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RESUMO
AHSTRACT
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Floresta e Ambiente
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Floresta e Ambiente
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Floresta a Ambienta
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Floresta e Ambiente
seus entornes. Nesse sentido a Resolução critérios estabelecidos na Lei Federal nQ 7 .803
CONAMA n_g 13/90 (in FEEMA, 1992), de 18 de julho de 1989 (in FEEMA, 1992), já
estabelece que num ralo de 10 Km (dez seria um grande passo para o aumento da
quilômetros), qualquer atividade que possa conectividade das unidades de conservação.
afetar a biota, deveré ser obrigatoriamente
licenciada pelo orgão ambiental competente. Ê claro que não se pode desconsiderar o
promissor, e cada vez mais necessário, papel
IV - Considerações finais do homem na "troca genética" entre
populações "confim1adas em ilhas" (Unidades
Considerando as grandes particularidades de conservação}. Através de programas de
ecológicas existentes entre os mais diversos transferência de sementes/mudas ou animais
ecossistemas brasileiros, é de se esperar que de espécies "ameaçadas" pode-se trazer o
existam diferenças significativas nos efeitos material genético de populações/localidades
deletérios da fragmentação (processos distantes provocando o enriquecimento do pool
provenientes do isolamento e dos efeitos de genético das populações locais. Esse
borda), bem como na forma e intensidade cem processo Yef"l1 sendo desenvolvido há anos por
que essas alterações se dão espacialmente. jardins zoológicos e instituições de pesquisa
que têm animais confinados e, mais
Porém, em função da carência de estudos recentemente, por algumas instituições
nessa direção, cabe a adoção, mesmo que voltadas é conservação de espécies vegetais
preliminar, de critérios a partir dos estudos ameaçadas ou importantes economicamente.
realizados para fragmentos florestais. Estes,
aliados aos princípios gerais da ecologia de A proposição das áreas de conservação, das
paisagens, visam à ampliação das zonas de uso restrito e dos corredores deve
probabilidades de manutenção da efetivamente ser implementada. A razão para
biodiversidade in situ. Considerando os isto é que a manutenção da biodiversidade, a
estudos de dinâmica de fragmentos florestais longo prazo e num grande'número de casos,
na Amazônia (Lovejoy et ai. 1986 e Kapos, estará condicionada ao real aumento da
1989), sugere-se que as áreas de conservação conectividade.
tenham, a princípio, uma superficle de
preferência superior a 100 ha, visto que AGllADECJMENTOS
cerca de 1/4 desta é alterada por efeito de
borda (Kapos, op. cit.). Além disso, sugere- Agradeço a Rogério Ribeiro de Oliveira
se uma zona de abafamento de, pelo menos, (Ecólogo / FEEMA e Professor de Ecologia /
100 m em seu entorno e corredores de DeptQ. de Geografia e Meio Ambiente / PUC I
conexão à outras áreas de conservação. RJ) e a Evaristo de Castro Júnior (Professor
Considerando que alterações físicas, de Biogeografia I Oeptg. de Geografia I UFRJ)
biológicas e especialmente microclimáticas os quais contribuíram com importantes
foram detectadas à mais de 60 m da borda de considerações, após a leitura crítica deste.
fragmentos (Kapos, op. cit.), e que em Agradeço a Francesco Palmieri (Pesquisador
condições de relevo acidentado os efeitos 111-CNPS / EMBRAPA) pela revisão do resumo
podem se estender por distâncias muito em inglês.
maiores (Zaú et ai., no prelo); propõe-se que
os corredores saiam mais largos do que estes REFEllÊNCIAS BIBLIOGllÁflCAS
120 m de área alterada, contendo um trecho
em que as condições ecológicas sejam ACIESP, CNPq, FAPESP & SCT. Glossário
semelhantes às do interior da unidade de de Ecologia. ACIESP. n• 57.271p.
conservação. Desta forma as larguras 1987.
mlmlmas adequadas aos corredores FEEMA Coletânea de legislação federal e
estariam, a principio, acima dos 200 m, estadual de meio ambiente. Fundação
porém, o simples currprimento efetivo dos Estadual de Engenharia do Meio
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