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No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor. Ele estava sentado em um trono alto, e a
borda de seu manto enchia o templo. Acima dele havia serafins, cada um com seis asas: com
duas asas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. Diziam em alta
voz uns aos outros: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia de
sua glória!" Suas vozes sacudiam o templo até os alicerces, e todo o edifício estava cheio de
fumaça. Então eu disse: "Estou perdido! É o meu fim, pois sou um homem de lábios impuros
e vivo no meio de pessoas de lábios impuros. Meus olhos, porém, viram o Rei, o Senhor dos
Exércitos!". Então um dos serafins voou em minha direção, trazendo uma brasa ardente que
ele havia tirado do altar com uma tenaz. Tocou meus lábios com a brasa e disse: "Veja, esta
brasa tocou seus lábios. Sua culpa foi removida, e seus pecados foram perdoados". Então
ouvi o Senhor perguntar: "Quem enviarei como mensageiro a este povo? Quem irá por
nós?". E eu respondi: "Aqui estou; envia-me".
Isaías 6:1-8
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Para experimentarmos mais de Deus...
I. Precisamos de uma Nova Consciência do Caráter de Deus. (Isaías 6: 1-4)
A. “No ano em que o rei Uzias morreu…” v1
Uzias tinha sido um rei grande e poderoso.
Ele começou a reinar quando tinha apenas 16 anos e reinou por 52 anos.
Ele buscou a Deus e Deus o fez prosperar.
Ele era um guerreiro poderoso e Deus lhe deu muitas grandes vitórias.
Ele transgrediu contra o Senhor mais tarde em seu reinado e Deus o feriu com lepra
até o dia em que morreu.
Nos seus dias tudo girava em torno do rei, e com ele morto havia um grande vazio, porque
tinha sido um grande rei.
Isaías talvez estivesse de olho no grande rei, mas agora Deus o remove de sua vista.
Ele descreve um evento que aconteceu em sua vida que o mudou para sempre e o tornou um
homem diferente.
Como muitos que estão preocupados com outras pessoas ou coisas, Isaías não estava se
concentrando em Deus.
Isaías profetizou durante o reinado de quatro reis. Uzias foi o primeiro deles, o que nos faz
concluir que nesta época ele era ainda bem jovem. E na condição de jovem, provavelmente
era um admirador do rei Uzias, pois ele foi um dos reis que mais deu vitórias a Israel em
toda a sua história; provavelmente, como um general de guerra sua fama tenha ficado apenas
atrás de Davi. A nação respeitava e amava este homem que lhe havia devolvido a glória e o
prestígio. O relato bíblico deixa claro o sucesso que este homem desfrutou governando a
nação:
(2 Crônicas 26.6-15)
Uzias foi um líder respeitado e admirado. E podemos afirmar com toda a certeza, que o
jovem profeta o admirava. Mas foi somente quando morreu o rei natural, carnal, que seus
olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. Há um princípio espiritual aqui. Somente quando
morreu o rei Uzias é que os olhos de Isaías se abriram para a revelação de Deus como rei.
Ele viu o Senhor assentado num trono, o lugar de autoridade dos reis. Ele viu as orlas de seu
manto real enchendo todo o templo. Mas para que pudesse ver o rei espiritual, o carnal teve
que morrer. Esta é uma figura profética. Se queremos ver o Rei, entrando numa nova
experiência com Deus, primeiro Uzias tem que morrer em nossas vidas.
O QUE UZIAS SIMBOLIZA
O rei Uzias figura este comportamento que temos denunciado desde o primeiro capítulo
deste livro, de querer usar Deus como um trampolim para receber aquilo que se deseja, sem
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um forte senso de compromisso, de aliança com Deus. Ele começou corretamente, mas
depois demonstrou o que de fato estava em seu coração.
“Ele fez o que era reto perante o Senhor, segundo tudo que fizera Amazias, seu pai. Propôs-
se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era entendido nas visões de Deus; nos dias em
que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar”. (2 Crônicas 26.4,5)
O texto bíblico diz que “ele foi maravilhosamente ajudado (pelo Senhor) ATÉ QUE se
tornou forte”(v.15). Esta expressão “até que” nos mostra que a partir de então Deus já não
era necessário para ele, pois já chegara onde queria. Uzias é o retrato do sentimento que há
no coração de todos os que buscam ao Senhor por interesse, apenas para alcançar o que
querem. Tão logo Uzias alcançou o sucesso, Deus se tornou descartável para ele. E assim são
tantos que se dizem cristãos! Sei o que estou falando. Nestes últimos anos de pastoreamento
tenho percebido o quanto isto ocorre no meio do rebanho.
É só chegar a época do vestibular e a moçada se “converte”. Depois que entram na
universidade se esquecem que serviam a Deus e correm atrás do pecado. Quando querem
namorar e precisam da “benção de Deus” então, nem se fala! Mas depois que foram
“abençoados” voltam as costas ao Senhor e vão para a cama com a “benção” que receberam.
Tenho visto as pessoas chegarem à igreja porque precisavam de restauração familiar e,
quando isto aconteceu, não havia mais nem sombra delas! Outros necessitavam de
restauração financeira, outros de cura, e assim por diante… E quando recebiam o que
queriam, Deus já não era mais tão importante. Isto acontece porque o ser humano é egoísta
por natureza. Sua carne o leva a pensar somente em si mesmo.
Se não ensinarmos estas verdades, iremos falhar e ver muitos outros falhando também. É
preciso confrontar o coração com a verdade da Palavra. E se quebrantar diante de Deus. Veja
o comportamento de Uzias:
“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu
transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar
incenso no altar do incenso”. (2 Crônicas 26.16)
O rei Uzias é símbolo e figura da auto-suficiência, do orgulho, e da falta de compromisso
com Deus. Representa aquele tipo de pessoa para quem Deus é apenas um amuleto.
Representa aquele tipo de crente que não corresponde com Deus e suas intervenções, pois é
egoísta e só pensa em si mesmo.
Uzias tem que morrer se queremos ver a glória do Senhor e entrar numa dimensão mais
profunda de intimidade com ele. Somente quando Uzias morre (e falo sobre deixar esta
atitude que ele teve) é que veremos o Rei, o Senhor dos Exércitos. Esta nossa atitude
descompromissada e interesseira no que diz respeito aos milagres nos tem impedido de
provar uma visitação maior da parte do Senhor. É tempo de nos arrependermos diante de
Deus e assumirmos uma nova postura, uma nova mentalidade. Uzias tem que morrer! Mas
como isto acontece?
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B. “Eu também vi o Senhor…” (Isaías 6:1)
Isaías, agora incapaz de olhar para Uzias, olha para Deus e descobre como Deus realmente é.
Ele viu o Senhor entronizado.
O trono de Israel estava vazio, mas o de Deus estava ocupado.
Grandes líderes vêm e vão, mas Deus permanece!
A fim de fazer um serviço bem-sucedido para Deus, devemos ter uma visão do Cristo
entronizado.
Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Ele viu os atendentes do Senhor.
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Sua visão fez algo por Isaías.
Isso o mudou completamente.
Ele não gritou, ele começou a soluçar.
Isso o fez chorar porque o levou a um sentimento de pecado.
Esta é a maior necessidade para nós vermos avivamento!
Ele gritou: “Ai de mim!”
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III. Precisamos de uma nova preocupação com as almas dos homens. (Isaías
6:8)
A. “A quem enviarei, e quem irá por nós…?”
Deus pediu voluntários. Ele está procurando alguém para enviar para contar aos outros a
preciosa verdade a respeito de Cristo.
Deus está sempre procurando alguém que o represente.
C. “…Envie-me…”
Quando Isaías disse: “Envia-me” Deus disse. “Vai”.
Se não estivermos dispostos a ir, quem irá?
Deve haver dentro de nós uma prontidão para obedecer à vontade de Deus e levar a
mensagem àqueles que nunca ouviram.
Conclusão
O que será necessário para um avivamento genuíno?
Uma nova consciência de Deus, uma nova consciência de si mesmo e uma nova preocupação
com as almas.
Deus quer enviar avivamento, mas devemos estar dispostos a recebê-lo dEle. Quando nossos
corações estão certos, então estamos prontos para servir.
Os benefícios de ter um encontro com Deus é que a partir desta experiencia não seremos
mais os mesmos. As áreas de nossas vidas são transformadas.
O Senhor está disposto a gerar experiencias únicas em cada um de nós. Necessário é que
venhamos reconhecer os nossos erros, nossas falhas e entendermos que somos o vaso e Deus
é o Oleiro.
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Devemos permitir que Deus nos transforme, pois, isso é algo totalmente necessário para
termos um encontro especial com Deus.
O que deve prevalecer não é a nossa vontade, mas sim a vontade de Deus, não o nosso
querer, mas sim o querer de Deus.
Chegamos até aqui nos perguntando: porque ainda não tivemos um encontro com Deus?
A resposta é: infelizmente muitas vezes até vemos a glória de Deus, mover e agir, mas não
reconhecemos a necessidade de renunciar o nosso eu. Precisamos reconhecer que somos
pecadores e permitir que Deus mude nossas vidas.
Apenas reconhecendo nossas falhas, erros, defeitos e pecados poderemos nos envolver com a
glória de Deus, e ser como profeta Isaías. Um homem cheio da Glória de Deus e com um
coração quebrantado que reconheceu diante de um poder incomparável, que era necessário
abandonar os seus pecados e viver em uma vida de santidade.