier, Comandante do Tiro de
Guerra, 375, de Encantado, para falar com papai, para ver
a possibilidade de fazer o Serviço Militar, pois faltavam três
soldados, para completar a turma.
Papai expôs os problemas com meu braço.
O sargento, que estava a par do meu problema disse
que faria uma exceção poupando-me das manobras
militares mais pesadas.
Alistei-me então, no Tiro de Guerra, 375, recebendo o
número 27, iniciando o serviço, em fevereiro de 1941.
As aulas práticas com armamento e teóricas eram
realizadas no próprio quartel, enquanto que, as aulas de
física e de manobras eram realizadas no Campo das
Cabriúvas.
Eu acompanhava a turma nos exercícios mais leves
enquanto que, nos dias manobras, ou de exercícios mais
pesados, ao desfilar pela Rua Júlio de Castilhos, em direção
ao campo das Cabriúvas, o sargento ordenava:
“Soldado 27, fora de forma!”.
Como eu era alto e compunha o trio da frente da
turma dava dois passos a esquerda ou à direita e saía de
forma, quando então, o sargento dizia:
“Podes ir para casa”.
Em Setembro, o grupo participou da primeira
corrida do Fogo Simbólico, numa maratona desde Salvador,
na Bahia, até Porto Alegre, passando por Encantado.
Fomos receber a tocha, em Muçum, ficando cada
soldado, a uma distância de 500 metros, para receber a
tocha e, correndo entrega-la ao outro soldado.
Ao chegar a Encantado, a tocha foi levada até a
Igreja, para substituir o fogo da lamparina permanente,
seguindo após, para a Praça da Bandeira, onde foi acesa a
Pira da Pátria, sob chuva torrencial.
A tocha continuou sua maratona, até a divisa de
Arroio do Meio, sendo levada pelos atletas do Esporte Clube
Encantado.
Às dezessete horas, já com uma grossa capa nos
ombros, foi incumbido juntamente com mais três soldados,

197
de fazer o primeiro turno da guarda da Pira da Pátria.
Às dezenove horas o Sargento Xavier mandou os
quatro soldados se recolherem, pois a chuva continuava.
Ao realizar o primeiro exame, passei bem na parte
teórica e na parte prática, com prova de tiro ao alvo, com
150 metros de distância. O mesmo ocorreu no segundo
exame, tanto nas aulas teóricas, como nas práticas, com tiro
ao alvo a distância de 400 metros.
Escolhemos a senhorita Eva Lahude, para madrinha
de formatura.
À noite, no Salão Sana, houve a formatura, já sem a
farda, seguida de um baile, com a escolha da rainha da
turma. Por votação foi eleita a senhorita Terezinha Christ.
Em junho de 1942, depois do juramento à Bandeira
recebemos o respectivo Certificado de Reservista de 2ª.
Categoria. O meu tem o registro número 311.532.

OTÓGRAFO

198
Em 1942, passei a trabalhar com o fotógrafo Hugo
Peretti, que era meu cunhado, no seu atelier fotográfico.
Iniciei, fazendo cópias de fotos tamanho 3 x 4, que
serviam para documentos e de 6 x 9 para amadores, até
chegar às fotos profissionais.
Aprendi a fotografar, fotos pequenas, depois, fotos de
batizados, primeira comunhão e até de casamentos.
Comecei a fazer os retoques no negativo, a fim de
eliminar pequenas imperfeições e mesmo as rugas nas faces.
Já tinha conhecimento da profissão, inclusive,
substituindo o Hugo, em certas oportunidades.
Certo sábado, o Hugo tinha que fotografar um
casamento, no mesmo horário em que deveria fotografar o
casamento do colega Michel, de Roca Sales.
Fui lá e fiz o trabalho a contento.
Noutra ocasião, fotografei o casamento de uma
pessoa muito importante. Felizmente, tudo deu certo.
A mais grata recordação, como fotógrafo, ocorreu
certo dia, quando, a Wanda, que trabalhava em frente, no
Restaurante do pai veio até o atelier, para conversar.
Para mostrar minhas habilidades, solicitei que
sentasse, enquanto eu ia carregar a máquina com uma
chapa em negativo, para tirar uma foto.
Ela não queria, pois estava em trajes de serviço.
Porém, dada a minha insistência concordou.
Tirei uma foto em preto e branco, ainda, não havia
a cores. Revelei o negativo e o retoquei, com muito cuidado.
Imprimi uma foto, em tamanho normal e após,
ampliei para 20 por 25 centímetros, colorindo-a com tinta
em pó diluída em água.

(Foto 59 – a foto da Wanda)

199
A FOTO DA WANDA

ARTISTA AMADOR

A platéia encantadense sempre soube apreciar as


boas apresentações teatrais.
Em fevereiro de 1943, participei na fundação da
“Escola Dramática São Pedro”, sob a Direção do Padre
Aroldo Murer, formada por “artistas” amadores com a
participação de Agenor Peretti, que atuou nas três primeiras
peças.
Após os ensaios dirigidos por Pe. Aroldo Murer,

200
ocorreu a estréia, com peça: OS DOIS SARGENTOS, em
28 de junho de 1943, véspera da Festa de São Pedro, nas
dependências do Salão Paroquial, com a participação de
diversos artistas amadores, sendo reprisada no sábado
seguinte.
Com o Agenor e outros colegas amadores participei,
ainda, em :

“A CABANA DO PAI THOMAZ” – Peça Americana; e


“ANASTÁCIO” = de Juracy Camargo;

Com a Escola Dramática participei ainda, nas peças:


“FEITIÇO”;
“CHUVAS DE VERÃO”;
“SOL DE PRIMAVERA”;
“O VAGABUNDO”.
Com apresentações, inclusive, em várias cidades do
Alto Taquari.
Além da participação em vários festivais. Pois, na
época, do Cine São Pedro, caso o filme não chegasse até
sexta-feira a noite, não haveria função, no sábado e no
domingo.
Era comum, então, que um grupo de amadores,
apresentasse um Festival de Variedades, no domingo, à
noite, com ensaios nos sábados e domingos à tarde.

(Foto 60 - Programa da 1ª. Peça)

201
PROGRAMA DA PRIMEIRA PEÇA

O PORTA RETRATOS

Num domingo à tarde, juntamente, com o amigo


Erasmo Bouviè andava pelos bosques, a procura de
araticum, quando deparei com um galho de guajuvira, em
sentido horizontal, com uma bifurcação, tendo na parte
superior dois rebentos, em sentido vertical.
Logo, vislumbrei a possibilidade de fazer um porta
retratos.

202
Segunda feira, logo após, ao meio dia, lá voltei
munido de um serrote. Cortei o galho, trazendo somente a
parte que interessava.
Comecei a prepará-lo, cortando as quatro pontas na
medida exata, inclusive, fazendo o sulco onde iria o retrato,
a canivete e outros aparelhos cortantes, do tamanho de 15
por 20 centímetros. por um centímetro de espessura.
Coloquei os dois vidros com a minha foto.
Ficou um belo porta retratos, muito original.
Dias depois o amigo Agenor Peretti, convidou-me
para participar de uma Exposição de Arte Coletiva do Alto
Taquari, em Lajeado, onde ele também iria expor seus
trabalhos.
Concordei, e juntos fomos a Lajeado, levar os
respectivos trabalhos.
Ao final da exposição, qual não foi minha surpresa,
ao ver o meu trabalho ser contemplado com uma “Menção
Honrosa”.

Hoje, o belo porta retratos, com minha foto de um


lado e do outro, a foto do casamento com a Wanda, se
encontra, como um belo atrativo, no Memorial Gino Ferri.

(Foto 61 - O porta retratos)

203
O PORTA RETRATOS

FUNCIONÁRIO PÚBLICO FEDERAL

Numa calma tarde de setembro de 1943, chegava a


nossa casa, Francisco de Penedo, Secretário da Prefeitura
Municipal de Encantado, e, compadre do papai.
Vinha dizer que havia uma vaga nos Correios e
Telégrafos e que indicara o meu nome para assumir o cargo.
Dias depois, o telegrafista, Francisco Manuel
Rodrigues, por ofício, solicitava minha presença, a fim de
assumir o cargo. Aceitei com alegria, assim, á noite, poderia
continuar no serviço de revelar e imprimir fotografias, no
atelier de Hugo Peretti.
Comecei a trabalhar em 30 de outubro de 1943,
com o vencimento de duzentos e cinquenta cruzeiros. No
mês seguinte, o Presidente Getúlio Vargas alterava os
vencimentos dos funcionários públicos federais. Passei a
ganhar trezentos e cinquenta cruzeiros. Para a época, era

204
um ótimo salário, para um jovem, solteiro e que morava na
casa de seus pais.
Foram meses de muita satisfação e de aprendizado
de todo serviço, já podendo atender a repartição sozinho,
inclusive, receber telegramas pelo sistema Morse, em fita
magnética, porém, ainda, não sabia transmitir.
O aparelho de transmissão e recepção de
telegramas funcionava com energia elétrica.
Como, o serviço de energia era muito deficiente, pois
funcionava poucas horas por dia, o telegrafista resolveu
instalar uma bateria formada por cinquenta vasos,
interligados entre si, com os ingredientes próprios, para
conseguir energia suficiente para o funcionamento do
aparelho Morse.
Foram colocados os vasos de vidro redondos, numa
prateleira em três filas e introduzido neles os cabos de
cobre, próprios, interligando-os entre si.
Findo o trabalho de montagem, os vasos foram
preenchidos com água da chuva, nela acrescentando um
ingrediente próprio para gerar a energia necessária.
Foi uma grande alegria, quando passadas algumas
horas, depois de ligados os cabos de cobre ao aparelho
Morse, ele começou a funcionar normalmente.
Mas, como sempre, o que é bom acaba logo. O
telegrafista era muito rigoroso e exigente.

Eu não podia chegar um minuto atrasado que logo


vinha a advertência.
Mesmo, que o horário era de oito horas. Quatro
de manhã e quatro de tarde, durante os trinta ou trinta e
um dias do mês. Somente aos domingos e feriados o horário
era das oito às onze horas e trinta minutos.
Outro problema surgiu quando o telegrafista
insistia que eu aprendesse a receber os telegramas apenas
pelo zumbido do aparelho, sem olhar para a fita magnética,
o que era necessário ter um ouvido muito apurado, pois o
sistema Morse funciona somente, com dois símbolos
gramaticais, o traço e o ponto, para escrever as palavras.

205
Certo dia, chega à Repartição o comerciante
atacadista Irno Tombini, estabelecido na Barra do Guaporé,
fazendo-me uma oferta de emprego, no escritório da firma,
com o salário de quatrocentos e cinquenta cruzeiros.
Aceitei o convite e pedi exoneração do cargo.
O amigo Hugo Madureira, Exator Federal de
Encantado, e, que fora meu professor de contabilidade, ao
saber da minha resolução, certo dia, chegando à Repartição
me disse:
“Então, tu vais deixar de trabalhar para o Governo
Federal, para trabalhar para um “bodegueiro”?
Este foi o termo que ouvi. Porém, de nada valeu
sua ponderação, inclusive, de outros amigos, eu não tolerava
mais o chefe.
Reconheço que foi uma mancada, porém......

COMERCIÁRIO

Após nove meses do ano de 1944, como funcionário


Público Federal, larguei tudo e fui trabalhar como
comerciário, na firma Irno Tombini & Cia. estabelecida na
Barra do Guaporé, com ramo de atacado.

Trabalhava no escritório, junto com o diretor, Irno


Tombini e os colegas, Hilário Piccinini, contabilista e
Agilberto Vêscovi, vendedor. Eu ficava no meio, atendendo,
como auxiliar na contabilidade e outros serviços.
Trabalhava, ainda, na firma, Tildo Tombini, hoje,
pai do Diretor do Banco Central do Brasil.
Certo dia, o diretor da firma pediu para conferir
os cálculos das notas fiscais emitidas.
Para minha surpresa e do próprio diretor, no
terceiro dia de conferência, encontrei uma diferença de dez
mil cruzeiros, na soma de uma nota fiscal.
O diretor cumprimentou-me e mandou extrair nova

206
nota fiscal, com o valor real, em substituição da anterior.
O comprador não queria aceitar, porém, diante
constatação do erro resolveu pagar a diferença.
Como não havia ônibus para vir para casa, eu fazia
o trajeto a pé, aproximadamente, nove quilômetros, aos
sábados à tarde e voltava aos domingos, novamente, a pé.
Ficava hospedado na residência do colega Hilário,
pagando uma pequena pensão.
Durante este período, em que trabalhei na Barra do
Guaporé, matriculei-me no Instituto Rádio Técnico
Monitor, de São Paulo, para estudar, por correspondência,
no Curso de Rádio Técnico. Eu queria algo mais.

CONTABILISTA

Numa das vindas a Encantado, o amigo e primo


Leonório Secchi, sócio e gerente do Moinho Brasil, me
consultou se eu não queria atender o escritório do Moinho.
Seria um trabalho para somente dez meses,
durante os quais, o funcionário efetivo deveria prestar
serviço de aperfeiçoamento militar, para o qual fora
convocado, mesmo já sendo reservista de segunda categoria.
Como eu conhecia toda a contabilidade mercantil,
pois fizera um curso completo, com o Professor Hugo
Madureira, Exator Federal, prontamente, aceitei o convite.
Falei com meu chefe, na Barra do Guaporé e ele
atendeu ao meu pedido, pois compreendera que seria
melhor para mim.

<Mais tarde, voltei a trabalhar com ele, então, no


escritório da firma, em Porto Alegre>.

Sábado seguinte, eu voltava para casa.


Segunda-feira, apresentei-me no escritório do
Moinho Brasil. O acerto dom o Diretor foi rápido. Assumi a
direção do escritório, onde trabalhei durante dez meses,

207
quando então, o funcionário voltou do Exército e reassumiu
seu cargo.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO MUNICIPAL

Em 1º de setembro de 1945, conforme Decreto


Executivo, sem número, assumi o cargo de lº. Escriturário
Padrão “D”, da Prefeitura Municipal de Encantado.
Em 30 de novembro do mesmo ano, pela Portaria
número 14 fui designado para responder interinamente,
pelo expediente da Secretaria do Município.
Uma semana depois, fui designado para responder
pelo expediente da Tesouraria, durante o impedimento do
titular, que entrara em férias.
Pela Portaria nº. 23, de 7 de dezembro de 1945, fui
designado para responder pelo expediente da Secretaria
Municipal, em razão do titular assumir, interinamente, as
funções de Prefeito Municipal.
Em 14 de janeiro de 1946, pela Portaria nº. 30, fui
designado para responder novamente, pelo expediente da
Tesouraria, durante o impedimento eventual do titular.
Em julho e agosto, do mesmo ano, novamente, eu
respondia pelo expediente da Tesouraria.
Um ano após ter assumido como Escriturário e ter
exercido várias outras funções, em setembro de 1946, entrei
com um pedido de licença, para tratamento de saúde, por
sessenta dias, a fim de submeter-me a uma nova cirurgia no
braço, no hospital Roque Gonzáles, de Roca Sales.
Lá fui operado e fiquei internado por sessenta dias.
Saí do Hospital sem estar completamente curado.
Durante esse período, o Prefeito Municipal Interino,
de Encantado realizou, às pressas, um concurso público,
para o preenchimento dos cargos de 1º e 2º. Escriturários,
nomeando os dois primeiros classificados, exonerando-me
do cargo, sumariamente, mesmo estando eu em licença para

208
tratamento de saúde, perdi o emprego.
Pela pressa, na realização do concurso, eu devia
estar fazendo muita falta!
Mais tarde, voltando a trabalhar na Prefeitura,
vasculhando documentos oficiais, encontrei um, que me
interessava. Era a minha inscrição, ex-ofício, para
concorrer ao concurso supra.
Porém nem sequer me comunicaram, ainda que, eu
estivesse hospitalizado.
Ocorre que, esta inscrição, não chegara as minhas
mãos, a não ser quando dela tomei conhecimento por acaso.
Tirei uma cópia, para meus arquivos.

RÁDIO TÉCNICO

Como, eu estava matriculado no Instituto Rádio


Técnico Monitor de São Paulo, desde 1944, a partir daquela
data, já começara a receber os cadernos com as aulas
ilustradas, sobre técnica em rádios, os quais eu devia ler,
estudar e após, responder a uma série de perguntas
referentes aos estudos, e, que deveriam ser remetidas para o
Instituto, mensalmente.
Completei o curso, em 1946, e, ao final, eu devia
montar um aparelho de rádio, ou de som.
Fui então, a Porto Alegre comprei os componentes
para a montagem de um toca-discos, inclusive, o prato
rotativo e o alto-falante.
Iniciei a montagem com muito cuidado, até que
chegou a hora de ligar o aparelho.
Coloquei um disco de vinil, de setenta e oito rotações.
Lembro que era a Ave Maria de Schubert.
Ao ser conectado o aparelho à corrente elétrica,
liguei a chave, e, muito apreensivo aguardei o resultado.
Para minha alegria, com grande satisfação, vi
quando, o prato com o disco começou a rodar e o som
melodioso, se espalhar pela ambiente. Foram momentos de

209
imensa emoção.
Fiz jus ao Diploma de Técnico, que recebi do
Instituto Monitor, com a respectiva carterinha, que usei por
certo tempo, e, que até hoje, guardo com carinho, junto aos
demais documentos, no Memorial Gino Ferri.
Juntamente com o amigo, Roberto Fülber, também
Rádio-Técnico adquirimos uma oficina de consertos de
rádios, que estava desativada, de propriedade de Nélio
Birgmann e montamos o “Laboratório Rádio Técnico, de
Fülber & Ferri”, com consertos e vendas de rádios e
acessórios, cata ventos, baterias e peças, estabelecido na Rua
Júlio de Castilhos, nº. 1.202, no centro da cidade.
À época, havia deficiência de energia elétrica, na
sede o no interior do município e assim, também, ocorria
nos municípios vizinhos. Passamos então, a vender cata-
ventos que forneciam energia, para luz, para bateria,
inclusive, para o funcionamento de rádios, que eram
transformados, de luz para bateria, pelo colega Roberto
Fülber.

LOCUTOR

Em setembro de 1947, com um grupo de amigos,


formamos uma sociedade de fato, para a instalação de um
Serviço de Alto-falantes.
Faziam parte da sociedade Enio Mello, Gino Ferri,
Haley Peretti e Rondon Rodrigues, com sede no mesmo
prédio, ao lado do Laboratório Rádio Técnico, na Rua Júlio
de Castilhos, 1.200.
O Serviço de Alto Falantes de Encantado, (SAFE),
o primeiro a ser instalado na cidade, transmitia em ambos
os sentidos da Rua Júlio de Castilhos, em dois horários,

210
após o meio dia e a tarde. Excepcionalmente, em outros
horários, conforme as necessidades que iam surgindo.
Adquirimos em Porto Alegre, os equipamentos
necessários, um amplificador com potência de cento e dez
Wats, três alto-falantes, dois microfones, fios de
transmissão, duas baterias e outras peças necessárias.
Foram instalados dois grandes alto-falantes, tipo
corneta, em postes da rede Telefônica Municipal. Um na
esquina da Rua Dr. Júlio de Castilhos, com a Rua Pe.
Anchieta e outro, no meio da quadra na mesma rua, em
sentido contrário, e, um terceiro menor, na frente prédio,
que servia, inclusive, para o controle de áudio.
O serviço de som foi ao ar no primeiro domingo de
setembro de 1947, às nove horas, com abertura oficial.
O horário era muito variado, conforme fosse
necessário, sendo fixo das doze e trinta às treze e trinta, e,
das dezoito as dezenove horas.
Os programas constavam de música, notícias,
propaganda, informações e entrevistas.
Diariamente, às dezoito horas era transmitido o
programa “Ave-Maria”, normalmente, dedicado às mães
aniversariantes do dia.
O primeiro programa foi feito e apresentado por
Haley Peretti, em homenagem a sua mãe, aniversariante.
Revezavam-se na locução: Enio Melo, Gino Ferri,
Haley Peretti e Rondon Rodrigues, esporadicamente, atuava
Pedro Menezes (Pedrinho), sempre, sob a orientação
técnica, de Roberto Fülber.
Roberto fez a devida alteração do aparelho para
funcionar, inclusive, com bateria, nas horas em que não
havia eletricidade.
Popularmente, o serviço era considerado como
“Rádio de Poste”. Um verdadeiro pioneirismo na Região.
Logo após, a inauguração, num domingo pela manhã,
compareceram no estúdio, duas pessoas, interessadas em
contratar horários, para programas políticos.
Como a política era muito violenta, habilmente, o
Halley sugeriu que viessem no dia seguinte, para então,

211
fazer o contrato e organizar a programação política.
Em 1947, o mano Hugo, convidou-me para ir a Porto
Alegre, a fim de adquirir o Bar, Hotel e Restaurante
Continental, localizado na Rua Voluntários da Pátria.
Com a ida para Porto Alegre, em 1948, vendi
minhas duas cotas, da Fülber & Ferri e do SAFE, para
Augusto Rissi, desligando-me de ambas as firmas.

CINEMATÓGRAFO

Concomitantemente, aos serviços supra, em 28 de


junho de 1945, véspera da tradicional festa de São Pedro,
era inaugurado o Cine Teatro São Pedro, no segundo
pavimento do Salão Paroquial, por iniciativa da “Empresa
Cinematográfica São Pedro, Ltda”, formada pelos sócios
Augusto Rissi, Lodovico Rissi, Nelson Krieger e Genuíno
Ferri.
A estréia ocorreu à noite, com o filme “Sargento
Imortal”, seguido-se, no decorrer do tempo, com a exibição
de grandes filmes da época, inclusive, com os primeiros, que
foram surgindo, à cores.

Eu trabalhava na confecção dos cartazes, como


locutor, na propaganda, e, à noite, na venda dos ingressos.
Enquanto que, o Augusto recebia os ingressos, o Nelson e o
Lodovico exibiam os filmes.
Para propaganda do filme “A Canção de Bernadete”,
pintei um letreiro, em frente à Igreja, em duas linhas.
Somente nome “Bernadete” utilizou toda a paliçada
em frente a igreja, com um metro de altura e mais de vinte
de comprimento.

(Foto 62 – O Ébrio)

212
O CARTAZ “O ÉBRIO”

Outro cartaz, muito chamativo, pintado por mim,


com a colaboração do amigo Haley Peretti, para a exibição
do filme “O Ébrio”, com Vicente Celestino.

Em 1948, com a minha ida para Porto Alegre, vendi


minha cota para Cyro Christ, retirando-me da Empresa.

COMERCIANTE

Eu e o mano Hugo, entramos como sócios cotistas


numa nova firma, em Porto Alegre, a fim de adquirir o
acervo do Bar, Restaurante, Churrascaria e Hotel
“Continental”, na Rua Voluntários da Pátria, alugando o
prédio de três pavimentos.
As cotas de capital da firma eram de quinhentos

213
mil Cruzeiros dada uma, distribuídas entre os sócios,
Abrelino Tombini, Alcides Tombini, Nelson Krieger e a
quarta para mim e o mano Hugo em conjunto, perfazendo
o total de dois milhões de cruzeiros.
A casa abria bem cedo, para o café da manhã, o
aperitivo a partir das onze horas, almoço no Restaurante e
na Churrascaria, seguindo-se o café da tarde e o jantar à
noite, simultaneamente, com o recebimento de hóspedes
para os doze quartos do Hotel, no segundo e terceiro pisos.
Ao terminar o segundo mês de trabalho, recebemos
a triste notícia, do proprietário do prédio, que residia no Rio
de Janeiro, que não concordou em transferir o contrato de
aluguel, da firma anterior para a nova firma.
Em vista disto, fomos forçados a desfazer o negócio,
mediante um acerto com os dois sócios da firma anterior, os
quais, novamente, assumiram a direção do estabelecimento.
O negócio era ótimo, previa-se que, em poucos meses,
seria revertido todo o investimento do capital inicial.

BAR GAROTO

Desfeita a sociedade, com a divisão dos lucros, eu e


o mano Hugo, adquirimos o Bar Garoto, na Avenida
Farrapos 1.322, na esquina com a Rua Hoffmann.
Após os trâmites legais, inclusive, com a
transferência do contrato de aluguel do prédio damos início
as operações do bar.
Simultaneamente, alugamos o prédio dos fundos,
com entrada independente, para moradia e a instalação da
cozinha que serviria para o restaurante.
Havia ainda, uma outra sala ao lado do bar, apenas

214
separada por uma parede.
Entramos em contato com o proprietário do prédio,
alugamos a sala, e, com a retirada da parede divisória,
instalamos o Restaurante, junto ao Bar.
A casa funcionava desde as quatro horas, para
servir o café, a um grupo de verdureiros que voltavam do
centro onde abasteciam suas carrocinhas com verduras,
para revendê-las nos arrabaldes.
Seguia-se com o café da manhã, o aperitivo, o
almoço, o café da tarde e o jantar. Só fechando a uma hora
da madrugada.
Além da freguesia volante, havia uma grande
freguesia habitual, que diariamente, frequentava o Bar,
entre eles um grupo de amigos que se reunia quase todas as
noites, inclusive, dois clientes, (torneiros), que chegavam ao
sábado ao meio dia e somente saiam no domingo à tarde.
Junto com eles revezavam-se diversos seus amigos.
Mais tarde, instalamos, na sala do prédio dos
fundos, uma Barbearia, com três cadeiras, atendida por
ótimos profissionais.

O NOSSO CASAMENTO

Após a compra do Bar Garoto, de tanto em tanto, eu


vinha a Encantado, para visitar os pais, e, naturalmente,
para ver a Wanda.
Em 29 de junho de 1948, dia da tradicional festa de
São Pedro, à tarde, após o pedido oficial, aos pais da
Wanda, colocamos as alianças.
A seguir passamos para o salão do restaurante, para
comemorar, com um chá especialmente, preparado pela
Dona Linda acompanhado de doces e salgados.
Voltei para Porto Alegre, no dia seguinte.

215
A parir de então, minhas visitas a Encantado
tornaram-se mais freqüentes.
Numa destas visitas marcamos a data do casamento
para o dia 25 de dezembro, dia de Natal, aniversário da
Wanda, que seria num sábado.
Ocorre que, não era permitido realizar casamentos
em dias de festas religiosas.
Porém, o pároco Padre Aroldo Murer, amigo de
ambas as famílias, solicitou autorização ao Bispo de Porto
Alegre, que prontamente atendeu o pedido.
Em Porto Alegre tratei dos preparativos finais,
adquirindo os móveis e preparando o quarto, no prédio dos
fundos do Bar, que já servia de nossa residência.
Convidamos o Frei Jacinto, então residindo em Santa
Maria, para realizar a cerimônia, em Encantado.
Mandamos confeccionar os convites para o
casamento, a se realizar em 25 de dezembro.
Acertamos os detalhes finais, a cerimônia civil, no
cartório, pela manhã, na Igreja à tarde e o banquete, a
noite, que seria na própria Churrascaria do pai da Wanda.
O quarto de núpcias, que seria em casa de meus pais
e a distribuição dos convites.
Tudo estava organizado.
Porém, uma semana antes das cerimônias recebo um
telefonema do Frei Jacinto, dizendo que não seria possível
estar presente no dia de Natal, pois havia assumido um
compromisso, de representar São José, na encenação do
Presépío Vivo. Solicitava que transferisse o casamento para
o sábado seguinte, dia primeiro do ano de 1949.
Como, para nós a presença de Frei Jacinto era muito
importante, concordamos.
A Wanda se encarregou de avisar os convidados, que
eram familiares e alguns amigos.
Cheguei a Encantado na antevéspera do dia primeiro
de janeiro. Naquela noite, e, no dia seguinte, acertamos os
últimos detalhes para a cerimônia civil e religiosa, inclusive,
para o banquete. E, felizes aguardamos a hora do SIM.
Dia primeiro de janeiro, pela manhã, assistimos a

216
Santa Missa, com a bênção da imagem de N. S. Medianeira,
ofertada por mim, em agradecimento.
À tarde, realizamos o casamento religioso, na sala do
cartório de Registro Civil, com a presença de nossos pais,
alguns familiares e os padrinhos da Wanda, Miguel e
Madalena Pretto, (tios), e os meus, Balduíno e Olga Ferri
Pretto, (cunhado e irmã).
A cerimônia foi oficiada pela escrivã Georgina
Tavares e pelo Juiz de Paz, Ferrúcio Mottin.
Finalizado o ato, meu pai, bastante emocionado, ao
abraçar-nos, disse em italiano:

“OLHAI DE VOS QUERER BEM”!

Esta carinhosa mensagem, simples e objetiva, mas de


profundo significado, a guardamos, com muito amor e
carinho para sempre, e, que procuramos transmitir aos
nossos filhos e netos.
À tardinha, antes da hora marcada para o casamento
religioso, eu já estava pronto, na casa de meus pais, vestindo
terno de casimira azul marinho, camisa branca, gravata
azul e branca e sapatos pretos.
Acertei o nó da gravata, de primeira.
Segui a pé, junto com familiares, até a Igreja Matriz,
há poucos metros de distância, para aguardar a Wanda.
Era uma tarde de intenso calor. E, naturalmente, eu
vestia uma roupa de casimira. Era o fino da época.
Minutos após, antecipada por um pequeno cortejo de
automóveis, chegava a Wanda, com seus pais, padrinhos,
familiares e convidados.
Fui recebê-la em frente da Igreja.
Aguardamos a entrada dos convidados e após
fizemos a entrada solene na Igreja Matriz São Pedro,
acompanhados pelos padrinhos, Gentil Reinaldo Ferri e
Holanda Ferri, (irmão e cunhada) e Jebir e Loíde Bosi
Lahude, (nossos compadres), até o altar, onde o Frei Jacinto
nos aguardava.
Seguiu-se a cerimônia religiosa oficiada por ele, com

217
um belíssimo e emocionante sermão, finalizando com sua
bênção e os votos de felicidades.
Ao sairmos da Igreja fomos cumprimentados pelos
presentes, seguindo após, para o atelier de Hugo Peretti
para a foto oficial, enquanto os familiares e convidados se
dirigiam para o local da festa, no Restaurante Scarello, em
frente, ao atelier.
À época, não eram permitidas fotos, na Igreja.
Finda a sessão de fotos cruzamos a rua e fomos até
a churrascaria, que se localizava em frente.
Ao entrar no salão, fomos entusiasticamente,
saudados, pelos familiares e convidados.
Foram então, servidos os aperitivos, seguindo-se o
jantar, que se prolongou até às vinte e três horas, num
ambiente de muita alegria, quando então, os convidados
começaram a se retirar.
Após, o padrinho Jebir, nos levou até a casa de meus
pais, que já nos aguardavam, juntamente com o Frei
Jacinto.
A mamãe, antecipadamente, havia preparado, com
muito carinho, o quarto nupcial.

(Foto 63 - Os Noivos)

218
OS NOIVOS

Domingo, ás dez horas, bateram na porta do quarto,


e, uma voz, muito familiar dizia: “Olhem que a última missa
é às dez e meia”.
Levantamos, tomamos um rápido café e fomos a
Igreja, juntamente com Frei Jacinto.
Porém, em vez de entrar no recinto da Igreja,
permanecemos na sacristia.
Ao meio dia, almoçamos na casa de meus pais,
ocasião em que, a mamãe preparou um esmerado almoço,
com os pratos que eram sua especialidade:
Massa, galinha assada, naturalmente com aquele
“Receio da Mamãe” e saladas.
Segunda feira, dia três de janeiro, pela manhã, eu e a
Wanda acompanhamos uma romaria religiosa, a pé, desde a

219
Igreja Matriz São Pedro, até a capela de São José, no atual
Bairro Jardim do Trabalhador.
Um grande número de pessoas acompanhou a
romaria, com cantos e orações, implorando a bênção das
chuvas, pois, uma grande estiagem se fazia sentir.
O céu estava sem nuvens e a temperatura, mesmo de
manhã era alta.
Chegando à Capela assistimos a Santa Missa,
voltando após, novamente, a pé, em companhia de amigos.
Às primeiras horas da tarde, o sol desapareceu.
Negras nuvens escureceram o céu. Ao redor das dezesseis
horas, começou a chover torrencialmente, continuando por
toda a noite, acabando com o flagelo da seca.
Passamos a semana em lua de mel, na casa de meus
pais, aproveitando, inclusive, para visitar parentes e amigos,
e, mesmo, para as despedidas da Wanda.
Segunda feira seguinte partimos para Porto Alegre,
onde o mano Hugo e esposa Raela nos receberam com
grande alegria.

<Os Registros de nossas bodas de Prata, Bodas de


Ouro e de Bodas Diamantes, constam, com detalhes,
no livro WANDA”.

A Wanda logo, adaptou-se ao serviço do Bar e do


Restaurante, pois conhecia o ramo, perfeitamente.
O Bar funcionava na Avenida Farrapos, 1.322,
enquanto que, a casa dos fundos com entrada pela Rua
Hoffmann, e, interligada servia como cozinha do
Restaurante e moradia para o Hugo, na parte superior, e, eu
e a Wanda ocupávamos a parte térrea.
Havia ainda, uma sala de frente, na Rua Hoffman,
onde instalamos uma Barbearia, com três cadeiras,
atendidas por ótimos profissionais, que trabalhavam em
comissão.
Em de novembro de 1950, o amigo Murilo Amorim,
que era cantor e taxista na Praça “Florida”, nas
proximidades do bar, sabedor de meu aniversário, que

220
ocorreria no dia 18, me dizia:
“Gino vou falar com o Lupicínio Rodrigues para te
fazer uma serenata, com o seu conjunto”.
Julguei tratar-se de uma brincadeira, pois o
Lupicínio estava no auge de sua carreira. Porém, poucos
dias depois, Murilo me confirmava que o Lupi havia
concordado.

A SERENATA

Sabedor disso começamos a preparar a noitada.


A Wanda, sempre prestativa, juntamente com a
Raela e a cozinheira do Restaurante, preparou os
salgadinhos e outros petiscos, para os seresteiros.
O bar, que normalmente fechava a uma hora, na
véspera fechou um pouco mais cedo. Ficando somente eu e a
Wanda, aguardando.
Era passada a meia noite, quando ouvimos passos, e
a seguir o dedilhar de um violão, seguido dos acordes dos
demais instrumentos do conjunto e, suavemente, as vozes
cantando “Parabéns a você”.

Foram momentos de muita emoção. Acendi as luzes


e aguardei o final da canção. Abri a porta, convidando os
componentes do grupo, a entrar, e, novamente, fechei a
porta do bar.
Após os cumprimentos convidei o grupo a sentar na
sala do Restaurante, quando então, a cantoria recomeçou
com músicas de autoria do próprio Lupicínio.
Servi as bebidas que iam sendo solicitadas, conforme
os gostos, enquanto a Wanda servia os salgadinhos.
À época, estava fazendo muito sucesso a música “A
Normalista”, recém lançada, que foi cantada pelo amigo
Amorim, acompanhado pelo conjunto.
A serenata continuou até ás quatro horas e meia,
numa festa particular, sem nenhuma remuneração e que
jamais será esquecida.

221
Tempos depois, instalamos uma Churrascaria, na
mesma Avenida Farrapos, nas proximidades da Rua São
Pedro, que funcionou poucos meses, quando foi vendida.
Em 1951, matriculei-me no Curso Técnico de
Contabilidade no Colégio Rosário, na Rua Independência,
que funcionava à noite.
Durante o período das aulas, a Wanda me
substituía no caixa do bar, até o meu regresso.
Em 1951, já cansados com o trabalho diuturno do
Bar e Restaurante “Garoto” alugamos as instalações para
dois funcionários da firma.
Enquanto o Hugo continuou morando no prédio dos
fundos, eu e a Wanda, nos mudamos para a mesma Avenida
Farrapos, para um apartamento, próximo da Avenida
Brasil.
Em dezembro de 1951, eu trabalhei como
balconista na Loja Mesbla S.A. na Rua Voluntários da
Pátria, na secção de fotografias, máquinas e papéis, pois, já
tinha conhecimento do ramo. O trabalho era somente
durante o período das festas de fim de ano.

Em fevereiro, voltei a trabalhar no escritório da


firma Irno Tombini & Cia. desta vez, porém, no escritório
em Porto Alegre.

Neste intervalo de tempo, candidatei-me a um


Concurso para o Banco do Brasil, não conseguindo a média
necessária, em virtude da campainha da máquina de
escrever, não despertar, fazendo com que eu não terminasse
o texto, dentro do tempo estabelecido.
Concorri então, a novo Concurso, para Fiscal do
Imposto Sobre Vendas e Consignações. Novamente, não
consegui nota suficiente, por ter errado um dos quatro
problemas da prova de matemática, em virtude de ter mal
interpretado o conteúdo do mesmo.
“A prova interpretava a palavra “MONTANTE”
como o capital, e, eu havia aprendido, no curso de

222
contabilidade, que, “Montante” era a soma do Capital mais
os Juros. Impetrei recurso, não fui atendido”.
Tomei uma resolução. Vou estudar para o próximo
concurso.
<Em 1956, novamente, candidatei-me ao um novo
concurso, desta vês, com absoluto sucesso>.

Em abril de 1952, desfizemos a sociedade do Bar


Garoto, já que os dois funcionários não deram conta do
recado.
Eu e a Wanda regressávamos para Encantado, a fim
de trabalhar na Churrascaria “Scarello” de propriedade de
seu pai, enquanto que, o mano Hugo continuava em Porto
Alegre, com a família.

CHURRASQUEIRO

Em Encantado formei uma sociedade com o pai da


Wanda, sob a razão social de Pedro Scarello & Cia. para a
exploração do ramo de Churrascaria e Restaurante, na Rua
Júlio de Castilhos, Nº. 1.224.
Entrei com minha parte do capital igual ao capital
do meu sogro.
Realizamos várias modificações, incrementando o
movimento, especialmente da Churrascaria, onde, além do
serviço normal, eram realizados grandes banquetes de
aniversariantes.
A Wanda atendia o serviço do Restaurante e em
outros locais, conforme o necessário.

223
Enquanto eu atendia na Churrascaria juntamente
com o pai da Wanda, que era exímio assador de carnes e
ainda, ajudava a servir as mesas.
A Mãe da Wanda, Dona Linda tomava conta da
cozinha, com a colaboração de diversas auxiliares.
Com o decorrer do tempo instalamos um bar na
parte da frente do Restaurante, e, mais tarde, um pequeno
armazém, ao lado do bar.
Em 1956, meu sogro, Pedro Scarello, convidou-me
para construir um prédio, em terreno de sua propriedade,
ao lado do Restaurante.
Ponderei que tínhamos somente, cento e oitenta
mil cruzeiros em caixa. Alegou que tínhamos crédito e
poderíamos ao menos começar a construção.
Adquiri então, mais um pedaço de terreno, do
vizinho, para alargar a estrutura do prédio e iniciamos a
construção, sob a direção do mano Hilário Ivo, (Jorge), com
a supervisão do Engenheiro Jacinto Grando.
Em seis meses, a obra estava pronta, com três
pavimentos, ao invés de dois, como havíamos planejado.
Duas grandes salas térreas e oito apartamentos. E,
naturalmente, uma grande dívida a pagar.
Pronta a construção, passamos a residir em dois
apartamentos conjugados, alugando os restantes, enquanto
na sala térrea da frente instalamos um Supermercado,
servindo a sala dos fundos como cozinha e depósito de
mercadorias.
Pouco mais tarde, vendemos a Churrascaria e o
Bar, trabalhando somente, com o Supermercado, aliviando
assim, em grande parte, a dívida do prédio.

SUPERMERCADO

O Supermercado foi inaugurado em 31 de dezembro


de 1957, sendo dirigido por mim, com a colaboração da

224
Wanda e mais dois funcionários.
Enquanto que, na retaguarda, Dona Linda, mãe da
Wanda, se encarregava de matar as galinhas, limpá-las,
para serem vendidas no balcão do Supermercado, uma
raridade para aquela época.
O sogro e sócio, Pedro Scarello, dada a sua idade,
aposentou-se.
O Supermercado “Scarello”, por ser o primeiro, a
ser instalado na cidade, tinha um ótimo rendimento, eis que
até então, na cidade, só havia pequenos armazéns.
Adquirimos uma bicicleta reforçada, com um cesto
na parte dianteira, para fazer as entregas à domicílio.
Seis meses após a inauguração participamos de um
concurso de vendas de determinados produtos de uma
firma, concorrendo a um prêmio de duas passagens a Itália.
Montamos um “display” para a mostra das
mercadorias, com uma mini roda gigante, fabricada pelo
amigo Erasmo Bouviê, sócio da firma “Ferro Arte Bouviê
Ltda. movimentada por um pequeno motor, com duas
reduções, que dava pouco mais de três voltas por minuto,
com oito bandejas carregadas com produtos, e, com bela
ornamentação.
Fizemos uma ótima venda, mas, não fomos
contemplados, porém, a apresentação dos produtos, chamou
muito a atenção dos fregueses.
A roda permaneceu no interior do Supermercado,
como um atrativo, sempre repleta de mercadorias para a
venda, em especial, novidades, no Natal, Páscoa, ou outras
datas importantes.

225
(Foto 64 - Display de apresentação)

O “DISPLAY”

A partir de 1956, submeti-me novamente, ao


Concurso para o cargo de Fiscal do Imposto Sobre Vendas e
Consignações. (Atual ICMS).
As provas foram realizadas de 1956 a 1958, sendo
aprovado no lugar de número oitenta e três, dentre os
quatro mil e oito candidatos inscritos.
Como, a nomeação para o cargo estava demorando,
continuei trabalhando no Supermercado, até o final do ano
de 1961.
Entrementes, concorri a um novo Concurso, para
Escrivão da Exatoria Federal.
Novamente, fui aprovado em 60º. lugar, entre
milhares de candidatos.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL

226
Em 29 de dezembro de 1961, o Governador do
Estado, Leonel de Moura Brizola assinava o decreto de
nomeação para o cargo de Fiscal do Imposto Sobre Vendas e
Consignações, dos últimos trinta e três candidatos
aprovados, publicado no Diário Oficial de 30 de dezembro
do mesmo ano.
Em janeiro de 1962, fui designado para atuar em
Guaporé, para um estágio de trinta dias, assumindo, logo
após, em definitivo, no município de Iraí, devendo atender,
inclusive, Nonoai, de acordo com a Portaria nº. 78,
assinada pelo Secretário da Fazenda, Gabriel Obino.
O sogro Pedro Scarello e a família continuaram
residindo no prédio, enquanto eu, já mudara para Irai.
A Wanda, com os filhos Cláudio e Eunice
permaneceram em Encantado, por mais um mês, enquanto
era tratada a venda do Supermercado. O que ocorreu numa
de minhas vindas a Encantado, quando então, nos
mudamos, em definitivo para Irai.
Poucos meses depois, vendemos também, o prédio.

Não foi nada fácil, o início do novo trabalho, mesmo


porque, em Iraí havia um Posto de Controle, na Divisa com
Santa Catarina, assim também em Nonoai, e, o contrabando
de produtos era uma realidade, especialmente, do arroz,
cuja saída do Estado fora proibida, e, posteriormente,
também, o feijão.

Poucos meses após, recebi correspondência de


Receita Federal, convocando-me para assumir o cargo de
Escrivão Federal, ao qual renunciei.

Decorridos três anos, trabalhando em Iraí e Nonoai,


fui transferido para a cidade de Estrela, onde atuei por mais
três anos, quando então, fui promovido, com transferência
para Lajeado.

Em Estrela, atuei ainda, como Professor de

227
Contabilidade, no segundo grau, da Escola Técnica de
Comércio, durante dois anos e fui Presidente do Círculo de
Pais e Mestres, do Colégio Cristo Rei.

PROFESSOR NA FATES

Durante a estada em Lajeado, a partir de 1971,


comecei a lecionar a cadeira de Direto Tributário na
Associação Pró Ensino Universitário do Alto Taquari -
APEUAT.
Com a transformação da APEUAT em FATES,
continuei, a exercer as funções de Professor, na Fundação
Alto Taquari de Ensino Superior, FATES, hoje, UNIVATES,
lecionando a matéria de Direito Tributário, e,
posteriormente, Legislação Fiscal e, por um ano, Direito
Comercial.
Pouco tempo depois, o Presidente da Entidade, Dr.
Odilo Becker me indicava para exercer as funções de
Secretário da FATES, e, mais tarde, as funções de
Coordenador dos Cursos mantidos pela Fundação.
Fui eleito para compor o Conselho Superior da
FATES, por um período de quatro anos.
Em 1978, tendo completado o tempo de trinta e
cinco anos de serviço, entre o público e privado, requeri a
aposentadoria, que foi homologada em abril de 1978,
continuando a exercer a função de Professor na FATES.
Em 1978, o Presidente da FATES, Dr. Odilo Becker,
me indicou para concorrer, na eleição interna, a fim de
eleger o Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas do
Alto Taquari - FACEAT.
Venci o pleito, por maioria de votos, sendo nomeado
para exercer o cargo, por um período de quatro anos.

Findo o período como Diretor, continuei ainda


lecionando, por mais um curto período, quando então,
solicitei minha exoneração, em virtude de ter transferido

228
residência para Encantado, em dezembro de 1981.

ADVOGADO

Em fevereiro de 1964, enfrentei o Vestibular na


Faculdade de Direito de Passo Fundo, conseguindo a
aprovação.
Efetuei a matrícula em março de 1964, tendo
freqüentado o Curso de Direito por cinco longos anos.
Em dezembro de 1958 fui diplomado, em Ciências
Jurídicas e Sociais, ocasião em que fiz o “JURAMENTO
DO ADVOGADO”, em nome da turma, distinguido que fui,
em virtude de ser o mais idoso, 45 anos.
Foram momentos de extrema emoção.
Ao frequentar o quarto e o quinto ano no Curso de
Direito na Faculdade de Passo Fundo, eram feitos estudos
práticos, diretamente no Fórum local, o que garantia ao
aluno a inscrição provisória na Ordem dos Advogados do
Brasil, Secção do Rio Grande do Sul.
A Faculdade fornecia uma Certidão de Freqüência
no curso de Estágio Profissional da Faculdade, o que
garantia a inscrição definitiva na Ordem, sem necessidade
de novo exame.
Encaminhado o pedido, recebi a Carteira
Profissional, de inscrição definitiva, na Ordem dos
Advogados do Brasil, sob número 13.211, com a devida
publicação no Diário Oficial do Estado.
Mesmo, com a inscrição na Ordem, de acordo com
o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado, eu ainda
continuava impedido de exercer a profissão, pelo prazo de
dois anos. Findos os quais comecei a trabalhar, junto com o
colega Anselmo Muller, em Lajeado.
Com a mudança para Encantado, no final de 1981,
trabalhei durante dois anos, no Escritório do colega Carlos
Alberto Schäffer, para o aprimoramento da função.
Findo este período, instalei-me com escritório

229
próprio, na nova residência, na Travessa Luiz Ferri, nº. 70,
tendo exercido a profissão por vários anos.
Em 11 de agosto de 1997, fui distinguido, pela
Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Rio Grande do
Sul, com o “Diploma de Advogado Jubilado”.

POLÍTICO

Em 1958, eu havia sido candidato a Vereador pelo


Partido Social Democrático, acompanhando a candidatura
de Dionízio Cé, para Prefeito e Carlos Giordani, para Vice.
Sem contar com os percalços políticos, eu anotara
445 eleitores que diziam votarem em mim.
Não me elegi faltaram apenas 13 votos, ficando na
segunda suplência.
Mesmo, assim, assumi a função de Vereador, na
tumultuada sessão legislativa de 21 de novembro de 1961,
ocasião em que, meus companheiros de partido, se
licenciaram coletivamente.
Em 1982 realizavam-se as Eleições Municipais,
para Prefeito, Vice e Vereadores.
Fui convidado para compor uma chapa de três
candidatos a Prefeito e três candidatos a Vice-Prefeito.
Tive como candidato a Vice, o Dr. Evaldo Zílio,
Odontólogo, que já fora Prefeito num período anterior.
Adquiri um automóvel Fusca, usado, adaptei um
serviço de alto falantes, mandei imprimir folhetos de
propaganda, inclusive, um com o Currículo, algumas faixas
para os comícios, e, saí em busca de votos, na cidade e no
interior.
A Wanda sempre, me acompanhava nos comícios,
e, mesmo nas andanças pelo interior do Município.
Era de estarrecer, ouvir de alguns eleitores, os
pedidos que eram feitos. Só para exemplificar:
Houve eleitores que queriam receber, em troca de
votos, um trator, um cachorrão, uma sanitária, tantos sacos

230
de cimento e ou de brita, um arado para trator, o
pagamento de anuidades de Colégios e mesmo, de
Faculdades, emprego na Prefeitura, o pagamento por dois
anos, de uma contribuição de maior valor, para o INSS, a
fim de conseguir uma melhor aposentadoria e tantos outros
pedidos.
Perdemos a eleição. Valeu a experiência.
Em 1993, candidatei-me novamente, a Vereador.
Faltaram 23 votos para eleger-me. Percebi então, que eu
“$ou mau de voto$”, “pendurei as chuteiras”.
Mesmo assim, tive a oportunidade de assumir por
quatro reuniões legislativas, tendo apresentado quatro
Projetos de Lei, todos aprovados por unanimidade,
inclusive, um em nível internacional.
O primeiro, alterando a redação do item 4º. do
artigo 1º. da Lei Nº. 565 de 8 de agosto de 1962, que
instituiu o Brasão Municipal, o qual passou a ter a seguinte
redação:
Artigo 1º. Item 4º: “A banda azul, entre as
montanhas e a cidade representa o lendário rio Taquari”.

O segundo Projeto de Lei, “Declara, oficialmente,


São Pedro, Padroeiro da cidade e do Município de
Encantado”, pois, até então, era somente, padroeiro da
Igreja Matriz.

0 terceiro Projeto de Lei, em nível internacional,


“Denomina Encantado, Cidade Irmã de Valdástico”, da
Província de Vicenza, Itália, do qual resultou a elaboração
do livro “Gemellággio – Encantado – Valdástico”, editado
em duas línguas, lançado em Encantado e em Valdástico,
ocasião em que recebi o título de “Cidadão Honorário de
Valdástico”.

O quarto Projeto de Lei versava sobre a outorga de


um “Voto de Louvor” a Irmã Amábile Piovesan, pelos
relevantes serviços prestados à comunidade encantadense,
no setor da saúde, junto ao Hospital Santa Terezinha.

231
ESCRITOR - HISTORIADOR

Desde pequeno, sempre tive especial atenção a tudo o


que se referisse a história. Notadamente, quando meus pais
contavam uma história de um tal “Monge”, que provocou
atritos e mortes no início do século passado, na Região do
Alto Taquari.
Mais tarde, tinha a intenção de escrever este fato
porém, a pesquisa requeria muito tempo, mas, a idéia não
saía de minha cabeça.
Ao iniciar a década de sessenta do século passado,
aventei a possibilidade de escrever um livro, sobre a história
do município, para lançamento na data de aniversário dos
cinquenta anos de emancipação Encantado, e,
naturalmente, incluir nele, um capítulo sobre a história do
Monge.
Com a minha ida para Iraí, nomeado Fiscal do
Imposto sobre Vendas e Consignações, tornou-se mais difícil
esta tarefa.
Porém, qual não foi a minha surpresa quando
ocorreram as festividades dos cinquenta anos do Município,
em 1965, era lançado um livro sobre a História de
Encantado. Tive que aguardar mais um pouco.
Em 1970, houve a alteração do Imposto sobre Vendas
e Consignações, (IVC), que passou a denominar-se Imposto
sobre Circulação de Mercadorias, (ICM), com uma nova Lei
composta por mais de duzentos artigos, itens, subitens e
parágrafos, de difícil interpretação, dado ao seu extenso
conteúdo.
Resolvi fazer uma síntese dos principais assuntos,
organizando-os em ordem alfabética, a fim de simplificar a
pesquisa e o entendimento da Lei.
Fiz então, um trabalho, que denominei “ÍNDICE
ALFABÉTICO REMISSIVO DO ICM”.
À época, não havia “xerox” e o serviço de cópias era

232
feito através de mimeógrafo a álcool, onde poderiam ser
extraídas vinte cópias legíveis, do original, que era em papel
carbono, especial.
Copiei o original no carbono e extrai vinte cópias,
encadernando-as com capa de cartolina.
Uma vez por mês os fiscais da Oitava Coordenadoria
de Lajeado, em número de 18, se reuniam na sede, para
tratar de assuntos de serviço.
Esta era um reunião especial para tratar da nova lei
do ICM.
Após ter mostrado o trabalho ao Coordenador,
Arnildo Frantz, que acompanhara o meu trabalho,
presenteei aos colegas, um exemplar da minha pesquisa,
pois vinha facilitar o trabalho do dia a dia.
Recebi efusivos cumprimentos do chefe, assim como
dos colegas.

Dias após, o Coordenador levou um exemplar para o


Coordenador Geral do ICM, em Porto Alegre, que ficou
entusiasmado pelo trabalho, encaminhou-o ao Secretário da
Fazenda.
O Secretário autorizou o Coordenador Geral a
imprimir, na Imprensa Oficial do Estado, mais l.000
exemplares, para serem distribuídos a todos os Fiscais do
ICM, do Estado.
Poucos dias após, recebi, do Coordenador Geral do
ICM. o seguinte ofício:

Porto Alegre 18 de agosto de 1970.

Caro Colega Ferri:


Com o presente tenho a grande satisfação de acusar o
recebimento de seu “Índice Alfabético Remissivo do ICM”,
que o distinto colega teve a gentileza de enviar-me.
Ao agradecer tal deferência, colho o ensejo para
congratular-me com o amigo pelo brilhante e útil trabalho,

233
que em muito facilitará nossas funções.
Sem outro motivo, queira aceitar, com os demais
colegas dessa I. R. especialmente, o Inspetor Frantz, o meu
mais cordial abraço. Atenciosas Saudações.

Joaquim Casimiro B. de Freitas


Inspetor Regional da 3ª. I. R. F.

Ao receber tão carinhoso elogio, do chefe, despertou


em mim algo que estava adormecido: ESCREVER.
A partir de então, comecei a intensificar a pesquisa
sobre aquela história, que não saía do meu pensamento, o
“Monge”, de que ouvira falar na minha meninice.
Como, a pesquisa era realizada, somente, nos finais
de semana, dado ao serviço, o livro: “Os Monges de
Pinheirinho”, só ficou pronto em 1975, sendo lançado em 1º.
de maio, em Sessão Solene da Câmara de Vereadores de
Encantado.

Durante o desenrolar da cerimônia, um dos oradores


deu-me o pomposo título de “Historiador”.
Isto foi mais um incentivo. Aceitei o desafio, e,
dediquei-me com mais entusiasmo, na pesquisa histórica
que originou o surgimento das demais obras, hoje em
número de 25.
Assim, também, escrevi mais 400 trabalhos,
devidamente encadernados, sobre os mais diversos assuntos,
tais como:
Reportagens, crônicas, viagens, mini-biografias,
discursos, palestras e outros assuntos, que se encontram
expostos no Memorial Gino Ferri e complementam minha
Obra Literária e como elementos de pesquisa.

PALESTRANTE

A partir do lançamento do livro, “Índice Remissivo

234
do ICM”, juntamente com o então, Coordenador, Anselmo
Bötcher, percorri várias cidades, para esclarecer assuntos
sobre a nova tributação.
Porém, foi a partir do lançamento do livro “Os
Monges de Pinheirinho”, que comecei a proferir palestras
nas Escolas e Entidades, na Região do Alto Taquari.
Posteriormente, com o lançamento de: História do
Rio Taquari-Antas, Encantado - Sua História - Sua Gente,
“Gemellággio” e outros, as solicitações aumentaram
consideravelmente, não só no município, mas, também em
outros municípios do vale.
A imigração italiana foi um tema muito importante,
a tal ponto de proferir quatro palestras num só dia, no
município de Imigrante, falando sobre a Imigração Italiana.
Assim, também, em Roca Sales, como Patrono da
Feira do Livro, proferi palestra, na Sociedade Rocassalense,
de manhã, tarde e noite, para mais de l.000 alunos.
Outras três palestras, foram proferidas nos
Simpósios Raízes do Vale”, em Lajeado.
A primeira versando sobre a “Colonização do Vale do
Taquari-Antas”; a segunda sobre “Culinária Italiana”; e, a
terceira sobre “A Presença da Etnia Alemã no
Desenvolvimento de Encantado”.
As duas primeiras foram editadas em livro, pela
Secretaria Municipal de Educação e Cultura, de Lajeado.

235
(Foto 65 - Palestra em Roca Sales)

PALESTRA OS ALUNOS DE ROCA SALES

EXPOSITOR

Em maio de 1993, fui a Itália juntamente com a


Wanda, João Carlos Pretto e sua esposa Marta, a fim de
receber a cópia da Lei que declara “Valdástico, Cidade Irmã
de Encantado” onde mantivemos contato com autoridades,
e, de lá trouxemos grande número de documentos, jornais,
livros, revistas e fotografias, que serviram para a
concretização do “Gemellággio”, entre as duas cidades.
Ao retornar da Itália organizamos uma Exposição,
no hall da Prefeitura Municipal, ocasião em que, o Prefeito
Adroaldo Conzatti, através do Decreto Nº. 50, de 11 de
junho, instituiu a “Semana da Imigração Italiana”.

COZINHEIRO
Como churrasqueiro por dez anos, não me aperto em
preparar um ótimo churrasco, com diversos tipos de carnes.
Assim, também, sei preparar, com esmero, uma
polenta com queijo, na chapa, ou um filé a cavalo e ou, a pé.

236
Como bom caçador, me senti na obrigação de ser um
bom cozinheiro, porque durante as caçadas de perdiz, por
várias vezes preparei o “risotto”.
A tal ponto que, durante uma caçada em Dom
Pedrito, ao saborear o risoto, preparado por mim, o capataz
da estância dizia: Foi o melhor prato que já comi.
Assim, também, aprendi com a Wanda a preparar
uma boa polenta, para acompanhar “Uma perdizada”, que
ninguém refuga, servida com massa, saladas verdes, e,
naturalmente, acompanhada de um bom vinho tinto.
De preferência o do Cláudio! Bom apetite!

(Foto – 66 O cozinheiro)

237
O COZINHEIRO

CURADOR

Com a morte do cunhado Ítalo Rissi e, poucos dias


após, a morte de sua esposa Vlaídes, irmã da Wanda fui
encarregado, pelos familiares, para efetuar o Inventário dos
bens deixados como herança.
Como o filho do casal, Paulo, era portador de
deficiência física, desde a infância foi considerado incapaz,
sendo eu indicado como Curador, pela Juíza de Direito
Marilene Bonzanini, conforme Processo 7392/387-86, de 04
de julho de 1990, função que exerço até os dias atuais.

238
POSFÁCIO

E, assim, com a Graça de Deus, chego ao término, de


mais uma obra literária. (Não é ouro, é prata - 25). Este
trabalho que, mesmo sendo biográfico, não deixa de ser
histórico. A minha história, englobada na história geral.
Elaborado com carinho e com alegria.
E depois?
Bem, depois, eu continuarei sempre ao lado, da
querida Wanda, procurado adivinhar seus pensamentos,
para dar-lhe um melhor atendimento.
Ao mesmo tempo, continuarei a dar atenção aos três
livros, que esperam por mim:
AGENOR, uma biografia do amigo, que considero o
maior dos artistas encantadenses. (Em elaboração).
ENCANTADO CENTENÁRIO, já com mais de 170
páginas semi prontas. Uma homenagem a mais “encantado
ra” cidade do Brasil.
FAMÍLIA FERRI, um estudo genealógico, sobre a
família, desde 1270, aos dias atuais, dirigido mais,
especificamente, para o tronco da família de Antônio
Ferri.

239
Mas, alguém poderá dizer que, nestas páginas, há
certos momentos de jactância ou mesmo um pouco de
orgulho e até de vaidade.
Concordo, plenamente. Mas como historiador, sou
obrigado a buscar a verdade, para transmiti-la. Por isso,
perdoem-me, mas escrevi a verdade, e, me envaideço sim,
pelo que consegui fazer, pelo que, agradeço a Deus.
Além disso, sempre há um pouco de orgulho ou
mesmo de vaidade, em tudo o que fazemos com PRAZER!
A todos, os leitores, o meu abraço afetuoso.
Gino Ferri

OBRAS PUBLICADAS

O1 - OS MONGES DE PINHEIRINHO
1975
O2 - MANUAL REMISSIVO DO I. C. M. 1975
O3 - 80 ANOS DE VIDA ECLESIAL
1986
O4 - ENCANTADO PITORESCO
1985
O5 - ENCANTADO - SUA HISTÓRIA. S/ GENTE
1985
O6 - MUÇUM – PRINCESA DAS PONTES
1988
O7 - RONDINHA
1988
O8 - HISTÓRIA DO RIO TAQUARI-ANTAS
1991
O9 - HISTÓRIA DO RIO TAQUARI P/CRIANÇAS
1994
10 - HISTÓRIA DO HOSPITAL S/TEREZINHA
1995
11 - 100 ANOS DE HISTÓRIA - PAR. S. PEDRO
1996

240
12 - GEMELLÁGGIO-ENCANTADO-VALDÁSTICO
1996
13 - POR QUE ENCANTADO A FAVOR S. PAULO
1998
14 - ROCA SALES – CIDADE DA AMIZADE
1998
15 - POEMAS EM PROSA E VERSO
1999
16 - HIST. DE ENCANTADO EM FOTOGRAFIAS
2001
17 - REMINISCÊNCIAS – MEUS 80 ANOS
2002
18 - HISTÓRIAS DO GINO
2006
19 - ENCANTADO II
2007 20 - VIAGENS
2008
21 - WANDA – RECORDAÇÕES 2009
22 - AS QUATRO REVOLUÇÕES
2009
23 - FREI JACINTO CAPUCHINHO
2009
24 - HISTÓRIA DA BACIA DO RIO TAQ/ANTAS 2012
25 - REMINISCÊNCIAS II - MEUS 90 ANOS
2012

EM ELABORAÇÃO

AGENOR PERETTI (Biografia)


ENCANTADO CENTENÁRIO - 2015
FAMÍLIA FERRI (GENEALOGIA).

ÍNDICE

241
-Introdução 1a8
2002 - Parte Final............................................. 09
- Pensamentos........................................... 12
- Palestra sobre os 87 Anos de Encantado..... 14
- Raízes do Vale............................................ 14
- O Sacerdote que Acreditou ..................... 18
- Homenagem da Câmara .......... 18
- Padre Irineu Zotti..... 19
2003 - Calendários 21
- Aniversário do Município... 21
- Feira do Livro, em Muçum.. 22
- Força do Vale – Maioridade... 22
- Cidadão Emérito ...... 25
- Padre Agostinho Pretto 26
- Escritores do Vale 26
- Livro: Jovens Poetas de Lajeado 27
- Palestras e Entrevistas – Ano 2003 28
2004 - 50 Anos de Formatura. 32
2005- Cinquenta Anos de Roca Sales.. 35
- Onde a História Começa e Continua 35
- De Gino Ferri Para a História 37
- Encantado Capital do Estado 37
- Hino de Vespasiano Correa. 39
- Palestra na Escola Érico Veríssimo... 39
- 1º. Encontro de Língua Italiana 40
- Memorial Gino Ferri 41
- Grupo Latino-Amer.”Gente Que Avanza” 47
- Inauguração do Memorial Gino Ferri 49
- Carta a Um Amigo....... 53
- Palestra em Doutor Ricardo... 54
2006 - Lançamento do Livro Histórias do Gino 56
- Encantado Turístico 57
- Feira do Livro – Lajeado... 58
- Homenagem Escola Jardim do Trabalhador 60
- Prêmio Distinção... 63
- Palestra Ilustrada Sobre o Tio Taquari–Antas 66
- Entrevista e Filmagem do Memorial – RBS 66
- Formatura no Curso de Italiano 67

242
- Formatura da Cláudia 67
2007 75 Anos da Gruta Nossa Senhora de Lourdes 69
- 92 Anos de Encantado..... 70
- Lançamento do Livro “Hübel”... 70
- Distrito de Valdástico..... 71
- Semana Italiana - Troféu Gino Ferri- Bochas 72
- Casamento da Cláudia... 75
- O Italiano Que Está em Mim... 76
- Viagem a Irai 76
- Entrevista na Rádio Encantado - Encantado II 78
- Lançamento do livro “Encantado II”... 79
- Entrevista – TV RBS – ... 89
- Escritores do Vale ... 89
2008 - Homenagem – Carnaval ... 90
- Homenagem a Um Amigo .... 90
- Entrevista com Prof. da UNIVATES 91
- Feira do Livro em Encantado ... 92
- Museu da Fotografia ... 92
- Posse do Bispo Dom Paulo de Conto 93
- Lançamento do Livro “Viagens” - (DVD)- 93
2009 - Lançamento do Livro “WANDA” 97
- Formatura do Carlo ... 99
- 40 Anos da UNIVATES.. 99
- O Vale Precisa se Conhecer ... 100
- Palestra Sobre Scalabrini . ..... 100
- Visita ao Memorial ...... 101
- Formatura do Moisés... 101
- Festa de Santo Agostinho ... 102
- As Quatro Revoluções.... 102
- Um Guri de 89 Anos 107
- Colégio São José – Roca Sales... 109
- Grupo Escolar Farrapos.... 109
-.Troféu de Prata... 112
- “Gemellaggio” Ilópolis x Aronzo... 114
- História de Amor Vence Alzheimer... 116
- Um Discurso Inusitado... 119
- Senador Paulo De Conto..... 119
- 95 Anos de Encantado..... 120

243
- Amigos da Itália ..... 121
- Luciano Murer...... 121
- O Bispo ..... 123
- São Belino 125
- Palestra na UNIVATES... 127
- Casamento do Mateus ..... 127
- Formandos em História ..... 128
- Entrevista Rádio Encantado ..... 130
- Formatura do Fernando ..... 130
- Lançamento do Livro “Frei Jacinto”... 130
- Visita do Amigo Adroaldo ... 134
- Uma Entrevista Inesperada ..... 135
- Pesquisa Sobre os Monges de Pinheirinho 135
- 50 Anos de Fiscal do ICM ... 137
- Escritor do Mês ............ 139
- Roteiro Encantado na TV COM. ....... 140
- Conclusão doCurso de Italiano... 140
- Festa em Doutor Ricardo .... 141
- “Le Nostre Radize” ...... 143
2011 - Memorial na Internet .... 144
- Palestra para Candidatas.... 144
- Reportagem Informativo do Vale 145
- História do Rio Taquari-Antas.... 147
- Palestra na Escola Tancredo Neves... 147
- Aniversário do Município .... 148
- Viagem a Lajeado ... 148
- Convite para Palestra... 149
- Visita ao Memorial .... 150
- Doutor Ricardo ... 151
- AFISVEC 152
- Visitas ao Memorial .... 153
- Palestra Sobre a Legalidade. 155
- Inaugurações em Dr. Ricardo.. 155
- Visitas de Italianos ..... 156
- Nascimento do 1º. Bisneto, Vinícius..... 157
- Academia de Letras do Vale do Taquari 159
2012 - Rio Taquari Antas 161
- Visitas ao Memorial 161

244
- Liga Feminina de Combate ao Câncer 162
- Espaço Literário “Gino Ferri” 162
- Visitas ao Memorial 166
- ALIVAT 167
-Visita das Rainhas 169
- Lançamento do livro Rio Taquari-Antas170
- Homenagem 170
- Troféus 171
- Minhas Flores 177
- XX Semana Imigração Italiana 179
- Wanda 180

ADENDOS 182

- Minha Doce Infância 182


- Agricultor 184
- Coroinha 184
- Currículo Escolar 186
- Tipógrafo 198
- Soldado 27 199
- Fotógrafo 201
- Artista amador 203
- O Porta Retratos 205
- Funcionário Público Federal 206
- Comerciário 208
- Contabilista 209
- Funcionário Público Municipal 210
- Rádio Técnico 211
- Locutor 213
- Cinematógrafo 214
- Comerciante 216
- Bar Garoto 217
- Nosso Casamento 218

- A Serenata 223
- Churrasqueiro 225

245
- Supermercado 227
- Funcionário Público Estadual 229
- Professor na FATES 230
- Advogado 231
- Político 232
- Escritor e Historiador 234
- Palestrante 237
- Expositor 239
- Cozinheiro 239
- Curador 240
- Posfácio 241
- Obras Publicadas 243
- Índice 244

246

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