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Faculdade Integrada Brasil

Amazônia

Gerenciamento de Riscos
Ambientais
 Aula 1: Conceitos iniciais e Análise de Risco Ambiental

PROFº LUIZ EDUARDO AZEVEDO


Plano de Ensino 2

Ementa
Resumidamente, esta disciplina apresenta conceitos,
metodologias e exemplos de estudos sobre riscos ambientais sob
uma nova abordagem (contexto da gestão ambiental).

Objetivo Geral
Inserir o aluno nas diretrizes da sustentabilidade para
assim compreender a real importância do gerenciamento de
riscos ambientais para prevenção de acidentes e preservação do
meio ambiente.
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1. CONCEITOS INICIAIS
Meio ambiente
4

© Woo Bing Siew | Dreamstime.com


Meio ambiente
5

© Sofiaworld | Dreamstime.com
Meio ambiente 6

MEIO AMBIENTE OU AMBIENTE


­É TUDO O QUE CERCA O SER VIVO.

-Inclui o que influencia o ser vivo.

-Inclui o que é indispensável à sua sustentação.

-Inclui o meio sociocultural.

-Inclui
a relação da natureza com os modelos de
desenvolvimento adotados pelo homem.
Modelo de desenvolvimento antigo
7

© Jakub Jirsák | Dreamstime.com - © Leremy | Dreamstime.com


NOSSO COTIDIANO
Modelo de desenvolvimento antigo
8

© Sebastian Czapnik | Dreamstime.com - © Tyler Olson | Dreamstime.com - © Hannu Viitanen |


Dreamstime.com - © Scanrail | Dreamstime.com - © Inga Nielsen | Dreamstime.com
Vídeo 9

https://www.youtube.com/watch?v=E1rZFQqzTRc
Modelo de desenvolvimento antigo 10

CONSEQUÊNCIA

http://www.protop.com.br
Modelo de desenvolvimento antigo 11

CONSEQUÊNCIA
ÁREAS DEGRADADAS PASSIVOS AMBIENTAIS
Recuperação 12

MODELO DE DESENVOLVIMENTO NOVO


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Modelo de desenvolvimento novo
13

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Desenvolvimento sustentável 14

Modelo de desenvolvimento atual que visa

© Alphaspirit | Dreamstime.com
garantir que a geração atual supra suas
necessidades sem comprometer a
possibilidade das gerações futuras de
suprir as suas.
15
Impacto Ambiental
Conforme indicado no Artigo 1º da Resolução CONAMA-01:
Art. 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto
ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria
ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam:
 I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
 II - as atividades sociais e econômicas;
 III - a biota;
 IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
 V - a qualidade dos recursos ambientais.
Poluição 16

Os impactos ambientais podem ser decorrentes de


uma poluição crônica ou de uma poluição acidental.

http://www.escolakids.com - http://www.brasilescola.com
POLUIÇÃO CRÔNICA POLUIÇÃO ACIDENTAL
Gerenciamento de riscos ambientais 17

O gerenciamento de riscos ambientais surge como uma


importante ferramenta de gestão ambiental para controle dos
impactos das atividades humanas.
Auxilia na mitigação da poluição crônica.

Auxilia na prevenção da poluição acidental.

Auxilia na minimização dos efeitos da poluição quando


imprevistos ou acidentes acontecerem.

Auxilia na busca do desenvolvimento sustentável.


Gerenciamento de riscos ambientais
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E como se iniciam os estudos de riscos ambientais para


conseguirmos gerenciar tais riscos?

Este é o foco do nosso disciplina, ao longo das aulas você


entenderá todo o processo.

Primeiro temos que entender


o que é:
Risco - Perigo - Acidente 19

O que é risco?
Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da
consequência de um determinado evento perigoso.
O que é perigo?
Perigo é uma fonte ou uma situação com potencial para
provocar danos em termos de lesão, doença, dano à
propriedade, dano ao meio ambiente, ou uma combinação
destes.
O que é acidente?
Acidente é um evento inesperado e quase sempre
indesejável, que resulta em algum tipo de dano (pessoal,
social, material, ambiental, entre outros).
RISCO
R=PxC 20
Qual possui o maior risco?

Situação 1: Situação 2:
-Distância para -Distância para
cidade de 4km; cidade de 400m;
-Vegetação ao redor -Vegetação ao
de médio porte; redor de grande
-Poucas espécies de porte;
animais. -Espécies
endêmicas.
Estudo de Risco em função da 21
frequência e consequência
 - Segundo a Convenção Internacional organizada pela United Nations Disater
Relief Co-ordinator , ocorrida em 1979, a definição oficial dos termos utilizados
na avaliação de riscos destaca alguns elementos fundamentais:
 1) a Periculosidade: entendida como a probabilidade de ocorrência (avaliada
qualitativa ou quantitativamente) de um fenômeno com uma determinada
magnitude (a que está associado um potencial de destruição), num determinado
período de tempo e numa dada área;
Estudo de Risco em função da 22
frequência e consequência
 2) os Elementos em risco (ou Elementos vulneráveis): representados pela
população, equipamentos, propriedades e atividades econômicas vulneráveis num
território; e
 3) a Vulnerabilidade: correspondente ao grau de perda de um elemento ou
conjunto de elementos vulneráveis, resultante da ocorrência de um fenômeno
(natural ou induzido pelo homem) com determinada magnitude ou intensidade.
RESUMINDO 23

RISCO

Quantificação:
Possibilidade de -Termos de custos
ocorrência -Consequências graves
(econômicas ou segurança das pessoas)
Exemplo de cálculo de risco 24
associado
 Para ilustrar de uma forma mais clara estes conceitos e já utilizando os
conceitos de risco individual, vejamos este estudo de caso, feito na cidade
de Cabo Frio (Rio de Janeiro):
Exemplo de cálculo de risco
25
associado

Figura 01: Risco individual (retirado de


http://www.indoviajar.com.br/img/fotos/3598/01_g.jpg - acessado em 07.11.2018).
Exemplo de cálculo de risco 26
associado e individual

Evento i = Cabo Frio, em média 150 ocorrências com banhistas por ano:
Fi=150 ocorrências/ano
Se ocorre em média 1 morte por afogamento a cada 10 ocorrências:
Ci=0,1 morte/ocorrência
O risco social médio em Cabo Frio:
RASSOCIADO=150 X 0,1=15 morte/ano
Se visitam Cabo Frio 150.000 pessoas por ano, o risco individual é:
RINDIVIDUAL=15/150000 = 0,0001=10-4= 1/10000
Abordagem

TRABALHISTA
Riscos ambientais
27

AMBIENTAL

© Arne9001 | Dreamstime.com - © Sebastian Stasiak | Dreamstime.com


Tipos de Riscos Ambientais
 Risco Natural
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Tornados Granizo

Atividades vulcânicas Processos erosivos


Tipos de Riscos Ambientais
 Risco Tecnológico
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Explosões Vazamentos (petróleo, efluentes


industriais, etc.)

Liberação de substâncias químicas Manipulação genética


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Riscos ambientais
2. Riscos Naturais
1. Riscos
Tecnológicos

1b. Crônicos
1a. Agudos
(médio ou longo 2a. Atmosféricos 2b. Hidrológicos
(Imediatos)
prazo)

2c. Geológicos 2d. Biológicos

2e. Siderais
Gerenciamento de riscos ambientais 31

Conjunto de normas e procedimentos que permite o


desempenho normal da atividade, PREVENINDO,
controlando e reduzindo os riscos existentes, a fim de
garantir a segurança da população e do meio ambiente.

PREVENÇÃO!!!
Gerenciamento de riscos ambientais 32

REFLEXÃO
O gerenciamento de riscos ambientais tornou-se uma
ferramenta:

-de planejamento para os sistemas de produção,


-de organização da sociedade,
-de racionamento dos recursos naturais,
-e de preservação da qualidade ambiental.

Portanto é uma ferramenta indispensável para


o desenvolvimento sustentável.
 Atividade 1
33

Instalação de uma usina de álcool no Pantanal


(MS/Brasil).

© Roberto Giovannini | Dreamstime.com


34

Usando os conceitos sobre risco, perigo e acidente,


responda:

© Saaaaa | Dreamstime.com - © Alffoto | Dreamstime.com


- Existe risco? Exemplifique.
- Identifique perigo(s).
- Exemplifique um possível acidente.
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2. HISTÓRICO E
EVOLUÇÃO DO USO DE
ANÁLISE DE RISCOS
2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE 36
ANÁLISE DE RISCOS NO BRASIL
E NO MUNDO
 O estudo de risco ambiental apareceu como disciplina formal nos Estados
Unidos de 1940 a 1950, paralelamente ao lançamento da indústria nuclear e
também para a segurança de instalações (“safety hazard analyses”) de
refinação de petróleo, indústria química e aeroespacial.
2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE
37
ANÁLISE DE RISCOS NO BRASIL E
NO MUNDO
FATOR DESENCADEANTE DA MUDANÇA

Hoffman LaRoche – Itália – Petrobrás – Cubatão (Vila


Dioxina - 1976 Socó) – Gasolina - 1984
2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE
38
ANÁLISE DE RISCOS NO BRASIL E
NO MUNDO
FATOR DESENCADEANTE DA MUDANÇA

Pemex– México – GLP - 1984


2.1 EVOLUÇÃO DO USO DE 39
ANÁLISE DE RISCOS NO BRASIL E
NO MUNDO
FATOR DESENCADEANTE DA MUDANÇA

Bhopal – Índia – Agrotóxicos - 1984 Exxon Valdez– Alasca– Petróleo- 1989


2.2 RESULTADOS DOS ACIDENTES:
40

Pagamentos de elevadas
Péssima imagem
indenizações
2.2 RESULTADOS DOS ACIDENTES: 41
Imposição de legislação mais
restritivas

• Onde houve a obrigação de se adotar medidas que resultassem em


maior controle sobre os potenciais riscos de degradação ambiental
em todo o segmento produtivo instalado pelo mundo;
• As auditorias ambientais, foram inicialmente adotadas com este
propósito.
42

3. ESTUDOS DE ANÁLISE
DE RISCO AMBIENTAIS
3.1 OBJETIVOS DO EAR 43

 Além de se buscar identificar os perigos e estimar o risco, neste tipo de


estudo, deve-se propor medidas de gerenciamento.

Medidas preventivas Ações de emergência

Probabilidade Consequências

MENOR O
RISCO!
3.2 CRITÉRIOS PARA 44
EXIGÊNCIA DE EAR
PERICULOSIDAD QUANTIDADE
E DAS DAS
SUBSTÂNCIA SUBSTÂNCIAS

NÍVEL DE VULNERABILIDA
PERICULOSIDADE DA DE DA REGIÃO
INSTALAÇÃO

EAR
3.3 TIPOS DE ESTUDOS DE 45
RISCOS
ESTUDOS DE ANÁLISE PLANO DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS - EAR DE RISCO- PGR

Foco na Foco na gestão do risco


quantificação/avaliação
do risco.

 O EAR é mais complexo e detalhado que o PGR


ESCOPO EAR ESCOPO PGR 46
 Caracterização do empreendimento e  Informações de segurança do
da região; processo
 Identificação dos perigos e  Revisão dos riscos do processo;
consolidação dos cenários de  Gerenciamento de modificações;
acidentes;
 Manutenção e garantia da
 Estimativa dos efeitos físicos e
integridade dos sistemas críticos;
análise de vulnerabilidade;
 Procedimentos operacionais;
 Estimativa de frequências;
 Capacitação de Recursos Humanos;
 Estimativa e avaliação de riscos;
 Investigação de incidentes;
 Gerenciamento de riscos.
 PAE;
 Auditorias.
3.4 TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE
PERIGO 47
 Há várias ferramentas para identificação do risco, dentre elas, Awazu (1993)
descreve dez técnicas:
1. Análise histórica de acidentes;
2. Inspeção de Segurança;
3. Lista de Verificação;
4. Método “E se...?”(What if...?);
5. Análise Preliminar de Risco (APR);
6. Estudo de Risco e Operabilidade (Hazard e Operability Study – Hazop);
7. Análise de tipos e efeitos de falhas (Failure Modes and Effects Analysis –
FMEA);
8. Análise de árvore de falha;
9. Análise de árvore de eventos; e
10. Análise de causas e consequências.
Análise Preliminar de Risco - APR
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 Desenvolvida especificamente para aplicação nas etapas de planejamento de
projetos, visando a uma identificação precoce de situações indesejadas, o que
possibilita a adequação do projeto antes que grande quantidade de recursos
disponíveis tenham sido comprometidos;

 Avaliação qualitativa dos riscos.


49
50
Análise de Perigo e Operabilidade - HAZOP
51

 Uma técnica para identificação de perigos projetada para estudar possíveis


desvios (anomalias) de projeto ou na operação de uma instalação;
52

4. GERENCIAMENTO DE
RISCOS AMBIENTAIS
4.1 NECESSIDADE DE
53
GERENCIAMENTO DE RISCOS
Causa dos acidentes:

Acidentes

Organização (Condições Falha humana (Atos


inseguras) inseguros)

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