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1.

1 FICHA DE INSPEÇÃO DE Anomalia Aumentou: quando em uma inspe-


SEGURANÇA REGULAR DE BARRAGEM ção, uma determinada anomalia apresente-se
com maior intensidade ou dimensão, em rela-
– INSTRUÇÕES GERAIS AU
ção ao constatado na inspeção anterior, confor-
me percebido pela inspeção ou informado pela
pessoa responsável pela barragem.
As fichas de inspeção das barragens de terra
Este item Não foi Inspecionado: quando um
e de concreto foram adaptadas do Manual determinado aspecto da barragem que deveria
de Segurança e Inspeção de Barragens do NI
ser examinado, por motivos alheios à pessoa
que esteja inspecionando, não o foi, deve haver
Ministério da Integração Nacional (2002) e uma justificativa para a não realização da
complementadas com a ficha de inspeção de inspeção.

BEFCs e com a ficha de inspeção para usinas


hidrelétricas.
MAGNITUDE: a definição da magnitude da
anomalia procura tornar menos subjetiva a
Instruções para preenchimento
avaliação da dimensão do problema ou da
falha encontrada. A magnitude das anomalias
No preenchimento das fichas de inspeção, é
pode ser classificada em quatro categorias,
adotado o sistema de legendas, indicado a
designadamente:
seguir:
Insignificante: anomalia de pequenas dimen-
I
SITUAÇÃO: a primeira parte da tabela se refe- sões, sem aparente evolução;
re à situação da barragem em relação ao item Pequena: anomalia de pequena dimensão,
P
com evolução ao longo do tempo;
examinado, ou seja:
Média: anomalia de média dimensão, sem
M
aparente evolução;
Este Item Não é Aplicável: o item examinado
não é pertinente à barragem inspecionada; por Grande: anomalia de média dimensão, com
exemplo, os itens da tabela MUROS LATERAIS G evidente evolução, ou anomalia de grande
NA
em uma barragem cujo vertedouro seja escava- dimensão.
do em rocha sã e, por isso, delimitado lateral-
mente por taludes cortados na rocha.
Anomalia Não Existente: quando não existe
nenhuma anomalia em relação ao item exa-
NÍVEL DE PERIGO: com esta informação, pro-
NE minado, ou seja, sob o aspecto em questão, a cura-se quantificar o nível de perigo causado
barragem não apresenta falha ou defeito e não
pela anomalia e indicar a presteza com que ela
foge às normas.
deve ser corrigida.
Anomalia Constatada pela Primeira Vez:
quando da visita à barragem, aquela anomalia
PV for constatada pela primeira vez, não haven- Nenhum: anomalia que não compromete a se-
do indicação de sua ocorrência nas inspeções 0 gurança da barragem, mas pode ser entendida
anteriores. como descaso e má conservação;

Anomalia Desapareceu: quando em uma ins- Atenção: anomalia que não compromete a
DS peção, uma determinada anomalia verificada segurança da barragem em curto prazo, mas
1
na inspeção anterior não mais esteja ocorrendo. deve ser controlada e monitorada ao longo do
tempo;
Anomalia Diminuiu: quando em uma inspeção,
uma determinada anomalia apresente-se com Alerta: anomalia com risco para a segurança da
menor intensidade ou dimensão, em relação ao 2 barragem, devendo ser tomadas providências
DI para a eliminação do problema;
constatado na inspeção anterior, conforme veri-
ficado pela inspeção ou informado pela pessoa Emergência: anomalia com risco de ruptura em
responsável pela barragem. 3 curto prazo, exigindo ativação do Plano de Ação
Anomalia Permaneceu Constante: quando de Emergência (PAE).
em uma inspeção, uma determinada anomalia
apresente-se com igual intensidade ou dimen-
PC são, em relação ao constatado na inspeção
anterior, conforme verificado pela inspeção
ou informado pela pessoa responsável pela
barragem.

64 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
ATENÇÃO: 1.3.1 FICHAS COMUNS A TODOS OS TIPOS
DE BARRAGEM
• A magnitude e o nível de perigo
somente serão preenchidos
A) PREENCHIMENTO DOS DADOS
quando a situação do item for PV,
GERAIS E DAS INFORMAÇÕES SOBRE A
DI, PC ou AU. Nas situações NA, INFRAESTRUTURA OPERACIONAL
NE, DS e NI, não faz sentido esse
preenchimento. A ficha de inspeção contém tabelas de
DADOS GERAIS – CONDIÇÃO ATUAL (A.1)
• Tratando-se da primeira inspeção
e INFRAESTRUTURA OPERACIONAL (A.2),
de uma barragem, as situações es-
cujas informações são comuns para as fichas
colhidas devem ser NA, NE, PV e NI.
de inspeção de barragens de terra, de concreto
Quando o técnico se basear em co-
e enrocamento. Esses itens devem ser preen-
nhecimento próprio ou de terceiros
chidos conforme é indicado a seguir.
para informar as situações DI, DS,
PC ou AU, deve ser esclarecido por
meio do preenchimento do espaço
reservado para comentários.

A.1 DADOS GERAIS – CONDIÇÃO ATUAL


1 – Barragem
2 – Coordenadas
3 – Município/Estado:
4 – Vistoriado por: Assinatura:
5 – Cargo: Instituição:
6 – Data da vistoria: Número da vistoria:
7 – Cota atual do nível da água:
8 – Bacia:
9 – Proprietário/Administração Regional:

1 – Barragem: deve ser informado o nome 2 – Coordenadas: as coordenadas apresenta-


da barragem e do açude, pelos quais são das são as do ponto onde o maciço cruza com
conhecidos e registrados nos órgãos por eles o rio principal barrado, na forma sexagesimal
responsáveis. É comum o açude possuir um (sistema de coordenadas geográficas) ou
nome (geralmente, do curso d’água barrado, métrica (Universal Transversa de Mercator
da localidade onde se situa ou de um acidente – UTM).
geográfico próximo) e a barragem receber outra
3 – Município/Estado: diz respeito ao estado,
denominação, sendo mais comum um nome
ao município e, se possível, ao distrito onde se
homenageando uma personalidade. Para
situa o empreendimento.
evitar dúvidas quanto ao nome da barragem, é
recomendável apresentar as duas designações 4 – Vistoriado por: identificar a pessoa que
(a do açude e a da barragem). realizou a inspeção, que deve assinar a ficha.

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5 – Cargo/Instituição: indicar o cargo e a insti- 8 – Bacia: registrar o nome da bacia hidrográfi-
tuição da pessoa que realizou a inspeção. ca em que esteja situada a barragem, de acor-
do com a divisão oficial de bacias do estado.
6 – Data da vistoria/Número da vistoria: infor-
No caso de a divisão oficial não existir, registrar
mar a data da inspeção (dia, mês e ano), de-
o nome do principal rio da bacia e explicar no
vendo o dia ter dois algarismos (por exemplo,
espaço para comentários.
01, 02, 25 etc.), o mês, dois algarismos (por
exemplo, 01, 02, 12 etc.) e o ano, quatro algaris- 9 – Proprietário/Administração Regional: infor-
mos (por exemplo, 2004, 2005 etc.). O número mar o nome da instituição ou do agente privado
da vistoria deve ser previamente preenchido responsável pela barragem, como também o
pelo órgão responsável pela barragem. setor administrativo regional do proprietário, se
existir, ao qual estiver subordinada a barragem
7 – Cota atual do nível da água: registrar a cota
(por exemplo: DNOCS/CEST-AL).
do nível da água, em metros, no reservatório no
dia da vistoria, com duas casas decimais (por
exemplo, 125,34 m, 100,00 m, 218,89 m etc.).

A.2 Ficha para infraestrutura operacional

FICHA DE INSPEÇÃO COMUM A TODOS OS TIPOS DE BARRAGEM

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A.2 INFRAESTRUTURA OPERACIONAL

Falta de docu-
1 mentação sobre a NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
barragem
Falta de material
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
para manutenção
Falta de treina-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento do pessoal
Precariedade
4 no acesso de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
veículos

Falta de energia
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
elétrica

Falta de sistema
6 de comunicação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
eficiente
Falta ou deficiên-
7 cia de cercas de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção
Falta ou deficiên-
8 cia nas placas de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
aviso
Falta de acom-
panhamento da
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Administração
Regional
Falta de manual
de operação dos
10 equipamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
hidro e eletrome-
cânicos
Comentários:

66 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


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1 – Falta de documentação sobre a barragem: 7 – Falta ou deficiência de cercas de proteção:
quando no escritório local não houver informa- quando da ausência ou deficiência de cercas
ções sobre a barragem, tanto textos quanto de proteção de estruturas que precisem ser
plantas disponíveis capazes de fornecer dados protegidas por esse tipo de equipamento.
que a descrevam.
8 – Falta ou deficiência nas placas de aviso:
2 – Falta de material para manutenção: quando quando da ausência ou deficiência de indica-
da ausência de material ou equipamento para ção do local, dificultando ou impossibilitando
a manutenção da barragem. a chegada à barragem ou outras estruturas
que venham a compor o conjunto, como
3 – Falta de treinamento do pessoal: quando
sangradouro (ou vertedouro), tomada de
o responsável local não passou por treina-
água, equipamentos e estruturas de medição,
mento ou o treinamento foi insuficiente. Essas
barragens auxiliares (quando for o caso) etc.
informações devem ser prestadas pelo próprio
responsável local. 9 – Falta de acompanhamento da
Administração Regional: quando o acom-
4 – Precariedade no acesso de veículos: quan-
panhamento dos cuidados de manutenção
do o acesso de veículos for difícil, utilizar o es-
e operação não for feito pela gerência ou
paço destinado aos comentários para informar
Administração Regional. Essas informações
o estado da estrada, carroçável etc. e o período
devem ser fornecidas pelo responsável local
do ano que apresenta dificuldade de tráfego.
da barragem.
5 – Falta de energia elétrica: quando não
10 – Falta de manual de operação dos equi-
houver rede de distribuição de energia elétrica
pamentos hidro e eletromecânicos: falta ou
ou o fornecimento de energia elétrica for inter-
deficiência das instruções de operação dos
rompido com frequência ou apresentar longos
equipamentos hidromecânicos, como acio-
períodos de interrupção.
namento das comportas de vertedouro ou
6 – Falta de sistema de comunicação eficiente: tomada de água e do dispositivo de controle
quando da ausência de sistema de comunica- de saída da tomada de água. Verificar também
ção capaz de fornecer informações ao órgão se o nível de conhecimento do operador sobre
responsável pela barragem em tempo real. essas instruções é satisfatório.

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1.3.2 FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM – Bacia de Dissipação; C.4 – Muros/Diques
DE TERRA Laterais; C.5 – Comportas do Vertedouro;
• tabela D – Reservatório;
As fichas apresentadas a seguir baseiam-
se nas fichas apresentadas no Manual de • tabelas E1 a E5 correspondentes à ins-
Segurança e Inspeção de Barragens, publicado peção da torre de tomada de água,
pelo Ministério da Integração Nacional em designadamente: E.1 – Entrada; E.2
2002. – Acionamento de Comportas; E.3 –
Comportas; E.4 – Estrutura da Torre da
No seu preenchimento, deve-se colocar um X
Tomada de Água;
nas colunas correspondentes à SITUAÇÃO e
à MAGNITUDE da anomalia que possa estar • tabela F – Boca de Montante (Entrada e
ocorrendo em relação ao item examinado. Na Stop-Log);
coluna NP, deve-se preencher um número de 0 • tabela G – Galeria de Fundo;
a 3 correspondente à graduação do NÍVEL DE
PERIGO. • tabela H – Estrutura de Saída da Galeria;
• tabela I – Medidor de Vazão;
A ficha de inspeção contém nas tabelas os
seguintes códigos em sua primeira coluna: • tabela J – Estrada de Acesso;
• tabela K – Ponte.
• tabelas B1 a B6 correspondentes à inspeção
da barragem, designadamente: B.1 – Talude Comentários: este espaço, constante em todas
de Montante; B.2 – Crista; B.3 – Talude de as fichas, é reservado para que o responsável
Jusante; B.4 – Ombreiras a Montante Até pelo preenchimento faça comentários e ob-
Faixa de Segurança Definida em Projeto; servações que venham a esclarecer possíveis
B.5 – Ombreiras a Jusante Até Faixa dúvidas. Além das sugestões e comentários já
de Segurança Definida em Projeto; B.6 inseridos no corpo deste manual, outras infor-
– Instrumentação; mações são importantes no sentido de que se
• tabelas C1 a C5 correspondentes à inspeção tenha um quadro real da situação da barragem
do vertedouro, designadamente: C.1 – objeto da inspeção.
Canais de Aproximação e Restituição; C.2 –
Estrutura de Fixação da Cota da Soleira; C.3

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FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B BARRAGEM

B.1 Talude de Montante

1 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Escorregamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Fissura/afundamento
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
(face de concreto)

Rip-rap incompleto,
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
destruído ou deslocado

Afundamentos e
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
buracos

6 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Erosão nos encontros


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
das ombreiras

Formigueiros, cupinzei-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ros ou tocas de animais

Deslocamento de blo-
9 cos de rocha pelo efeito NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de ondas
Comentários:

1 – Erosões: desgaste sofrido pelo talude, erosões, aparecem fissuras e afundamentos


em geral de forma localizada, pela ação do na face de concreto das BEFCs ou na proteção
escoamento da água de chuva, das ondas do superficial do talude de montante. Este item
reservatório, de animais que elegem caminhos é aplicado somente quando o talude de mon-
preferenciais para descer o talude de montan- tante é protegido da ação das ondas por placas
te, do vento (menos comum) ou outro agente de concreto.
externo à barragem.

2 – Escorregamentos: podem ser superficiais


ou profundos. No escorregamento superficial,
partes mais superficiais do maciço, inclusive,
as pedras do rip-rap, deslizam pelo talude de
montante. É possível observar, na parte supe-
rior do talude, a barragem desnuda de enro-
camento, além de um acúmulo de material na
parte inferior do talude de montante onde se
verificou o escorregamento. Os escorregamen-
tos profundos envolvem um volume maior do
maciço, passando o círculo de escorregamento
mais internamente na barragem. Os sinais
iniciais de seu desenvolvimento são fissuras e
abatimentos no topo do maciço e, posterior- Figura 1.1 – Barragem de Direito (Paraíba) – talude
mente, deslocamento (embarrigamento) no de montante com vegetação.
Fonte: COBA.
pé do maciço.

3 – Fissura/afundamento (face de concre- 4 – Rip-rap incompleto, destruído ou des-


to): quando uma porção do maciço se move locado: rip-rap de baixa qualidade ou mal
devido à perda de suporte, escorregamento ou dimensionado pode sofrer a ação das ondas do

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reservatório, que deslocam o enrocamento, fa- principalmente, é possível o aparecimento de
zendo com que as pedras rolem talude abaixo. erosão no encontro da estrutura da barragem
O carreamento da camada de transição pela com as ombreiras. Se for conveniente, usar o
água, por meio das pedras do enrocamento, espaço reservado para comentários para que
leva também à destruição do rip-rap e abre fique bem definida a intensidade ou o grau de
caminho para que as ondas ataquem direta- erosão.
mente o solo do maciço.
8 – Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de
5 – Afundamentos e buracos: quando apa- animais: quando formigueiros e cupinzeiros
recem depressões localizadas no talude de aparecem no talude, são características as
montante. É possível que outra anomalia formas que essas infestações apresentam. As
tenha precedido o afundamento, como erosão,
tocas de animais (menos comuns) devem ser
por exemplo.
identificadas. Se for conveniente, fazer uso do
6 – Árvores e arbustos: verificar a existência de espaço reservado para comentários.
vegetação no talude e informar sua natureza,
9 – Deslocamento de blocos de rocha pelo
densidade e tamanho (ver Figura 1.1). Utilizar o
efeito de ondas: qualquer indicação de movi-
espaço para comentários.
mento nos taludes deve ser reportada, tentan-
7 – Erosão nos encontros das ombreiras: do identificar suas causas. Fazer uso do espaço
quando do escoamento da água de chuva, para comentários.

70 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


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FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.2 Crista

1 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Fissuras longitudinais e
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
transversais

3 Falta de revestimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Falha no revestimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desabamentos/afunda-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mentos (recalques)

6 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Defeitos na drenagem NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Defeitos no meio-fio NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Formigueiro, cupinzeiros
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou tocas de animais

Desalinhamento do
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
meio-fio
Depressões devido à falta
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de sobrelevação
Comentários:

1 – Erosões: quando do escoamento das águas 5 – Desabamentos/afundamentos: podem


de chuva que se precipitam sobre a área de ser resultantes de deslocamentos e trilhos,
crista da barragem, do tráfego de veículos e acomodações no maciço ou crescimento de
animais e da ação do vento, podem aparecer falhas no revestimento.
sinais de erosão.
6 – Árvores e arbustos: verificar a existência
2 – Fissuras longitudinais e transversais: de vegetação na crista e informar sua natureza,
podem aparecer na crista. É importante que se densidade e tamanho. Em barragens que não
caracterizem com alguma precisão a dimen- funcionam como rodovias, este fato é mais
são e localização dessas anomalias, pois elas comum. Utilizar o espaço para comentários.
eventualmente podem sinalizar problemas
7 – Defeitos na drenagem: com as chuvas,
mais importantes, tais como: escorrega-
aparecem na crista da barragem poças d’água
mentos, erosões internas e acomodações da
que não conseguem escoar pelo sistema de
fundação. Fazer uso do espaço reservado para
drenagem. Durante o verão, essas poças secas
comentários.
são bem visíveis. Pode ocorrer, também, es-
3 – Falta de revestimento: algumas barragens coamento de água da crista diretamente para
funcionam também como trechos de rodovias, os taludes, não passando pelas canaletas,
estradas secundárias etc. A existência ou não sendo de fácil identificação pela presença de
do revestimento e seu estado de conservação, caminhos preferenciais da água da crista para
verificado na inspeção, são de muita importân- os taludes.
cia para a conservação da barragem.
8 – Defeitos no meio-fio: deslocamentos
4 – Falha no revestimento: erosões provo- no meio-fio podem ser resultantes do mau
cadas por falhas na drenagem, tráfego de funcionamento do sistema de drenagem, pelo
veículos e animais, ação do vento ou mesmo o carreamento do solo de apoio, ou indicar aco-
desgaste pelo uso podem ocasionar falhas no modações e escorregamentos no maciço. Se
revestimento da crista, que devem ser repor- for conveniente, usar o espaço destinado aos
tadas e detalhadas no espaço reservado para comentários.
comentários.

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9 – Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de da barragem de suportar esses eventos ex-
animais: quando formigueiros e cupinzeiros tremos e, eventualmente, resultam em trans-
aparecem na crista, são características as bordamento. Assim, é importante verificar a
formas que essas infestações apresentam. manutenção da cota de projeto da crista da
As tocas de animais (menos comuns) devem barragem. O espaço destinado aos comentá-
ser identificadas (Figura 1.2). Se for conve- rios deve ser usado.
niente, fazer uso do espaço reservado para
comentários.

10 – Desalinhamento do meio-fio: quando do


mau funcionamento do sistema de drenagem,
é possível o aparecimento de defeitos no meio-
fio, que vão desde o simples desalinhamento
até seu deslocamento. Pela ação da água,
material é retirado do local onde o meio-fio
está assentado. Também é possível alguma
ação do tráfego de veículos e pedestres sobre
o meio-fio. No entanto, pode também indicar
acomodações e escorregamentos no maciço.
Se conveniente, usar o espaço destinado aos
comentários.
Figura 1.2. Barragem de San Mamede (Paraíba) –
tocas de animais na crista.
11 – Depressões devido à falta de sobreleva- Fonte: COBA.
ção: reduções na cota da crista por abatimento
do maciço ou erosão reduzem a capacidade

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FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.3 Talude de Jusante

Erosões ou ravinamen-
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tos

2 Escorregamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Fissuras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falha na proteção
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
granular
Falha na proteção
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
vegetal
Afundamentos e
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
buracos

7 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Erosão nos encontros


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
das ombreiras
Cavernas e buracos nas
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras
Canaletas quebradas
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou obstruídas

Formigueiros, cupinzei-
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ros ou tocas de animais

12 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Sinais de fuga de
13 água ou áreas úmidas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
(surgências)

Carreamento de mate-
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
rial na água dos drenos

Comentários:

1 – Erosões ou ravinamentos: desgaste sofrido 2 – Escorregamentos: podem ser superficiais


pelo talude, em geral de forma localizada, pela ou profundos. No escorregamento superficial,
ação do escoamento da água de chuva (ver partes mais superficiais do maciço, inclusive
Figura 1.3), de animais que elegem caminhos o revestimento superficial, deslizam pelo
preferenciais para descer o talude de jusante, talude. É possível observar, na parte superior
do vento (menos comum) ou outro agente do talude, a barragem desnuda de proteção.
externo à barragem. Observa-se também um acúmulo de material
na parte inferior do talude de jusante onde se
verificou o escorregamento. Os escorregamen-
tos profundos envolvem um volume maior do
maciço, passando o círculo de escorregamento
mais internamente na barragem. Os sinais
iniciais de seu desenvolvimento são fissuras e
abatimentos no topo do maciço e, posterior-
mente, deslocamento (embarrigamento) no
pé do maciço.

3 – Fissuras: quando uma porção do maciço se


move devido à perda de suporte, escorregamen-
to ou erosões, aparecem fissuras e afundamen-
tos na proteção superficial do talude de jusante.
Figura 1.3. Barragem de Baião (Paraíba) – Erosão
do talude de jusante.
Fonte: COBA.

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Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
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4 – Falha na proteção granular: por falta de ombreiras, registrando a dimensão dessas
cuidados na execução, erro de projeto ou ainda, anomalias, a presença e intensidade de fluxos
mais comumente, deficiência do sistema de de água, bem como a possibilidade de seu
drenagem superficial ou trânsito de pessoas crescimento resultar em comunicação com o
e animais, às vezes, podem surgir falhas na lago a montante.
camada de brita ou pedregulho da camada de
proteção granular do talude de jusante. 10 – Canaletas quebradas ou obstruídas:
quando da ação do escoamento superficial
5 – Falha na proteção vegetal: por falta de
sobre o talude ou quando há excesso de água
umidade na estação seca ou, ainda, por defi-
a ser transportado pela canaleta, podem
ciência do sistema de drenagem superficial ou
ocorrer erosões, causando o descalçamento
trânsito de pessoas e animais, podem surgir fa-
ou deslocamento da canaleta. Ainda, quando
lhas na proteção vegetal do talude de jusante.
a proteção superficial do maciço não funciona
6 – Afundamentos e buracos: quando apa- satisfatoriamente, é possível o carreamento de
recem depressões localizadas no talude de solo, com o consequente acúmulo de material
jusante, é possível que outra anomalia tenha e obstrução das canaletas (Figura 1.5).
precedido o afundamento, como erosão, por
exemplo.

7 – Árvores e arbustos: verificar a existência


de vegetação no talude e informar sua nature-
za, densidade e tamanho (Figura 1.4). Utilizar o
espaço para comentários.

Figura 1.4. Barragem de Direito (Paraíba) – vista da


crista com arbustos de grande porte a jusante.
Fonte: COBA.
Figura 1.5. Canaletas de drenagem necessitando de
limpeza de solo no fundo.
8 – Erosão nos encontros das ombreiras: Fonte: COBA.

quando do escoamento da água de chuva,


principalmente, é possível o aparecimento de 11 – Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de
erosão no encontro da estrutura da barragem animais: quando formigueiros e cupinzeiros
com as ombreiras. Se for conveniente, usar o es-
aparecem no talude, são características as
paço reservado aos comentários para que fique
formas que essas infestações apresentam. As
bem definida a intensidade ou o grau de erosão.
tocas de animais (menos comuns) devem ser
9 – Cavernas e buracos nas ombreiras: veri- identificadas. Se for conveniente, fazer uso do
ficar a existência de cavernas e buracos nas espaço reservado para comentários.

74 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
12 – Sinais de movimento: qualquer indicação erosão interna (piping). Não se deve minimizar
de movimento nos taludes deve ser reportada, a importância desta anomalia.
tentando identificar suas causas. Usar o espa-
ço para comentários.

13 – Sinais de fuga de água ou áreas úmidas


(surgências): é possível o aparecimento de
umidade excessiva ou mesmo de fluxo de
água no talude de jusante decorrente do mau
funcionamento do sistema interno de drena-
gem da barragem, da presença de camadas de
solo mais permeáveis no maciço ou mesmo de
fuga de água através de fissuras. Esse último
é o que mais preocupa, porque pode ser sinal
de início de um processo de erosão interna
(piping) (Figura 1.6). Deve-se tentar identificar
o mecanismo que está ocasionando o fluxo
de água e registrar no espaço destinado aos
comentários.

14 – Carreamento de material na água dos


drenos: a presença de solo ou mineral car-
reado na água dos drenos pode sinalizar a
Figura 1.6. Surgências de água a jusante de uma
ocorrência de mau funcionamento do sistema barragem.
de drenagem ou o início de um processo de Fonte: COBA.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
75
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.4 Ombreiras a Montante até Área de Segurança Definida em Projeto

Desmatamento na área
1 de proteção e constru- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ções irregulares

2 Erosão nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desmoronamento nas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens

4 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Cavernas e buracos nas


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras

6 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Trinca nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Desmatamento na área de proteção e possível o aparecimento de erosão nas om-


construções irregulares: algumas constru- breiras. Se for conveniente, usar o espaço re-
ções podem ser identificadas nesta situação. servado aos comentários, para que fique bem
São edificações que certamente apresentam definida a intensidade ou o grau de erosão.
problemas quando o açude está sangrando ou
mesmo não podem permanecer ali por moti- 3 – Desmoronamento nas margens: se as
vos legais (ver Figura 1.7). Fazer uso do espaço margens são muito íngremes, pode ocorrer
para comentários e, se possível, especificar algum tipo de desmoronamento. Verificar sua
para cada construção: o tipo, a área construída, existência real ou potencial.
a proximidade do leito do rio e da barragem, de
4 – Assoreamento: o transporte de material
tal forma que fique caracterizada a posição do
para dentro do reservatório causa seu assorea-
imóvel. Além disso, verificar se há algum tipo
mento, que, em geral, é verificado com precisão
de desmatamento nas ombreiras. Especificar
por meio de batimetria do lago. Na inspeção,
local e dimensão.
informar se há algum vestígio ou informação a
respeito.

5 – Cavernas e buracos nas ombreiras: veri-


ficar a existência de cavernas e buracos nas
ombreiras, registrando a dimensão dessas
anomalias, a presença e intensidade de fluxos
de água, bem como a possibilidade de seu
crescimento resultar em comunicação com o
lago a montante.

6 – Sinais de movimento: qualquer indicação


de movimento nos taludes deve ser reportada,
tentando identificar suas causas. Usar o espa-
ço para comentários.
Figura 1.7. Barragem de San Mamede (Paraíba) –
ocupação a jusante. 7 – Trincas nas ombreiras: qualquer indicação
Fonte: COBA.
de trincas (e rachaduras) nas ombreiras deve
2 – Erosão nas ombreiras: quando do escoa- ser reportada, tentando identificar suas cau-
mento da água de chuva, principalmente, é sas. Usar o espaço para comentários.

76 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.5 Ombreiras a Jusante Até Faixa de Segurança Definida em Projeto

Desmatamento na área
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de proteção
Erosão nos encontros
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
barragem-ombreira
Desmoronamento nas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens
Cavernas e buracos nas
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras

5 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Trinca nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Surgência de água e
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
manchas de umidade

8 Carreamento de finos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1– Desmatamento na área de proteção: ve- 6 – Trincas nas ombreiras: qualquer indicação


rificar se há algum tipo de desmatamento nas de trincas (e rachaduras) nas ombreiras deve
ombreiras. Especificar local e dimensão. ser reportada, tentando identificar suas cau-
sas. Usar o espaço para comentários.
2 – Erosão nos encontros barragem-ombrei-
ras: quando do escoamento da água de chuva, 7 – Surgência de água e manchas de umi-
principalmente, é possível o aparecimento de dade: é possível o aparecimento de umidade
erosão nas ombreiras. Se for conveniente, usar excessiva ou mesmo de fluxo de água nas
o espaço reservado aos comentários, para que ombreiras a jusante da barragem, decorrente
fique bem definida a intensidade ou o grau do mau funcionamento do sistema interno
de erosão. de drenagem da barragem ou da presença de
camadas de solo mais permeáveis. Deve-se
3 – Desmoronamento nas margens: se as
reportar o achado, tentando identificar suas
margens são muito íngremes, pode ocorrer
causas. Usar o espaço para comentários.
algum tipo de desmoronamento. Verificar sua
existência real ou potencial. 8 – Carreamento de finos: a presença de
solo ou mineral carreado pode sinalizar a
4 – Cavernas e buracos nas ombreiras: veri-
ocorrência de mau funcionamento do sistema
ficar a existência de cavernas e buracos nas
de drenagem ou o início de um processo de
ombreiras, registrando a dimensão dessas
erosão interna (piping). Não se deve minimizar
anomalias, a presença e intensidade de fluxos
a importância desta anomalia.
de água, bem como a possibilidade de seu
crescimento resultar em comunicação com o 9 – Árvores e arbustos: é importante verificar
lago a montante. a existência de árvores e arbustos na ombreira,
pois eles dificultam a inspeção e identificação
5 – Sinais de movimento: qualquer indicação
de problemas.
de movimento nos taludes deve ser reportada,
tentando identificar suas causas. Usar o espa-
ço para comentários.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
77
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
B.6 Instrumentação
Acesso precário
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
aos instrumentos
Piezômetros
2 entupidos ou NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
defeituosos
Marcos de recal-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
que defeituosos
Medidores de va-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
zão defeituosos
Falta de instru-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mentação
Falta de registro
6 de leituras da NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
instrumentação
Comentários:

1 – Acesso precário aos instrumentos: al- limpos, com o topo em perfeitas condições e
gumas barragens, dada sua importância do sem trincaduras aparentes (ver Figura 1.9).
ponto de vista da segurança, precisam ser
monitoradas constantemente. Instrumentos
são instalados na estrutura da barragem e no
seu entorno (nos taludes, crista, fundação,
ombreiras etc.), de tal modo que se possa
acompanhar o comportamento da barragem
(ver Figura 1.8) e do terreno no seu entorno
(BUREAU OF RECLAMATION, 1987; CORPS OF
ENGINEERS, 1995).

Figura 1.9. Piezômetro de tubo na barragem de


Canoas II (Brasil) bem identificado e com boa pro-
teção.
Fonte: Arquivo SBB Engenharia.

3 – Marcos de recalque defeituosos: são


instrumentos extremamente importantes,
apesar de simples, que servem para medir
algum movimento na barragem. Fazer uso do
espaço para comentários.

Figura 1.8. Barragem de Baião (Paraíba) – escalas 4 – Medidores de vazão defeituosos: a per-
para registro do nível de água do reservatório. colação em uma barragem pode trazer conse-
Fonte: COBA.
quências graves para sua estabilidade. Estes
equipamentos servem para medir quanto de
2 – Piezômetros entupidos ou defeituosos: água está passando através da barragem, de
piezômetros são os instrumentos mais comuns sua fundação ou de ambas.
e simples instalados numa barragem. Servem
para medir a pressão da água. Devem estar

78 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
5 – Falta de instrumentação: verificar se 6 – Falta de registro de leituras da instru-
algum dos instrumentos previstos no projeto mentação: verificar a existência dos registros
ou existentes anteriormente está faltando, no de leitura dos instrumentos, que devem estar
caso de ser possível obter informação sobre o completos e disponíveis para consultas.
projeto de instrumentação.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C VERTEDOURO

C.1 Canais de Aproximação e Restituição

1 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Obstrução ou entu-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
lhos
Desalinhamento
3 dos taludes e muros NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
laterais
Erosões ou escorrega-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mentos nos taludes
Erosão na base dos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
canais escavados
Erosão na área a
6 jusante (erosão re- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
gressiva)
Instabilidade/queda
7 de blocos de rocha do NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
talude lateral
Construções irregu-
8 lares (aterro/estrada, NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
casa, cerca)
Comentários:

1 – Árvores e arbustos: é comum o apare- 2 – Obstrução ou entulhos: pode ocorrer a


cimento de árvores e arbustos na parte não existência de entulhos ou queda de barreiras
revestida do sangradouro e nos canais de laterais nos canais de aproximação e de res-
aproximação e de restituição (ver Figura 1.10). tituição, obstruindo o sangradouro. Fazer uso
Fazer uso do espaço para comentários. do espaço destinado aos comentários para
informar o grau de obstrução.

3 – Desalinhamento dos taludes e muros


laterais: com sangradouro em corte elevado,
podem aparecer problemas nos taludes do
corte (Figura 1.11). Os muros laterais, por sua
vez, podem apresentar desalinhamento, seja
por problemas na fundação, seja por esforço
excessivo sobre os muros pelo solo arrimado.

Figura 1.10. Barragem de Direito (Paraíba) – soleira


descarregadora da barragem.
Fonte: COBA.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
79
5 – Erosão na base dos canais escavados:
canais escavados, dependendo do tipo de
terreno, podem apresentar erosão.

6 – Erosão na área a jusante (erosão regres-


siva): na saída do canal de restituição, pode
aparecer erosão regressiva, que se desenvolve
de jusante para montante, principalmente na
base do canal.

7 – Instabilidade/queda de blocos de rocha


do talude lateral: nos taludes laterais do verte-
douro, pode ocorrer queda de blocos de rocha.

8 – Construções irregulares (aterro, casa,


Figura 1.11. Queda de blocos de rocha do talude lat-
eral na calha do vertedouro da barragem do Jaguari cerca): algumas construções podem ser
(São Paulo). identificadas nesta situação. São edificações,
Fonte: SBB Engenharia.
cercas, estradas e aterros que, certamente,
apresentam problemas quando o açude está
4 – Erosões ou escorregamentos nos talu- sangrando ou mesmo não podem permanecer
des: taludes podem apresentar erosões devido ali por motivos legais. Fazer uso do espaço
principalmente ao escoamento superficial da para comentários e, se possível, especificar
água de chuva. Podem, também, apresentar para cada construção o tipo, a área construída,
escorregamentos por falta de resistência. a proximidade do leito do rio e da barragem,
Descrever com clareza no espaço reservado de tal forma que fique caracterizada a posição
aos comentários. do imóvel.

80 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.2 Estrutura de Fixação da Cota da Soleira

Fissuras no concreto
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
(trincas ou rachaduras)
Ferragem do concreto
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da superfí-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cie do concreto
Descalçamento da
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
estrutura

5 Juntas danificadas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Sinais de deslocamento
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
das estruturas
Comentários:

1 – Fissuras no concreto (trincas ou racha- 4 – Descalçamento da estrutura: por algum


duras): a soleira pode apresentar fissuras no processo erosivo ou de fuga de material, pode
concreto. Especificar de forma detalhada a haver descalçamento da estrutura de fixação
localização precisa da anomalia, bem como da soleira. Indicar com precisão o local e a
dimensões e orientação. dimensão.

2 – Ferragem do concreto exposta: por meio 5 – Juntas danificadas: por movimentos da


de algum processo físico, principalmente, estrutura ou ação externa, é possível que as
a ferragem do concreto pode ficar exposta. juntas sejam danificadas. Especificar o grau
Especificar de forma detalhada tal exposição. dos danos, sua localização etc.

3 – Deterioração da superfície do concreto: 6 – Sinais de deslocamento das estruturas:


verificar qualquer alteração na superfície do qualquer sinal de movimento da estrutura deve
concreto na estrutura vertente. Identificar local ser reportado.
e grau de deterioração. Registrar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
81
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

C.3 Bacia de Dissipação

Fissuras no concreto (trincas ou


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
rachaduras)

2 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície do
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

4 Ocorrência de buracos na soleira NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Presença de entulho na bacia NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Presença de vegetação na bacia NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falha no enrocamento de pro-


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
teção
Comentários:

1 – Fissuras no concreto (trincas ou ra- 5 – Erosões: podem ocorrer imediatamente


chaduras): verificar fissuras no concreto. abaixo da soleira da bacia de dissipação,
Especificar de forma detalhada a localização ameaçando sua estabilidade. Especificar de
precisa da anomalia, bem como dimensões forma detalhada a localização precisa da ano-
e orientação. malia, dimensões e risco de desmoronamento
da estrutura.
2 – Ferragem do concreto exposta: por
meio de algum processo físico, principal- 6 – Presença de entulho na bacia: material
mente, a ferragem do concreto pode ficar externo pode obstruir o curso de água na bacia
exposta. Especificar de forma detalhada amortecedora. Indicar a extensão da obstrução.
tal exposição.
7 – Presença de vegetação na bacia: verificar
3 – Deterioração da superfície do concreto: a existência de árvores e arbustos nas juntas
verificar qualquer alteração na superfície do das estruturas de concreto. Fazer uso do espa-
concreto. Identificar local e grau de deteriora- ço para comentários.
ção. Registrar.
8 – Falha no enrocamento de proteção: caso
4 – Ocorrência de buracos na soleira: o des- exista enrocamento de proteção a jusante da
gaste na soleira pode atingir tal intensidade bacia de dissipação, verificar sua integridade e
que chegue a formar buracos na estrutura. se está ameaçado pela ocorrência de erosões.

82 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.4 Muros/Diques Laterais

1 Erosão na fundação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Erosão nos contatos dos


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
muros
Fissuras no concreto (trincas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou rachaduras)
Ferragem do concreto
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da superfície
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Erosões nos taludes dos
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
diques
Rip-rap incompleto, destruí-
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do ou deslocado
Comentários:

1 – Erosão na fundação: erosão na fundação 5 – Deterioração da superfície do concreto:


dos muros laterais atenta contra sua estabili- o concreto pode apresentar sinais de fissuras,
dade. Especificar e detalhar quanto à sua inten- desgastes etc. Reportar qualquer situação de
sidade. Em geral, por problemas na fundação anormalidade.
dos muros, é possível que apareçam fissuras
no concreto. Esses problemas são importantes 6 – Erosões nos taludes dos diques: desgaste
para a estabilidade dos muros. Fazer uso do es- sofrido pelo talude, em geral de forma localiza-
paço destinado aos comentários, para deixar a da, pela ação do escoamento da água de chu-
questão bem esclarecida. va, das ondas do reservatório, de animais que
elegem caminhos preferenciais para descer
2 – Erosão nos contatos dos muros: erosão o talude, do vento (menos comum) ou outro
pode aparecer principalmente devido ao es- agente externo.
coamento da água de chuva. Especificar.
7 – Rip-rap incompleto, destruído ou deslo-
3 – Fissuras no concreto (trincas ou racha-
cado: rip-rap de baixa qualidade ou mal di-
duras): os muros podem apresentar fissuras
mensionado pode sofrer a ação das ondas do
no concreto. Especificar de forma detalhada a
reservatório, que deslocam o enrocamento, fa-
localização precisa da anomalia, dimensões e
zendo com que as pedras rolem talude abaixo.
orientação.
O carreamento da camada de transição pela
4 – Ferragem do concreto exposta: por meio água, através das pedras do enrocamento, leva
de algum processo físico, principalmente, também à destruição do rip-rap e abre caminho
a ferragem do concreto pode ficar exposta. para que as ondas ataquem diretamente o solo
Especificar de forma detalhada tal exposição. do maciço.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
83
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
C.5 Comportas do Vertedouro
Peças fixas (corrosão, amas-
1 samento da guia e falha na NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pintura)

Estrutura (corrosão, amas-


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
samento e falha na pintura)

Defeito nas vedações (vaza-


3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento)
Defeito nas rodas (com-
4 porta-vagão) ou haste de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
içamento

Defeito nos rolamentos ou


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
buchas e retentores

Defeito no ponto de iça-


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento
Água estagnada sobre os
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
braços da comporta
Crescimento de vegetação
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na estrutura
Comentários:

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento da 5 – Defeitos nos rolamentos ou buchas e


guia e falha na pintura): verificar o estado de retentores: verificar defeitos nos rolamentos
conservação das peças fixas, corrosão, amas- quanto ao seu funcionamento, ferrugem, cor-
samento de guias e estado geral da pintura (se rosão etc. Se houver buchas, verificar sua inte-
for o caso). Especificar. gridade, circularidade, espessura não uniforme
indicando desgaste etc. Especificar.
2 – Estrutura (corrosão, amassamento e
falha na pintura): verificar, na estrutura da 6 – Defeito no ponto de içamento: o ponto de
comporta, corrosão, amassamentos, furos e içamento da comporta é de vital importância
defeitos na pintura (ou ausência). Especificar para seu acionamento. Verificar, cuidado-
local e detalhar. samente, quanto à sua integridade, se há
corrosão, se apresenta algum desgaste, se sua
3 – Defeito nas vedações (vazamento): verifi-
fixação na comporta não está comprometida
car vedações quanto a vazamentos. Especificar
etc. Especificar.
locais e intensidade do vazamento.
7 – Água estagnada sobre os braços da com-
4 – Defeito nas rodas (comporta-vagão)
porta: verificar cuidadosamente esta situação.
ou haste de içamento: verificar o sistema de
deslizamento das comportas. Se for de rodas, 8 – Crescimento de vegetação na estrutura:
verificar seu estado quando estiver girando, se verificar esta situação, que pode prejudicar a
possível. Especificar. integridade da estrutura.

84 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

D RESERVATÓRIO

Réguas danificadas ou
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
faltantes
Construções em áreas de
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção
Poluição por esgoto, lixo,
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pesticidas etc.
Indícios de má qualidade
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
da água

5 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desmoronamento nas
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens

Existência de vegetação
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
aquática excessiva

Desmatamento na área de
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção
Presença de animais e
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
peixes mortos
Comentários:

algumas estruturas para lazer, criação de ani-


mais ou mesmo moradia. Essas construções
devem ser reportadas e especificadas.

3 – Poluição por esgoto, lixo, pesticidas etc.:


verificar a existência de algum tipo de lança-
mento poluidor no reservatório. Especificar e
quantificar.

4 – Indícios de má qualidade da água: regis-


trar a existência de indícios de má qualidade
da água do reservatório, como coloração ou
mesmo odor desagradável.
Figura 1.12. Barragem de Direito (Paraíba) – reser-
vatório com vegetação abundante. 5 – Erosões: verificar se há algum tipo de
Fonte: COBA. erosão que transporte material para dentro do
reservatório. Especificar e localizar.
1 – Réguas danificadas ou faltantes: as réguas
6 – Assoreamento: o transporte de material
que indicam o nível de água no reservatório
para dentro do reservatório causa seu assorea-
são importantes para o acompanhamento
das variações do volume de água. A gestão mento, que, em geral, é verificado com precisão
do reservatório tem por base a leitura dessas por meio de batimetria do lago. Na inspeção,
réguas. Em geral, há mais de um lance de informar se há algum vestígio ou informação a
réguas em posições que acompanham o abai- respeito.
xamento do nível da água. Fazer uso do espaço
7 – Desmoronamento nas margens: se as
reservado aos comentários.
margens são muito íngremes, pode ocorrer
2 – Construções em áreas de proteção: às algum tipo de desmoronamento. Verificar sua
vezes, são construídas na área de proteção existência real ou potencial.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
85
8 – Existência de vegetação aquática exces- 10 – Presença de animais e peixes mortos:
siva: vegetação aquática excessiva é sinônimo peixes mortos no reservatório indicam algum
de desequilíbrio biológico no reservatório (ver desequilíbrio biológico. Informar o tipo e, se
Figura 1.12). Especificar o grau de cobertura ve- possível, a quantidade aproximada. Outros
getal da superfície da água e o tipo de planta. animais podem aparecer mortos também por
afogamento. Especificar e quantificar.
9 – Desmatamentos na área de proteção:
verificar se há algum tipo de desmatamento na
área de proteção do reservatório. Especificar
local e dimensão.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

E TORRE DA TOMADA DE ÁGUA

E.1 Entrada

1 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Obstrução e entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Tubulação danificada NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Registos defeituosos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Falta de grade de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Defeitos na grade NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Passarela de acesso NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Comentários:

1 – Assoreamento: indicar se há algum tipo de 7 – Passarela de acesso: verificar as condições


transporte ou acúmulo de material na entrada da passarela de acesso, principalmente as
da tomada de água. Especificar. condições estruturais e corrimões.

2 – Obstrução e entulhos: verificar se há al-


gum tipo de entulho ou obstrução na entrada
da tomada de água. Especificar.

3 – Tubulação danificada: verificar a inte-


gridade da tubulação. Especificar e detalhar
qualquer dano.

4 – Registros defeituosos: verificar o estado


de conservação dos registros, quanto à estan-
queidade, funcionamento etc. Especificar.

5 – Falta de grade de proteção: verificar a


existência da grade de proteção.

6 – Defeitos na grade: verificar defeitos na


Figura 1.13. Barragem de Santa Luzia (Paraíba) –
grade de proteção, como fixação, ferrugem, passadiço e tomada de água.
ausência de pintura (se for o caso) e elementos Fonte: COBA.

quebrados. Especificar.

86 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

E.2 Acionamento de Comportas

Hastes (travada no mancal,


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corrosão e empenamento)

Base dos mancais (corrosão,


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
falta de chumbadores)

3 Falta de mancais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Corrosão nos mancais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falha nos chumbadores, lubrifi-


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cação e pintura do pedestal

6 Falta de indicador de abertura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Falta de volante NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Hastes (travada no mancal, corrosão e 5 – Falha nos chumbadores, lubrificação e


empenamento): verificar o acionamento das pintura do pedestal: verificar o pedestal quan-
hastes e se há algum tipo de retenção que to à sua fixação (chumbadores), lubrificação,
impeça seu movimento da haste ou presença pintura e seu estado geral de conservação.
de corrosão ou algum desgaste. O alinhamento Especificar.
da haste deve ser verificado, pois seu empena-
6 – Falta de indicador de abertura: verificar
mento pode causar sua retenção e sua ruptura
a existência de mecanismo de indicação do
ao tentar movimentá-la. Especificar.
grau de abertura da comporta. Especificar o
2 – Base dos mancais (corrosão, falta de estado de conservação do conjunto indicador
chumbadores): os mancais devem ser verifi- da abertura.
cados quanto à sua fixação (bases), se estão
7 – Falta de volante: verificar a existência de
corroídos etc. Especificar.
volante. Tecer comentários sobre o tempo de
3 – Falta de mancais: verificar a ausência de ausência do volante, se for o caso. Especificar.
mancais. Especificar e quantificar.

4 – Corrosão nos mancais: os mancais devem


apresentar-se livres de corrosão. Verificar seu
estado de conservação. Especificar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
87
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
E.3 Comportas
Peças fixas (corrosão,
1 amassamento da guia e NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
falha na pintura)
Estrutura (corrosão,
2 amassamento e falha na NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pintura)
Defeito nas vedações
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
(vazamento)
Defeito nas rodas (com-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
porta-vagão)

Defeito nos rolamentos ou


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
buchas e retentores

Defeito no ponto de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
içamento
Água estagnada sobre os
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
braços da comporta
Crescimento de vegetação
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na estrutura
Comentários:

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento da 5 – Defeitos nos rolamentos ou buchas e


guia e falha na pintura): verificar o estado de retentores: verificar defeitos nos rolamentos
conservação das peças fixas quanto à corro- quanto ao seu funcionamento, ferrugem, cor-
são, amassamento de guias e estado geral da rosão etc. Se houver buchas, verificar sua inte-
pintura (se for o caso). Especificar. gridade, circularidade, espessura não uniforme
indicando desgaste etc. Especificar.
2 – Estrutura (corrosão, amassamento e
falha na pintura): verificar, na estrutura da 6 – Defeito no ponto de içamento: o ponto
comporta, a existência de corrosão, amassa- de içamento da comporta é de vital impor-
mentos, furos e defeitos na pintura (ou ausên- tância para seu acionamento. Verificar cuida-
cia). Especificar local e detalhar. dosamente quanto à sua integridade, se há
corrosão, se apresenta algum desgaste, se sua
3 – Defeito nas vedações (vazamento): verifi-
fixação na comporta não está comprometida
car vedações quanto a vazamentos. Especificar
etc. Especificar.
locais e intensidade do vazamento.
7 – Água estagnada sobre os braços da com-
4 – Defeito nas rodas (comporta-vagão): ve-
porta: verificar cuidadosamente esta situação.
rificar sistema de deslizamento das comportas.
Se for de rodas, verificar seu estado quando 8 – Crescimento de vegetação na estrutura:
estiver girando, se possível. Especificar. verificar esta situação, que pode prejudicar a
integridade da estrutura.

88 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

E.4 Estrutura da Torre da Tomada de Água

Ferragem exposta na
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
estrutura da torre

Falta de guarda-corpo na
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
escada de acesso

Deterioração do guarda-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corpo na escada de acesso

Ferragem exposta na pla-


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
taforma (passadiço)

Falta de guarda-corpo no
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
passadiço

Deterioração do guarda-
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corpo no passadiço

Deterioração do portão do
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
abrigo de manobra

Deterioração da tubulação
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
da aeração e bypass

Deterioração da instalação
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de controle
Comentários:

1 – Ferragem exposta na estrutura da torre: 6 – Deterioração do guarda-corpo no pas-


verificar a integridade da estrutura da torre, sadiço: verificar o estado de conservação do
externa e internamente. Verificar a presença guarda-corpo do passadiço, pintura (se for o
de ferragem exposta e especificar local e caso) e grau de deterioração. Detalhar.
grau de exposição. Usar espaço destinado
7 – Deterioração do portão do abrigo de
aos comentários.
manobra: verificar o estado de conservação do
2 – Falta de guarda-corpo na escada de portão do abrigo de manobras, pintura e grau
acesso: verificar se há guarda-corpo na escada de deterioração. Detalhar.
de acesso (se existir). Se não houver guarda-
8 – Deterioração do tubo de aeração e bypass:
corpo, informar se já houve. Explicar.
verificar estado de conservação da tubulação
3 – Deterioração do guarda-corpo na escada de aeração e bypass, pinturas, registros e aco-
de acesso: verificar estado de conservação do plamentos. Definir grau de deterioração. Usar
guarda-corpo na escada de acesso. Se pos- espaço destinado aos comentários.
sível, informar grau de deterioração, falta de
9 – Deterioração da instalação de controle:
pintura etc.
verificar estado de conservação da instalação
4 – Ferragem exposta na plataforma (pas- de controle. Se possível, fazer alguma mano-
sadiço): algumas barragens, principalmente bra ou teste, desde que não comprometa a
as mais antigas, possuem passadiço entre operação do sistema. Usar espaço destinado
a barragem e a torre de tomada de água. aos comentários.
Verificar condições de manutenção, quanto à
Observação: se a caixa de montante estiver
exposição de ferragem. Detalhar.
acoplada a uma torre, desconsiderar os itens 1
5 – Falta de guarda-corpo no passadiço: veri- a 6 da tabela F já contemplados na inspeção
ficar a ausência de guarda-corpo no passadiço. da torre.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
89
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

F BOCA DE MONTANTE (ENTRADA E STOP-LOG)

1 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Obstrução e entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Ferragem exposta na
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
estrutura de concreto
Deterioração no
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Falta de grade de
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção

6 Defeitos na grade NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Peças fixas (corrosão,


7 amassamento da guia NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
e falha na pintura)
Estrutura do stop-log
(corrosão, amas-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
samento e falha na
pintura)
Defeito no aciona-
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento do stop-log
Defeito no ponto de
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
içamento
Comentários:

1 – Assoreamento: indicar se há algum tipo de à pintura (se for o caso), corrosão e hastes
transporte ou acúmulo de material na entrada quebradas. Explicar.
da caixa de montante. Usar espaço destinado
7 – Peças fixas (corrosão, amassamento da
aos comentários.
guia e falha na pintura): verificar estado de
2 – Obstrução e entulhos: verificar se há al- conservação das peças fixas, referente à pin-
gum tipo de entulho ou obstrução na entrada tura, corrosão, amassamento de guias ou qual-
da caixa de montante. Especificar. quer outra anomalia. Explicar detalhadamente.

3 – Ferragem exposta na estrutura de concre- 8 – Estrutura do stop-log (corrosão, amassa-


mento e falha na pintura): verificar estrutura
to: verificar estado de conservação da estrutura
do stop-log quanto à pintura, corrosão, amas-
de concreto quanto à ferragem exposta. Indicar
samento ou qualquer outra anomalia existen-
localização, extensão e grau de exposição. Usar
te. Exemplificar.
espaço destinado aos comentários.
9 – Defeito no acionamento do stop-log:
4 – Deterioração no concreto: verificar de-
verificar estado de conservação e operação no
terioração na estrutura de concreto. Indicar
acionamento do stop-log. Detalhar.
localização e extensão dos danos. Usar espaço
destinado aos comentários. 10 – Defeito no ponto de içamento: o ponto
de içamento do stop-log é de vital importância
5 – Falta de grade de proteção: verificar a para seu acionamento. Verificar cuidadosa-
existência da grade de proteção. Identificar se mente quanto à sua integridade, se há cor-
já houve grade de proteção. Usar espaço desti- rosão, se apresenta algum desgaste, se sua
nado aos comentários. fixação no stop-log não está comprometida
etc. Especificar.
6 – Defeitos na grade: verificar estado de
conservação da grade de proteção, referente

90 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

G GALERIA DE FUNDO

Corrosão e vazamentos na
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tubulação
Sinais de abrasão ou
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cavitação

3 Defeitos nas juntas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Deformação no conduto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desalinhamento do
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
conduto
Surgências de água no
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

7 Precariedade de acesso NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Vazamento nos
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dispositivos de controle
Surgência de água junto à
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
galeria

10 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Presença de pedras e lixo


11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dentro da galeria

12 Defeitos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: 5 – Desalinhamento do conduto: pode com-


verificar com cuidado o estado de conservação prometer, inclusive, a estabilidade do maciço
da tubulação que compõe a galeria. Identificar, da barragem. Identificar possíveis desalinha-
com precisão, vazamentos, corrosão, afunda- mentos. Localizar e, de algum modo, quantifi-
mentos ou qualquer outra anomalia que venha car (ângulo, por exemplo). Detalhar.
a ser constatada. Fazer uso do espaço destina-
do aos comentários. 6 – Surgência de água no concreto: verificar
a presença de surgências de água na parte de
2 – Sinais de abrasão ou cavitação: materiais
concreto (se existir) (Figura 1.14). De alguma
arrastados pela corrente líquida podem provo-
forma, quantificar (por exemplo, somente
car algum tipo de abrasão na tubulação. Altas
úmido ou com algum filete de escoamento),
velocidades da água podem provocar cavita-
para que se possa ter uma ideia do grau de
ção na tubulação. Verificar a existência desses
surgência. Detalhar.
dois efeitos do funcionamento incorreto da
galeria. Fazer uso do espaço para comentários. 7 – Precariedade de acesso: verificar a aces-
3 – Defeitos nas juntas: verificar o estado de sibilidade da galeria. Identificar se é de fácil
conservação das juntas da tubulação. Se fo- acesso, se apresenta alguma dificuldade ou se
rem soldadas, verificar quanto à espessura do é de difícil acesso. Detalhar.
cordão de solda, sua integridade, algum tipo de
8 – Vazamento nos dispositivos de controle:
corrosão etc. Detalhar.
verificar os dispositivos de controle quanto a
4 – Deformação no conduto: verificar qualquer vazamentos. De alguma forma, quantificar.
tipo de deformação na tubulação. Explicar. Detalhar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
91
úmido ou com algum filete de escoamento),
para que se possa ter uma ideia do grau de
surgência. Detalhar.

10 – Falta de manutenção: verificar e informar


o estado geral de conservação da galeria. Se
for necessário, usar o espaço destinado aos
comentários.

11 – Presença de pedras e lixo dentro da


galeria: verificar o interior da galeria quanto à
presença de pedras, entulhos, lixo ou qualquer
Figura 1.14. Galeria de drenagem da barragem em
outro material estranho. Se possível, identificar
CCR da UHE 14 de Julho (Rio Grande do Sul).
Fonte: SBB Engenharia. a origem do material. Detalhar.

12 – Defeitos no concreto: verificar a integrida-


9 – Surgência de água junto à galeria: verificar
de do concreto da galeria (se houver) quanto a
a surgência de água junto à galeria. De alguma
forma, quantificar (por exemplo, somente fissuras ou qualquer outro tipo de dano identi-
ficável. Detalhar.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

H ESTRUTURA DE SAÍDA DA GALERIA

Corrosão e vazamentos na
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tubulação

2 Sinais de abrasão ou cavitação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Ruídos estranhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nos dispositivos de


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
controle

5 Surgências de água no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Precariedade de acesso (árvo-


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
res e arbustos)
Vazamento nos dispositivos de
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
controle

8 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Construções irregulares NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta ou deficiência de drena-


10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
gem da caixa de válvulas

Presença de pedras e lixo den-


11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tro da caixa de válvulas

12 Defeitos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

13 Defeitos na cerca de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

92 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: apresenta alguma dificuldade ou se é de difícil
verificar com cuidado o estado de conservação acesso. Detalhar.
da tubulação na saída que compõe a galeria.
Identificar, com precisão, vazamentos, corro- 7 – Vazamento nos dispositivos de controle:
são, afundamentos ou qualquer outra anoma- verificar os dispositivos de controle quanto a
lia que venha a ser constatada. Fazer uso do vazamentos. De alguma forma, quantificar.
espaço destinado aos comentários.
8 – Falta de manutenção: verificar e informar
2 – Sinais de abrasão ou cavitação: materiais o estado geral de conservação da estrutura de
arrastados pela corrente líquida podem provo- saída. Se necessário, usar o espaço destinado
car algum tipo de abrasão na tubulação. Altas aos comentários.
velocidades da água podem provocar cavita-
ção na tubulação. Verificar a existência desses 9 – Construções irregulares: verificar a exis-
dois efeitos do funcionamento incorreto. Fazer tência de algum tipo de construção que possa
uso do espaço para comentários. comprometer a integridade e o acesso da es-

3 – Ruídos estranhos: quando do mau funcio- trutura de saída. Detalhar.


namento dos equipamentos na estrutura de
10 – Falta ou deficiência de drenagem da
saída, alguns ruídos podem ser ouvidos. Algum
caixa de válvulas: verificar a caixa de válvulas
objeto preso na saída, gavetas de registro da-
(se houver) quanto à drenagem e se há algum
nificadas, sede das gavetas gastas ou mesmo
acúmulo de água. Detalhar.
cavitação podem provocar ruídos estranhos.
Tentar identificar com precisão a causa dos 11 – Presença de pedras e lixo dentro da caixa
ruídos. Detalhar.
de válvulas: verificar a caixa de válvulas quan-
4 – Defeito nos dispositivos de controle: to à limpeza e presença de lixo, pedras ou outro
verificar o funcionamento dos dispositivos material qualquer estranho ao meio. Detalhar.
de controle instalados na saída da galeria. Se
possível, identificar o dispositivo e os possíveis 12 – Defeitos no concreto: verificar a integrida-
defeitos. Detalhar. de do concreto da estrutura de saída. Fissuras
(trincas ou rachaduras), exposição de ferragens
5 – Surgência de água no concreto: verificar a
etc. devem ser identificadas. Localizar e deter-
presença de surgência de água na parte de con-
minar, de algum modo, o grau de deterioração.
creto (se existir). De alguma forma, quantificar
Detalhar.
(por exemplo, somente úmido ou com algum
filete de escoamento), para que se possa ter 13 – Defeitos na cerca de proteção: verificar
uma ideia do grau de surgência. Detalhar. a existência de cerca de proteção. Seu estado
6 – Precariedade de acesso (árvores e ar- de conservação deve ser reportado, como
bustos): verificar a acessibilidade da estrutura também a ausência de estacas e fios de arame.
de saída. Identificar se é de fácil acesso, se Detalhar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
93
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

I MEDIDOR DE VAZÃO

Ausência da placa medi-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dora de vazão

2 Corrosão da placa NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Defeitos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta de escala de leitura


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de vazão
Assoreamento da câmara
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de medição
Erosão a jusante do
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
medidor
Comentários:

1 – Ausência da placa medidora de vazão: ve-


rificar a existência da placa medidora de vazão.
Esclarecer.

2 – Corrosão da placa: verificar o estado de


conservação da placa (Figura 1.15) e detalhes
na escala de medição. Se for o caso, descrever
estado da pintura. Detalhar.

3 – Defeitos no concreto: verificar a integrida-


de do concreto. Registrar alguma exposição de
ferragem, se for o caso. Fissuras e deslocamen-
tos devem ser registrados. Detalhar.

4 – Falta de escala de leitura de vazão: verifi- Figura 1.15. Medidor de vazão na barragem de Mei-
car a existência da escala de leitura. Esclarecer. moa (Portugal).

5 – Assoreamento da câmara de medição: Fonte: COBA.


verificar a presença de material (areia, barro,
pedregulho) dentro da câmara de medição.

6 – Erosão a jusante do medidor: o fluxo de


água pode causar erosão a jusante do medidor,
o que pode, eventualmente, ameaçar a esta-
bilidade da estrutura do medidor. Verificar a
ocorrência de erosões e registrar, indicando o
nível de ameaça à estrutura.

94 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

J ESTRADAS DE ACESSO

1 Estado do pavimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Condições de drenagem (com


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água estagnada)
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE TERRA

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP


PONTE
K

1 Estado dos pilares NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Estrutura das vigas e tabuleiro NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Apoios NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Estacas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Estado dos pilares: verificar o estado dos


pilares. Especificar e detalhar.

2 – Estrutura das vigas e tabuleiro: verificar


o estado da estrutura das vigas e tabuleiro.
Especificar e detalhar.

3 – Apoios: verificar o estado de conservação


dos apoios. Especificar e detalhar qualquer
dano.

4 – Estacas: verificar a situação das estacas,


se possível. Especificar e localizar.

Figura 1.16. Descarga de fundo da barragem de


Meimoa (Portugal).
Fonte: COBA.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
95
Ao preencher a ficha de inspeção, é possível preencher um número de 0 a 3 correspondente
que algum elemento estrutural ou anomalia à graduação do NÍVEL DE PERIGO.
não esteja contemplado nos diversos qua-
dros detalhados. Como sugestão, quando da A ficha de inspeção contém os seguintes códi-
identificação dessas situações, registrá-las no gos em sua primeira coluna:
item OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES. • tabelas B1 e B2 correspondentes à inspeção
A colaboração do responsável pelo preenchi-
da barragem, designadamente: B.1 – Talude
mento desse item da ficha é extremamente
de Montante; B.2 – Talude de Jusante;
importante no sentido de aprimorar a inspeção,
reforçando sua credibilidade e demonstrando • tabela C1 e C2 – Ombreiras;
a abrangência do trabalho realizado. • tabela D – Crista;
M) SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES • tabela E – Instrumentação;

Ainda, no item SUGESTÕES E • tabelas F1 a F3 correspondentes ao verte-


RECOMENDAÇÕES, devem ser registradas douro, designadamente: F1 – Vertedouro; F2
todas as sugestões e recomendações que – Equipamento Hidromecânico; F3 – Bacia
podem melhorar a realização da inspeção e a de Amortecimento;
própria ficha, assim como tudo que pode ser
• tabela G – Tomada de Água;
útil à operação, à manutenção e à segurança
da barragem. • tabela H – Estrada de Acesso;

• tabela I – Ponte;
1.3.3 FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC
• tabela J – Reservatório.
Em complemento ao preenchimento da ficha Comentários: este espaço, constante em todas
de inspeção de barragens de terra, devem ser as fichas, é reservado para que o responsável
preenchidos os seguintes aspectos específicos pelo preenchimento faça comentários e ob-
de BEFCs a montante. servações que venham a esclarecer possíveis
No preenchimento da ficha de inspeção de dúvidas. Além das sugestões e comentários já
BEFC, deve ser feito um X nas colunas corres- inseridos no corpo deste manual, outras infor-
pondentes à SITUAÇÃO e à MAGNITUDE da mações são importantes no sentido de que se
anomalia que possa estar ocorrendo em rela- tenha um quadro real da situação da barragem
ção ao item examinado. Na coluna NP, deve-se objeto da inspeção.

96 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

B BARRAGEM

B.1 Talude de Montante

Aspecto geral da laje de


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

2 Erosão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Vegetação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Fraturamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Deformações na laje NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Junta perimetral NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Junta vertical NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Junta horizontal NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Cortina de injeção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

10 Cutoff NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

11 Plinto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Aspecto geral da laje de concreto: verificar 8 – Junta horizontal: verificar o aspecto das
o estado de conservação da laje. Especificar. juntas horizontais e eventuais danos por movi-
mentos do enrocamento ou por ação externa.
2 – Erosão: verificar sinais de erosão provoca-
Especificar o grau dos danos, sua localização
da pelo movimento da água na laje de concreto
etc.
e transição entre as zonas que normalmente se
encontram submersas e as que se encontram 9 – Cortina de injeção: com base na interpre-
secas. tação dos registros dos piezômetros instalados
na fundação, inferir a eficiência da cortina de
3 – Vegetação: analisar a existência ou ausên-
injeção.
cia de arbustos.
10 – Cutoff: no caso de existir informação ade-
4 – Fraturamento: verificar a existência de
quada, inferir a eficiência do cutoff.
fissuras na laje de concreto. Localizar e deter-
minar, de algum modo, o grau de deterioração. 11 – Plinto: verificar a situação e eficiência dos
Detalhar. veda-juntas e o aspecto geral das ancoragens.
Detalhar.
5 – Deformações na laje: verificar a existência
de deformações na laje. Registrar exposição de
ferragem, se for o caso. Detalhar.

6 – Junta perimetral: verificar o aspecto da


junta perimetral (Figura 1.17) e eventuais da-
nos por movimentos do enrocamento ou por
ação externa. Especificar o grau dos danos, sua
localização etc.

7 – Junta vertical: verificar o aspecto das juntas


verticais e eventuais danos por movimentos do
enrocamento ou por ação externa. Especificar
o grau dos danos, sua localização etc. Figura 1.17. Aspecto da junta perimetral.
Fonte: COBA.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
97
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.2 Talude de Jusante

1 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Percolação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Enrocamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Vegetação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Sinais de movimento: procurar indicadores


de deslizamentos planares ou circulares e en-
rugamentos no paramento. Detalhar.

2 – Percolação: verificar sinais aparentes


de percolação (por exemplo, surgências).
Detalhar.

3 – Enrocamento: analisar o aspecto dos blo-


cos de enrocamento (Figura 1.18). Detalhar.

4 – Vegetação: analisar a existência ou ausên-


cia de arbustos.
Figura 1.18. Talude de jusante da barragem de Foz
do Areia (Paraná).
Fonte: COBA.

98 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.1 Ombreiras a Montante até Área de Segurança Definida em Projeto

Desmatamento na área
1 de proteção e construções NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
irregulares

2 Erosão nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desmoronamento nas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens

4 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Cavernas e buracos nas


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras

6 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Trinca nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Desmatamento na área de proteção e 5 – Cavernas e buracos nas ombreiras: veri-


construções irregulares: algumas constru- ficar a existência de cavernas e buracos nas
ções podem ser identificadas nesta situação. ombreiras, registrando a dimensão dessas
São edificações que certamente apresentam anomalias, a presença e intensidade de fluxos
problemas quando o açude está sangrando ou de água, bem como a possibilidade de seu
mesmo não podem permanecer ali por moti- crescimento resultar em comunicação com o
lago a montante.
vos legais (ver Figura 1.7). Fazer uso do espaço
para comentários e, se possível, especificar 6 – Sinais de movimento: qualquer indicação
para cada construção: o tipo, a área construída, de movimento nos taludes deve ser reportada,
a proximidade do leito do rio e da barragem, de tentando identificar suas causas. Usar o espa-
tal forma que fique caracterizada a posição do ço para comentários.
imóvel. Além disso, verificar se há algum tipo
7 – Trincas nas ombreiras: qualquer indicação
de desmatamento nas ombreiras. Especificar
de trincas (e rachaduras) nas ombreiras deve
local e dimensão.
ser reportada, tentando identificar suas cau-
2 – Erosão nas ombreiras: quando do escoa- sas. Usar o espaço para comentários.
mento da água de chuva, principalmente, é A Figura 1.19 apresenta uma vista geral e as
possível o aparecimento de erosão nas om- ombreiras da barragem de Campos Novos.
breiras. Se for conveniente, usar o espaço re-
servado aos comentários, para que fique bem
definida a intensidade ou o grau de erosão.

3 – Desmoronamento nas margens: se as


margens são muito íngremes, pode ocorrer
algum tipo de desmoronamento. Verificar sua
existência real ou potencial.

4 – Assoreamento: o transporte de material para


dentro do reservatório causa seu assoreamento,
que, em geral, é verificado com precisão por meio
de batimetria do lago. Na inspeção, informar se Figura 1.19. Ombreiras da barragem de Campos
Novos (Santa Catarina).
há algum vestígio ou informação a respeito. Fonte: COBA.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
99
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

C.2 Ombreiras a Jusante Até Faixa de Segurança Definida em Projeto

Desmatamento na área de
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção
Erosão nos encontros barra-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
gem-ombreira

3 Desmoronamento nas margens NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Cavernas e buracos nas om-


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
breiras

5 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Trinca nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Surgência de água e manchas


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de umidade

8 Carreamento de finos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1– Desmatamentos na área de proteção: ve- 6 – Trincas nas ombreiras: qualquer indicação


rificar se há algum tipo de desmatamento nas de trincas (e rachaduras) nas ombreiras deve
ombreiras. Especificar local e dimensão. ser reportada, tentando identificar suas cau-
sas. Usar o espaço para comentários.
2 – Erosão nos encontros barragem-ombrei-
ras: quando do escoamento da água de chuva, 7 – Surgência de água e manchas de umi-
principalmente, é possível o aparecimento de dade: é possível o aparecimento de umidade
erosão nas ombreiras. Se for conveniente, usar excessiva ou mesmo de fluxo de água nas
o espaço reservado aos comentários, para que ombreiras a jusante da barragem, decorrente
fique bem definida a intensidade ou o grau de do mau funcionamento do sistema interno
erosão. de drenagem da barragem ou da presença de
camadas de solo mais permeáveis. Deve-se
3 – Desmoronamento nas margens: se as
reportar o achado, tentando identificar suas
margens são muito íngremes, pode ocorrer
causas. Usar o espaço para comentários.
algum tipo de desmoronamento. Verificar sua
existência real ou potencial. 8 – Carreamento de finos: a presença de
solo ou mineral carreado pode sinalizar a
4 – Cavernas e buracos nas ombreiras: veri-
ocorrência de mau funcionamento do sistema
ficar a existência de cavernas e buracos nas
de drenagem ou o início de um processo de
ombreiras, registrando a dimensão dessas
erosão interna (piping). Não se deve minimizar
anomalias, a presença e intensidade de fluxos
a importância desta anomalia.
de água, bem como a possibilidade de seu
crescimento resultar em comunicação com o 9 – Árvores e arbustos: é importante verificar
lago a montante. a existência de árvores e arbustos na ombreira,
pois eles dificultam a inspeção e identificação
5 – Sinais de movimento: qualquer indicação
de problemas.
de movimento nos taludes deve ser reportada,
tentando identificar suas causas. Usar o espa-
ço para comentários.

100 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

D CRISTA

1 Fendilhamento na superfície NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Recalques NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Movimentos laterais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Estado de conservação do
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guarda-corpo (parapeito)

5 Camber NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Fendilhamento na superfície: analisar as 4 – Estado de conservação do guarda-corpo


fissuras longitudinais e transversais, abertura, (parapeito): os guarda-corpos registram
profundidade e espaçamento. frequentemente os movimentos sofridos, quer
por deslize de peças simplesmente apoiadas,
2 – Recalques: verificar visualmente o nive-
quer por rotura de peças rígidas.
lamento dos guarda-corpos, passeios e pavi-
mento na crista. 5 – Camber: apreciar a sobrelevação de projeto.

3 – Movimentos laterais: os melhores indica-


dores de movimentos são os candeeiros e as
guardas laterais.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

E INSTRUMENTAÇÃO

1 Piezômetros NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Marcos superficiais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Inclinômetros NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Nível de água do reser-


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
vatório

5 Medidores de juntas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Sismógrafos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Medidores de vazão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Piezômetros: devem estar limpos, com o acompanhamento das variações do nível de


topo em perfeitas condições e sem trincaduras água. Em geral, há mais de um lance de réguas
aparentes. em posições que acompanham o abaixamento
do nível de água.
2 – Marcos superficiais: servem para medir
movimentos da barragem. Especificar situa- 5 – Medidores de juntas: servem para medir
ções encontradas. as aberturas das juntas. Registrar.

3 – Inclinômetros: servem para medir os deslo- 6 – Sismógrafos: servem para medir acelera-
camentos horizontais que ocorrem no interior da ções resultantes de abalos sísmicos. Registrar.
barragem. Especificar situações encontradas.
7 – Medidores de vazão: servem para medir a
4 – Nível de água do reservatório: é medi- água que está passando através da barragem,
do por meio de réguas, que possibilitam o de sua fundação ou de ambas, quando possível.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
101
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

F VERTEDOURO

F.1 Vertedouro

1 Presença de entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Fissuras (trincas ou rachaduras) NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Ferragem de concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Presença de entulhos: pode ocorrer a 4 – Sinais de movimento: os muros laterais


existência de entulhos ou queda de barreiras podem apresentar desalinhamento, seja por
laterais, obstruindo o sangradouro. Fazer uso problemas na fundação, seja por esforço ex-
do espaço destinado aos comentários para cessivo sobre os muros pelo solo arrimado.
informar o grau de obstrução.
5 – Erosões: canais escavados, dependendo
2 – Fissuras (trincas ou rachaduras): ocor- do tipo de terreno, podem apresentar erosão.
rência de trincas na superfície de concreto. Na saída do canal de restituição, pode apare-
Especificar o grau dos danos e sua localização. cer erosão regressiva, que se desenvolve de
jusante para montante, principalmente na
3 – Ferragem de concreto exposta: por
base do canal.
meio de um processo físico, principalmente,
a ferragem do concreto pode ficar exposta.
Especificar de forma detalhada tal exposição.

102 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

F.2 Equipamento Hidromecânico

1 Tipos de comporta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Estado geral NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Funcionamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Comando de comportas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Comandos mecânicos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Comandos elétricos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Alimentação principal NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Alimentação de emer-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
gência

9 Instruções de operação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Tipos de comporta: verificar os tipos de 6 – Comandos elétricos: verificar cuidadosa-


comporta e seu estado de conservação, quan- mente se existe algum impedimento elétrico
to à corrosão, amassamento de guias e estado que comprometa o funcionamento da com-
geral da pintura (se for o caso). Especificar. porta. Especificar e detalhar.

2 – Estado geral: verificar o estado geral das 7 – Alimentação principal: verificar cuidado-
peças quanto à corrosão, amassamentos, fu- samente se o sistema de alimentação principal
ros e eventuais defeitos na pintura. Especificar está em boas condições e permite assegurar a
local e detalhar. operação dos equipamentos.

3 – Funcionamento: verificar vedações quan- 8 – Alimentação de emergência: verificar se


to a vazamentos que impeçam o adequado o funcionamento do equipamento não está
funcionamento dos equipamentos. Especificar comprometido em situações de emergência
locais e intensidade do vazamento. por falta de alimentação.

4 – Comando de comportas: verificar o 9 – Instruções de operação: verificar as instru-


sistema do seu funcionamento. Especificar e ções de operação dos equipamentos hidrome-
detalhar. cânicos, como acionamento das comportas de
vertedouro ou tomada de água e do dispositivo
5 – Comandos mecânicos: verificar defeitos de controle de saída da tomada de água.
mecânicos que impeçam seu funcionamento, Verificar também se o nível de conhecimento
designadamente, a existência de ferrugem, dos operadores responsáveis sobre essas
corrosão etc. Especificar e detalhar. instruções é satisfatório. Comentar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
103
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

F.3 Bacia de Amortecimento

1 Paredes NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Soleira NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Desvio NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Juntas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Erosão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Itens especiais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Paredes: especificar de forma detalhada a 5 – Erosão: pode ocorrer imediatamente abai-


situação das paredes e seu aspecto. xo da soleira da bacia de dissipação, amea-
çando sua estabilidade. Especificar de forma
2 – Soleira: o desgaste na soleira pode atingir
detalhada a localização precisa da anomalia,
intensidade que chegue a formar buracos na
dimensões e risco de desmoronamento da
estrutura. Especificar a situação.
estrutura.
3 – Desvio: os muros laterais podem apresen-
6 – Itens especiais: presença de entulho na
tar desvios, interessando especificar de forma
bacia. Verificar a existência de árvores e arbus-
detalhada sua localização. Registrar.
tos. Indicar a extensão da obstrução.
4 – Juntas: verificar qualquer alteração que
tenha ocorrido. Identificar local e grau de dete-
rioração. Registrar.

104 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

G TOMADA DE ÁGUA

1 Grelhas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Galeria NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Peças metálicas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Conduto forçado NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Obras de controle de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
débitos

7 Câmara de comandos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Grua NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Comportas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

10 Partes metálicas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

11 Ventilação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

12 Iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

13 Ensecadeira NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

14 Estanqueidade NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

15 Comando a distância NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

16 Movimentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Grelhas: verificar com cuidado seu estado 5 – Conduto forçado: verificar com cuidado o
de conservação. Identificar, com precisão, estado de conservação da tubulação. Identificar
vazamentos, corrosão, afundamentos ou vazamentos, corrosão e outras anomalias.
qualquer outra anomalia que venha a ser cons-
6 – Obras de controle de débitos: verificar
tatada. Fazer uso do espaço destinado aos
se há erosão a jusante do medidor que possa
comentários.
ameaçar a estabilidade da obra do medidor.
2 – Concreto: verificar sua integridade. Fissuras Detalhar.
(trincas ou rachaduras), exposição de ferra-
7 – Câmara de comandos: verificar os dis-
gens etc. devem ser identificadas. Localizar e
positivos de controle quanto a vazamentos.
determinar, de algum modo, o grau de deterio-
Detalhar a situação.
ração. Detalhar.
8 – Grua: verificar seu estado geral de conser-
3 – Galeria: verificar o funcionamento dos
vação. Se necessário, usar o espaço destinado
dispositivos de controle instalados na saída da
aos comentários.
galeria. Se possível, identificar o dispositivo e
os possíveis defeitos. Detalhar. 9 – Comportas: verificar seu estado de conser-
vação quanto à corrosão, amassamento, furos
4 – Peças metálicas: materiais arrastados pela
e defeitos na pintura (ou ausência). Especificar
corrente líquida podem provocar algum tipo de
local e detalhar.
abrasão na tubulação. Altas velocidades da
água podem provocar cavitação na tubulação. 10 – Partes metálicas: verificar seu estado de
Verificar a existência desses dois efeitos do conservação, quanto à corrosão e estado geral
funcionamento incorreto. da pintura (se for o caso). Detalhar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
105
11 – Ventilação: verificar seu estado de con- 15 – Comando a distância: verificar seu estado
servação. Informar, se possível, seu grau de de funcionamento e conservação. Detalhar.
deterioração. Detalhar.
16 – Movimentos: verificar movimentos que
12 – Iluminação: verificar o estado de conser- tenham ocorrido e possam ter contribuído para
vação da instalação. Detalhar. o aparecimento de fissuras (trincas, rachadu-
ras) no concreto. Especificar de forma detalha-
13 – Ensecadeira: verificar seu estado de con-
da as situações.
servação e sua integridade. Detalhar.

14 – Estanqueidade: verificar seu estado de


conservação e se sua função está comprome-
tida. Detalhar.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

H ESTRADA DE ACESSO

1 Revestimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Obstruções NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Revestimento: verificar seu estado de con- 2 – Obstruções: verificar sua existência.


servação. Especificar. Especificar e detalhar.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
I PONTE

1 Estado dos pilares NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Estrutura das vigas e


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tabuleiro

3 Apoios NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Estacas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Estado dos pilares: verificar o estado dos 3 – Apoios: verificar seu estado de conserva-
pilares. Especificar e detalhar. ção. Especificar e detalhar qualquer dano.

2 – Estrutura das vigas e tabuleiro: verificar 4 – Estacas: Verificar sua situação. Especificar
o estado da estrutura das vigas e tabuleiro. e localizar.
Especificar e detalhar.

106 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BEFC

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

J RESERVATÓRIO

1 Nível de água NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Desmoronamento nas margens NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Percolações NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Erosão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Debris NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Construções em áreas de pro-


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
teção

7 Excessiva sedimentação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Vegetação subaquática exces-


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
siva
Comentários:

1 – Nível de água: o nível de água no reservatório 6 – Construções em áreas de proteção: às


é definido por réguas, que são importantes vezes, são construídas, na área de proteção,
para o acompanhamento das variações do algumas estruturas para lazer, criação de
volume de água. A gestão do reservatório tem animais ou mesmo moradia. Essas construções
por base a leitura dessas réguas. Fazer uso do devem ser reportadas e especificadas.
espaço reservado aos comentários.
7 – Excessiva sedimentação: o transporte
2 – Desmoronamento nas margens: se as de material para dentro do reservatório causa
margens são muito íngremes, pode ocorrer seu assoreamento, que, em geral, é verificado
algum tipo de desmoronamento. Verificar sua com precisão por meio de batimetria do lago.
existência real ou potencial. Na inspeção, informar se há informação a esse
respeito.
3 – Percolações: verificar sinais aparentes
de percolação (por exemplo, surgências). 8 – Vegetação subaquática excessiva: vege-
Especificar e quantificar. tação aquática excessiva é sinônimo de dese-
quilíbrio biológico no reservatório. Especificar
4 – Erosões: verificar se há algum tipo de
o grau de cobertura vegetal da superfície da
erosão que transporte material para dentro do
água e o tipo de planta.
reservatório. Especificar e localizar.

5 – Debris: verificar a presença de entulho


ou de qualquer outro material. Especificar e
localizar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
107
K) OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES tabelas C1 a C5 correspondentes à inspeção
do vertedouro, designadamente: C.1 – Canais
Ao preencher a ficha de inspeção, é possível de Aproximação e Restituição; C.2 – Estrutura
que algum elemento estrutural ou anomalia Vertente; C.3 – Comportas do Vertedouro;
não esteja contemplado nos diversos qua- C.4 – Muros Laterais; C.5 – Rápido/Bacia
dros detalhados. Como sugestão, quando da Amortecedora;
identificação dessas situações, registrá-las no
tabelas D1 a D5 correspondentes à inspeção
item OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES.
da tomada de água, designadamente: D.1 –
A colaboração do responsável pelo preenchi-
Acionamento; D.2 – Comportas; D.3 – Poço
mento deste item da ficha é extremamente im-
de Acionamento; D.4 – Boca de Entrada e
portante no sentido de aprimorar a inspeção,
Stop-Log; D.5 – Galeria da Tomada de Água;
reforçando sua credibilidade e demonstrando D.6 – Estrutura de Saída;
a abrangência do trabalho realizado.
tabela E – Reservatório;
L) SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
tabela F – Região a Jusante da Barragem;
Ainda, no item SUGESTÕES E
tabela G – Medidor de Vazão.
RECOMENDAÇÕES, devem ser registradas
todas as sugestões e recomendações que
podem melhorar a realização da inspeção e a
própria ficha, assim como tudo que pode ser
útil à operação, à manutenção e à segurança
da barragem.

1.3.4 FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM


DE CONCRETO

No preenchimento da ficha de inspeção de


barragem de concreto, deve ser feito um X
nas colunas correspondentes à SITUAÇÃO e
à MAGNITUDE da anomalia que pode estar
ocorrendo em relação ao item examinado. Na
coluna NP, deve-se preencher um número de 0
a 3 correspondente à graduação do NÍVEL DE Figura 1.20. Panorâmica dos componentes de uma
PERIGO. barragem de concreto.
Fonte: COBA.

A Figura 1.20 ilustra uma panorâmica dos


componentes de uma barragem de concreto. Comentários: este espaço, constante em todas
as fichas, é reservado para que o responsável
A ficha de inspeção contém nas tabelas os
pelo preenchimento faça comentários e ob-
seguintes códigos em sua primeira coluna:
servações que venham a esclarecer possíveis
tabelas B1 a B5 correspondentes à inspeção da dúvidas. Além das sugestões e comentários já
barragem, designadamente: B.1 – Paramento inseridos no corpo deste manual, outras infor-
de Montante; B.2 – Crista; B.3 – Paramento de mações são importantes no sentido de que se
tenha um quadro real da situação da barragem
Jusante; B.4 – Estrutura Vertente; B.5 – Galeria
objeto da inspeção.
de Drenagem e Injeção; B.6 – Instrumentação;

108 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B BARRAGEM

B.1 Paramento de Montante

1 Presença de vegetação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Erosão nos encontros das


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras
Ocorrência de fissuras no
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Ferragem do concreto
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da superfície
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Abertura de juntas de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dilatação
Comentários:

1 – Presença de vegetação: verificar a existên- local e densidade. Informar, se possível, as


cia de vegetação no paramento de montante e dimensões, como abertura, comprimento,
informar sua natureza, densidade e tamanho. orientação etc., de tal modo que se tenha um
Utilizar o espaço para comentários. registro da anomalia.

2 – Erosão nos encontros das ombreiras: 4 – Ferragem do concreto exposta: verificar a


quando do escoamento da água de chuva, exposição da ferragem da estrutura de concre-
principalmente, é possível o aparecimento de to. Informar localização e grau de exposição.
erosão no encontro da estrutura da barragem
com as ombreiras. Se for conveniente, usar o 5 – Deterioração da superfície do concreto:
espaço reservado aos comentários, para que verificar qualquer alteração na superfície do
fique bem definida a intensidade ou o grau de concreto no paramento de montante. Identificar
erosão. local e grau de deterioração. Registrar.

3 – Ocorrência de fissuras no concreto: verifi- 6 – Abertura de juntas de dilatação: verificar a


car a presença de fissuras no concreto. Informar, integridade das juntas de dilatação. Identificar
no espaço reservado aos comentários, seu o local e a intensidade do dano.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
109
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.2 Crista

Movimentos diferenciais
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
entre blocos (nas juntas)
Ocorrência de fissuras no
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Ferragem do concreto
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da superfície
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Juntas de dilatação dani-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ficadas
Desalinhamento e corro-
6 são no parapeito (guarda- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corpo)
Corrosão nos postes de
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
iluminação

8 Corrosão no pórtico NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Movimentos diferenciais entre blocos concreto na crista da barragem. Identificar


(nas juntas): verificar e identificar qualquer local e grau de deterioração. Registrar.
movimento entre blocos de concretos que
5 – Juntas de dilatação danificadas: verificar a
caracterize movimentos diferentes, ou seja,
integridade das juntas de dilatação. Identificar
blocos se movimentam em direções diferentes.
local e intensidade do dano.
Registrar.
6 – Desalinhamento e corrosão no parapeito
2 – Ocorrência de fissuras no concreto: verifi-
(guarda-corpo): verificar a integridade do
car a presença de fissuras no concreto. Informar, guarda-corpo e se há corrosão que venha a
no espaço reservado aos comentários, seu comprometer a segurança. Observar o alinha-
local e densidade. Informar, se possível, as mento do guarda-corpo.
dimensões, como abertura, comprimento,
orientação etc., de tal modo que se tenha um 7 – Corrosão nos postes de iluminação: verifi-
registro da anomalia. car a integridade dos postes de iluminação (se
houver). Informar se nunca existiram postes de
3 – Ferragem do concreto exposta: verificar a iluminação. Registrar postes danificados.
exposição da ferragem da estrutura de concre-
to. Informar localização e grau de exposição. 8 – Corrosão no pórtico: verificar a integridade
dos pórticos. Identificar locais de corrosão.
4 – Deterioração da superfície do concreto: Usar espaço destinado aos comentários para
verificar qualquer alteração na superfície do localizar as anomalias identificadas.

110 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

B.3 Paramento de Jusante

1 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Ocorrência de fissuras no
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

3 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície do
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Juntas de dilatação danificadas
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
(infiltrações)
Sinais de percolação ou áreas
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
úmidas

Carreamento de material na
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água dos drenos

8 Vazão nos drenos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Sinais de movimento: verificar e identificar transportado pela água dos drenos. Indicar, se
qualquer sinal que indique movimento na bar- possível, aspectos granulométricos, se é argilo-
ragem. Registrar. so, se é arenoso etc., de tal modo que se possa
ter uma ideia da origem de tal material.
2 – Ocorrência de fissuras no concreto: verifi-
car a presença de fissuras no concreto. Informar, 8 – Vazão nos drenos de controle: identificar
no espaço reservado aos comentários, seu a vazão nos drenos de controle. Quantificar de
local e densidade. Informar, se possível, as forma aproximada a vazão, quanto à seção
dimensões, como: abertura, comprimento, de vazão, se está completamente cheia, pela
orientação etc., de tal modo que se tenha um metade, abaixo da metade, apenas um filete
registro da anomalia. de água etc. Registrar.

3 – Ferragem do concreto exposta: verificar a A Figura 1.21 apresenta a vista geral do para-
mento de jusante da barragem de Aguieira.
exposição da ferragem da estrutura de concre-
to. Informar localização e grau de exposição.

4 – Deterioração da superfície do concreto:


verificar qualquer alteração na superfície do
concreto no paramento de jusante. Identificar
local e grau de deterioração. Registrar.

5 – Juntas de dilatação danificadas (infiltra-


ções): verificar a integridade das juntas de di-
latação. Identificar local e intensidade do dano.

6 – Sinais de percolação ou áreas úmidas: ve-


rificar a presença de áreas úmidas no paramen-
to de jusante. Verificar e identificar a presença
de escoamento pelo paramento. Registrar.
Figura 1.21. Vista geral do paramento de jusante da
7 – Carreamento de material na água dos barragem de Aguieira (Portugal).
Fonte: COBA.
drenos: verificar a presença de material

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
111
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

B.4 Estrutura Vertente

1 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície do
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

4 Descalçamento da estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Juntas de dilatação danifi-


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cadas
Sinais de deslocamento da
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
estrutura
Sinais de percolação ou áreas
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
úmidas

Carreamento de material na
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água dos drenos

9 Vazão nos drenos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Fissuras (trincas ou rachadu-


10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ras) nos muros laterais

11 Erosão nos muros laterais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície do
12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto dos muros
Ocorrência de buracos na
13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
soleira

Presença de entulho na bacia


14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de dissipação

Presença de vegetação na
15 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
bacia de dissipação

Erosão na base dos canais


16 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
(área de restituição)

Comentários:

1 – Fissuras no concreto: a estrutura ver- 5 – Juntas de dilatação danificadas: por movi-


tente pode apresentar fissuras no concreto. mentos da estrutura ou ação externa, é possível
Especificar de forma detalhada a localização que as juntas sejam danificadas. Especificar o
precisa da anomalia, dimensões e orientação. grau dos danos, sua localização etc.

2 – Ferragem do concreto exposta: por meio 6 – Sinais de deslocamento da estrutura:


de algum processo físico, principalmente, qualquer sinal de movimento da estrutura deve
a ferragem do concreto pode ficar exposta. ser reportado.
Especificar de forma detalhada tal exposição.
7 – Sinais de percolação ou áreas úmidas:
3 – Deterioração da superfície do concreto: verificar sinais de percolação ou áreas úmidas
verificar qualquer alteração na superfície do na estrutura vertente. Registrar no espaço des-
concreto na estrutura vertente. Identificar local tinado aos comentários.
e grau de deterioração. Registrar.
8 – Carreamento de material na água dos
4 – Descalçamento da estrutura: por algum drenos: verificar carreamento de material na
processo erosivo ou de fuga de material, pode água dos drenos. Se possível, caracterizar de
haver descalçamento da estrutura. Indicar com alguma forma o tipo de material transportado.
precisão o local e a dimensão.

112 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
9 – Vazão nos drenos de controle: verificar 13 – Ocorrência de buracos na soleira: podem
a vazão nos drenos de controle. Se possível, aparecer, no fim do período de funcionamento,
quantificar de alguma forma. Registrar. buracos no concreto da estrutura vertente.
Identificar posição e dimensões, como diâme-
10 – Fissuras (trincas ou rachaduras) nos
muros laterais: em geral, por problemas de tro aproximado, profundidade etc. Registrar.
arrimo nos muros, podem aparecer fissuras no 14 – Presença de entulho na bacia de dissipa-
concreto. Esses problemas são importantes
ção: verificar manutenção e limpeza na bacia
para a estabilidade dos muros. Fazer uso do es-
de dissipação. Se possível, identificar origem
paço destinado aos comentários, para deixar a
do material. Registrar.
questão bem esclarecida.
15 – Presença de vegetação na bacia de
11 – Erosão nos muros laterais: erosão nos
dissipação: verificar a existência de vegetação
muros laterais pode aparecer, principalmente,
devido ao escoamento da água, com alta velo- na bacia de dissipação. Identificar o porte da
cidade. Especificar. vegetação, se rasteira ou de caule. Registrar.

12 – Deterioração da superfície do concreto dos 16 – Erosão na base dos canais (área de


muros: verificar qualquer alteração na superfície restituição): verificar a presença de erosão
do concreto na estrutura dos muros laterais. na base dos canais de restituição. Registrar
Identificar local e grau de deterioração. Registrar. local e intensidade.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
113
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

B.5 Galeria de Drenagem e Injeção

Deslocamento diferencial
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pronunciado entre blocos

2 Desplacamento do concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Surgências de água no con-


3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
creto

4 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração do portão de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
acesso

7 Drenos obstruídos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Drenos obstruídos na funda-


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ção
Precariedade de acesso à
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
galeria

10 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

11 Falta de iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

12 Falta de ventilação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Presença de pedras e lixo


13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dentro da galeria
Sinais de percolação ou áreas
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
úmidas

Carreamento de material na
15 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água dos drenos

16 Vazão nos drenos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Vazão elevada nos drenos de


17 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
alívio
Comentários:

A Figura 1.22 apresenta a localização esque- 1 – Deslocamento diferencial pronunciado


mática de uma galeria de drenagem e injeção. entre blocos: verificar, no interior da galeria de
inspeção, qualquer vestígio de movimentação
da estrutura. Indicar local e identificar com
precisão a posição da anomalia. Registrar.

2 – Desplacamento do concreto: verificar


qualquer alteração na superfície do concreto
na galeria de inspeção. Identificar local e grau
de deterioração. Registrar.

3 – Surgência de água no concreto: verificar a


presença de surgência de água no concreto no
interior da galeria de inspeção. Registrar local
e definir, de algum modo, o grau de surgência.

4 – Ferragem do concreto exposta: por meio


de algum processo físico, principalmente,
a ferragem do concreto pode ficar exposta.
Especificar de forma detalhada tal exposição.

Figura 1.22. Galeria de drenagem e injeção.


Fonte: COBA.

114 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
5 – Fissuras no concreto: a estrutura na ga- 12 – Falta de ventilação: verificar a ventilação
leria de inspeção pode apresentar fissuras no na galeria. Indicar se é inexistente ou deficiente.
concreto. Especificar de forma detalhada a Em caso de deficiência, indicar de algum modo.
localização precisa da anomalia, dimensões e Registrar.
orientação.
13 – Presença de pedras e lixo dentro da gale-
6 – Deterioração do portão de acesso: verifi- ria: verificar a presença de pedras, lixo, entulho
car a integridade do portão de acesso. Registrar etc. dentro da galeria. Se possível, identificar a
a presença de corrosão, a falta de pintura etc. origem. Registrar.
Usar o espaço reservado aos comentários.
14 – Sinais de percolação ou áreas úmidas:
7 – Drenos obstruídos no concreto: verificar os verificar a presença de percolação ou áreas
drenos relativamente à sua obstrução. Definir úmidas. Identificar, localizar e, se possível,
local e grau da obstrução. Registrar. quantificar. Registrar.

8 – Drenos obstruídos na fundação: verificar 15 – Carreamento de material na água dos


os drenos relativamente à sua obstrução. drenos: verificar carreamento de material na
Definir local e grau da obstrução. Registrar. água dos drenos. De alguma forma, definir a
granulometria do material carreado, se argilo-
9 – Precariedade de acesso à galeria: verificar so, arenoso etc. Registrar.
se o acesso à galeria oferece alguma dificulda-
de. Identificar dificuldade. Registrar. 16 – Vazão nos drenos de controle: verificar a
vazão nos drenos de controle. De algum modo,
10 – Falta de manutenção: verificar, de modo indicar se os drenos estão plenos, pela metade,
geral, a manutenção da galeria (limpeza, aces- inferiores à metade ou se existe apenas filete
so, odores etc.). Registrar. de água. Registrar.

11 – Falta de iluminação: verificar a iluminação 17 – Vazão elevada nos drenos de alívio: veri-
na galeria. A galeria deve permitir acesso a ficar se há vazão elevada nos drenos de alívio.
qualquer hora para verificação. Registrar. De alguma forma, quantificar. Registrar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
115
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

B.6 Instrumentação

Acesso precário aos ins-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
trumentos
Piezômetros entupidos ou
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
defeituosos
Marcos de referência
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificados
Medidores de vazão
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
defeituosos
Outros instrumentos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificados

6 Falta de instrumentação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta de registo de leituras


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
da instrumentação

Comentários:

1 – Acesso precário aos instrumentos: al- 4 – Medidores de vazão defeituosos: a infil-


gumas barragens, dada sua importância do tração em uma barragem pode trazer conse-
ponto de vista da segurança, precisam ser quências graves para sua estabilidade. Estes
monitoradas constantemente. Instrumentos equipamentos servem para medir quanto de
são instalados na estrutura da barragem e no água está passando através da barragem, de
seu entorno, nos paramentos, crista, funda- sua fundação ou de ambas.
ção, ombreiras etc., de tal modo que se possa
5 – Outros instrumentos danificados: verifi-
acompanhar o comportamento da barragem e
car se algum outro instrumento existente está
do terreno no seu entorno.
danificado.
2 – Piezômetros entupidos ou defeituosos:
6 – Falta de instrumentação: verificar se al-
piezômetros são os instrumentos mais comuns
gum dos instrumentos previstos no projeto ou
e simples instalados numa barragem. Servem
existentes anteriormente está faltando.
para medir a pressão da água e devem estar
limpos, com o topo em perfeitas condições, 7 – Falta de registro de leituras da instru-
sem trincaduras aparentes. mentação: verificar a existência dos registros
de leitura dos instrumentos, inclusive, dos exis-
3 – Marcos de referência danificados: são
tentes na galeria de inspeção, que devem estar
instrumentos extremamente importantes
completos e disponíveis para consulta.
(apesar de simples), que servem de apoio ao
controle de movimento da estrutura.

116 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

C VERTEDOURO

Canais de Aproximação e
C.1
Restituição

1 Presença de vegetação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Obstrução ou entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desalinhamento dos taludes


3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
e muros laterais

Ferragem do concreto
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Erosões ou escorregamentos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
nos taludes laterais
Erosão na base dos canais
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
escavados
Erosão na área a jusante do
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
vertedouro
8 Construções irregulares NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Comentários:

1 – Presença de vegetação: é possível o apa- 7 – Erosão na área a jusante do vertedouro:


recimento de árvores e arbustos nos canais de na saída do canal de restituição, pode aparecer
aproximação e restituição. Registrar a presença erosão regressiva, que se desenvolve de jusante
de vegetação, indicando densidade e dimen- para montante, principalmente na base do canal.
sões. Fazer uso do espaço para comentários.
8 – Construções irregulares: algumas constru-
2 – Obstrução ou entulhos: pode ocorrer que- ções podem ser identificadas nessa situação.
da de barreiras laterais nos canais de aproxi- São edificações, cercas, estradas e aterros que
mação e restituição, obstruindo o sangradouro. certamente apresentam problemas quando o
açude está sangrando ou mesmo não podem
Fazer uso do espaço destinado aos comentá-
permanecer ali por motivos legais. Fazer uso
rios para informar o grau de obstrução.
do espaço para comentários e, se possível,
3 – Desalinhamento dos taludes e muros especificar para cada construção o tipo, a área
laterais: com sangradouro em corte elevado, construída, a proximidade do leito do rio e da
podem aparecer problemas nos taludes do barragem, de tal forma que fique caracterizada
corte. Os muros laterais, por sua vez, podem a posição do imóvel.
apresentar desalinhamento, seja por problemas A Figura 1.23 apresenta uma vista geral e as
na fundação, seja por esforço excessivo sobre estruturas vertentes da barragem de Three
os muros pelo solo que tentam conter. Gorges (Três Gargantas), na China.
4 – Ferragem do concreto exposta: por meio
de algum processo físico, principalmente,
a ferragem do concreto pode ficar exposta.
Especificar de forma detalhada tal exposição.

5 – Erosões ou escorregamentos nos taludes


laterais: verificar a presença de erosões ou es-
corregamentos nos taludes laterais. Identificar
a posição da anomalia. Registrar.

6 – Erosão na base dos canais escavados:


Figura 1.23. Vista geral da barragem de Three Gorg-
canais escavados, dependendo do tipo de es (China).
material, podem apresentar erosão. Fonte: COBA.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
117
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

C.2 Estrutura Vertente

Fissuras (trincas ou rachadu-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ras) no concreto
Ferragem do concreto
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da superfície do
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

4 Descalçamento da estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Juntas de dilatação danifi-


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cadas
Sinais de deslocamento das
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
estruturas
Fissuras (trincas ou rachadu-
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ras) nos muros laterais
Erosão nos contatos dos
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
muros
Sinais de percolação ou
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
áreas úmidas

Carreamento de material na
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água dos drenos

Vazão nos drenos de con-


11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
trole

Deterioração da superfície do
12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto dos muros

Comentários:

1 – Fissuras (trincas ou rachaduras) no con- é possível que as juntas sejam danificadas.


creto: a estrutura vertente pode apresentar Especificar o grau dos danos, sua localização
fissuras no concreto, principalmente na região etc.
das vigas munhões. Especificar, de forma
6 – Sinais de deslocamento das estruturas:
detalhada, a localização precisa da anomalia,
qualquer sinal de movimento da estrutura deve
dimensões e orientação.
ser reportado.
2 – Ferragem do concreto exposta: por meio
7 – Fissuras (trincas ou rachaduras) nos
de algum processo físico, principalmente,
muros laterais: em geral, por problemas na
a ferragem do concreto pode ficar exposta.
fundação dos muros, podem aparecer fissuras
Especificar de forma detalhada tal exposição. no concreto. Esses problemas são importantes
Registrar. para sua estabilidade. Fazer uso do espaço
3 – Deterioração da superfície do concreto: destinado aos comentários, para deixar a
verificar qualquer alteração na superfície do questão bem esclarecida.
concreto na estrutura vertente. Identificar local 8 – Erosão nos contatos dos muros: erosão
e grau de deterioração. Registrar. pode aparecer principalmente devido ao es-
coamento da água de chuva. Especificar.
4 – Descalçamento da estrutura: por algum
processo erosivo ou de fuga de material, pode 9 – Sinais de percolação ou áreas úmidas:
haver descalçamento da estrutura vertente. verificar sinais de percolação de água ou áreas
Indicar com precisão o local e a dimensão. úmidas na estrutura vertente. Identificar local e
Registrar. intensidade da anomalia.

5 – Juntas de dilatação danificadas: por 10 – Carreamento de material na água dos


movimentos da estrutura ou por ação externa, drenos: verificar carreamento de material na

118 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
água dos drenos. De alguma forma, definir a inferiores à metade ou se existe apenas filete
granulometria do material carreado, se é argi- de água. Registrar.
loso, arenoso etc. Registrar.
12 – Deterioração da superfície do concreto dos
11 – Vazão nos drenos de controle: verificar muros: verificar qualquer alteração na superfí-
vazão nos drenos de controle. De algum modo, cie do concreto nos muros laterais. Identificar
indicar se os drenos estão plenos, pela metade, local e grau de deterioração. Registrar.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
C. 3 Comportas do Vertedouro
Peças fixas (corrosão,
1 amassamento da guia e NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
falha na pintura)
Estrutura (corrosão,
2 amassamento e falha na NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pintura)
Defeito nas vedações (va-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
zamento)
Defeito nas rodas (compor-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ta-vagão)

Defeito nos rolamentos,


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
buchas e retentores

Defeito no ponto de iça-


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento
Água estagnada nos braços
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
da comporta
Vegetação sobre a estrutu-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ra metálica
Comentários:

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento da 5 – Defeito nos rolamentos, buchas e reten-


guia e falha na pintura): verificar quanto ao tores: verificar defeitos nos rolamentos quanto
estado de conservação das peças fixas, corro- ao seu funcionamento, ferrugem, corrosão etc.
são, amassamento de guias e estado geral da Se houver buchas, verificar sua integridade, cir-
pintura (se for o caso). Especificar. cularidade, espessura não uniforme indicando
desgaste etc.
2 – Estrutura (corrosão, amassamento e
falha na pintura): verificar a estrutura da com- 6 – Defeito no ponto de içamento: o ponto
porta, quanto à corrosão, amassamentos, furos de içamento da comporta é de vital impor-
e defeitos na pintura (ou ausência). Especificar tância para seu acionamento. Verificar cuida-
local e detalhar. dosamente quanto à sua integridade, se há
corrosão, se apresenta algum desgaste, se sua
3 – Defeito nas vedações (vazamento): verifi-
fixação na comporta não está comprometida
car vedações quanto a vazamentos. Especificar
etc. Especificar.
local e intensidade do vazamento.
7 – Água estagnada nos braços da comporta:
4 – Defeito nas rodas (comporta-vagão): ve-
verificar a presença de áreas úmidas. Identificar,
rificar sistema de deslizamento das comportas.
localizar e, se possível, quantificar. Registrar.
Se for de rodas, verificar seu estado quando
estiver girando, se possível. Especificar. 8 – Vegetação sobre a estrutura metálica:
verificar a existência de vegetação. Identificar
seu porte, se rasteira ou de caule. Registrar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
119
A Figura 1.24 ilustra a descarga no vertedouro
da barragem de Itaipu.

Figura 1.24. Vertedouro da barragem de Itaipu


(Brasil).
Fonte: COBA.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.4 Muros Laterais

1 Erosão na fundação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Erosão nos contatos


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dos muros
Fissuras (trincas
3 ou rachaduras) no NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Ferragem do concreto
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da su-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
perfície do concreto
Comentários:

1 – Erosão na fundação: erosão na funda- 3 – Fissuras (trincas ou rachaduras) no con-


ção dos muros laterais atenta contra sua creto: os muros podem apresentar fissuras no
estabilidade. Especificar e detalhar quanto à concreto. Especificar, de forma detalhada, a
sua intensidade. Em geral, por problemas na localização precisa da anomalia, dimensões e
fundação dos muros, podem aparecer fissuras orientação.
no concreto. Esses problemas são importantes
4 – Ferragem do concreto exposta: por meio
para sua estabilidade. Fazer uso do espaço
de algum processo físico, principalmente,
destinado aos comentários, para deixar a
a ferragem do concreto pode ficar exposta.
questão bem esclarecida.
Especificar de forma detalhada tal exposição.
2 – Erosão nos contatos dos muros: erosão
5 – Deterioração da superfície do concreto:
pode aparecer principalmente devido ao es-
o concreto pode apresentar sinais de fissuras,
coamento da água de chuva. Especificar.
desgastes etc. Reportar qualquer situação de
anormalidade.

120 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.5 Rápido/Bacia Amortecedora

Fissuras (trincas ou racha-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
duras) no concreto (muro)
Ferragem do concreto
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
exposta
Deterioração da superfície
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Ocorrência de buracos na
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
soleira

5 Erosão NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Presença de entulho na
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
bacia
Falha no enrocamento de
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção
Presença de vegetação na
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
bacia
Comentários:

1 – Fissuras (trincas ou rachaduras) no Identificar posição e dimensões, como diâme-


concreto (muros): a bacia amortecedora e os tro aproximado, profundidade etc. Registrar.
muros laterais podem apresentar fissuras no
5 – Erosão: verificar algum tipo de erosão na
concreto. Especificar, de forma detalhada, a
bacia de amortecimento. Registrar local e
localização precisa da anomalia, dimensões e
intensidade.
orientação. Registrar.
6 – Presença de entulho na bacia: verificar a
2 – Ferragem do concreto exposta: por meio
presença de entulho ou qualquer outro material
de algum processo físico, principalmente,
estranho dentro da bacia de amortecimento.
a ferragem do concreto pode ficar exposta.
Se possível, identificar a origem. Registrar.
Especificar de forma detalhada tal exposição.
Registrar. 7 – Falha no enrocamento de proteção:
verificar falhas no enrocamento de proteção.
3 – Deterioração da superfície do concreto:
Quantificar, de alguma forma, a anomalia.
verificar qualquer alteração na superfície do
Registrar.
concreto. Identificar local e grau de deteriora-
ção. Registrar. 8 – Presença de vegetação na bacia: verifi-
car a presença de algum tipo de vegetação.
4 – Ocorrência de buracos na soleira: podem
Identificar se é rasteira, arbustiva e o porte.
aparecer, no fim do período de funcionamento,
Quantificar. Registrar.
buracos no concreto da bacia amortecedora.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
121
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

D TOMADA DE ÁGUA

D.1 Acionamento

Hastes (travada ou man-


1 cal, corrosão e empena- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento)
Base dos mancais (cor-
2 rosão, falta de chumba- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dores)

3 Corrosão nos mancais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falhas nos chumbadores,


4 lubrificação e pintura do NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pedestal
Falta de indicador de
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
abertura

6 Falta de volante NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Hastes (travada no mancal, corrosão e 3 – Corrosão nos mancais: Os mancais devem


empenamento): verificar o acionamento das apresentar-se livres de corrosão. Verificar seu
hastes. Verificar se há algum tipo de retenção estado de conservação. Especificar.
que impeça o movimento da haste e se há
4 – Falhas nos chumbadores, lubrificação
presença de corrosão ou algum desgaste. O
e pintura do pedestal: verificar o pedestal
alinhamento da haste deve ser verificado, pois
quanto à sua fixação (chumbadores), lubrifi-
seu empenamento pode causar sua retenção
cação, pintura e estado geral de conservação.
e sua ruptura quando se tentar movimentá-la.
Especificar.
Especificar.
5 – Falta de indicador de abertura: verificar a
2 – Base dos mancais (corrosão, falta de
existência do indicador de abertura. Registrar.
chumbadores): os mancais devem ser verifi-
cados quanto à sua fixação (bases), se estão 6 – Falta de volante: Verificar a existência de
corroídos etc. Especificar. volante. Tecer comentários sobre o tempo de
ausência do volante, se for o caso. Especificar.

122 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

D.2 Comportas

Peças fixas (corrosão, amas-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
samento, pintura)

Estrutura da comporta
2 (corrosão, amassamento, NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pintura)
Defeito nas vedações (vaza-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento)

Defeito nas rodas (comporta-


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
vagão, se aplicável)

Defeito nos rolamentos ou


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
buchas e retentores

6 Defeito no ponto de içamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento, pin- estado quando estiver girando, se possível.
tura): verificar o estado de conservação das Especificar.
peças fixas, quanto à corrosão, amassamento
de guias e estado geral da pintura (se for o 5 – Defeito nos rolamentos ou buchas e
caso). Especificar. retentores: verificar defeitos nos rolamentos,
quanto ao seu funcionamento, ferrugem, cor-
2 – Estrutura da comporta (corrosão, amas-
rosão etc. Se houver buchas, verificar sua inte-
samento, pintura): verificar a estrutura da
comporta quanto à corrosão, amassamentos, gridade, circularidade, espessura não uniforme
furos e defeitos na pintura (ou ausência). indicando desgaste etc. Especificar.
Especificar o local e detalhar.
6 – Defeito no ponto de içamento: o ponto
3 – Defeito nas vedações (vazamento): verifi- de içamento da comporta é de vital impor-
car vedações quanto a vazamentos. Especificar tância para seu acionamento. Verificar cuida-
local e intensidade do vazamento. dosamente quanto à sua integridade, se há
4 – Defeito nas rodas (comporta-vagão, se corrosão, se apresenta algum desgaste, se sua
aplicável): verificar sistema de deslizamento fixação na comporta não está comprometida
das comportas. Se for de rodas, verificar seu etc. Especificar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
123
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
D.3 Poço de Acionamento

Falta de guarda-corpo na
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
escada de acesso

Deterioração do guarda-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corpo na escada de acesso

Deterioração da tampa de
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
acesso ao abrigo

Deterioração da tubulação
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de aeração e bypass

Deterioração da instalação
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de controle (pedestal)

Comentários:

1 – Falta de guarda-corpo na escada de aces- corrosão, o estado de conservação da pintura e


so: verificar se há guarda-corpo na escada de dobradiças (se houver) etc.
acesso (se existir). Se não há guarda-corpo,
4 – Deterioração da tubulação de aeração e
informar se já houve. Explicar. bypass: verificar o estado de conservação da
tubulação de aeração e bypass, pinturas, regis-
2 – Deterioração do guarda-corpo na escada
tros e acoplamentos. Definir o grau de deterio-
de acesso: verificar estado de conservação do
ração. Usar espaço destinado aos comentários.
guarda-corpo na escada de acesso. Se possível,
informar grau de deterioração, falta de pintura 5 – Deterioração da instalação de controle
etc. Explicar. (pedestal): verificar o estado de conservação
da instalação de controle. Se possível, realizar
3 – Deterioração da tampa de acesso ao abri- alguma manobra ou teste, desde que não com-
go: verificar a existência da tampa de acesso ao prometa a operação do sistema. Usar espaço
poço de acionamento. Registrar a existência de destinado aos comentários.

124 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

D.4 Boca de Entrada e Stop-Log

1 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Obstrução e entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Ferragem exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração na superfície do
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

5 Falta de grade de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Defeito na grade NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Peças fixas (corrosão, amas-


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
samento, pintura)

Estrutura do stop-log (corro-


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
são, amassamento, pintura)

Defeito no acionamento do
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
stop-log
Defeito no ponto de iça-
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento
Comentários:

1 – Assoreamento: indicar se há algum tipo de à pintura (se for o caso), corrosão e hastes
transporte ou acúmulo de material na entrada quebradas. Explicar.
da caixa de montante. Usar espaço destinado
aos comentários. 7 – Peças fixas (corrosão, amassamento,
pintura): verificar o estado de conservação
2 – Obstrução e entulhos: verificar se há al- das peças fixas, referente à pintura, corrosão,
gum tipo de entulho ou obstrução na entrada
amassamento de guias ou qualquer outra ano-
da caixa de montante. Especificar.
malia. Explicar detalhadamente.
3 – Ferragem exposta: verificar o estado de
8 – Estrutura do stop-log (corrosão, amas-
conservação da estrutura de concreto quanto
samento, pintura): verificar a estrutura do
à existência de ferragem exposta. Indicar lo-
calização, extensão e grau de exposição. Usar stop-log quanto à pintura, corrosão, amassa-
espaço destinado aos comentários. mento ou qualquer outra anomalia existente.
Exemplificar.
4 – Deterioração na superfície do concreto:
verificar deterioração na superfície da estru- 9 – Defeito no acionamento do stop-log: ve-
tura de concreto. Indicar localização e exten- rificar o estado de conservação e operação no
são dos danos. Usar espaço destinado aos acionamento do stop-log. Detalhar.
comentários.
10 – Defeito no ponto de içamento: o
5 – Falta de grade de proteção: verificar a ponto de içamento do stop-log é de vital
existência da grade de proteção. Identificar se importância para seu acionamento. Verificar
já houve grade de proteção. Usar espaço para
cuidadosamente quanto à sua integridade, se
comentários.
há corrosão, se apresenta algum desgaste, se
6 – Defeito na grade: verificar o estado de sua fixação no stop-log não está comprometi-
conservação da grade de proteção, referente da etc. Especificar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
125
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

D.5 Galeria da Tomada de Água

Corrosão e vazamentos na
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tubulação
Sinais de abrasão ou cavi-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tação

3 Defeito nas juntas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Deformação do conduto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Desalinhamento do conduto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Vazamento nos dispositivos


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de controle
Comentários:

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: soldadas, verificar a espessura do cordão de


verificar com extremo cuidado o estado de solda, sua integridade, algum tipo de corrosão
conservação da tubulação que compõe a etc. Detalhar.
galeria. Identificar, com precisão, vazamentos,
4 – Deformação do conduto: verificar qualquer
corrosão, afundamentos ou qualquer outra
tipo de deformação na tubulação. Explicar.
anomalia que venha a ser constatada. Fazer
uso do espaço destinado aos comentários. 5 – Desalinhamento do conduto: o desali-
nhamento do conduto pode comprometer a
2 – Sinais de abrasão ou cavitação: materiais
estabilidade. Identificar possíveis desalinha-
arrastados pela corrente líquida podem provo-
mentos. Localizar e, de algum modo, quantifi-
car algum tipo de abrasão na tubulação. Altas
car (ângulo, por exemplo). Detalhar.
velocidades da água podem provocar cavita-
ção na tubulação. Verificar a existência desses 6 – Vazamento nos dispositivos de controle:
dois efeitos do funcionamento incorreto da verificar os dispositivos de controle quanto a
galeria. Fazer uso do espaço para comentários. vazamentos. De alguma forma, quantificar.
Detalhar.
3 – Defeito nas juntas: verificar o estado de
conservação das juntas da tubulação. Se forem

126 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/ ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

D.6 Estrutura de Saída

Corrosão e vazamentos na
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tubulação
2 Ruídos estranhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Defeito nos dispositivos de
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
controle
Fissuras (trincas ou rachadu-
4 ras) ou surgências de água no NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Precariedade de acesso (árvo-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
res e arbustos)
Vazamento nos dispositivos de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
controle
Construções irregulares a
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
jusante
Falta de drenagem da caixa de
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
válvulas
Presença de entulho dentro da
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
caixa de válvulas

10 Defeito na cerca de proteção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: de água na parte de concreto (se existirem).


verificar com extremo cuidado o estado de con- De alguma forma, quantificar (por exemplo,
servação da tubulação na saída. Identificar, com somente úmido ou com algum filete de escoa-
precisão, vazamentos, corrosão, afundamentos mento), para que se possa ter uma ideia do
ou qualquer outra anomalia que venha a ser grau de surgência. Detalhar.
verificada. Fazer uso do espaço destinado aos
comentários. 5 – Precariedade de acesso (árvores e ar-
bustos): verificar a acessibilidade da estrutura
2 – Ruídos estranhos: quando do mau fun-
de saída. Identificar se é de fácil acesso, se
cionamento dos equipamentos na estrutura
apresenta alguma dificuldade ou se é de difícil
de saída, alguns ruídos podem ser ouvidos.
acesso. Detalhar.
Algum objeto preso na saída, gavetas de regis-
tro danificadas, sedes das gavetas gastas ou 6 – Vazamento nos dispositivos de controle: ve-
mesmo cavitação etc. podem provocar ruídos
rificar os dispositivos de controle quanto a vaza-
estranhos. Tentar identificar com precisão a
mentos. De alguma forma, quantificar. Detalhar.
causa dos ruídos. Detalhar.
7 – Construções irregulares a jusante: verificar
3 – Defeito nos dispositivos de controle:
a existência de algum tipo de construção que
verificar o funcionamento dos dispositivos
possa comprometer a integridade e o acesso
de controle instalados na saída da galeria. Se
possível, identificar o dispositivo e os possíveis da estrutura de saída. Detalhar.
defeitos. Detalhar.
8 – Falta de drenagem da caixa de válvulas:
4 – Fissuras (trincas ou rachaduras) ou verificar a caixa das válvulas (se houver) quan-
surgências de água no concreto: verificar a to à drenagem, se há algum acúmulo de água
presença de fissuras (Figura 1.25) e surgências etc. Detalhar.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
127
9 – Presença de entulho dentro da caixa de
válvulas: verificar a caixa de válvulas quanto à
limpeza, como também à presença de lixo, de pe-
dras ou outro material qualquer estranho ao meio.

10 – Defeito na cerca de proteção: verificar a


existência de cerca de proteção. Seu estado de
conservação deve ser reportado. A ausência
de estacas e fios de arame deve ser registrada.
Detalhar.

Figura 1.25. Fissura subvertical de origem térmica


(e = 2,0 mm), no paramento de jusante de uma
barragem.
Fonte: SBB Engenharia.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

E RESERVATÓRIO

Réguas danificadas ou
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
faltantes
Construções em áreas de
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
proteção
Poluição por esgoto, lixo,
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pesticida etc.
Indícios de má qualidade
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
da água

5 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Assoreamento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desmoronamento nas
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens
Existência de vegetação
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
aquática excessiva
Desmatamentos na área
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de proteção
Presença de animais e
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
peixes mortos

11 Animais pastando NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

128 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
1 – Réguas danificadas ou faltantes: as réguas assoreamento, que, em geral, é verificado com
que indicam o nível de água no reservatório precisão por meio de batimetria do lago. Na
são importantes para o acompanhamento inspeção, informar se há algum vestígio ou
das variações do volume de água. A gestão informação a respeito.
do reservatório tem por base a leitura dessas
7 – Desmoronamento nas margens: se as
réguas. Em geral, há mais de um lance de
margens são muito íngremes, pode ocorrer
réguas em posições que acompanham o abai-
algum tipo de desmoronamento. Verificar sua
xamento do nível de água. Fazer uso do espaço
existência real ou potencial.
reservado aos comentários.
8 – Existência de vegetação aquática exces-
2 – Construções em áreas de proteção: às
siva: vegetação aquática excessiva é sinônimo
vezes, são construídas, na área de proteção,
de desequilíbrio biológico no reservatório.
algumas estruturas para lazer, criação de ani-
Especificar o grau de cobertura vegetal da su-
mais ou mesmo moradia. Essas construções
perfície da água e o tipo de planta.
devem ser reportadas e especificadas.
9 – Desmatamentos na área de proteção:
3 – Poluição por esgoto, lixo, pesticidas etc.:
verificar se há algum tipo de desmatamento na
verificar a existência de algum tipo de lança-
área de proteção do reservatório. Especificar
mento poluidor no reservatório. Especificar e
local e dimensão.
quantificar.
10 – Presença de animais e peixes mortos:
4 – Indícios de má qualidade da água: regis-
peixes mortos no reservatório indicam algum
trar a existência de indícios de má qualidade
desequilíbrio biológico. Informar tipo e, se pos-
da água do reservatório, como coloração ou
sível, quantidade aproximada. Outros animais
mesmo odor desagradável.
podem aparecer mortos, também, por afoga-
5 – Erosões: verificar se há algum tipo de mento. Especificar e quantificar.
erosão que transporte material para dentro do
11 – Animais pastando: a presença de animal
reservatório. Especificar e localizar.
pastando na área do reservatório deve ser
6 – Assoreamento: o transporte de mate- identificada. Especificar o tipo de animal,
rial para dentro do reservatório causa seu quantidade, frequência etc.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
129
FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

F REGIÃO A JUSANTE DA BARRAGEM

Sinais de movimento
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na rocha de fundação

Desintegração/decom-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
posição da rocha
Piping nas juntas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
rochosas
Construções irregula-
4 res próximas ao leito NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do rio
Vazamento (fuga de
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água) nas ombreiras
Árvores e arbustos na
6 faixa de 10 m do pé da NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
barragem
Erosão nos encontros
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
das ombreiras
Cavernas e buracos
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
nas ombreiras
Comentários:

1 – Sinais de movimento na rocha de funda- nas interfaces concreto-ombreira ou mesmo


ção: verificar sinais de movimento na rocha no maciço. Fazer uso do espaço destinado aos
de fundação na parte a jusante da barragem. comentários.
Reportar detalhadamente qualquer anomalia
6 – Árvores e arbustos na faixa de 10 m do
que caracterize mudança no terreno (rocha)
pé da barragem: é importante verificar a exis-
natural. Registrar.
tência de árvores e arbustos na faixa indicada,
2 – Desintegração/decomposição da rocha: pois eles dificultam a inspeção e identificação
é possível, por meio de inspeção puramente de problemas a jusante da barragem.
visual, identificar rocha em decomposição.
7 – Erosão nos encontros das ombreiras:
Reportar de forma detalhada. Registrar.
verificar se há algum tipo de erosão nos en-
3 – Piping nas juntas rochosas: verificar a contros das ombreiras a jusante da barragem.
presença de piping nas juntas das rochas. Identificar com precisão e quantificar quanto à
Identificar e localizar com precisão. extensão, profundidade e localização (próxima
à base, no meio ou no alto). Registrar.
4 – Construções irregulares próximas ao
leito do rio: verificar construção de qualquer 8 – Cavernas e buracos nas ombreiras: é
natureza próxima ao leito do rio. Localizar e possível o aparecimento de buracos e mesmo
quantificar, descrevendo o tipo da construção: cavernas nas ombreiras. Identificar e registrar
casa, cercas, currais, tanques etc. Registrar. a dimensão dessas anomalias, a presença e
intensidade de fluxo de água, bem como a
5 – Vazamento (fuga de água) nas ombreiras:
possibilidade de seu crescimento resultar em
é possível o aparecimento de fuga de água ou
comunicação com o lago a montante.
umidade excessiva na parte a jusante da bar-
ragem. Esse fluxo pode ter origem na fundação,

130 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
A Figura 1.26 apresenta uma vista geral da
região a jusante da barragem de Alqueva.

Figura 1.26. Vista geral da barragem de Alqueva


(Portugal) – região a jusante.
Fonte: COBA.

FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM DE CONCRETO

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

G MEDIDOR DE VAZÃO

Ausência da placa medidora


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de vazão

2 Corrosão da placa NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Defeito no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta de escala de leitura de


4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
vazão
Assoreamento da câmara
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de medição

6 Erosão a jusante do medidor NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

1 – Ausência da placa medidora de vazão: ve- 4 – Falta de escala de leitura de vazão: veri-
rificar a existência da placa medidora de vazão ficar a existência da escala de leitura e, na sua
e, na sua ausência, se nunca existiu. Esclarecer. ausência, se nunca existiu.

2 – Corrosão da placa: verificar o estado de 5 – Assoreamento da câmara de medição:


conservação da placa e detalhes na escala de verificar a presença de material (areia, barro,
medição. Se for o caso, descrever o estado da pedregulho) dentro da câmara de medição.
pintura. Detalhar. Detalhar.

3 – Defeito no concreto: verificar a integridade 6 – Erosão a jusante do medidor: verificar


do concreto. Registrar alguma exposição de se há erosão a jusante do medidor que possa
ferragem, se for o caso. Fissuras (trincas ou fis- ameaçar a estabilidade da estrutura do medi-
suras) e deslocamentos devem ser registrados. dor. Registrar, indicando o porte das erosões e
Detalhar. o nível de risco à estrutura.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
131
H) OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES • tabelas A1 a A9 correspondentes à inspeção
da casa de força/área de montagem, desig-
Ao preencher a ficha de inspeção, é possível
nadamente: A1 – Piso da Sala de Máquinas e
que algum elemento estrutural ou anomalia
Área de Montagem; A2 – Paredes da Casa de
não esteja contemplado nos diversos qua-
Força e Área de Montagem; A.3 – Cobertura
dros detalhados. Como sugestão, quando da
da Casa de Força e Área de Montagem;
identificação dessas situações, registrá-las no
A4 – Galerias – Elétrica, Mecânica, Acesso
item OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES.
ao Tubo de Seção Anelar; A5 – Galerias de
A colaboração do responsável pelo preenchi-
Drenagem e Injeção; A6 – Instrumentação;
mento deste item da ficha é extremamente im-
A7 – Tubo de Sucção; A8 – Acabamento e
portante no sentido de aprimorar a inspeção,
Instalações; A9 – Canal de Fuga;
reforçando sua credibilidade e demonstrando
a abrangência do trabalho realizado. • tabela B – Descarregador de Fundo – Galeria;
• tabelas C1 a C6 correspondentes à eclusa,
I) SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
designadamente: C.1 – Parte a Montante da
Ainda, no item SUGESTÕES E Câmara; C.2 – Parte a Jusante da Câmara;
RECOMENDAÇÕES, devem ser registradas C.3 – Galerias; C.4 – Câmara de Eclusa/
todas as sugestões e recomendações que Muros; C.5 – Instrumentação; C6 – Pontes
podem melhorar a realização da inspeção e a Sobre a Eclusa;
própria ficha, assim como tudo que pode ser • tabela D – Edifícios de Comando, Salas,
útil à operação, à manutenção e à segurança Estação de Tratamento de Água, Estação
da barragem. de Tratamento de Esgoto, Guarita;
• tabela E – Escada para Peixes;
1.3.5 FICHA DE INSPEÇÃO DE USINAS
HIDRELÉTRICAS • tabelas F1 e F2 correspondentes às ombreiras,
designadamente: F1 – Ombreiras a Montante
As fichas de inspeção apresentadas foram até 200 m; F2 – Ombreiras a Jusante até 200
adaptadas do Relatório de avaliação e propo- m;
sição de modelo de ficha de inspeção regular
• tabela G – Pátios;
de segurança de barragem (KUPERMAN,
2011) e contemplam a casa de força e área • tabela H – Plataforma dos Transformadores;
de montagem, o descarregador de fundo, a • tabela I – Poço de Drenagem;
eclusa, as edificações, a escada de peixes,
• tabelas J1 a J3 correspondentes ao sis-
as ombreiras, os pátios, a plataforma dos
tema anti-incêndio, designadamente:
transformadores, o poço de drenagem, o
J.1 – Paredes Corta-Fogos; J.2 – Bacia de
sistema anti-incêndio, as paredes corta-fogos,
Contenção; J.3 – Caixa Separadora de Óleo;
a bacia de contenção de óleo, a caixa separa-
dora de óleo, a subestação, os túneis e o verte- • tabela K – Subestação –Acabamentos e
douro tulipa. Paisagismo;

Essas fichas se aplicam no caso de inspeções • tabela L – Túneis;


de barragens que possuem geração de energia • tabela M – Vertedouro Tulipa – Galeria de
hidrelétrica. Descarga.
A ficha de inspeção contém nas tabelas os O conteúdo dessas fichas de inspeção pode ser
seguintes códigos em sua primeira célula: considerado mínimo, devendo ser adaptado
para cada barragem e usina.

132 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
Inspeção efetuada por:
Data:
Nível do reservatório:
Estado do tempo:
FOTO

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A CASA DE FORÇA/ÁREA DE MONTAGEM

A.1 Piso da Sala de Máquinas e Área de Montagem

1 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da su-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
perfície do concreto
Sinais de movimen-
4 to da estrutura de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto
Deformação de
5 estruturas e tampas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
metálicas
Movimentação de
6 estruturas e tampas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
metálicas
Desalinhamento de
7 corrimões e estru- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
turas
Corrosão de estru-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
turas
Deterioração da
9 superfície de revesti- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mentos
Sinais de percolação
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou áreas úmidas
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A.2 Paredes da Casa de Força e Área de Montagem

1 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da su-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
perfície do concreto
Sinais de percolação
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou áreas úmidas
Defeito nas juntas de
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
contração
Sinais de deformação
6 ou deslocamento da NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
estrutura
Deformações ou desa-
7 linhamento das vigas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do pórtico
Comentários:

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
133
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

A.3 Cobertura da Casa de Força e Área de Montagem

1 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Infiltração de água pela
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cobertura
Obstrução de calhas e
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
condutores
Impermeabilização danifi-
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cada
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP

A.4 Galerias – Elétrica, Mecânica, Acesso ao Tubo de Seção Anelar

Deterioração da superfície
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Surgências de água no
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

3 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Falta de iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nas instalações


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
elétricas
Falta de ventilação/exaus-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tão

Sinais de corrosão em equi-


9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pamentos mecânicos

Incidência de carbonatação
10 em equipamentos eletro- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mecânicos
Presença de lixo, entulho e
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pedras
Sinais de percolação ou
12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
áreas úmidas
Comentários:

134 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A.5 Galerias de Drenagem e Injeção

1 Indicação de movimentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Surgências de água no
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

4 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração do portão de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
acesso

7 Drenos obstruídos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Precariedade de acesso à
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
galeria

9 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

10 Falta de iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nas instalações


11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
elétricas
Falta de ventilação/exaus-
12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tão
Presença de lixo, entulho e
13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
pedras
Sinais de percolação ou
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
áreas úmidas

Carreamento de material na
15 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
água dos drenos

Vazão nos drenos de


16 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
controle
Vazão elevada nos drenos
17 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de alívio
Comentários:

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
135
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A.6 Instrumentação

Acesso precário aos instru-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mentos

2 Falta de sinalização NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Piezômetros entupidos ou
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
defeituosos
Manômetros com sinais de
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corrosão
Marcos de referência dani-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ficados

Tampas de proteção danifi-


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cadas ou corroídas

Água incidindo sobre medi-


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dores triortogonais

Extensômetros de hastes
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
com surgência de água

Medidores de vazão defei-


9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tuosos
Ausência de placa medido-
10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ra de vazão
Corrosão da placa medido-
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ra de vazão

Falta de escala de leitura


12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
no medidor de vazão

Assoreamento da câmara
13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de medição
Outros instrumentos dani-
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ficados

15 Falta de instrumentação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta de registros de leitura


16 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dos instrumentos

Limpeza deficiente do
17 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
instrumento
Painéis ou terminais defei-
18 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tuosos
Comentários:

136 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A.7 Tubo de Sucção

1 Fissuras na estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Desalinhamento das guias
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
das comportas

5 Corrosão das guias NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Deformações das guias NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nos concretos


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
secundários das guias

Desalinhamento dos
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
trilhos do guindaste

Corrosão de chumbadores
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
e trilhos do guindaste

Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

A.8 Acabamentos e Instalações

1 Defeito nos revestimentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Manchas de umidade nas


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
paredes
Fissuras nas alvenarias e
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
revestimentos

4 Defeito nos caixilhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Defeito nos pisos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nas instalações


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
elétricas
Defeito nas instalações
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
hidráulicas
Defeito nas instalações
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
sanitárias
Comentários:

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
137
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
A.9 Canal de Fuga

1 Taludes íngremes NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Assoreamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta de proteção nas


3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens
Desmoronamento nas
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens

5 Erosões nas margens NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desalinhamento de talu-
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
des ou muros

7 Construções irregulares NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Existência de detritos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Proteção de talude dani-


9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ficada
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
B DESCARREGADOR DE FUNDO – GALERIA

1 Obstrução/entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Presença de vegetação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

3 Assoreamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

4 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Ocorrência de fissuras no
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

6 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Existência de habitação
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
animal
Surgências de água em
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
juntas de contração
Comentários:

138 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C ECLUSA

C.1 Parte a Montante da Câmara

Fissuras na estrutura dos


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
muros

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Juntas de contração
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificadas
Desalinhamento dos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
blocos
Desalinhamento das
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guias das comportas

Defeito nos concretos


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
secundários das guias

Corrosão nas grades e


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guarda-corpos
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.2 Parte a Jusante da Câmara

Fissuras na estrutura dos


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
muros

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfí-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cie do concreto
Juntas de contração
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificadas
Desalinhamento dos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
blocos
Desalinhamento das
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guias das comportas

Defeito nos concretos


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
secundários das guias

Corrosão nas grades e


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guarda-corpos
Comentários:

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
139
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.3 Galerias

1 Indicação de movimentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Surgências de água no
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
concreto

4 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração do portão de
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
acesso

7 Drenos obstruídos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Precariedade de acesso à
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
galeria

9 Falta de manutenção NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

10 Falta de iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nas instalações


11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
elétricas
Falta de ventilação/exaus-
12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tão
Presença de lixo, entulho
13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
e pedras
Sinais de percolação ou
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
áreas úmidas

Carreamento de material
15 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na água dos drenos

Vazão nos drenos de


16 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
controle
Vazão elevada nos drenos
17 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de alívio
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
C.4 Câmara de Eclusa/Muros
Fissuras na estrutura dos
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
muros

2 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfície
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
do concreto
Juntas de contração
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificadas
Desalinhamento dos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
blocos

Defeito nos concretos


6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
secundários das guias

Corrosão nas grades e


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guarda-corpos
Infiltração de água pelas
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
paredes
Comentários:

140 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

C.5 Instrumentação

Acesso precário aos


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
instrumentos
Piezômetros entupidos
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou defeituosos
Manômetros com sinais
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de corrosão
Marcos de referência
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificados
Medidores de vazão
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
defeituosos
Ausência de placa medi-
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dora de vazão
Corrosão da placa medi-
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dora de vazão

Falta de escala de leitura


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
no medidor de vazão

Assoreamento da câma-
9 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ra de medição

Água incidindo sobre me-


10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
didores triortogonais

Extensômetros de hastes
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
com surgência de água

12 Falta de sinalização NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Tampas de proteção da-


13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
nificadas ou corroídas

Outros instrumentos
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificados

15 Falta de instrumentação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Falta de registros de lei-


16 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tura dos instrumentos

Limpeza deficiente do
17 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
instrumento
Painéis ou terminais
18 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
defeituosos
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
C.6 Pontes Sobre a Eclusa

1 Fissuras na estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Armadura e/ou cabos


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
expostos

3 Defeito no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da superfí-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cie do concreto
Deformações da estru-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tura

6 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Drenagem ineficiente NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeitos no guarda-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corpo

9 Presença de vegetação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
141
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
EDIFÍCIO DE COMANDO, SALAS, ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA, ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGO-
D
TO, GUARITA
Armadura exposta ou
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
sinais de corrosão

Deterioração da superfí-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cie de revestimentos

Sinais de percolação ou
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
áreas úmidas

4 Fissuras na alvenaria NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

5 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito em instalações
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
hidrossanitárias

7 Defeito nos caixilhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Defeito nas esquadrias NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Falhas na iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Defeito nas instalações


10 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
elétricas
Existência de habitação
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
animal

12 Existência de detritos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

E ESCADA PARA PEIXES

Fissuras na estrutura
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dos muros
Armadura exposta ou
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
sinais de corrosão
Deterioração da superfí-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cie do concreto
Juntas de dilatação
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
danificadas
Desalinhamento dos
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
blocos
Desalinhamento das
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guias das comportas

Defeito nos concretos


7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
secundários das guias

Corrosão nas grades e


8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
guarda-corpos

9 Surgências de água NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

142 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

F OMBREIRAS

F.1 Ombreiras a Montante até 200 m


Desmatamento na área
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de proteção

2 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desmoronamento nas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens

4 Assoreamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Cavernas e buracos nas


5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras
Erosões nos encontros
6 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
barragem-ombreiras

7 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Fissuras nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
F.2 Ombreiras a Jusante até 200 m
Desmatamento na área
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
de proteção

2 Erosões NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Desmoronamento nas
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
margens
Cavernas e buracos nas
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ombreiras

5 Sinais de movimento NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

6 Fissuras nas ombreiras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Surgências de água e
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
manchas de umidade

8 Árvores e arbustos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

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Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
143
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

G PÁTIOS

Sinais de desmorona-
1 mento nos taludes de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
corte
Sinais de desmorona-
2 mento nos taludes de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
aterro

Falta de drenagem ou
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ineficiência do sistema

Má conservação de
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
canteiros e jardins
Má conservação de vias
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
internas
Má conservação do
6 sistema de iluminação NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
externa
Falta de manutenção
7 das estações de trata- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento de água e esgoto
Áreas úmidas/enchar-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
cadas ou alagadas

9 Surgências de água NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA

LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

H PLATAFORMA DOS TRANSFORMADORES

1 Existência de fissuras NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Existência de desali-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
nhamentos

3 Existência de detritos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Existência de depres-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
sões
Presença de vegeta-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ção

6 Drenagem inadequada NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Pavimento danificado NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

144 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

I POÇO DE DRENAGEM

Armadura exposta ou
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
sinais de corrosão

2 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Sinais de percolação
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ou áreas úmidas
Escada de acesso da-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
nificada ou precária
Existência de habita-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ção animal

6 Existência de detritos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

J SISTEMA ANTI-INCÊNDIO

J.1 Paredes Corta-Fogos

1 Existência de detritos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

2 Fissuras na parede NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Sinais de desloca-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento
Existência de danos
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
na parede
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
J.2 Bacia de Contenção
Sistema de escoa-
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento danificado
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA
J.3 Caixa Separadora de Óleo

1 Existência de detritos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Comentários:

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


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145
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

K SUBESTAÇÃO – ACABAMENTOS E PAISAGISMO

Árvores e arbustos –
1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
necessidade de poda

Gramado sem manu-


2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tenção
Defeito nos alam-
3 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
brados
Defeito na pavimen-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tação dos acessos
Defeito na pavimen-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tação interna
Falta ou defeito de
6 sinalização de adver- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tência
Falta ou defeito na
7 iluminação da subes- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tação
Comentários:

FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA


LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

L TÚNEIS

Blocos de rocha apa-


1 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
rentemente soltos

2 Deformações visíveis NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Movimentação de
3 tirantes e/ou chum- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
badores
Corrosão de cabeça
4 de tirantes e/ou NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
chumbadores
Defeito no concreto
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
projetado

6 Fissuras no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

7 Armaduras expostas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Infiltração de água NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

9 Drenagem ineficiente NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

10 Obstrução/entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Iluminação defi-
11 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ciente
Ventilação inefi-
12 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ciente
Existência de habita-
13 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ção animal
Comentários:

146 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
FICHA DE INSPEÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA
LOCALIZAÇÃO/
SITUAÇÃO MAGNITUDE NP
ANOMALIA

M VERTEDOURO TULIPA – GALERIA DE DESCARGA

1 Obstrução/entulhos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Presença de vege-
2 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tação

3 Assoreamentos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Sinais de movi-
4 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
mento
Ocorrência de fissu-
5 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
ras no concreto

6 Armadura exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

Deterioração da su-
7 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
perfície do concreto
Existência de habi-
8 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tação animal
Surgências de água
9 em juntas de con- NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
tração
Comentários:

N) OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES O) SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Ao preencher a ficha de inspeção, é possível Ainda, no item SUGESTÕES E


que algum elemento estrutural ou anomalia RECOMENDAÇÕES, devem ser registradas
não esteja contemplado nos diversos qua- todas as sugestões e recomendações que
dros detalhados. Como sugestão, quando da podem melhorar a realização da inspeção e a
identificação dessas situações, registrá-las no própria ficha, assim como tudo que pode ser
item OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES. útil à operação, à manutenção e à segurança
A colaboração do responsável pelo preenchi- da barragem.
mento deste item da ficha é extremamente im-
portante no sentido de aprimorar a inspeção,
reforçando sua credibilidade e demonstrando
a abrangência do trabalho realizado.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
147
EXTRATO DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA REGULAR

DADOS GERAIS
1 – Nome da barragem: 
2 – Coordenadas: Latitude (S) (N) Longitude   (E) (O) Datum: 
3 – Município/estado: 
4 – Data da vistoria:  Vistoria Nº: 
Curso d’água
5 – Bacia hidrográfica:  Sub-bacia:  barrado: 
6 – Cota do reservatório no dia da inspeção: 
7 – Nível de água a jusante: 
8 – Altura da barragem: 
9 – Volume de água no reservatório: 
10 – Periodicidade da inspeção regular: 
11 – Empreendedor: 

Tipo de barragem: Terra Concreto Enrocamento

Com geração de energia eléctrica: Sim (potência instalada) Não

Nível de perigo atual: Normal Atenção Alerta Emergência


I – Anomalias identificadas

Código:  Situação: Magnitude Nível de perigo Foto: 


Outras anomalias:
II – Necessidade de reparos ou inspeção especial

Sim Não
III – Observações: 
Informação relevante
Identificação do avaliador
Nome: 
Cargo: 
CREA nº:  ART nº: 
Assinatura: 

Instrução de preenchimento (ficha exigida apresentada no item 3.5 e que consta no rela-
somente aos empreendedores fiscalizados tório de inspeção.
pela ANA):
III – A colocação da foto é obrigatória sempre
I – Código corresponde à localização e tipo de que a situação da anomalia for: PV (anomalia
anomalia. Exemplo: I1 – localização: medidor de
constatada pela primeira vez), DI (anomalia
vazão e anomalia: ausência de placa medidora.
diminuiu), PC (anomalia permaneceu cons-
Preencher situação, magnitude e nível de perigo
de acordo com a avaliação feita no relatório de tante) e AU (anomalia aumentou).
inspeção regular e na ficha de inspeção.
IV – Transcrever, quando houver, as necessida-
II – A definição do nível de perigo da barragem des de reparo ou de inspeção especial descritas
deve ser efetuada com base na proposta no relatório de inspeção regular.

148 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
ANEXO 2 –
AVALIAÇÃO DAS
ANOMALIAS MAIS
GRAVES

Apresenta-se, em seguida, uma listagem das BARRAGENS DE CONCRETO – PARAMENTO


anomalias mais graves que ocorrem no talude DE JUSANTE (BC3);
de montante, no talude de jusante, na crista de
barragens de terra, enrocamento e concreto e BARRAGENS DE CONCRETO – GALERIAS E
nas suas estruturas auxiliares, com a seguinte POÇOS INTERNOS DAS ESTRUTURAS DE
ordem e codificação: CONCRETO (BC4);

BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE BARRAGENS DE CONCRETO – TALUDES DE


DE MONTANTE (BT1); ROCHAS E OMBREIRAS (BC5);

BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE VAZAMENTO NA VÁLVULA (BC6);


DE JUSANTE (BT2);
FALHAS NA COMPORTA (BC7).
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – CRISTA
(BT3); Para cada anomalia, devidamente numerada,
faz-se uma análise da sua causa provável, pos-
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) –
síveis consequências e ações corretivas.
INFILTRAÇÕES E FUGAS (SURGÊNCIAS) DE
ÁGUA NA BARRAGEM (BT4); As fichas das anomalias são uma adaptação
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – das constantes do Manual de Segurança
VERTEDOURO (BT5); e Inspeção de Barragens do Ministério da
Integração Nacional (2002), com exceção das
BARRAGENS DE CONCRETO – CRISTA (BC1);
fichas das anomalias das barragens de con-
BARRAGENS DE CONCRETO – PARAMENTO creto, que foram especificamente preparadas
DE MONTANTE (BC2); para completar esta lista.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
149
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE DE MONTANTE (BT1)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
EROSÕES (SUMIDOUROS) (1) Inspecionar outras partes da
1. Erosão interna ou piping do barragem, procurando infiltra-
maciço ou fundação da barra- ções ou mais sumidouros. Iden-
gem dá origem a um sumidouro. Perigo Extremo tificar a causa exata do sumi-
2. O desabamento de uma ca- O piping pode esvaziar o reser- douro. Examinar a água que sai a
verna criada pela erosão pode vatório por meio de um pequeno jusante, por fuga ou percolação,
resultar num sumidouro. furo na parede da tubulação ou para verificar se está suja. Um
3. Um pequeno furo na parede da provocar a ruptura de uma bar- engenheiro qualificado deve
tubulação da tomada de água ragem, quando os canais forma- imediatamente inspecionar a
pode ocasionar um sumidouro. dos pela erosão regressiva atra- barragem e orientar as ações a
Água barrenta na saída a jusan- vessam o maciço ou a fundação. ser tomadas.
te indica o desenvolvimento de
erosão na barragem. EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA
DE ENGENHEIRO.
FISSURAS PRONUNCIADAS
(RACHADURAS) (2)

Dependendo do volume de ma-


ciço envolvido, baixar o nível
Uma porção do maciço moveu- Perigo Extremo do reservatório. Um engenheiro
se devido à perda de resistência Indicam o início de um qualificado deve imediatamente
ou a fundação pode ter-se movi- deslizamento ou recalque do inspecionar a barragem e orien-
do, causando um deslocamento maciço causado pela ruptura da tar as ações a ser tomadas.
no maciço. fundação.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA
DE ENGENHEIRO.

DESLIZAMENTOS, AFUNDA-
MENTOS
OU ESCORREGAMENTOS (3) Avaliar a extensão do desli-
zamento. Monitorar o escor-
regamento e baixar o nível do
Terra ou pedras deslizaram pelo
reservatório se a segurança da
talude devido à sua inclinação Perigo Extremo
barragem estiver ameaçada.
exagerada ou ao movimento da Uma série de deslizamentos
Um engenheiro qualificado deve
fundação. Examinar a ocorrên- pode provocar a obstrução da
imediatamente inspecionar a
cia de movimentos de terra, na tomada de água ou ruptura da
barragem e orientar as ações a
bacia do reservatório, produzi- barragem.
ser tomadas.
dos por deslizamentos.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA
DE ENGENHEIRO.

EROSÕES/ESCORREGAMEN-
TOS/TALUDES ÍNGREMES E
BANCADAS DE ESCAVAÇÃO (4)

Determinar as causas exatas da


Ação das ondas e recalques lo-
A erosão diminui a largura e pos- formação das bancadas de es-
cais causam ao solo e às rochas
sivelmente a altura do maciço, o cavação. Executar os trabalhos
erosão e escorregamentos para
que pode conduzir ao aumento necessários para restaurar o
a parte inferior do talude, for-
da percolação ou ao transborda- maciço, devolvendo suas incli-
mando uma bancada de esca-
mento da barragem. nações originais, e providenciar
vação.
sua proteção adequada.

RIP-RAP INCOMPLETO, DES-


TRUÍDO OU DESLOCADO (5)

Deterioração de rip-rap de má
qualidade. A ação das ondas A ação das ondas nessas áreas
Restabelecer o talude normal.
deslocou o rip-rap. Pedras re- desprotegidas diminui a largura
Refazer corretamente o rip-rap.
dondas ou de mesmo tamanho do maciço da barragem.
rolaram talude abaixo.

150 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE DE MONTANTE (BT1)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
EROSÃO POR TRÁS DO RIP
-RAP MAL GRADUADO (6)
Restabelecer uma proteção efi-
Pedras de tamanhos aproxima- ciente do talude. Um engenheiro
damente iguais permitem que O solo do maciço é erodido por deve especificar o tamanho e a
as ondas passem entre elas e trás do rip-rap, de modo que o graduação das pedras do rip-rap
venham a erodir a camada in- recalque fornece menor prote- e da camada intermediária de
termediária de proteção, se esta ção e diminui a largura da bar- proteção.
não for bem graduada, e o solo ragem.
do maciço subjacente. EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

FISSURA NA FACE DE CONCRE-


TO OU DETERIORAÇÃO (7) Determinar a causa. Reparar
com argamassa ou contatar
engenheiro para métodos de
Solo subjacente ao revestimen- reparo permanentes. Se o dano
Concreto deteriorado devido for extenso, um engenheiro qua-
to de concreto pode ser erodido,
ao intemperismo. Material de lificado deverá inspecionar as
descalçando as placas e acele-
preenchimento das juntas dete- condições e recomendar outras
rando o processo de deteriora-
riorado ou removido. ações a ser tomadas.
ção.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.

FISSURAS (RACHADURAS) DE-


VIDO AO RESSECAMENTO (8)
Monitorar as fissuras (rachadu-
ras) quanto a aumento no com-
primento, largura e profundida-
O solo perde a umidade e sofre de. Um engenheiro qualificado
contração, causando fissuras Chuvas fortes podem encher as deve inspecionar as condições
pronunciadas (rachaduras), ge- fissuras e causar o movimento e recomendar outras ações a ser
ralmente vistas na crista e talu- de pequenas partes do maciço. tomadas.
de de jusante.
EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE DE JUSANTE (BT2)


ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
ESCORREGAMENTO/DESLIZA-
MENTO/ ENCHARCAMENTO (1) Medir a extensão e o desloca-
mento do escorregamento. Se
o movimento continuar, come-
Falta ou perda de resistência Perigo Extremo çar a baixar o nível de água até
do material do maciço da bar- Deslizamento do maciço atin- parar o movimento. Um enge-
ragem. A perda de resistência gindo a crista ou o talude de nheiro qualificado deve inspe-
pode ser atribuída à infiltração montante, reduzindo a folga. cionar imediatamente a barra-
de água no maciço ou falta de Pode resultar no colapso do ma- gem e orientar as ações a ser
suporte da fundação. ciço ou transbordamento. tomadas.

EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA


DE ENGENHEIRO.

FISSURAS (RACHADURAS)
TRANSVERSAIS (2)
Se necessário, obstruir a fissu-
ra do talude de montante para
Recalque diferenciado do ma- Perigo prevenir a passagem de água
ciço da barragem também Fissuras pronunciadas devido do reservatório. Um engenheiro
provoca fissuras pronunciadas a recalques ou retração podem qualificado deve inspecionar a
(rachaduras) transversais. Por provocar infiltrações de água do barragem e recomendar outras
exemplo: o centro recalca mais reservatório através da barra- ações a ser tomadas.
que as ombreiras. gem.
EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
151
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE DE JUSANTE (BT2)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
AFUNDAMENTOS /COLAPSOS
(3)
Inspecionar e reparar os bura-
cos internos criados por roedo-
res. Um engenheiro qualificado
Falta de compactação adequa- Perigo deve inspecionar a barragem e
da. Tocas de animais. Piping Indicação de possível erosão do recomendar outras ações a ser
através do maciço ou fundação. maciço. tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.

FISSURAS (RACHADURAS) Se as fissuras (rachaduras) são


LONGITUDINAIS (4) de ressecamento, cobrir a área
com material bem compactado
para manter a superfície seca
Podem ser avisos de um futu- e a umidade natural. Se as fis-
Ressecamento ou retração do suras (rachaduras) são exten-
ro deslizamento. Recalques ou
material de superfície. Deforma- sas, um engenheiro qualificado
deslizamentos mostrando a per-
ção a jusante devido ao recalque deve inspecionar o problema e
da de resistência da barragem
do maciço. recomendar outras ações a ser
podem provocar sua ruína.
tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
AFUNDAMENTOS (LOCALIZA-
DOS) (5)
Inspecionar a área em busca de
infiltração. Monitorar para verifi-
car o prosseguimento da ruptu-
Resultantes de erosão que des- ra. Um engenheiro qualificado
Podem expor zonas impermeá-
calçou uma parte do talude. deve inspecionar a barragem e
veis à erosão e levar a novos
Também podem ser encontra- recomendar outras ações a ser
afundamentos.
dos em taludes muito íngremes. tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.

EROSÃO (6)

O método preferido de proteção


Pode ser perigosa se não for con-
de áreas erodidas é a colocação
Águas de chuva carregam tida. Erosões podem provocar
de enrocamento ou rip-rap. Re-
material da superfície do talude, deterioração do talude de jusan-
fazer a grama de proteção se o
produzindo valas de erosão. te e, posteriormente, ruptura do
problema for detectado no iní-
maciço.
cio.

ÁRVORES/ARBUSTOS (7)

Raízes profundas podem criar Remover as árvores de raízes


caminhos para passagem de profundas e arbustos no maciço
Vegetação natural da área. água. Arbustos podem dificultar e nas proximidades. Erradicar
inspeções visuais e abrigar roe- vegetação no maciço que difi-
dores. culte as inspeções visuais.

152 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – TALUDE DE JUSANTE (BT2)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
1. Criam passagens da água su-
perficial para dentro do maci-
ATIVIDADES DE ANIMAIS E IN- ço, permitindo a saturação das
SETOS (8) áreas adjacentes, o que pode
provocar rupturas localizadas. Controlar a população de ani-
Grande quantidade de animais e
2. Podem reduzir o caminho de mais e insetos para prevenir
insetos. Buracos, túneis e caver-
percolação da água e provocar maiores danos. Aterrar bura-
nas são causados por tocas de
piping. Se os túneis atravessam cos existentes, com material
animais, formigueiros e cupin-
a maior parte do maciço, podem adequado e bem compactado.
zeiros. Certos habitats, com al-
levar à ruptura da barragem. Eliminar habitats favoráveis ao
guns tipos de planta e árvore,
3. Especialmente perigosas se os desenvolvimento de espécies
próximos ao reservatório enco-
furos penetrarem abaixo da linha nocivas.
rajam animais e insetos.
freática. Durante os períodos de
elevação do nível do reserva-
tório, o caminho de percolação
pode ficar muito reduzido, o que
facilita a ocorrência de piping.
TRÁFEGO DE ANIMAIS E GADO
(9)

Cria áreas sem proteção contra


Tráfego excessivo de animais é a erosão. Permite que a água se Cercar a área da barragem. Re-
especialmente danoso quando acumule em determinados lo- parar a proteção contra erosão
o talude está molhado. cais. Área fica suscetível a fissu- com rip-rap ou grama.
ras por ressecamento.

BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – CRISTA (BT3)


ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS

Inspecionar a fissura e cuidadosa-


mente anotar a localização, compri-
mento, profundidade, alinhamento
e outros aspectos físicos pertinen-
Perigo tes. Imediatamente demarcar os
FISSURA (RACHADURA)
Cria local de pouca resistên- limites da fissura. Monitorar frequen-
LONGITUDINAL (1) Assentamentos dife-
cia no interior da barragem, temente. Um engenheiro deve
rentes entre seções
que pode ser o ponto de iní- determinar a causa da fissura e
adjacentes ou zonas
cio de um futuro movimento, supervisionar as medidas neces-
do maciço da barra-
deformação ou ruptura do sárias para reduzir o perigo para
gem. Falha na funda-
maciço. Cria uma passagem a barragem e corrigir o problema.
ção, causando perda
da água superficial para As fissuras da superfície da crista
de estabilidade. Está-
dentro do maciço, permitin- devem ser seladas para prevenir
gios iniciais de desliza-
do a saturação da área adja- infiltração da água superficial.
mentos do maciço.
cente, o que pode provocar Continuar monitorando rotinei-
uma ruptura localizada. ramente a crista para identificar
indícios de fissuras.

EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGE-


NHEIRO.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
153
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – CRISTA (BT3)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS

Cuidadosamente inspecionar o
deslocamento e anotar a localiza-
ção, comprimento, profundidade,
alinhamento e outros aspectos fí-
sicos pertinentes. Um engenheiro
Perigo Extremo deve imediatamente determinar
DESLOCAMENTO VERTI-
Cria uma área de pouca re- a causa do deslocamento e su-
CAL (2)
Movimento vertical en- sistência no interior do ma- pervisionar as medidas necessá-
tre seções adjacentes ciço, que pode causar futu- rias para reduzir o perigo para a
do maciço da barra- ros movimentos. Ruptura barragem e corrigir o problema.
gem. Deformação ou do maciço. Cria um ponto de Escavar a área até o fundo do
falha estrutural cau- entrada para a água superfi- deslocamento. Preencher a esca-
sada por instabilidade cial, que futuramente pode vação usando material adequado
estrutural ou falha na contribuir para a ruptura e técnicas de construção corretas,
fundação. do maciço. Reduz a seção sob a supervisão de um enge-
transversal efetiva da barra- nheiro. Continuar a monitorar a
gem. área rotineiramente para verificar
indícios de futuras fissuras ou mo-
vimento.

EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA


DE ENGENHEIRO.
Cuidadosamente inspecionar o
desabamento e anotar a localiza-
ção, comprimento, profundidade,
Atividade de roedo-
alinhamento e outros aspectos
DESABAMENTOS NA CRIS- res. Furos na tubu-
físicos pertinentes. Um engenhei-
TA (3) lação da tomada de
Perigo ro deve determinar a causa do
água causam erosão
Vazios dentro da barragem desabamento e supervisionar as
do material no maciço
podem causar desabamen- medidas necessárias para reduzir
da barragem. Erosão
tos, deslizamentos, insta- o perigo para a barragem e corrigir
interna ou piping do
bilidade ou reduzir a seção o problema. Escavar a área que
material no maciço
transversal do maciço da desabou, taludando os lados, e
devido à infiltração.
barragem. Ponto de entrada preencher o buraco com material
Carreamento de argila
para água superficial. adequado, usando técnicas de
dispersiva no interior
construção adequadas, sob a su-
do maciço, pela água
pervisão de um engenheiro.
de percolação.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGE-
NHEIRO.
Inspecionar a fissura e cuidadosa-
mente anotar a localização, compri-
mento, profundidade, alinhamento
e outros aspectos físicos pertinen-
tes. Imediatamente demarcar os li-
mites da fissura. Monitorar frequen-
temente. Um engenheiro deve
FISSURAS TRANSVERSAIS Perigo determinar a causa da fissura e
E LONGITUDINAIS (4) Podem criar um caminho supervisionar as medidas neces-
para infiltração na dire- sárias para reduzir o perigo para
Movimentos desiguais
ção transversal do maciço. a barragem e corrigir o problema.
das partes adjacentes
Criam área de baixa resis- Escavar a crista ao longo da fissu-
do maciço. Deforma-
tência no interior do maci- ra até ultrapassar o fundo desta.
ção causada por ten-
ço, podendo iniciar futura Preencher a escavação usando
sões ou instabilidade
deformação, movimento ou material adequado e técnicas de
do maciço.
ruptura. Permitem um ponto construção corretas, sob a super-
de entrada para água de es- visão de um engenheiro. Isso irá
coamento superficial. selar a fissura contra infiltração
e escoamento superficial. Conti-
nuar monitorando rotineiramente
a crista para verificar indícios de
fissuras.

EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGE-


NHEIRO.

154 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – CRISTA (BT3)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS

Instalar marcos na crista para


determinar a exata localização e
extensão do desalinhamento na
CRISTA DESALINHADA (5)
Desalinhamento é normal- crista. Um engenheiro deve deter-
mente acompanhado de minar a causa do desalinhamen-
Movimentos entre
depressões na crista, que to e supervisionar as medidas
partes adjacentes do
reduzem a folga ao trans- necessárias para reduzir o perigo
maciço. Deformação
bordamento. Pode produzir para a barragem e corrigir o pro-
estrutural ou ruptura
áreas localizadas de baixa blema. Após as medidas remedia-
próxima à área do de-
resistência no maciço, que doras, monitorar periodicamente
salinhamento.
podem provocar a ruptura os marcos da crista para detectar
deste. possíveis movimentos futuros.

EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGE-


NHEIRO.
Estabelecer marcos ao longo da
crista para determinar a exata
Assentamento ex- localização e extensão do assen-
A F U N D A M E N T O S / D E - cessivo no maciço ou tamento na crista. Um engenhei-
PRESSÕES NA CRISTA DA fundação diretamente ro deve determinar a causa da
BARRAGEM (6) abaixo da área da de- depressão na crista e supervisio-
Reduzem a folga da barra-
pressão. Erosão inter- nar as medidas necessárias para
gem, ou seja, a diferença
na do maciço da bar- reduzir o perigo para a barragem
entre a cota da crista do ma-
ragem. Deformação do e corrigir o problema. Restabe-
ciço e a cota da superfície da
maciço de fundação a lecer a cota da crista de maneira
água no reservatório quando
jusante ou montante. uniforme preenchendo as áreas
o vertedouro está com vazão
Erosão pelo vento con- com depressões, utilizando técni-
máxima.
tínuo na área da crista. cas construtivas adequadas, sob
Terraplanagem final a supervisão de um engenheiro.
inadequada na cons- Restabelecer e monitorar os mar-
trução. cos da crista da barragem para
detectar possível recalque no fu-
turo.
Esconde partes da barra-
gem, dificultando uma ade-
Remover toda a vegetação exis-
quada inspeção visual de
tente, com exceção da grama,
todo o maciço e possibili-
VEGETAÇÃO EXCESSIVA que deve ser preservada para aju-
tando o desenvolvimento
(7) dar a combater a erosão superfi-
de problemas que somente
cial. As raízes devem ser retiradas
serão detectados quando a
até a profundidade em que sejam
Negligência com a bar- segurança da barragem já
praticáveis as escavações. O rea-
ragem e falta de proce- estiver ameaçada. As raízes
terro deve ser feito com material
dimentos de manuten- que penetram no maciço se
adequado e bem compactado.
ção adequados. decompõem quando a ve-
Um programa de manutenção
getação morre, criando ca-
deve ser estabelecido para evitar
minhos preferenciais para a
o surgimento de nova vegetação
percolação. Dificulta o aces-
indesejável no futuro. O material
so a todas as áreas da barra-
cortado deve ser removido para
gem para operação, manu-
fora da área da barragem.
tenção e inspeção. Serve de
habitat para roedores.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
155
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – CRISTA (BT3)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS

Criam passagens da água


superficial para dentro do
maciço, permitindo a satura-
ção das áreas adjacentes, o
Grande quantidade
BURACOS DE ANIMAIS E que pode provocar rupturas
de animais e insetos.
INSETOS (8) localizadas. Podem reduzir
Buracos, túneis e ca-
o caminho de percolação da Controlar a população de animais
vernas são causados
água e provocar piping. Se os e insetos para prevenir maiores
por tocas de animais,
túneis atravessarem a maior danos. Aterrar buracos existentes,
formigueiros e cupin-
parte do maciço, poderão com material adequado e bem
zeiros. Certos habitats,
levar à ruptura da barragem. compactado. Eliminar habitats
com alguns tipos de
Especialmente perigosos se favoráveis ao desenvolvimento de
planta e árvore, pró-
os furos penetrarem abaixo espécies nocivas.
ximos ao reservatório
da linha freática. Durante
encorajam os animais
os períodos de elevação do
e insetos.
nível do reservatório, o cami-
nho de percolação pode fi-
car muito reduzido, o que fa-
cilita a ocorrência de piping.
Restabelecer a folga de projeto
da barragem, aterrando a vala
Material mal gradua-
EROSÕES NA CRISTA (9) provocada pela erosão com ma-
do e drenagem inade- Podem reduzir a folga da
terial adequado e bem compac-
quada da crista, com barragem. Reduzem a
tado. Restabelecer as inclinações
concentração do fluxo seção transversal efetiva
previstas no projeto para a crista
de água superficial do maciço. Dificultam o
e recuperar ou implantar um sis-
diretamente sobre o acesso a todas as partes da
tema de drenagem superficial. Se
maciço. Capacidade barragem. Se resultantes de
resultantes de transbordamento,
inadequada do san- transbordamento, indicam
um engenheiro deve rever o di-
gradouro, provocando uma situação de risco da
mensionamento e as condições
o transbordamento da barragem.
atuais do vertedouro. Neste caso,
barragem.
é EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.
FISSURAS (RACHADURAS)
DEVIDO AO RESSECAMEN- O solo expande e con-
TO (10) trai com a alternân- Criam passagens da água
cia dos processos de superficial para dentro do
umedecimento e res- maciço, permitindo a satu- Selar as fissuras com material im-
secamento que acom- ração das áreas adjacentes. permeável. Recobrir a crista com
panham o clima. As Essa saturação e o resseca- uma camada de material não
fissuras devido ao res- mento subsequente podem plástico (cascalho ou laterita).
secamento são curtas, ocasionar o aumento das
rasas, finas e numero- fissuras.
sas.

Drenar a água acumulada e


TRILHAS AO LONGO DA
recompor a crista com material
CRISTA (11)
Dificultam o acesso a todas adequado e bem compactado.
as áreas da barragem. Aju- Restabelecer as inclinações
Tráfego de veículos dam no processo de deterio- previstas no projeto para a crista
pesados sem a manu- ração da superfície da crista. e recuperar ou implantar um
tenção adequada da Permitem a acumulação de sistema de drenagem superficial.
superfície da crista. água sobre a barragem, cau- Recuperar o pavimento ou, no
sando a saturação do maci- mínimo, aplicar uma camada de
ço. material que possa funcionar
como revestimento primário
(cascalho ou laterita).

156 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – INFILTRAÇÕES E FUGAS (surgências) DE ÁGUA NA BARRAGEM (BT4)
POSSÍVEL CONSE-
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
QUÊNCIA
MUDANÇA ACENTUADA NA VE-
GETAÇÃO (1) Por meio de escavação manual, tentar
identificar se a área está mais úmida
que o restante do talude. Se a área es-
tiver mais úmida que o restante do ta-
O material do maciço na área Pode indicar a existência lude, um engenheiro qualificado deverá
permite fluxo de água. de uma área saturada. inspecionar a barragem e recomendar
outras medidas a ser tomadas.

GRANDE ÁREA MOLHADA OU Inspecionar e demarcar a área. Acom-


PRODUZINDO FLUXO (2) panhar para averiguar sua expansão.
Perigo Medir com a maior precisão possível
O aumento do fluxo pode alguma vazão que possa estar ocor-
levar à erosão do maciço rendo. Se a área ou o fluxo aumentar, o
Um caminho preferencial de per- e à ruptura da barragem. nível do reservatório deverá ser reduzi-
colação desenvolveu-se através A saturação do maciço do até o fluxo estabilizar ou cessar. Um
da ombreira ou do maciço. próximo à zona de infil- engenheiro qualificado deve inspecionar
tração pode criar instabi- a barragem e recomendar outras medi-
lidade, levando à ruptura das a ser tomadas.
da barragem.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO.
Medir com a maior precisão possível a
ÁREA MOLHADA E UMA FAIXA vazão que possa estar ocorrendo. Se
HORIZONTAL (3) o fluxo aumentar, o nível do reservatório
Perigo
deverá ser reduzido até o fluxo estabi-
A saturação das áreas
lizar ou cessar. Demarcar a área envol-
abaixo da zona de infil-
vida. Por meio de escavação manual,
tração pode instabilizar
Camada de material permeável tentar identificar o material que está
o maciço. Fluxos excessi-
usado na construção do maciço. permitindo o fluxo. Um engenheiro qua-
vos podem provocar ero-
lificado deve inspecionar a barragem e
são acelerada do maciço,
recomendar outras ações a ser toma-
levando à ruptura da bar-
das.
ragem.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO.
Medir a quantidade de fluxo e averiguar
o transporte de materiais. Se o fluxo
FUGA DE ÁGUA LOCALIZADA aumentar, o nível do reservatório de-
NA PARTE ALTA DO TALUDE (4) verá ser reduzido até o fluxo estabilizar
ou cessar. Procurar a entrada da água
a montante e obstruí-la, se possível. A
Distúrbios no escoamen-
Construção incorreta. Esforço colocação de uma lona sobre o talude
to. Erosão na fundação e
concentrado. Deterioração do de montante e seu recobrimento com
no aterro de recobrimen-
material. Falhas na fundação. solo lançado a partir da crista da barra-
to. Eventual desmorona-
Pressão externa excessiva. gem têm sido adotados com êxito em
mento da estrutura.
alguns casos. Um engenheiro qualifica-
do deve inspecionar a barragem e reco-
mendar outras medidas a ser tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-


RO.
Inspecionar cuidadosamente a área,
FUGA DE ÁGUA LOCALIZADA medir a quantidade de fluxo e averiguar
(5) o transporte de materiais. Se houver
carreamento de material, um dique
com sacos de areia deverá ser construí-
Perigo do em volta da surgência para reduzir a
A continuação do fluxo velocidade da água e a capacidade ero-
A água encontrou ou abriu uma
pode ampliar a erosão do siva do fluxo. Caso a erosão se acentue,
passagem através do maciço.
maciço e levar à ruptura o nível do reservatório deverá ser rebai-
da barragem. xado. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras medidas a ser tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-


RO.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
157
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – INFILTRAÇÕES E FUGAS (surgências) DE ÁGUA NA BARRAGEM (BT4)
POSSÍVEL CONSE-
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
QUÊNCIA
Inspecionar cuidadosamente a área,
FUGA LOCALIZADA DE ÁGUA medir a quantidade de fluxo e averi-
“BARRENTA” (SURGÊNCIA) (6) guar se o carreamento de solo está
aumentando. Um dique com sacos de
areia deve ser construído em volta da
Perigo Extremo surgência para reduzir a velocidade da
A água encontrou ou abriu uma O prosseguimento do água e a capacidade erosiva do fluxo.
passagem através do maciço e fluxo pode causar uma Caso a erosão se acentue, o nível do
está erodindo e carreando o ma- erosão rápida no material reservatório deverá ser rebaixado. Um
terial deste. do maciço, resultando na engenheiro qualificado deve imediata-
ruptura da barragem. mente inspecionar a barragem e orien-
tar as ações a ser tomadas.

EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
FUGA DE ÁGUA ATRAVÉS DE
FISSURAS (RACHADURAS)
PRÓXIMAS À CRISTA (7) Obstruir as fissuras pelo lado a mon-
tante para estancar o fluxo. O nível do
Perigo Extremo reservatório deve ser reduzido até abai-
Intenso ressecamento provocou
A saturação abaixo da xo do nível das fissuras. Um engenheiro
o surgimento de fissuras no topo
zona fraturada pode ins- qualificado deve imediatamente inspe-
do maciço. Recalques no maciço
tabilizar o maciço. O fluxo cionar a barragem e orientar as ações a
ou na fundação estão causando
através da fissura pode ser tomadas.
fissuras pronunciadas (rachadu-
erodir o maciço, levando
ras) transversais.
à ruptura da barragem.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

VAZAMENTOS VINDOS
DAS OMBREIRAS (8) Inspecionar cuidadosamente a área
Perigo para determinar a quantidade do fluxo
Podem provocar uma e averiguar se existe carreamento de
erosão rápida na om- materiais. Um engenheiro ou geólogo
Fluxo de água através de fissuras breira e o esvaziamento qualificado deve inspecionar a barra-
(rachaduras) nas ombreiras. do reservatório. Podem gem e recomendar outras ações a ser
provocar deslizamentos tomadas.
próximos ou a jusante da
barragem. EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO OU GEÓLOGO.

Inspecionar cuidadosamente a área


FLUXO BORBULHANDO A JU- e averiguar a quantidade de fluxo e o
SANTE DA BARRAGEM (9) Alguma parte do maciço de transporte de materiais. Se houver car-
fundação está permitindo a reamento de material, um dique com
passagem de água com faci- sacos de areia deverá ser construído
Perigo
lidade. Pode ser uma camada em volta da surgência para reduzir a
O aumento do fluxo pode
permeável formada por areia ou velocidade da água e a capacidade ero-
causar uma erosão rápida
pedregulho existente na funda- siva do fluxo. Caso a erosão se acentue,
no material da fundação,
ção ou mesmo fratura na rocha o nível do reservatório deverá ser rebai-
resultando na ruptura da
subjacente, que não foi tratada xado. Um engenheiro qualificado deve
barragem.
convenientemente quando da inspecionar a barragem e recomendar
execução da injeção de cimento outras medidas a ser tomadas.
na rocha de fundação.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO.

158 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – VERTEDOURO (BT5)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
Perigo
VEGETAÇÃO EXCESSIVA OU
Redução da capacidade de des- Retirar os detritos periodica-
DETRITOS NO CANAL (1)
Acúmulo de material escorrega- carga, causando transborda- mente. Controlar o crescimento
do, árvores mortas, crescimento mento lateral do sangradouro ou da vegetação no canal do verte-
excessivo de vegetação etc., no transbordamento da barragem. douro. Instalar uma rede de pro-
canal do vertedouro. O transbordamento prolongado teção na entrada do vertedouro
pode causar a ruptura da barra- para interceptar detritos.
gem.
Erosões não combatidas po- Fotografar as erosões para
dem provocar deslizamentos ou acompanhar seu desenvolvi-
desabamentos, que resultam mento. Reparar a área danifi-
Tráfego de animais cria canais
na redução da capacidade do cada, substituindo o material
CANAIS ERODIDOS (2) preferenciais nos quais o fluxo
vertedouro. A capacidade ina- erodido por aterro compactado.
se concentra, criando valas de
dequada do sangradouro pode Proteger a área contra futuras
erosão. Fluxo de água turbulen-
provocar o transbordamento da erosões, colocando enrocamen-
to ou com elevada velocidade. O
barragem e resultar na sua rup- to ou revestindo de forma apro-
solo ou rocha onde foi cortado o
tura. A erosão pode atingir o re- priada. Quando o avanço da ero-
canal do vertedouro não é sufi-
servatório, provocando seu rápi- são ameaçar a segurança das
cientemente resistente à erosão.
do esvaziamento. A erosão pode estruturas, um engenheiro qua-
A estrutura da laje de fundo do
descalçar a estrutura de fixação lificado deverá imediatamente
canal, no caso de canais revesti-
da cota da soleira do vertedouro inspecionar a barragem e orien-
dos de concreto, não foi projeta-
(Creager, por exemplo), levando tar as medidas a ser tomadas.
da ou construída corretamente.
à sua destruição e provocando
uma cheia de graves conse- EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
quências. GENHEIRO.
DESCALÇAMENTO POR ERO- Fazer a limpeza da área e rea-
SÃO NO FIM DO VERTEDOURO terrar com material apropriado.
(3) Colocar um enrocamento com
Configuração inadequada da Perigo blocos de tamanho adequado.
bacia de dissipação. Materiais Dano estrutural no vertedouro. Instalar uma cortina de conten-
altamente erosivos. Falta de Alto custo de reparo, no caso de ção. Um engenheiro qualificado
uma cortina de contenção no desmoronamento da laje ou pa- deve inspecionar o vertedouro e
fim da calha. rede do vertedouro. orientar as ações a ser tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.

Reconstruir, de acordo com as


práticas da engenharia. Preparar
PAREDE DESLOCADA (4)
cuidadosamente a fundação. Uti-
lizar drenos para aliviar a pressão
Pequenos deslocamentos criam atrás da parede. Armar suficien-
Falha na execução. Recalque di- turbulência e redemoinho no temente o concreto. Ancorar as
ferencial da fundação. Pressão fluxo, causando erosão no solo paredes para prevenir futuros des-
excessiva do aterro ou da água. atrás da parede. Grandes deslo- locamentos. Limpar os drenos
Armadura insuficiente do con- camentos causam fissuras pro- para assegurar sua operação
creto. nunciadas (rachaduras) e even- adequada. Consultar um enge-
tual ruptura da estrutura. nheiro antes de as ações serem
tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
FISSURAS PRONUNCIADAS
(RACHADURAS GRANDES) (5) Reparar grandes fissuras (ra-
chaduras), sem grandes deslo-
camentos, por meio de remen-
Falha na construção. Concentra- dos. Limpar e cortar as áreas ao
ção localizada de tensos. Dete- Turbulência no fluxo de água. redor antes que o material de
rioração localizada do material. Erosão na fundação e no aterro remendo seja aplicado. Instalar
Falha na fundação. Pressão ex- lateral. Colapso da estrutura. drenos. Outras ações podem ser
cessiva do reaterro externo. necessárias.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
159
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – VERTEDOURO (BT5)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
As juntas não devem ter mais de
JUNTAS ABERTAS OU DESLO-
1 cm e devem ser seladas com
CADAS (6)
asfalto ou outro material flexí-
Erosão do material da fundação vel. Limpar as juntas, substituir
pode enfraquecer o suporte da os materiais erodidos e selar as
Recalque excessivo da funda-
estrutura e causar futuras fissu- juntas. Drenar e preparar corre-
ção. Fuga de material da junta.
ras pronunciadas. Pressão indu- tamente a fundação. A face in-
Junta construída muito larga e
zida pelo fluxo de água através ferior da laje deve ter ressaltos
não selada. Material selante de-
das juntas deslocadas pode car- com profundidade suficiente
teriorado e carreado.
regar laje ou parede e causar um para evitar deslizamento. Evitar
extenso descalçamento. inclinação exagerada do canal.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
PERDA OU FALHA NO RIP-RAP
(7)
Projetar um talude estável para
Canal muito inclinado. Enroca- o fundo do canal. O material do
mento mal dimensionado para rip-rap deve ser bem graduado e
o fluxo. Falha na fundação. Ve- conter partículas pequenas, mé-
Perigo
locidade de escoamento muito dias e grandes. Preparar bem o
Erosão no fundo e laterais do ca-
alta. Colocação inadequada do subleito e, se necessário, instalar
nal. Ruptura do vertedouro.
material. Camada de transição filtro drenante. Controlar a velo-
ou material da fundação carrea- cidade do fluxo do vertedouro.
do pela água. Colocar o rip-rap de acordo com
a especialidade.

Recuperar a estrutura do verte-


DETERIORAÇÃO DA ESTRUTU- douro. Usar apenas agregados
RA DE CONCRETO (8) limpos e de boa qualidade no
concreto. Respeitar o recobri-
mento da armadura do concre-
to. Manter o concreto molhado
Uso de materiais impróprios ou A vida útil da estrutura é dimi-
e protegido durante a cura. Um
manutenção inadequada. nuída.
engenheiro qualificado deve ins-
pecionar o vertedouro e orientar
as ações a ser tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
Examinar a área de saída do
fluxo para ver se o tipo de ma-
terial pode explicar o vazamen-
VAZAMENTO DENTRO E AO RE- to. Medir a quantidade do fluxo
DOR DO VERTEDOURO (9) e checar se existe erosão dos
materiais da fundação. Se a ve-
locidade do fluxo ou quantidade
Fissuras e juntas na fundação Pode induzir perda excessiva de
de materiais erodidos aumentar
do vertedouro estão permitindo água armazenada. Pode induzir
rapidamente, o nível do reserva-
infiltração. Camadas de areia ou ruptura, se a velocidade for alta
tório deverá ser abaixado até o
pedregulhos no vertedouro es- o bastante para causar erosão
fluxo estabilizar ou cessar. Um
tão permitindo infiltração. dos materiais da fundação.
engenheiro qualificado deve
inspecionar as condições e re-
comendar outras ações a ser to-
madas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
INFILTRAÇÃO ATRAVÉS DE
UMA JUNTA DE CONSTRUÇÃO
Checar a área atrás da parede
OU FISSURAS (RACHADURAS)
para identificar zonas saturadas.
NA ESTRUTURA DE CONCRETO
Pode causar a inclinação ou Checar e limpar, se necessá-
(10)
queda das paredes. Fluxo atra- rio, as saídas de água e drenos
Água se acumulando atrás da vés do concreto pode conduzir internos. Se a condição persistir,
estrutura devido à drenagem a uma rápida deterioração por um engenheiro qualificado de-
insuficiente ou drenos intemperismo. Se o vertedouro verá inspecionar o problema e
entupidos. está localizado no maciço, uma recomendar outras ações a ser
erosão rápida pode levar à rup- tomadas.
tura da barragem.
EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

160 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE TERRA (ATERRO) – VERTEDOURO (BT5)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
AUMENTO DO FLUXO E CAR-
REAMENTO DE SEDIMENTOS
NA SAÍDA DO DRENO (11)
Monitorar a quantidade de flu-
xo e o carreamento de material.
Coletar amostras de água para
Perigo comparar a turbidez. Se a va-
O aumento da velocidade do zão ou a turbidez aumentar, um
Funcionamento impróprio do
fluxo pode acelerar a erosão do engenheiro qualificado deverá
dreno por má execução ou dete-
solo atrás ou abaixo da estrutu- inspecionar o vertedouro e reco-
rioração da camada filtrante.
ra. Pode levar à ruptura das es- mendar as ações a ser tomadas.
truturas por descalçamento.
EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

BARRAGENS DE CONCRETO – CRISTA (BC1)


POSSÍVEL
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
CONSEQUÊNCIA
FISSURAS DE SUPERFÍCIE (1)

Injetar epóxi. Se a profundidade da fis-


sura for maior que 3 m, um engenheiro
Fissuras transversais qualificado deverá inspecionar as con-
ligando montante com dições e recomendar outras ações a
Infiltração, deterioração
jusante podem ser re- ser tomadas.
do concreto, extensão da
sultantes de recalque
fissura.
da fundação, sismo ou EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
sobrecarga. RO.

FISSURAS PROFUNDAS (2)


Baixar o nível do reservatório. Um en-
genheiro qualificado deve imediata-
mente inspecionar a barragem e orien-
Fissuras abertas, do tar as ações a ser tomadas.
Devido à progressão gra-
tipo aleatório, com pre-
dativa, podem reduzir a
sença de sílica-gel, de- EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE EN-
vida útil da barragem.
vido à RAA. GENHEIRO.

FISSURAS E ABRASÃO NO CONCRETO


DA PISTA DE ROLAMENTO (3)

Fissuras rasas, do tipo


aleatório. Concreto
danificado devido ao
Custo de manutenção ex- Controlar o tráfego. Efetuar manuten-
tráfego excessivo. Con-
cessivo. ção permanente.
creto do pavimento
isolado do concreto da
barragem.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
161
BARRAGENS DE CONCRETO – CRISTA (BC1)
POSSÍVEL
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
CONSEQUÊNCIA
DESLOCAMENTOS DIFERENCIAIS NAS
JUNTAS (4) Se o deslocamento for maior que 2,5
mm, baixar o nível do reservatório e
fazer o tratamento da fundação. Um
engenheiro qualificado deve inspecio-
Deslocamentos devido No caso de haver progres- nar as condições e recomendar outras
à deformabilidade di- são, podem causar insta- ações a ser tomadas.
ferencial da fundação e bilidade nas barragens de
sismos. gravidade ou contraforte. EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO.

BARRAGENS DE CONCRETO – PARAMENTO DE MONTANTE (BC2)


POSSÍVEL
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
CONSEQUÊNCIA
FISSURAS DE SUPERFÍCIE (1)
Injetar epóxi para vedar as fissuras e
restaurar a resistência do concreto. Se a
fissura apresentar largura maior que 6,0
Fissuras verticais em
m e profundidade maior que 1,5m, um
diagonal podem ser
Progressão das fissuras engenheiro qualificado deve inspecionar
resultantes da tensão
no corpo da barragem e as condições e recomendar outras ações
excessiva ou queda de
galerias de infiltração. a ser tomadas.
temperatura em áreas
de restrição.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEIRO

FISSURAS DO TIPO MAPA (2)


Baixar o nível do reservatório e proceder
à reconstrução da barragem. Um enge-
nheiro qualificado deve imediatamente
inspecionar a barragem e orientar as
Fissuras abertas, do tipo Devido à deterioração ações a ser tomadas.
aleatório, com presença e progressão, podem
de sílica-gel, devido à reduzir a vida útil da EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
RAA. barragem. ENGENHEIRO.

DESPLACAMENTO DO CONCRETO (3)


Fazer limpeza superficial e aplicar uma
nova camada de concreto ou gunitagem,
se a danificação for excessiva. Se o
Desplacamento de pe-
desplacamento for maior que 60 cm e a
quenos blocos ou lascas Consequência séria
ferragem estiver exposta, um engenhei-
da superfície do concre- para barragens do tipo
ro qualificado deverá inspecionar as
to devido à movimenta- contraforte, em que a
condições e recomendar outras ações a
ção diferencial ao longo ferragem pode dete-
ser tomadas.
de juntas e concentra- riorar.
ção de tensões.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEIRO.

162 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE CONCRETO – PARAMENTO DE MONTANTE (BC2)
POSSÍVEL
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
CONSEQUÊNCIA
ABERTURA DAS JUNTAS (4)

Se o deslocamento for maior que 5 mm,


baixar o nível do reservatório e fazer o
No caso de haver
tratamento da fundação. Um enge-
Variações de tempera- progressão, pode
nheiro qualificado deve inspecionar as
tura ambiente. Rebaixa- causar instabilidade nas
condições e recomendar outras ações a
mento do reservatório. barragens de gravidade
ser tomadas.
ou contraforte.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEIRO.

BARRAGENS DE CONCRETO – PARAMENTO DE JUSANTE (BC3)


POSSÍVEL
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
CONSEQUÊNCIA
INFILTRAÇÕES ATRAVÉS DAS JUNTAS E
FISSURAS (1) Preencher o dreno de junta com ben-
tonita e injetar as juntas de contração
com calda de cimento. Se o fluxo for
crescente e maior que 500 l/min por
junta, um engenheiro qualificado deve-
Veda-junta danificado,
Perda de água e lixiviação rá inspecionar as condições e recomen-
fissuras ou juntas de
do concreto. dar outras ações a ser tomadas.
construção.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO.

FISSURAS DO TIPO MAPA (2)

Baixar o nível do reservatório e recons-


truir a barragem. Um engenheiro qua-
lificado deve imediatamente inspecio-
Fissuras abertas e ex-
Deterioração progressiva nar a barragem e orientar as ações a ser
tensíveis, do tipo alea-
pode reduzir a vida útil da tomadas.
tório, com presença de
barragem.
sílica-gel, devido à RAA.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

ABERTURA E INFILTRAÇÃO DAS JUNTAS


(3)

Abrir os drenos para o controle da per-


colação e injetar calda de cimento. Se
Áreas molhadas, o fluxo for crescente e maior que 500
infiltração, lixiviação e l/min por bloco, um engenheiro qualifi-
carbonatação devido Perdas de água e lixivia- cado deverá inspecionar as condições
à ligação inadequada ção do concreto. e recomendar outras ações a ser toma-
entre as camadas. Con- das.
creto poroso nas juntas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE ENGENHEI-
RO.

Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
163
BARRAGENS DE CONCRETO – Galerias e poços internos das estruturas de concreto (BC4)
POSSÍVEL CONSE-
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
QUÊNCIA
DRENOS DE JUNTA ENTRE BLOCOS Preencher os drenos com
(1) bentonita e abrir novos drenos.
Se a infiltração for maior que
200 l/min e o incremento,
maior que 10 l/min/dia, um
engenheiro qualificado deverá
Aumento de vazão com
Perda de água e inspecionar as condições e
reservatório estabiliza-
lixiviação do concreto. recomendar outras ações a ser
do, devido à fissuração
Propagação das fissuras tomadas.
interna ou falhas de
internas.
concretagem.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

DRENOS DE FUNDAÇÃO (2)

Reforçar a cortina de injeção


e abrir novos drenos. Se a
infiltração for maior que 200 l/
Aumento das vazões de
min e o incremento, maior que
drenagem com reserva-
Enfraquecimento da 10 l/min/dia, um engenheiro
tório estável, devido à
fundação. Aumento das qualificado deverá inspecionar
cortina de injeção inade-
subpressões. as condições e recomendar
quada. Carreamento de
outras ações a ser tomadas.
finos de fundação.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO

Limpar os drenos obstruídos


DRENOS DE FUNDAÇÃO OBSTRUÍDOS (3)
e perfurar novos drenos. Se
houver aumento de subpres-
são na base da estrutura, um
engenheiro qualificado deverá
inspecionar as condições e
recomendar outras ações a ser
Infiltração obstruída Aumento excessivo da tomadas.
por depósitos minerais subpressão. Redução
carreados da rocha ou do fator de segurança EXIGIDA A PRESENÇA DE
da cortina de injeção. ao escorregamento. ENGENHEIRO.

164 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
BARRAGENS DE CONCRETO – Taludes de rocha e Ombreiras (BC5)

POSSÍVEL
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL AÇÕES CORRETIVAS
CONSEQUÊNCIA
MOVIMENTOS DE TALUDES EM ROCHA (1)

Atirantar e drenar a rocha. Um


engenheiro qualificado deve
Fissuras abertas e sem inspecionar as condições e
preenchimento, devido Compromete a recomendar outras ações a ser
à deformação lenta estabilidade do tomadas.
(movimento) do maciço talude.
rochoso.
EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

OMBREIRAS (2)

Rebaixar o reservatório e refor-


Instabilidade dos talu- çar a ombreira. Injetar e drenar.
des e escorregamentos, Um engenheiro qualificado
Comprometem a
devido à movimen- deve inspecionar as condições e
estabilidade da
tação diferencial nas
ombreira. Risco à recomendar outras ações a ser
ombreiras. Aumento
estrada de acesso tomadas.
das pressões de poro
a jusante.
e eventuais fugas de
água. EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
GENHEIRO.

VAZAMENTO NA VÁLVULA (BC6)


ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DANOS NA TUBULAÇÃO DA SAÍDA
DE ÁGUA (1)
FISSURA (RACHADURA)
Perigo
A infiltração pode levar à erosão Verificar evidências de água
Recalque ou impacto. interna do maciço. saindo ou entrando na tubula-
ção pela fissura (rachadura),
orifício ou juntas da tubulação.
Bater de leve na tubulação, na
BURACO vizinhança da área danificada,
Perigo tentando ouvir um barulho oco
A infiltração pode levar à erosão que mostra que se formou um
Ferrugem, corrosão ou desgas- vazio ao longo da parte de fora
interna do maciço.
te por cavitação. do conduto. Se há suspeita de
ruptura progressiva, um enge-
nheiro qualificado deve inspe-
cionar o problema e recomendar
JUNTAS DESIGUAIS as ações a ser tomadas.
Perigo
Permitem a passagem da água EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
Recalques ou falha na cons- GENHEIRO.
para dentro ou fora da tubula-
trução.
ção, resultando na erosão do
material interno da barragem.

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Volume II - Guia de Orientação e Formulários para Inspeções de Segurança de Barragem
165
VAZAMENTO NA VÁLVULA (BC6)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS

RUPTURA DA ESTRUTURA DE Monitorar o desenvolvimento


CONCRETO DA SAÍDA DE ÁGUA da ruptura progressiva medindo
(2) uma dimensão típica, como a
largura “D” mostrada na figura.
Reparar, remendando as fissuras
Esforço excessivo devido ao
Perigo e instalando um sistema de
empuxo do aterro sobre a es-
Perda da estrutura de saída de drenos no maciço de solo junto
trutura. Deficiência na armadu-
água expõe o maciço à erosão à estrutura de concreto. Uma
ra da estrutura de concreto. Má
pelo fluxo liberado. substituição total da estrutu-
qualidade do concreto.
ra de saída de água pode ser
necessária.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
Estender a tubulação além do
pé do talude. Proteger o maciço
SAÍDA DA ÁGUA LIBERADA ERO- com rip-rap assente sobre uma
DINDO O PÉ DA BARRAGEM (3) camada de solo bem compac-
tado. Construir uma estrutura de
Tubulação de saída de água concreto na saída da tubulação
Tubulação de saída de água
muito curta. Falta de bacia para orientar o fluxo e dissi-
muito curta. Falta de bacia de
de dissipação na saída do par energia. Um engenheiro
dissipação na saída do conduto.
conduto. qualificado deve inspecionar a
barragem e orientar as ações a
ser tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.
Examinar cuidadosamente a
ÁGUA DE INFILTRAÇÃO SAINDO área para tentar determinar a
POR UM PONTO ADJACENTE À causa. Verificar se a água está
SAÍDA DE ÁGUA (4) carreando partículas de solo.
Determinar a quantidade do
fluxo. Se o fluxo aumentar ou for
Tubulação da tomada de Perigo carregado material do maciço, o
água quebrada. Um caminho Um fluxo contínuo pode induzir nível do reservatório deverá ser
preferencial para percolação erosão do material do maciço e rebaixado até que a infiltração
se desenvolveu ao longo da provocar a ruptura da barra- pare. Um engenheiro qualificado
tubulação de saída. gem. deve inspecionar a barragem e
recomendar outras ações a ser
tomadas.

EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-


GENHEIRO.

FALHAS NO SISTEMA DE COMPORTA (BC7)


ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DETRITOS PRESOS EMBAIXO
DA COMPORTA (1) Elevar e baixar a comporta
vagarosamente até os detritos
A comporta não pode ser
serem soltos e levados pela
Grade de proteção quebrada ou fechada. A válvula ou haste
água. Usar equipe de mergulha-
faltante. pode sofrer danos no esforço de
dores para remover os detritos.
fechar a comporta.
Reparar ou substituir a grade de
proteção.

COMPORTA RACHADA (2)


Manter a comporta somente
nas posições completamente
Ferrugem, efeitos de vibração
A comporta pode romper fechada ou completamente
ou tensão resultante do esforço
completamente, esvaziando o aberta. Evitar a operação da
empregado para fechar a com-
reservatório. comporta até que seja reparada
porta que estava emperrada.
ou substituída. Reparar ou subs-
tituir a comporta.

DANOS NO BERÇO OU GUIAS


DA COMPORTA (3) Evitar a operação da comporta
até que o berço e as guias sejam
Vazamento ou perda de suporte
Ferrugem, erosão, cavitação, reparados ou substituídos. Se a
da comporta. A comporta pode
vibração ou desgaste. causa for cavitação, checar se
emperrar e se tornar inoperante.
existe tubo de ventilação e se
ele está desobstruído.

166 Manual do Empreendedor sobre Segurança de Barragens


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FALHAS NO SISTEMA DE COMPORTA (BC7)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DISPOSITIVOS DE CONTROLE
(4)

1. BLOCO DE SUPORTE QUE- Minimizar ou suspender o uso


BRADO: deterioração do concre- do sistema de operação da
to. Força excessiva na tentativa comporta. Se a tomada de
Bloco de suporte pode inclinar,
de abrir a comporta. água possuir uma segunda
levando a haste de controle
2. HASTE DE CONTROLE válvula, considerar seu uso para
a emperrar. A comporta pode
QUEBRADA OU DOBRADA: regular as liberações até que os
não abrir completamente. O
ferrugem. Força excessiva na reparos possam ser feitos. Um
bloco de suporte pode romper,
abertura ou fechamento da engenheiro qualificado deve
deixando a tomada de água
comporta. Guias das hastes inspecionar a tomada de água
inoperante. Perda de suporte da
inadequadas. e orientar outras ações a ser
haste de controle. A haste pode
3. GUIAS DAS HASTES FALTAN- tomadas.
quebrar ou entortar, mesmo no
TES OU QUEBRADAS: ferrugem.
seu uso normal.
Lubrificação inadequada.
Excesso de força na abertura ou EXIGIDA A PRESENÇA DE EN-
fechamento da comporta. GENHEIRO.

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