Sistemas de coordenadas

no plano cartesiano
O que são sistemas de coordenadas em um plano cartesiano?

Sistema de coordenadas no plano cartesiano é um esquema reticulado

necessário para especificar pontos num determinado "espaço" com dimensões.
A ideia para este sistema foi desenvolvida em 1637 pelo matemático
francês e filósofo Descartes. O sistema consiste de duas retas
perpendiculares, chamadas eixos cartesianos que se interceptam em suas
origens.

O plano cartesiano é formado por duas

retas: Uma responsável pela coordenada
horizontal e outra responsável pela
coordenada vertical. É comum usar as
letras “x” para a primeira e “y” para a
segunda. Onde usa-se o termo
“coordenada x” e “coordenada y”.
Sistema de coordenadas Absolutas e Incrementais

• Coordenadas Absolutas
Coordenadas absolutas são aquelas onde toda coordenada parte de
um único ponto, que é o X0, Y0 e Z0. E vão crescendo ou decrescendo
numericamente.
Para aplicar!

1-) Preencha a tabela com as respectivas coordenadas ABSOLUTAS.

1 0
3 0
4 2,5
4 4
1,5 4
1,5 6
0 6
0 2
• Coordenadas Incrementais
As coordenadas incrementais têm seu ponto de partida a partir do
último ponto coordenado, ou seja, o último ponto sempre passa a ser X0, Y0 e
Z0.
Para aplicar!

2-) Preencha a tabela com as respectivas coordenadas INCREMENTAIS.

1 0
2 0
1 2,5
0 1,5
-2,5 0
0 2
-1,5 0
0 -4
Introdução ao sistema de coordenadas na programação CNC
Todas as máquinas-ferramenta CNC são comandadas por um sistema
de coordenadas cartesianas na elaboração de qualquer perfil geométrico.

Em tornos CNC geralmente temos apenas dois eixos ou coordenadas

principais, sendo eles;
• Eixo X: movimento transversal
• Eixo Z: movimento longitudinal
 Em Centros de Usinagem e Fresadoras CNC geralmente temos um
sistema de três eixos ou coordenadas, sendo eles:
• Eixo X: eixo longitudinal
• Eixo Y: eixo transversal
• Eixo Z: eixo vertical
 Para que as máquinas CNC possam trabalhar em pontos específicos
durante o processo de usinagem há a necessidade de utilizar sistemas de
referência, que equivalem aos sentidos de movimentação da mesa da
máquina, com os eixos “X” e “Y” e o cabeçote da máquina com o eixo “Z” .
Esse três eixos representam um plano cartesiano.
 Todo o sistema de posicionamento das máquinas CNC é composto por
estes eixos do plano cartesiano fisicamente. Esses posicionamentos também
são chamados de coordenadas, dependendo do tipo de máquina em que são
utilizados. As direções de coordenadas dos eixos seguem a chamada “regra
da mão direita”.

Quando se está de frente para a máquina, o dedo médio representa o

eixo árvore da máquina, temos o dedo polegar representando o eixo “X+” e o
dedo indicador representando o eixo “Y+”.
Pontos de Referência para máquinas CNC

• Ponto Zero da Máquina: “M” (MACHINE)

O ponto zero da máquina, é definido pelo fabricante da mesma. Ele é o
ponto zero para o sistema de coordenadas da máquina e o ponto inicial para
todos os demais sistemas de coordenadas e pontos de referência.

• Ponto de Referência: “R” (REFERENCE)

Serve para aferição e controle do sistema de medição dos movimentos
da máquina. Ao ligar a máquina, sempre se deve deslocar o carro até esse
local, antes de iniciar a usinagem, este procedimento define ao comando a
posição do carro em relação ao zero máquina.

• Ponto Zero da Peça: “W” (WORK)

Este ponto é definido pelo programador e usado por ele para definir as
coordenadas durante a elaboração do programa. Recomenda-se colocar o
ponto zero da peça de tal forma que se possam transformar facilmente as
medidas do desenho da peça em valores de coordenadas.
Pontos de origem (zero peça ou “W”)

O ponto zero peça é o mais importante na programação CNC. É

determinado pelo programador como uma das medidas preliminares na
execução do programa CNC .
É recomendável que a definição do ponto zero peça seja feita em um
ponto que facilite transformar as medidas do desenho em valores de
coordenadas para programação.

• É comum que nos Tornos CNC se determine o zero peça:

1-) Referência a face da peça.

*Desta maneira todos os

valores de coordenadas
atribuídas ao eixo “Z” serão
negativas.

Figura 1
2-) Referência no encosto das castanhas.

*Desta maneira todos os

valores de coordenadas
atribuídas ao eixo “Z” serão
positivos.

Figura 2

O exemplo citado na Figura 1 é comumente usado em peças que não

necessitem de segunda operação, ou não demandem de alta taxa de
repetibilidade.
Já o exemplo da Figura 2 é mais usada quando há necessidade de
segunda operação ou demandem de alta repetibilidade, neste caso geralmente
usa-se castanhas moles e usina-se o alojamento onde a peça será encostada.
• Já em Centros de Usinagem e Fresadoras CNC existem uma grande
variação de zero peça, onde o programador irá utilizar a que mais lhe
atender no momento da preparação. Porém duas delas são mais comuns
de serem utilizadas.

1-) Referência na aresta da peça.

*Desta maneira os eixos “X” e

“Y” são posicionados em uma
aresta específica, podendo ainda
o eixo “Z” ser referenciado tanto
na face superior quanto na face
inferior da peça .
1-) Referência no centro da peça.

*Desta maneira os eixos “X” e

“Y” são posicionados no centro
da peça, podendo ainda o eixo
“Z” ser referenciado tanto na
face superior quanto na face
inferior da peça .

Não podemos deixar de ressaltar, que para cada tipo de peça é

possível utilizar uma forma diferente de origem “W”.
A origem deverá sempre levar em consideração o tipo de usinagem
que será executada, em casos de retrabalhos sempre é aconselhado que se
tome como origem uma parte da peça que esteja usinada e que se conheça as
dimensões .
Aplicando o sistema de coordenadas em peças.
1-) Preencha a tabela com as respectivas coordenadas ABSOLUTAS.
(desconsiderando o raio)

400 300
60 80
0 80
38 80
40 78
40 60
54 60
54 40
75 40
75 35
80 30
400 300
Aplicando o sistema de coordenadas em peças.
1-) Preencha a tabela com as respectivas coordenadas ABSOLUTAS.
(desconsiderando o raio)

-50 10 10
-50 10 -7
80 10 -7
100 40 -7
80 70 -7
60 70 -7
10 40 -7
10 -50 -7
10 -50 50