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Departamento de Engenharia Florestal

Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de


Áreas Degradadas

Prof. Dr. Israel Marinho Pereira


imarinhopereira@gmail.com

INDICADORES UTILIZADOS
NA AVALIAÇÃO DE ÁREAS EM
PROCESSO DE RESTAURAÇÃO
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INDICADORES ECOLÓGICOS
Van Straalen, 1998; Manoliadis, 2002
Definição
Representam uma análise por meio da
categorização numérica ou descritiva de
dados ambientais
Frequentemente baseado em informação
parciais que refletem o status de extensos
ecossistemas
O uso repetido de bioindicadores em
programas de monitoramento
Auxiliar no entendimento da dinâmica
Auxiliam nas tomadas de decisão para
melhorar a qualidade ambiental
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QUALIDADE DO INDICADORES
 Potenciais indicadores devem:
Possuir relação bastante estreita com os objetivos
do projeto e os problemas ambientais abordados
Ser parte de um pequeno conjunto visando uma
abordagem eficiente
Ser claramente definido, a fim de evitar confusões
no seu desenvolvimento ou interpretação
Ser práticos e realista, o que supõe levar em
consideração o seu custo de coleta
Ser de alta qualidade e confiabilidade
Ser usados nas escalas espacial e temporal
adequadas
Manoliadis, 2002
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CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS INDICADORES

Ser de fácil mensuração


Ser sensível aos impactos no sistema, e
responder a esses impactos de forma previsível
Atuar de forma a prevenir impactos maiores
Rever mudanças que possam ser evitadas por
ações de manejo
Não ser pontual para determinado ambiente
Ter respostas conhecidas quando da ocorrência
de impactos antrópicos
Ter respostas a impactos naturais de baixa
variabilidade
ANDREASEN et al., (2001); DALE & BEYELER, (2001)
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INDICADORES DO PRÓPRIO ECOSSISTEMA


Composição - espécies-indicadoras, espécies-chaves,
espécies invasoras
Estrutura - quantidade de habitat na paisagem,
tamanho dos remanescentes, distância entre os
remanescentes e conectividade
Função - predação, herbivoria, competição e
interações
Intemperismo e regime hídrico
Decomposição
A escolha de indicadores eficientes é chave para o
sucesso global de qualquer programa de monitoramento,
e deve ser feita com base em critérios consistentes em
relação as mudanças no sistema.
ANDREASEN et al., (2001)
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COMO SELECIONAR UM INDICADOR?

 Método de comparação
 Comparação entre sítios onde houve distúrbios e
outros sítios conservados, que possam funcionar
como referências para estudos comparativos.
 Exemplo
 Manejo e uso do solo
 Perdas de diversidade vegetal e animal
associadas as práticas exercidas.

(GROFFMAN et al., 2001).


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1. AVALIAÇÃO DOS
MECANISMO DE
SUCESSÃO DA ÁREA
INDICADORES DE RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL
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1. BANCO DE SEMENTES DO SOLO

composição

abundância relativa das espécies


recentemente instaladas

o potencial de distribuição de cada espécie


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2. REGENERAÇÃO NATURAL
Permiti avaliar a dinâmica florestal da área,
através da analise das espécies e classes
sucessionais amostradas.

Constitui o mais importante instrumento de


avaliação e monitoramento de projetos de
restauração, já que o sucesso destes projetos
tem correlação estreita com a evolução da
diversidade na área revegetada.

CAMPELLO, (1998); RODRIGUES e GANDOLFI, (1998)


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3. COBERTURA VEGETAL
Utilizada como medida mitigadora dos
impactos ambientais é uma opção coerente,
prática e econômica.
É importante para interceptação da chuva e
proteção do solo contra o impacto direto das
gotas; e para a infiltração da água devido ao
aumento da porosidade e granulação do solo.

D’ALTERIO e VALCARCEL, (1996); CASTRO, (2007).


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4. BANCO DE SEMENTES
São todas as sementes viáveis no solo ou
associadas à serrapilheira para uma
determinada área num dado momento.
É um sistema dinâmico com entrada de
sementes através da chuva de sementes e
dispersão
Transitório - com sementes que germinam
dentro de um ano após o início da dispersão
Persistente - com sementes que permanecem
no solo por mais de um ano.
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4. BANCO DE SEMENTES
 Arquivo de informações ou memória das condições
ambientais passadas é fator importante do
potencial da comunidade de responder a distúrbios
passados e futuros.
 O estudo do banco de sementes pode dar
informações sobre a densidade de sementes,
composição florística e dar uma indicação do
potencial regenerativo das sementes estocadas
nos solos.

TEMPLETON & LEVIN,(1979); WILLIAMS-LINERA, (1993).


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5. DEPOSIÇÃO DE SERRAPILHEIRA

Têm sido utilizada mais para caracterizar a


dinâmica de produção e retorno de nutrientes ao
solo pela sua decomposição.
No entanto, o seu uso específico como bioindicador
ambiental é pouco aplicado para avaliação de
reflorestamentos com fins de recuperação
ambiental.
Importante componente do ecossistema florestal.
Este material inclui principalmente folhas, caules,
frutos, sementes, flores e resíduos animais.
(ARATO et al., (2003); MOREIRA e SILVA, (2004); ARAÚJO et al., (2005).
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A produção de serrapilheira controla diretamente a


quantidade de nutrientes que retornam ao solo -
Controle da ciclagem de nutrientes

Função: produz sombra e retém umidade no solo


 Criando condições microclimáticas que influeciam
na germinação de sementes e estabelecimento de
plântulas

 Fatores bióticos e abióticos, também influenciam


na deposição de serrapilheira

DIAS & OLIVEIRA FILHO, (1997); MORAES et al., (1998).


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6. CHUVA DE SEMENTES
Conjunto de propágulos que uma comunidade recebe
através das diversas formas de dispersão, propiciando
a chegada de sementes que têm a função de colonizar
áreas em processo de sucessão primária ou secundária
É Importante para conhecer os mecanismos que
propiciam a chegada natural de sementes dentro das
comunidades
Devemos reproduzi-los e assim transpor uma das
principais barreiras da regeneração natural
Falta de propágulos que possam originar novos
indivíduos em uma área após sua degradação.
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 A diversidade de plântulas de um local está mais


fortemente relacionada com a diversidade de
dispersores

 Maior intensidade de propágulos nas bordas

Arbustos e árvores mais esparsas servem de


poleiros para muitos dispersores

 Menor intensidade de propágulos em áreas


abertas/fragmentadas
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 Áreas degradadas
 Menor chegada de propágulos
 A distância de fragmentos florestais significa uma
deficiência preocupante no aporte de sementes
para a área em processo de sucessão
 A dispersão de sementes para uma área
degradada é essencial para a sua regeneração
 Principalmente em espécies tropicais o Banco de
sementes do solo sofre uma rápida diminuição na sua
abundância e riqueza de espécies devido à curta
viabilidade de muitas dessas espécies.

(GARWOOD, 1989).
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 Estratégias restauradoras baseadas na chuva de


sementes
Árvores remanescentes em pastagens atraem
aves e morcegos frugívoros que as utilizam para
repouso, proteção, alimentação ou residência.
 Chuva de sementes sob essas árvores é muito
mais intensa e rica que nas áreas circundantes
Devido a recorrente regurgitação, defecação ou
derrubada de frutos e sementes pelas aves e
morcegos

Guevara et al. (1986)


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2. QUALIDADE DO SOLO

INDICADORES DE RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL
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INDICADORES UTILIZADOS

Atributos Atributos
Biológicos Físicos

Atributos
Químicos

Qualidade do Solo
(DORAN e PARKIN, 1994).
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Indicadores de Qualidades do Solo

Antes Depois

Físicos Físicos

Químicos Químicos

Biológicos

Visuais
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INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO

Degradação física
Relacionadas às alterações das condições
estruturais do solo, ou seja, refere-se à perdas
de condições ligadas:
Compactação, porosidade, retenção de água,
aeração, susceptibilidade à erosão, etc
 Os principais indicadores utilizados são:
Textura, estrutura, profundidade do solo, do
horizonte superficial e das raízes, densidade do
solo, taxa de infiltração e capacidade de
retenção de água, etc
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INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO


o Indicadores Físicos
• Uso de atributos físicos do solo para o estudo
de sua qualidade;

• Baixo custo;

• Metodologia simplificada.
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TEXTURA

Processo de
Erosão Alteração na
degradação
acelerada textura
predominante

Remove argila e deixa trasformações grosseiras.


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• Análise textural granulométrica

- Determinação do tamanho das partículas e sua


distribuição em determinados intervalos

• Método da pipeta
- Define os percentuais de frações de areia silte e
argila
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ESTRUTURA
 Complementa o estudo de avaliação do arranjo
entre sólidos e vazios;
 Agregação e distribuição do tamanho dos
agregados e dos poros;
 Avaliação da curva de retenção de umidade do
solo.
 Poucos relatos do uso da estrutura com indicador
de qualidade;
 Merece atenção pela interação com outros
atributos e a influência direta nas operações de
preparo e manejo do solo.
MENDES et al ,(2006) ; GOMES & FILIZOLA, (2006)
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RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
• Resistência física que solo exerce em algo
que tenta se mover através dele aumenta
com a compactação e a redução da
umidade;
• Limita o crescimento das plantas e
infiltração de água no solo.

PEDROTTI et al., (2001); DIAS et al, )2002).


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RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
• Penetrômetro
Expressa em Kg/cm² ou Kpa

Neste tipo de avaliação é


necessário conhecer o teor de
umidade do solo.

Fonte: <soilcontrol.com.br>
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RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
• Avaliações indiretas:

- Densidade do solo (g/cm³)


Método do anél volumétrico

- Condutividade elétrica (cm/h)


Condutímetro

Fonte:<gaia.liberato.com.br/q
- Profundidade de raízes uimicaonline/imagens/equipa
mentos/co ndutivimetro>
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INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO


• Fenômenos que melhor refletem as condições
físicas internas do solo (ALVES & CABEDA, 1999)
• Interdependência com outros atributos do solo;
• Infiltrômetro.

Fonte: <soilcontrol.com.br>
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 Degradação química
Reflete os insumos, como a adição desregrada
de agroquímicos ao solo; e as saídas, como os
nutrientes exportados pela produção agrícola ou
pela madeira dos plantios florestais, que
reduzem a fertilidade do solo.
Os principais indicadores são:
Carbono orgânico total, matéria orgânica do
solo, N total; pH; condutividade elétrica; e
os teores de N, P e K disponíveis, etc.
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o Indicadores Químicos
• Processos do solo ou de comportamento;

• Capacidade do solo em resistir à troca de


cátions;

• Necessidades nutricionais da planta;

• Contaminação ou poluição dos solos.

(GOMES & FILIZOLA, 2006).


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• pH

- Indicar acidez;

- Peagâmetro
Fonte: <portaldoprofessor.mec.gov.br>

- Reações no sistema solo-solução


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• Carbono orgânico
- Não é considerado um nutriente para a planta;

- Baixos valores

Efeito na estrutura, disponibilidade de água para


as plantas e poder de tamponamento devido à
presença de compostos muitas vezes tóxicos a
planta.

(GOMES & FILIZOLA, 2006)


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• Método de análise

Oxidação da matéria orgânica com solução de


potássio em presença de ácido sulfúrico;

Calor desprendido na diluição do ácido sulfúrico e


titulação do excesso de dicromato com sulfato
ferroso amoniacal.

(CAMARGO et al 2009)
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• Capacidade de troca de cátions (CTC)

- Habilidade do solo de reter e trocar íons


positivamente carregados na superfície coloidal;

- Importantes propriedades físico-químicas do


sistema.
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• Análise
- Extração macronutrientes (Ca, Mg e K)
e sódio
- Solução normal de acetato de amônio pH 7,0 e
determinação dos seus teores no extrato
• Teor de Micronutrientes (Zn, Cu, Fe e Mn)
• Deficiência ou toxicidade
• Extratores: Mehlich e o DTPA-TEA

PEREIRA et al., (2001); CAMARGO et al, 2009).


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INDICADORES BIOLÓGICOS DO SOLO


Definição
Presença ou ausência de uma certa
espécie (planta ou animal) em dada
área, associada a determinada condição
ambiental.
Essa estratégia é bastante útil, uma vez
que elimina a necessidade de se estudar
todos os indivíduos da comunidade
biológica.
(TURCO & BLUME, 1999).
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 Degradação biológica
Perda da biodiversidade do solo e pela redução
do teor de MO, tendo como principal
consequência a baixa ou nula atividade da:
 micro (menor de 0,2 mm em tamanho);
 meso (de 0,2 a 2 mm); e
 macrofauna (de 2 a 20 mm) e flora do solo
Os principais indicadores são:
C e N contidos na biomassa microbiana; N
potencialmente mineralizável e taxa de
respiração do solo, etc
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 Invertebrados de solo, como minhocas, térmitas e


protozoários, têm sido utilizados como
bioindicadores
Demonstram o estado da qualidade do solo ante
as ações antrópicas
Sensíveis à mudanças sazonais
 Grupo dos coliformes
 A presença de coliformes em amostras
ambientais indica a qualidade sanitária do solo e
da água
 Escherichia, Klebsiella e Enterobacter

(BROCK & MADIGAN, 1991).


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 Diversidade Microbiana

Permite avaliar a diversidade, porém não


considera a estrutura e composição da
comunidade microbiana

O uso como indicador tem sido discutido

 A diversidade microbiana manter-se naturalmente


inalterada ao longo do ano

(SMIT et al., 2001; JOHNSON et al.,


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• Indicadores microbiológicos
- Fundamentais na ciclagem de nutrientes no solo
e no fluxo de energia dos ecossistemas terrestres
- Importantes formação de estrutura do solo e tem
ação amenizadora de stress nutricional
• Biomassa microbiana
- Controlam funções a decomposição e o acúmulo
de m.o ou transformações envolvendo os
nutrientes minerais;
- Microorganismos utilizam a fração disponível da
m.o Sensíveis a mudanças a sua qualidade.

PARRON & BUSTAMANTE, (2002); TÓTOLA & CHAER, 2002; MELLONI, (2007)
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INDICADORES MICROBILÓGICOS

• Métodos de análise
- Fumigação e incubação;
- Fumigação e extração;
- Determinação da respiração induzida pelo
Substrato;
• Não considera composição e estrutura

(BRESOLIN et al, 2002).


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• Diversidade microbiana
- Riqueza de microogarnismos = variedade de
espécies e inter-relaçoes dos processos
biológicos que ocorrem;
- Bactérias, fungos, protozoários, nematóides,
minhocas e artrópodes;
- Normalmente avaliada a nível de espécie e
diversidade genética.

(TÓTOLA & CHAER, 2002)


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3. Análise Florística

INDICADORES DE RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL
Índices de Restauração
 Índice de Diversidade de Shannon-Weaver
(H’)
– Este índice é calculado com base no número de
indivíduos de cada espécie e no total de indivíduos
 Índice de Equabilidade de Pielou (J)
 Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM)
– Fornece uma idéia geral da composição florística do
ambiente, pois, indica, em média, o número de
árvores de cada espécie que é encontrado no
povoamento.
 Índice de MacGuinnes (IGA)
– Estima o grau de agregação da espécie
 Índice de dinâmica da comunidade
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4. FAUNA
Quanto maior a quantidade e a diversidade
da fauna, principalmente da avifauna, maior
seria o potencial de auto recuperação desta
área.

As aves silvestres são reconhecidas como


as melhores bioindicadores dos
ecossistemas terrestres, principalmente os
florestais.

PADOVEZI, (2005); ALMEIDA e ALMEIDA, (1998).


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Indicadores Faunísticos

• Presença de todo e qualquer animal


pode ser considerado indicativo de
qualidade ambiental

• Desproporção
– Indica desequilíbrio ambiental
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• Invertebrados
- Fáceis de serem avaliados;

- Métodos de avaliação identificação e contagem


dos indivíduos;

- Sobrevivência dependente da presença de


habitats específicos.

(DORAN et al., 1996).


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• Insetos
- Abundantes - Tolerantes
- Espécies sensíveis á alterações no meio
- Método de análise (SILVA, 2002).

Fonte: <methodosambiental.com.br> Fonte: <googleusercontent.com>


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• Formigas

Fonte: <blogspot.com>
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• Cupins
- Importante nos processos de ciclagem de
nutrientes e
formação de solo;

- Efeito na estrutura física;

- Termiteiros abrigo a uma fauna e


distribuição de plantas.
Fonte: <blogspot.com>
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Indicadores
• Utilização dos indicadoresFaunísticos
– Maioria dos estudos são feitos por comparação
• MC – insetos com larvas aquáticas, insetos
fitófagos, mosquitos e libélulas
• Ambiente mais secos – Coleoptera e
Orthoptera
• Invertebrados
– Indicadores de poluição ou alterações
ambientais
• Facilidade de coleta e baixo custo
• Grande diversidade
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Indicadores Faunísticos
• Isopteras
– Tropicais e subtropicais
• Associados a ciclagem de nutriente
• Lepidoptera
– Indicativo de ambiente “limpo” (sem poluição)
• Abrange a maioria dos ambientes
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Indicadores Faunísticos
Consideraram-nos como bons indicadores, pois
geralmente são organismos que possuem ampla
distribuição geográfica e ao mesmo tempo são
abundantes em seus hábitats.

Pérez et al. (2001)


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Indicadores Faunísticos

• Ictiofauna

– Sensibilidade a mudanças ambientais

• Poluição

• Desmatamento

• Contaminação direta dos mananciais


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Indicadores Faunísticos
• Espécies-chave para o Cerrado
– Térmitas
• Devido às alterações que causam nas
características do solo, na grande
quantidade de inquilinos que vivem em suas
colônias, na importância de alimentos para
vertebrado, etc.
– Formigas cortadeiras, saúvas e quem-quem
– Movimentam uma grande biomassa vegetal,
alteram as características locais do solo e
abrigam vários inquilinos em seus ninhos

(Brandão & Vanzolini 1985)


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Consideração Final
 Apesar de não ser recente, a discussão sobre o uso de
indicadores vem ganhando força e expõe a dificuldade
de se chegar a um consenso sobre quais parâmetros
são capazes de atestar o impactos.
 Na prática
Muitos utilizam indicadores “empíricos”
Presença de determinadas plantas, insetos,
minhocas, etc
 No meio científico
 Além desses parâmetros, figuram as interações e
funções ecológicas sobre esses indicadores de
restauração

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