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CURITIBA
2023
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INTRODUÇÃO
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1. SISTEMAS FOTOVOLTAICOSE SEUS EQUIPAMENTOS
Para explicar o que são os sistemas fotovoltaicos híbridos, vamos revisar a diferença
entre os modelos on grid e o off grid. Embora ambos tenham o mesmo propósito,
gerar energia elétrica ao captar a luz solar através de painéis fotovoltaicos, cada um
é indicado para diferentes cenários.
Por sua vez, o sistema fotovoltaico off grid é bastante recomendado para regiões
isoladas e remotas que não possuem acesso à rede elétrica local. Isso porque a
geração de energia solar nesse caso conta com um equipamento extra: as baterias.
No lugar das distribuidoras, são elas as responsáveis por armazenar a energia
gerada e garantir que haja funcionamento da eletricidade à noite, por exemplo. Além
das baterias, o modelo off grid também precisa do controlador de cargas, sendo
assim os equipamentos são:
Módulos fotovoltaicos;
Controlador de cargas;
Inversor;
Baterias;
Acessórios e estruturas de fixação.
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2 Modos de Operação de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede com
Bateria
De acordo com Maia (2022), um amplo conjunto de aplicações é trazida para o setor
elétrico, devido aos sistemas de armazenamento em baterias. Nessas aplicações um
ponto que merece destaque é relacionado ao seu local de instalação, onde pode ser
utilizado como: um recurso centralizado, controlado pelo operador, pela transmissora ou
distribuidora; integradas a um gerador; ou podem ser instaladas atrás do medidor. Uma
gama de serviços diferentes, é permitida por cada aplicação. Pela Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) são apresentados 13 possíveis serviços oferecidos com o
armazenamento de energia separados em 3 grupos diferentes: Consumidor, Operador e
GT&D.
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Figura 2 - serviços e aplicações que o armazenamento de energia pode oferecer.
Fonte Maia, 2022
Para Maia 2022, entre todos os possíveis serviços relatados, destaca-se 3 modos de
operação que podem trazer uma complementação aos sistemas fotovoltaicos conectados
à rede e que evidenciam de modo geral os serviços previamente citados, são eles: time-
shifting, peak-shaving (também conhecido como electric suply capacity) e backup
power (também encontrado na literatura como power reliability).
Time-Shifting (Arbitrage)
Conforme Urbanetz Junior et al, 2020 apud COPEL 2019, no Brasil, para os
consumidores enquadrados no Grupo A, a tarifa possui valores diversos para o horário-
ponta e fora ponta, sendo no horário-ponta mais caro. Afora a demanda contratada, caso
o consumidor esteja enquadrado na modalidade tarifária azul, tanto o valor da tarifa,
quanto o valor da demanda variam conforme os horários ponta e fora-ponta. Para os
consumidores enquadrados no Grupo B, que pertencem à modalidade tarifária Branca, o
valor da energia irá variar no decorrer do dia, apresentando diferentes valores para o
horário ponta, intermediário e fora-ponta, sendo o primeiro maior.
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Figura 5 – Peak Shaving
No entendimento de Urbanetz Junior et al, 2020 apud Martins et al, 2018, o perfil de carga
no sistema elétrico é caracterizado pelos picos de carga de um determinado sistema, ou
seja, curtos períodos ao longo do dia onde uma maior potência é requerida.
No entendimento de Urbanetz Junior et al, 2020 apud COPEL 2019, no Brasil, existe uma
necessidade de contratação da demanda para consumidores enquadrados no Grupo A,
onde a tensão de ligação é igual ou maior que 2,3kV, formado por consumidores
comerciais e industriais. Para estes consumidores, a ultrapassagem de demanda é
caracterizada, quando os picos de carga e estes ultrapassam em mais de 5% o valor da
demanda contratada Urbanetz Junior et al, 2020 apud ANEEL, 2010.
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Figura 6 - Atuação do Peak Shaving. Adaptado de Boyouk et al (2018)
Fonte: Urbanetz Junior, 2020
Por segurança, durante uma falta, um sistema fotovoltaico deverá ser desligado do
sistema elétrico. no entanto, caso este sistema estiver conectado a um banco de baterias,
estas poderão funcionar igual uma UPS Urbanetz Junior et al, 2020, apud Burlaka et al,
2018.
Na mesma linha, assim aponta Urbanetz Junior et al, 2020, apud Bellinaso, 2017, quando
inversores fotovoltaicos, operam da mesma forma que uma UPS, podem ser classificados
como uma UPS. Em conformidade com a norma IEC 62040-3, as UPS’s podem ser
classificadas de três formas: espera passiva, dupla conversão e interativa com a rede.
De acordo com Urbanetz Junior et al, 2020, os inversores de espera passiva dependem
tanto da tensão, quanto da frequência da rede, sendo que o banco de baterias só irá atuar
quando houver falta da rede elétrica. Já os inversores de dupla conversão, não dependem
da tensão e frequência da rede, além de possuir dois estágios de conversão: um
retificador e um inversor offgrid. No retificador, obtém-se a energia, no inversor, a carga
será alimentada. Por último, os inversores interativos com a rede, são similares aos
inversores de espera passiva, contudo na entrada de seu circuito, possuem uma chamada
de interface de potência com a finalidade de reduzir a distorção harmônica de corrente,
bem como limitar a corrente de curto-circuito
Conforme destaca Maia 2022, encontram-se outras maneiras de operação que asseguram uma
extensa multiplicidade de serviços que sistemas de armazenamento de energia podem ofertar. O
armazenamento BTM pode ofertar serviços tanto para o consumidor final quanto para a rede
elétrica, principalmente ligados a qualidade de energia elétrica e serviços ancilares, podendo
fornecer: suporte de tensão, regulação de frequência, aumento do autoconsumo de energia
fotovoltaica, suprimento de energia, aumento de eficiência da rede, entre outros. Na tabela da
próxima figura é demonstrado os serviços que o armazenamento BTM de energia podem fornecer.
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Figura 2 – Esquema de operação do sistema sem rede CA e com módulos fotovoltaicos.
Fonte: PHB Solar
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Figura 3 – Esquema de operação do sistema com rede CA e com módulos fotovoltaicos.
Fonte: PHB Solar
Além dos dois modos de operação, existe um terceiro em que o sistema opera sem energia
da rede CA e sem os módulos FV, sendo a energia provida apenas das baterias.
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Figura 4 – Esquema de operação do sistema sem rede CA e sem módulos fotovoltaicos.
Fonte: PHB Solar
Seletor FV
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Figura 5 – Seletor FV usado para redirecionar a energia dos módulos fotovoltaicos para o
inversor on-grid ou para o inversor off-grid, conforme o modo de operação do sistema.
Fonte: PHB Solar
Instalação do seletor FV
Cada seletor pode receber apenas uma string de módulos fotovoltaicos. A tensão de
circuito aberto (Voc) da string deve ser inferior a 500 V. Se já houver uma stringbox
presente no sistema, o seletor deve estar conectado entre a stringbox e o inversor,
conforme as imagens a seguir.
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Figura 6 – Esquema de instalação do seletor FV com uma string de módulos fotovoltaicos.
Fonte: PHB Solar
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3 FABRICANTES E MODELOS DE INVERSORES PARA SFV CONECTADOS À
REDE COM BACKUP DE ENERGIA
Marca Potência
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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