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Em sua última entrevista para um emprego, tudo correu bem, você tinha certeza que o cargo seria seu, mas
estranhamente não retornaram a ligação. Talvez você nem suspeite, no entanto seus garranchos, isto mesmo, sua
letra talvez o tenha eliminado. Apesar de não haver comprovação científica sobre a validade da análise da escrita
para determinar personalidade ou desempenho profissional, a grafologia é utilizada por mais de um terço das
empresas no Brasil para contratação de pessoal e avaliação interna de funcionários
Aqui cabe fazer uma distinção entre grafologia e Grafotecnia (ou Grafoscopia). Esta última está relacionada à
análise da letra como uma característica individual do ser humano e é a base das perícias para verificação de
autenticidade de assinaturas. Quando escrevemos, os gestos são tão automatizados que nossa mão se move duas
vezes mais rápido do que podemos controlar conscientemente. Assim, introduzimos certas características muito
sutis, um ganchinho aqui, uma leve mudança de inclinação lá, que quando feitas de modo intencional por um
falsário, por exemplo, perdem certas características de dinamismo que permitem identificar o lançamento como falso
ou inautêntico. Mesmo quando a pessoa tenta disfarçar a letra, muitas vezes é possível encontrar suas
características, seus hábitos gráficos, permitindo identificar quem falsificou uma determinada assinatura. Assim,
mesmo com várias tecnologias para identificação de pessoas (reconhecimento de voz, leitura da íris, etc), a
assinatura ainda continua sendo a mais utilizada, pela sua simplicidade, confiabilidade e baixo custo. E, como é
comum nas pseudociências, a grafologia segue no esteio de sua parente científica, a Grafotecnia. O criador das leis
do grafismo, base da Grafotecnia, Solange Pellat, também investigou a ligação entre a escrita e a personalidade.
Uma coisa não valida a outra: Newton também estudou alquimia e escreveu mais sobre ela do que sobre a Ótica!
Nem mesmo os grandes gênios estão corretos 100% das vezes.
A grafologia tem acompanhado a civilização desde a própria invenção da escrita. Os romanos, gregos, chineses,
cristãos e judeus procuravam traços da personalidade das pessoas em sua caligrafia. No entanto, foi somente no
século XIX, na França, que o termo grafologia foi criado pelo abade Jean-Hippolyte Michon, apesar do primeiro
trabalho sobre algo parecido com o que hoje chamamos de grafologia ter sido publicado pelo médico italiano Camillo
Baldi, ainda no século XVII.
São os escritos de Michon que formam a base da grafologia "analítica" ou "atomista" atual, onde os traços da
personalidade são inferidos a partir de características da letra em si, como a posição e tipo dos pingos nos i's, em
oposição à grafologia "holística", criada por um discípulo dele, Crepieux-Jamin, na qual o analista utiliza uma
impressão geral que o escrito como um todo lhe inspira para inferir os traços da personalidade. Essa não é apenas a
única divergência entre especialistas em grafologia. Dependendo do autor consultado, uma mesma característica, tal
como a inclinação da escrita, pode representar nuances de personalidade totalmente diferentes, como se vê no
exemplo mais adiante. Desde então muitos outros se especializaram no assunto e vêm publicando livros e
ganhando (muito) dinheiro com este tipo de análise. No Brasil, o marco da grafologia é a publicação do livro "A
Grafologia em Medicina Legal" do Dr. Costa Pinto em 1900 e hoje, existe, inclusive, uma Sociedade Brasileira de
Grafologia.
Existem vários cursos e organizações grafológicas dentro e fora do país e alguns cursos, apesar da falta de base
científica para tal prática, são ministrados em Universidades, principalmente na Itália, França, Espanha e Israel.
Investigando a grafologia
O raciocínio ao qual os grafólogos se apegam é que a escrita é comandada pelo cérebro (em inglês "handwriting is
brainwriting") e como o cérebro é a fonte da personalidade, logo a escrita reflete a personalidade. É verdade que a
personalidade pode influenciar o desenvolvimento do potencial genético das habilidades motoras do ser humano. É
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fácil entender como fatores como ousadia, agressividade, persistência, vontade de participar em atividades em
grupo determinam o quanto uma criança irá se desenvolver, tendo em vista a importância das habilidades motoras
ensaiadas em grupo. O controle motor fino exigido para atividades como tocar um instrumento musical, tricotar ou
escrever é um refinamento das habilidades motoras gerais e também vai depender de persistência e concentração.
Então é de se esperar que pessoas perseverantes e com alta capacidade de concentração possuam boa caligrafia.
E só. As correlações entre os aspectos gráficos da escrita como inclinação, pressão e gênese das letras e os
aspectos individuais da personalidade precisam ser demonstradas através de estudos cientificamente rigorosos que
sejam verificados independentemente.
Apesar da roupagem pretensamente científica que toda pseudociência possui, a grafologia se baseia no mesmo
princípio do mais primitivo (e do mais atual) pensamento mágico: o princípio da similaridade. Encontramos o
princípio da similaridade desde a homeopatia até às práticas de vodu, nas quais uma imagem de uma determinada
pessoa é utilizada para influenciá-la positiva ou negativamente. Também é encontrado na astrologia, onde, por
exemplo, pessoas do signo de Touro possuiriam as características deste animal, como a teimosia. Assim, na
grafologia, para citar alguns exemplos, letras de pessoas raivosas apresentariam grande pressão e linhas retas, ao
passo que amor é expresso através de letras curvilíneas e com leve pressão. A tristeza ou pessimismo seriam
traduzidos por linhas descendentes, assim como otimismo por linhas ascendentes. Um punho inconstante com letras
sendo desenhadas de forma diferente todo o tempo representaria pessoas "inconstantes". Aparentemente,
características físicas como um gingado ao caminhar também aparece em uma escrita "gingada (The Complete
Idiot's Guide to Handwriting Analysis, por Sheila R. Lowe).
Somente porque a lei da similaridade aparece como base de várias superstições e pseudociências, não significa que
esteja sempre errada. Então necessitamos de estudos científicos para comprovar ou não se características da letra
podem dizer algo sobre uma pessoa. Muitos grafólogos, quando perguntados sobre as evidências científicas que
validam suas práticas, apresentam livros escritos por outros grafólogos que também não se baseiam em estudos
científicos. Outro típico erro de avaliação é o famoso: "eu uso e dá certo comigo e meus clientes que nunca
reclamaram". Se isto soa familiar é porque astrólogos e outros pseudocientistas usam este mesmo tipo de
argumento.
Não podemos deixar de mencionar os mesmos fatores que parecem validar todas estas "metodologias de
autoconhecimento": a leitura fria, através da qual o "analista" vai colhendo pequenas pistas para obter informações
acerca desta pessoa sem que ela perceba (no caso da grafologia, as pistas são obtidas quando textos de caráter
pessoal são utilizados nas análises); o efeito Forer, também conhecido como validação subjetiva, que faz com que
as pessoas se reconheçam em descrições psicológicas vagas e abrangentes que poderiam ser aplicadas a qualquer
um. Além destes, outros fatores fazem com que as pessoas acreditem que uma determinada descrição contém a
verdade sobre sua personalidade. Um deles é falta de real autoconhecimento - você não está muito certo sobre suas
características pessoais, logo você procura uma destas "metodologias para o autoconhecimento" e quaisquer
características ditas como sendo suas serão aceitas, desde que não sejam muito excêntricas, tipo "você é um
assassino em série em potencial, dadas as circunstâncias corretas você certamente irá matar alguém".
Principalmente, porque as descrições apresentadas são vagas de forma que quase qualquer pessoa se encaixa.
Também é bastante comum a tentativa de validação da grafologia através do grau de satisfação dos gerentes de
empresas com os empregados contratados através deste tipo análise. No entanto, para uma análise completa seria
preciso analisar também o desempenho de um outro grupo - pessoas que foram reprovadas no teste da grafologia.
Só assim seria possível confirmar que a análise grafológica é uma metodologia válida de seleção, pois talvez os
gerentes ficassem ainda mais satisfeitos com este outro grupo. E como ter certeza que excelentes profissionais não
estão deixando de ser contratados simplesmente porque sua assinatura não está de acordo com o que a escola
daquele grafólogo segue? Afinal de contas, não existe um consenso entre eles.
Por exemplo, no livro de Peter West, "Grafologia", ele afirma que a uma barra do T minúsculo curta significa "falta de
autocontrole; não gosta de disciplinas impostas", ao passo que Maurício Xandró em seu "Grafologia para Todos",
explica que este mesmo tipo de barra "é um sinal de potência volitiva não isenta de autocontrole (...) há controle de
si mesmo, esforço bem dirigido e domínio". Uma mesma pessoa teria avaliações completamente opostas!
No entanto, não é necessário se preocupar, basta descobrir a escola do grafólogo que presta consultoria para sua
empresa (muitas fazem este tipo de consulta não só para a contratação como também para promoção de pessoal) e
fazer algumas sessões de grafoterapia. Basicamente consiste em educar sua letra para deixar de fazer aquelas
características negativas e assim, dizem os grafólogos, modificar a sua personalidade. Depressivo? Nada de
Prozac! Basta copiar alguns textos com letras grandes em linhas ascendentes até que esse passe a ser seu tipo de
letra. Fácil e barato.
Os grafólogos também alegam poder diagnosticar doenças como hipocondria, paranóia, esquizofrenia e depressão,
mas não há estudos científicos publicados em revistas de renome, que suportem tais alegações. No entanto é
possível encontrar anúncios de cursos de grafologia que dizem explicitamente que após a conclusão o aluno será
capaz de realizar a "detecção de casos de hipocondria, depressão, pressão arterial, cleptomania e doenças de fins
neurológicos". E que tal a seguinte descoberta de Maurício Xandró, apresentada em seu livro "Grafologia para
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Todos"? Ele afirma ser possível afirmar pela observação do seu D maiúsculo, se uma pessoa é crente ou atéia. Ele
deixa claro que isto só é possível para aquelas em cuja língua mãe deus é iniciado pela letra D.
E que tal ser considerado, pelo mesmo autor, uma pessoa libidinosa, apresentando "sonhos eróticos, interesse por
assuntos libidinosos ou pornográficos, procura por prazer sexual", só porque seu G minúsculo apresenta um "pé", a
parte inferior, exagerada?
A análise da escrita pode fornecer elementos que quando somados a um diagnóstico clínico podem auxiliar o
diagnóstico de certas doenças neurológicas. Por exemplo, "Maneirismos ocorrem em esquizofrênicos, oligofrênicos
e histéricos, e são caracterizados por gestos artificiais, ou linguagem e escrita rebuscada, com uso de preciosismo
verbal, floreados estilísticos e caligráficos, etc...". Mas disso vai uma longa distância a poder diagnosticar
esquizofrenia após concluir um curso noturno de grafologia.
Pessoas com a doença neurodegenerativa de Huntington escrevem com diferentes velocidades e aquelas
apresentando demência têm uma escrita constantemente alterando entre padrões acelerados e desacelerados, que
resulta em um aspecto pictórico de aparência nervosa. Um fato interessante é que a letra não muda em seus
aspectos mais importantes, mesmo que a pessoa escreva com a mão esquerda se for destra, ou utilize outro
membro, a não ser que áreas ligadas à habilidade motora do cérebro sejam afetadas.
Porém para realizar estes diagnósticos é preciso mais do que a simples capacidade de observação humana. Os
cientistas utilizam tablets (pranchetas de captura digital), que permitem não só registrar a escrita formalmente, mas
também registrar em valores absolutos parâmetros como velocidade, pressão, aceleração e ritmo. Assim, é possível
verificar como um determinado medicamento afeta o cérebro do paciente ou mesmo o progresso da terapia pela
melhora na letra ou desenhos, já que não é somente a escrita que á analisada, mas também a habilidade para
desenhar.
Esta nova disciplina chamada Grafonômica (do original em inglês, Graphonomics) surgiu no início dos anos 80 e
visa verificar quais são os processos neuromotores por trás da escrita e desenhos humanos. Portanto, existe uma
ciência baseada na escrita, mas não como a grafologia é vendida por aí.
Fonte: www.projetoockham.org
grafologia
Grafologia é o estudo da escrita manual, especialmente quando empregado como método para análise da
personalidade. Os verdadeiros peritos em escrita manual são conhecidos como grafotécnicos, ou periciadores de
documentos, não como grafólogos.. Os periciadores de documentos levam em conta os laços, pingos nos "i" e
cortes nos "t", espacejamentos das letras, inclinações, alturas, arremates, etc. Examinam a caligrafia para
determinar autenticidade ou falsificação.
Os grafólogos examinam laços, pingos nos "i" e cortes nos "t", espacejamentos das letras, inclinações, alturas,
arremates, etc., mas acreditam que essas minúcias da escrita sejam manifestações de processos mentais
inconscientes. Acreditam que tais detalhes possam revelar tanto sobre uma pessoa como a astrologia, a
quiromancia, a psicometria, ou o indicador Myers-Briggs de tipos de personalidade. No entanto, não há nenhuma
prova de que a mente inconsciente seja um reservatório que guarda a verdade sobre uma pessoa, muito menos de
que a grafologia ofereça um portal para esse reservatório.
Afirma-se que a grafologia serve para tudo, desde entender questões de saúde, moral e experiências passadas a
talentos ocultos e problemas mentais. * Porém, "em estudos adequadamente controlados e cegos, em que as
amostras de caligrafia não contêm nada que possa fornecer informações não grafológicas nas quais se possa
basear uma predição (por exemplo, um trecho copiado de uma revista), os grafólogos não se saem melhor que o
acaso na predição... de traços de personalidade...." ["The Use of Graphology as a Tool for Employee Hiring and
Evaluation [Uso da Grafologia Como Ferramenta Para a Contratação e Avaliação de Empregados]," da Associação
das Liberdades Civis de British Columbia] E mesmo os que não são experts são capazes de identificar o sexo da
pessoa que escreveu em cerca de 70% das vezes (Furnham, 204).
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Os métodos usados pelos grafólogos variam. * Mesmo assim, as técnicas desses "peritos" parecem se resumir a
itens como a pressão exercida sobre a página, espacejamento de palavras e letras, cortes nos "t", pingos nos "i",
tamanho, inclinação, velocidade e regularidade da escrita. Embora os grafólogos neguem, o conteúdo da escrita é
um dos fatores mais importantes na avaliação grafológica da personalidade. O conteúdo de uma mensagem,
naturalmente, independe da caligrafia e deveria ser irrelevante na avaliação.
Barry Beyerstein (1996) considera as idéias dos grafólogos nada mais que magia simpática. Por exemplo, a idéia de
que deixar espaços em branco entre as letras indica tendência ao isolamento e solidão porque os grandes espaços
indicam alguém que não se relaciona facilmente e que não se sente confortável com a proximidade. Um desses
grafólogos afirma que uma pessoa revela sua natureza sádica se cortar os 't' com linhas que se assemelham a
chicotes.
Como não há nenhuma teoria útil de como a grafologia poderia funcionar, não é surpresa o fato de não existirem
indícios científicos de que nenhuma característica grafológica tenha correlação significativa com qualquer traço de
personalidade interessante.
Os leitores familiarizados com as técnicas da leitura a frio serão capazes de entender por que a grafologia parece
funcionar e por que tantas pessoas (inteligentes em outras circunstâncias) acreditam nela. [p. 204]
Acrescente-se à leitura a frio o Efeito Forer ou Barnum, a predisposição para a confirmação, e o reforço comunitário,
e temos uma explicação bastante completa para a popularidade da grafologia.
A grafologia é mais uma ilusão daqueles que querem um método rápido e rasteiro de tomar decisões para lhes dizer
com quem se casar, quem cometeu o crime, a quem contratar, que carreira seguir, onde achar boa caça, onde
encontrar água, petróleo ou o tesouro escondido, etc. É mais um elemento na longa lista de substitutos enganosos
para o trabalho duro. É atraente para os que se impacientam com questões problemáticas como a pesquisa, análise
de indícios, raciocínio, lógica e teste de hipóteses. Se você quer resultados, e os quer imediatamente e expressos
em termos fortes e determinados, a grafologia serve. Se, no entanto, você puder conviver com probabilidades
razoáveis e incertezas, pode tentar outro método para escolher uma esposa ou contratar um empregado.
Se, por outro lado, você não se importar em discriminar pessoas com base em bobagens pseudocientíficas, pelo
menos tenha a coerência de usar um tabuleiro Ouija para ajudá-lo a escolher o grafólogo certo.
Fonte: skepdic.com
Grafologia
A Rede de Hotéis Othon, com 3,2 mil funcionários espalhados em 18 cidades, por exemplo, decidiu apelar para a
grafologia há quatro anos. "Precisávamos contratar novos empregados para preencher cargos estratégicos. Cada
função exigia uma personalidade diferente e, para encontrar a pessoa certa, consultamos um grafólogo", conta a
gerente de recursos humanos da Rede Othon, Cristina Secchin. Ela admite que a grafologia foi decisiva em muitos
casos. "Nossa principal exigência é honestidade. Candidatos foram barrados porque apresentaram traços de
insinceridade na grafia." Segundo os grafólogos, letras retorcidas, assinaturas com letras muito diferentes do resto
do texto e falta de clareza na escrita a ponto de dar margem a interpretações dúbias são indícios de falta de
sinceridade.
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A avaliação grafológica é realizada por empresas especializadas. A mais famosa delas é a Grafia, do psicólogo
Alberto Swartzman, 41 anos, que fez Pós-Graduação em Grafologia na Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro.
Espécie de guru da interpretação da escrita, Swartzman cobra R$ 100 por consulta, atende empresas e pessoas
físicas e acaba de lançar um livro (Grafologia - manual prático) para quem deseja se iniciar nos mistérios da ciência
de decifrar as letras. Sua clientela inclui laboratórios farmacêuticos, lojas de departamentos e companhias de
seguro. No total, são mais de 50 firmas. Nenhum candidato a um posto de trabalho é obrigado a fazer o teste
grafológico. As companhias precisam obter uma autorização por escrito do pretendente ao cargo para enviar o texto.
Antes de responder a cada consulta, Swartzman recebe do cliente uma descrição pormenorizada das características
exigidas para o preenchimento da vaga. Honestidade e sociabilidade são os itens mais valorizados.
Mas existem empresas que desejam saber detalhes sutis da personalidade do candidato ao cargo. Algumas
vasculham até mesmo a opção sexual do futuro funcionário. "Para muitos empresários, o homossexualismo acaba
sendo uma restrição no momento de contratar um empregado", afirma Swartzman. Nesses casos, o grafólogo lava
as mãos. A particularidade não é registrada no relatório sobre o candidato. "Em geral, faço a observação
diretamente ao chefe do departamento pessoal pelo telefone. A decisão final é da empresa", relata o grafólogo. Mas
como detectar, sem margem de erro, a opção sexual? "Não é difícil. A grafia dos gays apresenta sinais
inconfundíveis, como floreios, coqueterias e excesso de curvas. Já as lésbicas exibem ângulos pontiagudos nas
letras", explica Swartzman. Em consultas para pessoas físicas, muitas vezes, o grafólogo precisa desvendar casos
de adultério, como se fosse um detetive. "Uma senhora me trouxe um texto do marido para saber se estava sendo
traída. Constatei que ele era, de fato, desonesto, mas não poderia garantir que era adúltero."
Segredos de alcova não interessam à Price Waterhouse, uma das mais importantes empresas de auditoria e
consultoria do mundo. Mas outros aspectos da personalidade como sociabilidade, capacidade de concentração e
objetividade são itens fundamentais para a avaliação de futuros empregados. "O principal item é a sociabilidade.
Afinal, trabalhamos sempre em equipe", diz a psicóloga Edna Godoy, do departamento de recursos humanos da
empresa. Ela admite que a grafologia pode levar a equívocos, caso seja utilizada de modo inadequado. "Para não
cometer a injustiça de recusar um candidato por dados puramente subjetivos, associamos a grafologia a outros
testes. Na realidade, o modo como o candidato escreve fornece subsídios para validar outras informações obtidas
ao longo do processo seletivo."
Essa cautela é necessária. Entre os psicanalistas, a grafologia é vista com restrições. "A fala é muito mais
importante porque revela atos falhos. A grafia mostra apenas o temperamento, não a personalidade", analisa a
psicanalista carioca Regina Taccola. "A grafologia funciona apenas como ponto de partida. Definir a personalidade
humana pela grafia é pretensioso demais", reforça Marlene Dias da Silva, da Sociedade Brasileira de Psicanálise.
De fato, nada é tão simples como parece. Uma letra ascendente que, para o grafologista, sinaliza ambição
desmedida, por exemplo, pode representar um disfarce para um complexo de inferioridade, segundo a interpretação
do psicanalista. "Na realidade, nada substitui a entrevista com o candidato a um posto de trabalho. As empresas
apelam para a grafologia para economizar tempo. O perigo é estabelecer um diagnóstico simplista e precipitado",
adverte Raquel Zeidel, também da Sociedade Brasileira de Psicanálise.
A grafologia tem origem curiosa. Ela nasceu no confessionário de uma igreja na Espanha, no século XIV. O rabino
Samuel Hangid costumava aconselhar os fiéis depois de analisar o modo como eles escreviam bilhetes. Dois
séculos depois, médicos espanhóis e italianos começaram a fazer uma comparação entre a grafia e o caráter.
Surgiram as primeiras tentativas de estabelecer regras de análise da escrita. A história começou a ficar séria mesmo
quando surgiu a primeira escola de grafologia, em Paris, no século XIX. Depois disso, os grafólogos incorporaram
conceitos de Freud e Jung para interpretar o inconsciente por meio da análise da grafia. Há casos em que não é
difícil perceber uma ambição sem freios. Nas cartas que o sequestrador Leonardo Pareja - que liderou uma rebelião
no presídio de Aparecida de Goiânia, em Goiás - escreveu à polícia, a letra "M" aparece com as pernas reforçadas
para baixo, o que indicaria forte atração por dinheiro, afirmam os grafólogos.
Nem sempre uma letra bonita é sinônimo de personalidade harmônica e bem resolvida. Os especialistas dizem que
a beleza do traço tem valor estético, mas não diz muito sobre o caráter. A caligrafia ilegível, no entanto, demonstra
com certeza que a pessoa tem dificuldades de se comunicar com os outros. Seria um indício de inadaptação ou
mesmo sentimento de inferioridade. Em contrapartida, quem escreve com excessiva clareza, fazendo questão de
sublinhar seguidamente as palavras, pode no fundo esconder uma carência afetiva. O certo é que a falta de
acentuação e pontuação corretas caracteriza uma personalidade negligente.
A análise da grafia de políticos também pode ser esclarecedora. Nesses casos, o melhor é atentar para a
assinatura. Especialmente se o político é dado a escrever bilhetinhos, como o ex-presidente Jânio Quadros. Seus
recados para assessores, com recomendações, críticas e elogios, foram sua marca registrada. O detalhe que
chamou a atenção dos grafólogos foi a mania que Jânio tinha de arrematar a assinatura com um ponto final. Os
especialistas dizem que isso é sinal de autoritarismo. Mas indica ainda que Jânio era uma pessoa desconfiada e
tinha obsessão em ser perfeito. Quando se debruçaram sobre a assinatura do ex-presidente Fernando Collor, os
estudiosos notaram que ele fazia questão de realçar o sobrenome. Para os especialistas em grafologia, isso é
indicativo certo de vaidade e orgulho.
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Fonte: www.curricular.com.br
Grafologia
A Grafologia é o estudo da personalidade de uma pessoa por meio de sua escrita.
O modo como alguém corta o 't', por exemplo, se alto ou baixo, se mais à esquerda, no centro ou à direita, se a letra
é grande, média ou pequena, etc.; tem pouca importância para o perfil grafológico. Para isto é necessário
compreender que a grafologia se divide em Gêneros (oito) e Espécies (em torno de 175 de acordo com Jamin e
cerca de 200 segundo Gille- Maisani). A combinação das espécies resulta em infinitos tipos de escritas. Acrescenta-
se a isto o estudo da Imagem do Movimento, Forma e Espaço feita por diversos autores alemães e franceses.
(Gobineau - Klages - Heiss - Pophal etc.)
Alguns princípios básicos da grafologia: - A escrita é uma manifestação motriz e ao mesmo tempo intelectual: A mão
escreve, o cérebro comanda.(isto só foi demonstrado cientificamente pelo médico alemão Dr. Preyer no final do
século XIX.)
- A avaliação da escrita fixa-se em duas funções essenciais: MOTRICIDADE e INTELIGÊNCIA A escrita é um gesto
essencialmente humano; sem os critérios acima é impossível escrever. A criança com um ou dois anos não
consegue escrever pois não desenvolveu motricidade para tal.
As alterações no estado de espírito influem na execução material da escrita. Assim depressão, delírios, excitação,
etc, revelam sintomas que se traduzem em gesto gráfico. É óbvio que em algumas doenças necessita-se de mais
pesquisas científicas visando uma validação confiável.
Controvérsia
A principal crítica à grafologia é a inexistência de base científica que sustente o uso dessa técnica para a
investigação da personalidade. Mesmo assim ela continua sendo utilizada pelas empresas como ferramenta de
apoio à decisão.
A técnica de análise grafológica também é criticada por utilizar regras associativas de caráter simbólico ou analógico
sem validade comprovada. Por exemplo: palavras muito espaçadas demonstram tendência ao isolamento; escrita
inclinada à esquerda simboliza ligação com o passado; letras pequenas são sinal de boa concentração mental.
Os críticos da grafologia alegam ainda que não há nenhuma prova de que a mente inconsciente seja um
reservatório que guarda a verdade sobre uma pessoa, e muito menos de que a grafologia ofereça um portal para
esse reservatório.
Os céticos acusam a grafologia de não possuir bases científicas, contudo até o presente momento, quase 100 anos
de depois de Alfred Binet ter realizado testes com a grafologia na Universidade de Sorbonne, nenhum estudo
conseguiu provar o contrário em relação a espetacular média de acertos feito por Crépieux-Jamin - em alguns casos
mais de 80%. (Les revelations de l’ecriture d’apres un controle scientifique, Alfred Binet).
FONTE: PT.WIKIPEDIA.ORG
TU ÉS O QUE ESCREVES
A escrita é o espelho do teu interior, do teu carácter, da tua personalidade e das tuas atitudes.
Conhecer-te a ti próprio e as tuas necessidades pessoais ajuda-te a fazer melhores decisões quanto à tua carreira,
aos teus objectivos e às tuas relações pessoais.
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É uma ferramenta psicológica não intrusiva.
Independentemente de como se pega na caneta, a tua escrita é desenhada de acordo com impulsos do cérebro
através do sistema nervoso e dos músculos do teu braço e da tua mão.
Tal como a agulha de um sismógrafo, a caneta detecta e transmite "tremores" invisíveis e cria um estilo de escrita
único.
Mas nem tudo na personalidade é fixo. Ela vai-se desenvolvendo e alterando. É o resultado de relacionamentos e de
experiências físicas, espirituais e emocionais.
A vantagem de uma análise à personalidade é que dá uma "informação actual" de "onde" estamos neste momento.
Dá uma visão das nossas forças e potenciais além de revelar bloqueios interiores ao crescimento individual e à
realização pessoal.
Um conceito antigo
A grafologia é tão antiga como a própria escrita.
Agora é tida um ramo da psicologia e as análises dos profissionais são consideradas como fiáveis e precisas.
Aplicações modernas
A escrita é o reflexo do interior de uma pessoa, por isso não se pode manipular.
recrutamento de pessoal
criminologia
pedagogia
psiquiatria
etc
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Empresas como a Siemens, a Peugeot e Pão de Açúcar, ao recrutar pessoal, querendo saber mais sobre esse
interior, recorrem à grafologia.
Se te pedirem para escrever numa folha branca, sem linhas, um texto de cerca de 100 palavras e assinar, aí está!
motivações
honestidade
espírito de iniciativa
trabalho em equipa
etc
Avaliação Geral
Antes de se olhar para as características particulares das letras em si, há características mais globais que se podem
analisar:
Ordenação do texto
O espaço deixado entre o texto e as margens dizem muito quanto à posição de um indivíduo face ao mundo
Pressão da escrita
O esforço que se faz ao escrever denuncia características sobre a força física e espiritual, o instinto sexual, etc...
Dimensão da letra
Velocidade e continuidade
Pontuação, falta de acentos, maiúsculas e minúsculas, enganos... - dificuldades em lidar com a rotina, objectividade
A assinatura
Enquanto que o texto reflecte a maneira de ser que se aparenta, a assinatura revela a personalidade real.
A rubrica ainda vai mais longe por ser feita com mais espontaneidade e liberdade...
Por exemplo, uma assinatura onde se consiga ler o nome facilmente, indica simplicidade e transparência...
Finalizar com um ponto final revela autoritarismo e realçar o apelido anuncia vaidade e orgulho.
Auto-estima
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Para ter sucesso, 20% é uma questão de aptidão e 80% de atitude.
Muitos de nós sub-estimamos as nossas forças e focamo-nos nas nossas fraquezas, limitando o nosso sucesso.
A chave para uma boa auto-estima é aceitar a responsabilidade pelos nossos pensamentos, sentimentos e desejos
pessoais e ter força de vontade para agir de modo a consegui-los.
É que, se ela revela traços destes, é porque está com alguns problemas complicados.
Claro que o grau de "complicações" depende da intensidade e da frequência com que aparecem na escrita.
Convém sempre verificar e re-vrerificar, antes de "rotular" uma pessoa (infelizmente, pode acontecer encontrá-los na
nossa própria escrita!).
A seguir vou tentar descrever alguns desses traços de modo a se compreender a complexidade do assunto.
A grafologia para mim é um hobby, por isso o que aqui está exposto é o que tenho aprendido e pode necessitar de
ser corrigido.
Se detectares alguma falha, se quiseres fazer alguma crítica ou comentário, diz logo, ok?
Mentira
Infelizmente, a honestidade (ou a falta dela) é resultado de muitas variáveis. As mais relevantes acabam por ser a
integridade da pessoa e a situação específica. Algumas pessosa estão tão confusas que mentem quando a verdade
soa melhor. O pior caso é o da letra o, mostrada acima.
Este é o mentiroso compulsivo. Inventa histórias e não se pode confiar. Provavelmente nem ele mesmo sabe qual é
a verdadeira "verdade". Felizmente não vejo isto muitas vezes e espero que não o vejas também!
A letra o é uma "letra de comunicação". É normal encontrar, nesta letra, mais traços que indicam capacidade de
guardar segredos, extroversão e franqueza. Este loop é a combinação de dois loops. Um, o chamado "loop do
segredo" e outro o "loop do auto-engano".
Ao mesmo tempo, o autor deste "o" está a enganar os outros e a si mesmo. Ele simplesmente esquece-se de qual é
a verdade!
Se vires este traço uma vez em dez, não assumas que é um mentiroso compulsivo. Esta pessoa mente, mas não
tão severamente como a palavra sugere. Muitas pessoas basicamente honestas mentem nalguma ocasião.
A ética, a integridade e a oportunidade também são factores de honestidade. Tem de se tomar em consideração a
escrita num todo.
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Se encontrares dois pequenos loops internos na letra "o", essa pessoa mente ocasionalmente; se uma secretária
está ao telefone com o patrão ao lado e é obrigada a dizer "O chefe não está, quer que tome nota do recado?", esse
recado tem, frequentemente, loops nos "o".
Existem 3 zonas na escrita: a superior (onde caem as partes superiores dos "l", dos "t", dos "d", etc), a média (onde
ficam os "a", os "r", etc) e a inferior (onde ficam as zonas inferiores dos "f", do "q".
Qualquer loop (falo agora das "barrigas" das próprias letras) revela algo sobre a imaginação.
No entanto, os loops na zona superior revelam que a pessoa imagina coisas associadas à filosofia, à religião ou à
ética.
Os loops da zona média revelam a imaginação que pode ser física ou sexual.
Se o loop se encontra na zona média, como a letra "o", a pessoa imagina coisas relacionadas com o dia-a-dia.
Como esta letra é uma letra de comunicação, imaginam-se coisas sobre o que se conversa. Quanto maiores os
loops, mais são as mentiras e mais segredos estão escondidos.
Baixa Estima
Na escrita, a baixa auto-estima é revelada por uma trave horizontal do "t" abaixo do meio da zona média.
As letras maiúsculas no início das frases indicam a força do próprio ego, logo, servem de informação complementar.
A pessoa em questão tem medo de falhar, medo de mudanças que possam trazer frustrações.
Uma pessoa assim quase que te idolatriza por teres tantas coisas que ela não tem e faz coisas para te agradar.
No entanto, uma pessoa com baixa-estima que age assim vai querer retorno...
Assim, num relacionamento, vais ter de ter a coragem, a tal auto-estima e força de vontade para ti e para a outra
pessoa.
Se és do sexo masculino, não caias no erro de pensar que todas as mulheres com baixa auto-estima são "lixadas":
muitas das meninas mais doces do mundo têm baixa auto-estima.
A questão é que são assim porque precisam da aprovação dos outros. E se ela falha, o mundo vai abaixo. Quando
isso acontece, reage violentamente, mesmo contra ti.
É comum os seus companheiros tratarem-nas mal e elas ainda acharem que o merecem! Lembra-te: se alguém
permite ser tratada mal, não tem problemas em tratar mal os outros.
Normalmente as pessoas que sofrem abusos têm baixa auto-estima. O difícil é definir se o que causou a baixa auto-
estima foram os abusos ou o contrário...
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Quando um casal não gosta só do outro, mas também de si prórprios, o relacionamento é muito mais divertido e
estável!
Dupla personalidade
A dupla personalidade revela-se numa óbvia variação da inclinação da escrita, para a esquerda e para a direita, na
mesma frase.
Esta pessoa tem dificuldade em tomar decisões no campo emocional por causa das diversas influências emocionais.
Sob stress, recolhe-se em si mesma, mas a resposta à situação é imprevisível dada a uma dualidade biológica no
cérebro.
Há que esclarecer o conceito de dupla personalidade: uma pessoa não "encarna" dois papéis. Se assim fosse
encontraríamos dois tipos de escrita diferentes. Tão diferentes que acharíamos serem de duas pessoas diferentes.
O "chavão" dupla personalidade significa que a pessoa tem acesso aos dois extremos no espectro das possíveis
respostas emocionais (segundo percebi das minhas pesquisas). Normalmente a personalidade boa é doce, boa,
generosa, divertida, isso tudo... Essa é a personalidade que vemos nos dias "sim"...
A outra é desagradável e não tem contemplações. Ignora que for preciso quando for preciso. É uma pessoa com
conflitos internos sobre o que ela quer.
Hiper-susceptibilidade, Paranóia
Este é um dos mais importantes a evitar. A hiper-susceptibilidade é uma deturpação das percepções dos outros
sobre nós.
É o medo de reprovação, mostrado num loop nas hastes verticais das minúsculas "d" e "t".
A paranóia é uma certeza quando o loop no "d" está "insuflado" ou com o topo achatado. Um "d" com um loop
grande desenvolveu poderosos mecanismos de defesa. Criticar esta pessoa é catalizá-los. Quando estas pessosa
se sentem traídas, cuidado! Frequentemente revelam sarcasmo, ressentimentos e comportamento agressivo. Se o
loop no "d" é achatado no topo e não volta à linha de base, o medo dificlmente volta à realidade.
Lidar com esta pessoa requer alguma atenção SINCERA, sem paternalismos.
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Uma pessoa verdadeiramente paranóica, desenvolve tantas defesas que é frequente ouvi-las dizer: "Não quero
saber o que os outros pensam." e realmente não se magoarem com as críticas. Estes dois dados juntos, mostram
MESMO grandes problemas!
Inconformista
É tão comum que é difícil de o evitar. Aparece nas letras "c", "a", e "d".
É um gancho que se forma no círculo do topo destas letras. Chama-se um Stinger por causa da semelhança com
um ferrão de abelha, (que magoa a sério, por acaso!) As pessoas com "stingers" na escrita têm um medo terrível de
magoar os outros.
O ponto é que quem tem o "stinger" precisa de ser motivado e captado o seu interesse constantemente. Estas
pessoas frequentemente procuram "pessoal" tumultuoso para umas voltas com adrenalina. São os que fazem "o
jogo". É o tipo de pessoas que diz "Detesto joguinhos" e depois quase despreza as pessoas.
Raramente estão satisfeitas com os bem-comportadinhos... São atraídas pelo rebelde, pelo indomável. É a emoção
da corrida e não o prémio as mantém interessadas.
Se se conhecer a pessoa primeiro pela escrita, quando isso acontecer pessoalmente a pior coisa que se lhe pode
fazer é atirar-se a ele(a). Por precisarem de desafios, Só vai querer uma pessoa se a "caçar". É uma atitude
predatória: quanto maior o pedido de misericórdia maior a sensação de conquista.
Todo o filme "Ligações Perigosas" era acerca de um homem com gigantescos "stingers". Manipulava as mulheres
num jogo perigoso, para as levar para a cama... Se quiseres ver como os "stingers" sobressaem num filme, vê-o.
Como se ganha? Não se ganha. Ao deparar com uma pessoa assim, nunca se pode prescindir do controlo total...
Sarcástico
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Não é um traço horrível de todo, mas este é o mecanismo hostil de defesa que pode magoar se usado para
esconder algum tipo de "raiva"ou de insegurança.
Dominador
Uma barra desenhada com o fim bem definido (a caneta parou ali e só depois levantou do papel) revela que o
consegue sem contrariar as pessoas que o circundam.
Se a caneta voa de ou para o papel, vai deixar um rasto, um traço pontiagudo - SARCASMO!
É cáustica e dominadora ao ponto da crueldade quando não consegue as coisas à sua maneira.
Teimoso
Esta pessoa tem as suas ideias (algumas bem fixas) e não querem ficar confusos com novas ideis ou factos.
É o medo de estar errado. A incapacidade de mudar rapidamente ou de admitir que se está errado.
Mais uma vez, um mecanismo de defesa para um ego inseguro ou a auto-estima danificada.
Anti-social
Os "y", os "g" e às vezes os "j" são descem e sobem pelo mesmo caminho.
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Um grande medo de confiar nos outros e de se magoar emocionalmente.
Evita a intimidade o mais possível e não é capaz de dar e receber amor facilmente.
Desafiador
Não é muito comum, porque a nossa língua não usa muito o "K" e só é mesmo um mau sinal se combinado com um
grande conjunto de outros traços "infernais".
Também pode indicar medo de compromissos. Alguém que valoriza a sua liberdade na sua lista de valores...
Argumentativo
Aquelas que estão sempre preparadas com factos e números para suportar as suas teorias?
(Já estás a sorrir, a pensar "olha quem fala", certo? Pois, o que é que se há-de fazer, eh, eh!...)
Olha para a escrita de uma pessoa com tendência natural para argumentar, para provar a sua teoria, ou justificar-se
a si próprio e provavelmente vais encontrar uma zona média do "p" baixa e uma haste superior muito elevada:
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Usada positivamente, a predisposição para argumentar pode fazer sobressair a personalidade de uma pessoa.
A opinião - a favor ou contra - nunca é curta na variedade de tópicos. Gostam de fazer de "advogado do diabo", de
se colocarem no lado oposto da questão.
No entanto, as pessoas que são problemáticas e agressivas, podem-se tornar chatas e cansativas.
Habitualmente a argumentação é uma resposta inconsciente a sentimentos de insegurança.
São inúmeras as variações deste "p" e é necessária uma avaliação cuidadosa para determinar se este traço é
positivo ou negativo.
Por exemplo, uma pessoa com um uma haste no "p" em forma triangular (ilustrado abaixo, na palavra "happy") vai
estar interessada é em obter factos que suportem os seus pontos de vista.
Já uma pessoa com a haste superior em "loop" (como no exemplo acima) vai introduzir argumentos imaginativos.
Embora todos os sinais na escrita sejam significativos, nenhum pode ser tomado fora do contexto e considerado
isoladamente!
Sexualmente desinibido
Este é o traço de que toda a gente gosta de falar! Quanto maior o "loop" nas zonas inferiores das letras, maior é a
imaginação sexual.
Essa imaginação inclui energia, confiança, experiências e até novas posições. Alguém com esta característica farta-
se depressa da mesma coisa.
Assim, a pessoa tem tendência a embelezar e exagerar tudo em todas as áreas da sua vida.
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Sexualmente solitário
No entanto, quando vires uma haste inferior a direito para baixo, já sabes que essa pessoa precisa de se concretizar
por ela mesma emocionalmente.
Em relacionamentos, precisa do seu espaço e de não ser inter-dependente.
Sexualmente frustrado
Algumas pessoas não estão totalmente satisfeitas, no plano físco, com elas mesmas.
Por vezes a pessoa pode estar a passar por desafios físicos, como doença ou dor física.
No entanto, na maior parte das vezes, revela uma falta de satisfação sexual ou emocional no seu relacionamento.
Orgulho e dignidade
As hastes verticais dos "t" e dos "d" são muito estreitas ou mesmo retraçados. Estas pessoas orgulham-se do que
são e exigem ser tratadas com respeito e dignidade.
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Os pontos nos "i" e nos "j" também. Quanto mais perto da letra estiverem, maior é a atenção que a pessoa dá aos
detalhes.
Contribui para uma boa memória. Repara em tudo!
Casos prácticos
Um pedaço de papel com um texto escrito por alguém NÃO É uma bola de cristal!
É preciso estudar bastante, conhecer os rudimentos da psicologia humana mas nunca deixar de lado a intuição.
No entanto, qualquer pessoa possui a intuição básica necessária para ver reflexos da personalidade nas marcas que
outros deixam.
Um deles foi escrito por um vendedor espalhafatoso e o outro escrito por um contabilista introvertido, envergonhado.
Aposto que disseste que foi o segundo. E não foi ao acaso pois não?
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Não é difícil pensar que será o A, pois não?
Uma vez que escrevemos da esquerda para a direita, a inclinação para a direita mostra que "se vai com a corrente".
A inclinação para a esquerda indica uma repressão, um controlo da exteriorização dos sentimentos.
A resposta é A. Como é que acertaste? Tenta imaginar a linguagem corporal de alguém orgulhoso de si mesmo.
Tendem a andar erectos, cabeça levantada, embros para trás, peito para a frente... Tal como o exemplo A.
A resposta é a Sra B.
Mas afinal o que é que há na escrita da Sra B que não "bate" bem? O espaço largo que existe antes do 36, certo?
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Espero que tenha sido óbvio: A Sra B quer o divórcio. Repara como ela risca o sobrenome "Smith." Não é dos
casamentos mais felizes!
São pistas sobre sentimentos inconscientes quanto ao pai ou ao marido - ou à pessoa de quem tiver vindo o nome.
Cenário
O Tony é Gestor Financeiro há seis anos. É respeitado pelos colegas e tido como trabalhador sério e "renhido". Não
é casado e vive sozinho.
A Judy chegou ao departamento há 3 meses. Gosta de actividades sociais e não tem medo de as organizar. Fala
constantemente sobre o namorado que tem na Escócia.
Todos ficaram surpreendidos e chocados na semana passada quando a Judy foi ter com o Director de Recursos
Humanos, lavada em lágrimas, a acusar o Tony de assédio sexual. O Tony negou veementemente as alegações,
mas o Director de R.H. resolveu investigar o assunto: entrevistou o resto do pessoal para apurar os factos e pede-te
para analisar a escrita dos dois intervenientes.
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Embora as análises grafológicas sejam importante, devem ser confrontadas e complementadas com a investigação
das circunstâncias, oportunidades, motivações..
Tony
A letra aberta e legível do Tony sugere que é razoavelmente honesto e transparente. Vai directo aos assuntos, sem
esconder as coisas importantes. No entanto é um excerto muito pequeno para avaliação.
Judy
Este também pequeno excerto, mostra que a Judy é menos directa e honesta que o Tony. Tende a manipular as
pessoas e situações para dar cobertura aos seus "atalhos" e conseguir os seus objectivos.
Conclusões?...
Análise grafológica
Vamos fazer uma breve análise grafológica a um texto de uma menina chamada Joyce.
Uma das coisas que salta à vista neste texto é a inclinação descendente das linhas. Parece um sinal de fadiga ou
fraqueza temporária que desaparecerá quando recuperar as energias
No entanto, alguém que escreve sempre assim é facilmente desencorajado e tende a estagnar nas facetas
negativas de uma situação.
As barras dos "t" são firmemente desenhadas, e as ligações em arcada sugerem que é uma "self-made woman".
Muitos dos seus objectivos são exclusivamente pessoais e nada convencionais. A família e os amigos nem acham
que valham a pena persegui-los.
Ela faz planos par a frente e tenta organizar o tempo de maneira eficaz.
Embora lhe interessem os valores tradicionais é altamente criativa e inovadora no modo de pensar. Tem uma mente
inquieta, que questiona tudo e adora aprender por si própria.
Prefere pensar por ela mesma e detesta ter de confiar nos outros.
Pode ser bastante impaciente. Abomina o desperdício de qualquer tipo e é muito mais feliz quando consegue
resultados rápidos.
Não que desista com facilidade se "meteu na cabeça" conseguir alguma coisa...
Um conflito interno fá-la sentir, por vezes, sem descanso e sem "poiso".
No entanto, depois de se assegurar que está no "trilho" certo, o entusiasmo cresce e as ansiedades iniciais são
esquecidas.
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Fonte: mmarques.neodesigner.com
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