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Pró-Reitoria Acadêmica

Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária


Artigo Científico
Cartografia e Fotogrametria

APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE DIFERENÇA NORMALIZADA


(NDVI) NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ÁGUAS EMENDADAS
(ESEC-AE) NO DISTRITO FEDERAL

Autor: Juliana Costa dos Santos


Professor: Roberto Borges

Brasília - DF
2022
Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) na
Estação Ecológica de Águas Emendadas (ESEC-AE) no Distrito Federal

Resumo: Existem diversas formas de se estudar e avaliar a vegetação de um


determinado local, dentre essas formas, estão os índices de vegetação como o NDVI
(Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), Índice de Vegetação Ajustado ao
Solo (SAVI) e Índice de Área Foliar (IAF). Para este trabalho, foi utilizado o NDVI, que
vem sendo utilizado com sucesso para classificar a distribuição global de vegetação,
inferir variabilidades ecológicas e ambientais, produção de fitomassa, radiação
fotossintética ativa e a produtividade de culturas. Nesse contexto, este trabalho possui
por objetivos gerais analisar o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI)
na Estação Ecológica de Águas Emendadas no Distrito Federal, e por objetivos
específicos: realizar uma análise temporal da área para os anos de 2015, 2017, 2019
e 2021, e identificar as áreas mais vulneráveis da Unidade de Conservação a fim de
mostrar como a época do ano interfere na vegetação independente do bioma em que
se insere.

Palavras-Chaves: Índices de Vegetação; NDVI; Estação Ecológica de Águas


Emendadas; Unidade de Conservação.

1. Introdução
Os Índices de Vegetação são modelos matemáticos – ou algoritmos –
baseados no sensoriamento remoto, que avaliam e caracterizam a cobertura vegetal
em uma determinada área de acordo com a sua reflectância, isto é, na sua
capacidade de refletir a luz solar de acordo com as características do seu
desenvolvimento. Esses índices são utilizados para a interpretação de uma série de
fatores da vegetação, como o seu desenvolvimento, a cobertura do solo, sua
biomassa, ausência de determinados nutrientes, entre outros. Dentre as principais
vantagens ao utilizar índices de vegetação estão a praticidade e a assertividade das
análises.
De acordo com Ponzoni (2001), a aparência da cobertura vegetal em
determinado produto de Sensoriamento Remoto é fruto de um processo complexo
que envolve muitos parâmetros e fatores ambientais. O que é efetivamente medido

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por um sensor remotamente situado, oriundo de determinada vegetação, não pode
ser explicado somente pelas características intrínsecas dessa vegetação, inclui
também a interferência de vários outros parâmetros e fatores tais como: a fonte de
radiação, o espalhamento atmosférico, as características tanto das folhas quanto do
dossel, os teores de umidade do solo, a interferência da reflectância do solo, sombra,
entre outros.
Existem diversos índices de vegetação que podem ser utilizados no
monitoramento ambiental, dentre esses podem ser citados: NDVI (Índice de
Vegetação por Diferença Normalizada), Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI)
e Índice de Área Foliar (IAF). A utilização desses índices facilita a obtenção e
modelagem de parâmetros biofísicos das plantas, além de fornecer importantes
informações sobre a evapotranspiração das plantas.
Segundo Boratto e Gomide (2013),

A modelagem dos índices de vegetação baseia-se no


comportamento oposto da reflectância da vegetação na região
do visível, ou seja, quanto maior a densidade vegetal, menor é
a reflectância em função da absorção da radiação pelos
pigmentos fotossintetizantes e quanto maior a densidade
vegetal, maior a reflectância devido ao espalhamento nas
diferentes camadas das folhas.

Nisso, Myneni et al. (1997), afirma:

A maioria dos índices de vegetação pode ser generalizada com


uma derivação da reflectância de uma determinada superfície,
a partir de certos comprimentos de onda. Essa derivação é
função das propriedades óticas das folhas e das partículas do
solo. No caso de vegetação oticamente densa, a derivação
espectral, junto com os índices, é indicativo de abundância e de
atividade dos absorvedores de radiação nas folhas. Portanto, os
índices utilizados, baseados nas bandas do vermelho e do
infravermelho próximo, como o NDVI, realizam a mensuração
da quantidade de clorofila e da absorção de energia (apud
POVH,et. al., 2008).

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Ressalta-se que a cobertura vegetal se apresenta como um fator de grande relevância
na manutenção dos recursos naturais. Dessa forma,
Além de exercer papel essencial na manutenção do ciclo da
água, protege o solo contra o impacto das gotas de chuva,
aumentando a porosidade e a permeabilidade do solo através
da ação das raízes, reduzindo o escoamento superficial,
mantendo a umidade e fertilidade do solo pela presença de
matéria orgânica (BELTRAME, 1994, p. 14).

Ao analisar a densidade da cobertura vegetal em determinada área, assim


como sua espacialidade, é um importante mecanismo para estudos voltados a análise
da degradação ambiental, gestão e planejamento dos recursos naturais,
compreendendo os processos hidrológicos, diagnóstico do dinamismo no espaço
agrário entre outras finalidades, principalmente quando se utiliza em UC’s como um
aspecto de análise.
Nesse contexto, este trabalho faz uso da aplicação do NDVI, ou seja, do Índice
de Vegetação por Diferença Normalizada aplicado a uma Unidade de Conservação
dentro do Distrito Federal, compreendendo a Estação Ecológica de Águas
Emendadas (ESECAE).
Este trabalho possui por objetivos gerais, analisar o Índice de Vegetação por
Diferença Normalizada (NDVI) na Estação Ecológica de Águas Emendadas. Possui
por objetivos específicos:
- Realizar uma análise temporal da área;
- Identificar as vulnerabilidades da área.

2. Materiais e Métodos
2.1 Área Interesse
A área de interesse consiste na Estação Ecológica Águas Emendadas,
localizada no extremo nordeste do Distrito Federal, a uma distância de 50 quilômetros
do centro de Brasília. Possui área de 10.547 hectares. A ESEC-AE abriga muito mais
que recursos hídricos estratégicos (Córrego Fumal e Ribeirão Mestre D’Armas). Para
começar, o que dá origem ao seu nome é um singular e importante fenômeno natural
em que, de uma mesma vereda, vertem águas para duas grandes bacias
hidrográficas (Rio Maranhão, que deságua no Rio Tocantins; e São Bartolomeu, que
flui para a Bacia do Rio Paraná).

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Além de ser fonte de captação de água para abastecimento público da região,
operada e mantida pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (CAESB),
Águas Emendadas é considerada importante, até mesmo por organismos
internacionais, porque nela estão representados, e muito bem preservados, diferentes
espécies do Cerrado. Tanto que, em 1992, pelo seu excelente estado de
conservação, a Estação Ecológica passou a integrar a área-núcleo da Reserva da
Biosfera do Cerrado, criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Além da relevância ambiental, a importância histórica e patrimonial da ESEC-
AE é marcante, tendo aparecido no primeiro registro da região, feito no Relatório da
Comissão Exploradora do Planalto Central, coordenado por Luís Cruls, em 1892. A
Lagoa Bonita, bem como a vereda onde encontra-se o fenômeno hidrológico
conhecido hoje como “Águas Emendadas”, foi referência usada pela Missão Cruls na
escolha da área da Capital Federal.
A vegetação é de várzea grande, cerrado, campo cerrado, campo sujo, campo
limpo, mata de galeria alagada e não alagada, veredas, campo úmido e campo de
murundus. Além disso, um grande número de animais do cerrado podem ser
encontrados dentro da área da Estação de Águas Emendadas. Alguns mamíferos
ameaçados de extinção como o lobo-guará, o veado-campeiro, o tamanduá-bandeira
e o tatu-canastra. Também podem ser encontradas várias aves incomuns como
tucanos, papagaios, carcarás e seriemas.
Para facilitar o entendimento acerca da área selecionada, fez-se necessário a
produção de um mapa de localização definindo os limites da estação ecológica pelo
software QGIS 3.16.

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Figura 1 - Delimitação da Unidade de Conservação
Fonte: Própria

2.2 Obtenção dos Dados


Para obtenção dos dados fez-se necessário selecionar as imagens de
interesse por meio do site do USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) do
Satélite LANDSAT 8, apenas referentes as bandas 4 e 5. Nesse sentido, o período
escolhido para obtenção dessas imagens, foi o mês de setembro, ou seja, o mês de
estresse hídrico no Distrito Federal, que é marcado pela seca, baixa umidade e
diversos pontos de queimadas.
As imagens foram obtidas para os anos de:
- 2015;
- 2017;
- 2019;
- 2021.
Ressalta-se que outro motivo para seleção das imagens nesse período, é que
possuem poucas nuvens nesta época, contribuindo então para uma melhor análise
do índice.
Após a obtenção das imagens, também foi necessário baixar os shapes
correspondentes às Unidades de Conservação do Distrito Federal sob administração

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do IBRAM. Dessa forma, como a área interesse era a Estação Ecológica de Águas
Emendadas, pelo QGIS foi possível exportar apenas a feição da UC da ESECAE.
Para uma melhor localização da área, também foi utilizada a imagem do
Satélite Google, com a delimitação da Unidade de Conservação.
Com as imagens obtidas por meio do USGS, foi aplicada uma máscara para
os 4 (quatro) anos selecionados para a análise ser apenas integrada dentro da
Estação Ecológica, ou seja, as imagens rasters foram recortadas por meio de
máscara.
Após isso, foi possível aplicar a Calculadora Raster do QGIS 3.16, para a
obtenção do NDVI para os respectivos anos: 2015, 2017, 2019 e 2021.

2.3 Aplicação do NDVI


O NDVI tem sido um dos índices de vegetação mais usados de maneira remota
desde sua introdução em 1970. Com o aumento da disponibilidade das imagens de
satélite remotamente, cada vez mais pessoas têm adotado o NDVI na sua atividade
além do âmbito da ciência.
A reflectância espectral da vegetação através de diferentes bandas medidas
pelo sensor serve como indicador da presença de plantas ou árvores e do seu estado
geral. Assim, um índice de vegetação é uma combinação matemática de duas ou
mais dessas bandas espectrais que aumenta o contraste entre a vegetação (com
reflectância elevada) e o solo nu, estruturas artificiais, etc., bem como quantificar as
características das plantas, tais como biomassa, vigor, densidade, etc.
O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada é um indicador simples de
biomassa fotossinteticamente ativa ou, em outros termos, um cálculo da saúde da
vegetação. Em termos simples, NDVI ajuda a diferenciar a vegetação de outros tipos
de cobertura do solo (artificial) e a determinar o seu estado geral. Permite também
definir e visualizar áreas vegetadas no mapa, assim como detectar alterações
anormais no processo de crescimento.
Seu cálculo se dá pela seguinte fórmula:

NDVI = (NIR-Vermelho)
(NIR+Vermelho)
Formula 1. NDVI

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Onde o NIR é uma luz quase infravermelha e Vermelho é uma luz vermelha
visível.
Para cálculo do índice NDVI no QGIS, foi utilizada a calculadora raster QGIS,
carregando os dados necessários para as Bandas 4 e 5 do satélite Landsat 8, que foi
o satélite escolhido para obtenção das imagens para os anos de 2015, 2017, 2019 e
2021 na Estação Ecológica.
Nisso, a fórmula se deu a seguinte:

NDVI = (Banda 5 – Banda 4)


(Banda 5 + Banda 4)

Formula 2. NDVI para o LANDSAT 8

Onde a Banda 5 e a Banda 4 significam ondas Vermelhas (0,64-0,67


micrómetros) e NIR (0,85-0,88 micrómetros), respectivamente.
Para processamento dos dados, primeiramente foram aplicados o NDVI por
meio da Calculadora Raster do QGIS conforme passo anterior. Sendo assim, os
índices foram obtidos e devidamente classificados, a fim de se manter um padrão
entre os mapas.
Para todos os mapas foram adotadas as mesmas propriedades, tais como:
- Escala: 1:100000;
- Sistema de Referência: SIRGAS 2000;
- Sistema de Projeção: UTM 23S.

3. Resultados e Discussões
Como deve saber, os resultados do cálculo variam de -1 a 1. Os valores negativos
do NDVI correspondem a áreas com superfícies de água, estruturas construídas pelo
homem, rochas, nuvens e neve; o solo descoberto cai normalmente dentro do
intervalo 0,1 – 0,2; e as plantas terão sempre valores positivos entre 0,2 e 1. A
vegetação saudável e densa deve estar acima de 0,5, e a vegetação escassa cairá
muito provavelmente dentro do intervalo 0,2 – 0,5. No entanto, é apenas uma regra
geral e você deve ter sempre em conta a estação do ano, o tipo de planta e as
peculiaridades regionais para saber exatamente o que significam seus valores.

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Na maioria dos casos, valores do NDVI entre: 0,2 e 0,4 correspondem a áreas
com vegetação escassa; vegetação moderada tende a variar entre 0,4 e 0,6; qualquer
coisa acima de 0,6 indica a maior densidade possível de folhas verdes.

Figura 2 - Variação do NDVI


Fonte: Earth Observing System.

Vale ressaltar que grande parte dos sensores remotos orbitais, são sensores
ópticos, pois operam na faixa de 0,38 - 15 µm do espectro eletromagnético, a qual
está subdividida em quatro sub-regiões: visível (azul, verde e vermelho),
infravermelho próximo, médio e termal. Cada objeto da superfície terrestre, devido à
sua composição física e química, apresenta um comportamento espectral particular
em relação aos comprimentos de ondas em cada uma destas regiões.
O dossel da vegetação verde, por exemplo, absorve fortemente a radiação
solar incidente na região do vermelho (0,55 – 0,70 µm), devido à presença de alta
quantidade de pigmentos de clorofila e de carotenos existentes na folha. Por outro
lado, a vegetação verde tem uma alta reflectância na região do infravermelho próximo
(0,70 – 1,30 µm), devido às características estruturais das folhas e efeitos fenológicos
do dossel (Guyot et al., 1989).
Nesse sentido, de acordo com os resultados obtidos, nota-se que a
classificação dos índices permaneceu praticamente a mesma, conforme a legenda de
cada mapa. Porém, quando se olha efetivamente para os mapas nota-se que houve
diferença na vegetação no decorrer dos anos.

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Dessa forma, os resultados obtidos foram, respectivamente:

Figura 3 - NDVI obtido para o ano de 2015


Fonte: Própria

Em 2015, nota-se que apenas uma pequena porcentagem da vegetação


estava moderadamente saudável, porém pouco distante do índice máximo de
densidade das plantas, ou seja, a vegetação não estava 100% saudável. Considera-
se ainda que quase em toda extensão da UC os índices variaram entre 0.12 a 0.41.
Isso significa que, no índice de 0.12 o solo poderia estar exposto/descoberto, ou que
até mesmo a planta não está sadia, podendo ter passado até mesmo pelo processo
de queimadas. Já no 0.42, em análise geral a planta está moderadamente sadia.
A cor destacada em vermelho no mapa, nesse caso, significa que a superfície
possui água, pois cobre apenas a extensão do corpo hídrico do local, e está com
índice negativo de -0.03.

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Figura 4 - NDVI obtido para o ano de 2017
Fonte: Própria

Em 2017, no geral, nota-se que a vegetação foi prejudicada mais que nos
demais anos. Além disso, um fator que chama bastante atenção é o corpo hídrico
presente no local, que foi bastante prejudicado, pois a quantidade de água presente
na superfície diminuiu consideravelmente, sendo considerada, portanto, como um
objeto inanimado por seu índice estar entre -0.21 a 0, conforme figura 2. Com relação
aos demais índices dentro da UC, estes se comportaram praticamente os mesmos
considerando os outros anos. Dessa forma, variaram entre 0.22 e 0.44, sendo o
primeiro classificado pela vegetação/plantas doentias, e o segundo pela
vegetação/plantas moderadamente saudáveis.
Além disso, ressalta-se que um grande fator que contribuiu para essa
diminuição dos índices, e principalmente da presença de água na superfície, foi a
seca que atingiu o Distrito Federal em 2016, acarretando diversos efeitos negativos
na UC e maximizando os impactos/efeitos que são provocados pela seca.

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Figura 5 - NDVI obtido para o ano de 2019
Fonte: Própria

Em 2019, nota-se que a imagem se diferencia um pouco do ano de 2015, pois


nota-se que há uma área maior que o corpo hídrico existente no local destacada de
vermelho. Sendo assim, pode-se afirmar que a área também pode ter sofrido pelo
processo de queimadas. Necessitando então de um monitoramento mais criterioso.
O índice máximo obtido para o ano de 2019 também foi de 0.47, ou seja,
visivelmente a área é bem menor quando comparada ao ano de 2015. O valor
dominante foi entre 0.13 a 0.30. Isso significa então que, a maioria da vegetação está
doentia, por possuir menor densidade, ou até mesmo em menores quantidades de
água celular.

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Figura 6 - NDVI obtido para o ano de 2021
Fonte: Própria

Para o ano de 2021, a vegetação também não apresentou variação significativa


entre os índices, variaram entre -0.038 a 0.48. O valor negativo é correspondente à
presença de água na superfície. Em quase toda extensão da UC a vegetação estava
entre 0.13 a 0.30, ou seja, estavam pouco saudáveis, ou seja, doentia, assim como
no ano de 2019. Dessa forma, apenas uma mínima parcela estava em um índice
considerado bom, ou seja, estava moderadamente saudável.
Considerando as 4 análises realizadas, entende-se que a vegetação não
alcançou o índice máximo de saudabilidade, isso pode ser explicado pelo fato da
época que as imagens foram selecionadas, ou seja, uma época de estresse hídrico
no Distrito Federal, em que não há precipitação, e sim a seca, que acarreta nas
queimadas, fazendo com as plantas gastem mais água celular, fazendo com que não
permaneçam sadias. Presume-se então, que o período mais afetado foi o ano de
2017, fator que está relacionado com a seca que atingiu a região em 2016.
Infere-se então que, os baixos índices de NDVI são extremamente esperados
nesse caso, pois estão intimamente relacionados com a sazonalidade local.

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4. Considerações Finais
Foi possível concluir que, um índice de vegetação ideal minimiza os efeitos
variáveis de brilho de fundo, enquanto enfatiza variações das medidas decorrentes
da variação da densidade de vegetação. O Índice de Vegetação por Diferença
Normalizada (NDVI - Normalized Difference Vegetation Index) tem sido amplamente
utilizado por proporcionar um forte sinal da vegetação, e oferecer um bom contraste
com outros objetos da superfície terrestre (Tucker e Sellers, 1986).
Muitas combinações entre a reflectância dos canais da região do vermelho e
do infravermelho próximo têm sido propostas. A obtenção do máximo contraste entre
as propriedades das folhas, é melhor caracterizar o vigor da vegetação. Estas
combinações têm sido denominadas de índices de vegetação, e compactam as
informações de dois canais espectrais em um só.
Sendo assim, o uso de ferramentas para o processamento de imagens de
satélite, especificamente o NDVI, mostrou-se bastante eficiente e preciso para a
análise da cobertura vegetal da Estação Ecológica de Águas Emendadas. Nesse
sentido, foi possível entender como a estação do ano interfere na saudabilidade da
vegetação, bem como a importância que o NDVI tem para realizar análises ambientais
nesse aspecto, onde os níveis, ou índices de cobertura vegetal representam as reais
condições de conservação e de degradação ambiental da área que for ser estudada.

5. Referências

EARTH OBSERVING SYSTEM. NDVI: Tudo o que você precisa saber sobre o
índice. Disponível em: <https://eos.com/pt/blog/ndvi-
faq/#:~:text=Como%20%C3%89%20Calculado%20O%20NDVI,%C3%A9%20uma%
20luz%20vermelha%20vis%C3%ADvel.>. Acesso em: 02 de jun. 2022.

FONSECA, Elaine Lima; LOCATELLI, Marília; FILHO, Eliomar Pereira Silva. NDVI
aplicado na detecção de degradação de pastagens cultivadas. Disponível em:
<https://journals.openedition.org/confins/13180?lang=pt>. Acesso em: 05 de jun.
2022.

IBRAM-DF. Águas Emendadas é reconhecida internacionalmente por fazer


conexão entre água, cultura e patrimônio. Disponível em:
<https://www.ibram.df.gov.br/aguas-emendadas-e-reconhecida-internacionalmente-
por-fazer-conexao-entre-agua-cultura-e-patrimonio/>. Acesso em 02 de jun. 2022.

MELO, Ewerton Torres; SALES; Marta Celina Linhares; OLIVEIRA, José Gerardo
Bezerra. Aplicação do Índice de Diferença Normalizada (NDVI) para Análise da
Degradação Ambiental da Microbacia Hidrográfica do Riacho dos Cavalos,

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Cratéus-CE. Disponível em:
<https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/24919/16717>. Acesso em: 03 de jun.
2022.

POVH, Fabrício Pinheiro; MOLIN, José Paulo; GIMENEZ, Leandro Maria;


PAULETTI, Volnei; MOLIN, Rudimar; SALVI, José Vitor. Comportamento do NDVI
obtido por sensor ótico ativo em cereais. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/pab/a/fxPgbgnrmFN9GjF8R497NSj/?lang=pt&format=pdf>.
Acesso em: 03 de jun. 2022.

ROSSI, Julia Brusso. Representação de eventos de secas no Brasil por


produtos de sensoriamento remoto. Disponível em:
<https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/219715/001124105.pdf?sequence=1&
isAllowed=y>. Acesso em: 05 de jun. 2022.

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