Atividade avaliativa

Nome: Brian Kaique Macedo Rodrigues

RA: 00111892

Questões
1. Qual é a diferença entre as abordagens geográfica e ecológica da ecologia de
paisagens, e como elas influenciam a definição e o uso das métricas da paisagem?
2. O que é conectividade funcional e como ela pode ser medida em uma paisagem
fragmentada?
3. Qual a diferença entre métricas de composição e métricas de configuração em uma
paisagem? Cite exemplos.
4. Como o índice de proximidade de fragmentos pode ser usado para avaliar o grau de
isolamento e de conectividade dos fragmentos florestais em uma paisagem?
5. Quais são os principais métodos para mitigar a fragmentação da paisagem e quais são
os seus benefícios e desafios para a conservação da biodiversidade e dos serviços
ecossistêmicos?
6. Como a defaunação afeta a biodiversidade, os serviços ecossistêmicos e o bem-estar
humano em diferentes regiões do mundo?
7. O que são trampolins ecológicos e como eles podem contribuir para a conservação da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos em paisagens fragmentadas?
8. O que são corredores ecológicos e quais são os seus benefícios e desafios para a sua
funcionalidade para a conectividade em paisagens fragmentadas?
9. Como Biólogo, você irá propor a implantação de um corredor ecológico na paisagem
abaixo. Quais fragmentos você irá conectar e quais as medidas entre eles?

Fragmento
2
Fragmento
1
Fragmento
3

10. Cite os tipos de agricultura agroecológicas e suas principais características.

RESPOSTAS:

1. A abordagem geográfica visa o estudo da influência do homem sobre a paisagem e a

gestão do território, ou seja, sob uma percepção antrópica do espaço e presta mais
atenção aos aspectos físicos da paisagem, como a topografia, a geologia e a hidrologia. Já a
abordagem ecológica, enfatiza a importância do contexto espacial sobre os processos
ecológicos, visando a conservação de espécies, em função da percepção por parte das
espécies e comunidades presentes no espaço estudado, considerando mais as
características bióticas, como a composição de espécies e a estrutura da vegetação. A
abordagem ecológica geralmente usa mais métricas de composição dos elementos
presentes na paisagem, pois tem fatores bióticos e qualitativos da paisagem estudada. A
abordagem geográfica usa métricas de configuração da disposição espacial dos elementos
da paisagem, pois compõe fatores de medidas geográficas e espaciais da paisagem.

2. A conectividade funcional descreve o grau em que as paisagens realmente facilitam ou

impedem o movimento de organismos entre áreas de habitat. É uma função tanto da
estrutura da paisagem quanto da resposta comportamental dos organismos a essa
estrutura. Assim, a conectividade funcional é específica tanto para a espécie quanto para a
paisagem. Várias métricas de configuração são usadas para medir a conectividade
funcional de uma paisagem, entre elas: índice do maior fragmento do habitat, indíce de
proximidade e complexidade da formas dos fragmentos.

3. As métricas de composição da paisagem focam na quantidade e qualidade dos elementos

presentes, enquanto as métricas de configuração se concentram nas características
espaciais desses elementos. As métricas de composição não é espacial e descreve atributos
como o número de classes, proporção, diversidade, riqueza, dominância e diversidade de
uma paisagem. As métricas de configuração descreve espacialmente a distribuição dos
elementos da paisagem como tamanho, forma, densidade e conectividade de fragmentos
de uma paisagem.

4. O índice de proximidade de fragmentos é calculado com base na distância euclidiana entre

os fragmentos, tendo por base suas bordas. Quanto maior o valor do índice de
proximidade, maior a conectividade entre os fragmentos florestais, pois indica que os
fragmentos estão mais próximos uns dos outros e, portanto, mais facilmente acessíveis
para a movimentação de espécies. Por outro lado, quanto menor o valor do índice de
proximidade, maior o isolamento entre os fragmentos, o que pode levar à perda de
diversidade biológica e de processos ecológicos.

5. Os corredores ecológicos promovem ligação entre duas áreas fragmentadas, é uma faixa
de vegetação que liga fragmentos e permite a movimentação de organismos,
movimentação genética e conecta habitats de diversos seres vivos, preservando as
espécies e interações daquelas áreas. Tem como impedimentos pastagens degradadas,
agricultura, solo exposto, estradas e paisagens urbanas. A agroecologia é uma abordagem
agrícola que busca integrar práticas agrícolas sustentáveis com a conservação da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Isso pode incluir práticas como a rotação de
culturas, o uso de adubos orgânicos e a preservação de habitats naturais em fazendas. Os
benefícios incluem a manutenção da biodiversidade e a restauração de serviços
ecossistêmicos, como a polinização e o controle biológico. Os desafios incluem a
necessidade de mudanças na cultura agrícola convencional e a dependência de fatores
externos, como mudanças na legislação ambiental ou políticas governamentais. O
reflorestamento envolve a restauração de áreas que foram degradadas ou desmatadas
 para a criação de novos habitats. Isso pode ajudar a aumentar a conectividade da
paisagem e a fornecer habitat para espécies que dependem de áreas florestais. Os
benefícios incluem a restauração de serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima e
a manutenção da qualidade da água. Os desafios incluem a necessidade de recursos
financeiros e a dependência de fatores externos, como mudanças na legislação ambiental
ou políticas governamentais.

6. A defaunação pode levar à perda de diversidade biológica em um ecossistema, uma vez

que as espécies estão interconectadas em uma rede complexa de interações. A perda de
uma espécie pode ter efeitos cascata em outras espécies dentro do ecossistema, levando à
diminuição da diversidade e da abundância de outras espécies. Também pode afetar a
capacidade de um ecossistema de fornecer serviços ecossistêmicos, como polinização,
dispersão de sementes e controle biológico de pragas. Por exemplo, a perda de
polinizadores importantes, como abelhas e borboletas, pode levar à diminuição da
produção de alimentos, enquanto a perda de predadores naturais pode levar ao aumento
do número de pragas. Além disso, pode afetar o bem-estar humano de várias maneiras.
Por exemplo, a perda de espécies animais icônicas, como elefantes e tigres, pode afetar a
cultura e a identidade de comunidades locais. A perda de serviços ecossistêmicos, como a
polinização, também pode afetar a produção de alimentos e a segurança alimentar em
muitas regiões do mundo.

7. Trampolins ecológicos são áreas de habitat que fornecem uma fonte de alimento, abrigo e
reprodução para espécies animais e permitem que essas espécies se desloquem entre
áreas isoladas de habitat. Eles podem ser usados como uma estratégia para aumentar a
conectividade da paisagem e reduzir os efeitos da fragmentação em ecossistemas
fragmentados. Podem incluir áreas de alimentação, abrigo, locais de reprodução e outras
características que são importantes para a sobrevivência de espécies animais. Os
trampolins ecológicos podem ajudar a interconectar áreas isoladas de habitat, facilitando a
movimentação de espécies entre elas, podem fornecer habitat para espécies que não
encontram recursos suficientes em outras áreas da paisagem, aumentando assim a
diversidade biológica local e podem ajudar a restaurar serviços ecossistêmicos que foram
perdidos devido à fragmentação do habitat, como a polinização e a dispersão de sementes.

8. Corredores ecológicos são faixas de terra que conectam áreas naturais fragmentadas,
permitindo a migração de espécies e a dispersão de sementes. Os benefícios dos
corredores ecológicos incluem a conservação da biodiversidade, a manutenção dos
ecossistemas e a promoção da resiliência ecológica. Mas existem desafios, como a
necessidade de planejamento cuidadoso para evitar a fragmentação adicional, garantir a
conectividade entre as áreas protegidas e enfrentar a resistência dos proprietários de
terras, além da presença de estradas, pastagens degradas, solo exposto e paisagens
urbanas.

9. Com biólogo, eu uniria o fragmento 1 com o fragmento 2, pois o fragmento 1 está a 1500
metros do fragmento 2 e 2000 metros do fragmento 3, sendo assim mais isolado, sendo
mais ecológico e eficaz.

10. Agricultura biodinâmica:

 Método de agricultura orgânica;

 Baseado na compreensão holística e integrada dos processos naturais e cósmicos que
influenciam o crescimento das plantas e a saúde do solo;
  Utiliza técnicas naturais para melhorar a fertilidade do solo e controlar as pragas;
 Usa preparados biodinâmicos compostos de materiais orgânicos e minerais;
 Utiliza ritmos cósmicos para determinar o momento das atividades agrícolas.

Agricultura natural:

 Método de cultivo sustentável;

 Baseado em práticas que trabalham em harmonia com a natureza;
 Não utiliza produtos químicos sintéticos;
 Solo é mantido coberto por plantas de cobertura;
 Rotação de culturas é utilizada para melhorar a fertilidade do solo;
 Utiliza adubos naturais como esterco e composto;
 Controle de pragas e doenças é feito de forma natural.

Agricultura orgânica:

 Método de cultivo que utiliza técnicas naturais e sustentáveis;

 Não utiliza agrotóxicos, fertilizantes químicos ou organismos geneticamente
modificados;
 Tem como objetivo preservar a saúde do solo, da água e dos seres vivos que habitam o
ambiente rural;
 Utiliza técnicas como rotação de culturas, adubação verde, compostagem e manejo
integrado de pragas.

Permacultura:

 Sistema de design ecológico;

 Baseado na observação da natureza e na utilização de princípios ecológicos;
 Busca integrar de forma harmoniosa a produção de alimentos, a construção de habitações,
o uso de energia, a gestão de água, a criação de animais e a gestão de resíduos;
 Enfatiza a utilização de recursos locais e renováveis;
 Maximiza a diversidade biológica e cultural em todos os aspectos do sistema;
 Pode ser aplicada em diversos tipos de ambientes para criar sistemas produtivos,
resilientes e sustentáveis.