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ARREPENDIMENTOS

Hoje se iniciava um ano diferente pois tinha acabado com meus cursos e o colegial, dia primeiro
de janeiro, fui acordado e recebi uma trágica notícia da minha mãe Angélica, meu pai e meus avós, aah
cara como eu os odeio... querem me colocar em um colégio que me tornara um médico ou engenheiro,
fora do país, mas eu não quero ir, queria tomar meus rumos sozinho, mas pelo jeito, eles não veem isso,
vou fazer de tudo para não ir, o que eu quero mesmo ser é um militar ou advogado mas nem penso em
tocar neste assunto com eles, ou estaria em apuros.
Enfim o dia da prova chegou e eu estava tão tranquilo, pois não queria passar neste teste e
também não tinha estudado, já outros alunos estavam suando e fazendo cara de desespero, foi até
engraçado ver eles daquele jeito, brincadeira. Respondi todas as questões até que eram bem fácil pois
elas pareciam estar dentro do meu antigo cotidiano escolar. Terminando a prova fui para casa e tive que
esperar uma semana para saírem os resultados que certamente eu não seria aceito por eles, passou uma
semana e nada duas semanas e a mesma coisa se repetiu até que se passou um mês e ligaram para mim
dizendo que eu fui aceito, não acreditei e para me mandarem meu resultado em meu e-mail. Foi como
ele disse
eu fui aceito, fiquei tão decepcionado comigo mesmo porque eu tirei a maior nota da sala MESMO NÃO
QUERENDO. Contei a meu pai:
- Pai, eu passei naquela prova, mas antes de prosseguir eu quero que você saiba de uma coisa,
isso que o senhor fez comigo está errado eu não quero ser o você deseja eu quero entrar em uma
faculdade – me interrompeu bruscamente dizendo:
- BERNARDO você vai entrar para essa faculdade e pronto não quero ouvir você repetir isso para
mim de novo. Respondeu-me furioso.
- Fiquei sabendo o senhor que irei me diplomar em medicina e iniciarei minha carreira militar e
você ira engolir minhas palavras pois serei um grande nome da força militar dos Estados Unidos.

Quando acabei de dizer isso ele levantou a mão e me deu um tapa na cara que sem falar mais
nada foi em direção a porta da sala e eu sem falar nada fiquei com um olhar de desprezo que até ele
percebeu, e mesmo com esse tapa injustiçado e totalmente inútil pois não me deu medo e sim mais ódio
muito mais ódio, terminando a conversa não olhei mas para ele e nem queria olhar para aquela cara de
autoritário e um homem velho de com um nome grande só não se passava disso, poderia ser um dos
maiores do Brasil mas pra mim não passava disso um velho autoritário.
Com este ocorrido pedi para que minha mãe me levasse para ver meus avós (por parte de mãe)
uma semana antes do voo para os EUA pois eles eram minhas fontes de conselhos bons e sustentáveis
que me dão forças para continuar com essa ideia errada de meu pai. Passei alguns dias com eles como de
objetivo consegui clarear minha mente e parti de novo para minha casa, quando entrei percebi que meu
pai não estava em casa como de costume mas nem liguei para isso.
No dia seguinte parti bem cedinho, chegando no aeroporto dei um abraço bem apertado em
minha mãe e ela chorando me disse:
- Meu filho se cuida...sabe que se precisar de qualquer coisa mamãe está aqui por você- me disse
soluçando.
- Só preciso que você fique bem e cuide daquele velho. – respondi com uma cara chorosa.

Me despedi e peguei o avião e parti, parti para 4 anos de chatice quatro anos sem ver amigos 4
anos sem ver minha mãe já estava começando querer voltar mesmo antes de partir, quando o avião
estava decolando fiquei tão focado em neste pensamento que nem senti o balançar das turbulências
quando percebi já estava alto muito alto, só peguei meu celular e meu fone e pronto o mundo foi
silenciado em questão de segundos e continuei a minha viajem dormindo como uma pedra.
Chegando no aeroporto meu tio irmão de minha mãe que ficou realmente irritado e indignado
com a escolha de meu pai, e me deu apoio total na minha ideia e que se eu precisasse de qualquer coisa
era só falar com ele, me senti confiante a fazer tudo aquilo que tinha dito ao meu pai só para velo dizer
que eu estava certo e que podia fazer o que quiser. Perto de sua casa liguei para minha mãe para dizer
que tinha chegado bem não precisava se preocupar mais pois estava tudo bem.
Quando ia desligando percebi que alguém estava sussurrando atrás dela nem dei bola pensei que
podia ser meu irmão mais novo ou meu pai, então nem quis perguntar, quando perguntei aonde meu tio
morava ele me disse:
-Chegamos.

Quando percebi me apaixonei pela casa dele era uma mansão aonde eu adoraria passar meus
finais de semana lendo e vendo TV. Meu quarto já estava preparado e era gigante mas não quero entrar
em detalhes. Já estava tudo prepara para eu ir até a faculdade ver como funcionava e se eu iria me
adaptar com os novos amigos de outra língua se bem que eu falava inglês fluentemente mas mesmo
assim queria ver como seria meu tratamento dentro daquela instituição como eram tratados os alunos
isso era um medo meu por não ser recebido bem. Fiquei surpreendido com tamanha beleza naquele local
tudo era diferente, não era como no Brasil, em questão de tecnologia não era preciso levar caderno pois
todos tinha computador fornecidos pela própria faculdade fiquei admirado mesmo não querendo estudar
ali.
Dei um passo a frente e comecei com os estudos, até que meu acostumei bem, tudo começou
tranquilamente minhas notas sempre ficaram entre os três primeiros da turma pois tinha facilidade de
entender tudo que era proposto pelo professor.
Tinha dois amigos para tudo e qualquer momento, James Roy e Charlie Jones, cara eles me
ajudaram muito e apoiavam a minha ideia e disseram que iriam me ajudar com tudo que eu precisasse>
O tempo foi passando até que finalmente completei um ano morando ali e minha mãe veio me
parabenizar pessoalmente fiquei muito feliz em vê-la, perguntei como estava o Brasil, ela me respondeu
que estava tudo bem, mas vi que alguma coisa a sufocava então a perguntei:
-Mãe aconteceu alguma coisa? Pelo que te conheço tu está me escondendo algo. –pressionei ela
contra a parede
-Bernardo, seu pai saiu de casa, mas não é só isso, queria dizer que. -Meu tio entra com tudo e
James e Charlie estão com ele.
Jogamos a noite toda, quando fui perceber já era manhã de domingo. e tínhamos um trabalho
para ser entregue na segunda, nem me lembrei, fui perceber sobre ele quando James me perguntou se
tinha algumas perguntas sobre o sistema circulatório, estávamos muito ferrados pois ele iria dar início na
nota enorme do primeiro semestre do segundo ano, como já era tarde da noite pois dormimos até tarde
e continuamos jogando depois disso, não dava tempo pra terminar pois estamos quebrados ainda pois
não dormimos quase nada, decidimos não entregar.
No dia seguinte todos estávamos com caras tensas pois o professor começou a chamar um
integrantes de cada grupo faltava mais cinco grupos até que Lauren uma garota que sentava na nossa
frente olhou nossas faces de desespero e já tinha entendido o que estava acontecendo então perguntou
com jeito tímido me perguntou se eu queria entrar no grupo dela pois ela estava sozinha, minha voz
queria dizer sim mais minha mente achava errado se eu aceitasse seria montar em cima dela e pedir para
carregar eu e os dois nas costas, perguntei o que eles achavam da ideia eles aceitaram sem tosquenejar,
dei um leve suspiro balancei a cabeça e disse que aceitaria mas com uma condição, o próximo era nos
três que iriamos fazer e ela iria estar nele sem precisar se preocupar com nada e assim foi feito.
Mas seis meses se passaram e eu e Lauren criamos um vínculo muito grande, ligava para ela toda
noite isso quando ela não me ligava que era raro, de fato estava gostando dela mas nada estava dando
certo para contar para ela e mesmo que contasse não teria chance com ela, pensava comigo mesmo.
Saiamos muito juntos, para shoppings, central parques, comprávamos coisas loucas e nos divertíamos
muito, até que um dia me veio a ideia de convidá-la para um jantar a dois e dizer que o que eu sentia o
que estava guardando dentro de mim e não podia mais suportar. Cheguei a ela e perguntei:
- Sabe Lauren, queria lhe perguntar se você aceitarei sair comigo, amanhã à noite para jantar? De
um jeito todo tímido perguntei.
- Claro que eu aceito, me busca as oito? –perguntou sorridente.
-Sem problema estarei lá, bom agora vou indo pois tenho que arrumar a casa antes que meu tio
chegue, se ele ver a bagunça não arrumada irá ficar uma fera.
Rindo ela me disse:
- Claro pode ir, até amanhã. –rindo meu deu um abraço forte.
No caminho de casa fiquei fora do ar pois estava tudo dando certo, chegando em casa meu tio já
havia chegado não consegui me segurar e contei tudo para ele, tudo o que eu sentido por ela contei a ele
mesmo não sabendo se ele iria me ajudar ou não quando terminei de falar ele me deu um breve sorriso,
levou a mão no bolso e me deu um dinheiro que minha mãe havia mandado.
Naquela mesma noite sonhei que minha mãe tinha se separado do meu pai por alguma motivo
estranho que não consegui ver muito bem o que era só deu um papel de exame que estava em minhas
mãos, não dei muita importância pois no fundo eu estava querendo isso mesmo, não estava vendo minha
mãe feliz com ele e isso já estava me fazendo lembra da nossa última e frustrante conversa, me fazendo
desejar ainda mais que sonho se tornasse realidade.
Passou-se meio dia e então fui fazer umas compras por minhas roupas estavam bem debilitadas
e velhas para sair, como queria parecer o mais formal possível comprei umas camisetas polos, calças
jeans uns cinco pares de tênis. Chegando em casa meu tio me olhou com uma cara de espanto por conta
do tanto de roupas que comprei.
Estava chegando perto das sete comecei a me arrumar pois era a noite que eu iria me confessar
para Lauren, terminei e parti para a casa dela chegando lá não faltando e nem sobrando tempo cheguei
as oito em ponto, ela já estava a me esperar, fiquei pasmo ao ver o seu pai um ex-general do exército
norte americano seu nome era John Gibbson, estava querendo me conhecer. Me apresentei e passamos
uns minutos conversando sobre a minha pessoa e minha família, até que ele disse para irmos, se não
iriamos chegar muito tarde da noite.
Chegando ao restaurante ela se espantou e me disse que era o restaurante mais caro da cidade
eu falei para ela se preocupar com isso pois nem foi tão caro, conversamos sobre muitas coisas até que
achei uma brecha para falar o que sentia, comecei a falar tudo ela me olhou, eu senti esse olhar tocar no
fundo de minha alma, senti que ela estava querendo me contar alguma coisa, quando reparei, ela estava
chorando, mas não de tristeza e sim por alegria.
-Porque está chorando? magoei você? –perguntei assustado- Me desculpa, acho que falei demais
– olhando para baixo com cara abalada.
-não diga isso Bernardo. –enxugando as lagrimas me disse- eu que iria me confessar para você
esta noite, por isso estou chorando.
Brincando eu respondi:
- Então pode se confessar porque eu já me confessei.
- Haha, Bobo. Desde aquele dia em que conversei com você pela primeira vez senti um
sentimento diferente, então nossa relação foi crescendo e hoje estou me confessando para você espero
que possamos ser belos namorados.
Quando ela terminou de falar dei um grande abraço e um beijo longo e demorado, terminamos
de comer, a levei para casa e contei a seu pai que começamos a namorar naquela noite ele não gostou
muito da ideia mas aceitou, ainda bem. Chegando em minha casa contei ao meu tio que ficou muito feliz
e que não esperava para contar para minha mãe eu disse que não precisava que iria Lauren para o Brasil
nas férias do segundo ano da faculdade, só faltavam mais seis meses e iriam voar como aconteceu ano
passado.
E então se passaram quatro meses, só faltavam mais dois para que eu pudesse rever meu lindo e
querido pais rever amigos estava com muitas saudades de tudo e de todos. Tinha horas que eu parava
para refletir se era aquilo mesmo que eu queria da minha terminar a faculdade e ingressar em carreira
militar, nunca tinha comentei isso com Lauren pois ela odiava quando seu pai passava semanas fora de
casa ou até fora do pais para resolver os problemas de armamentos das guerras que estavam tendo
contra a Síria, e então escolhi esperar o momento certo para lhe contar.
Naquela noite dormi em sua casa e contei ao pai dela sobre a situação que me encontrava ele
me olhou fixo nos olhos e me disse para tirar esta ideia da cabeça por que eu iria me arrepender pois não
teria tempo para a família. Como eu estava arrependido de ter brigado com meu pai eu pedir desculpas a
ele por eu sempre estar errado, eu nem me despedi dele.
Faltava só um mês para que pegássemos férias e partiríamos para o brasil, já tinha conversado
com ela, adorou a ideia e comentou com os pais, como eu já tinha ganhado confiança deles em tão pouco
tempo convenci eles a deixarem, meu tio doido querendo ir junto iria pegar as férias no mesmo mês em
que a nossa faculdade.
Com tudo certo para a viajem, fiquei bem mais tranquilo pois não iria e não queria fazer tudo em
cima do tempo, pois imagina tudo não dar certo, eu iria pirar. Passou uma semana e recebi uma ligação
mas não consegui atende-la a tempo pois estava no banho tentei retornar mas não consegui, fiquei
intrigado mas não devia ser nada não pensei que era só um trote ou algo do tipo, digitou o número
errado. Quando foi no outro dia aconteceu a mesma coisa com o mesmo número, mas desta vez consegui
atender era minha mãe:
-Alo? -Perguntei
- Alo, Oi meu filho, tudo bem contigo? –perguntou a mim com uma voz de felicidade
- Tudo sim mãe, e com a senhora? –perguntei – eu tenho uma coisa para te contar, mês que vem
vou passar minhas férias com a senhora e que eu arrumei uma namorada quase noiva, ela vai junto e eu
queria dizer obrigado ao papai ele estava certo o tempo todo eu estava errado ao dizer que eu queria ir
ser militar pois estaria como estou hoje longe de vocês e sinto muitas saudades – interrompendo todo o
assunto.
Com uma voz chorosa ela me disse:
- então meu filho era de seu pai mesmo que eu queria falar...
- diga mãe aconteceu alguma coisa com papai? –perguntei curioso
- sim, seu pai e eu nos separamos faz um tempo não sei se seu tio comentou isso contigo mais e
verdade eu e ele nos separamos mas não era só isso que queria comentar contigo.Meu filho seu pai está...

To be continue...

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