Você está na página 1de 9

ISSN 2526-7043 www.sbagro.org.br DOI: http://dx.doi.org/10.31062/agrom.v31.

e027116

Temperatura base e plastocrono de uma variedade de lúpulo


Igor Augusto Campos Barreto1 e Felipe Gustavo Pilau1(*)

1
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Av. Pádua Dias, 11, CEP 13418-900 Piracicaba, SP.
E-mails igbarreto.ib@gmail.com e fgpilau@usp.br
(*)
Autor para correspondência.

INFORMAÇÕES RESUMO

História do artigo: Diante da crescente expansão da área e produção de lúpulo no Brasil, o objetivo
Recebido em 16 de agosto de 2022 deste trabalho foi estimar a temperatura basal inferior (Tb) para o surgimento de
Aceito em 5 de fevereiro de 2023 nós, caracterizando o crescimento da cultura em uma região de clima tropical. A
pesquisa foi realizada em uma área experimental da Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz”, em Piracicaba, SP. Para o experimento foram utilizadas sete
Termos para indexação:
plantas de lúpulo (var. Cascade), conduzidas em vasos sob sistema de treliça baixa.
Humulus lupulus L.
O monitoramento da emissão de nós se estendeu de 17/05/2021 a 20/07/2021.
temperatura do ar
Temperatura do ar, radiação solar global e precipitação pluvial foram monitorados.
crescimento vegetal.
A Tb foi determinada através dos métodos do desvio padrão em dias (SDd) e do
coeficiente de variação em graus-dia (CVgd). Os valores de Tb obtidos pelos métodos
de CVgd e SDd foram 5,2 °C e 5,8 °C, respectivamente. O tempo para a emissão
sucessiva de nós (plastocrono) foi de 92 °C dia nó-1 (SDd) e 96 °C dia nó-1 (CVgd).

© 2023 SBAgro. Todos os direitos reservados.

Introdução 2015; Bauerle, 2019). Os principais produtores são Estados


Unidos e Alemanha, responsáveis por 75 a 80% da produ-
O Humulus lupulus L., conhecido como lúpulo comum, é ção (Durello et al., 2019; Hop Growers of America, 2019).
uma das três espécies de Humulus da família Cannabeaceae, No Brasil, apesar de ser o terceiro maior produtor mun-
a de maior importância econômica (Dodds, 2017; Korpelai- dial de cerveja, a produção de lúpulo ainda é muito inci-
nen & Pietiläinen, 2021). Suas inflorescências femininas piente (Guimarães et al., 2021). As pequenas áreas de pro-
produzem a lupulina, um pó granuloso usado como ma- dução estabelecidas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina,
téria prima na indústria cervejeira, conferindo amargor e maior estado produtor, com destaque à região de Lages
aroma típicos à bebida. Por isso é considerado ingrediente (clima subtropical), não atendem a demanda da indústria
fundamental para a caracterização dos produtos cervejei- nacional. Dessa forma, o país necessita importar em média
ros modernos (Durello et al., 2019; Fagherazzi, 2020; Mar- 4.000 toneladas de lúpulo por ano (De-Souza et al., 2021).
ceddu et al., 2020). Entretanto, com o aumento do número de microcerve-
Mundialmente, a área de produção de lúpulo é de jarias nacionais, a busca por produtos diferenciados tem
62.110 hectares, localizada entre 35° e 55° de latitudes Nor- incentivado a sua pesquisa e a produção comercial em no-
te e Sul, com produção concentrada em um período do ano vas regiões, especialmente nos estados de São Paulo (Al-
bem definido, entre março e setembro, meses de prima- meida, 2020; Sousa, 2021; Neves, 2022) e do Rio de Janeiro
vera – início do outono no Hemisfério Norte (Biendl et al., (Fernandez et al., 2020; Aquino et al., 2022), mas também

Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.


em regiões como Brasília (DF) (Guimarães et al., 2021). As- produção de lúpulo no Brasil, e da necessidade de conhe-
sim, o cultivo do lúpulo tem prosperado em áreas de baixa cer melhor a ecofisiologia das plantas, o objetivo deste tra-
latitude, usando-se variedades adaptadas às condições de balho foi determinar a temperatura basal inferior (Tb) e o
clima subtropical e tropical (Brewers Association, 2020; tempo térmico para a emissão de nós (plastocrono), carac-
Acosta-Rangel et al., 2021; Agehara et al, 2021). terizando o desenvolvimento da cultura em uma região de
Frente às condições meteorológicas diferenciadas, o clima tropical.
crescimento e desenvolvimento das variedades usadas de
lúpulo apresentam distinções em relação ao observado nas Material e métodos
áreas de produção tradicionais, em clima temperado. Ta-
xas de crescimento diferenciadas, ocorrência de mais de O trabalho foi realizado em uma área experimental da
um ciclo reprodutivo ao ano e ausência de dormência são Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Univer-
algumas das alterações ecofisiológicas verificadas (Spósito sidade de São Paulo, denominada Fazenda Areão (22°41’
et al., 2019; Acosta-Rangel et al., 2021; Jastrombek et al., 38”S, 47°38’ 29” W; 550m), em Piracicaba, SP. O clima da re-
2022). gião é o Cwa - tropical úmido (Köppen), com estação chu-
Para melhor compreender esses aspectos é funda- vosa entre outubro e março (primavera/verão) e estação
mental que se analise a resposta da planta aos elementos seca nos meses de outono e o inverno (Alvares et al., 2014).
meteorológicos, a fim de determinar os parâmetros agro- A temperatura do ar média anual é de 22,3 °C, a precipita�-
climáticos da cultura. Dentre tais, a temperatura do ar, ção pluvial média anual é de 1347,0 mm e a radiação solar
por exercer acentuada influência sobre o crescimento e o global média é de 16,4 MJ m-2d-1 (Grubert, 2018).
desenvolvimento da planta, deve ser considerada. Nesse O experimento foi conduzido entre os meses de março
sentido é importante que sejam determinadas as tempera- e julho de 2021. Foram cultivadas e analisadas sete plantas
turas cardeais da cultura, também denominadas tempera- de lúpulo da variedade Cascade, conduzidas em vasos plás-
turas basais (Muttoni et al., 2017; Ferreira et al 2019; Silva ticos com volume de 18 L. Os vasos foram preenchidos com
et al., 2020). cascalho na parte inferior (20% do volume, para facilitar a
1 De acordo com
distrófico Kralj (1962)formação
latossólico, e Srečec et al. (2008), a somaorigem
Corumbatai, drenagem)
siltito e(Embrapa,
solo (80% do2018;
volume). O solo usado
Lourenço, foi clas-
2020). A
térmica exigida pelo lúpulo entre o início da fase vegeta- sificado como Nitossolo vermelho distrófico latossólico,
2 adubação de plantio foi de 20g de NPK 4-30-10, mais 6,4% de Ca. As mudas de lúpulo, com 3 a 4
tiva à maturidade fenológica seria de 2400 a 2500 °C dia, formação Corumbatai, origem siltito (Embrapa, 2018; Lou-
3 definido
folhas,para zonastransplantadas
foram de clima temperado, considerando
aos vasos a
em 10/03/2021.renço, 2020). A adubação de plantio foi de 20g de NPK 4-30-
temperatura basal inferior (Tb) de 5 °C. 10, mais 6,4% de Ca. As mudas de lúpulo, com 3 a 4 folhas,
4 Após um período de aclimatação de 30 dias, em 10/04/2021 iniciou-se o manejo de
A soma térmica, correlacionada ao desenvolvimen- foram transplantadas aos vasos em 10/03/2021.
5 to tutoramento.
vegetal, é usadaFoi adotado
para avaliar aum sistema
resposta de condução
fisiológica das por Após
treliçaumbaixa (Figura
período 1) (Kořen, de
de aclimatação 2007;
30 Dodds,
dias, em
plantas as condições ambientais, relacionada a processos 10/04/2021 iniciou-se o manejo de tutoramento. Foi ado-
6 2017). Para o tutoramento das plantas foi usado barbante de algodão de 3,0mm. Para a condução
fisiológicos como o aumento da área foliar, absorção da ra- tado um sistema de condução por treliça baixa (Figura 1)
7 das plantas foram selecionados os três
diação solar, fotossíntese, acúmulo de fitomassa e evapo-ramos mais vigorosos,
(Kořen, 2007;tutorados verticalmente
Dodds, 2017). até o limite
Para o tutoramento de
das plantas
transpiração (Sinclair et al., 2004; Streck et al., 2005; Dellai
8 2 m de altura. Após atingir a máxima altura defoicondução usado barbante de algodão de 3,0mm. Para a condução
vertical, os ramos passaram a ser
et al., 2005). Para a cultura do lúpulo, mesmo após extensa das plantas foram selecionados os três ramos mais vigoro-
9 conduzidos
revisão lateralmente,
de literatura, até o dados
não se encontrou fim do períodoaoexperimental.
referentes sos, tutorados verticalmente até o limite de 2 m de altura.
plastocrono, ou seja, tempo térmico exigido para a emissão Após atingir a máxima altura de condução vertical, os ra-
10
de nós e, consequentemente, aumento da área foliar. mos passaram a ser conduzidos lateralmente, até o fim do
11 Desta forma, diante da crescente expansão da área e período experimental.
12
Figura
13 Figura 1. Representação
1. Representação dosas vasos
dos vasos com com
plantas de as eplantas
lúpulo, dedelúpulo,
do sistema conduçãoepor
dotreliça
sistema
baixa.de condução
Detalhe por treliça
dos três primeiros vasos
à esquerda, dispostos sobre lisímetros de pesagem.
14 baixa. Detalhe dos três primeiros vasos à esquerda, dispostos sobre lisímetros de pesagem.

15
16 A irrigação dos vasos, por sistema de gotejo, foi automatizada a partir do monitoramento do
Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.

17 peso dos vasos sob os lisímetros (Figura 1). A irrigação era realizada sempre que o vaso atingisse o
16 temperatura basal (Tb) aquele que apresenta o menor coeficiente de variaç
17 do desvio padrão em graus dia do período (SD gd) pela média dos grau
18 considerando uma temperatura basal Tbi dentro de uma faixa de valores d
19 determinados (equação 2):
A irrigação dos vasos, por sistema de gotejo, foi auto- peratura basal Tbi de uma série de temperaturas Tb, GDa =
SDgd
matizada a partir do monitoramento do peso dos vasos20 média CV gd =de graus-dia .100 acumulados. (2)
GD a
sob os lisímetros (Figura 1). A irrigação era realizada sem- Para o método do coeficiente de variação em graus-dia
pre que o vaso atingisse o limiar de peso pré-estabelecido21 (CV ondegd)CV asgdtemperaturas
é o coeficientebasais inferiores,
de variação atribuídas
em graus-dia; SDpara
gd é o desvio pad

(peso de irrigação). O peso de irrigação foi obtido a partir22 análises, um valor também de temperaturavariaram de 0Tb°Ci de
basal a 15
uma°C, série
com intervalos
de temperaturas Tb, GD
do peso do vaso em condições de capacidade de campo, de23 de 1 °C.
acumulados.
9,0 kg vaso-1, do qual foi descontado o valor da lâmina da Estabelecidas as temperaturas basais para cada méto-
24 Para o método do coeficiente de variação em graus-dia (CV gd)
irrigação (LI) de 166,6 cm , relativo à vazão do sistema de
3
do, determinou-se o tempo térmico acumulado em graus-
25 inferiores, atribuídas para análises, também variaram de 0 ºC a 15 ºC, com
irrigação (2 L h-1) com turno de rega de 5 min. -dia (GDac, °C dia) do período de emissão de nós (Arnold,
Para quantificar a emissão de nós, devido à irregu­ 26 Estabelecidas
1959) (equação 3): as temperaturas basais para cada método, determi
laridade de forma do limbo e tamanho das lâminas foliares,27 acumulado em graus-dia (GDac, °C dia) do período de emissão de nós (Arno
foi definido como uma nova unidade quando o par de n

folhas apresentava o limbo foliar liso, sem rugosidade 28 GD ac= ∑ ( Tari−Tb ) (3) (3)
i=1
visível e com coloração verde escura. O monitoramento da
29 onde Tar i é a Temperatura média do ar do dia (°C) no período i, Tb é a t
emissão de nós se estendeu de 17/05/2021 à 20/07/2021. O onde é a Temperatura média do ar do dia (°C) no período
30 (ºC) e n é o número referente ao período i.
monitoramento considerou os ramos principais e também i, Tb é a temperatura basal inferior (°C) e n é o número re-
as ramificações laterais. ferente ao período i.
Dados de temperatura mínima (Tmin, °C), média (Tmed, O plastocrono (°C dia nó-1) foi considerado como sendo
°C) e máxima (Tmáx, °C) do ar, radiação solar global (Qg, o inverso do coeficiente angular da regressão linear entre
MJ m dia ) e chuva (P, mm) foram coletados na estação
-2 -1
o número de nós e/ou par de -1-1folhas (Nf) e tempo térmi-
1 O
O plastocrono
plastocrono (°C dia
(°C dia nó
nó-1)) ,foi
dia (GD foi considerado como sendo
sendo oo inverso
°C considerado
dia) (Baker como inverso
1 5
automática do Posto Meteorológico do Departamento de 1 co acumulado em graus ac
& Reddy,
2 regressão linear entre o número de nós e/ou par de folhas (N f) e tempo térm
Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP, localizado a 2 2001; regressão Streck linearet al., 2005;
entre Paula &
o número deStreck,
nós e/ou2008):
par de folhas (Nff) e tempo térm
2,07 km do local do experimento. 3 dia
3 dia (GDac (GD ac, °C dia) (Baker & Reddy, 2001; Streck et
ac
, °C dia) (Baker & Reddy, 2001; Streck et al.,
al., 2005;
2005; Paula
Paula &
& Stre
Stre
1 Para a determinação da temperatura basal inferior (Tb) 44 N ff =α . GD ac
MJ m -2
dia -1
) e chuva (P, mm) foram coletados na N =α
estação . GD +
automática
β
ac + β do Posto (4)
(4) (4)
f ac
2 do lúpulo foram utilizados os métodos do desvio
Meteorológico do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP, padrão N
N fff localizado a 2,07
1 em dias MJ(SD m ) (Arnold,
-2
dia -1
) 1959)
e chuva e coeficiente
(P, mm) de variação
foram em
coletados 5 na α
5 =
α estação
= automática do Posto (5)
(5) (5)
3 km do local do experimento.
d GD
GDac +
ac + β β
graus-dia (CV ) (Yang et al., 1995).
ac
2 Meteorológico do Departamento
Para a gddeterminação da de Engenhariabasal
temperatura de Biossistemas
inferior (Tb) da do
ESALQ/USP, localizado a 2,07
Plc=lúpulo foram utilizados os
4 1
1
Para o método do desvio padrão em dias (SDd) atri- 6
6 Plc= (6)
(6) (6)
3 km do
métodos local
do do
desvioexperimento.
padrão em dias (SD
α
α
d) (Arnold, 1959) e coeficiente de variação em graus-dia
5
buiu-se a priori temperaturas basais inferiores, variando
4 Para aetdeterminação da temperatura basal inferior (Tb) 7
7 do lúpulo foram utilizados os
6 em
(CVescala
gd) (Yang unitária de 0 °C a 15 °C. Posteriormente, deter�-
al., 1995).
métodosPara do desvio padrão em Resultados eeinferiores,
Discussão
(SDdias (SD d) (Arnold, 1959) e coeficiente de variação em graus-dia
8 Resultados Discussão
5
7 minou-se o odesvio
método padrão
do desvio ) em
padrão
gd
graus-dias
atribuiu-se para
a prioricada 8
temperaturas Resultados
basais e Discussãovariando
6 temperatura,
(CV gd) (Yang etconsiderando
al., 1995). como temperatura basal infe- 9
9 Durante
Durante o
o período
período de avaliação
de avaliação da da emissão
emissão de de nós/folhas
nós/folhas pel
pel
8 em escala unitária de 0 ºC a 15 ºC. Posteriormente, determinou-se o desvio padrão (Sdd) em graus-
rior à de menor
Para o método valor do dodesvio
desviopadrãopadrãoatribuiu-se
em dias (SD ), con-
a priori Durante
temperatura
temperaturas
temperaturabasais oinferiores,
período
média do
do ararde avaliação
oscilou
variando entreda os emissão
10,8 ºC ede nós/fo-
24,2 ºC. A temperatura
à média osciloudo entre os 10,8 ºC e 24,2 ºC. A temperatura
7 d
10
9 dias para cada temperatura, considerando como temperatura 10basal inferior de menor valor
forme a equação 1:de 0 ºC a 15 ºC. Posteriormente, determinou-se lhas pelas plantas deAlúpulo, a temperatura média do aosar31,9
os- ºC,
8
10
em escala
desvio unitária
padrão em dias (SDd), conforme a equação 1: 11 ficou
11 o desvio
ficou em
empadrão 17,4
17,4 ºC.
(Sdd)
ºC. A temperatura
em graus-
temperatura máxima
máxima chegou
chegou aos 31,9 ºC, no
no dia
dia
cilou entre os 10,8 °C e 24,2 °C. A temperatura média de todo
dias para temperatura mínima atingiu 1,0 ºC em 20/07/2021 (Figura 2).
SDcada temperatura, considerando como temperatura12basal inferior à mínima
temperatura de menor valor1,0doºC em 20/07/2021 (Figura 2).
atingiu
9 12
11 SD d=
gd
(1) o período ficou em 17,4 °C. A temperatura máxima chegou
desvioTpadrão em dias (SDd), conforme a equação 1: A temperatura
temperatura média média se se manteve,
manteve, na na maior parte
parte do
do período
período (Fig
(Fig
ar −Tb i (1) 13 aos 31,9A °C, enquanto amaior
10 13
no dia 28/05/2021, temperatura
onde SD gd limiar (ºC
mínima
limiar
14graus-dia inferior
atingiu
inferiordia) dede 20°CºC,
1,020 ºC, considerado
emconsiderado
20/07/2021 ideal ao desenvolvimento
(Figura
ideal ao desenvolvimento
2). vegetativ
vegetativ
12
11 SD d=SDd é o desvio padrão em dias, SDgd o(1) desvio padrão em14 usando uma série
em −Tb
que,arT ar éi abasais temperatura
(Tbi, ºC)médiae Tbi, do ar de todo período Areferente
temperatura al., média se temperatura
manteve, na maiorem parte do momentos
T 2019;
2019;
15ar (°C) Spósito aet
Spósito etuma
al., 2019).
2019). A
A temperatura máxima
máxima em poucos
poucos momentos ss
13 de temperaturas a temperatura média do15 temperatura
(°C)
ondeeSDTbid aé temperatura
o da
desvio basal
em inferior escolhida
gd o desvioa padrão
priori. em período (Figura 2),os
ospouco umaabaixo
série do limiar inferior de 20 °C,
12
14 basal i dentro faixapadrão dias, SD
de temperaturas pré-estabelecidas. 16graus-dia
16 jamais (ºC
jamais dia) usando
superando
superando 3 5°C.
3 5°C.
O método
de temperaturas do coeficiente
basais de
(Tbi, ºC) e Tb variação em graus-dia considerado ideal ao desenvolvimento vegetativo da cul-
13
15 O método do coeficiente dei, avariação
temperatura
em média do ar(CV
graus-dia (°C))referente
considera a uma
como temperatura
valor de
(CVgd) considera como valor de temperatura basal (Tb) 17 tura (Amoriello, 2019; Spósito et al., 2019).ooAcritério
temperatura
gd
17 Já em relação
Já em relação à temperatura
à temperatura mínima,
mínima, critério para
para que
que aa planta
planta en
en
14 basal i dentrobasal
temperatura da faixa
(Tb) de temperaturas
aquele que pré-estabelecidas.
apresenta o menor coeficiente de variação, resultante da divisão
16 aquele que apresenta o menor coeficiente de variação, re- 18 18 foimáxima em
foi atingido,
atingido, jápoucos
já que
que são momentos
são necessários superou
necessários de de 1
1 aa 2 o limite
2 meses
meses comde 30 °C,
com temperaturas
temperaturas abaixo
abaixo
15 O método do coeficiente dode variação
(SDem graus-dia
média (CV gd) considera como valor de
17 sultante
do desvio dapadrão
divisãoemdograus
desviodiapadrão em graus
período gddia do pe-
) pela jamais
dos superando
graus-dia os 35 °C.
acumulados (GDa),
16 temperatura
ríodo (SDgd) basal
uma (Tb)
pela médiaaquele
dos que apresenta
graus-dia o menor
acumulados coeficiente
(GD de variação,
), 19de valores
Já em
Figura 2. resultante
relação
Temperatura da divisão
à temperatura
máxima, mínima,
pré- média o critério
ee mínima do para
18 considerando temperatura basal Tbi dentro de uma faixa
a 19 Figura de
2. temperatura
Temperatura basal
máxima, média mínima do ar
ar registradas
registradas durant
durant
17 considerando
do desvio uma
padrão
determinados (equação 2):emtemperatura
graus dia basal
do Tbi
período dentro
(SD gd de uma 20
) pela média que
dos a planta
graus-dia
emissão de entrasse
acumulados
nós do lúpulo. em dormência
(GD a), não foi atingido, já
19 20 emissão de nós do lúpulo.
18 faixa de valores
considerando uma de temperatura
temperatura basalbasal
Tbi pré-determinados
dentro de uma faixa que sãodenecessários
de valores temperaturadebasal 1 a 2 pré-
meses com temperaturas abai-
SDgd Tmed Tmax Tmin
20 (equação
CV =
determinados2): .100 (2) xo de 5 °C (Dodds, 2017). Tmed
Tmed Tmax
Tmax Tmin
Tmin
19 gd
GD a (equação 2): 35,0
Nesse período, 35,0 a precipitação acumulada foi de 47,0
35,0
(ºC)
(ºC)
arar(ºC)

SD 30,0
30,0 usando
21 onde CV
CV gd = é .100
gd gd o coeficiente de variação em graus-dia;
(2) SD gd é o desvio padrão em graus-dia
(2) mm. Desse montante,
30,0
36% foram registrados no mês de
20 25,0
25,0
doar

GD 25,0
um valor dea temperatura basal Tb i de uma série de temperaturasmaio, Tb, GD49%a =emmédia
junhode e 15% em julho de 2021 (Figura 3). Por
graus-dia
do

20,0
Temperaturado

22 20,0
20,0
Temperatura

onde CV gd é o coeficiente de variação em graus-dia; SD gd é o desvio padrão em graus-dia


15,0
15,0 usando
Temperatura

21
23 onde CVgd é o coeficiente de variação em graus-dia; SDgd
acumulados. conta do reduzido 10,0 volume precipitado, a suplementação
15,0
10,0
10,0
22
24 éumo desvio
valor padrão
de em
temperatura graus-dia
basal Tbusando
i de uma um valor
série dede tem-
temperaturas
Para o método do coeficiente de variação em graus-dia (CV gd) as temperaturashídrica
Tb, GDvia
a =irrigação
média de foi
5,0
5,0
5,0
frequente,
graus-dia
basais somando 281,1 mm. A
0,0
0,0
23
25
acumulados.
inferiores,
0,0
atribuídas para análises, também variaram de 0 ºC a 15 ºC, com intervalos de 1 ºC.
Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.
24
26
Para o métodoas do
Estabelecidas coeficiente basais
temperaturas de variação em método,
para cada graus-diadeterminou-se
(CV gd) as temperaturas basais
o tempo térmico
25 inferiores, atribuídas
acumulado para(GD
em graus-dia análises, também variaram de 0 ºC a 15 ºC, com intervalos de 1 ºC. Data
Data
Data
27 ac, °C dia) do período de emissão de nós (Arnold, 1959) (equação 3):
18 foi atingido, já que são necessários de 1 a 2 meses com temperaturas abaixo de 5ºC (Dodds, 2017).

19 Figura 2. Temperatura máxima, média e mínima do ar registradas durante o período de análise de


Figura 2. Temperatura máxima, média e mínima do ar registradas durante o período de análise de emissão de nós do lúpulo.
20 emissão de nós do lúpulo.

Tmed Tmax Tmin


35,0

Temperatura do ar (ºC)
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0

Data
21

radiação solar global incidente (Qg) acumulada no período 2019; Mackegard, 2021). As temperaturas basais estimadas
foi de 852 MJ m-2d-1 com uma média diária de 13,12 MJ m-2d- por ambos os métodos também se encontram dentro da
1
. Valores mínimo e máximo foram respectivamente de 3,3 faixa de 4,4 a 6,0 °C usada por Dodds (2017), como faixa de
MJ m-2 d-1 e 16,7 MJ m-2 d-1. valores de temperatura em que o lúpulo entra em estado
A temperatura basal (Tb) estimada a partir dos méto- de dormência.
dos do desvio padrão em dias (SDd) e do coeficiente de va- A diferença entre os resultados de Tb a partir dos mé-
1 riação em graus-dia (CVgd) foi, respectivamente, de 6,0 °C todos do SDd e CVgd, de 0,6 °C (Figura 4), se assemelha ao
(SDd = 1,158) (Figura 4A) e de 5,0 °C (CVgd = 18,936) (Figura observado para valores de Tb para café arábica (Lima & Sil-
4B), determinado para intervalos unitários, de 0 a 15°C. va, 2008). Entretanto, os autores obtiveram o maior valor
Em uma segunda análise (Figura 5), testando valores de Tb pelo método do coeficiente de variação (CVgd =15,4°C;
de temperatura em escala decimal, pelo método do desvio SDd = 14,8°C). Segundo Schmidt et al., (2018), a baixa va-
1 padrão em Nesse dperíodo, a precipitação acumulada riabilidade
dias (SD ) a temperatura basal inferior (Tb) fi- foi de 47,0 da Tbmm.determinada por diferentes
Desse montante, 36%métodos
foram de-
cou em 5,8 °C (Figura 5A) e pelo coeficiente de variação em monstra que os mesmos são viáveis para a determinação
registrados
2 graus-dia (CVgd) anoTb mês de maio,
determinada 49%
foi de 5,2 °Cem junho
(Figura 5B).e 15% em
da Tb dasjulho de 2021 (Figura 3). Por conta do
culturas.
Embora tenham
3 reduzido volume sidoprecipitado,
encontradas diferenças entre os hídrica
a suplementação A via
partir dos resultados
irrigação foi definidasomando
foi frequente, a relação 281,1
entre o
valores de temperatura basal inferior (Tb) estimada pelos tempo para emissão de um nó e a temperatura média
-2 -1
4 dois mm. A radiação
métodos (Figuras 4solar global
e 5), os valoresincidente (Qg)pró-
de Tb ficaram acumulada no período
do ar (Figura foi deo período
6). Durante 852 MJdemavalições
d comdasuma sete
ximos daqueles descritos para as principais
-2 -1 regiões de cul- plantas de lúpulo
5 média diária de 13,12 MJ m d . Valores mínimo e máximo foram respectivamente de 3,3 MJ m d foram contabilizados 244 nós emitidos.
-2 -1

tivo de lúpulo (Zmrzlak, 1991; Zmrzlak & Kajfež-Bogataj, Considerando a temperatura como um dos principais
-2 -1
6 1996;e 16,7 MJet m
Srečec d . Rossini et al., 2016; Spósito et al.,
al., 2008; determinantes ambientais da taxa de emissão de folhas

7 Figura 3. Precipitação, irrigação e radiação solar global durante o período de análise de emissão de
8 Figura
nós3.doPrecipitação,
lúpulo. irrigação e radiação solar global durante o período de análise de emissão de nós do lúpulo.

9
Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.

10 A temperatura basal (Tb) estimada a partir dos métodos do desvio padrão em dias (SD d) e do
20,0

Desvio Padrão em

CVgd
1,00

Figura 4. Determinação da temperatura basal inferior (Tb, ºC) pelos métodos


10,0 do desvio padrão em dias (A) e coeficiente de variação em
graus dias (B). O ponto em vermelho identifica o valor da Tb.
0,50

2,00 Tb = 6ºC 30,0 Tb = 5ºC


A = 1,158 B CVgd = 18,936
0,00 0,0
0,0 5,0 10,0 15,0 0,0 5,0 10,0 15,0
Temperatura basal (ºC) Temperatura basal (ºC)
Desvio Padrão em dias

1,50
1 20,0

CVgd
2 Em uma
1,00 segunda análise (Figura 5), testando valores de temperatura em escala decimal, pelo

3 método do desvio padrão em dias (SDd) a temperatura basal inferior (Tb) ficou em 5,8 ºC (Figura
10,0
4 4A) e pelo coeficiente
0,50 de variação em graus-dia (CVgd) a Tb determinada foi de 5,2 ºC (Figura 4B).

Tb = 6ºC Tb = 5ºC
5 = 1,158 CVgd = 18,936
0,00 0,0
0,0 5,0 10,0 15,0 0,0 5,0 10,0 15,0
6 Temperatura basal (ºC) Temperatura basal (ºC)
1
Figura
7 Figura 5. Determinação
5. Determinação da temperatura
da temperatura basal
basal inferior (Tb, ºC),inferior (Tb,doºC),
pelos métodos pelos
desvio métodos
padrão doe coeficiente
em dias (A) desvio padrão emem
de variação
2 graus-dia (B).Em uma segunda análise (Figura 5),
O ponto em vermelho identifica o valor da Tb. testando valores de temperatura em escala decimal, pelo
8 dias (A) e coeficiente de variação em graus-dia (B). O ponto em vermelho identifica o valor da Tb.
3 método do desvio padrão em dias (SDd) a temperatura basal inferior (Tb) ficou em 5,8 ºC (Figura
1,175 A 19,4 B
4 4A) e pelo coeficiente de variação em graus-dia (CVgd) a Tb determinada foi de 5,2 ºC (Figura 4B).
19,3
Desvio padrão em dias

1,170
5
19,2
CVgd

6 1,165
19,1

7 Figura 5. Determinação
1,160 da temperatura basal inferior (Tb, ºC), pelos métodos do desvio padrão em
19,0
8 dias (A) e coeficiente de variação em
Tb =graus-dia
5,8ºC (B). O ponto em vermelho identifica
Tb = 5,2ºC o valor da Tb.
= 1,158 CVgd = 18,936
1,155 18,9
1,175 A 19,4 B
5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
Temperatura basal (ºC) Temperatura basal (ºC)
19,3
Desvio padrão em dias

9 1,170

(Ritchie, 1993), para a faixa de temperatura média entre o tempo


19,2 de emissão de nós de uma cultura em função da
10 Embora tenham sido encontradas diferenças entre os valores de temperatura basal inferior
CVgd

16,8 °C e 24,5 ° houve correlação negativa entre o tempo


1,165 temperatura, expresso pelo plastocrono (Xue et al., 2004;
11 de(Tb) estimada
emissão de umpelos
par dedois métodos
folhas (nó) e a(Figuras
temperatura4 e 5),Streck
os valores de Tb
et al., 2005).
19,1 ficaram
A Figura próximos
7 apresenta daqueles
essa relação, con-
do ar (Figura 6). Conforme equação ajustada, o tempo siderando a emissão das sete plantas de lúpulo avaliadas,
12 descritos para as 1,160principais regiões de cultivo de lúpulo (Zmrzlak, 1991; Zmrzlak & Kajfež-
cronológico, com aumento da temperatura do ar, foi adotando
19,0 como temperaturas basais os valores obtidos pe-
reduzido de 7,9 a 4,4 dias. Tb = 5,8ºC los dois métodos 5,2 °C (CVgd) eTb 5,8= °C (SDd).
5,2ºC
Eriksen et al. (2020),
1,155
para a cv. Cascade, mostram
= 1,158 au- Os valores
18,9
de plastocrono CVobtidos através das tem­
gd = 18,936

mento da assimilação de carbono (A) com


5,0 5,5 6,0 aumento
6,5 7,0 7,5 8,0da8,5
tem-
9,0 pe­raturas5,0 basais
5,5 6,0do6,5 método
7,0 7,5 do8,0 8,5SDd 9,0
e CVgd foram,
peratura, a partir de 15 °C. A máxima assimilação,
Temperatura próxima
basal (ºC) respectivamente, 92 °C dia nó
Temperatura -1
e °96C
basal (ºC) dia nó-1. Os elevados
9 a 20 micromol CO2 m-2 s-1 foi medida com temperatura de valores do coeficiente de determinação, R2, de 0,99,
1 27 °C, com pouco decréscimo até os 39 °C. Apenas tempera�- expressam uma garantia de que a estimativa do plastocrono
10 turas inferiores a 15 °Ctenham
Embora ou acimasido
dos 45 °C causaram diferenças
encontradas redu�- porentre
estes os
métodos
valoresé adequada (Paula & Streck,
de temperatura basal2008).
inferior
ção em ‘A’ na cv. Cascade. Essa característica ecofisiológica
11 (Tb) estimada pelos dois métodos (Figuras 4 e 5), os valores de Tb ficaram próximos daqueles
esclarece a correlação observada (Figura 6).
12 Embora haja
descritos uma as
para relação entre o tempo
principais cronológico
regiões de cultivoda de lúpulo (Zmrzlak, 1991; Zmrzlak & Kajfež-
emissão de nós e a temperatura do ar, é desejável analisar

Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.


Figura 6. Correlação entre o tempo para a emissão de nós (dias) e a temperatura média do ar (°C).

12

Tempo para emissão de nós (dias) 10

4
y = -0.4492x + 15.457
R² = 0.3073
2 p < 0,05

0
15 17 19 21 23 25
Temperatura média do ar (°C)

Figura 7. Relação entre o número de nós emitidos e os graus-dia acumulados (GD, ºC dia) utilizando a temperatura basal determinada
pelo método do desvio padrão em dias (A) e o método do coeficiente de variação em graus dia (B).

250 250

200 200
Nós emitidos
Nós emtidos

150 150

100 y = 0.0109x + 1.766 100 y = 0.0104x + 1.6909


R² = 0.9998 R² = 0.9998

50 Plc = 92°C dia nó-1 50 Plc = 96°C dia nó-1


 = 0,0109 = 0,0104

0 0
0 5000 10000 15000 20000 25000 0 5000 10000 15000 20000 25000
ΣGD ΣGD

Conclusão Contribuição dos autores

A temperatura basal inferior (Tb) determinada pelo F.G. PILAU concepção e orientação do projeto. I.A.C.
método SDd foi de 5,2 °C e pelo método e CVgd foi de 5,8 °C. BARRETO condução do experimento e coleta dos dados.
O plastocrono do lúpulo, variedade Cascade, foi de 92 °C dia F.G. PILAU e I.A.C. BARRETO foram responsáveis pela reali-
nó-1 (Tb de 5,2°C) e/ou 96 °C dia nó-1 se a Tb usada for de zação das análises de dados, análises estatísticas, redação e
5,8 °C. revisão do manuscrito.

Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.


Referências FERREIRA, M. DE C.; MARTINS, F. B. ; FLORÊNCIO, G. W. L.; SILVA, J. P. G.
C.; PASIN, L. A. A. P. Cardinal temperatures and thermal requirements
for the initial development of two Brazilian native species. Pesquisa
ACOSTA-RANGEL, A.; RECHCIGL, J.; BOLLIN, S.; DENG, Z.; AGEHARA, S. Agropecuária Brasileira, v. 54, e00525, 2019. DOI: 10.1590/S1678-3921.
Hop (Humulus lupulus L.) phenology, growth, and yield under subtropical pab2019.v54.00525.
climatic conditions: Effects of cultivars and crop management. Austra-
lian Journal of Crop Science, v. 15, n. 5, p. 764-772, 2021. DOI: 10.21475/ GRUBERT, D. A. da V.. Consorciação de cana-de-açúcar e canola: de-
ajcs.21.15.05.p3192. sempenho agronômico e bases para simulação. 2018. 87p. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Sistemas Agrícolas) - Escola Superior de
AGEHARA, S.; GALLARDO, M.; ACOSTA-RANGEL, A.; DENG, Z.; RE- Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
CHCIGL, J.; LUO, T.; QIU, Q. Crop Management Practices and Labor
Inputs for Hop Production in Florida: HS1409, 3/2021. EDIS, v. 2021, n. 2, GUIMARÃES, B. P.; EVARISTO, R. B. W.; GHESTI, G. F. Prospecção Tecno-
2021. DOI: 10.32473/edis-hs1409-2021. lógica do Lúpulo (Humulus lupulus L.) e suas Aplicações com Ênfase no
Mercado Cervejeiro Brasileiro. Cadernos de Prospecção, v. 14, n. 3, p.
ALMEIDA, J. M. Análise do óleo essencial de variedades de lúpulo (Hu- 858-858, 2021. DOI: https://doi.org/10.9771/cp.v14i3.33059.
mulus lupulus L.) cultivadas no Brasil por cromatografia gasosa uni
e bidimensional. 2020. 67 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Es- HOP GROWERS of AMERICA. Overview of the hop industry. 2019. Dis�-
tadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu. ponível em:
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. DE M.; https://www.usahops.org/enthusiasts/ Acesso em: 21 mai. 2022.
SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteo-
JASTROMBEK, J. M.; FAGUERAZZI, M. M.; PIEREZAN, H. DE C.; RUFATO, L.;
rologische Zeitschrift, v. 22, n.6, p. 711-728, 2014. DOI 10.1127/0941-
SATO, A. J.; RICCE, W. DA S.; MARQUES, V. V.; LELES, N. R.; ROBERTO, S. R.
2948/2013/0507.
Hop: An Emerging Crop in Subtropical Areas in Brazil. Horticulturae, v. 8,
AMORIELLO, T. Multi-criteria approach for land suitability assessment of n. 5, p. 393, 2022. DOI: 10.3390/horticulturae8050393.
hop cultivation in Italy. International Journal of Agriculture and Envi-
KOŘEN, J. Influence of plantation row spacing on quality and yield of
ronmental Research, v.5, n.2, p.277–286, 2019.
hops. Plant, Soil and Environment, v.53, n.6, p.276-282, 2007. DOI:
AQUINO, A. M. de; TEIXEIRA, A. J.; FONSECA, M. J. de O.; ASSIS, R. L. de; 10.17221/2219-PSE.
OZASSA, T. I. Produção de lúpulo na Região Serrana Fluminense: ma-
KORPELAINEN, H.; PIETILÄINEN, M. Hop (Humulus lupulus L.): Traditional
nual de boas práticas. Nova Friburgo, RJ: Associação Comercial, Indus-
and present use, and future potential. Economic Botany, v.75, p.302-322,
trial e Agrícola de Nova Friburgo - ACIANF, 2022. 140 p.
2021. DOI: 10.1007/s12231-021-09528-1.
ARNOLD, C. Y. The determination and significance of the base tempera-
KRALJ D. Influence of temperature and rainfall on the growth of Sav-
ture in a linear heat unit system. Proceedings of the American Society
inja Golding. Proceedings of I Yugoslavian symposium of hop produc-
for Horticultural Science, v.74, p.430-445, 1959.
tion, Velenje, Slovenia; p.7-20. 1962.
BAKER, J. T.; REDDY, V. R. Temperature effects on phenological develop-
LIMA, E. P.; SILVA, E. L. DA. Temperatura base, coeficientes de cultura e
ment and yield of muskmelon. Annals of Botany, v. 87, p.605-613, 2001.
graus-dia para cafeeiro arábica em fase de implantação. Revista Brasilei-
DOI:10.1006/anbo.2001.1381.
ra de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 12, n.3, p. 266-273, 2008. DOI:
BAUERLE, W. L. Disentangling photoperiod from hop vernalization and 10.1590/S1415-43662008000300007.
dormancy for global production and speed breeding. Scientific Reports,
LOURENÇO, L. F. O efeito da deficiência hídrica em plantas de soja.
v.9, 16003, 019. DOI: 10.1038/s41598-019-52548-0.
2020. 84p. Tese (Doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Quei-
BIENDL, M.; ENGELHARD, B.; FORSTER, A.; GAHR, A.; LUTZ, A.; MITTER, roz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
W.; SCHMIDT, R.; SCHÖNBERGER, C. Hops: their cultivation, composi-
MACKEGARD, I. A hopeful study of hop – agronomic performance his-
tion and usage. Fachverlag Hans Carl, 2015.
torically cultivated hop varieties grown in Uppsala. Swedish Univer-
BREWERS ASSOCIATION. National beer sales and production data, sity of Agricultural Sciences, SLU Faculty/Department: Soil and Environ-
2020. Disponível em: https://www.brewersassociation.org/statistics- ment Agricultural science – soil/plants. 2021.
anddata/national-beer-stats/. Acesso em: 1 jun. 2022.
MARCEDDU, R.; CARRUBBA, A.; SARNO, M. Cultivation trials of hop (Hu-
DELLAI, J.; TRENTIN, G.; BISOGNIN, D. A.; STRECK, N. A. Filocrono em dife- mulus lupulus L.) in semi-arid environments. Heliyon v.6, n.10, e05114,
rentes densidades de plantas de batata. Ciência Rural, v. 35, n.6, p. 1269- 2020. DOI: 10.1016/j.heliyon.2020.e05114.
1274, 2005. DOI: 10.1590/S0103-84782005000600007.
MUTTONI, M.; ALBERTO, C. M.; BARTZ, A. C.; UHLMAN, L. O.; TARTAGLIA,
DE-SOUZA, R.; ADAMS, C. R.; DE-MELO, R. C.; GUIDOLIN, A. F.; MICHEL, V. DE L.; STRECK, N. A. Cardinal temperatures for planting-emergence
A.; COIMBRA, J. L. M. Growth regulators and their reflection on different phase in gladiolus. Ciência Rural, v.47, n.10, e20160824, 2017. DOI:
hop genotypes cultivated under in vitro conditions. Brazilian Journal of 10.1590/0103-8478cr20160824.
Biology, v. 82, e242596, 2022. DOI: 10.1590/1519-6984.242596.
NEVES, C. S. Desempenho ecofisiológico e produtivo de variedades de
DODDS, K. Hops: a guide for new growers. Development Officer Tem- lúpulo cultivadas em Botucatu, São Paulo, Brasil. 2022. 62 p. Disserta-
perate Fruits, NSW DPI, Tumut, 2017. ção (mestrado) - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de
Ciências Agronômicas, Botucatu.
DURELLO, R. S.; SILVA, L. M.; BOGUSZ Jr. S. Química do lúpulo. Química
Nova, v.42, n.8, p. 900-919, 2019. DOI: 10.21577/0100-4042.20170412. PAULA, G. M. DE; STRECK, N. A. Temperatura base para emissão de fo-
lhas e nós, filocrono e plastocrono das plantas daninhas papuã e cor-
EMBRAPA - Solos. Sistema Brasileiro de classificação de solos. 5ª ed., riola. Ciência Rural, v.38, n.9, p. 2457-2463, 2008. DOI: 10.1590/S0103-
Brasília: EMBRAPA Solos, 356p, 2018. 84782008005000032.
ERIKSEN, R. L.; RUTTO, L. K.; DOMBROWSKI, J. E.; HENNING, J. A. Photo- RITCHIE, J. T. Genetic specific data for crop modeling. In: Penning de
synthetic activity of six hop (Humulus lupulus L.) cultivars under different Vries FWT, Teng PS, Metselaar K, eds. Systems approaches for agricul-
temperature treatments. HortScience, v. 55, n. 4, p. 403-409, 2020. DOI: tural development. Dordrecht, Netherlands: Kluwer, 77–93, 1993.
10.21273/HORTSCI14580-19.
ROSSINI, F.; LORETI, P.; PROVENZANO, M. E.; SANTIS, D. DE; RUGGERI,
FAGHERAZZI, M. M. Adaptabilidade de Cultivares de Lúpulo na Região R. Agronomic performance and beer quality assessment of twenty hop
do Planalto Sul Catarinense. 2020. 116p. Tese (Doutorado) - Universida- cultivars grown in Central Italy. Italian Journal of Agronomy, v.11, n.3,
de Estadual de Santa Catarina, Lages, Brasil. p.180-187, 2016. DOI: 10.4081/ija.2016.746.
FERNANDEZ, P. S. de C. Ácaros e insetos associados a diferentes SCHMIDT, D.; CARON, B. O.; VALERA, O.; MEIRA, D.; FONTANA, D. C.;
variedades de lúpulo em quatro municípios do Estado do Rio de ZANATTA, T. P.; WERNER, C. J.; BREZOLIN, P. Base temperature, thermal
Janeiro. 2020.117 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Agricultura time and phyllochron of escarole cultivation. Horticultura Brasileira, v.
Orgânica) - Instituto de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de 36, n.4, p.466-472, 2018. DOI: 10.1590/S0102-053620180407.
Janeiro, Seropédica.

Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.


SILVA, L. V. DA; REIS, F. Y. DA S.; MARTINS, F. B.; CASSEMIRO, J. M. De- XUE, Q.; WEISS, A.; BAENZIGER, P. S. Predicting leaf appearance in field-
senvolvimento vegetativo de Cesalpinea ferrea e Anadenanthera macrocarpa: grown winter wheat: evaluating linear and non-linear models. Eco-
I-Estimativa das temperaturas cardinais. Revista Brasileira de Meteoro- logical Modelling, v.175, n.3, p.261-270, 2004. DOI: 10.1016/j.ecolmod-
logia, v.35, n.1, p.23-33, 2020. DOI: 10.1590/0102-7786351006. el.2003.10.018.
SINCLAIR, T. R.; GILBERT, R. A.; PERDOMO, R. E.; SHINE JR., J. M.; POWELL, YANG, S.; LOGAN, J.; COFFEY, D. L. Mathematical formulae for calculat-
G. MONTES, G. Sugarcane leaf area development under field conditions ing the base temperature for growing degree days. Agricultural and
in Florida, USA. Field Crops Research, v.88, n. 2-3, p. 171-178, 2004. DOI: Forest Meteorology, v.74, n.1-2, p.61-74, 1995. DOI: 10.1016/0168-
10.1016/j.fcr.2003.12.005. 1923(94)02185-M.
SOUSA, F. G. G. de. Determinação da evapotranspiração da cultura e ZMRZLAK M., KAJFEŽ-BOGATAJ L. Phenological modeling of growth stag-
coeficiente de cultivo do lúpulo em diferentes texturas de solo. 2021. es of the hop (Humulus lupulus L.). Biometeorology, Proc. of the 14th Int.
103p. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista (UNESP), Facul- Con. of Biometeorology, Ljubljana, Slovenia, 1996.
dade de Ciências Agrárias, Botucatu.
ZMRZLAK, M. Dynamics of phenological development of hops (cv.
SPÓSITO, M. B.; ISMAEL R. V.; BARBOSA, C. M. DE A.; TAGLIAFERRO, A. L. A Savinjski Golding, Aurora) related to air temperature in lower Sav-
cultura do lúpulo. Piracicaba: ESALQ - Divisão de Biblioteca, 2019 81p. : il. inja valley. Graduation Thesis. Univerza v Ljubljani, Biotehniška fakulte-
(Série Produtor Rural, no. 68). ta, Agronomija: p. 11-59. 1991.
SREČEC, S.; KVATERNJAK, I.; KAUČIĆ, D.; ŠPOLJAR, A.; ERHATIĆ, R. Influ� -
ence of climatic conditions on accumulation of α-acids in hop clones. Ag-
riculturae Conspectus Scientificus, v.73, n.3, p.161-166, 2008.
STRECK, N. A.; TIBOLA, T.; LAGO, I.; BURIOL, G. A.; HELDWEIN, A. B.;
SCHNEIDER, F. M.; ZAGO, V. Estimativa do plastocrono em meloeiro
(Cucumis melo L.) cultivado em estufa plástica em diferentes épocas do
ano. Ciência Rural, v.35, n.6, p.1275-1280, 2005. DOI: 10.1590/S0103-
84782005000600008.

REFERENCIAÇÃO BARRETO, I.A.C.; PILAU, F. G. Temperatura base e plastocrono de uma variedade de lúpulo.
Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.

Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.


ISSN 2526-7043 www.sbagro.org.br DOI: http://dx.doi.org/10.31062/agrom.v31.e027116

Basal temperature and plastochron of a hop variety


Igor Augusto Campos Barreto1 and Felipe Gustavo Pilau1(*)
1
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Av. Pádua Dias, 11, CEP 13418-900 Piracicaba, SP.
E-mails igbarreto.ib@gmail.com and fgpilau@usp.br
(*)
Corresponding author.

ARTICLE INFO ABSTRACT

Article history: In view of the increasing area expansion and hop production in Brazil, the objective
Received 16 August 2022 of this study was to estimate the basal temperature (Tb) for node appearance,
Accepted 5 February 2023 characterizing hop growth in a tropical climate region. It was carried out in an
experimental field of the Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
in Piracicaba, SP, Brazil. Seven hop plants (var. Cascade) were grown in pots
under a low trellis system. Node appearance was measuring from 05/17/2021 to
Index terms: 07/20/2021. Air temperature, global solar radiation and rainfall data were also
Humulus lupulus L measured. To determine the basal temperature, the following methods were used:
air temperature standard deviation in days (SDd) and coefficient of variation in degree-day (CVgd).
plant growth The basal temperature (Tb) was 5.2 ºC (SDd) and 5.8 ºC (CVgd). Thermal time between
successive nodes appearance (plastochron) was 92ºC day node-1 (SDd) and 96 ºC day
node-1 (CVgd).

© 2023 SBAgro. Todos os direitos reservados.

CITATION BARRETO, I.A.C.; PILAU, F. G. Temperatura base e plastocrono de uma variedade de lúpulo.
Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.

Agrometeoros, Passo Fundo, v.31, e027116, 2023.

Você também pode gostar