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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

PROGRAMA DE APOIO INSTITUCIONAL À EXTENSÃO

PROJETOS DE EXTENSÃO

EDITAL 04/2023/PROEX/IFG - AÇÕES DE EXTENSÃO - FAIXA 1 (até R$ 8.000,00)

UNIDADE PROPONENTE

Campus:
CÂMPUS CIDADE DE GOIÁS

Foco Tecnológico:
EXTENSÃO

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto:
Rap Documentário - Cinema, música e letramento racial nas escolas públicas de Goiás

Grande Área de Conhecimento: Área de Conhecimento:


LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES ARTES

Área Temática: Tema:


Educação Formação de Professores

Tipo de Ação:
Curso

Carga Horária:
256 horas

Período de Execução: Possui Cunho Social:


Início: 04/09/2023 | Término: 06/05/2024 Sim

Nome do Responsável
Titulação:
(Coordenador): Matrícula: Vínculo:
ESPECIALIZACAO NIVEL
Antonio Fabricio 1054659 Voluntário
SUPERIOR
Evangelista Barbosa

Telefone:
Departamento de Lotação: E-mail:
(00062) 99821-7852 / (62) 3371-9057 (ramal:
GOI-DAA antonio.barbosa@ifg.edu.br
9057)
CARACTERIZAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS

Quantidade Prevista de Quantidade de Descrição do


Público Alvo
Pessoas a Atender Pessoas Atendidas Público-Alvo
Grupos, coletivos, refugiados, movimentos de
10 - -
minorias, movimento indígena e movimento negro
Comunidades Escolares da educação básica
30 - -
pública

EQUIPE PARTICIPANTE

Professores e/ou Técnicos Administrativos do IFG


Membro Contatos Bolsista Titulação

Tel.:
Nome:
(62) 3210-2195 / (62) 3371-9057 (ramal:
Fabiana Lula Macedo MESTRE+RSC-III (LEI
9057) Não
Matrícula: 12772/12 ART 18)
E-mail:
1957302
fabiana.macedo@ifg.edu.br

Tel.:
Nome:
(62) 8164-5243 / (62) 3371-9019 (ramal:
Gabriel Rocha Madeira ESPECIALIZACAO NIVEL
9019) Não
Matrícula: SUPERIOR
E-mail:
2030672
gabriel.madeira@ifg.edu.br

Nome: Tel.:
Antonio Fabricio (00062) 99821-7852 / (62) 3371-9057
ESPECIALIZACAO NIVEL
Evangelista Barbosa (ramal: 9057) Não
SUPERIOR
Matrícula: E-mail:
1054659 antonio.barbosa@ifg.edu.br

Estudantes do IFG
Membro Contatos Bolsista Curso

Nome:
Tel.:
Henrique da Rocha
- Bacharelado em Cinema e
Hernandes Não
E-mail: Audiovisual
Matrícula:
rocha.hernandes@academico.ifg.edu.br
20201100070116

Nome:
Tel.:
Luana Rose Campos
- Bacharelado em Cinema e
Passarinho Sim
E-mail: Audiovisual
Matrícula:
luana.passarinho@academico.ifg.edu.br
20221100070102

Nome: Tel.:
João Pedro Saraiva da Silva - Bacharelado em Cinema e
Sim
Matrícula: E-mail: Audiovisual
20231100070088 pedro.saraiva@academico.ifg.edu.br
DISCRIMINAÇÃO DO PROJETO

Resumo

O projeto "Rap Documentário - Cinema, música e letramento racial nas escolas públicas de Goiás" consiste em um
proposta que contempla a elaboração de material pedagógico e a formação de professores e professoras da rede pública
de ensino para o trabalhar de forma transversal o cinema (com foco na linguagem documental) e a música afro-brasileira
(rap e trap) afim de promover o letramento racial dos alunos e promover ações antirracistas no ambiente escolar, além do
acompanhamento e monitoramento da aplicação desse material. Este projeto é a confluência de iniciativas que já
aconteceram no âmbito do campus, sendo elas: Projeto de Extensão "Inventar Goyaz" (2016 - 2017) e projeto de Ensino
"Rap Documentário" (2021 - 2022).
Perfil da Ação de Extensão

Este projeto se baseia nas leis 10.639/03, que obriga as escolas de educação básica a ensinarem sobre história e cultura
afro-brasileira e na 13.006/14, que institui uma carga horária mínima de cinema nacional em sala de aula. Para além das
leis, este projeto se coloca em diálogo com a necessidade latente e contínua de materiais didáticos e formação continuada
para professores e professoras da rede pública. Na perspectiva da lei 13.006/14, propomos um olhar sobre as relações
entre cinema e educação que se unem em um desafio presente na atualidade, por nos instigar e educar sobre as novas
tecnologias, e obrigatoriamente nos coloca numa posição na qual é preciso sempre mantermos atualizados. Mediante os
diversos desafios da educação, devemos buscar metodologias que dialoguem com as práticas do cotidiano dos alunos, e
que reforcem potências artísticas e de expressões e que subvertam as condições, práticas e espaços opressores, violentos
e discriminatórios. Nesse sentido, a produção de audiovisuais restaura sensações, emoções e desperta a curiosidade não
só no processo de ensino-aprendizagem, como também nas experiências de reconhecimento e valorização da identidade,
do território e da memória. "Com o cinema como parceiro, a educação se inspira, se sacode, provoca as práticas
pedagógicas esquecidas da magia que significa aprender, quando o “faz de conta” e a imaginação ocupa lugar privilegiado
na produção sensível e intelectual do conhecimento." (Fresquet, 2013, p.20) O uso da tecnologia já se faz presente no
cotidiano de muitas pessoas, em especial no dia-a-dia de crianças e de adolescentes. Na verdade, há um fluxo continuo
de produção audiovisual para redes sociais, plataformas colaborativas e comunicadores instantâneos que nem sempre
são saudáveis. Geralmente proibido em sala por ser um concorrente ao professor e a aula, o celular passa a ser
subutilizado em sua potência na produção de imagens e sons, dentro de uma prática que vise aproximar a comunidade
escolar dos patrimônios artísticos e bens culturais diversos, a processos de legitimação das manifestações artísticas na
sociedade e no desenvolvimento de uma visão crítica e histórica. Segundo FRESQUET (2013): “Hoje, muitas crianças
filmam- sem nunca terem sido ensinadas -, com seus celulares e pequenas câmeras de fotografia. Aulas de cinema na
escola, por exemplo, conseguem sofisticar alguns usos e promovem novas possibilidades para diversificação do gosto, se
fizermos escolhas de filmes que produzem certo estranhamento, algum silêncio, que alterem as expectativas do que
comumente nos é dado a ver nos cinemas de shoppings e na TV. ” (2013, p. 23) FRESQUET E MIGLIORIN destacam o
potencial transformador do cinema sobre as próprias práticas educacionais na escola quando afirmam que: "Entre o mundo
representado e a criação engajada em uma obra, o cinema contribui na emancipação intelectual do professor e do
estudante, uma emancipação diretamente ligada às possibilidades inventivas do cinema" (2015, p.8). Os autores destacam
que a escola é um espaço em que é possível inventar formas de ver e estar no mundo que podem perturbar uma ordem
dada, do que está instituído, dos lugares de poder, afirmando então o papel da construção crítica, política e subversiva do
cinema no ambiente educacional independente da sua instância territorial. E é neste contexto de potência na relação entre
cinema e educação que acreditamos ser possível uma forma de efetivar a lei 10.639/03 e promover uma abordagem de
uma manifestação cultural afrodiaspórica que vem representando através de mais de 60 anos a identidade, o território e a
realidade como um todo de jovens negros de todos o cantos do mundo, principalmente nas periferias das grande cidades
ou em pequenas cidades periféricas (se considerarmos a relação de distanciamento dos "grandes centros"). Estamos
falando do Rap (e do movimento Hip Hop como um todo). Nesse sentido, propomos um projeto que articule o princípio
destas duas leis ocupando um espaço estratégico para experimentações que colaborem não só com a dimensão formal e
curricular da educação, mas também na promoção de uma educação antirracista. Para pesquisadora Petronilha Beatriz
Gonçalves e Silva, a educação antirracista tem objetivo de proporcionar uma formação cidadã onde os estudantes tenham
ciência dos seus direitos sociais, políticos, econômicos, dos direitos de ser, viver, pensar, próprios aos diferentes
pertencimentos étnico-raciais e sociais. "Em outras palavras, persegue o objetivo precípuo de desencadear aprendizagens
e ensinos em que se efetive participação no espaço público. Isto é, em que se formem homens e mulheres comprometidos
com e na discussão de questões de interesse geral, sendo capazes de reconhecer e valorizar visões de mundo,
experiências históricas, contribuições dos diferentes povos que têm formado a nação, bem como de negociar prioridades,
coordenando diferentes interesses, propósitos, desejos, além de propor políticas que contemplem efetivamente a todos."
(SILVA, 2007, p. 490) O rap é a vertente musical do Hip-Hop, movimento social que se manifesta em uma dimensão
político-estética da arte, e representa a luta contra as desigualdades, injustiças, racismo e preconceito na sociedade. Para
Victor Ribeiro Guimarães (2012) o rap é uma ferramenta de luta, uma arte versada como uma crônica do cotidiano de todas
as periferias que enfrentam conflitos com violações dos direitos humanos, machismo, omissão do estado, repressão policial
e crime organizado. A partir de sua consolidação nas periferias brasileiras, durante a década de noventa, um conjunto
significativo de estudiosos começou a se interessar pelo hip hop. Um primeiro grupo de estudos sobre o fenômeno -
certamente o mais numeroso buscou compreender o papel da cultura hip hop na socialização dos jovens e na construção
de identidades relacionadas ao estilo. Essa vinculação entre cultura hip hop e juventude vem sendo investigada – pelo
menos – desde o trabalho pioneiro de Marilia Sposito (1993), que busca compreender o rap não apenas como gênero
musical, mas a partir de suas apropriações nas ruas de São Paulo. (GUIMARÃES, 2012. p 103) Enquanto cultura urbana, o
Hip-Hop é universal, com manifestações em vários países e diferentes cidades espalhadas pelo globo. Enquanto gênero
musical, o rap nacional tem se tornado cada vez mais popular em plataformas musicais, redes sociais e conquistando
espaços até mesmo na grande mídia. Para Glória Diógenes (1997), a cultura hip hop “expressa um novo modo de
movimentação da juventude no espaço urbano e produz uma nova semiótica do poder e da hierarquização nesse espaço”
(p. 117). Para buscar a ligação entre o rap e a linguagem documental do cinema, é preciso voltar às origens do cinema em
1895. “A chegada do trem na estação” e a “Saída dos operários da fábrica”, os primeiros filmes da história do cinema são
uma espécie de crônica visual do cotidiano dos seus realizadores. Um recorte documental da percepção de um mundo real
de Auguste e Louis Lumière, os inventores do cinematógrafo. Apesar do termo “documentário” só ter sido cunhado pela
primeira vez em 1922, ou seja, quase 30 anos depois do surgimento do cinema, podemos dizer que o poder documental da
imagem cinematográfica elevou o cinema de um experimento científico para o grau de arte moderna, de meio de
comunicação de massa e de ferramenta estratégica nos campos político, cultural e econômico. No foco das discussões
acerca do cinema documentário, há uma certa ânsia de realidade, construída e alimentada historicamente, ao longo de
mais de um século de sua existência. Essa ânsia se reflete em uma discussão que, encampada por teorias realistas,
buscaram denominar esse gênero cinematográfico, formando extensa sinonímia: Cinema Direto, Cinema do Vivido, Cinema
Verdade, Cinema de Realidade, Documentário, Cinema de Não Ficção. Um fato linguístico que revela, claramente, o
intenso jogo de estratégias no âmbito de uma política de representação cinematográfica, ora acirrando a oposição dos
termos realidade/ficção, ora os relacionando mutuamente, ora os lançando no campo de uma indiscernibilidade.
(RODRIGUES, 2010. p 61) Quando propomos tematizar atividades audiovisuais com a produção fonográfica do rap
nacional, entendemos que podemos considerar dimensões como: o tema e a narratividade das letras; os elementos
sonoros remixados; a história e contexto do grupo ou artista; videoclipe e suas questões estéticas, narrativas e discursivas
Formas de Seleção e Público Alvo

O projeto tem como público alvo, professores do 9º do ensino fundamental e do ensino médio da cidade de Goiás-GO e
região, preferencialmente de escolas públicas. Esperamos atender também estudantes de cursos de licenciaturas,
profissionais da educação que desenvolvam projetos dessa natureza, pessoas ligadas ao movimento negro e demais
interessados em projetos culturais e educacionais. Para divulgar o projeto será encaminhado um release jornalístico
para as rádios locais e publicado nas redes sociais do IFG, além de grupos e páginas relacionados a Cidade de Goiás e
aos movimentos do campo. Contaremos também com o perfil já estabelecido do projeto Rap Documentário criado quando
ainda era projeto de ensino. Institucionalmente, encaminharemos material de divulgação para instituições parceiras,
entidades e órgãos do poder público que fomentam, financiam e/ou gerenciam ações, projetos e políticas públicas para
educação, cultura e promoção de igualdade racial. As secretarias estadual e municipal de educação serão mobilizadas para
contribuir com a mobilização dos professores, para tanto já sinalizamos parceria com a Secretaria Municipal de Políticas de
Promoção da Igualdade e Equidade Étnico-Racial para tal articulação.

Objetivos

Geral Elaborar caderno didático-pedagógico baseado na pedagogia do dispositivo que promova o letramento racial através
de uma abordagem transversal entre cinema e música. Específicos Promover a formação de professores para trabalhar
cinema e música para o letramento racial Fortalecer a luta antirracista nas escolas Colaborar com a implementação das
leis 0.639/03 e 13.006/14 Aproximar o campus do IFG com as escolas públicas Posicionar o IFG como ator social
promovedor de ações de educação, cultura e arte

Metas

1 - Reuniões para planejamento, monitoramento e avaliação do projeto

2 - Produção de Caderno de Atividades

3 - Formar 40 professores do ensino básico, preferencialmente de escolas públicas

4 - Acompanhar e monitorar a aplicação do caderno de atividades nas escolas

5 - Relatório do projeto e prestação de contas


Metodologia

O projeto se dará em três etapas sequenciais que contemplarão a elaboração do material didático-pedagógico, a formação
de professores para usar esse material e o acompanhamento e monitoramento da aplicação do material. A primeira etapa
será iniciada com a formação da equipe para elaboração do caderno de atividades, a partir do convite da coordenação do
projeto para professores e alunos voluntários que queiram colaborar com no que estamos chamando de "Laboratório de
Dispositivos", fazendo uma referência direta à conceito de "Pedagogia do Dispositivo". Em 2013, a Universidade Federal
Fluminense promoveu junto a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da presidência da República o projeto “Inventar
com a Diferença - Cinema, Educação e Direitos Humanos”, que se baseava em um caderno de atividades audiovisuais que
resultavam em fotos, vídeos e sons. Estas atividades são chamadas de dispositivos e poderiam, por
essência, ser desenvolvidas com todos os tipos de câmera (principalmente celulares) e sem a necessidade de um
conhecimento prévio aprofundado nas técnicas de produção audiovisual. O projeto aconteceu em quase todos os estados
do país, aplicado em escolas e outros espaços de educação não formal, estruturado em oficinas, em uma perspectiva
de atividades complementares, ou integradas as disciplinas do currículo. Segundo Migliorin et al. (2021), a pedagogia do
dispositivo está centrada na noção de atividades audiovisuais que estabelecem um conjunto simples de regras que
provocam os estudantes à criação, oferecendo abertura para variados temas e assuntos. Um exemplo é o dispositivo
chamado Minuto Lumière: um exercício que propõe aos participantes realizar um plano fixo sobre o tripé, sem som,
com duração de no máximo 1 minuto, emulando as características dos filmes dos irmãos Lumière, do final do século XIX.
Cada estudante realiza um Minuto Lumière gravado do seu próprio celular ou de outras câmeras que possam estar
disponíveis, tendo em vista esse conjunto de parâmetros pré-estabelecidos pelo dispositivo. O mais importante não é
necessariamente o resultado do dispositivo, mas sim todo o processo de interação entre aluno, câmera e sociedade,
sempre compartilhando com a turma tudo que se filma/fotografa/grava. Os dispositivos introduzem questões fundamentais
do cinema como: o que filmar, o que não filmar, de que forma dispor os elementos frente à câmera, etc. "A resolução do
problema colocado pela dinâmica demanda aos educandos o ato de criação, que engloba questões sociais, políticas e
estéticas. É uma maneira de produzir uma relação dos educandos e educadores com a criação artística cinematográfica e
com um ambiente de análise cinematográfica, visto que os materiais produzidos pelos educandos são assistidos e
debatidos conjuntamente em sala de aula." (de Moraes, 2022, p. 245) Os dispositivos não são simplesmente forma,
no sentido de parâmetros de produção de imagens e sons. São potencialmente conteúdo, quando transversalizados por
temas que estimulem o olhar dos estudantes. No Inventar com a Diferença, o tema direitos humanos, propunha um olhar
cuidadoso para a diversidade, em uma proposta de autoidentificação e respeito pelas diferenças étnico-raciais e sociais.
Em um ponto de convergência e de acúmulo das experiências do projeto de extensão "Inventar Goyaz" (que aconteceu no
campus Cidade de Goiás entre os anos de 2016 e 2017) temos o objetivo de criar e adaptar um conjunto de dispositivos
formando o nosso próprio caderno e que permitam promover de forma mais específica o letramento racial e
o estabelecimento de uma educação antirracista. Em nossa proposta, o caderno de dispositivos será tematizada com
músicas do rap nacional, apoiadas ou não por seus videoclips. Cada "faixa" (letra, contexto, sonoridade, videoclip) motiva
um dispositivo diferente onde seja possível debater e refletir sobre identidade, memória e território em uma perspectiva de
letramento racial. Podemos pensar as "faixas" também como fichas, planos de aula ou roteiro de encontro, que será
autoexplicativo fundamentado em gestos simples e sempre provocando a leitura, escuta e interpretação das letras. Caberá
ao "Laboratório de dispositivos" realizar a curadoria dessas 12 músicas e criar ou adaptar dispositivos que serão propostos.
O caderno contará também com um "Manual de Usos" como um texto introdutório e sugestão de uso do material e outras
sessões, caso seja necessário. A segunda etapa será a formação de professores para utilizar o material. É nossa
prioridade fazer com que esse material chegue, principalmente, a escolas de periferias e escolas que recebem alunos de
bairros periféricos. Porém todos os professores e professoras serão bem-vindos nesta formação. Propomos, inicialmente
uma turma de 40 pessoas, sendo 30 vagas para professores e outras 10 para pessoas relacionadas ao movimento negro e/
ou entidades, coletivos ou grupos das mais diversas manifestações culturais afrobrasileiras. Uma vez formada a turma, a
formação será basicamente a aplicação do caderno dispositivos. Serão 12 encontros onde os professores aplicarão os
dispositivos e terão contato com a proposta enquanto alunos. A ideia é que com a apropriação por parte dos professores,
eles possam alterar as faixas e/ou dispositivos, adequando o material de acordo com sua especificidades. Ao fim da
formação, teremos um banco de imagens e sons captados pelos professores, que poderão usa-los como exemplo, quando
forem aplicar o material com seus alunos. A terceira etapa se dará no acompanhamento da aplicação do material didático
na escolas. Nessa etapa montaremos um planejamento quatro ações básicas: Visitas in loco, atendimento remoto,
organização e arquivamento das imagens e sons produzidos e aplicação de questionários. Esta etapa e projeto serão
encerrados com uma mostra dos dispositivos em um evento integrado.

Publicação e/ou Produtos da Extensão

elaboração de pelo menos duas publicações para eventos de extensão; elaboração de um manuscrito para publicação em
revista indexada; criação de banco de imagens e sons criados com as atividades propostas; elaboração do caderno didático
pedagógico chamado Rap Documentário Volume 1; Mostra integrada dos resultados obtidos na aplicação do material.
Referências Bibliográficas

FRESQUET, Adriana. CinLINS, Concuelo; MESQUITA, Cláudia. Filmar o Real: Sobre o documentário brasileiro
contemporâneo. 02 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. DIOGENES, G. Rebeldia urbana: tramas de exclusão e violência
juvenil. In:HERSCHMANN, M. (org.) Abalando os anos 90: funk e hip hop: globalização, violência e estilo cultural. Rio de
Janeiro: Rocco, 1997. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/yrYcKkss3Rq8gptWMPTyqMM/?lang=pt&format=ht ml
Acesso em: 28 jun. 2021 GUIMARÃES, Victor. A experiência do hip-hop na cena da mediatização. 10 v, 20 ed, 02 n, 103 –
116 p. Belo Horizonte: Contemporânea, 2012. Disponível em:http://www.contemporanea.uerj.br/pdf/ed_20/
contemporanea_n20_07_GUI MARAES.pdf Acesso em: 28 jun. 2021 GUIMARÃES, Victor; GUIMARÃES, César. Da política
no documentário às políticas do documentário: notas para uma perspectiva de análise. Revista Galáxia, São Paulo, n 22, p.
77 – 88, dez. 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=399641248008 Acesso em: 28 jun. 2021
ORTEGA, Rodrigo. Forró cresce no streaming e supera audição de rap e pop nacional, puxado pela pisadinha. G1,
2020. Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2020/12/26/forro-cresce-no-stream ing-e-supera-
audicao-de-rap-e-pop-nacional-puxado-pela-pisadinha.ghtml?utm _source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1.
Acesso em: 28 jun. 2021 MIGLIORIN, Cezar; RESENDE, Douglas; CID, Viviane; MEDRADO, Arthur. Cinema de grupo,
notas de uma prática entre educação e cuidado. Revista GEMInIS, v. 11, n. 2, p. 149-164, mai./ago. 2020. Disponível em:
https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/546 Acesso em: 28 jun. 2021 ________; PIPANO, I;
GARCIA, L; GUERREIRO, A; NANCHERRY, C; BENEVIDES, F. Inventar com a Diferença: cinema e direitos humanos. 1.ed.
Niterói: Editora da UFF, 2014. RODRIGUES, Flávia Lima. Uma breve história sobre o cinema documentário brasileiro. CES
Revista, Juiz de Fora v. 24, 2010. Disponívelem: https://seer.cesjf.br/index.php/cesRevista/article/view/664 Acesso em: 28
jun. 2021 ema e educação : reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da
escola. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013. MIGLIORIN, Cezar. Inevitavelmente Cinema: educação, política e mafuá.
Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2015. MIGLIORIN, C., Garcia, L., Pipano, I. & Resende, D. . A pedagogia do dispositivo:
pistas para criação com imagens. (Orgs.) C. Leite, F. Omelczuk, & L. A. Rezende. Cinema-Educação: políticas e poéticas.
SOCINE - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2021 DE MORAES Junior, F. . "Quando eu olhei, eu cheguei a me
emocionar” - Experimentações com a pedagogia do dispositivo e o cinema de arquivo . Da Investigação às Práticas:
Estudos De Natureza Educacional, 2022 ROJO, R. Letramentos Múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola,
2009. 128 p. SOUTA, Marivete., JOVINO, Ione da Silva. LETRAMENTO RACIAL E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NAS
AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA. Uniletras, Ponta Grossa, v. 41, n. 2, p. 147-166, jul/dez. 2019 Disponível em: <http://
www.revistas2.uepg.br/index.php/uniletras> SILVA, Petronilha Beatriz. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil.
Educação, Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 489-506, set./dez. 2007. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E
PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2021. Brasília: Inep, 2022.
Disponível em <https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-escolar/
resultados>. Acesso em: 30.05.2022.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Indicador Físico Período de Execução


Meta Atividade Especificação Indicador(es) Qualitativo(s) Indicador
Qtd. Início Término
Quantitativo
Reuniões para planejamento, Articulações e planejamento de
1 1 monitoramento e avaliação ações do projeto e construção Reuniões 3 04/09/2023 06/05/2024
do projeto da agenda de atividades.
Formação de Laboratório de
Dispositivos com os 5
Formação Laboratório de
2 1 participantes do projeto mais 5 Participantes 10 01/09/2023 15/09/2023
dispositivos
outros participantes entre
servidores e estudantes
Curadoria de 12 músicas do
rap nacional com a criação e/ Cartilha elaborada e
2 2 Caderno 1 18/09/2023 03/11/2023
ou adaptação de um diagramada
dispositivo para cada faixa
Impressão de exemplares do
2 4 Cópias impressas Caderno 10 06/11/2023 10/11/2023
caderno de dispositivos
Parcerias com as Secretarias de
3 1 Mobilização de parceiros Educação do Estado e Parcerias 2 01/09/2023 29/09/2023
Município firmadas
Mobilização de professores Turma com 40 professores
3 2 Inscritos 40 30/10/2023 10/11/2023
para participar da formação formada
Formação executada e
Formação para uso do
3 3 professores aptos a utilizarem o Encontros 12 13/11/2023 29/11/2023
caderno de atividades
material em sala de aula
Visitas in loco para
acompanhamento das Relatório de desenvolvimento
4 1 Visitas 36 05/02/2024 03/05/2024
atividades desenvolvida pelos de atividades
participantes do projeto
Indicador Físico Período de Execução
Meta Atividade Especificação Indicador(es) Qualitativo(s) Indicador
Qtd. Início Término
Quantitativo
Acompanhamento remoto Drive compartilhado alimentado
4 2 Drive 1 05/02/2024 03/05/2024
dos audiovisuais produzidos com as produções dos alunos
Relatório e prestação de Relatório e prestação de contas
5 1 Relatório 1 30/01/2024 29/02/2024
contas parciais apresentado
Relatório e prestação de Relatório e prestação de contas
5 2 Relatório 1 05/04/2024 06/05/2024
contas final final apresentado

PLANO DE APLICAÇÃO

Classificação da PROEX DIGAE Campus Proponente Total


Especificação
Despesa (R$) (R$) (R$) (R$)
339014 Diárias - Civil 0 0 0 0
339018 Auxílio Financeiro a Estudantes 0 0 0 0
339020 Auxílio Financeiro a Pesquisadores 0 0 0 0
339030 Material de Consumo 0 0 0 0
Passagens e Despesas com
339033 0 0 0 0
Locomoção
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa
339036 0 0 0 0
Física
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa
339039 0 0 0 0
Jurídica
TOTAIS 0 0 0 0

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês


Despesa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5
6 7 8 9 10 11 12
339014 - Diárias - Civil 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
339018 - Auxílio Financeiro a
1400.00 1400.00 1400.00 1400.00 1400.00 0 0 0 0 0 0 0
Estudantes
339020 - Auxílio Financeiro a
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pesquisadores
339030 - Material de Consumo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
339033 - Passagens e Despesas
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
com Locomoção
339036 - Outros Serviços de
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Terceiros - Pessoa Física
339039 - Outros Serviços de
0 0 0 1000.00 0 0 0 0 0 0 0 0
Terceiros - Pessoa Jurídica

Anexo A

MEMÓRIA DE CÁLCULO

UNIDADE DE VALOR VALOR


CLASSIFICAÇÃO DE DESPESA ESPECIFICAÇÃO QUANT.
MEDIDA UNITÁRIO TOTAL
339039 - Outros Serviços de
Impressão de cartilhas Livreto 50 20.00 1000.00
Terceiros - Pessoa Jurídica
339018 - Auxílio Financeiro a Bolsa para estudante de
Bolsa 5 700.00 3500.00
Estudantes cinema/artes visuais
339018 - Auxílio Financeiro a Bolsa para estudantes de
Bolsa 5 700.00 3500.00
Estudantes cinema
TOTAL GERAL 8.000,00

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