Grafologia Livro

Este exemplar está registrado para uso exclusivo de NAYARA PAULINA MATTEUS - 18606534
Luciana Boschi
Personalidade
através da
E scrita
Rio de Janeiro, 2001
Dedico esta obra ao meu pai Henrique (in memorian),
à minha mãe Maria Léa e à minha filha Paola, como
exemplo de realização.
Agradeço ao querido mestre Paulo Sérgio de Camargo
que, com seu apoio encorajador, me mostrou o
caminho.
Agradeço a Maurício Xandró, Augusto Vels, Odete
Serpa Loevy, Cacilda Cuba, Gille-Maisani e Maria
Lúcia Mandruzato, cujas obras me serviram de apoio
para o desenvolvimento deste livro.
Agradeço carinhosamente a todos os meus alunos.
©E-papers Serviços Editoriais Ltda., 2001.
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desta obra, ou parte dela, por qualquer meio, sem a prévia
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Boschi, Luciana
A Personalidade através da Escrita/Luciana Boschi. Rio de Janeiro: E-papers
Serviços Editoriais Ltda., 2001.
140 p.
Bibliografia: p. 139.
ISBN 85-87922-13-0
1. Psicologia 2. Grafologia I. Título.

CDD 158
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
............................................................................ 9 1 O
DOMÍNIO DA ESCRITA
............................................................... 13 2 SIMBOLISMO
DO ESPAÇO GRÁFICO ............................................ 17 3
ORDEM.......................................................................................
...................... 21 4 DIMENSÃO
...............................................................................................27
5 FORMA
.....................................................................................................
.. 33 6 LIGAÇÃO
..................................................................................................
39 7 PRESSÃO
...................................................................................................
45 8 VELOCIDADE
.................................................................................................
53 9 INCLINAÇÃO
..................................................................................... 59 10
CONTINUIDADE..........................................................................
..... 63 11 DIREÇÃO
.....................................................................................................
.... 71 12 MARGENS
.....................................................................................................
.. 77 13 GESTO-TIPO
...............................................................................................
83 14 OVAIS
.....................................................................................................
... 93 15 LETRAS REFLEXAS
............................................................................ 97 .............................. 9
16 INICIAIS / FINAIS ........................................................................ 107

17 OS NÚMEROS ............................................................................ 113
18 ASSINATURAS.............................................................................. 120
EXEMPLO DE ANÁLISE GRAFOLÓGICA ........................................... 139
LAUDO GRAFOLÓGICO ....................................................................... 141
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 143
APRESENTAÇÃO
Apesar do grande desenvolvimento e da extensa
utilização, principalmente por empresas, da grafologia
no Brasil, ainda são escassos os títulos escritos por
autores brasileiros. Alguns chegam ao bizarro de analisar
uma pequena torção na base da letra t como
característica de suicídio.
Por isto, o livro de Luciana Boschi tem especial
importância, pois trata-se de manual prático e bastante
consistente que irá interessar tanto ao iniciante quanto
ao profissional do ramo.
Pauta-se, principalmente, pela forma direta com que

aborda o tema e tem como ponto alto a qualidade dos
exemplos apresentados; isto o torna um manual de
consulta permanente.
Na realidade, é uma experiência gratificante ter em mãos

um livro com esta qualidade e facilidade de leitura.
O que o leitor mais exigente vai encontrar é fru- to do

laborioso trabalho de pesquisa e documen- tação
realizada durante anos pela Professora Luciana. Sua
experiência como psicóloga, alia- da à assessoria em
inúmeras empresas nacionais e multinacionais, resulta
em uma obra de caráter prático que muito vai contribuir
para o desenvolvimento da grafologia em nosso país.
Deve ser motivo de destaque a verdadeira pai- xão com

que Luciana se dedica à grafologia, indo muito além do
simples pesquisar, escrever e do-
A 9
PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

cumentar; está sempre à procura dos “porquês”,
“aondes” e “comos” – fato que a transforma em
diferencial dentro de um mercado onde muitos
procuram as facilidades e os atalhos.
Outro aspecto de suma importância que ressalto é a sua

intensa divulgação da grafologia no meio universitário
do Rio de Janeiro, através de pales- tras e cursos; com
certeza uma árvore que terá frutos extremamente
proveitosos no futuro.
A autora honra as tradições das melhores gra- fólogas

brasileiras, e não hesitaria em colocá-la ao lado de Odette
Serpa Loevy, Cacilda Cuba Santos, Maria Lucia
Mandruzato, Heloísa Motta, Nancy Fernandes, Luisa
Gubitosi, Kátia Pavão e outras tantas que dão, além de
um toque femini- no, especial qualidade e elevado
sentido de éti- ca à grafologia brasileira.
Poderia dizer muito mais, porém deixo ao leitor o juízo

final que, com certeza, será de total agra- do desta obra
a qual tive a agradável e honrosa tarefa de prefaciar.
Rio de Janeiro, julho de 2001.
PAULO SERGIO DE CAMARGO
Grafólogo
10 ESCRITA
A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA
A HISTÓRIA DA
GRAFOLOGIA
A grafologia, instrumento de investigação e análi- se da
personalidade com base na escrita, vem despontando
nos dias de hoje como uma das fer- ramentas mais
completas, eficazes e de baixo custo de que se tem
conhecimento. Acredita-se ainda que seja a única técnica
que permite, além de um profundo mergulho na
natureza humana, conhecer seu real caráter.
Os primeiros grafólogos eram empíricos e consi- derava-

se o rabino Samuel Hanagid, no século XIV, o fundador
da grafologia intuitiva. Aristóteles, Confúcio, Goethe,
Edgar Allan Poe, George Sand, Balzac e Alexandre
Dumas, entre outros literatos e filósofos, já relacionavam
o ca- ráter com a escrita de maneira puramente intui-
tiva, sem nenhum fundamento científico. Shakespeare,
no século XVI, foi um dos pionei- ros ao declarar “dê-
me a escrita de uma mulher e eu lhe falarei sobre seu
caráter”.
O primeiro livro sobre o assunto foi editado em 1622

pelo médico italiano Camilo Baldi. Contu- do, por volta
de 1860, a partir de vastas pesqui- sas, o abade francês
Jean Hippolyte Michon, estruturou os princípios
grafológicos, compilan- do sinais de quase todas as
qualidades humanas e criando inúmeros termos e
conceitos de grafologia utilizados até os dias atuais.
Nesta mesma época, Crépieux-Jamin, considera- do o

verdadeiro pai da grafologia moderna, clas- sificou e
interpretou os gêneros, espécies e movimentos gráficos,
elevando assim a grafologia à ciência. Sua principal obra, “O
ABC da grafologia”, foi escrita em 1929.
A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 11

Outro grande mestre da grafologia, o psicólogo suiço
Max Pulver ( 1899-1952), introduziu as teo- rias
psicanalíticas nos estudos grafológicos, de- senvolvendo
o que conhecemos por “Simbolis- mo do Espaço
Gráfico”.
Muitos outros nomes, ainda, se destacaram, mas o

grande salto da grafologia ocorreu durante a Primeira
Guerra Mundial, quando os Estados Unidos tiveram que
recrutar mão-de-obra para suas forças armadas, em
especial as do exército.
Aplicada em larga escala pelos recursos huma- nos das

empresas nos Estados Unidos e na Euro- pa, a
grafologia vem crescendo e ganhando terreno no Brasil
em várias áreas. Utilizada há dé- cadas pela polícia
técnica no campo da crimina- lística, é aplicada também
em seleção e desenvolvimento de pessoal nas
organizações, em es- colas, em orientação vocacional e
matrimonial, na medicina, em investigações biográficas,
etc.
Hoje a grafologia é ensinada nas grandes univer- sidades

européias, principalmente na Alemanha e na Escola de
Medicina Legal de Madri, rece- bendo, inclusive, o apoio
de organismos estatais nos países mais avançados.
12 ESCRITA
1 O DOMÍNIO DA ESCRITA
Assim como todo ser humano possui impressão digital
única, cada pessoa é dotada de personalidade original e
diferente da dos demais. Desse modo, também temos
nossa maneira pessoal de andar, falar, gesticular e ...
escrever.
A forma particular que o indivíduo dá a uma de-

terminada letra do alfabeto, por exemplo, pode ter
origem em diversos fatores físicos e emocionais.
Quando escrevemos, produzimos sinais gráficos como

símbolos que correspondem ao nosso verdadeiro
caráter e modo de sentir.
Se colocarmos um grupo homogêneo de crian- ças que

aprende a escrever com a mesma professora e utiliza o
mesmo caderno de caligrafia, ao final da tarefa os
resultados de suas grapheins se- rão diferentes, pois a
expressividade individual dará, inconscientemente, um
colorido próprio ao trabalho de cada uma delas.
A grafologia, ciência social que estuda a personalidade

do ser humano através da escrita, parte do princípio de
que o ato de escrever é uma resposta inconsciente a
impulsos cerebrais ma- nifestando, então, nossos
sentimentos íntimos.
Portanto, se a graphein está profundamente interli- gada

aos fatores que determinam nossos compor- tamentos,
logo sua análise nos permitirá a identi- ficação de
potencial intelectual, traços de caráter, personalidade,
temperamento, entre outros.

1.1 O COMANDO DA ESCRITA
A escrita é um padrão adquirido de hábitos ideomotores
e neuromusculares, entrelaçados. O mecanismo é
altamente complexo – de um lado uma série de
comandos; de outro, uma série de execuções e controles.
LOBO FRONTAL
Área psicomotora que comanda toda a atividade
voluntária do indivíduo. Área responsável pelas tomadas
de decisão, é também o local onde nasce a escrita. Uma
lesão nesta área gera perda do senso de
responsabilidades sociais e a capacidade de con-
centração e abstração.
TALAMO
Agrupamento de núcleos que tem por função filtrar, interpretar
e apreciar as diversas sensa-
14 ESCRITA
ções e, então, transmití-las a consciência; é a sede das
emoções.
PALADIO
Leva à exteriorização das emoções em forma de ato
motor e, assim como o tálamo, desempenha um papel
essencial na coordenação dos movimentos.
O tálamo e o paládio, juntos, são responsáveis pela

transformação dos movimentos voluntários em
movimentos mecânicos.
CEREBELO
Especializado na coordenação sensoriomotora, con-
trola o tônus dos músculos. Ele possibilita a manu-
tenção do equilíbrio e a suavidade dos movimentos.
CORTEX CEREBRAL
Múltipla camada de células nervosas que recobre o
cérebro, é o local de onde partem os impulsos ner- vosos
geradores da escrita e seguem descendo pela medula
espinhal e daí para os grupos de nervos e músculos,
gerando o ato de escrever.

2 SIMBOLISMO DO ESPAÇO
GRÁFICO
Como já vimos, Max Pulver aplicou dados da psi-
canálise aos estudos da grafologia e desenvolveu a sua
teoria do simbolismo do espaço gráfico. A partir do
princípio de que todos nós temos internalizada a idéia de
“espaço”, podemos assim considerar:
Traçando-se um paralelo entre as Zonas Superior, Média

e Inferior e os princípios psicanalíticos de Superego, Ego
e Id, respectivamente, podemos concluir que as
características de personalidade são indicadas pela
direção do traço de quem escreve. Assim, para
definirmos em que zona predomina a escrita,
utilizamos o seguinte cálculo:
1º - obtemos a média das ovais (a, o, d, g, q ) x 3

Ex: 0,4 x 3 = 1,2
2º - estabelecemos, então, a faixa a ser trabalha- da : 1,1 - 1,2
- 1,3
2.1 AS ZONAS E SEUS PREDOMINIOS

Quando medimos as hastes e as pernas e encontramos
um valor que se situa dentro da faixa estabelecida,
dizemos que existe equilíbrio entre as zonas.
Um bom equilíbrio de personalidade apresenta
pequenas variações na estrutura das zonas. Estas
pequenas variações tendem a matizar a escrita e
enriquecer as possibilidades de vermos as mais diversas
características multifacetadas do escritor. A rigidez de
qualquer aspecto da escrita deve ser considerada um
mau sinal grafológico.
O equilíbrio entre as zonas é sinal que o escritor

possui personalidade equilibrada e em plena harmonia.
Uma escrita proporcional demonstra prudência,
discrição, sobriedade, sensatez, ausên- cia de
esnobismos e excentricidade. Grande do- mínio das
paixões.
A zona superior poderia ser representada pelo

“céu”, onde estão Deus, os anjos, impulsos divi- nos.
“Elevar-se socialmente é estar por cima, no topo”.
Como trata-se da esfera da espiritualidade, da
intelectualidade e da ambição, quando é esta a zona
predominante, a escrita nos indicará va- lorização do
lado espiritual e intelectual. Pessoas com ambição de
idéias. O exagero nos mostrará pessoas excêntricas e que
vivem fora da realida-
18 A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA
de, num mundo de sonhos e fantasias e com ten- dência à

megalomania.
A zona média, que pode ser representada pela “terra”,
é a esfera do Eu. Diz respeito ao comportamento social
e a adaptação à realidade. Refe- rese à vida cotidiana e à
necessidade de contatos sociais, familiares, de amigos,
etc. Como é a esfera da auto-estima, pode nos indicar
traços de narcisismo e egocentrismo. O predomínio
desta zona caracteriza pessoas realistas e que lidam bem
com as coisas do dia-a-dia; tentativa de ajuste emocional
e necessidade de prestígio. É típica de comerciantes e
industriais. Considerada a zona onde ocorrem os
conflitos, seu exagero será um sinal de ego exacerbado.
A zona inferior pode ser comparada à zona do

“inferno”, ou seja, das profundezas, do abismo, dos
demônios. “Os tesouros ocultos encontram- se nas
profundezas do mar”. Premonições e ago- nia. Zona das
necessidades (sexuais, materiais, físicas, ...), luxúria e do
sentido prático das coisas. Refere-se a fortes pulsões
instintivas, pois, nessa zona, o inconsciente age primeiro.
Não existe facilidade de adaptação aos problemas do
cotidiano e há uma necessidade de ocupação terri- torial.
O predomínio desta esfera caracteriza uma grande
energia física, motricidade, materialismo e egoísmo.
Insegurança e medo de perder aquilo que já foi
conquistado.

3 ORDEM
Segundo Aurélio Buarque de Holanda, ordem é o
mesmo que disposição metódica; ou seja, é o arranjo das
coisas classificadas segundo certas re- lações,
conveniências, utilidades ou qualidades respectivas. Ou
ainda, a tranqüilidade resultante da submissão às leis. Em
grafologia, a ordem é a categoria utilizada para distribuir
letras, palavras e linhas ao longo do texto, considerando
as vari- ações de largura e espaço.
A ordem revela a capacidade de organização das idéias e

adaptação às normas e deveres sociais. É também indício
da capacidade de planejamen- to de trabalho do
indivíduo.
Uma escrita bem ordenada apresenta propor-

ção entre letras, palavras, linhas, margens, título e
assinatura, ou seja, em toda a onda gráfica. A distância
normal entre uma letra e outra é equi- valente à largura
média das letras ovais (“a”, “o”, “g”, “d”, etc.).
3.1 CLARA
Existe harmonia na distribuição do texto e do espaço;
não há mistura dos elementos gráficos e as letras,
palavras e linhas ocupam seus respecti- vos postos.
Sentido positivo – Reflexão, objetividade e espíri- to

de síntese. Correta visão dos fatos sociais. A ra- zão
dirige a imaginação. Simpatia, fidelidade e amor
21
à verdade. Predomínio da atividade consciente e clareza de

espírito. Ordem nas áreas de trabalho.
A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

Sentido negativo - Inteligência medíocre e con-
vencional, acostumada a seguir hábitos e rotinas pré-
estabelecidas. Carece de imaginação. Visão dis- torcida
de suas obrigações sociais.
3.2 CONFUSA
Não existe organização entre palavras, linhas e espaços
e o texto apresenta-se de modo descon- tínuo e
desordenado, com as letras traçadas de forma imprecisa.
Difícil leitura.
Sentido positivo – Mescla da vida instintiva, emotiva

e intelectual. Entusiasmo juvenil, imagina- ção
transbordante, afetividade e originalidade.
Sentido negativo – Ansiedade, angústia e inquietudes.

Desequilíbrio e complicação de ordem moral. Exaltação,
pretensão. Excesso de imaginação, ingenuidade,
credulidade e sugestionabilidade. Fal- ta de pudor e
contato fácil com pessoas imorais e amorais. Predomínio
do temperamento nervoso.
22 PERSONALIDADE ATRAVÉS ESCRITA

A DA
3.3 CONCENTRADA
Quase não existe espaço entre letras, palavras e linhas.
Esta pessoa tem forte necessidade de ver, tocar e sentir.
Busca contatos reais e concretos. Medo de perder o que
já conquistou.
Sentido positivo – Concentração e bom aprovei-

tamento do tempo. Prudência, previsão e economia.
Reserva, seriedade e discrição. Discernimento.
Concentração de esforços.
Sentido negativo – Falta de limites e escrúpulos.

Visão limitada e estreita de fatos e coisas. Necessi- dade
de economia e de acúmulo de coisas; avareza.
Introversão, desconfiança e pessimismo.

23
3.4 ESPAÇADA
Há um exagero nos intervalos entre letras e palavras.
Os espaços em branco na escrita sugerem um momento
de silêncio, de contato consigo mesmo e de isolamento.
Sentido positivo – Necessidade de independên- cia.

Extroversão; expansão de contatos, idéias e sen-
timentos. Prudência, liberdade, clareza de espíri- to.
Simpatia, bondade, generosidade. Criatividade.
Sentido negativo – Exibicionismo, extravagân- cia,

orgulho, ansiedade. Propensão impulsiva, suges-
tionável, ingênua e confiável. Falta de juízo e refle- xão.
Relaxamento, desperdício de tempo e papel.

3.5 EXTENSA
Uma escrita é extensa quando percebemos, nas ovais, mais
largura do que altura.
Sentido positivo – Iniciativa, franqueza, extroversão.

Memória e imaginação verbal. Autoconfiança e
compreensão; próprio de médi- cos e psicólogos.
Sentido negativo – Arrogância, impaciência. Fal- ta de

juízo e reflexão. Exibicionismo e materia-
A DA

lismo. Precipitação, imprudência; prazeres mundanos (
ZI grande ).
3.6 ESTREITA
O contrário da anterior, ou seja, quase não se per- cebe
largura nas ovais.
Sentido positivo – Economia, reserva. Capacida- de de

concentração.
Sentido negativo – Medos e receios; confusão e

insegurança. Egoísmo, desconfiança, irreflexão.
3.7 LIMPA
A escrita apresenta-se sem manchas, borrões ou rasuras.
Não existem traços supérfluos, ou seja, as bordas das
letras não possuem “rebarbas”. É um dos melhores
sinais da escrita.
Sentido positivo – Clareza moral, juízos pon- derados

e equitativos. Superioridade moral e nobreza de caráter.
Capacidade intelectual e pensamento lógico na busca

de soluções. Busca inexorável e sistemática da verdade
como princí- pio de vida.
3.8 SUJA
Esta difere da “escrita limpa”, pois apresenta-se com
manchas, borrões e/ou rasuras. Predomina um ambiente
de ilegibilidade e desordem. Pessoas com esta escrita
parecem ter passado por sérios problemas ao longo da
vida.
Sentido negativo – Desordem na vida, de uma

maneira geral. Negligência, falta de tato, baixo nível
ético, social, estético e moral. Demonstra pouco respeito
ao espaço alheio.

4 DIMENSÃO
O tamanho da escrita corresponde ao espaço que
desejamos ocupar no mundo. Podemos avaliar o modo
como a pessoa vê a si mesma, o nível de expansão da sua
personalidade, seus impulsos e necessidades; como se
comporta frente aos demais e como se posiciona no
ambiente em que vive.
4.1 PEQUENA ( ATE 2 MM )

Sentido positivo – Modéstia e abnegação. Pru- dência
e disciplina. Delicadeza, elegância e reserva.
Introversão, intuição e detalhe. Atenção, concentração
de esforços e senso crítico. Obser- vação e precisão.
Sentido negativo – Temor, timidez, dúvida e

insegurança. Estreitamento do campo da consci- ência e
liberdade restrita. Mesquinharia e insig- nificância.
Dissimulação e ansiedade; tendência ao desalento e ao
pessimismo.

4.2 MEDIA ( DE 2,1 A 3 MM )
Sentido positivo – Boa adaptação; reações senti-
mentais e intelectuais reguladas. Espírito empreen-
dedor, serenidade e organização. Harmonia e equilíbrio
nas diversas funções e aptidões.
Sentido negativo – Inteligência mediana e reduzida

criatividade. Frieza, apatia, indiferença e tédio.
4.3 GRANDE ( ACIMA DE 3,1 MM )
Sentido positivo – Nobreza, generosidade, orgulho

e segurança. Boa adaptação, extroversão e otimismo.
Vida intensa e concreta, dinamismo e entusiasmo.
Criatividade e comunicação. Próprio de vendedores.
Sentido negativo – Audácia, arrogância, pre- tensão,

exaltação, vaidade. Atitude ditatorial. Am- bição e
narcisismo. Necessidade de aplausos, de- lírios de
grandeza e ausência de senso crítico.

4.4 CRESCENTE
É a escrita em que as letras vão aumentando de tamanho
progressivamente. Pode ser também que só a letra final
seja mais alta e longa que as anteriores. O ego vai
crescendo e a pessoa vai se soltando à medida que
conhece o terreno. Senso de oportunidade.
Sentido positivo – Entusiasmo e expansividade;

alegria e jovialidade. Franqueza, bondade e in-
genuidade. Predomínio do pensamento mágico sobre o
lógico. Gentileza, nobreza de caráter.
Sentido negativo – Impulsividade, falta de tato.

Exagero e desproporções. Autodefesa, insegu- rança e
confronto. Confusão, impertinência. Tendência a
grosserias e mentiras. Avidez e in- satisfação.
2 10 A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

4.5 DECRESCENTE
As letras vão diminuindo de tamanho à medida que
avançam no papel. Isto significa dimi- nuição do
entusiasmo, como também da energia. Fadiga mental e
física.
Sentido positivo – Boa adaptação, discrição, cautela.

Maturidade, persuasão, diplomacia. Predo- mínio do
pensamento lógico sobre o mágico. Ex- periência de
vida, perspicácia. Cultura e evolu- ção espiritual.
Habilidade para desmascarar ma- nobras alheias.
A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 2 11

Sentido negativo – Timidez, insegurança, de- pressão.
Astúcia, ironia, impaciência. Desconfi- ança, preguiça.
Curiosidade, inconstância. Ha- bilidade para dissimular
e evadir dos compro- missos e responsabilidades.
4.6 SOERGUIDA
É quando ocorre um soerguimento ou elevação em
algumas letras ou parte das mesmas. Nas assinaturas,
pode revelar facetas escondidas. Sugere desproporção e
emotividade.
Sentido positivo – Idealismo (posição social,

econômica, política, etc.), orgulho, fantasia. Su-
perioridade, liderança, independência. Sensibi- lidade
para captar as coisas do espírito.
Sentido negativo – Certo menosprezo pela per-

sonalidade alheia e desejo de destacar-se sobre os
demais. Sobressaltos e inquietudes da personalidade.
Ambição, despotismo, arrogância. De- seja aparentar o
que não é.

4.7 REBAIXADA
Em toda a extensão do grafismo existe o predo- mínio
da zona média. As maiúsculas, hastes e pernas
desenvolvem-se muito pouco além da zona central.
Personalidade centrada no ego.
Sentido positivo – Modéstia, humildade, sim-

plicidade e moderação. Com realismo e praticidade, lida
bem com as coisas do dia-a-dia. Ca- pacidade para cargos
de direção. Necessidades materiais.
Sentido negativo – Ausência de dignidade; dis-

simulação, passividade. Resignação, inibição e astenia.
Carência de afeição, pouca iniciativa, falta de orgulho;
prazer em primeiro lugar.
4.8 COMPENSADA
É a escrita onde há o predomínio de uma zona em
detrimento de outra. O desenvolvimento insuficiente
de um movimento é compensado pela expansão do
gesto sobre outras zonas. Diz respeito a um
deslocamento da energia psíquica,
que pode ser positivo ou negativo.
Sentido positivo – Projeção em interesses na esfera

intelectual, estética, religiosa social, etc. Com- pensação
(podendo ser objetiva ou subjetiva) das questões vitais
(sociais, profissionais, de amor, etc.).
Sentido negativo – Compensação através da fic- ção

(auto-ilusão, aparências de heroísmo, autodi- vinização,
etc.). Pode ser indício de anomalias como neuroses,
perversões sexuais, delinqüência ou uso de tóxicos.
4.9 IRREGULAR
Não há constância na dimensão da escrita.
Sentido positivo – Imaginação, entusiasmo, orgulho

e emotividade. Facilidade de adaptação, flexibilidade e
receptividade. Dinamismo.
Sentido negativo – Exagero, mobilidade, ego- ísmo.

Inconstância, irritação e agitação. Falta de critério na
avaliação das coisas, no modo de com- paração e na
medida de proporção.

5 FORMA
Na infância, aprendemos a escrever dentro daquele
modelo caligráfico que nos é ensinado. Porém, à medida
que crescemos, passamos por experiências, positivas ou
negativas, que nos moldam e nos individualizam. A
escrita também tende a mudar e a tomar a forma
própria. Por isso, ela traduz o grau de originalidade e as
faculdades cons- trutivas e de execução do escritor.
Revela os interesses e preocupações mais imediatos e
tam- bém a cultura da pessoa.
5.1 CALIGRAFICA
É a reprodução do modelo que aprendemos na escola.
Revela a aceitação dos fatos, ordens e acon- tecimentos,
sem contestação. Comum em pro- fessores primários.
Sentido positivo – Fidelidade ao “contrato social”;

disciplina, calma e seriedade. Cordialida- de, reserva e
ponderação. Submissão, pontuali- dade e organização.
Sentido negativo – Carências de criatividade e

iniciativa. Infantilidade, conformismo, mediocri- dade e
insignificância. Monotonia, egoísmo e
convencionalismo. Baixo potencial intelectual.

5.2 TIPOGRAFICA
É a escrita em que todas as letras imitam os caracteres
de imprensa. Sendo desenhada, o escritor pretende se
fazer “belo” perante os demais. É conveniente que esta
seja sua escrita habitual. Devemos verificar se são
arquitetos, cartógrafos, desenhistas, letristas, etc.
Sentido positivo – Originalidade, sentido estéti- co e

independência. Necessidade de clareza nas relações.
Forte autocontrole; capacidade de pre- venção. Bom
nível cultural; boa memória visual.
Sentido negativo – Dissimulação, imitação e ocultação. Falta de

precisão e controle; esnobismo.
5.3 SIMPLIFICADA
A escrita não apresenta traços desnecessários – só
aqueles essenciais à sua compreensão. É a di- minuição
do movimento, a eliminação do su- pérfluo e o apego ao
elementar.
Sentido positivo – Boa adaptação, sinceridade e

economia. Seriedade, precisão e respeito. So- briedade e

modéstia. Predomínio da razão e capacidade de síntese
e organização.
Sentido negativo – Desconsideração, astúcia,

vulgaridade. Convencionalismo e rotina. Escas- sa
imaginação.
5.4 ORNADA
O escritor deseja acrescentar algo à sua escrita e o
ambiente gráfico aparece carregado de traços
desnecessários como laços, espirais, etc.
Sentido positivo – Capacidade de representa- ção e

organização. Sentido estético e destreza manual.
Impulso construtivo e imaginativo.
Sentido negativo – Vaidade, dissimulação e

coqueteria. Ostentação, artificialismo e gostos
mundanos. Juízos caprichosos e superficiais; exa- geros,

pedantismo e pretensão. Futilidade, frivo- lidade e mau
gosto.
5.5 REDONDA
Há uma dominância das linhas curvas; os traços são
executados em forma de arco.
Sentido positivo – Simpatia, bondade e paci- ência.

Discrição, percepção e boa adaptação. Sensualismo e
emotividade. Flexibilidade e al- truísmo.
Sentido negativo – Indiferença, fantasia e afe- tação.

Passividade, pouca iniciativa e lentidão. Indolência,
negligência e automatismo.

5.6 ANGULOSA
Se endurecermos o traço suave e angularmos o curvo,
teremos um grafismo anguloso. O ângulo é um gesto
brusco e, de modo geral, revela um desacordo entre o
eu e o mundo.
Sentido positivo – Coragem, firmeza e decisão.

Tenacidade, disciplina e realização. Objetividade,
praticidade e independência. Predomínio da ra- zão,
capacidade de mando e sentimento de dever.
Sentido negativo – Intransigência, rigidez e obs-

tinação. Inadaptação, frieza, desproporção. An- siedade
e melancolia. Ciúme, vingança e inveja. Agressividade e
ressentimento.
5.7 ARREDONDADA
A escrita é ovalada, com ângulos naturais que suavizam os arcos,
bucles, laços, etc.
Sentido positivo – Personalidade sugestiva e atra-

ente; graciosidade, amabilidade e gentileza. Lide- rança e
persuasão. Otimismo, alegria e expansão.
Sentido negativo – Prazer pessoal, passividade e

egoísmo. Emotividade, preguiça e pouca iniciativa.
Sugestionabilidade e necessidade constante de ser
alavancado para realização das tarefas.

5.8 COMPLICADA
Verifica-se pela presença de traços desnecessários, que não
existem no modelo caligráfico.
O escritor preocupa-se mais com os detalhes do que com

as próprias letras.
Sentido positivo – Predomínio da imaginação sobre a

razão. Habilidade verbal. Valorização das formas exteriores
e aparências. “A arte de enre- dar e vender”.
Sentido negativo – Coquetismo; falta de franqueza e

de simplicidade. Caráter fanfarrão, arro- gante e
exibicionista. Apreciação exagerada a si mesmo.
5.9 SECA
Mais reduzida que a escrita simplificada, aqui os
movimentos são contidos, angulosos e ligeiros. O
ambiente é sóbrio e os traços tendem a ser leves e
regulares.

Sentido positivo – Predomínio da razão sobre o
sentimento. Seriedade, precaução e reserva. Ca-
pacidade teórica e crítica. Independência.
Sentido negativo – Pensamento árido, que carece de

imaginação e fantasia. Frieza, reserva e cál- culo.
Inflexibilidade, avareza e avidez. Tristeza.
6 LIGAÇÃO
Ligação – traço que o escritor utiliza para unir as letras
– nos revela a atitude externa habitual do sujeito. A
qualidade das ligações indicará o tipo de adaptação e se
corresponde ou não com o seu verdadeiro modo de ser.
É de grande valor, pois é dos mais difíceis de se disfarçar.
Observa-se principalmente nos “M” e “N”. Traço
caracte- rístico da ZM (ego).
6.1 EM ARCADA
O traço é como um guarda-chuva – o ego “se protege”
das influências que vêm da zona superior. O sujeito se
reserva, possui espírito construtivo e sua adaptação é
equilibrada.
Sentido positivo – Prudência, reflexão, ética e
discrição. Atitude formal e calculada Introversão e auto-
vigilância. Desejo de demonstrar uma certa
superioridade.
Sentido negativo – Dissimulação, artificialidade e

manipulação. Pretensão, vaidade e egoísmo. Des-
confiança, incredulidade, malícia e conspiração.

6.2 EM GUIRLANDA
São movimentos em forma de U, como curvas abertas
para cima. Como a terra que se abre para receber a
semente e ser fecundada, o sujeito se abre às influências
externas (e da ZS).
Sentido positivo – Boa adaptação, franqueza e

sinceridade. Flexibilidade, receptividade e tolerância.
Abnegação e generosidade. Expan- são, autoconfiança.
Facilidade para contornar situações.
Sentido negativo – Pouca iniciativa, indecisão e

comodismo. Influenciabilidade, indiscrição e
negligência. Falta de atenção e incapacidade para se
tornar independente.
6.3 EM ANGULOS
O ponto de encontro das letras tem forma de pontas.
Diferente das guirlandas, o indivíduo não se “enverga”
às pressões externas e tem uma difí- cil relação de troca
com o meio.
Sentido positivo – Perseverança, firmeza e de- cisão.

Estabilidade e seriedade. Retidão moral, dever e honra.
Domínio da razão sobre a imagi- nação e o sentimento.
Sentido exigente do dever. Auto-estima e orgulho.

40
Sentido negativo – Adaptação combativa. Ri- gidez,

intransigência e desconfiança. Egocen- trismo, teimosia
e narcisismo. Tendência à polê- mica e ao isolamento.
Pessimismo, rancor e falso moralismo.
6,4 EM BUCLES
A união entre as letras dá-se através de laços. O bucle e
o arco são movimentos regressivos.
Sentido positivo – Sociabilidade, amabilidade e

conciliação. Habilidade para obter coisas sem sacrifício.
Discrição, reserva e diplomacia. Sedu- ção e prazer em
primeiro lugar.
Sentido negativo – Oportunismo, bajulação e

interesse. Atração perigosa, falso galanteio, astú- cia e
coquetismo. Egoísmo e egocentrismo.

6.5 FILIFORME
A filiformidade é um movimento que esfumaça o
traço, transformando-o num fio. É como um
achatamento da zona média, de formas impreci- sas e,
quase sempre, irregulares.
Sentido positivo – Adaptação hábil e diplo- mática.

Impressionabilidade, elasticidade e in- dependência.
Compenetração e critério. Liber- dade de ação e talento
político. Dinamismo e improvisação.
Sentido negativo – Oportunismo, astúcia e

imprecisão. Deslealdade e insegurança. Falta de
escrúpulos e fuga às decisões e às responsabilidades.
Ausência de retidão e impaciência. Evasi- vas e covardia.
6.6 IRREGULAR
É quando há variação nas formas de ligação. Isso
significa uma alternância de comportamento. O
ajustamento não é espontâneo e o sujeito tende a ser
contraditório entre o que faz e o que pensa. A

interpretação se faz a partir dos tipos de ligação
presentes.
Ex: Ângulos e guirlandas – alternância entre afeto e

frieza, dureza e tolerância, firmeza e debilidade.
42

Sentido positivo – Versatilidade e flexibilidade.
Habilidade no processo de adaptação. Sensi- bilidade
intelectual e intuição.
Sentido negativo – Ambivalência de sentimentos,

imaturidade, insinceridade. Atitudes irracionais.
7 PRESSÃO
Um dos aspectos mais importantes de uma análise
grafológica é a pressão. Por isso, não devemos fazer
um levantamento a partir de uma xerox, fax, etc. Ela não
ficaria completa.
A pressão é a intensidade de energia psíquica e, valorizá-

la, é valorizar a força das tendências do instinto, do
sentimento e da vontade. Este aspecto nos indica a
potência da libido, a capacidade de realização, variações
de humor, vontade, firmeza nas atitudes pessoais,
vitalidade, segurança e o modo como o indivíduo
enfrenta as circunstâncias da vida.
Quanto maior a pressão, maior o dinamismo fí- sico e

mental, maior a resistência e maior a capacidade de
auto-afirmação.
Os principais aspectos da pressão são: Tensão,

Profundidade e Relevo.
7.1 TENSAO
A FIRME
Uma escrita é firme, quando os movimentos grá- ficos
são retos, rígidos e seguros e não apresentam flexões
ou ondulações em nenhum dos sentidos de direção. O
grafismo é dinâmico e os traços são limpos, precisos e
em relevo. Há coe- são em toda a sua estrutura.
Sentido positivo – Capacidade de liderança,

determinação e eficácia. Brio, estabilidade e
praticidade. Predisposição para a ação e boa capacidade
de rendimento. Firmeza e segurança no modo de pensar.
Decisão.
Sentido negativo – Autoritarismo, intolerância e

rebeldia. Acúmulo das tensões emocionais que dão lugar
a reações bruscas e desproporciona- das: paixão,
brutalidade, agressividade.
B FROUXA
Ocorre um déficit de tensão nos movimentos, gerando
um traçado sinuoso, ondulante ou torcido em qualquer
de seus sentidos direcionais. A escrita é leve, frágil e sem
vida.
Sentido positivo – Idealismo, espiritualidade e

sensibilidade.
Sentido negativo – Baixo tônus, falta de energia e

debilidade da vontade. Ansiedade, depressão e fra-
gilidade. Débil disposição para ação, luta e defesa.
PERSONALIDADE ATRAVÉS ESCRITA

46 A DA
7.2 PROFUNDIDADE
A PROFUNDA
Uma escrita é profunda quando, devido a uma forte e
autêntica pressão da caneta sobre o papel, as marcas
ficam facilmente visíveis. É a terceira dimensão gráfica (
Max Pulver).
Sentido positivo – Força realizadora, poder su-

gestivo, dinamismo na ação e no pensamento.
Autenticidade de valores e atitudes. Precisão, firmeza e
segurança em si e nos atos. Persistência, resistência,
decisão e resolução.
Sentido negativo – Julgamentos superficiais e

materialismo. Insubordinação, imprudência, “ca- beça-
dura”.
B MEDIA
A caneta deixa no papel uma trilha perceptível,
porém com pouca profundidade e nitidez.
Sentido geral – Capacidade mediana de cria- ção e

realização. Relativo poder de persuasão. Faculdades para
compreender e empreender idéi- as e ações de alcance
normal.

C SUPERFICIAL
O traço não deixa marcas no papel; a pressão é apenas
aparente, ainda que vista com lupa.
Sentido negativo- Falta de firmeza moral, de au-

tenticidade e profundidade nas manifestações da
personalidade. Fingimento e dissimulação. Falsa
aparência de uma pseudo-produtividade. Afeição ao
blefe. Incapacidade de reagir, dificuldades para enfrentar
obstáculos e débil disposição para a ação.
D DESIGUAL
A escrita apresenta diferenças na profundidade,
força e relevo por todo o ambiente gráfico.
Sentido negativo – Hiperemotividade; alterações no

funcionamento nervoso, que provoca descargas de
energia em ritmo irregular. Reações exageradas e
repentinas. Instabilidade das faculdades criadoras e
produtivas; incapacidade para prosseguir tarefas que
requeiram profundidade e esforço contínuo. As causas
dessa irregularidade devem ser deduzidas do conjunto
dos aspectos gráficos.

48
7.3 RELEVO
O relevo é o forte contraste entre o negro da tinta e o
branco do papel.
O relevo é algo pessoal e alheio à intenção deste efeito.

Para muitos estudiosos, o negro representa a palavra,
o branco, o silêncio entre elas, e a relação negro/branco
representa uma necessidade de contato com a
realidade.
A EM RELEVO
Os traços são limpos e alimentados de tinta; os
contornos são nítidos e sem pastosidade.
Sentido positivo – Boa vitalidade, equilíbrio psíquico

e nervoso e boa capacidade de trabalho. Atenção,
observação e memória visual. Po- der sugestivo e
estabilidade. Capacidade criati- va e realizadora.
Motricidade.
Sentido negativo – Paixão, sentimentalismo e

materialismo. Epicurismo e hedonismo. Lu- xúria.

B EM BAIXO RELEVO
Não há contraste entre o negro e o branco. É uma
escrita sem brilho, ofuscada e pálida.
Sentido negativo – Opacidade de espírito e

criatividade. Passividade, indolência e abulia. Falta de
vitatlidade, de iniciativa e de esforço

pessoal. Necessidade de receber atenções, calor, estima,
olhares, etc.
C EM RELEVO DESIGUAL
Freqüentes mudanças de cor que acontecem dentro da
mesma palavra ou mesma linha.
Sentido negativo – O sistema nervoso da pessoa é

sensível e irritável. Como a energia nervosa é desigual,
ela tem acentuadas desigualdades de comportamento e
caráter; há perda da vitalidade e aumento da
impressionabilidade e sensibilidade. Capacidade de
realização irregular.
7.4 TERMINAÇOES EM MAÇAS OU ACERADAS

Ainda dentro do capítulo Pressão, faremos um estudo
sobre os finais de determinadas grafias, que podem

revelar dois tipos especiais de escrita: em maça ou
acerada.
A ESCRITA EM MAÇA
São os finais, verticais ou horizontais, que apresentam
ponta quadrada. A maça é movimento de retenção de
carga emocional que se traduz em forma de “disparo
explosivo” ou “força direcionada”. É a contenção da
força e da tensão.
Sentido geral – Predisposição natural ao acúmulo de

tensões emocionais. Trata-se de um sinal de
agressividade e combatividade e seu significado pode
variar segundo a direção do traço:
Horizontal – Rico potencial de ação e decisão (valor,

coragem e audácia para levar adiante as próprias idéias).
Vertical – Intransigência, rigor e inflexibilidade nas

ações. Afirmação apaixonada. Resistência e autoridade.

B ESCRITA ACERADA
É o tipo de traço que termina em ponta de agu- lha. Em
geral, o movimento é rápido e impulsio- nado, como se
fosse um “disparo” ou “desafogo”.
Sentido geral – O indivíduo possui uma defici- ência

no freio dos instintos, desejos e necessidades, não
conseguindo conter sua energia. Impul- sividade e
vivacidade nas reações. Pouco domí- nio de si mesmo.
Espírito combativo e vingati- vo. Quando esta tendência
segue os caminhos do espírito, encontramos agudeza de
inteligên- cia, vivacidade de espírito, habilidades de in-
vestigação e penetração. Senso crítico, ataque rá- pido e
profundo nas questões.
Sentido negativo - Agressividade, irritabilidade e

impaciência. Ânsia por dominar, cólera e, até mesmo,
sadismo. Pronto ataque, impulsos destrutivos,
insinuação e arrogância.

8 VELOCIDADE
O dinamismo da escrita revela o tempo de rea- ção e a
rapidez com que o sujeito soluciona seus impasses e
finaliza suas tarefas. Indica ainda o rendimento
pessoal/profissional e o quão rápi- do queremos
alcançar um objetivo. É um sinal de grande valor, pois
está intimamente ligado à inteligência, ao
temperamento, à imaginação e à atividade.
8.1 LENTA
Uma escrita é lenta quando possui muitos florei- os e
retoques, traços à esquerda, letras muito grandes e
pesadas, fazendo com que a pessoa gaste mais tempo na
execução gráfica.
Sentido positivo – Atividade mental reflexiva,

tranqüila e prudente; assimilação lenta e precisa.
Seriedade, estabilidade, recato e diplomacia. Mo-
deração e contemplação. Tendência ao repouso.

Sentido negativo – Falta de coragem e disposi- ção
para a luta; medo e insegurança. Indecisão, apatia,
inibição e insensibilidade. Raciocínio len- to e
curiosidade intelectual limitada. Falta de pulso e de
esforço.
8.2 PAUSADA
Aqui o espaço entre palavras e letras é constante, a
dimensão é quase sempre igual e as letras são bem
executadas, claras, limpas e cuidadas, sem a angústia da
pressa.
Sentido positivo – Processos mentais de ritmo

mediano; observação e reflexão. Sobriedade, pre- cisão e
presença de ânimo. Sentimentos cons- tantes e
necessidade de intervir nos fatos. Imagi- nação realista e
capacidade de levar adiante as tarefas. Boa memória, boa
assimilação e sensatez. Realização.
Sentido negativo – Dificuldades de variar de tarefas,

acomodação e rotina. Propenso a pre- conceitos. Pouca
iniciativa, timidez e apreen- são. Incapacidade para
acelerar o ritmo normal de trabalho.
8.3 RAPIDA
O impulso gráfico é rápido quando os traços são
espontâneos e simplificados, filiformes, à direita, com
formas abreviadas e certos finais inacabados e acerados
(em pontas).
Sentido positivo – Cultura e superioridade in-

telectual, imaginação rápida e ágil; liderança e
dinamismo. Espírito empreendedor, iniciativa e decisão.
Disposição física, mental e intelectual para a ação.
Persuasão.
Sentido negativo – Desequilíbrio, inquietação,

impaciência e instabilidade. Oportunismo,
impulsividade, euforia. Pouca capacidade de ob-
servação e atenção aos detalhes. Ansiedade e pen-
samento sugestionável.
8.4 ACELERADA
Quando os movimentos habituais, pausados ou lentos,
aumentam seu grau de rapidez.
Sentido positivo – Capacidade de aumentar o ritmo de

trabalho e a produtividade; resistência à pressão.
Persistência ,dinamismo, decisão e perfeccionismo.
Sentido negativo – Emotividade e inibição; pro-

dutividade desorganizada; mal aproveitamento do
tempo. Vacilação, angústia e dissimulação. Pouco
domínio das reações motoras, agitação e desordem.

8.5 PRECIPITADA
A escrita precipitada é aquela em que os movimentos
são filiformes ou inacabados; os traços são pequenos e
apresentam irregularidades na dimensão e distribuição
dos espaços.
Sentido positivo – Autoconfiança, perspicácia e

agilidade mental. Boa capacidade de assimila- ção,
espírito pragmático e criatividade. Rapidez de decisão,
dinamismo e força de vontade. Aten- ção apenas
genérica.
Sentido negativo – Precipitação, impulsividade e

irreflexão. Excesso de confiança e falta de pre- cisão nas
ações. Impaciência, instabilidade e dificuldade de levar
adiante seus projetos. Falta de senso crítico.
8.6 VELOCIDADE DESIGUAL

Aparecem sinais de rapidez e lentidão ou diversas
mudanças de andamento na mesma grafia.

Normalmente, a desigualdade tem origem em estados
de inquietude e agitação nervosa. Porém, algumas
irregularidades podem ser consideradas normais.
Sentido positivo – Prudência, vivacidade de idéias,

dinamismo e iniciativa.
Sentido negativo – Medo, vacilação, agitação e

insegurança. Inconstância, sugestionabilidade e rápidas
variações de ânimo. Falta de confiança nos contatos com
os demais.

9 INCLINAÇÃO
Este aspecto revela o quanto somos inclinados a nos
relacionar com os que estão a nossa volta; ou seja, indica
qual o nosso desejo e necessidade de contato com os
demais. Revela a espontaneidade afetiva e o grau de
vinculação com objetos e pessoas.
9.1 MUITO INCLINADA (ABAIXO DE 45°)

Sentido positivo – Atividade, dinamismo e so-
ciabilidade. Espontaneidade, extroversão e afetividade.
Sentido negativo – Hipersensibilidade, paixão e

ciúme. Impulsividade, falta de autocontrole e
irritabilidade.
Necessidade de chamar atenção, ressentimento e

necessidade de ser influenciado.
9.2 INCLINADA ( DE 50° A 80°)

Sentido positivo – Moderação de sentimentos, de
necessidade de contato e de ser influenciado. Equilíbrio
entre sensibilidade e razão; ternura e afetividade sem
impulsão. Vínculo espontâneo, simpatia e cordialidade.
Cooperativismo, bene- volência e entusiasmo. Boa
memória, boa assi- milação e atenção.
Sentido negativo – Convencionalismo, rotina e acato

às regras. Cerimônia e adulação. Impaci- ência,
impulsividade, indisciplina e euforia.
9.3 VERTICAL (EM TORNO DE 90°)
Sentido positivo – Predomínio da razão, autocontrole,
firmeza e estabilidade. Imparciali- dade, critério e
maturidade. Constância de cará- ter, equilíbrio, discrição
e reserva. Eqüanimidade, dignidade e cautela.
Sentido negativo – Indiferença, frieza e isolamento.

Inflexibilidade, rigidez e centralização. Intransigência,
egocentrismo e falso orgulho. Des- confiança,
impassibilidade e ocultação de sentimentos. Falta de
decisão.

9.4 INVERTIDA (DE 95° A 150° A ESQUERDA)
Sentido positivo – Reserva, discrição, autocontrole.
Cautela e vigilância. Capacidade de abs- tração.
Abnegação e renúncia. Vergonha e preo- cupação em
esconder sua sensibilidade.
Sentido negativo – Desconfiança, excesso de defesa,

medo e timidez. Emotividade reprimi- da; falta de
espontaneidade. Dificuldade de exteriorizar emoções;
conduta elaborada (dissi- mulada) para evitar atritos.
Incredulidade, des- dém e crítica. Acusações sem base;
ressentimen- to; caráter difícil, desadaptado e refratário.
9.5 DESIGUAL
A escrita não tem direção definida; ora inclina para a
direita, ora inclina para a esquerda.
Sentido positivo – Facilidade de adaptação, di-

plomacia e boa compreensão. Capacidade para
contemporizar e sintonizar as próprias necessidades
com a dos demais, sem perder a individu- alidade.
Domínio da vontade, prudência nos contatos e
experiência de vida. Aptidão para amar e se fazer amar.
Sentido negativo – Forte sinal de conflitos.

Sentimentos contraditórios, emotividade exagerada.
Variação de ânimo e humor; insegu- rança, indecisão e
incertezas em suas tarefas. Suscetibilidade; caráter
inconstante e capricho- so. Ansiedade e angústia;
intempestividade e volubilidade.

10 CONTINUIDADE
Este tópico refere-se à coesão entre as letras e revela o
grau de perseverança e tenacidade do in- divíduo; a
estabilidade e constância do caráter e o encadeamento
das idéias. A continuidade está intimamente ligada à
velocidade.
10.1 LIGADA
sem interrupção.
Sentido positivo – Domínio da razão; pensamento

lógico, contínuo e dinâmico; boa memó- ria, assimilação
de idéias e cultura. Tenacidade e perseverança.
Tendência ao contato, apego e união. Objetividade e
espontaneidade. Qualida- des para investigações.
Espiritualidade.
Sentido negativo – Falta de inteligência, pers- picácia

e imaginação; unilateralidade de pensamento, estreiteza
de idéias. Rotina e convencionalismo. Dificuldades para
problemas lógicos. Pouca iniciativa e conformismo.

10.2 AGRUPADA
As palavras são formadas por grupos de 2 a 5 letras
unidas.
Sentido positivo – Equilíbrio entre intuição x ló- gica,

realidade interior x exterior, real x imaginá- rio.
Adaptabilidade, flexibilidade e ecletismo. Cons- ciência
crítica e julgamentos flexíveis. Coordena- ção e
assimilação de idéias, organização, inventividade.
Simpatia, afetividade.
Sentido negativo – Desarmonia, desequilíbrio e

imprecisão. Dificuldade em conciliar exigências sociais
e morais. Inadaptação, insegurança e indeterminação.
Incapacidade para lidar com o im- previsto. Vacilação,
angústia, timidez e repressão.
10.3 DESLIGADA
As palavras são formadas por letras desunidas; são
independentes e falta coesão entre elas.
Sentido positivo – Predomínio da razão, intui- ção,

reflexão e contemplação. Necessidade de contato
consigo mesmo. Juízos espontâneos sem elaboração
crítica. Compreensão, observação, curiosidade e
imaginação. Tendência à descoberta e à invenção.
Ótima memória, atenção e organi- zação de idéias.
Detalhismo.

Sentido negativo – Falta de lógica e praticidade;
ausência de coesão de idéias; baixo potencial inte-
lectual. Inadaptação, indecisão, hesitação e teimosia.
Exclusivismo, egoísmo e narcisismo. Ini- bição, avareza
e ciúme. Incapacidade de síntese, desinteresse e
dispersão. Medo de apego e união, apatia e capricho.
10.4 COMBINADA
De elevado grau de organização, esta escrita se
caracteriza pelos enlaces originais e simplificados e pelo
encadeamento dos movimentos com desembaraço e
habilidade.
Sentido positivo – Pensamento iluminado por intui-

ções originais e profunda assimilação. Agilidade inte-
lectual, vivacidade de pensamento, fluidez de idéias e
criatividade. Capacidade de síntese. Lucidez de espí- rito,
boa percepção e iniciativa.
Sentido negativo – Imprecisão, inquietação, pre-

cipitação. Excesso de vivacidade, astúcia e sagacida- de.
Fadiga intelectual, fraqueza, preguiça e intriga.

10.5 FRAGMENTADA
A escrita é desarticulada e as letras são formadas por
“fragmentos” ou traços quebrados.
Sentido positivo – Predomínio da intuição; es-

pontaneidade e inspiração. Visão rápida do conjunto e
síntese. Espírito inventivo e independên- cia.
Pressentimentos.
Sentido negativo – Tendência à angústia, ansiedade,

medo e inquietação. Insegurança, indeci- são e vacilação.
Emotividade e sofrimento. Pre- guiça, cansaço, falta de
energia. A maiúscula fragmentada é sinal de
irregularidade, capricho, indisciplina, desordem,
instabilidade, imprevidência, subjetividade e fantasia.
10.6 LAPSO DE COESAO

Caracteriza-se pelo espaço exagerado entre o final de
um traço e o início do outro.

Sentido positivo – Prudência, reflexão e necessidade
de variar planos e projetos (desejo de aper-
feiçoamento). Emotividade contida e tendência à
abstração freqüente (pensa em 2 problemas ao mesmo
tempo).
Sentido negativo – Insegurança, perturbação, angústia

e vacilação. Inadaptação, timidez e vergonha de expor
suas idéias. Pausas no raciocí- nio; incapacidade de
solucionar questões com rapidez, confiança e energia.
10.7 HIPERLIGADA
O traço final de uma palavra se liga ao traço inicial da
palavra seguinte.
Sentido positivo – Pensamento dinâmico e con- tínuo.

Sentido de lógica, inteligência, atividade mental e
psíquica. Capacidade de produção. Im- provisação; dado
à dialética, debate e oratória. Racionalismo e praticidade.
Facilidade de esta- belecer laços sociais.
Sentido negativo – Obsessividade, invasividade,

verborragia, fanatismo. Pouco senso de realidade.
Preguiça.

10.8 ENGANCHADA
Ao iniciar a letra, a caneta sai do papel e volta por cima
da anterior, como se fossem ligadas.
Sentido negativo – Lentidão, fadiga, pouca coor-

denação dos movimentos. Falta de autenticidade;
necessidade de manter suas opiniões e apresentá- las
coerentemente. Pode indicar certas patologias.
10.9 COLADA
Trata-se de uma ligação artificial, pois o escritor tira a
caneta do papel e, ao retornar, “cola’ a letra na anterior,
dando a impressão de escrita ligada.
Sentido negativo – Pretensão; insinceridade,

dissimulação. Se não é sinal de enfermidade ou velhice,
indica que o autor intenta dissimular com “rebuços” seus
pontos negativos. É comum em grafias de delinqüentes.

10.10 RETOCADA
Depois de ter feito a letra, o escritor, por achar que não
ficou legível, volta para retocá-la.
Sentido positivo – Necessidade de clareza,

detalhismo, perfeccionismo. Escrúpulo, cortesia,
capacidade de reconhecer o que é melhor. Ca- pricho.
Necessidade de correção e boa observa- ção de si
mesmo.
Sentido negativo – Insegurança, dúvidas e

inquietação. Indecisão, sentimentos contradi- tórios.
Vaidade e necessidade de ser compreendido. Sinal de
conflito. Pode indicar insinceridade.

10.11 LIGAÇAO DESIGUAL
Não existe regularidade na continuidade das li- gações:
ora se ligam, ora se desligam.
Sentido positivo – Assimilação de fatos e coisas com

rapidez e precisão; criatividade, intuição e persuasão.
Afeito aos contatos; sensibilidade. Bom equilíbrio
psíquico.

Sentido negativo – Falta de firmeza, instabilidade e
insegurança. Vacilação sobre seguir sua lógica ou sua
intuição; incerteza nos seus relacio- namentos e em suas
próprias opiniões. Inibição, dispersão.
11 DIREÇÃO
A direção das linhas reflete as oscilações de âni- mo,
humor e vontade do autor, e revela o grau de
maturidade, estabilidade e constância nas suas
convicções e princípios morais. Este aspecto deve
sempre ser comparado à direção da assinatura (e rubrica)
no papel.
11.1 RETILINEA
É a trajetória reta da escrita, acompanhando o sentido
horizontal do papel.
Sentido positivo – Firmeza, ordem, controle,

harmonia e equilíbrio moral. Vontade, constân- cia,
perseverança. Boa adaptação e domínio das emoções.
Confiança, maturidade, cautela, realismo e organização.
Sentido negativo – Indiferença, convencionalismo e

rotina. Apatia e frieza. Ausência de fantasia; monotonia.

11.2 ASCENDENTE
Quanto mais ascendente a direção das linhas, mais
acentuadas serão estas características.
Sentido positivo – Entusiasmo, otimismo e di-

namismo. Grande energia, imaginação e fantasia.
Espírito empreendedor, determinação, iniciativa e bom
tônus. Extroversão e ambição. Êxito e virilidade.
Sentido negativo – Inquietação, nervosismo e

precipitação. Desequilíbrio psíquico. Pretensão e
arrogância. Orgulho e ambição que superam os
próprios recursos e possibilidades. Delírio de grandeza.
Exibicionismo.
11.3 DESCENDENTE
Quando muito acentuada, pode indicar depres- são. Pode
ser algo meramente circunstancial.
Sentido geral – Energia insuficiente para reagir

positivamente diante dos obstáculos. Decrésci- mo da
capacidade de trabalho. Falta ambição, motivação e
concentração; ausência de combatividade. Baixo tônus.
Sentido negativo – Debilidade da vontade, de- sapego

pessoal, conflito, tristeza e angústia. Sugestionabilidade
e impressionabilidade. Can-

A DA
saço, melancolia, insatisfação, pessimismo e covardia.

Em escritas frouxas e sujas, pode indicar tendência à
corrupção, infidelidade, hipocrisia e egoísmo. Casos de
doenças, drogas, stress, etc.
11.4 SINUOSA
Ocorre uma irregularidade no assentamento das palavras e
letras, formando ondulações.
Sentido positivo – Sensibilidade, emotividade e

intuição. Finura, tato e diplomacia. Presença de espírito,
e “jogo de cintura”. Flexibilidade e versatilidade.
Capacidade para solucionar problemas de curto prazo.
Adaptação momentânea às situações e às próprias
conveniências.
Sentido negativo – Impressionabilidade,

hiperemotividade e inconstância. Caráter tortu- oso,
senso de oportunidade, habilidade para enganar.
Astúcia, falsidade e mentira. Variação no humor e na
conduta; debilidade e fadiga. Visão curta e incapacidade
de organização e planejamento a longo prazo.

11.5 CONCAVA
As linhas formam uma curva em U aberta para cima.
Sentido geral – Desânimo inicial que surge diante de

obstáculos, fazendo com que a pessoa caia de produção.
Ela tende a recuperar o ânimo atra- vés de alavancagem,
ou seja, precisa de estímu- los externos para finalizar as
tarefas. Reação contra inatividade e desânimo.
Perseverança e supe- ração. “Cada novo início é um
trauma”.
11.6 CONVEXA
Ao contrário da anterior, as linhas formam uma curva em
U aberta para baixo.
Sentido geral – Iniciativa e entusiasmo iniciais; ima-

ginação viva, mas pouco capaz de concretizar. Cará- ter
impaciente, acomodado e instável. Desordens
emocionais, impressionabilidade e sugestionabilidade.
Falta de constância na sustentação da energia diante de
obstáculos e pouca capacidade para finalizar as tarefas.
Dificuldades para desenvolver trabalhos de
planejamento a longo prazo. É o “fogo de palha”.

11.7 IMBRICADA ASCENDENTE
Somente as letras finais das palavras sobem; a linha de
base se mantém retilínea.
A DA
Sentido positivo – Entusiasmo e impulsos con-

trolados pelo constante retorno a si mesmo. Es- forço;
luta entre consciente e inconsciente; luta contra a própria
perda de energia. Ambição, vivacidade e otimismo
contidos.
Sentido negativo –Alternância entre euforia e

abatimento. Instabilidade e emotividade pouco
controladas pela vontade do sujeito. Freio dos impulsos;
descargas emocionais bruscas e ines- peradas.
Imprudência.
11.8 IMBRICADA DESCENDENTE

Os finais das palavras descem, porém a palavra seguinte
volta a posição original.
Sentido positivo – Vontade tenaz; luta contra o

desânimo e o cansaço. A energia sofre quedas, mas o
indivíduo se esforça para recuperá-la. Luta da razão
contra o sentimento. Obstinação.
Sentido negativo – Fadiga, depressão, falta de vontade

para enfrentar os obstáculos. Desalento e pessimismo.
O sujeito carece de energia para se impor; obstinação
sombria. Enfermidade.

11.9 IRREGULAR
As linhas não têm direção determinada, apre- sentando
vários tipos de alinhamento.
Sentido geral – Luta íntima constante; variações de

tônus muscular e ânimo. Instabilidade; desequilíbrio da
vontade e do domínio de si mesmo; falta de controle
adequado sobre sua esfera emocional, seus desejos e
objetivos. Capacidade de rendimento de trabalho
irregular. Agitação excessiva.

12 MARGENS
A página, em sua totalidade, indica o modo como o
indivíduo concilia seu mundo interior com as
circunstâncias e exigências ao seu redor. E o estudo das
margens diz respeito à ordem, ao comportamento social
e ao temperamento do indivíduo. A disposição das
margens pode ser dividida em dois grupos: cuidada e
descuidada.
12.1 DISPOSIÇAO CUIDADA

Existe harmonia em todo o ambiente gráfi- co; o
texto é bem enquadrado na página, as margens são
amplas e cuidadas e todos os intervalos são
eqüidistantes entre si.
Sentido positivo – Atitude correta, firme e

regular no comportamento. Moderação,
espontaneidade e simpatia. Bom senso e respei- to aos
demais. Cortesia e bom gosto.
Sentido negativo – Excessivo autocontrole, rigidez e

disciplina. Autovigilância constante. Falta de
naturalidade e flexibilidade; modos frios e
convencionais. Insinceridade e afetação.

12.2 DISPOSIÇAO DESCUIDADA
Não há proporção entre as margens. Há uma de-
sarmonia entre título, texto, assinatura, etc. A partir de
agora, estudaremos cada modalidade de margem
isoladamente.
A MARGEM ESQUERDA
É a mais importante a ser observada, pois refere- se ao
consciente. Representa a trajetória da vida e revela a
potencialidade, iniciativa e capacidade de autonomia e
planejamento.
A .1 AUSENTE
Sentido positivo – Prudência, ponderação, re- flexão,

nostalgia e economia.
Sentido negativo – Carência de senso estético,

desconfiança, dúvida de si mesmo, pouca iniciativa e
avareza.

A .2 IRREGULAR
Sentido positivo –Emotividade, versatilidade.
Sentido negativo – Afetividade instável e

contraditória. Inquietude, vacilação,
impressionabilidade. Desordem e indisciplina.
Inadaptação, variação de humor.
A .3 ALARGANDO
Sentido positivo – Extroversão, indepen- dência,

otimismo, vivacidade, generosidade, iniciativa,
superação.
Sentido negativo – Precipitação, impulsividade,

influenciabilidade, exibicionismo, ambição.
Desorganização de tempo, atividades e dinheiro.
Falta de atenção.
A .4 ESTREITANDO
Sentido positivo – Prudência, economia,

introversão, flexibilidade.
Sentido negativo – Apatia, covardia, cobi- ça,

ciúme, egocentrismo. Pessimismo, perda da
autoconfiança, submissão, falsa generosidade.
Depressão física e moral.

A .5 AMPLA ( ACIMA DE 4 CM.)
Sentido positivo – Extroversão, generosidade,

iniciativa, audácia, impulso e confi- ança no futuro.
Bom gosto.
Sentido negativo – Esbanjamento, excen-

tricidade, timidez, falsidade, ostentação. Des-
preocupação.

B MARGEM SUPERIOR
A cortesia e a deferência que o escritor tem a quem se
dirige. Autoridade e autonomia.
B .1 AMPLA
Sentido positivo – Respeito, consideração,

distinção e elegância. Diplomacia e habilidade
nos contatos; generosidade e confi- ança. Reflexão
e disciplina. Boa cultura social e educação
elevada.
Sentido negativo – Frieza, isolamento,

introversão e dificuldade de contato. Egocentrismo e
falta de previsão.
B .2 AUSENTE
Sentido positivo – Espontaneidade, ob-

jetividade, necessidade de contato e de
aproximação. Familiaridade.
Sentido negativo – Ausência de modos e cortesia.

Vulgaridade. Inoportunidade e excesso de
confiança.

0
C MARGEM DIREITA
Diz respeito ao impulso pessoal, tanto nos relaci-
onamentos como nas realizações; posição em re- lação
ao futuro, defensividade, seletividade nos contatos e
senso de realidade.
C .1 AMPLA
Sentido negativo – Medo, insegurança e

pessimismo. Falta de confiança, decisão e
combatividade. Retirada.
C .2 IRREGULAR
Sentido negativo – Falta de firmeza e de- cisão.
Imaturidade, insegurança e esbanjamento.
C .3 FINAL CAIDO
Sentido negativo – Adaptabilidade mun- dana e
fácil. Negligência, modos relaxados; avareza e
indolência.

D AUSENCIA DE MARGENS
Sentido negativo – Inadaptação, convencionalismo
e inconformismo. Ausência de modos sociais, mau
gosto e expansividade sem frei- os. Elevado sentido de
economia.
E CHAMINES (ESPAÇOS EM BRANCO NO MEIO DO

TEXTO)
Sentido negativo – Ansiedade, respira- ção

insuficiente. Angústia; indício de de- pressão e
neurose.
F MARGENS COM TEXTO

Sentido negativo – Desorganização de tempo,
dinheiro e tarefas. Verborréia; esquecimento e pre-
guiça. Falta de respeito e de consideração aos seus
semelhantes.
2
13 GESTO-TIPO
Como já vimos, cada ser humano possui impres- são
digital única, que o torna diferente dos demais. Assim
também ocorre com a escrita; certos “gestos” são
traçados por ele e mais ninguém.
Termo criado por Saint-Morand, o gesto-tipo significa

a “fisionomia” muito particular que cada indivíduo
imprime ao seu traçado. É o “tique” que cada um de nós
repete a todo instante e que nenhuma outra pessoa
poderia reproduzir da mesma maneira. Podemos dizer
que gesto-tipo é a “marca da nossa personalidade”.
É importante frisar que nenhum sinal é fixo nem possui

valor isoladamente; devemos sempre avaliar o
conjunto e, assim sendo, consideraremos o número de
vezes em que o sinal se repete e a zona em que ele
aparece.

13.1 GANCHO OU ARPAO
Constitui-se por um movimento regressivo que se
manifesta em qualquer lugar da letra.
Sentido positivo – Tenacidade, resistência, per-

severança, iniciativa, objetividade.
Sentido negativo – Teimosia, materialismo, avidez,

agressividade, egoísmo, maldade, intriga, furto.
13.2 GOLPE DE SABRE

Movimento brusco, anguloso e seco, produzido por um
impulso vivo, em qualquer direção.
Sentido positivo – Vivacidade e dinamismo.

Caráter ativo e empreendedor. Pronto ataque e defesa.
Sentido negativo – Irritabilidade, impulsividade,

intransigência. Dominação. Liderança por imposição.

13.3 GOLPE DE CHICOTE / GOLPE DE LATEGO
Movimento que projeta-se para frente, de maneira
impulsiva e tem a forma de um laço.
Sentido positivo – Imaginação, vivacidade e

dinamismo. Coragem, audácia e combatividade.
Pensamento rápido. Liderança por convencimen- to.
Sedução.
Sentido negativo – Impaciência, autoritarismo e

desconsideração. Exclusivismo, desprezo, ego- ísmo e
inveja.
13.4 TRIANGULO
Ocorre, em especial, nas laçadas inferiores. Todo ângulo
é sinal de repressão dos instintos.
Sentido negativo – Autoritarismo, necessidade de
impor seus próprios desejos e opiniões. Rebeldia,
dificuldade em aceitar críticas e re- clamações.
Polemização, agressividade e protestação.

13.5 ESPIRAL
Assemelha-se a um caracol no início ou final das letras;
comum em C, L, M, N, R, S, etc.
Sentido negativo – Narcisismo, egoísmo,

egocentrismo, vaidade, presunção, possessão, hi-
pocrisia.
13.6 LAÇO
Caracteriza-se pela repetição do bucle em forma de laço;
comum nas letras F e Q.
Sentido positivo – Simpatia, habilidade, sen-

sualidade, tato, destreza manual, bom gosto.
Feminilidade.
Sentido negativo – Vaidade, coquetismo, egoís- mo,

açambarcamento. Intriga, ardis e artimanhas.

13.7 NO
É uma espécie de laço regressivo – movimento tenso
que retorna ao ponto de partida. Enquanto o laço
86 A DA
seduz e envolve, o nó é compromisso que não se desfaz,

apenas se rompe.
Sentido positivo – Reserva, diplomacia, tato,

habilidade e renúncia.
Sentido negativo – Desconfiança, dissimulação,

covardia, egoísmo, omissão. Caráter interesseiro.
13.8 INFLAÇAO
Um aumento de energia em certa direção provoca uma
dilatação exagerada naquele traço. O gesto inflado
significa inflação do sentimento de si mesmo naquela
zona. Ampliação.
Sentido positivo– Criatividade, imaginação, vi-

talidade. Otimismo, expansão, entusiasmo; am- bição,
orgulho.
Sentido negativo – Exibicionismo, presunção,

vaidade. Afetação e exaltação do Eu. Megaloma- nia,
orgulho exagerado e vulgaridade. Expansão irrefletida,
falta de tato, recato e pudor. Fantasia.

13.9 TREMOR
São traços quebrados pelo efeito de tremores. Todo
tremor é sinal de alteração nervosa.
Sentido negativo – Hiperemotividade, sobressaltos,

impulsividade. Altos e baixos de energia, nervosismo,
sofrimento, falsa resistência. Insta- bilidade, medo e
ansiedade. Pode ser resultante de intoxicação, velhice,
etc.
13.10 TORÇAO
É o desvio de direção nos traços que deveriam ser retos.
Toda torção é sinal de sofrimento.
Sentido negativo –Timidez, desconfiança e ins-

tabilidade. Vacilação, hiperemotividade, ausên- cia de
retidão. Pretensão, vaidade. Ansiedade, fadiga,

nervosismo e angústia. Agressividade voltada para si:
autopunição.
88 A DA
13.11 SERPENTINA
Gesto ondulado e impreciso, que ocorre nas iniciais,
finais, MM e NN e barras dos TT.
Sentido positivo – Criatividade, otimismo, cor-

dialidade. Simpatia, alegria, fluidez de idéias. Boa
adaptação.
Sentido negativo – Fantasia, insinceridade, astú- cia,

evasividade. Ausência de retidão moral. De- bilidade.
13.12 BORRAO
É uma correção que o autor faz; ele risca de tal maneira
que não se permite a leitura.
Sentido negativo – Não assume seus erros; es- conde
defeitos e pontos fracos.
13.13 GUIRLANDA INICIAL

As letras se iniciam em forma de curva ascendente.
Sentido positivo – Amabilidade, benevolência, sim-

patia, boa adaptação. Otimismo, busca o contato.

Sentido negativo
– Exagero, exaltação.
13.14 GUIRLANDA FINAL

Os traços finais se prolongam, formando uma curva
aberta para cima.
Sentido positivo – Extroversão, cordialidade,

receptividade, amparo.
Sentido negativo – Desorganização, narcisismo e

covardia. Preguiça e melancolia.

Sentido negativo
13.15 ARCO FINAL
Sentido positivo – Reserva, acolhimento, dis- crição,
cortesia.
90 A DA
– Dissimulação, bajulação, ce-

ticismo, desejo de se destacar.
13.16 UNHA DE GATO

Traço regressivo à esquerda, ao final dos MM, NN, SS,
etc. para baixo.
Sentido negativo – Insinceridade, dissimula- ção,

mentira.

Sentido negativo
13.17 TRAÇOS REGRESSIVOS

O traço final retorna sobre a palavra, em direção ao ego.
Retorno ao Eu, ao passado.
Sentido positivo – Capacidade de concentração e

abstração. Reserva, timidez, retraimento e solidão.
Necessidade de independência. Predomínio das ten-
dências individuais: o sujeito é regido pelas própri- as
opiniões, gostos e normas; atenção dirigida para os seus
próprios problemas.
– Egoísmo, egocentrismo e
narcisismo. Avidez, açambarcamento, individualismo.
Oportunismo, aproveitação e desinteresse pelos
demais; ressentimento, desconsideração. Autoflagelo,
culpa.
13.18 TRAÇO DO PROCURADOR

Movimento que tende a prolongar a linha hori-
zontalmente.
Sentido negativo
Sentido negativo – Sinal de conflito; necessidade de
obter informações privilegiadas; desconfiança.

14 OVAIS
O estudo das ovais merece especial atenção, pois estes
sinais representam o nosso íntimo, o ego, o “eu”.
Chamamos de ovais as letras A, O, D, G e
Q, principalmente. Dependendo do nosso esta- do de
ânimo e da forma como descarregamos nossas tensões,
elas terão, basicamente, as seguin- tes formas: abertas,
fechadas ou mista.
14.1 ABERTAS PARA CIMA

Sentido positivo – Ternura, extroversão, sinceridade,
espontaneidade, abertura de sentimentos.
Sentido negativo – Indiscrição, falta de tato,

imprudência, inconseqüência. Credulidade,
influenciabilidade.
14.2 ABERTAS A ESQUERDA

Sentido positivo – Timidez, tato e prudência.
Discrição, freio das emoções; experiência de vida.
Sentido negativo – Ocultação das verdadeiras intenções

e do modo de sentir; evasivas.

14.3 ABERTAS EM BAIXO
Sentido negativo – Deslealdade, insinceridade e má-
fé.
14.4 ABERTAS A DIREITA

Sentido positivo – Espontaneidade, socializa- ção do
eu, manifestações sinceras de afetos e emo- ções. Caráter
voltado para o futuro.
Sentido negativo – Pouca habilidade para guardar

segredos, indiscrição, loquacidade, credulidade.
14.5 FECHADAS
Sentido positivo – Prudência, reserva, controle de
sentimentos e emoções. Pensa e depois toma a decisão.
Sentido negativo – Desconfiança; materialismo.
95
14.6 FECHADAS COM BUCLES

Sentido positivo – Reserva e discrição. Tato e
habilidade no falar; diplomacia. Habilidade para
negócios.
Sentido negativo – Astúcia, fingimento, ocultação,

dissimulação. Intriga e egoísmo. Ador- no na
conversação; tendência a subjugar os demais ou induzí-
los ao engano.
14.7 FECHADAS POR DUPLA VOLTA

Sentido negativo – Egoísmo, egocentrismo e
narcisismo. Gosto por provocar mistério e intriga;
habilidade para enganar; dissimulação. Cál- culo e
manobra para interesse próprio. Astúcia; inteligência
verbal e comercial. Comum em ho- mens de negócios,
industriais e comerciantes.
14.8 COM ANGULOS PARA CIMA

Sentido positivo – Defesa das próprias idéias.
Tenacidade, energia, precisão, senso de justiça.
Sentido negativo – Intransigência, obstinação, rancor e

ressentimento.
14.9 COM ANGULOS PARA BAIXO

Sentido negativo – Agressividade, ressentimen- to,
suscetibilidade, desejos de vingança.
14.10 EM ESPIRAL
Sentido positivo – Sensibilidade, emotividade.
Sentido negativo – Indecisão, falta de sociabilidade,

narcisismo e egocentrismo.
14.11 COM DESLIGAMENTOS

Sentido positivo – Atitude prática, vivacidade.
Sentido negativo – Desejo de fuga e mudança de

ambiente (mundo íntimo X mundo exterior, eu X
social).
97
15 LETRAS REFLEXAS
Letras reflexas ou letras testemunho são aquelas que se
prestam ao significado de determinados estados de
ânimo. Nenhum gesto está submetido a determinada
letra, mas muitos se expressam ou se refletem em certas
letras, de forma mais nítida.
Alguns autores se preocuparam com a forma das letras,

mas não há conhecimento de um estudo completo de
todas as variantes. São milhares as desigualdades que
encontramos nas pessoas e a possibilidade de variação
nas letras é imensa. O simples traço de uma haste
permite 8.549 bi- lhões de variações.
Não pretendemos aqui propor nenhuma interpreta- ção
do alfabeto isoladamente. No entanto, algumas letras,
mais do que outras, podem nos dar algumas pistas
importantes sobre o caráter do escritor.
A letra “M”, por exemplo, possui formato particular de

suas corcovas, braços e uniões, o que significa uma
riqueza de gesticulação e avanço. Da mesma forma, a
letra “G” também mereceu um estudo especial, pois
trata-se de um gesto que compreende os quatro
movimentos básicos corporais: adução, abdução,
contração e extensão.
Outro dado que merece atenção são as diferenças entre

letras maiúsculas e minúsculas. No alfabeto latino, as
maiúsculas são reflexos de atitudes que tomamos frente
ao social e nem sempre são o que realmente somos e sim
como primeiramente nos manifestamos. Alguns
estudiosos consideram-nas
como indicativo de como nos apresentamos frente a

um fato ou acontecimento.
Uma escrita sem letras maiúsculas indica: sentido
positivo – Humildade e modéstia
sentido negativo – Falta de cultura, mediocri- dade,

sentimento de menos valia.
maiúsculas no lugar de minúsculas ou vice- versa:

sinal de sentimento de inferioridade.
Portanto, cada letra e cada traço têm seu valor

interpretativo e ajudam a definir a personalidade de
quem escreve. A seguir, iremos fazer um estudo mais
aprofundado das letras de conteúdo mais significativo,
porém o grafólogo deve sempre ter em mente que o
mais importante é a vi- são do conjunto.
15.1 LETRA D
Tida por alguns autores como reveladora da fantasia e
da originalidade de idéias, podemos considerar a parte
oval como o EU e a haste como o meio social, familiar
e profissional.
1 (com alça) = Imaginação, vivacidade, vaidade,

sensibilidade;
2 (um só traço) = Criatividade, praticidade;

3 (separados) = Desejo de mudar a situa- ção
atual; separar “íntimo” e “social”;
4 (com curva na ZS) = Iniciativa, capacidade

de realização;
5 (com ângulo em cima) = Agressividade,

impaciência, dureza, tensão;
6 (enrolado na oval) = Reserva, egoísmo,

ganância.
15.2 PINGO DO I
Confiança, equilíbrio e segurança podem ser de- tectados
pela forma do pingo desta letra.
1 (exato) = Exatidão, lógica, modera- ção;
2 (omitido) = Preguiça, fraqueza, negli- gência,

pressa;
3 (à esquerda) = Prudência, introversão, reserva;
4 (à direita) = Entusiasmo, pensamen- to

rápido, dinamismo, extroversão;
5 (circular) = Excentricidade, individualismo,

capricho, vaidade;
6 (em forma de acento) = Vivacidade nos

reflexos;
7 (ligado à letra) = Inteligência, astúcia,

habilidade lógica;
8(alto) = Imaginação, individualismo, ro-
mantismo;
9(em forma de V) = Materialismo.
15.3 LETRA G
Esta letra reflete as tendências instintivas e a força da
libido (libido = energia que promove a produção,
criação, agressividade, combatividade, etc.). Consta de
um movimento inicial em oval que corresponde à
“atitude ética e emocional prévia” nas 4 direções do
sentimento: alto (ideal), baixo (terrestre), esquerda (ego-
ísmo/repressão) e direita (altruísmo/expansão).
A laçada inferior caminha em direção ao inconsciente

(ZI) – profundidade (extensão da perna) indica- rá o
potencial da libido e o impulso do instinto.
O bucle de subida demonstra o caminho para a realização

das “aspirações pulsionais”.
Curvas indicam suavidade e desejo de adapta- ção; ângulos

revelam aspereza e brusquidão.
1 (pernas curtas e cheias) =

Bondade, infantilismo, libido bloqueada, ca-
lor retido;
2 (pernas curtas e estreitas) =

Sobrieda-
de, modéstia, timidez ,insegurança, impotência;
3 (pernas longas e cheias) = Vitalidade,

energia física, luxúria, materialismo;
4 (pernas longas e estreitas) = Ciúme,

inveja; natureza pouco potente, prazer
curto;
5 (triângulo) = Autoritarismo, dureza de
propósitos, reação a críticas, despotismo;
6 (em espiral) = Necessidade de dar e

receber afetos, vaidade;
7 (ligado a letra seguinte) = Libido

adaptada que se expande normalmente;
8 (bucle desligado) = Detenção do im-

pulso, libido refreada;
9 (regressiva) = Defensividade;
10 (em forma de V) = Austeridade,

agressividade;
11 (sem oval) = Sem preliminares, pres-

sa, egoísmo, imaturidade, descom- promisso;
12 (exagerado) = Histeria;
13 (cheio de tinta) = Passividade, sensua-

lidade exagerada;
14 (em forma de 8) = Vida instintiva in-

tensa, desejos e sonhos complicados;
15 (ovais com várias voltas) = Medo e

retraimento sexual; dificuldades nos contatos;
desejo de esconder ou preservar a
intimidade;
16 (invertido) = Desvios na condução da

sexualidade.

15.4 LETRA M
Representa a esfera da auto-estima, o EU. O primeiro
arco simboliza o valor que a pessoa concede a si
própria; o segundo mostra a influência do outro, e o
terceiro, a importância dada pela pessoa à sociedade.
1 (equilibrado) = Equilíbrio da perso-

nalidade;
2 (1º arco maior) = Orgulho de si mes-

mo, autovalorização, falta de humildade;
3 (3º arco maior) = Ambição; dá maior

importância ao âmbito social;
4 (estreito) = Timidez, retraimento; falta de

autoconfiança;
5 (inicial longa na ZM) = Nostalgia; espí-

rito conservador; sensibilidade estética;
6 (espiral no final) = Egocentrismo;

7 (em bucles) = Facilidade de expres-
são; tato e amabilidade; auto-elogio;
8 (inicial longa na ZI) = Necessidade de

contato; ressentimento, rancor;
9 (laço inicial) = Vaidade, vontade de mostrar-

se; valorização do EU;
10 (com traço regressivo) = Pessimismo,

sensibilidade; auto-agressividade;
11 (sem o 1º arco) = Desvalorização pessoal;
12 (traço final longo) = Grande preocu- pação

com dinheiro.
15.5 LETRA S
Sinal da consciência individual, do escrúpulo moral e
amor próprio. O “poder das idéias”.
1 (fechado) = Consciência estreita; di-

ficuldade nos contatos;
2 (em triângulo) = Escrúpulos exage-

rados;
3 (ângulo na base) = Repressão na ma-

neira de conduzir a vida e nos impulsos;
dureza consigo mesmo;
4 (aberto) = Generosidade, simpatia;
5 (enrolado) = Astúcia; oportunismo;
ciente; desestruturação da consciência.
15.6 LETRA T
6 (caído) = Pessimismo; declínio incons-
Símbolo da força de vontade, esta letra percorre as

quatro direções cardeais (esquerda – direita – abaixo –
acima) indicando o impulso para a realização. A haste
revela a força do EU, ou seja, como nos com- portamos
frente às influências externas, e a barra sinaliza o modo
e a quantidade de energia com que avançamos sobre os
obstáculos. O equilíbrio entre estes dois traços pode
indicar a proporção entre a aspiração e a capacidade de
realização.
1 (barra ascendente) = Idealismo, força de

caráter, ambição; polêmica;

2 (barra descendente) = Insegurança, falta de
vontade; melancolia;
3 (barra reta) = Firmeza de opiniões e constância

de atitudes;
4 (barra curta) = Disciplina, equilíbrio,

objetividade; pouca imaginação;
5 (barra larga) = Iniciativa, vivacidade,

impaciência;
6 (barra alta) = Fantasia, ambição, li- derança;

autoritarismo;
7 (barra baixa) = Submissão; falta de vontade;
8 (barra dupla) = Atividade intensa;

perseverança; reação à críticas;
9 (sem barra) = Indisciplina; negligên- cia;

fraqueza; imprudência;
10 (à direita) = Extroversão; iniciativa;

impetuosidade;
11 (à esquerda) = Introversão; cautela; in-

segurança;
12 (barra ondulada) = Pouca seriedade; prazer

em primeiro lugar;
13 (barra curva) = Predomínio da ima-

ginação sobre a vontade; despotismo;
14 (barra convexa) = Pessimismo;

introversão; depressão; obstinação;
15 (barra côncava) = Fantasia; escrúpulos;
capricho; superficialidade;
16 (haste curva) = Tolerância; concilia- ção;

amabilidade;
17 (haste aberta) = Teimosia; obsessão;
18 (arpão na haste) = Firmeza; brio em

suas afirmações e seus valores;
19 (barra ligada à letra seguinte) = Inte-

ligência diferenciada.

16 INICIAIS / FINAIS
A iniciação dos traços das letras, das palavras e das linhas
representa a origem de um impulso, o poder de arranque
de uma ação que parte do sujeito para fora. Reflete
intenções e atitudes frente aos seus próprios desejos e
necessidades.
Já o traço final reflete uma saída do EU para o TU, uma

forma de contato com o exterior, com a vida, seus
problemas e situações. Esta forma pode ser afetuosa,
agressiva, decidida, egoísta, generosa, etc.
Para interpretar qualquer traço inicial ou final, podemos

partir do seguinte princípio:
– quanto mais o traço se distancia da zona inicial

ou se prolonga para a direita, mais o sujeito se lança ao
mundo que o rodeia;
– quanto maior a tendência do traço voltar para a

esquerda (traço regressivo), mais captador, ego- ísta e
egocêntrico é o sujeito.
16.1 INICIAL NA ZS
Sentido geral – Necessidade de contato com o mundo
exterior pela esfera do ideal e do pensamento.
Necessidades intelectuais e espirituais em primeiro
plano.

16.2 INICIAL NA ZM
Sentido geral – O sujeito toma impulso partin- do de
suas necessidades afetivas e cotidianas, ins- pirando-se
no passado pessoal e no coração.
16.3 INICIAL NA ZI
Sentido geral – Necessidades apaixonadas e vi-
olentas; contato físico; predomínio dos instintos;
rancor.
16.4 INICIAL LONGA E EM CURVA

Sentido geral – Atitudes amenas e hábeis para alcançar
seus fins e satisfazer seus gostos e necessidades.
16.5 INICIAL EM ARPAO

Sentido geral – Tensão, obstinação, intran- sigência,
tenacidade. Imposição de seu critério, com ou sem
razão.
16.6 INICIAL EM ESPIRAL

Sentido geral – Vaidade, egocentrismo e narcisismo.
O sujeito dá voltas em torno de si mesmo.
16.7 INICIAL HORIZONTAL

Sentido geral – Esforço obstinado para superar as
dificuldades internas e alcançar seus objetivos.
16.8 INICIAL EM ARCO

Sentido geral – Pessoas que não gostam de in-
terferências. Se fecham ou se protegem.
16.9 FINAL HORIZONTAL
Sentido geral – Excesso de extroversão, in- discrição,
tagarelice, prolixidade. Esbanjamen-
to, desconfiança, obstinação. Em escrita acerada reflete

agressividade, inclinação a pro- vocação e ao ataque.
16.10 FINAL EM ESPIRAL

Sentido geral – Egoísmo, presunção, coquetismo,
ambição excessiva.
16.11 FINAL EM ARCO

Sentido geral – Ocultação, reserva. Atitude de proteção
e amparo aos outros.
16.12 FINAL PARA BAIXO E CURTO

Sentido geral – Egoísmo; cansaço; depressão; fadiga.
16.13 FINAL PARA BAIXO E A DIREITA

Sentido geral – Crueldade e obstinação.
16.14 FINAL INVADINDO A ZI

Sentido geral – Temperamentalismo, crítica, in-
flexibilidade e materialismo.
16.15 AUSENCIA DE TRAÇO FINAL

Sentido geral – Egoísmo, avareza, economia.
Reserva e capacidade de concentração.
17 OS NÚMEROS
O estudo dos números é feito segundo os mesmos
princípios de movimento e expressão que aplica- mos às
letras e palavras e, assim, utilizaremos o aspecto
ORDEM para interpretar seu significado. Os números
estão relacionados ao sentido do dinheiro e a forma
com que cada indivíduo distribui e organiza as cifras
revela a maneira de lidar com questões financeiras.
17.1 TROCA DE NUMEROS POR LETRAS

Sentido negativo – Excessiva preocupação com
dinheiro.
17.2 COM BOA DISTRIBUIÇAO E CLAREZA

Sentido positivo – Autodomínio, clareza e ob-
jetividade no julgamento de valores. Seriedade, precisão
e ética pessoal e profissional em rela- ção a bens
materiais. Honradez e justiça na dis- tribuição de
valores. Habilidades para trabalhar com contas,
contratos, etc.

17.3 ILEGIVEIS OU MAL ESTRUTURADOS
Sentido negativo – Falta de solidez e clareza nos
julgamentos de valor. Esta desordem mental gera falta
de honradez, imprecisão, imaginação influenciável e
sugestionável e certa tendência a mentir, dissimular e
deformar a verdade, seja por vaidade ou interesses
materiais.
17.4 MAIORES QUE O TEXTO

Sentido negativo – Sonhos de riqueza; ilusão que
pode induzir a jogos de azar, apostas e espe- culações.
Falta de sentido prático e desperdício de dinheiro, tempo
e atividade. Inépcia para tarefas de contabilidade,
cálculo, controle, medida, comprovação, etc. Exibição
de qualidades e dinheiro que não possui.
17.5 MENORES QUE O TEXTO

Sentido negativo – Sentimento de inferioridade face
às realidades práticas e aos valores materiais. Sente-se
“desqualificado” nas questões financeiras. Pessoas
avarentas escrevem números pequenos como que
desejando escondê-lo dos outros.
17.6 MAIS ALTOS DO QUE LARGOS

Sentido geral – Excessivo apreço ao que possui; concede
valor superior a tudo que tem.
17.7 INCLINADOS A DIREITA

Sentido geral – Afetividade domina a razão e a reflexão.
Compra por gastar e não por precisar.
17.8 INCLINADOS A ESQUERDA

Sentido geral – Necessidade extrema de não gastar.
17.9 ABERTOS NA SUPERIOR

Sentido geral – Franqueza, espontaneidade, in-
genuidade.
17.10 FECHADOS NA SUPERIOR
Sentido geral – Reserva e discrição; o sujeito pode ter
mais do que demonstra.
17.11 INICIAL LONGA EM ANGULO

Sentido geral – Combatividade, oposicionismo; em
todo começo há objeção e crítica negativa aos planos,
idéias e projetos dos demais.
17.12 INICIAL LONGA EM CURVA

Sentido geral – Necessidade de apoio em expe-
riências anteriores; pensa muito antes de gastar;
indivíduo pouco ativo.
17.13 TRAÇO FINAL PARA CIMA

Sentido geral – Espírito combativo nas ques- tões de
dinheiro. Iniciativa e ambições econô- micas.
17.14 TRAÇO FINAL PARA BAIXO
Sentido geral – “O dinheiro foi feito para gastar e
trazer felicidade.”
17.15 PARTE SUPERIOR EM ESPIRAL

Sentido geral – Vaidade; necessidade de agra- dar,
encobrindo seu real interesse. Segundas in- tenções.
17.16 LIGADOS
Sentido geral – Capacidade de lidar com rapidez e
agilidade em seus negócios.

17.17 EM DUAS PARTES

Sentido geral – Dissimulação: fala de uma maneira e
age de outra.
17.18 COMPLICADOS E/OU ORNADOS

Sentido geral – Materialismo, instinto de posse,
egoísmo açambarcador, vaidade, etc.
17.19 SIMPLIFICADOS
Sentido geral – Boa cultura estética; capacidade para
o essencial e a síntese, desprezando detalhes; mais
despreocupação do que ousadia nas questões
econômicas. Incapacidade para assun- tos comerciais,
dando-se melhor como criador ou teórico do que como
homem prático com senso utilitário.
18 ASSINATURAS
De origem latina, a palavra “assignare” significa afirmar,
atestar o que está escrito antes.
Como marca de fábrica de nossa personalidade,

podemos dizer que a assinatura é o selo distinti- vo
próprio que nos representa ante os demais. E também o
reflexo de nossa imagem exterior, ou seja, como
gostaríamos de ser vistos.
Esse símbolo resume a maneira íntima de ser, a

personalidade privada com suas paixões e traços
dominantes de caráter. “É nossa biografia abreviada”
(Max Pulver).
O texto, por sua vez, expressa, simbolicamente, o modo

como o indivíduo se comporta no meio social,
profissional, etc.; representa o indivíduo atuando
perante os outros, “fazendo seu papel”, podendo,
inclusive, vir a agir de modo diferente de como é na
realidade.
Embora possa mostrar algumas características da

personalidade, é importante lembrar que não devemos
cair na tentação de analisar uma assinatura isoladamente;
sua relação com o texto é que de- terminará o parecer
final. Assim como também deve ser estudada
individualmente, sem generali- zar, pois cada uma é a
representação gráfica de um ser complexo, que carrega
seqüelas de heran- ça, ambiente, educação, cultura e
correr da vida.

18.1 LEGIVEL
A legibilidade revela sinceridade, autenticidade e
responsabilidade. O escritor deseja mostrar-se como
realmente é; caráter franco, direto e sem rodeios. Clareza
nas relações pessoais e profissionais e necessidade de
ser compreendido.
18.2 ILEGIVEL
Oposta a anterior, mostra que a pessoa necessita
preservar sua intimidade e ocultar aquilo que traz dentro
de si mesma. Sugere uma tendência a “en- rolar” certas
situações; dissimulação, timidez e covardia. Confusão
mental. Pressa nas ações do cotidiano.
18.3 LOCALIZAÇAO
Localização é a posição do espaço gráfico que a as-
sinatura ocupa em relação ao texto. Indica o grau de
dependência ou capacidade de autonomia que existe
entre a vida íntima e a social do indivíduo; entre seus
ideais e as realizações, entre o que ambiciona ser e o que
aparenta externamente.

PROXIMA AO TEXTO
Equilíbrio pessoal. Boa adaptação, naturalidade e
espontaneidade. Simplicidade e reserva.
DISTANCIADA DO TEXTO
De temperamento introvertido, o escritor possui
personalidade voltada para vida profissional, op- tando
por não mostrar seu lado pessoal (escon- de-se) e afastar-
se dos demais. Quanto mais dis- tante a assinatura do
texto, menor o comprome- timento de quem escreveu.
MISTURADA AO TEXTO
Sem muita noção de limite, o escritor tende a inva- dir o
espaço alheio; quer mostrar intimidade e chamar
atenção. Intromissão; dificuldade de adapta- ção; pouca
cultura gráfica.

AO CENTRO NA PAGINA
O sujeito que assina no meio da página possui
autocontrole e domínio sobre si mesmo, porém sente-se
pouco seguro nas tomadas de decisão (“em cima do
muro”). Postura neutra e imparci- al; espírito reflexivo e
conciliador.
À DIREITA DA PAGINA
De olho no futuro, possui espírito de luta e con- quista.
Iniciativa, audácia, precipitação.
124
À ESQUERDA DA PAGINA
Com medo do futuro, o indivíduo tende a se isolar.
Carece de iniciativa e imaginação. Pru- dência, coibição
e desconfiança.
À MARGEM DA PAGINA
Pouca capacidade de planejamento e necessidade de
ocupar todos os espaços sociais disponí- veis. Gosta de
chamar atenção; carece de educa- ção e de deferência
para com os demais.

18.4 DIMENSAO
O tamanho da assinatura refere-se à auto-estima e à
expansão do ego e dos desejos íntimos. A compara- ção
deve ser feita entre a zona média do texto e a zona média
da assinatura.
MAIOR QUE O TEXTO

Quanto maior a desproporção, maior o dese- quilíbrio
entre ambição íntima e valores que são reconhecidos
socialmente; presunção e orgulho; afã de
reconhecimento e poder.
126
MENOR QUE O TEXTO
Sugere baixa auto-estima e diminuição da impor- tância
do ego. Modéstia e timidez. Caráter im- pressionável;
submissão e resignação. Sentimen- to de inferioridade e
menos-valia.
NOME MAIOR QUE O SOBRENOME

O indivíduo sente-se mais importante com o papel que
tem na intimidade familiar do que em suas atividades
profissionais ou sociais (inconscientemente).

SOBRENOME MAIOR QUE O NOME
Neste caso, os meios social e profissional têm maior
importância do que seu papel familiar.
18.5 INCLINAÇAO
Expressa a atitude afetiva do Eu com respeito às pessoas
do meio social e profissional.
ASSINATURA A DIREITA X TEXTO VERTICAL

Formalidade nas relações profissionais; ardor na vida
íntima e autocontrole no meio social.
128
ASSINATURA VERTICAL X TEXTO A DIREITA
O indivíduo é mais afetuoso na vida social e profissional
do que na vida íntima e familiar.
ASSINATURA A DIREITA X TEXTO A ESQUERDA

Indivíduo arredio e evasivo; que “foge” do ambiente e
mostra qualidades que não são suas.
ASSINATURA A ESQUERDA X TEXTO A DIREITA

De natureza retraída e defensiva, procura ocultar afetos
e desejos para defender-se do meio.

18.6 ALINHAMENTO
ASSINATURA ASCENDENTE X TEXTO DESCENDENTE
O escritor possui energia e potencial para ven- cer, mas
falta-lhe segurança em si mesmo e combatividade para
alcançar seus objetivos. Ini- bição e dificuldades de
exteriorização.
ASSINATURA DESCENDENTE X TEXTO ASCENDENTE

Pelas dificuldades em solucionar questões ínti- mas, o
escritor incorre numa reação de fuga diante de si
mesmo, gerando grande desenvolvimento das
atividades social e profissional.
130
ASSINATURA ASCENDENTE X TEXTO RETILINEO
O indivíduo não chegou onde deseja, mas tem fé e
ambição para alcançar as metas traçadas.
18.7 ORNAMENTOS
ABREVIADA
Necessidade de simplificação e de mostrar-se apressado,
com desdém pelos negócios.

ENFEITADA
Sugere um escritor vaidoso, fantasioso, com amor
próprio e ambicioso.
SUBLINHADA
Além de vontade, decisão e firmeza, revela tam- bém
presunção, vaidade e orgulho do nome.
SEGUIDA DE PONTO
Prudência, centralização. Necessidade de ver as coisas
finalizadas. Intransigência.
132
SEGUIDA DE TRAÇO
Desconfiança; desejo de obter informações pri-
vilegiadas e saber a respeito do futuro.
COBERTA POR UM CIRCULO

Prudência excessiva; defesas em alerta. Medo do contato,
dificuldade de relacionamento.

RISCADA
Desvalorização pessoal; tendência ao autoprejuízo;
frustração por desejos não realizados.
COMPLICADA
Coqueteria, pretensão, vaidade; busca exagerada de
auto-afirmação.
134
COM RUBRICA
Praticidade e inteligência. Vaidade, ambição e fantasia.
Rancor.
LIGADA
Insegurança; dependência da estrutura familiar;
temperamento conservador.
TRAÇO FINAL NA ZONA INFERIOR

Decisão. Impulsividade, orgulho e egoísmo. Ma-
terialismo; necessidade de concretização.
TRAÇO INICIAL NA ZONA SUPERIOR

Necessidades de contato no plano intelectual. Ambição
de idéias e sentimentos espirituais.

ASSINATURA CUIDADA X TEXTO DESCUIDADO
Mais ocupado de si mesmo, o indivíduo não se preocupa
com disciplina social. Narcisismo.
ASSINATURA DESCUIDADA X TEXTO CUIDADO

Revela o indivíduo que esquece de si mesmo e se ocupa
do papel social. Dissimulação.
REDONDA
Boa adaptação, cordialidade, estabilidade e tole- rância.
Sensualidade, lentidão, indiferença.
ANGULOSA
Coragem, firmeza, decisão. Liderança, disciplina,
obstinação. Agressividade e inadaptação.
SIMPLES SEM ORNAMENTOS

Sinceridade, prudência, humildade. Modo con- vencional e
rotineiro. Imaginação escassa.
DISCORDANCIA ENTRE TEXTO E ASSINATURA

Pluralidade de atitudes e condutas; incerteza nos desejos e
decisões. Dissimulação.

EXEMPLO DE ANÁLISE
GRAFOLÓGICA

LAUDO
GRAFOLÓGICO
Com relativo domínio da língua portuguesa, a escritora

desenvolve o texto com objetividade e ordem,
cometendo, por vezes, alguns tropeços gramaticais.
Além de preocupar-se com a apresentação da redação, a

escritora dá-se também aos capri- chos pessoais. Com
pouca segurança em rela- ção a seus próprios recursos,
adota postura vi- gilante e, por vezes, artificial,
procurando, na medida do possível, retocar seus modos
para transmitir uma melhor imagem. Sem, contu- do,
perder seu sentido de honra e dignidade, tal atitude
pode levar os demais a vê-la como pessoa contraditória,
que oscila entre aquilo que pensa e aquilo que faz.
Com sinais de amadurecimento, tende a ser ver- sátil e

habilidosa no processo de adaptação. So- cialmente,
costuma agir de forma cordial, dis- creta e paciente com
os que estão à sua volta.
De temperamento controlado e reservado, possui senso

de justiça e utiliza-se de prudência e deten- ção reflexiva
no momento da ação. Sabe abdicar e renunciar mas,
talvez, a fim de evitar algum sofrimento futuro, procura
agir de maneira defensiva e temerosa nos contatos e até
mesmo no momento de expor suas idéias e opiniões.
Ao longo do texto, surgem traços de um indiví- duo

impressionável e angustiado, que pode estar vivendo
uma fase confusa e conflituosa.

Na esfera intelectual, possui pensamento intuiti- vo e
inventivo e capacidade de assimilar idéias com rapidez.
É dada a momentos de abstração, tendo, porém,
habilidades para lidar com dados práticos e teóricos.
Dotada de boa memória, costuma ser, no ambiente de
trabalho, reflexiva, perceptiva e organizada.
A escritora possui necessidade de variar planos e

projetos, mas o momento é de decréscimo da capacidade
de trabalho; falta-lhe iniciativa, mo- tivação e
combatividade para enfrentar os problemas que
surgem ao longo do percurso.
Entretanto, o ambiente gráfico sugere falta de energia no

início das tarefas; seu momento atual faz com que fique
dividida entre fazê-las ou não, porém seus conflitos
tendem a ser passageiros e, possivelmente, mais adiante,
seja capaz de reto- mar o passo e conseguir finalizar seus
empreen- dimentos.
LUCIANA BOSCHI
Novembro/2000
BIBLIOGRAFIA
ALBUQUERQUE, Carlos A. Análise grafológica. Porto Alegre:
Sagra-DC Luzzato, 1992.
CAMARGO, Paulo Sérgio. A escrita revela sua personalidade.

Rio de Janeiro: CEPA, 1997.
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. Assinatura e personalidade. Rio de Janeiro: PSG, 1999.
. A grafologia no recrutamento e seleção pessoal. São Paulo:
Ágora, 1999.
GILLE-MAISANI, Jean-Charles. A psicologia da escrita. São Paulo:
Pensamento, 1999.
LOEVY, Odete Serpa. Grafologia. São Paulo: Sarvier, 1987.
MANDRUZATO, Maria Lúcia. A grafologia e a empresa. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 1996.
MINICUCCI, Agostinho. Cadernos de grafoanálise: Moderna abor-

dagem de grafologia. São Paulo: Vetor, 1997.
. Grafoanálise. A nova abordagem da grafologia. São Paulo:
—
Atlas, 1991.
SURANY, Marguerite de. Manual de grafologia moderna. São Paulo:
Pensamento, 1990.
VELS, Augusto. Dicionário de grafologia e termos psicológicos afins.

São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
. Escrita e personalidade – as bases científicas da grafologia.
—
São Paulo: Pensamento, 1991.
XANDRÓ, Mauricio. Grafologia para todos. São Paulo: Ágora,

1997.
.Grafologia elementar. São Paulo: Pensamento, 1996.
—

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1. Psicologia 2. Grafologia I. Título.

16 INICIAIS / FINAIS ........................................................................ 107

Pauta-se, principalmente, pela forma direta com que

Na realidade, é uma experiência gratificante ter em mãos

O que o leitor mais exigente vai encontrar é fru- to do

Deve ser motivo de destaque a verdadeira pai- xão com

PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

Outro aspecto de suma importância que ressalto é a sua

A autora honra as tradições das melhores gra- fólogas

Poderia dizer muito mais, porém deixo ao leitor o juízo

Rio de Janeiro, julho de 2001.

PAULO SERGIO DE CAMARGO

Os primeiros grafólogos eram empíricos e consi- derava-

O primeiro livro sobre o assunto foi editado em 1622

Nesta mesma época, Crépieux-Jamin, considera- do o

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 11

Muitos outros nomes, ainda, se destacaram, mas o

Aplicada em larga escala pelos recursos huma- nos das

Hoje a grafologia é ensinada nas grandes univer- sidades

A forma particular que o indivíduo dá a uma de-

Quando escrevemos, produzimos sinais gráficos como

Se colocarmos um grupo homogêneo de crian- ças que

A grafologia, ciência social que estuda a perso- nalidade

Portanto, se a graphein está profundamente interli- gada

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 13

O tálamo e o paládio, juntos, são responsáveis pela

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 15

Traçando-se um paralelo entre as Zonas Superior, Média

1º - obtemos a média das ovais (a, o, d, g, q ) x 3

2.1 AS ZONAS E SEUS PREDOMINIOS

O equilíbrio entre as zonas é sinal que o escri- tor

A zona superior poderia ser representada pelo

18 A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

de, num mundo de sonhos e fantasias e com ten- dência à

A zona inferior pode ser comparada à zona do

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 19

A ordem revela a capacidade de organização das idéias e

Uma escrita bem ordenada apresenta propor-

Sentido positivo – Reflexão, objetividade e espíri- to

à verdade. Predomínio da atividade consciente e cla- reza de

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

Sentido positivo – Mescla da vida instintiva, emotiva

Sentido negativo – Ansiedade, angústia e inquietudes.

22 PERSONALIDADE ATRAVÉS ESCRITA

Sentido positivo – Concentração e bom aprovei-

Sentido negativo – Falta de limites e escrúpulos.

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

Sentido positivo – Necessidade de independên- cia.

Sentido negativo – Exibicionismo, extravagân- cia,

24 PERSONALIDADE ATRAVÉS ESCRITA

Sentido positivo – Iniciativa, franqueza, extroversão.

Sentido negativo – Arrogância, impaciência. Fal- ta de

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

Sentido positivo – Economia, reserva. Capacida- de de

Sentido negativo – Medos e receios; confusão e

Sentido positivo – Clareza moral, juízos pon- derados

26 A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA

Sentido negativo – Desordem na vida, de uma

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA 27

4.1 PEQUENA ( ATE 2 MM )

Sentido negativo – Temor, timidez, dúvida e

28 A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA