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Secretaria Municipal de Cultura | Pavilhão Leodegária Brazília de Jesus, Praça da Bandeira, nº 1, Centro, Goiás – GO, (62) 3371-7713
OBJETIVOS
Geral
Produzir um curta documental experimental com imagens e sons produzidos nas oficinas de cinema e educação
Específicos
Difundir iniciativas que promovam a igualdade racial
Fomentar debates sobre letramento racial através de uma abordagem transversal entre cinema e música.
Fortalecer a luta antirracista nas escolas
Refletir sobre as inúmeras possibilidades de relação entre cinema, música e letramento racial
JUSTIFICATIVA
Enquanto cultura urbana, o Hip-Hop é universal, com manifestações em vários países e diferentes cidades espalhadas pelo globo.
Enquanto gênero musical, o rap nacional tem se tornado cada vez mais popular em plataformas musicais, redes sociais e
conquistando espaços até mesmo na grande mídia. Para Glória Diógenes (1997), a cultura hip hop “expressa um novo modo de
movimentação da juventude no espaço urbano e produz uma nova semiótica do poder e da hierarquização nesse espaço” (p. 117).
Para buscar a ligação entre o rap e a linguagem documental do cinema, é preciso voltar às origens do cinema em 1895. “A chegada
do trem na estação” e a “Saída dos operários da fábrica”, os primeiros filmes da história do cinema são uma espécie de crônica visual
do cotidiano dos seus realizadores. Um recorte documental da percepção de um mundo real de Auguste e Louis Lumière, os
inventores do cinematógrafo. Apesar do termo “documentário” só ter sido cunhado pela primeira vez em 1922, ou seja, quase 30 anos
depois do surgimento do cinema, podemos dizer que o poder documental da imagem cinematográfica elevou o cinema de um
experimento científico para o grau de arte moderna, de meio de comunicação de massa e de ferramenta estratégica nos campos
político, cultural e econômico.
No foco das discussões acerca do cinema documentário, há uma certa ânsia de realidade, construída e alimentada
historicamente, ao longo de mais de um século de sua existência. Essa ânsia se reflete em uma discussão que, encampada
por teorias realistas, buscaram denominar esse gênero cinematográfico, formando extensa sinonímia: Cinema Direto, Cinema
do Vivido, Cinema Verdade, Cinema de Realidade, Documentário, Cinema de Não Ficção. Um fato linguístico que revela,
claramente, o intenso jogo de estratégias no âmbito de uma política de representação cinematográfica, ora acirrando a
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oposição dos termos realidade/ficção, ora os relacionando mutuamente, ora os lançando no campo de uma indiscernibilidade.
(RODRIGUES, 2010. p 61)
Quando propomos tematizar atividades audiovisuais com a produção fonográfica do rap nacional, entendemos que podemos
considerar dimensões como: o tema e a narratividade das letras; os elementos sonoros remixados; a história e contexto do grupo ou
artista; videoclipe e suas questões estéticas, narrativas e discursivas e etc.
Esse olhar transversal entre Rap e Documentário, entre uma expressão musical negra e a prática de fazer cinema em sala de aula,
estará focada na necessidade urgente de promover um letramento racial, onde o estudante possa vivenciar uma experiência com
práticas pedagógicas que conscientize cada um da estrutura e do funcionamento do racismo na sociedade, fazendo torná-lo apto a
reconhecer, criticar e combater atitudes racistas em seu cotidiano. Marivete Souta e Ione da Silva Jovino em um artigo sobre
letramento racial afirmam:
Uma das principais agências de letramentos no mundo contemporâneo é a escola, Rojo (2009, p. 52) observa que se deve
“estabelecer a relação, a permeabilidade entre as culturas e letramentos locais/globais dos alunos e a cultura valorizada que
nela circula ou pode vir a circular”. Essa intervenção, na perspectiva do letramento racial crítico e da educação antirracista,
permite o aprendizado e a problematização do discurso hegemônico da globalização e os significados antiéticos que não têm
respeito à diferença, pois a escola deve, de maneira crítica, abordar textos e produtos das diversas culturas e mídias para
que se desvelem suas intenções, finalidades e ideologias.(2019 p.149)
Promover o letramento racial e implementar medidas para a efetivação de uma educação antirracista não é apenas necessário, como
também urgente. Os inúmeros casos de racismo, expressos em injúria racial, insultos, assédio, agressões físicas e verbais, além das
mais diversas expressões racismo estrutural são cada vez mais denunciados e ganham espaço de debates nos espaços públicos e
precisa estar dentro das escolas também.
Se considerarmos os dados do último censo escolar, somando os números de professores dos anos finais do ensino fundamental e do
ensino médio das cidades de Goiás, são mais de 200 profissionais da educação e mais um universo de mais de 1120 estudantes
matriculados no 9º ano do ensino fundamental e em todo ensino médio.
Em matéria publicada dia 24 julho de 2023, no site Guia Cidade Mais, intitulada "Só metade das escolas públicas têm projetos
antirracistas, aponta ONG" o jornalista Thiago Kryszczun reuniu dados de três diferentes pesquisas que apontam que em 2021, o total
de escolas com políticas de combate ao racismo, machismo e homofobia caiu ao menor patamar em 10 anos.
A quantidade de escolas com projetos atentos à diversidade começou a cair a partir do ano de 2015, quando o índice havia
chegado ao maior patamar no período: 75,6%. Desde então, os números despencaram. Além de racismo, a atuação contra
homofobia e machismo está na menor parte das escolas brasileiras. Em 2011, por exemplo, 34,7% das escolas relataram ter
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ações. Em 2017, o índice chegou a 43,7%. Mas, também caiu nos anos seguintes. Em 2021, representava apenas 25,5%.
(Kryszczun, 2023)
Portanto, a proposta permitirá articular algumas das dimensões das transversalidades entre cinema, música e letramento racial a partir
de uma perspectiva que permita: a) experimentar a função social das instituições de educação, ciência e tecnologia; b) reconhecer a
Inter e a Transdisciplinaridade como necessidade e como prática cotidiana; c) aprender com os sujeitos dos territórios e com as
entidades parceiras; d) favorecer o processo de desalienação por meio de vivências junto a uma cultura invisibilizada; e) o
enriquecimento metodológico das pesquisas e das práticas educativas; f) a busca por outras linguagens e outras formas de validação
do conhecimento construído.
ACESSIBILIDADE
Audiodescrição e legenda em português.
Produção
Oficinas + Captação de imagens do projeto e making off 04/03/2024 20/05/2024
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Divulgação
Divulgação de mídias virtuais 25/02/2024 29/05/2024
Aplicação dos Lambes 27/05/2024 27/05/2024
Exibição em escolas públicas 05/08/2024 19/08/2024
Pós-Produção
Montagem 03/06/2024 29/06/2024
Edição 03/06/2024 29/06/2024
Inscrições em festivais e Mostras 01/07/2024 31/12/2024
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
Materiais de divulgação: Cartaz digital
Trailer
Teaser
Site
Instagram
Publicações para redes sociais e comunicadores instantâneos
Públicos-alvo: Classificação livre. Produção voltada para estudantes de todos o níveis de ensino, professores,
educadores formais e não-formais, pesquisadores da educação, do cinema e das questões
etnico-raciais,
Plano de Comunicação: O projeto contará com um espaço específico no site institucional do projeto de extensão, vinculado ao
site oficial do IFG. Será incorporado ao perfil do instagram do projeto de extensão. Inicialmente, um
release será encaminhado para os meios de comunicação para divulgar as oficinas em conjunto a
mobilização junto às secretarias de educação municipal e estadual, divulgando a oficina
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CONTRAPARTIDA
- 5 exibição em escolas públicas
- Disponibilização de material didático para aplicar as oficinas em outras instituições de ensino
- Promoção de 2 oficinas na rede pública para professores
- 3 palestras “Rap e letramento racial” a serem realizadas em escolas
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Insira mais linhas, se for o caso.
Eu, Antônio Fabrício Evangelista Barbosa, declaro que todas as informações referentes ao Plano de Trabalho/Projeto Rap Documentário: Cinema,
Música e letramento racial inscrito neste formulário são verídicas.
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