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"Entendendo o Galdrabók e criando desenhos originais"

por Greg Crowfoot


4,550 words ©,1994

Tradução por Ramsus


Revisão Marcelo Moura (Cello)

PARTE 1:
Conceitos introdutórios, “terror-staves”, “dream-staves” e sua criação.

Introdução

O Galdrabók é uma coleção de grimórios, ou textos mágicos, datando dos


séculos 16 ao 17. O Galdrabók apresenta aos usuários da magia rúnica moderna
com uma ampla variedade de desenhos. Ente eles existem diversas versões do
famosos “Aegishjálmur” ou “elmo de aweh”.
Como um todo o Galdrabók utiliza a tradicional simbologia nórdica
combinada com uma influência da Europa ocidental (o que reflete o efeito da união
da cultura do “Old Norse” ou Nórdico Antigo, com a cultura da era cristã na história
da Islândia). Mas os desenhos do Galdrabók vão muito além das fórmulas que
estamos acostumados a ver nos “bind-runes” (algo como comprometimento, juntar
ou ligar). Mesmo uma passada rápida nas magias do Galdrabók vão impressionar
qualquer um que esteja familiarizado com a magia rúnica, por causa de seu alto
grau de sofisticação e desenhos de poder potencial como eles poderiam ter em
operações mágicas.
Muitos livros questionam o Galdrabók tanto na sua totalidade como nos seus
excertos: “The Galdrabók” traduzido por Stephen E. Flowers e, “Nothern Magic” por
Edred Thorsson.
O problema para os magos rúnicos de hoje em dia é que em muitos casos os
desenhos do Galdrabók são muito complicados e tão abstratos que são de difícil
entendimento, o que faz com que fique difícil, se não impossível, para os magos
rúnicos o emprego de seus desenhos, tamanha a sua complexidade.
Foi este o caso quando encontrei pela primeira vez o “The Galdrabók”.
Mesmo um dos meus primeiros instrutores na tradição nórdica foi intimidado por
isto, e não queria nem sequer tentar decifrar suas formas enigmáticas. De acordo
com ele, as chaves para a composição dos desenhos do Galdrabók haviam sido
perdidas e não poderiam ser recuperadas. Eu nao aceitei a idéia e
conseqüentemente embarquei em um esforço para encontra-las.
Depois de considerável estudo particular, eu cheguei em um número de
métodos que,acredito eu, possibilitem o compreendimento de muitos desenhos
apresentados no “The Galdrabók” e farão uma construção de formas originais
possíveis.
Inicialmente meus métodos usados para decifrar foram incorporados nos
meus próprios grupos de estudo rúnico avançado (como apresentado no nosso
programa de treinamento formal). Estes métodos são de todas as formas os únicos
que possibilitam a criação de “terror-staves” (Óttastafur), “Dream-staves”
(Draumstafur), “Super-binds” ou elmos de awe funcionais (staves = bastões). Eu
duvido, e desafio qualquer um a mostrar-me uma conclusão diferente da minha e
que tenha resultados.

Princípios básicos da magia dos sigilos e o Galdrabók

Como os interpretei, os desenhos contidos no Galdrabók são essencialmente


uma combinação da clássica magia de sigilos e a básica fórmula rúnica levado ao
extremo.
Os magos islandeses que comporam o Galdrabók eram com certeza
familiarizados com os dois corpos de conhecimentos (sigilos e runas) e acredito que
eles os combinaram quando comporam seus desenhos. Além do mais, é somente
pelo entendimento das duas formas de magia e como elas agem em conjunto no
Galdrabók, que eu sinto que ele começará a mostrar seus segredos.
Para conseguir isto nós temos que examinar os princípos básicos da magia
de sigilos e como ela era emrpegado pelos magos islandeses. Para aqueles que já
são familiarizados com tais técnicas devo pedir sua indulgência e atenção direta
aos pontos em que os desenhos do Galdrabók e a magia dos sigilos se relacionam.
Para quem não é familiarizado com o assunto e deseja aprofundar seu estudo é
recomendada a leitura do livro do Frater U.D. “Practical Sigil Magic”.
Na magia de sigilos clássica a escrita normal (o alfabeto latino) é geralmente
modificado para ocultar sua verdadeira forma. Isto tem 2 propósitos: Para evitar o
reconhecimento do intento da magia por outros que possam adultera-la e para
prevenir que a mente consciente do mago introiduza dúvida na equação.
Letras quadradas usadas na magia dos sigilos devem ser mudadas em
formas arredondadas, espelhadas ou re-desenhadas em novas formas
quadradas.Geralmente estes caracteres modificados são então combinados em
umúnico símbolo, da mesma maneira que uma “bind-rune”

Diagrama 1:Letras modificadas (Caracteres Latinos)

Magos Islandeses empregaram tanto as runas nórdicas como caracteres


latinos em seus “binds” e começavam alterando-as em formas redondas,
espelhadas ou formas rígidas modificadas. Acredito que sua inspiração para estas
formas venha do conhecimento das várias variações de formas rúnicas e o princípio
básico de trabalho com sígilos.
Diagrama 2: Uma “Bind Rune” Modificada

Nos diagramas 3 e 4 eu coloquei uma tabela de runas como elas aparecem


no Elder Futhark, seguidas de formas variantes que, acredito eu, foram utilizados
pelos autores do Galdrabók na sua composição de magias rúnicas.
Enquanto a maioria das formas variantes eu apresentei no diagramas 3 e 4
diretamente de um material de pesquisa (“Futhark” e “Runenmagie”) uma pequena
porcentagem deles foi extraído por mim de formas variantes existentes (baseado
nas regras de modificação de letras impostas na magia de sigilos básica. Onde
possível elas estarão marcadas com um asterisco (*)).
Em adição, para modificar o formato das runas os autores do Galdrabók não
limitaram-se ao número básico de runas que nós normalmente associamos com as
“bind-runes”. Apesar de eles terem sido cuidadosos ao compor as suas magias
rúnicas de acordo com a numerologia nórdica, eles comumente empregavam
dúzias de runas no que eles chamavam de “super-binds”.Veja o diagrama 5 para um
exemplo de “super-bind”.

Diagrama 5: Um "Super-bind"

Outra pratica de magia de sigilos também aparece muitas vezes nas magias
do Galdrabók. Isto foi outra adição às imagens pictográficas.
No método pictográfico de magia de sigilo, uma imagem simplificada é
usada para ajudar a expressar o intento e o resultado desejado. Por exemplo, uma
figura simplificada humana (bem no estilo desenho infantil) é desenhada para
representar a pessoa intencionada pelo mago para ser o alvo da magia. A figura
simplificada é então rodeada ou combinada com símbolos mágicos que invocam as
forças apropriadas na esfera da existência do alvo. Assim como as formas em letras,
este desenho mágico pode ser modificado até que ele não mais possa ser
reconhecido facilmente.
Os “terror-staves” na página 88 do “The Galdrabók” (ver meu diagrama 6) é
um excelente exemplo do método pictográfico em uso. Olhando no material do
Galdrabók como um todo parece que o método pictográfico de magia de sigilos era
bem popular com os magos nórdicos medievais.

Diagrama 6: Um "Terror-stave"

Quadrados mágicos também tiveram um lugar importante na magia nórdica.


Um quadrado mágico, para aquele não familiarizados, é uma grade composta de
letras e números que correspondem a um regime (ordem) particular, forças
planetárias ou frase mágica. Os quadrados mágicos podem ser usados como um
talismã. Podem também ser usados como chave para o encanto ou usado para criar
um símbolo mágico.
O quadrado “SATOR” é um dos mais conhecidos. Ele usa letras ao invéz de
números na sua grade. Alguns especialistas acreditam que tenha se originado de
um amuleto cristão, usando as palavras da reza ao senhor “Pater Noster” (pai nosso)
e “A” (Alpha) e “O” (Omega) para criar “SATOR”. Outros acreditam que o quadrado
tenha origem na magia Kabbalística. No “Greater Key o Solomon” (Grande Chave de
Salomão) é retratado o segundo pantáculo de Saturno, adicionando o valor
numérico de “IHVH” (ou tetragranmaton”).
O quadrado “SATOR” pode, no entanto, ter outras raízes. Svend Ulfsson
postula que SATOR pode ser correlato de SAETER, um regime germânico menos
conhecido, que mais tarde foi adotado pelos romanos e foi latinizado em “Saturno”.
Saturno ou Cronos (como era conhecido pelos Gregos) era o pai dos deuses do
Olimpo e Deus do Tempo. Por causa dos aspectos criativos de Cronos, Ulfsson acha
que Saeter pode ter sido outro nome de Volund, o Ferreiro. Ele aponta que muitos
magos medievais foram também ferreiros e o seu isso par ao quadrado “SATOR”
poderia ter sentido profundo por esta razão.
Nigel Pennick também equaciona Saeter com Saturno, mas ele liga Saturno
com Loki. Loki o enganador (como todas as outras figuras enganadoras no mundo
mitológico) é por um lado uma força caótica, e por outro um luciferiano que traz luz.
Como “Shape-changer” (algo como metamorfosear) ele é claramente uma figura
mágica e sobrenatural. Se nós também aceitarmos a idéia controversa de que Loki
seja também o Deus do Fogo (baseada na possível ligação etimológica entre “Logi”
ou “fogo selvagem” e o nome Loki) nós logo teremos uma teoria interessante sobre
o significado por trás do quadrado “SATOR”. Fogo, como meus leitores sem dúvida
estão cientes, faz parte importante dos rituais e magias germânicas. Como Loki o
fogo pode ser tanto criativo , aquilo que traz calor e fonte de iluminação, ou um
agente destrutivo. Se Pennick e aligação que Loki pode ter com o elemento fogo
estiverem corretos então é possível que através do uso do quadrado “SATOR” os
magos medievais estarem não apenas invocando a ajuda de Loki, mas também
afirmando um fato simples sobre magia. Como fogo eles sabiam que a magia podia
ser tanto uma força positiva ou negativa, dependendo apenas do nível de
conhecimento do operador e como a magia é usada.
O leitor concordando ou não com Ulfsson ou Pennick, tem que aceitar que o
ponto que estes homens levantam é bem interessante. Se como eles dizem Saeter é
conectado com o quadrado “SATOE”, independente do regime nórdico do qual está
associado, o quadrado tem raízes profundas na tradição da magia nórdica (por mais
cristanizada que possa ter se tornado futuramente)
Da magia no Galdrabók é claro no entanto, que os magos nórdicos da idade
média praticavam uma forma mista que agia combinando as crenças cristãs e
pagãs. Ainda mais, é possível que eles tenham visto o quadrado SATOR em ambos
os contextos.
Em uma análise final todas as teorias dobre a origem do quadrado SATOR
são pura conjectura (Nota tradutorial: cara que vontade de matar este autor depois
desta...rs...) Ninguém está inteiramente certo sobre sua idade, nascimento ou o
regime que possa ter sido ligado.
O que nós temos certeza é que os sacerdotes nórdicos medievais viam o
quadrado SATOR como uma poderosa fórmula mágica. Ele foi empregado por eles
em todas as operações. O quadrado visto é usado como curva para magias
negativas e um talismã para controlar espíritos. Foi até mesmo dito que uma bruxa
cruel não conseguiria ficar no mesmo quarto que o quadrado SATOR.
O quadrado SATOR é mencionado por Stephen Flowers no “THE GALDRABÓK”
nas páginas 48 e 50. Ele nos informa que este símobolo era bem conhecido pelos
magos rúnicos nórdicos.
O quadrado SATOR na página 50 foi inscrito no fundo de uma tigela
encontrada na Suécia e datada do fim de 1300 (anterior ao material do Galdrabók).
É interessante notar que este quadrado SATOR em particular é incompleto.
Normalmente o quadrado SATOR seria lido: SATOR-AREPO-TENET-OPERA-ROTAS (de
cima para baixo), mas ao invés disso encontramos apenas: SATOR-ARAEPO-TAENAET.
É admissível que as duas últimas linhas eram consideradas secretas, e sabida
apenas pelo mago (se esta “omissão” era comum em outros quadrados SATOR eu
não sei). Para um quadrado SATOR completo e sua contra-parte rúnica vejam meu
diagrama 7

Diagrama 7:O Quadrado "SATOR" e seu equivalente rúnico

Ao lado com seu possível uso como talismã contra sacerdotes rivais,
quadrado SATOR era também uma chave importante para encantamentos mágicos.
Flowers menciona que muitos livros mágicos nórdicos requisitavam a recitação do
“SATOR-AREPO” durante suas operações. Flowers não tem certeza se este encanto
envolvia o “canto” das runas do quadrado SATOR ou se as runas eram a chave para
outro grupo de sons todos juntos. Pessoalmente, eu acredito que não precisamos
olhar mais fundo do que o próprio quadrado Sator para o misterioso encanto SATOR-
AREPO. Se este quadrado mágico age como qualquer outro que experimentei o
processo é simplesmente de marcar as runas enquanto cantamos o som,
começando por SATOR indo até AREPO, passando por TENET, então por OPERA, e
então finalmente ROTAS. Para banir as energias mágicas que invocamos no
processo é só fazer o contrário.
Naturalmente, este método de invocação não é inscrito em pedra como
“único caminho verdadeiro” e eu admito a possibilidade de outras aproximações.
Novamente, eu convido qualquer um a comentar sobre o assunto, portanto que
tenha trabalhado com um procedimento diferente e obtido um bom resultado.
O último aspecto da clássica magia de sigilos a ser analisado é o tempo ou
momento de sua operação mágica para alinhar-se com o planeta apropriado e hora
apropriada, isto dá um chute extra que pode fazer toda a diferença entre falha ou
sucesso. Enquanto possível que os magos nórdicos medievais refiriram-se ao ciclo
planetário e horários do sul como seu atributo, é também bem possível que ele
tenham usado o ciclo planetário e de horários nórdico para o dia de
correspondência. Qualquer um que tenha lido os livros de Nigel Pennick “Pratical
magic in the northern tradition” e “Runic astrology” ou o “Runenmagie” de
Spresberner, estará familiarizado com o sistema de horas-rúnicas do dia. É seguro
dizer que nehuma magia da tecnologia do Galdrabók deve ser tentada sem o tempo
ou momento apropriado. Eu pratico assim e assim recomendo a todos. Para detalhes
aos vários métodos de tempo ou momento da gravação rúnica nas magias do
Galdrabók, refiram-se aos vários “projetos de construção” ao fim de cada exemplo
de desenho.

Com tudo isto em mente vamos ao trabalho. Nós iremos analisar vários
desenhos do Galdrabók com os olhos voltados ao entendimento do seu conteúdo e
criando novas versões para o nosso uso próprio. Na primeira parte, nós
aderessaremos a composição e a criação de “terror-staves” (Óttastafur), “dream-
staves” (Draumstafur) (Nota tradutorial: Adorei este nome: DRAUMSTAFUR...
desculpem....rs...). Na segunda parte, exploraremos “super-binds” e finalmente na
terceira parte o “elmo de awe” (Aegishjálmur).

Terror-staves
O terror-stave (assim nomeado par mim pelo desenho na página 88 no “The
Galdrabók”) e desenhos similares, são a mais básica expressão do método
pictográfico da magia de sigilos (vejam meu diagrama 8 e as páginas 91-93 dp “The
Galdrabók” – Apêndices: magias correlatas na magia germânica). Aqui nós vemos o
alvo da magia desenhado numa forma simples com variantes rúnicas anexas a ele,
ou transformadas em um forma mais modificada que são ainda simples o suficiente
para percebe-se a idéia da figura.

Diagrama 8:Exemplos de "Terror-Staves"


O primeiro desenho em meu diagrama 8 mostra uma figura curva que com
toda a certeza é uma varição rígida de “TYR”. O segundo para de figuras é ainda
mais simples e parece mostrar as figuras sem o benefício de runa alguma.
O mesmo pode ser também verdadeiro de meu terceiro exemplo (apesar de
eu suspeitar que os braços da figura sejam uma versão arredondada de Gifu e a
terceira perna ajuda a criar uma variação de Eihwaz). Este sigilo particular é
supostamente para trazer vitória sobre outros (quando utilizado em segredo debaixo
do braço) e isto pode explicar o uso destas runas no desenho.

Construção:

Nosso trabalho será dividido em quatro estágios:

a) intento base (o conceito por trás de nosso desenho),


b) o estágio do desenho (composição),
c) o estágio da gravação (a operação mágica) e
d) Aplicação.

a) Intento base

Emprestando de uma magia do “Galdrabók”, vamos assumir que o propósito de


nosso “terror-stave” é ganhar de alguém em um negócio do nosso ponto de
vista.

b) desenho

Nosso “alvo” é desenhado como uma figura simples. As runas apropriadas são
adicionadas numa forma modificada (neste caso variações rígidas de Wunjo e
Tyr). Deste ponto nós podemos modificar nossa imagem em uma forma variada
para parecer menos um simples desenho e sim um sigilo mágico. O resultado
final é um “bind” pictográfico (vejam meu diagrama 9 para os passos usados).
Verificando nossa matemática o valor numérico de nosso “terror-stave” é 25
(Wunjo=8 e Tyr=17) 25 é divisível por 5, o número de ordem e tempo e uma
soma positiva quando usado em operações mágicas.
Naturalmente se não tivéssemos chegado numa soma apropriada seríamos
forçados a adicionar runas até chegarmos nele (pelas mesmas razões que
faríamos em um “bind” onvencional)

c) Entalhando

Com nosso “terror-stave” desenhado nós estamos prontos para entalhar,


avermelhar e cantar o talismã. Para alinhar apropriadamente nosso trabalho com
as horas rúnicas, nós devemos consultar uma fonte confiável para o tempo
apropriado e agendar nosso trabalho para que coincida com ele (tal como o livro
de Pennick “Practical magic in northern tradition” e o de Spierberge
“Runenagie”). Neste caso nós entalharíamos e cantaríamos a primeira runa, Tyr,
nosso pictográfico principal, às 5:00 e Wunjo mais à tarde às 16:00. Se por
algum motivo o horário não for acessível, um horário mais conveniente pode ser
programado baseando-se na runa que melhor expressa o nosso intento. Para
este “terror-stave” seria Tyr, logo então seria às 5:00.
Uma vez que estabelecemos o que vamos construir, e quando, a questão é
como iremos proceder em relação ao nosso trabalho. Se desejássemos seguir os
passos dos magos do “Galdrabók” teríamos que começar e terminar o ritual com
a recitação do SATOR-AREPO (junto com “rezas” direcionadas aos deuses e
deusas apropriados). O entalho , envermelhamento e canto até então seria o
mesmo de um “bind” normal. O único item a mais que deve ser mencionado é
que nós não personalizamos nosso produto final (adicionando um nome em
runas para nosso “alvo”). Nós devemos, para isto, ter certeza de que
visualizamos a pessoa que devemos afetar e o resultado desejado enquanto
trabalhamos.

d) aplicação

O sigilo rúnico por inteiro será usado como um amuleto ou como os autores do
Galdrabók sugerem em alguns casos desenhado em um pedaço de pergaminho
e carregado no bolso quando formos nos encontrar como alvo.

Diagrama 9: Construção de um "Terror-stave"


“Dream-staves” (Draumstafur) (Nota tradutorial.... que nome lindo....rs...)

Exemplos do draustafur ou “dream-stave” podem ser achados nas páginas


85 e 86 do “The Galdrabók” (diagrama 10). O propósito é exatamente o que o nome
indica: causar sonhos específicos.
As formas expressadas na figura A e B do diagrama 10 usam o que parece
ser uma variante aberta de Thurizas (o clássico “espinho do sonho”) agindo como
um circulador ao redor das outras runas empregadas na magia. Este símbolo tem
terminação circular no seu fim. De acordo com Edred Thorsson, terminações
circulares age para re-circular a energia da magia de volta do desenho do sujeito
que a magia foi intentada

Diagrama 10: Exemplos de "Dream-staves"


O primeiro “dream-stave” no nosso diagrama, figura A, mostra uma adição de uma
variante de Thurizas (em sua forma arredondada) e Pertho. Este Draumstafur, de
acordo com o texto do Galdrabók é desenhado para induzir qualquer sonho que for
desejado pelo operador.
No nosso segundo “dream-stave”, figura b, o corpo básico do circulamento
de Thurizas é livre de todas as runas, mas nós achamos o que parece ser Tyr em
uma forma bem convencional aparecendo em um dos cantos. Este “stave” é
desenhado para trazer sonhos a outro, sem o seu conhecimento. É possível que Tyr
tenha sido incluso neste “stave” para subjulgar a resistência física natural do alvo
por uma influência exterior.
Nosso terceiro exemplo é uma partida completa dos outros desenhos. A
figura C mostra como exemplo quatro “bind-forms” rúnicas agindo juntas. Estes
binds foram desenhado em forma arredondada, nas regras da magia de sigilos.

Construção:

Os passos serão os mesmos que tomamos no “terror-stave”

a) Intento base

Neste caso nós desejamos criar um drea-stave que induzirá viajem astral
enquanto dormimos.
Por eu preferir o circulamento pela variante de Thurizas (como expressado
nas figuras A e B do diagrama 10) nós usaremos como base para criar um
“draumstafur” customizado.
Então é até um assunto simples para selecionarmos as runas apropriadas ou
runas que ajudam a induzir o estado apropriado (com o seu número total em
mente). Nesse caso usaremos Ehwaz (para ir longe), Thurizas (para aplicação de
poder) e Fehu (escolhido por ser a “runa de envio” e pelo número de valor
adicional). As runas desenhadas serão em formas rígidas e formas variantes
arredondadas e incluídas no desenho final (diagrama 11)
Incluindo o circulamento de Thurizas, este “Draumstafur” terá um total de 54,
que é divisíve tanto pelo 9 como pelo 6 (ambos números de grande poder e
força)

Diagrama 11: Construção de um "Dream-stave"

b) Entalhando

Usando o metódo longo nós marcaremos o entalhe para começar às 15:00 para
Thurizas e o circulamento e continuar o trabalho às 7:00 do dia seguinte por
Ehwaz. A runa final, Fehu, seria desenhada às 13:00, para o agendamento curto
comparar como método do “terror-stave”. Em adição para dar o tempo
apropriado ao nosso trabalho, tenha certeza de invocar “SATOR-AREPO” e as
deidades patronas de cada estágio da operação mágica. Entalhando,
avermelhando e cantando tem que serem feitas obviamente da maneira normal

c) Aplicação

Nosso “Draumstafur” completo deverá ser desenhado ou num pergaminho ou


cauterizado em madeira (ou outro meio permanente). Este “stave” deve ser
posto onde dormimos para que funcione.

Isto conclui a parte 1 do “Entendendo o Galdrabók”. Na parte 2 nós iremos


explorar o complexo e poderoso “super-bind” e aprender a criar estas formas
enigmáticas.

z zz

Para comentários sobre este artigo ou para contactar o autor escreve para:
spectre@pacificnet.net

Bibliografia:

"THE GALDRABÓK: An Icelandic Grimore", by Stephen Powers, Samuel Weiser


Inc., York Beach, Maine, 1989

"NORTHERN MAGIC: Mysteries of the Norse, Germans and English", by Edred


Thorsson, Llewellyn Publications, St.Paul, Minnesota, 1992

"FUTHARK: A Handbook of Rune Magic", by Edred Thorsson, Samuel Weiser Inc.,


York Beach, Maine, 1984

"RUNENMAGIE", by Karl Spiesberger,Schikowski, Berlin, Germany, 1955

"ADVANCED RUNE MAGIC: Class Notes and Lecture", by Greg Crowfoot, KGG,
1992

"PRACTICAL SIGIL MAGIC", by Frater U.D., Llewellyn Publications, St.Paul,


Minnesota, 1991

"MAN, MYTH AND MAGIC, Vol. 12",Edited by Richard Cavendish, Marshall


Cavendish Corporation, New York, New York, 1970
"THE GREATER KEY OF SOLOMON",edited by L.W. de Laurence, de Laurence,Scott
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"RUNELORE:A Handbook of Esoteric Runology", by Edred Thorsson,Samuel


Weiser Inc., York Beach, Maine, 1987.

"RUNIC ASTROLOGY:Starcraft and Timekeeping in the Northern Tradition",


by Nigel Pennick, Aquarian Press, Wellingborough, Northhamptonshire, England,
1990

"PRACTICAL MAGIC IN THE NORTHERN TRADITION", by Nigel Pennick, Aquarian


Press, Wellingborough, Northhamptonshire, England, 1989

"THE ÓRðASAFN OF GAMLINGINN", by C.A. Jerome, Hrafnahus, Albuquerque,


New Mexico, 1991

"TEUTONIC RELIGION:Folk Beliefs and Practices of the Northern Tradition",


by Kveldulf Gundarsson, Llewellyn Publications, St.Paul, Minnesota, 1993

"DICTIONARY OF MYSTICISM AND THE OCCULT", by Nevill Drury, Harper and


Row Publishers, New York, New York, 1985

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