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DEVOÇÃO

REPARADORA
DOS CINCO
PRIMEIROS
SÁBADOS

APOSTOLADO
DE FÁTIMA
Os Cinco Primeiros Sábados
O Segredo de Fátima foi dado aos três videntes — Lúcia, Francisco e Jacinta — em 13
de Julho de 1917. Como todos sabemos, compõe-se de três partes: a primeira parte
é a visão do inferno; a segunda parte é a profecia da propagação dos erros da
Rússia; e a terceira parte é sobre a apostasia na Igreja. Na segunda parte do Segredo,
Nossa Senhora prometeu voltar e pedir Comunhões de Reparação. Disse: “virei
pedir a Consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração e a Comunhão
Reparadora nos Primeiros Sábados.”

A aparição de Pontevedra

Foi em 10 de Dezembro de 1925, quando Lúcia estava na sua cela, no convento das
Doroteias em Pontevedra, que o Menino Jesus — com cerca de 12 anos — lhe
apareceu, de pé numa nuvem. E ao lado d’Ele, à Sua esquerda, estava a Santíssima
Virgem. Lúcia ajoelhou-se e Nossa Senhora colocou a mão no ombro de Lúcia. Esta
aparição é muito comovente por várias razões:

A Santíssima Virgem tinha o Seu Imaculado Coração na mão direita, e o Coração


estava cercado de espinhos. Jesus falou primeiro e disse: “Tem pena do Coração de
tua Santíssima Mãe.” Notem que disse a tua Santíssima Mãe. Noutras ocasiões,
referiu-se à Santíssima Virgem como “Minha Mãe”, mas aqui disse “a tua Santíssima
Mãe.”

“Tem pena do Coração da tua Santíssima Mãe que está coberto de espinhos que os
homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato
de reparação para os tirar.” Em seguida, a Santíssima Virgem, sempre com a mão
no ombro de Lúcia, disse: “Olha, Minha filha, o Meu Coração, cercado de espinhos
que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e
ingratidões."

“Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses
ao 1º sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um
Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do
Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da
morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.”

Foi aqui, portanto, que nos foram dadas as condições pela primeira vez.
A Santíssima Virgem Maria
é verdadeiramente a nossa Mãe

É importante que vejamos que o Menino Jesus veio fazer um apelo a todos nós, além
da Lúcia, para que tenhamos “pena do Coração da nossa Santíssima Mãe.” A
Santíssima Virgem Maria é verdadeiramente a nossa Mãe porque, como a Igreja tem
ensinado, gera dentro de nós a vida da graça santificante.

São Pedro, na sua Epístola, disse que participamos da natureza divina. Esta
participação — diz-nos o Concílio de Trento — é uma participação criada na natureza
divina; é chamada graça santificante, e aproxima-nos da natureza divina. Como
alguém já disse, seríamos tentados a adorar a alma de uma criança, se pudéssemos
ver-lhe a alma logo a seguir a ser batizada, porque a alma é feita segundo a natureza
de Deus.

Esta vida de graça é gerada nas nossas almas pelas águas do batismo, mas é também
pela ação maternal da Santíssima Virgem, ao mesmo tempo, que cada um de nós
nasce para a vida da graça.

E assim, a Santíssima Virgem é Mãe de Jesus, Nossa Senhora deu-Lhe geração física
pelo poder do Espírito Santo. Gerou Jesus para a Sua vida natural humana. Maria é a
nossa Mãe porque gera cada uma das nossas almas para a vida sobrenatural da
graça santificante. Somos pessoas pré-existentes antes de sermos batizados, mas Ela
regenera-nos pelas águas do batismo e com o Espírito Santo. Esta é uma verdadeira
geração, porque Nosso Senhor usa a imagem de nascer de novo. E nós nascemos de
novo da água, do Espírito Santo, e da Santíssima Virgem Maria. Assim, Maria é, de
fato, verdadeiramente, a nossa Mãe na ordem da graça.

Consequentemente, é por isso que Jesus nos diz para termos “pena do Coração de
tua Santíssima Mãe.” Diz-nos para termos compaixão; e ter compaixão é confortá-La.
E a maneira de A confortarmos é fazendo reparação.
O Ato de Reparação
Lúcia falou desta aparição à sua Madre Superiora e ao seu padre confessor. A Madre
Superiora disse: “Não posso fazer nada”, e o padre confessor disse qualquer coisa
como: “Bem, não sei se estou a compreender. É preciso que isto se repita para
perceber melhor.” Portanto, resumindo, Lúcia contou à Madre Superiora e ao seu
padre confessor, mas não fez mais nada.

Então, em 15 de Fevereiro de 1926, novamente em Pontevedra, onde Lúcia era


noviça, deram-lhe a tarefa de esvaziar o lixo. Na altura em que estava a esvaziar o lixo
no quintal, viu um rapazinho, de uns dez anos de idade, que vinha da rua e avançava
para o quintal, Lúcia pensou que o reconhecia. Parecia-se com um rapaz que tinha
visto uns meses antes.
Nessa altura, ela tinha perguntado ao rapaz: “Sabes rezar a Ave Maria?” Ele
respondeu: “Sim.” E então ela disse: “Ora reza lá”, mas ele não rezou enquanto ela
não rezou juntamente com ele.

Como ela tinha que continuar o seu trabalho, disse-lhe: “Sabes onde é a Igreja de
Santa Maria Maior?” O rapaz respondeu: “Sim.” Lúcia disse-lhe então: “Vai lá à igreja
de Santa Maria Maior e pede à Santíssima Virgem para pôr
Jesus no teu coração.” E ele lá foi, passando o portão do quintal, em direção de Santa
Maria Maior.

E agora o mesmo rapaz que tinha visto há uns meses estava à sua frente; e neste dia
ela reconheceu-o e perguntou-lhe: “Fizeste o que eu te disse? Foste à igreja de Santa
Maria Maior?” O rapaz então transformou-se em frente dela; e Lúcia reconheceu que
era o Menino Jesus Quem lhe falava; e Ele disse-lhe: “E tu tens espalhado, pelo
mundo, aquilo que a Mãe do Céu te pediu?”

Lúcia explicou-se: “Meu Jesus! Vós bem sabeis o que o meu Confessor me disse na
carta que Vos li. Dizia que era preciso que aquela visão se repetisse, que houvesse
fatos para que ela fosse acreditada, e a Madre Superiora, só, a espalhar este fato,
nada podia.” O Menino Jesus respondeu que o padre confessor não tinha que dizer
quem teve esta aparição. Tudo o que ele devia fazer era dizer aos fiéis o que deviam
fazer, mesmo eles não sabendo a quem tinha sido revelado.

“É verdade que a Madre Superiora só, nada pode; mas, com a Minha graça, pode
tudo.” E foi assim, de certo modo, que Nosso Senhor repetiu a aparição para que o
padre confessor compreendesse. Além disso, o confessor de Lúcia perguntou-lhe:
“Porquê cinco Sábados e não nove, como as 9 Primeiras Sextas-Feiras, ou 7, em
honra das sete Dores de Nossa Senhora?”

Nosso Senhor respondeu assim a esta pergunta, que lhe tinha sido feita por Lúcia:
“Minha filha, o motivo é simples. São cinco as espécies de ofensas e blasfêmias
proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.”
E continuou, dizendo quais eram: as blasfêmias contra a Santíssima Virgem na Sua
Imaculada Conceição; as blasfêmias contra a Sua Virgindade Perpétua; as
blasfêmias que negavam a Sua Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo,
recebê-La como Mãe dos homens; as blasfêmias que atacavam a Santíssima Virgem
nas Suas Sagradas Imagens; e finalmente, as blasfêmias que procuravam semear
publicamente nos corações das crianças a indiferença ou o desprezo, ou até o ódio.
para com a sua Amantíssima Mãe, a Santíssima Virgem.

São estas, portanto, as razões para os Cinco Primeiros Sábados, e nesta mensagem
notar-se-á que Nosso Senhor falou no presente. A percepção do tempo no Céu é
diferente da que nós temos. Pensamos nas coisas como: “bem, isto é hoje, aquilo era
ontem,” “isto será amanhã”, mas no Céu as coisas estão eternamente no presente.

Nossa Senhora, embora seja feliz no Céu, está hoje a ser ofendida por estes pecados
dos homens que negam a Sua Imaculada Conceição, que negam a Sua Virgindade
Perpétua, que negam a Sua Divina Maternidade, que fazem por afastar a devoção
d’Ela dos corações das crianças, e que atacam a Santíssima Virgem nas Suas Santas
Imagens. E assim, é hoje, através dos atos de Reparação, sobretudo nos Primeiros
Sábados, que o Seu Coração é consolado.

As placas encontram-se
no Santuário do Coração
Imaculado de Maria,
em Pontevedra
As condições dos Cinco Primeiros
Sábados
Quais são as condições para a promessa dos Cinco Primeiros Sábados? Podemos
fazer atos de Reparação em qualquer dia da semana, ou em qualquer semana do
ano, mas a promessa que Nossa Senhora fez — que virá na hora da morte com
todas as graças necessárias para a salvação — é para quem cumprir as seis
condições especificamente mencionadas por Nossa Senhora.

A primeira condição é que deve ser no Primeiro Sábado de cinco meses


consecutivos. Assim, para cumprir a primeira condição, deveriam fazer o ato de
Reparação no Primeiro Sábado. A primeira condição é, pois, que os 5 Primeiros
Sábados sejam em meses consecutivos.

Neste pedido, Nosso Senhor e Nossa Senhora seguem o que a Igreja sempre
recomendou. Por exemplo, S. Pio X tinha a devoção dos Doze Primeiros Sábados do
Mês. Todos os fiéis que, no primeiro Sábado ou no primeiro Domingo de doze
meses consecutivos, dedicassem algum tempo à oração vocal ou mental em honra
da Virgem Imaculada, ou da Sua Imaculada Conceição, ganhavam indulgência
plenária em cada um destes dias, com a condição de se confessarem, de receberem
a Sagrada Comunhão, e de rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice.

A devoção do Primeiro Sábado pedida por Nossa Senhora é muito semelhante, mas
é apenas para os Cinco Primeiros Sábados, e deve ainda fazer-se com Confissão,
Comunhão, rezar o Terço e meditar quinze minutos sobre os quinze mistérios do
Rosário, fazendo estas quatro coisas com a intenção de fazer reparação ao
Imaculado Coração de Maria.

Havia também a devoção dos Quinze Sábados. Durante muito tempo, os membros
das diversas confrarias do Rosário tinham o costume de dedicar 15 Sábados
consecutivos à Rainha do Santo Rosário. Isto é, 15 Sábados seguidos, não o Primeiro
Sábado do mês, enquanto que o Papa S. Pio X promoveu os Doze Primeiros
Sábados, que era o Primeiro Sábado de doze meses consecutivos.

Nosso Senhor gostaria que fizéssemos os Primeiros Sábados — não tanto pela
promessa, mas com a finalidade de fazer reparação ao Imaculado Coração. Mas
também gostaria se os fizéssemos, mesmo que fosse para merecermos a
promessa.
A segunda condição é irmos à Confissão. Não é preciso que a Confissão seja no
próprio Primeiro Sábado. Como Nosso Senhor disse a Lúcia, pode ser feita oito dias
antes ou oito dias depois, ou mesmo mais tempo — se for impossível confessarmo-
nos antes disso. O principal, evidentemente, é comungarmos em estado de graça.

A terceira condição, evidentemente, é a Comunhão de Reparação nos Primeiros


Sábados. Lúcia perguntou: “E quem não puder ir no Sábado, por não haver Missa ou
não haver um padre que dê a Comunhão no Primeiro Sábado?”
Nosso Senhor respondeu que se alguém não puder receber a Comunhão de
Reparação nos Primeiros Sábados, se pedirem ao seu confessor e receberem a sua
autorização, é suficiente receberem-na no Domingo a seguir ao Primeiro Sábado.

A quarta condição é rezar o Terço. Cada vez que Nossa Senhora apareceu em
Fátima, pediu que rezassem o Terço. Seria estranho se não pedisse isto, porque é a
Sua oração mais preferida. Lúcia disse-nos que “não há problema no mundo, seja ele
nacional ou internacional, físico ou moral, ou problemas nas nossas famílias,
problemas pessoais, problemas nas nossas comunidades, nas nossas paróquias ou
nos nossos países, que não possam ser resolvidos pelo Rosário.” Assim, Nossa
Senhora pediu para rezarem o Terço e o oferecessem em reparação, no Primeiro
Sábado.

A quinta condição para o Primeiro Sábado é fazer quinze minutos de meditação


sobre os quinze mistérios do Rosário. Nossa Senhora especifica quinze mistérios.

Além de rezarmos o Terço — e devíamos tentar meditar enquanto rezamos o Terço


— Nossa Senhora quer que passemos mais quinze minutos a meditar sobre os
quinze mistérios do Rosário.

Os Mistérios Gozosos são: Anunciação a Maria, Visitação de Nossa Senhora a sua


prima Isabel, Nascimento de Jesus, Apresentação do Menino Jesus no Templo, Perda
e encontro do Menino Jesus no Templo. Os Mistérios Dolorosos são: Agonia de Jesus
no Horto, Flagelação de Jesus, Coroação de Espinhos, Jesus carregando a cruz no
caminho do Calvário, Crucifixão de Jesus. Os Mistérios Gloriosos são: Ressurreição
de Jesus, Ascensão de Jesus ao Céu, Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos,
Assunção de Maria, Coroação de Maria no Céu.

A sexta condição é fazer todas estas coisas – Confissão, Comunhão, rezar o Terço, e
meditar quinze minutos sobre os quinze mistérios do Rosário– com a intenção de
fazer reparação ao Imaculado Coração. Esta é a finalidade para que devemos
oferecer estas devoções nos Primeiros Sábados, para merecermos a promessa de
Nossa Senhora.
O Padre Gonçalves, confessor da Irmã Lúcia, perguntou-lhe (cerca de cinco anos
depois): “Porquê hão-de ser cinco Sábados e não nove ou sete, em honra das dores
de Nossa Senhora?” Ela escreveu o seguinte: Ficando na capela, com Nosso Senhor,
parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio, 1930, e falando a Nosso Senhor
das duas perguntas 4ª e 5ª, senti-me de repente, possuída mais intimamente da
Divina presença; e se me não engano, foi-me revelado o seguinte: “Minha filha, o
motivo é simples. São cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o
Imaculado Coração de Maria: As blasfêmias contra a Imaculada Conceição; contra a
Sua Virgindade perpétua; contra a Sua Maternidade Divina, recusando, ao mesmo
tempo, recebê-La como Mãe dos homens; as blasfêmias dos que procuram
publicamente infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo, e até o
ódio para com esta Mãe Imaculada; as ofensas dos que A ultrajam diretamente nas
Suas sagradas imagens."

“Este, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a
pedir esta pequena reparação …”

As blasfêmias dos hereges, cismáticos e ímpios

O Padre Alonso era o maior perito sobre Fátima; morreu em 1981. Ainda não foram
publicados 22 dos 24 volumes (com cerca de 800 páginas cada um) da sua obra
monumental sobre a Mensagem de Fátima, que inclui pelo menos 5.396
documentos e representa dez anos de investigação nos arquivos de Fátima. Os dois
volumes que foram publicados foram reduzidos a metade, e foram profundamente
editados quando foram publicados, anos depois da morte do autor.

Assim, o Padre Alonso publicou apenas alguns desses documentos. E todos os 24


volumes estavam prontos para serem publicados quando a tipografia parou
literalmente em 1975, e até hoje ainda não foram publicados. Eis o que o Padre
Alonso tinha a dizer sobre as blasfêmias dos hereges, cismáticos e ímpios:

“Cegados por um ecumenismo enganador, temos tido uma tendência desde 1962
para esquecer que há uma verdade evidente... aqueles que, obstinadamente e com
pleno conhecimento, negam abertamente as prerrogativas da Santíssima Virgem
Maria, cometem as blasfêmias mais odiosas a Seu respeito.”
A primeira blasfêmia: Contra a Sua Imaculada Conceição, o Padre Alonso pergunta:
“Quem são os que cometem esta ofensa contra o Imaculado Coração de Maria?” A
resposta não deixa dúvidas. “Em primeiro lugar e em geral, são as seitas protestantes
que recusam receber o dogma definido pelo Papa Pio IX, e que continuam a defender que
a Santíssima Virgem foi concebida com a mancha do pecado original e até com pecados
pessoais. O mesmo pode dizer-se dos cristãos orientais, porque, apesar da sua grande
devoção mariana, também rejeitam este dogma.”

A segunda blasfêmia: Embora os ortodoxos admitam a Virgindade Perpétua da


Santíssima Virgem Maria, a maioria dos protestantes também rejeita a Virgindade
Perfeita e Perpétua de Maria antes, durante e depois do parto, que é também um
dogma definido da Igreja.

A terceira blasfêmia é contra o dogma da Santíssima Virgem que foi definido pelo
Concílio de Éfeso. Embora os protestantes possam aceitar, em teoria, a Divina
Maternidade de Maria, que foi definida no Concílio de Éfeso, na realidade caem
facilmente na negação deste dogma, assim como se recusam a reconhecê-La como
Mãe dos homens, no sentido católico, o que implica a Sua co-redenção, o Seu papel
de Corredentora, e como Mediadora de todas as graças.

A quarta blasfêmia refere-se à perversão das crianças, feita pelos inimigos de Nossa
Senhora, que tentam inculcar-lhes a indiferença, o desprezo e até mesmo o ódio à
Virgem Imaculada. E, como é evidente, isto é talvez feito mais frequentemente por
pessoas como os satanistas ou os maçons ou os comunistas, que detestam todas as
religiões, muito especialmente a única religião verdadeira de Jesus Cristo, a Igreja
Católica.

A quinta blasfêmia refere-se aos que A ultrajam nas suas Santas Imagens. Vemos
hoje uma espécie de repetição do iconoclasmo (rejeição de imagens religiosas) que se
deu no Século VIII e foi condenado pela Igreja. Há mártires na Igreja Católica que
foram mortos por defenderem as Santas Imagens. E este iconoclasmo voltou depois
do Concílio Vaticano II.

Resumindo, há quase 500 anos que a contra-Igreja tem mantido uma luta incessante
e aguerrida contra a Virgem Imaculada, contra a promoção da devoção a Ela, e contra
o Seu Reino nos corações dos homens e em todas as sociedades.

No seguimento do Protestantismo veio o Jansenismo e o seu frio desdém pela


devoção autêntica à Santíssima Virgem. Veio a seguir o Racionalismo dos Séculos XVIII
e XIX, assim como o Modernismo do Século XX. Todos estes “ismos” continuam a
atacar a doutrina e a devoção marianas. Estas coisas pedem uma reparação; estas
coisas fazem sofrer a Santíssima Virgem Maria.
A Santa Devoção dos Cinco Primeiros
Sábados
O Primeiro Sábado era o dia favorito da Irmã Lúcia. Como ela disse, “confesso que
nunca me sinto tão feliz como quando chega o Primeiro Sábado.”

Em 21 de Novembro de 1927, escreveu à sua madrinha de crisma, para confirmação,


o seguinte:

“Não sei se já tem conhecimento da devoção reparadora dos Cinco Sábados ao


Imaculado Coração de Maria; mas como ainda é nova, lembrou-me de lhe indicar, por ser
uma coisa pedida pela nossa querida Mãe do Céu, e por Jesus ter manifestado desejo de
que seja abraçada."

“Pareceu-me por isso que a madrinha estimará muito não só de ter conhecimento dela,
para dar a Jesus a consolação de a praticar, mas também de a fazer conhecer e abraçar
por muitas outras pessoas.”

É uma mensagem para todos nós, que não só devemos conhecer como também
fazer conhecer aos outros, e conseguir que o maior número possível de pessoas
comece a praticar esta santa devoção. Eis como Lúcia descreveu à sua madrinha,
para confirmação:

“Consta no seguinte: Durante cinco meses, no Primeiro Sábado, receber Jesus


Sacramentado, rezar um Terço, fazer quinze minutos de companhia a Nossa Senhora,
meditando nos mistérios do Rosário, e fazer uma confissão. Esta pode ser alguns dias
antes e, se nesta confissão anterior nos esquecermos de formular a intenção, podemos
oferecer a confissão seguinte, contanto que no Primeiro Sábado se receba a Sagrada
Comunhão em estado de graça, com o fim de reparar as ofensas que se proferem contra a
Santíssima Virgem, e que têm amargurado o Seu Imaculado Coração."

“Parece-me, minha boa madrinha, que somos felizes por poder dar à nossa querida Mãe
do Céu esta prova de amor, que sabemos deseja que se Lhe ofereça."

“Quanto a mim, confesso que nunca me sinto tão feliz como quando chega o Primeiro
Sábado. E não é verdade que a nossa maior felicidade está em sermos todas de Jesus e
Maria, em amá-Los a Eles só, sem reserva? Vemos isto tão claro na vida dos Santos … Eles
eram felizes porque amavam, e nós, minha boa madrinha, havemos de procurar amar
como eles, não só para gozar a Jesus — se não O gozarmos cá, gozá-l’O-emos lá — mas
para darmos a Jesus e Maria a consolação de serem amados… e que assim, em troca
deste amor, salvassem muitas almas."

“Adeus, minha boa madrinha; abraço-a nos Corações Santíssimos de Jesus e Maria.”
Reparação ao Imaculado Coração
A reparação é uma das chaves de toda a Mensagem de Fátima — reparação ao
Imaculado Coração de Maria e também reparação ao Sagrado Coração de Jesus.

De fato, o pedido da Consagração da Rússia deve também ser oferecido em


reparação. E o pedido da Consagração da Rússia explica alguma coisa sobre a
reparação. Nossa Senhora disse:

“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com
todos os Bispos do mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração,
prometendo salvá-la por este meio.”

E continuou: “São tão numerosas as almas que a justiça de Deus condena por
pecados cometidos contra Mim, que venho pedir reparação. Sacrifica-te por esta
intenção e reza.”

Haverá quem pense, e talvez tenham razão, que devíamos sacrificar-nos em


reparação, e oferecermos orações para que as pessoas que se perderiam, por causa
dos seus pecados, se salvassem.

Logo que a Consagração da Rússia se faça de forma correta, claro está, será
manifestada ao mundo a importância da devoção ao Imaculado Coração. E então
veremos muito mais pessoas a rezar e a fazer sacrifícios de reparação.

As seis condições são estas: Confissão, Comunhão, rezar o Terço, meditar durante
quinze minutos nos quinze mistérios do Rosário no Primeiro Sábado de cinco meses
consecutivos, e fazer tudo isto com a intenção de fazer reparação ao Imaculado
Coração de Maria.

A Devoção de Reparação é uma das duas condições para a paz mundial!

Lúcia explicou que seria suficiente o Santo Padre fazer a promessa, quando fizer a
Consagração da Rússia, acrescentando que "depois da conversão da Rússia, ele
próprio divulgaria os Primeiros Sábados.” Por outras palavras, o peso do cargo
pontifício seria usado para promover a reparação ao Imaculado Coração de Maria
nos Cinco Primeiros Sábados.

Até agora, esta devoção dos Cinco Primeiros Sábados não é geralmente conhecida, e
no entanto era uma condição para se evitar a Segunda Guerra Mundial. E apesar de
Lúcia a ter promovido em particular, escrevendo cartas à sua madrinha e a outras
pessoas conhecidas, nunca chegou a ser promovida, por assim dizer, durante a
Segunda Guerra Mundial, a partir da Sede Episcopal.

Em 1939, na altura em que estava a começar a guerra, o Bispo de Fátima começou


finalmente a fazer alguma coisa. Mas todos nós, especialmente os Bispos e os padres,
podemos fazer muito para difundir esta devoção que é da vontade de Deus para
salvação de milhares de almas.
Carta aos Católicos do
Séc.XXI

Tuy, 3 de Janeiro de 1944

JMJ

Agora vou revelar o terceiro fragmento do segredo: Esta parte é a apostasia na Igreja!

Nossa Senhora mostrou-nos uma vista do um indivíduo que eu descrevo como o ‘santo
Padre’, em frente de uma multidão que estava louvando-o.

Mas havia uma diferença com um verdadeiro santo Padre, o olhar do demonio, êste tinha o
olhar do mal.

Então depois de alguns momentos vimos o mesmo Papa entrando a uma Igreja, mas esta
Igreja era a Igreja do inferno, não há modo para descrever a fealdade d’êsse lugar, parecia
uma fortaleza feita de cimento cinzento com ângulos quebrados e janelas semelhantes a
olhos, tinha um bico no telhado do edificio.

Em seguida levantamos a vista para Nossa Senhora que nos disse Vistes a apostasia na
Igreja, esta carta pode ser aberta por O santo Padre, mas deve ser anunciada depois de Pio
XII e antes de 1960.

No reinado de Juan Pablo II a pedra angular da tumba de Pedro deve ser removida e
transferida para Fatima.

Porque o dogma da fé não é conservado em Roma, sua autoridade será removida e


entregada a Fatima.

A catedral de Roma deve ser destruida e uma nova construida em Fatima.

Se 69 semanas depois de que esta ordem é anunciada Roma continua sua abominação, a
cidade será destruida.

Nossa Senhora disse-nos que êsto está escrito, Daniel 9, 24-25 e Mateus 21, 42-44.
Carta legítima da Irmã Lúcia com a mensagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Uma nota final sobre a Reparação
Nosso Senhor mostrou que o Imaculado Coração está coberto de espinhos
que O trespassam a todo o momento com estes insultos pessoais contra Ela; e
por isso devemos fazer atos de reparação, com certeza nos Cinco Primeiros
Sábados, mas podemos fazê-los todos os dias. De fato, quando Nossa Senhora
falou aos pastorinhos em Fátima, ensinou-lhes três orações. E uma das orações
que lhes ensinou era a seguinte, para dizerem quando fizessem um sacrifício:

“Ó Jesus, ofereço-Vos este sacrifício por Vosso amor, pela


conversão dos pecadores, e em reparação dos pecados cometidos
contra o Imaculado Coração de Maria.”

"Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração


será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus"
(In Memórias da Irmã Lúcia)

"Em Portugal se conservará sempre o Dogma da Fé..."

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