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Filosofia: Relato de um acontecimento/experiência

Lucas Duarte Barreiros – 3°B

Uma viagem para o interior de São Paulo com meu pai distante foi uma
experiência que marcou profundamente minha vida. Era uma jornada que eu não
esperava, e ainda assim, ela se tornou um capítulo inesquecível da minha história.
Meu pai e eu sempre tivemos uma relação complicada, marcada por longos
períodos de distância emocional e geográfica. No entanto, naquele ano, ele me
surpreendeu com um convite para passar um fim de semana com ele em uma pequena
cidade no interior de São Paulo. Aceitei o convite com um misto de curiosidade e
apreensão.
Tudo começou com uma longa viagem de carro, durante a qual tivemos a chance
de conversar como nunca antes. O silêncio desconfortável que costumava pairar entre
nós deu lugar a uma comunicação mais aberta e honesta. Ele compartilhou histórias de
sua infância, suas lembranças e experiências. Pude finalmente entender um pouco mais
sobre o homem que ele era e as razões por trás de sua distância.
Ao chegarmos à cidade, fomos recebidos por parentes que eu nunca tinha
conhecido. O calor humano e a hospitalidade daquelas pessoas me impressionaram
profundamente. Fui apresentado à cultura local, à comida típica e às tradições da região.
Passamos o fim de semana explorando a cidade, visitando lugares que eram especiais
para ele. Ele me levou a lugares que tinha afeto, como um parque onde costumava
brincar quando ia lá. Cada local tinha uma história e uma memória associada, e meu pai
compartilhou essas lembranças comigo de uma maneira que nunca antes havia feito.
No último dia da viagem, enquanto estávamos sentados em um banco de praça,
meu pai me disse algo que mudou completamente minha perspectiva sobre nossa
relação. Ele admitiu que havia cometido erros como pai e que lamentava as vezes em
que esteve ausente. Aquelas palavras foram comoventes e reveladoras, e senti que
finalmente estava ouvindo seu coração.
Essa viagem para o interior de São Paulo não só me proporcionou uma
compreensão mais profunda do meu pai, mas também abriu as portas para uma
reconexão emocional que eu ansiava havia muito tempo. A distância que havia entre nós
começou a diminuir, e nossa relação começou a se curar.
Hoje, olho para aquela viagem como um ponto de virada em nossa vida juntos.
Ela me ensinou a importância do perdão, da compreensão e da empatia nas relações
familiares. Marcou o começo de uma jornada para reconstruir nossa ligação e
transformou meu pai de uma figura distante em alguém que eu posso realmente chamar
de meu. Essa viagem para o interior de São Paulo não foi apenas uma aventura
geográfica, mas uma jornada emocional que mudou minha vida para sempre.

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