Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
2
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2º ano Ensino Médio 2023
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o
entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Signos verbais e não verbais: (EM13LGG106MG) Analisar o tratamento linguístico da informação nos
valor informativo, qualidade diversos gêneros textuais/discursivos e digitais e seus suportes e
técnica, efeitos expressivos. plataformas(revistas, jornais, sites, blogs, etc.), de forma produtiva e
autônoma, considerando suas relações com o público alvo.
Contexto de produção, circu-
lação e recepção de textos (EM13LP14) Analisar, a partir de referências contextuais, estéticas e
multissemióticos e culturais, efeitos de sentido decorrentes de escolhas e composição das
multimodais. imagens (enquadramento, ângulo/vetor, foco/profundidade de campo,
iluminação, cor, linhas, formas etc.) e de sua sequenciação (disposição e
Efeitos de sentido decorren-
transição, movimentos de câmera, remix, entre outros), das performances
tes do uso de imagens e
(movimentos do corpo, gestos, ocupação do espaço cênico), dos
outros elementos multisse-
elementos sonoros (entonação, trilha sonora, sampleamento etc.) e das
mióticos.
relações desses elementos com o verbal, levando em conta esses efeitos
Processos de planejamentos, nas produções de imagens e vídeos, para ampliar as possibilidades de
produção, revisão e edição de construção de sentidos e de apreciação.
textos multissemióticos.
(EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos de criação autorais
Seleção lexical e de recursos individuais e coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais,
expressivos considerando o audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas,
interlocutor e o contexto de recorrendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas
circulação e recepção de tex- diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais
tos e/ou produção cultural. e coletivas.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e
circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas
fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Os diferentes tipos de linguagem (HQs, redes sociais e meme).
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Esse planejamento deverá ser iniciado por meio da apresentação de Histórias em Quadrinhos previamente
selecionadas pelo professor, de modo a contextualizar os bastidores das HQs, levando o estudante a refletir
a respeito do processo de produção das histórias, dos desenhos, dos autores, dos diagramadores
1
e de todas as profissões que envolvem a produção de uma narrativa em quadros. Ele tem como
objetivo aumentar o repertório artístico dos estudantes, preparando-os para o desenvolvimento das
atividades propostas.
É interessante que, ao longo do processo, a turma seja dividida em equipes que, além de analisar o
conteúdo expositivo, vão assumir o protagonismo de produção, levando em consideração os papeis
estabelecidos para cada um da equipe e representando-os, com suas respectivas funções, como ocorre
no processo de produção artística das HQs. Para além disso, essas equipes devem funcionar como
ocorre em uma central jornalística bem dividida e organizada, com a finalidade de analisar ainda outras
imagens e textos que circulam em diversos meios na contemporaneidade.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Para contextualizar e estimular os estudantes a se engajarem nas atividades, apresente e discuta m o
podcast: “COMO É TRABALHAR PRO MAURÍCIO DE SOUZA NA TURMA DA MÔNICA I VOXLAB
PODCAST #00?” que poderá ser acessado por meio do link
“https://www.youtube.com/watch?v=jsJPPK1oqFE”. Essa primeira aula tem o intuito de mobilizar os
estudantes a entrarem, durante a aula, em primeiro lugar, no mundo digital, por meio de um vídeo do
youtube no qual é contada a trajetória de Rael Mochizuki dentro da empresa de Maurício de Souza, o
autor da Turma da Mônica. A partir desse vídeo, uma discussão sobre as experiências, vontades e
frustrações do entrevistado deve ser levada em consideração e utilizada como incentivo à curiosidade
dos estudantes.
É interessante ainda destacar nessa aula a história de Maurício de Souza e alguns quadrinhos da
Turma da Mônica, preferencialmente com histórias de cada um dos membros da turma, os quais
deverão ser lidos em sala. Discuta o foco narrativo a partir da comparação entre as histórias e o
protagonismo escolhido para cada uma delas. Professor(a), solicite ao final da aula, que cada
estudante faça uma breve pesquisa na internet, ou se tiver em casa, revistas em quadrinhos, busque
as histórias de Maurício de Souza. Cada estudante deverá trazer 3 histórias em quadrinhos, seja de
forma impressa ou nas próprias revistinhas. Esse material será o fio condutor das próximas aulas.
Explique o significado da palavra “empatia” e evidencie que aqueles estudantes que tiverem HQs da
turma da Mônica e puderem trazer, poderão ajudar àqueles que não tem acesso ao material. Além
disso, caso esse material esteja disponível na sua escola, você poderá direcionar os estudantes à
biblioteca da instituição para que eles possam pegar algumas HQs para dar seguimento nas atividades.
AULA 2
Com as HQs em mãos, faça uma exposição oral sobre o gênero para aquecer a turma. Explique o que
são quadrinhos, quais elementos compõem uma HQ (balões, onomatopeias, enquadramentos, etc.) e
como a leitura funciona nesse formato. Características das narrativas devem aparecer nessa aula,
aproveitando para desenvolver o contexto de clímax. Após essa exposição, a turma deverá ser dividida
em grupos para leitura e análise das histórias. Avaliar o contexto e apontar as diferenças entre as
narrativas deve ser o ponto de partida para essa aula.
Além disso, peça aos estudantes que identifiquem a intenção do autor ao usar os diferentes balões de
fala dos personagens. Isso facilitará a compreensão do uso de balões de fala dentro do universo dos
quadrinhos.
AULA 3
Criação de roteiros: Com base nas análises feitas nas HQs lidas, peça para que os estudantes criem
roteiros para histórias em quadrinhos. Explique que um roteiro em HQ é uma narrativa escrita que
2
descreve a história em detalhes, incluindo diálogos e ações dos personagens. É importante destacar
que a linguagem de HQs é muito visual, por isso é preciso pensar em como as cenas serão ilustradas.
Além disso, faça-os refletir que diferentes veículos hoje transmitem histórias em quadrinhos. Definir o
público-alvo é o primeiro passo para selecionar em qual veículo divulgar sua história. Para essa aula,
mantenha os grupos desenvolvidos na aula anterior e peça que os estudantes produzam balões de fala
variados. Para isso, verifique se a escola tem materiais como folhas coloridas e cartolinas para a
produção. Após a produção do material que será usado, é o momento de escrever o roteiro.
AULA 4
Desenho dos quadrinhos: Depois de criado o roteiro, é hora de desenhar os quadrinhos. Incentive os
estudantes a experimentarem diferentes técnicas e estilos de desenho para criar um visual atraente e
eficiente para a história que estão contando. Mostre exemplos de como desenhar balões,
onomatopeias, efeitos de luz e sombra, etc. É importante nessa aula definir líderes nos grupos para
acompanhar o desenvolvimento das produções. Análise do roteiro e se os desenhos correspondem
bem à história trará um grande diferencial para a produção como um todo.
AULA 5
Finalização e edição: Depois de terminados os desenhos, os estudantes podem finalizar a produção das
HQs, adicionando cores e realizando ajustes finais. Depois, as histórias podem ser compiladas em um
livro ou exposição em local adequado na escola para que a turma possa compartilhar, discutir e
apresentar suas criações.
RECURSOS:
Textos impressos (Quadrinhos verificar na biblioteca da sua escola); quadro e pincel; internet, jornais,
revistas e livros (em casa); sala multimídia (caso positivo, efetuar a pesquisa que foi destinada para
casa no ambiente escolar).
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação ocorrerá desde a primeira aula, analisando os aspectos de leitura, interpretação,
capacidade expositiva e produção escrita, a participação individual e em grupo, o envolvimento com a
tarefa, o interesse e a qualidade do conteúdo produzido.
3
ATIVIDADES
O docente deverá conduzir a aula estimulando a curiosidade e senso crítico dos estudantes, analisando
os quadrinhos que foram trazidos pelos estudantes utilizando as seguintes questões:
4
REFERÊNCIAS
AIDAR, Laura. História em Quadrinhos. Toda Matéria, [s.l.], 2023. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/historia-em-quadrinhos/ . Acesso em: 10 abr. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
HQ/LIVROS. In: OMELETE. Omelete, [s. l.], [2023?]. Disponível em:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos . Acesso em: 10 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
NALIATO, Samir. Confins do Universo 180 – Os quadrinhos e a publicidade. Universo HQ. [s. l.], 24
mai. 2023. Disponível em: https://www.universohq.com/ . Acesso em: 10 abr. 2023.
SARTEL, Marcelo. História em quadrinhos. Português. [s. l.], 2023. Disponível
em: https://www.portugues.com.br/redacao/historia-em-quadrinhos.html . Acesso em 10 abr. 2023.
SILVA Walleska. Quadrinhos e Ciência: Uma aula sobre histórias em quadrinhos. Deus no gibi. [s.l.],
[2023?]. Disponível em: https://www.deusnogibi.com.br/hq-na-escola/uma-aula-sobre-historias-em-
quadrinhos/ . Acesso em: 10 abr. 2023.
5
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas
culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de
discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de
participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da
realidade e para continuar aprendendo.
Competência Específica 06: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,
considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre
as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e
coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de
saberes, identidades e culturas.
6
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O Debate Regrado e o Mundo Digital.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Este planejamento tem como objetivo interpretar textos em diferentes gêneros e tipos, considerando
suas formas e funções sociais. Eles devem ser relacionados aos seus contextos, pressupostos e
conhecimentos prévios sobre os assuntos ou temas abordados.
Além de poder criar as próprias produções, os estudantes serão capazes de se reconhecer como
pertencentes a determinadas áreas sociais, reconhecidas por meio das facilidades e dificuldades
durante as produções de escrita, análise de dados, interpretações, exposições orais, entre outros
recursos.
Ao longo do processo, será possível desenvolver a habilidade de interpretação de textos em diferentes
gêneros e tipos, reconhecer a forma e a função social do texto, relacionando-as ao contexto em que
foram produzidos e também utilizar os conhecimentos prévios para compreender os textos.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Inicie a aula questionando os estudantes sobre a importância das diferentes linguagens presentes na
sociedade, como a linguagem literária, visual, musical, audiovisual, entre outras. Faça uma discussão
em sala de aula sobre como as diferentes áreas do conhecimento e as manifestações artísticas e
culturais se utilizam dessas linguagens para se expressar, transmitir ideias e construir significados.
Apresente aos estudantes diferentes exemplos de linguagens presentes em diversas áreas do
conhecimento e nas manifestações artísticas e culturais. Pode ser por meio de textos, imagens, vídeos
ou outros materiais.
A partir disso, escolha exemplos variados, como trechos de obras literárias, pinturas, músicas, trechos
de filmes ou peças teatrais, anúncios publicitários, entre outros. Incentive-os a analisarem os
elementos técnicos, estéticos e simbólicos presentes em cada exemplo e a discutirem as diferentes
formas de expressão utilizadas em cada um deles.
AULA 2
Retome as discussões da aula anterior e divida a turma em grupos e peça para que discutam sobre as
diferentes linguagens apresentadas, identificando suas características, finalidades e a relação entre
forma e conteúdo. A tese do que será defendido deverá ser clara e simples, de modo a facilitar a
análise de argumentos para a defesa desse ponto de vista. Cada grupo apresentará suas conclusões
em forma de debate ou apresentação oral.
AULA 3
Inicie a aula questionando a turma sobre a importância de saber interpretar textos em diferentes
gêneros e tipos. Depois dessa primeira etapa, peça que cada estudante escolha um texto, por meio do
seu telefone, na internet, em sala, ou ainda na sala multimídia da sua escola, de gêneros expositivos e
dissertativos e faça a leitura individualmente. Em seguida, os estudantes devem se reunir em grupos
de 3 ou 4 para discutir o texto e identificar sua forma e a função social, relacionando-as com o
contexto em que foram produzidos. Cada grupo deve apresentar seu texto e as conclusões a que
chegaram para a turma.
7
Conclua a aula ressaltando a importância de reconhecer a forma e a função social dos textos e
relacioná-las com o contexto em que foram produzidos.
AULA 4
Inicie retomando as discussões da aula anterior. Em seguida, peça aos estudantes que pesquisem na
internet um texto mencionando algo que já conhecem, sobre um tema específico, como política, meio
ambiente, cultura, entre outros. Durante a pesquisa, faça intervenções para auxiliá-los na tarefa.
Em grupos, os estudantes devem discutir o texto e relacioná-lo com seus conhecimentos prévios sobre
o tema. A partir disso, cada grupo apresentará seu texto e as conclusões a que chegaram para a
turma.
Conclua a aula ressaltando a importância de utilizar os conhecimentos prévios para compreender os
textos.
AULA 5
Retome a análise dos exemplos de linguagens apresentados na aula anterior, estimulando os
estudantes a aprofundarem sua compreensão sobre os elementos técnicos, estéticos e simbólicos
presentes em cada um deles.
Faça questionamentos que incentivem a reflexão e o aprofundamento da análise. Para isso, explique a
necessidade de dominar a modalidade formal da língua portuguesa para o desenvolvimento desses
textos. Organize a turma de modo a montar um debate regrado, utilizando os textos trazidos pelos
estudantes para auxiliar na produção de argumentos que defendam um ponto de vista.
O debate deverá ser realizado em sala de aula, ou no auditório, se tiver disponível na sua escola.
RECURSOS:
Textos impressos e digitais sobre temas variados que correspondam ao tipo dissertativo e expositivo;
quadro e pincel, internet, jornais, revistas e livros (em casa); sala multimídia (caso positivo, efetuar a
pesquisa que foi destinada para casa no ambiente escolar).
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita a partir da participação dos estudantes nas discussões em grupo e na
apresentação dos textos escolhidos. O professor poderá avaliar a capacidade de interpretar os textos
em diferentes gêneros e tipos, relacionando-os com seus contextos e conhecimentos prévios sobre os
assuntos abordados.
8
ATIVIDADES
1 – Regras do Debate.
Objetivo:
− Apresentar e discutir as regras do debate regrado, de forma a garantir uma discussão saudável
e respeitosa entre os participantes.
Passo a passo:
− Apresente aos estudantes as regras do debate regrado, destacando a importância de seguir
cada uma delas para garantir uma discussão saudável e respeitosa.
− Divida a turma em grupos e peça para que discutam as regras apresentadas, identificando sua
importância e possíveis situações em que elas se aplicam.
− Cada grupo pode apresentar suas conclusões em forma de debate ou apresentação oral.
− Finalize a atividade reforçando a importância do respeito mútuo e da manutenção de um
ambiente de diálogo saudável e construtivo.
2 – Debate Temático.
Objetivo:
− Desenvolver a habilidade de argumentação e persuasão dos estudantes, utilizando as regras do
debate regrado.
Passo a passo:
− Divida a turma em grupos e selecione um tema para o debate, como "A redução da maioridade
penal", "O uso de animais em testes científicos", "A legalização da maconha", entre outros
temas polêmicos e atuais.
− Cada grupo deve escolher uma posição a favor ou contra o tema em questão e se preparar
para apresentar seus argumentos por meio dos textos pesquisados e estudados em sala e em
casa.
− Durante o debate, os estudantes devem seguir as regras do debate regrado, como a
alternância de falas, o respeito à vez do outro falar, a proibição de interrupções e ataques
pessoais, entre outras regras.
− Finalize a atividade com uma reflexão sobre a importância da argumentação e persuasão em
diferentes contextos sociais e profissionais, destacando a importância da prática do debate
regrado para o desenvolvimento dessas habilidades.
9
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
DIANA, Daniela. A Argumentação. Toda Matéria, [s. l.: s. d]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/a-argumentacao/. Acesso em: 10 abr. 2023.
MARCONDES, Ana Luiza. O Debate – Cadernos Virtuais. Olimpíada de Língua Portuguesa [s. l.: s.
d]. Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/etapa/o-debate/>. Acesso
em: 20 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
RICARDO, W. DE P. Da argumentação no Facebook ao debate regrado: usando novas
ferramentas na prática de textos argumentativos. Dissertação de mestrado - Letras UFJF. Rio de
Janeiro, 21 ago. 2015. Disponível em: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5773. Acesso em: 10
abr. 2023.
SILVA, Icilene. Plano de aula - 9o ano - Debate regrado: aspectos do gênero. [s. l.], 2022.
Disponível em: <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/lingua-
portuguesa/debate-regrado-aspectos-do-genero/4601>. Acesso em: 10 abr. 2023.
10
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 07: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as
dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir
sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da
ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
Competência Específica 03: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para
exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma
crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os
Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional
e global.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Os gêneros Digitais em Sala de Aula.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Este planejamento tem como objetivo principal promover a apreciação de diferentes manifestações
artísticas, despertando a sensibilidade estética dos estudantes e a reflexão em relação ao diferente,
além de incentivar a produção de obras artísticas próprias, por meio da análise de características de
textos multimodais na internet, apropriando-se das diversas utilizações digitais da língua e seus
11
veículos. A valorização da produção artística voltada para as mídias digitais está em foco nessa
abordagem.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Apresente aos estudantes diferentes manifestações artísticas, tais como pintura, escultura, literatura,
cinema, teatro, música, dança, entre outras, destacando suas características e importância para a
cultura.
Incentive a reflexão em relação ao diferente, questionando os estudantes sobre suas percepções em
relação às obras apresentadas. Pergunte, por exemplo, o que chamou a atenção em cada uma delas,
se há semelhanças ou diferenças entre elas, quais as emoções que despertam, entre outros
questionamentos que estimulem a reflexão.
Peça para que os estudantes escolham uma manifestação artística de sua preferência e produzam um
material, em formato de texto, para explicar como ocorre a produção daquela manifestação artística.
Professor, observe que a análise, a preparação do roteiro, a produção oral e gravação de podcast são
ferramentas interessantes que podem ser utilizadas para desenvolver todas as habilidades descritas no
plano de aula, além de promover a valorização da arte e dos artistas, bem como incentivar o
desenvolvimento da linguagem oral e a comunicação dos estudantes.
AULA 2
Apresente aos estudantes a importância da arte e dos artistas na sociedade, destacando sua
contribuição para a cultura e para o desenvolvimento humano.
Introduza o conceito de podcast, explicando que é um formato de mídia digital em áudio, que pode ser
acessado em plataformas online, e que pode ser utilizado para produção e apreciação de conteúdos
artísticos.
Apresente exemplos de podcasts que abordem obras artísticas e suas análises, como podcasts
literários, de cinema, de música, entre outros, destacando como eles podem contribuir para a
valorização e compreensão das obras de arte.
AULA 3
Inicialmente, apresente aos estudantes exemplos de obras de arte que utilizam recursos digitais, tais
como instalações interativas, vídeos, animações, jogos, entre outros, destacando suas características e
importância para a cultura contemporânea.
Retome o gênero podcast e suas características.
Explique aos estudantes que irão produzir um podcast.
Divida a turma em grupos e peça para que cada grupo escolha um tema artístico de sua preferência,
como música, pintura, teatro, cinema e dança. Para isso, eles poderão realizar pesquisas (utilizando
celulares ou sala de informática - o que estiver disponível), entrevistar especialistas (possibilite e
coordene uma eventual saída de sala de aula), analisar a obra em seu contexto histórico e cultural e,
após esse processo metodológico, é importante gerar um documento escrito por meio de tópicos para
compartilhar suas reflexões posteriormente em formato de áudio.
Cada grupo deve produzir um podcast aula sobre o tema escolhido, abordando sua história, principais
representantes, características e curiosidades. Os estudantes podem utilizar diferentes recursos, como
entrevistas, trechos de músicas ou peças teatrais, imagens, entre outros.
12
AULA 4
Após a produção dos podcasts, promova a audição dos trabalhos em sala de aula, oportunizando a
troca de experiências e impressões sobre as obras abordadas.
Após a escuta atenta e avaliação dos materiais produzidos, faça um fechamento com a reflexão sobre
a importância da valorização artística e como o podcast pode ser uma ferramenta criativa e acessível
para promover a apreciação e análise de obras de arte. É importante garantir que os estudantes
tenham acesso aos recursos necessários para a produção dos podcasts, como equipamentos de
gravação e edição de áudio, e acesso à internet para pesquisa e publicação dos trabalhos em
plataformas online.
Caso não seja possível produzir os podcasts em sala de aula, os estudantes podem realizar a atividade
em casa ou em outros espaços com acesso aos recursos necessários.
Esta sequência de aulas foi uma introdução ao tema. Sendo necessário complementar os estudos sobre
a temática posteriormente.
RECURSOS:
Textos impressos e digitais sobre temas variados que correspondam ao tipo dissertativo e expositivo,
quadro e pincel, internet, jornais, revistas e livros (em casa), sala multimídia (caso positivo, efetuar a
pesquisa que foi destinada para casa no ambiente escolar).
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita a partir da participação dos estudantes nas discussões em grupo, na
apresentação dos textos e roteiros selecionados e elaborados. O professor poderá avaliar a capacidade
de interpretar os textos em diferentes gêneros e tipos, relacionando-os com seus contextos e
conhecimentos prévios sobre os assuntos abordados. Além disso, a relação estabelecida com o digital,
a adequação linguística e desenvoltura e seriedade atendendo ao estilo proposto nos áudios gravados
são critérios válidos de avaliação.
13
ATIVIDADES
Essas questões devem ser utilizadas ao longo das quatro aulas para estimularem os estudantes e
orientar no que diz respeito à produção:
14
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. Podcasts para estudar em casa. Toda Matéria, [s.d.:s.l]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/podcast-para-estudar/. Acesso em: 12 abr. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
GAROFALO, Débora. Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula. Nova Escola. [s.l.].
2022. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/18378/chegou-a-hora-de-inserir-o-podcast-
na-sua-aula. Acesso em: 12 abr. 2023.
MARKETING. Como usar o podcast em sala de aula: mais dinamismo, criatividade e engajamento no
ensino! Educador do futuro. [s.l], 2022. Disponível em:
<https://educadordofuturo.com.br/tecnologia-na-educacao/podcast-em-sala-de-aula/>. Acesso em: 12
abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
TERTO, J. Podcast na sala de aula. Aplique Educação. [s.l.], 2023. Disponível em:
<https://www.apliqueducacao.com.br/post/podcast-na-sala-de-aula>. Acesso em: 13 abr. 2023.
15
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Procedimentos de pesquisa: (EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de
seleção de informações e dados, pesquisa e busca de informação, por meio de ferramentas e dos
comparação de conteúdo. novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na
Avaliação de aspectos éticos, cultura de rede.
estéticos e políticos em textos e
(EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários para
produções artísticas e culturais
uma dada pesquisa (sem excedê-los) em diferentes fontes
etc.
(orais, impressas, digitais etc.) e comparar autonomamente
Posicionamento crítico frente aos esses conteúdos, levando em conta seus contextos de produção,
textos. referências e índices de confiabilidade, e percebendo
Análise do contexto de produção, coincidências, complementaridades, contradições, erros ou
circulação e recepção de textos imprecisões conceituais e de dados, de forma a compreender e
no campo de práticas de estudos posicionar-se criticamente sobre esses conteúdos e estabelecer
e pesquisa. recortes precisos.
Seleção, análise e elaboração de (EM13LP33) Selecionar, elaborar e utilizar instrumentos de coleta
instrumentos de coleta de dados de dados e informações (questionários, enquetes, mapeamentos,
e informações.
opinários) e de tratamento e análise dos conteúdos obtidos, que
Investigação/pesquisa. atendam adequadamente a diferentes objetivos de pesquisa.
Posicionamento crítico frente aos
textos.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Curadoria de Informações e o Texto de Divulgação Científica.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Este planejamento tem como base a construção do conhecimento autônomo. Quando se trata de
tecnologia e das novas gerações, é interessante pensar que todo o conhecimento digital que os
estudantes desenvolvem é de forma autodidata e ilimitada. A partir disso, abrir a sala de aula para que
ela seja o ambiente de pesquisa para o desenvolvimento autônomo do conhecimento tem se destacado
dentro das metodologias ativas de relação entre a educação, tecnologia e sala de aula.
Para que isso fique mais claro, é necessário levar em conta que, hoje com as ferramentas digitais
aparecendo de forma tão avançada na sociedade, é complicado manter a atenção, disciplina, foco e
estudantes interessados apenas nos conteúdos expositivos apresentados pelo professor. Para
contornar essa dificuldade, acredita-se que deva haver uma interação entre professor e estudante,
como sempre ocorreu, porém, agora, com um detalhe: O professor sai da posição de quem traz o
conhecimento e passa agora para a posição de pesquisador orientador durante essas aulas, apenas
observando a construção do conhecimento por parte dos estudantes enquanto medeia e orienta, no
que diz respeito a seu conteúdo, os estudantes a produzirem um material de qualidade.
Ademais, para trabalhar de forma contextualizada à atualidade, é importante salientar que a
divulgação científica tem um papel fundamental na disseminação do conhecimento científico para a
sociedade, tornando-o acessível e compreensível para o público em geral.
16
Neste plano de aula, vamos explorar estratégias de divulgação científica, com o objetivo de incentivar
os estudantes a comunicarem de forma clara e objetiva conceitos científicos para um público amplo,
utilizando essas informações para desenvolvimento pessoal e intelectual, objetivando reduzir as
dificuldades das provas de processos seletivos vestibulares.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Esta aula tem como objetivo principal fazer uma abordagem geral sobre as tecnologias, os avanços, as
melhorias, as dificuldades e apresentar uma introdução ao meio digital: apresentação do conceito de
meio digital e suas principais características. É possível nesse início, falar a respeito da história do meio
digital: contextualização sobre sua origem e evolução, desde a criação do primeiro computador até a
atualidade.
Tecnologias digitais: apresentação das principais tecnologias digitais disponíveis atualmente, como
smartphones, tablets, laptops, smart TVs, entre outros.
Internet: explicação sobre o que é a internet, sua importância e principais usos.
Finalizar a aula comentando alguns dos problemas reais que a tecnologia trouxe, tal como o uso de
“Fake News” por diversos campos e suas implicações, para estimular o senso crítico dos estudantes.
AULA 2
Nesse momento o professor apresentará as Redes Sociais: apresentação das principais redes sociais,
como Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, entre outras, e sua importância para a comunicação e
relacionamentos interpessoais.
Abrir a aula para comentários dos estudantes sobre suas próprias redes, objetivos, organização e
motivações no digital. Apesar dessa aula ter um contexto mais livre, é importante direcionar os
discentes e solicitar que eles escrevam um relato breve a respeito das suas relações com as redes. Isso
colaborará para que eles entendam melhor os reais motivos de uso e não reconheçam as redes apenas
como entretenimento.
AULA 3
Apresentação expositiva sobre segurança na internet: orientações sobre como se proteger de ameaças
virtuais, como vírus, phishing, spam, entre outros.
“Fake News”: explanação sobre o que são as “Fake News”, seus efeitos negativos e como identificar e
evitar sua disseminação.
Analisar, por meio de pesquisas na internet, em pequenos grupos, sites de checagem de fatos para
auxiliá-los a construir o hábito de pesquisar as fontes e a intencionalidade dos textos, com o objetivo
de aumentar o senso crítico.
Finalizar a aula com uma lista de empresas de checagem de fatos e um resumo de como elas
funcionam. Sugira essa pesquisa no quadro na metade da aula.
AULA 4
Cidadania digital: reflexão sobre o uso responsável do meio digital, a importância da privacidade e do
respeito aos direitos autorais. Após leitura de texto previamente selecionado, evidencie a necessidade
de sermos cidadãos também online. A busca por novas legislações, leis e decretos funcionará como
tema desta aula e deverá ser realizada por meio de pesquisas em sala, por meio dos celulares, ou
ainda nos laboratórios de informática da sua instituição, com o objetivo de levar esse estudante do
ensino médio a entender melhor algumas leis, principalmente aquelas que trabalham focadas em
17
conteúdos tecnológicos tão presentes na atualidade. Deixe claro para eles que o uso dessas
ferramentas e dessas aulas podem colaborar bastante para o desenvolvimento de competências
específicas de processos seletivos tais como o ENEM e demais processos vestibulares.
AULA 5
Revisão dos principais pontos abordados no planejamento e realização de atividades práticas para
fixação do conteúdo.
RECURSOS:
Textos impressos e digitais sobre temas variados que correspondam ao tipo dissertativo e expositivo,
quadro e pincel, internet, jornais, revistas e livros (em casa), sala multimídia (caso positivo, efetuar a
pesquisa que foi destinada para casa no ambiente escolar).
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita a partir da participação dos estudantes nas discussões em grupo e na
apresentação dos textos escolhidos. O professor poderá avaliar a capacidade de interpretar os textos
em diferentes gêneros e tipos, relacionando-os com seus contextos e conhecimentos prévios sobre os
assuntos abordados.
18
ATIVIDADES
Atividades práticas sugeridas:
− Criação de um perfil em uma rede social e discussão sobre a importância de proteger a
privacidade e evitar a disseminação de Fake News.
− Pesquisa sobre casos de crimes virtuais e elaboração de um guia de segurança na internet.
− Debate sobre a cidadania digital e elaboração de uma campanha de conscientização sobre o
uso responsável do meio digital.
Discussão em grupo:
− O que é divulgação científica?
− Qual a importância da divulgação científica para a sociedade?
− Como é possível comunicar conceitos científicos para um público amplo?
− Exploração de textos de divulgação científica:
- Leitura de exemplos de textos de divulgação científica e discussão sobre suas características.
− Análise de como os autores comunicaram conceitos científicos de forma clara e objetiva.
− Elaboração de um texto de divulgação científica:
- Seleção de um tema científico específico.
- Pesquisa sobre o tema escolhido.
− Elaboração de um texto de divulgação científica, aplicando as estratégias discutidas na
atividade anterior.
19
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
FERNANDES, Márcia. Texto de Divulgação Científica. Toda Matéria, [s.l.] 2022. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/texto-de-divulgacao-cientifica/. Acesso em: 20 abr. 2023
LUZ, Charlley. Curadoria da Informação Digital: foco no conteúdo. Blog PPEC, Campinas, v.7, n.1, jul.
2018. ISSN 2526-9429. Disponível em:
<https://periodicos.sbu.unicamp.br/blog/index.php/2018/07/13/curadoria/>. Acesso em: 10 abr.
2023.
MATOS, Talliandre. "Texto de divulgação científica". Brasil Escola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/texto-divulgacao-cientifica.htm. Acesso em 20 de abril de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
RESENDE, Liliane, BAX Peixoto Marcello. A curadoria de dados científicos na Ciência da Informação:
levantamento do cenário nacional. AtoZ, [s.l.: s.d.]. Disponível em:
https://brapci.inf.br/index.php/res/download/146343. Acesso em: 10 abr. 2023.
20
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A análise de discursos e intencionalidade no meio digital.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Com o avanço da tecnologia e a popularização do meio digital, a persuasão ganhou novos recursos e
possibilidades de aplicação. Para isso, o conceito de intencionalidade vai aparecer e relacionar-se-á
com a capacidade do estudante de compreender as diversas informações que circulam nos meios
digitais e sua capacidade de reconhecer aquilo que é verdade, o que é propaganda, quais as reais
intenções de uma determinada postagem, entre outros assuntos.
Em resumo, neste planejamento, vamos explorar alguns dos principais recursos de persuasão no meio
digital e como eles podem ser utilizados de forma ética e responsável. A partir disso, chegaremos aos
objetivos básicos, tais como compreender o que é persuasão e sua importância no meio digital;
identificar os principais recursos de persuasão no meio digital; analisar como os recursos de persuasão
são aplicados em diferentes contextos digitais; desenvolver habilidades críticas para avaliar a
persuasão no meio digital.
21
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Introdução à persuasão
Esta aula se baseará em uma discussão sobre o conceito de persuasão e sua importância no meio
digital. Para isso, o professor deverá começar a aula apresentando no quadro a palavra
“intencionalidade” e perguntar aos estudantes o que isso significa. Apesar de parecer um conceito
simples, a intencionalidade não é uma palavra muito conhecida pelos estudantes e estabelece uma
relação direta com o senso crítico do leitor que se depara com as diversas informações do mundo
digital. Toda essa relação é muito dinâmica e inconsciente. O objetivo dessa primeira aula é fazer com
o que o estudante entenda que o senso crítico dele está diretamente ligado à forma como ele vai
interpretar as informações ao seu redor e aquilo que o texto quer que ele entenda.
É necessário salientar, que no meio online, informações e tendências lançadas por empresas e grandes
grupos, não necessariamente, refletem a realidade e sim a intenção de venda de seus proprietários.
Fazer uma relação com o marketing digital pode ser um caminho útil para explicar as nuances da
intencionalidade. A título de exemplo, o professor pode selecionar previamente um “meme” que tenha
como objetivo principal fazer uma autocrítica cômica com o intuito de fazer o leitor se reconhecer ali.
Após essa primeira apresentação, pergunte aos estudantes as semelhanças que eles encontraram
entre a situação retratada e eles mesmos. Depois disso, apresente um comercial de margarina. Repita
o exercício de conexão dos estudantes. Peça a eles que façam, como para casa, uma lista das
informações e detalhes apresentados pelo comercial.
AULA 2
Apresentação dos recursos de persuasão no meio digital (expositivo).
Apresentação dos principais recursos de persuasão no meio digital, como gatilhos mentais, storytelling,
prova social, entre outros; discussão sobre como esses recursos são utilizados em diferentes contextos
digitais, como marketing digital, política, educação e sociedade.
Apresente um comercial de carros, selecionado previamente. O objetivo desta atividade consiste em
reproduzir o que foi realizado na aula anterior, que é a análise dos detalhes e características do
comercial e, consequentemente, sua intencionalidade discursiva. Após assistirem ao comercial, os
estudantes devem responder às seguintes perguntas, com o objetivo de aguçar o senso crítico:
• Qual o horário que essa propaganda é mais veiculada em programas de tv? E Por qual motivo?
• A ideia vendida é a mesma do comercial visto na aula anterior? O que muda?
• Qual a intenção de venda de cada um dos comerciais?
• Para qual público é direcionado cada tipo de propaganda?
• A linguagem utilizada é clara?
• A linguagem utilizada é apelativa?
• Qual é a predominância verbal?
• Quais as cores mais utilizadas em cada um dos comerciais?
AULA 3
Aula expositiva: Professor(a), esta aula se faz necessária para um melhor aprofundamento dos
estudantes sobre o assunto, elevando assim a capacidade de reconhecimento crítico de algumas
estratégias de marketing amplamente aplicadas no mundo digital. São algumas delas:
− Prova social: essa técnica envolve mostrar ao público que outras pessoas já estão utilizando o
produto ou serviço em questão e estão satisfeitas com ele. Isso ajuda a criar um senso de
validação e confiança em potenciais clientes, aumentando as chances de conversão.
22
− Escassez: a escassez é uma técnica que envolve criar uma sensação de urgência em torno de
um produto ou serviço, sugerindo que ele pode não estar disponível por muito tempo. Isso
pode levar as pessoas a agir mais rapidamente para aproveitar a oportunidade antes que ela
acabe.
− Autoridade: essa técnica envolve usar a reputação ou credibilidade de uma pessoa ou
organização para influenciar a opinião do público. Por exemplo, um influenciador pode
promover um produto ou serviço, sugerindo que ele é confiável e eficaz.
Finalizar a aula solicitando um fichamento do que foi estudado.
AULA 4
Uma apresentação a respeito de análises críticas sobre persuasão digital deverá ser o ponto de partida
desta aula. Para isso, o professor deverá trabalhar na seleção de exemplos de persuasão digital em
diferentes contextos e na análise crítica dos recursos utilizados e seus efeitos. Poderá ser organizado
um debate sobre as implicações éticas e sociais da persuasão digital. Essa ação garantirá um
desenvolvimento de habilidades críticas que serão usadas como base para resolução de exercícios
práticos para desenvolver habilidades de avaliação da persuasão no meio digital e elaboração de
estratégias de defesa contra a persuasão manipulativa (sugestões em atividades).
AULA 5
Esta aula será destinada a análise de comportamentos éticos e responsabilidade na persuasão digital:
Até onde a propaganda pode ir sem manipular o usuário de grandes mídias? Um pequeno debate
deverá ser travado em sala por meio de dois grandes grupos, em que, para o primeiro, será sugerido a
defesa da utilização de comerciais, enquanto o outro grupo se preparará para refutar essas
propagandas e apresentar argumentos convincentes de que nem sempre ocorre ética no que diz
respeito ao marketing digital e que isso pode ser um problema.
Os dois grupos devem chegar a um consenso sobre o assunto, aprendendo a ouvir ideias diferentes,
respeitar opiniões diversas e ter o cuidado com a fala com o outro. Além disso, deverá ser feita uma
reflexão sobre a importância da ética e da responsabilidade na utilização dos recursos de persuasão no
meio digital como proposta de intervenção, que envolva a esfera governamental, para a situação.
Por meio desta atividade, os estudantes terão a oportunidade de compreender a importância da
persuasão no meio digital, identificar os principais recursos utilizados e desenvolver habilidades críticas
para avaliar sua aplicação. A atividade permitirá que os estudantes desenvolvam habilidades de análise
crítica, reflexão ética e responsabilidade social, contribuindo para uma utilização mais consciente e
responsável dos recursos de persuasão no meio digital.
RECURSOS:
Textos impressos e digitais sobre temas variados que correspondam ao tipo dissertativo e expositivo,
quadro e pincel, internet, jornais, revistas e livros (em casa), sala multimídia (caso positivo, efetuar a
pesquisa que foi destinada para casa no ambiente escolar).
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação ocorrerá desde a primeira aula, analisando os aspectos de leitura, interpretação,
capacidade expositiva e produção escrita, capacidade reflexiva, participação individual e em grupo, o
envolvimento com a tarefa, o interesse e a qualidade do conteúdo produzido. O professor poderá
avaliar a capacidade de interpretar, pressupor e inferir em relação aos textos em diferentes gêneros e
tipos, relacionando-os com seus contextos e conhecimentos prévios sobre os assuntos abordados.
23
ATIVIDADES
Professor(a), como sugestão, selecione textos para leitura que julgar pertinentes para a execução dos
exercícios.
• Identifique três técnicas de persuasão digital e explique como elas funcionam.
• Como as cores podem ser usadas para persuadir digitalmente?
• Qual é o papel do storytelling na persuasão digital?
24
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
REDAÇÃO. Gatilhos mentais: o que são, como usar, exemplos e dicas. Universidade de Caxias do
Sul. [s.l.: s.d.]. Disponível em: < https://ead.ucs.br/blog/gatilhos-mentais>. Acesso em: 14 abr.
2023.
RICOMINI, D. Análise de comunicação: o primeiro passo da propaganda criativa. Bring. [s. l.: s.d.].
Disponível em: <https://www.bring.ag/blog/analise-de-comunicacao-o-primeiro-passo-para-uma-
estrategia-de-propaganda-criativa/>. Acesso em: 14 abr. 2023.
SILVA, Janes. Análise de propaganda: observando a diagramação. Nova Escola. [s.l.] 2022.
Disponível em: <https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/lingua-
portuguesa/identificando-aspectos-semioticos-no-genero-textual-propaganda/4156>. Acesso em: 14
abr. 2023.
THOMAS, Rafael. Intencionalidade Discursiva, você sabe o que é? Veja exemplos. Gabarite
Concursos. [s.l.] 2022. Disponível em: <https://gabarite.com.br/dica/562-intencionalidade-discursiva-
voce-sabe-o-que-e-veja-exemplos>. Acesso em: 14 abr. 2023.
25
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência específica 06: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,
considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre
as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e
coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de
saberes, identidades e culturas.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O Realismo e seus Desdobramentos.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O Realismo é um movimento artístico e literário que surgiu na segunda metade do século XIX,
principalmente na Europa, como uma reação ao Romantismo. O Realismo busca retratar a realidade de
26
forma objetiva, precisa e crítica, representando a sociedade, a cultura e os indivíduos de forma mais
fiel e verossímil possível.
A partir do contexto da literatura, o Realismo caracteriza-se pela descrição detalhada de lugares e
personagens, pela objetividade na narrativa, pelo uso da linguagem coloquial e pela representação
crítica da sociedade e de seus problemas. Os escritores realistas tentavam ilustrar a vida cotidiana, os
costumes, as relações sociais, as contradições e as injustiças da época em que viviam.
Dentre os principais autores realistas destacam-se Machado de Assis e José de Alencar no Brasil, Émile
Zola na França, Fyodor Dostoevsky na Rússia, Charles Dickens na Inglaterra, e Eça de Queirós em
Portugal, entre outros.
O Realismo não se limitou apenas à literatura, mas também se manifestou em outras formas de arte,
como na pintura, escultura, música e teatro. Na pintura, por exemplo, artistas como Gustave Courbet,
Jean-François Millet e Honoré Daumier buscavam retratar a realidade social, econômica e política de
sua época, com um enfoque crítico e realista.
Em resumo, o Realismo é um movimento artístico e literário que busca retratar a realidade de forma
objetiva, crítica e verossímil, como diria Aristóteles, representando a sociedade e a vida cotidiana de
forma fiel, valorizando a racionalidade, muitas vezes com uma abordagem crítica das injustiças e
contradições da sociedade de sua época.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Nesta aula, deverá ser apresentado de forma mais aprofundada o conceito de Realismo e sua origem
histórica, destacando o contexto social, político e cultural do século XIX. Além disso, explorar obras e
autores representativos do Realismo na literatura, pintura, escultura, música e/ou teatro também se
faz necessário, principalmente a partir de um olhar social sobre as obras e o período em que foram
escritos.
A partir da leitura de fragmentos das obras levados pelo(a) professor(a), os estudantes poderão
reconhecer características do período, bem como estabelecer breves inferências sobre a relação que
essas características estabelecem com a sociedade no que diz respeito ao reconhecimento de pessoas
negras, indígenas e mulheres. Para isso, promova uma roda de conversa para levantar conhecimentos
prévios dos estudantes sobre o tema e suas expectativas em relação ao estudo do Realismo.
Ao final da aula, solicite aos estudantes que façam uma pesquisa sobre a representação dessas
minorias em relação à literatura, ao mercado de trabalho, à educação, à segurança pública e às
oportunidades que geralmente são subtraídas dessa parcela da sociedade.
AULA 2
Retome a aula anterior, realizando uma roda de conversa com a turma. Façam uma análise histórica
das desigualdades sociais, deve ser explicado que que a situação dos negros, indígenas e mulheres é
marcada pela desigualdade e discriminação em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil ainda
hoje.
Os negros foram trazidos como escravos para o Brasil durante séculos, e essa herança histórica ainda
é sentida nos dias de hoje. A população negra sofre com a discriminação racial em diferentes áreas,
como no mercado de trabalho, na educação, na segurança pública, na saúde, entre outras. As
estatísticas apontam que a população negra tem menor acesso a serviços e oportunidades, enfrenta
maior violência policial e tem menor expectativa de vida em relação aos brancos.
Os indígenas, por sua vez, foram os primeiros habitantes do Brasil e ainda enfrentam diversos desafios
para preservar suas culturas e territórios. A demarcação de terras indígenas é frequentemente
27
contestada, e as comunidades indígenas sofrem com a violência, a exploração econômica e a exclusão
social. A população indígena também tem menor acesso a serviços básicos, como saúde e educação.
As mulheres, por fim, também sofrem com a desigualdade e a discriminação em diversos âmbitos.
Apesar dos avanços nos direitos das mulheres nas últimas décadas, como a Lei Maria da Penha e a Lei
do Feminicídio, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A violência contra a mulher é uma
realidade presente na vida de muitas brasileiras, além de existir uma diferença salarial entre homens e
mulheres, bem como um menor acesso das mulheres a cargos de poder e decisão.
Ao final da roda, concluam que a situação dos negros, indígenas e mulheres é marcada pela
desigualdade e discriminação em diversas áreas da sociedade. É importante que haja políticas públicas
e ações afirmativas para promover a igualdade e a inclusão desses grupos, garantindo seus direitos e
combatendo todas as formas de discriminação e preconceito.
AULA 3
Esta aula explorará diretamente a literatura e obras literárias do período realista. Para isso, selecionar
obras de autores representativos do Realismo, como "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado
de Assis, "O Primo Basílio", de Eça de Queirós, entre outras se faz muito importante, ainda mais
considerando que alguns desses autores são grandes cânones utilizados amplamente em processos
vestibulares.
Há a possibilidade de selecionar ainda obras de autores como "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, "Dom
Casmurro", de Machado de Assis, "Madame Bovary", de Gustave Flaubert, entre outras.
Dividir a turma em grupos e atribuir a cada grupo a leitura de uma obra.
Estimular a discussão em grupo, buscando identificar as principais características do Realismo
presentes na obra, a visão de mundo do autor e a crítica social presente na narrativa.
Depois de selecionados os textos, realizar rodas de leitura para a apreciação das obras em sala de
aula, com a participação ativa dos estudantes, aproveitando alguns momentos para analisar as
características literárias do movimento, como a objetividade, a descrição precisa dos ambientes e
personagens, a crítica social e a representação do cotidiano.
Como exercício para a aula, peça aos estudantes que identifiquem as características do Realismo
abordadas anteriormente e que escrevam essas características em um fichamento do livro escolhido.
Esse item será utilizado nas próximas aulas.
AULA 4
Esta aula corresponde a uma atividade importante no processo de aprendizado do Realismo no mundo
e no Brasil. Para isso, é necessário solicitar aos estudantes que realizem uma pesquisa detalhada, com
o objetivo de explicar de forma bem desenvolvida três tópicos do Realismo que o estudante considera
fundamental. Isso deve ser realizado com bastante fundamentação e seguindo algumas orientações
específicas. São elas:
Definir o foco da pesquisa: O Realismo é um movimento artístico e literário que se desenvolveu em
diferentes contextos históricos, geográficos e culturais. Para uma pesquisa bem-sucedida, é importante
definir seu foco específico. Por exemplo, você pode se concentrar no Realismo na literatura brasileira
do século XIX ou na pintura europeia do século XVII. É interessante que o estudante, mais do que
escolher uma, tente relacionar esses conhecimentos que estão interligados pelo contexto histórico.
Antes de começar sua pesquisa, é importante fazer uma revisão da literatura existente sobre o
realismo, inclusive o material que foi passado em sala ajudará a completar essa parte da tarefa. Essa
parte fará com que você entenda melhor as abordagens anteriores e vai ajudar também a identificar
28
lacunas na pesquisa. Procure por livros, artigos e teses acadêmicas relevantes sobre o assunto.
Lembre-se das aulas de curadoria de informações.
Pense e estabeleça uma hipótese: Com base na sua revisão da literatura, desenvolva uma hipótese ou
uma pergunta de pesquisa. Sua hipótese deve ser clara e concisa, e deve ser sustentada por
evidências e argumentos sólidos.
Identifique suas fontes de pesquisa: Para sua pesquisa, você precisará de fontes confiáveis, como
livros, artigos, documentos históricos, entrevistas e outras fontes relevantes. Certifique-se de que suas
fontes são confiáveis e que são relevantes para o seu tópico de pesquisa.
Analise e interprete seus dados: Ao coletar seus dados, é importante analisá-los e interpretá-los
corretamente. Isso envolve a aplicação de métodos de análise, como análise literária, análise de texto,
análise de discurso e análise histórica.
Conclua sua pesquisa: Ao concluir sua pesquisa, é importante resumir suas descobertas e tirar
conclusões baseadas em sua hipótese ou pergunta de pesquisa. Certifique-se de que suas conclusões
são baseadas em evidências sólidas e apoiadas por sua análise e interpretação dos dados.
Revise e edite sua pesquisa: Antes de apresentar sua pesquisa, é importante revisá-la e editá-la
cuidadosamente. Certifique-se de que sua pesquisa esteja bem organizada, seja clara e concisa, e que
siga as normas e padrões acadêmicos relevantes.
AULA 5
Esta aula consiste na exposição oral das pesquisas realizadas na aula anterior. Após o material pronto
e entregue, solicite aos estudantes que apresentem para a turma aquilo que foi pesquisado, sua
metodologia e a produção em si.
É importante que cada estudante fale um pouco do seu processo de produção. Para finalizar a aula,
alguns elogios devem ser atribuídos a essa pesquisa e aos melhores trabalhos, bem como uma
orientação final para aqueles que tiveram mais dificuldade. Lembre-os que a pesquisa é o que norteará
todo o trajeto dos estudantes durante cursos superiores.
RECURSOS:
Textos impressos e digitais sobre o Realismo no mundo e no Brasil, obras dos principais autores
realistas, quadro e pincel, internet, jornais, revistas e livros (em casa), sala multimídia (caso positivo,
efetuar a pesquisa que foi destinada para casa no ambiente escolar).
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação ocorrerá desde a primeira aula, analisando os aspectos de leitura, interpretação,
capacidade expositiva e produção escrita, a participação individual e em grupo, o envolvimento com a
tarefa, o interesse e a qualidade do conteúdo produzido.
29
ATIVIDADES
Atividades para serem utilizadas ao longo das aulas sobre Realismo:
30
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Avaliação da Educação Básica - documentos de
referência: versão 1.0. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Diretoria
de Avaliação da Educação Básica, Brasília, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
DIANA, Daniela. Realismo no Brasil. Toda Matéria, [s. l.: s.d.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/realismo-no-brasil/. Acesso em: 20 abr. 2023
MARCO Felipo. 10 Atividades Sobre Realismo e Naturalismo. Minhas atividades, [s.l.] 2022.
Disponível em: <https://minhasatividades.com/10-atividades-sobre-realismo-e-naturalismo/>. Acesso
em: 20 abr. 2023.
MARINHO, Fernando. "Realismo no Brasil"; Brasil Escola, [s.l.] 2022. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/realismo-no-brasil.htm. Acesso em 20 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
SOUZA, Warley. Realismo no Brasil, Português o seu site de língua portuguesa, [s.l.] 2022.
Disponível em: <https://www.portugues.com.br/literatura/realismo-no-brasil.html>. Acesso em: 20
abr. 2023.
TIBIRIÇÁ, Isabella. Literatura produzida por minorias: a urgência da representatividade no ensino.
SINGULARIDADES, [s.d.]. Disponível em: <https://blog.institutosingularidades.edu.br/literatura-
produzida-por-minorias-a-urgencia-da-representatividade-no-ensino/>. Acesso em: 18 abr. 2023.
31
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2023
Linguagens
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o
entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo.
Competência Específica 02: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e
posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e
nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a
cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
Competência Específica 03: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética
e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Análise e produção de textos com (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
remidiação alterações em texto preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas
(imagens, fotografias, vídeos) e diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação,
divulgação em novas mídias, com interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
novos efeitos de sentidos.
(EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas
Análise e produção multimídia de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem (artísticas,
(em diferentes meios) ou corporais e verbais), compreendendo criticamente o modo como
transmídia (articulação e circulam, constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.
divulgação em diferentes mídias
(EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de
para produzir novos sentidos).
remidiação de produções multissemióticas, multimídia e transmídia,
Leitura e produção e circulação desenvolvendo diferentes modos de participação e intervenção social.
de textos em diferentes suportes
(EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagens e
(ambientes online ou não).
línguas diversas, possibilidades de atuação social, política, artística e
Produção de textos cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo seus
multissemióticos ou multimodais. princípios e objetivos de maneira crítica, criativa, solidária e ética.
Identificação de intencionalidades
discursivas, valores, visões de
mundo, crenças, saberes,
ideologias e interesses em
diferentes discursos.
Vínculos entre discursos, atos de
linguagem, relações de poder e
ideologia.
32
Reconhecimento e análise de
marcas da identificação política,
religiosa, ideológica, de gênero ou
de interesses econômicos do
autor/produtor da obra,
relacionando-as ao contexto
histórico, político e social.
Percepção, questionamento,
reprodução e/ou rompimento de
pontos de vista.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: How to do things with words.
DURAÇÃO: 10 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a), de acordo com a BNCC (2017, p. 483), referente à Competência Específica 1,
durante o Ensino Médio, o jovem deve desenvolver habilidades que possam levá-lo a “ampliar suas
possibilidades de aprender, de atuar socialmente e de explicar e interpretar criticamente os atos de
linguagem”. Com base nessa perspectiva, este planejamento terá como foco de estudo os atos de
linguagem. Em seu artigo “Atos de Linguagem”, a professora Renata da Silva de Barcellos (2003)
apresenta as seguintes informações a respeito do conceito de atos de linguagem:
O conceito de ato de linguagem é definido por Kerbrat-Orecchioni como: “uma sequência
linguística dotada de um certo valor ilocutório que pretende operar sobre o destinatário
um certo tipo de transformação” (2001:146). É o enunciado efetivamente realizado por
um falante, em uma determinada situação, com a intenção de produzir algum efeito
sobre o outro. [...]
[...] A maior contribuição de Austin foi ter proposto de forma inequívoca um
redimensionamento da linguagem no que diz respeito a sua natureza e a sua vocação – a
linguagem é uma forma de ação - abandonando assim a concepção de linguagem como
representação do mundo e do pensamento.
Então, entende-se que a linguagem não é mais apenas um meio de transmitir uma interpretação do
mundo, mas também uma forma de agir sobre ele. Sendo assim, para desenvolver a habilidade
EM13LGG102, este planejamento sugere que o estudante seja levado a analisar os atos de linguagem
da autora Chimamanda Ngozi Adichie em uma palestra para o TEDGlobal 2009 e como esses mesmos
atos de linguagem são manifestados em seu conto “The Thing Around Your Neck” (2009), comparando
como eles se constituem de acordo com o contexto de produção. Para mais informações a respeito dos
atos de linguagem ou de fala, leia o artigo “A teoria dos atos de fala: desafios e possibilidades” (ARBO,
2018), ver referência no final deste documento.
É importante destacar que o estudo metalinguístico não está em primeiro plano, mas está presente e,
conforme os estudantes manuseiam os textos, a aquisição de vocabulário também acontecerá.
Após a análise da construção de sentido por meio dos atos de linguagem, os estudantes desenvolverão
um jogo usando o enredo do conto “The Thing Around Your Neck” (2009) como referência,
promovendo assim a remidiação proposta pela habilidade EM13LGG105 e criando, “por meio de
práticas de linguagens possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para enfrentar
desafios contemporâneos” proposta pela habilidade EM13LGG305. Os autores Bolter e Grusin (1999,
apud LUZ) conceituam a remidiação como “a representação de um meio em outro e uma das
características definidoras das novas mídias digitais”. Tendo em vista tal conceito, a proposta de
remidiação do conto pretende desenvolver nos estudantes a capacidade de análise da construção de
33
sentido em mídia impressa e a transferência desse sentido para uma mídia digital ou para o formato de
jogo.
A habilidade EM13LGG202 que faz parte da Competência específica 2 será trabalhada por meio da
interpretação do enredo e contexto de produção do conto “The Thing Around Your Neck” (2009), pois
conforme a orientação da BNCC sobre a Competência 2 (2017, p. 484) os estudantes “precisam
analisar e compreender as circunstâncias sociais, históricas e ideológicas em que se dão diversas
práticas e discursos” e com isso “compreender e produzir discursos de maneira posicionada” atuando
na sociedade “de forma cooperativa e empática, sem preconceitos e buscando estabelecer o diálogo.”
O planejamento pode ser realizado em parceria com os professores de História e Geografia para
trabalharem a história, a cultura e o território da Nigéria, ou mesmo da África, pois o conto estudado
tem ligação com esse país.
Bom trabalho!
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
1º momento: sensibilização.
Inicie a aula, apresente aos estudantes as frases abaixo, escrevendo-as na lousa ou com a ajuda de
um projetor multimídia. Ambas foram tiradas da descrição do vídeo, que será exibido na próxima aula,
da palestra de Chimamanda Ngozi Adichie para o TEDGlobal 2009.
Peça aos estudantes que apresentem o sentido das frases. Se necessário, eles podem utilizar
dicionários físico ou digitais. Converse com os estudantes sobre o que pensam das frases e se eles
conhecem alguma situação que serve para exemplificá-las. Além do sentido, você pode comentar
também da estrutura sintática delas, chamando atenção para os elementos sujeito e predicado ou
sujeito, verbo e complemento, conjunções, pronomes etc. Informe que as reflexões que serão feitas
neste planejamento têm relação com as ideias das frases acima.
34
Order
in the Expression / Phrase Translation
video
35
AULA 2
1º momento: correção.
Inicie a aula fazendo da correção da tarefa da aula anterior.
Observações:
− Se tiver acesso à internet no momento da aula, pode exibir o vídeo diretamente do site TED,
pois lá é possível acompanhar a transcrição da fala, tanto em inglês quanto em português.
− Outra sugestão é passar o vídeo pela primeira vez sem legenda e sem transcrição para
familiarizar os estudantes sobre as expressões, e pela segunda, com a legenda para a
localização das frases.
− A sugestão de localizar a ordem das expressões é uma forma de manter os estudantes atentos
ao vídeo, pois ele tem quase 20 minutos.
− Apresente a tradução da palestra presente no site TED na parte de Transcript e converse com
os estudantes sobre as reflexões levantadas pela palestrante.
− Os estudantes podem realizar uma pesquisa sobre a história da Chimamanda Adichie.
36
AULA 3
1º momento: entendendo os atos de linguagem.
Inicie a aula apresentando aos estudantes as seguintes frases:
Pergunte o que eles pensam sobre as frases. Anote na lousa ou em uma folha de papel ideias
importantes que os estudantes apresentarem sobre as frases e reserve-as para usá-las depois da
dinâmica.
Após esse breve momento de conversa, realize a seguinte dinâmica.
− Divida a turma em 6 grupos.
− Entregue para cada grupo uma palavra em inglês, que pode ser escrita na lousa ou em pedaços
de papel.
− Cada grupo deverá criar um comando a partir da palavra recebida para que o outro grupo
execute.
− Faça um sorteio definindo quem comandará cada grupo.
− Os estudantes definirão como transmitir para o grupo o comando definido. Eles podem escrever
uma frase em inglês, fazer um desenho ou uma mímica, ou usar alguma outra referência, só
não pode usar a língua portuguesa.
Veja o exemplo:
(Sorria!)
Após a realização da dinâmica, converse com os estudantes sobre o processo de formação dos
comandos, o que foi usado para montar a mensagem, como e por que escolheram o que foi usado.
Faça uma conexão entre o que foi observado na dinâmica e as anotações feitas no início da aula.
O objetivo da dinâmica é fazer os estudantes perceberem o sentido das ações que envolvem os três
atos de fala/linguagem: locutório, ilocutório e perlocutório. Não é necessário fazer os estudantes
guardarem os nomes dos atos de fala/linguagem. O importante é que eles percebam que há três
formas de agir ao produzir um enunciado verbal ou não-verbal.
37
A) Ato locutório: ações para a construção do enunciado, como a escolha do idioma, das palavras,
das imagens, etc.
B) Ato ilocutório: o que se pretende ao construir o enunciado (convencer, emocionar, repreender,
informar...).
C) Ato perlocutório: a consequência, o resultado ou o efeito provocado no interlocutor pelo
enunciado.
Observação: o ato ilocutório pode ser direto ou indireto, sendo direto o enunciado corresponde
exatamente o que se pretende e, indireto, a pretensão está subentendida.
Exemplo:
Ato ilocutório direto: Faça silêncio!
Ato ilocutório indireto: Vocês estão conversando muito!
A percepção desses conceitos é importante, pois os estudantes deverão analisar os atos de
fala/linguagem, especialmente o ato ilocutório, na palestra e no conto de Chimamanda Adichie nas
próximas aulas.
AULA 4
1º momento: observando atos de linguagem.
Inicie a aula apresentando aos estudantes o trecho da apresentação de Chimamanda Adichie no TED,
a partir ‘27s’ até “1min”. Chame a atenção para a frase abaixo e a reação que ela provoca.
“[…] they talked a lot about the weather, how lovely it was that the sun had come out .”
ACTIONS:
A. Introduce yourself
B. Contextualize
C. Opine
D. Justify or explain an opinion
E. Ironize and stimulate reflection
F. Propose reflection
STATEMENT ACTIONS
I'm a storyteller. And I would like to tell you a
few personal stories about what I like to call
"the danger of the single story." I grew up on
a university campus in eastern Nigeria.
38
What this demonstrates, I think, is how
impressionable and vulnerable we are in the
face of a story, particularly as children.
AULA 5
1º momento: correção.
Faça a correção da atividade da aula anterior, esclarecendo possíveis dúvidas. Troque ideias com os
estudantes sobre os atos de fala/linguagem presentes na atividade.
AULA 6
1º momento: julgando o livro pela capa.
Com a ajuda de um projetor multimídia, apresente a capa do livro “The Thing Around Your Neck”
(ADICHIE, 2009) e capa do livro “No seu pescoço”, o correspondente em português.
39
Imagem 3 – Livro em inglês. Imagem 4 – Livro em português.
Peça aos estudantes que levantem hipóteses sobre o tema do livro, pergunte qual capa eles mais
gostaram e associe o título em inglês com o título em português.
AULA 7
1º momento: conhecendo o conto “The Thing Around Your Neck”.
Agora chegou o momento de os estudantes conhecerem o conto “ The Thing Around Your Neck”
(ADICHIE, p. 62, 2009).
Eles deverão ler o conto e fazer a atividade de interpretação. A leitura pode ser feita online ou, se
possível, fazer a impressão do conto. Para ter acesso ao conto, use o QR code abaixo.
Pelo tamanho do conto, o ideal é que os estudantes realizem a leitura em casa usando dicionário
físicos ou digitais. Após a leitura, eles devem responder às questões de interpretação do conto.
40
WORKSHEETS
1) Why do you think the author chose to write in the second person narrative ‘you’?
2) What is this story saying about the migrant experience?
3) Why are the characters in the story not named?
4) Discuss the quote from the Uncle ‘the trick was to understand America, to know that
America was give-and-take. You gave up a lot but you gained a lot too’?
5) How does the narrator experience American people?
6) Explain what the narrator meant by ‘white people who liked Africa too much and those
who liked Africa too little were the same – condescending.’
7) How do people respond when they see the narrator and her boyfriend together?
Discuss.
8) Why did it take the narrator a long time to write home?
9) What assumptions does the narrator make about Americans?
10) What contributes to the narrator’s feelings of not belonging and her sense of alienation?
11) To what extent do the characters in this story have options, choices and free will?
12) Do you believe the narrator came back to America? Discuss.
13) Write the passage that refers to the title of the short story.
14) List the stereotypes that abound in this story.
Fonte: (BARILLARO, 2013)
AULA 8
Faça a correção da atividade da aula anterior, esclarecendo possíveis dúvidas.
AULA 9
1º momento: comparando textos.
Peça aos estudantes que realizem a tarefa abaixo preenchendo o quadro com trechos em inglês do
conto que correspondem com as frases retiradas da palestra. O objetivo da atividade é mostrar como
os atos de fala/linguagem se manifestam de forma diferentes de acordo com o gênero textual.
1 – Procure no conto “The Thing Around Your Neck” trechos que fazem referência aos trechos
retirados da palestra.
41
Her default position toward me, as an African, was
a kind of patronizing, well-meaning pity. My
roommate had a single story of Africa: a single
story of catastrophe. In this single story, there was
no possibility of Africans being similar to her in any
way, no possibility of feelings more complex than
pity, no possibility of a connection as human
equals.
Faça a correção da atividade, criando uma discussão em torno dos temas desenvolvidos no conto.
AULA 10
1º momento: transformando histórias.
Para concluir o planejamento, desenvolva com os estudantes um exercício de transformação da
narrativa do conto estudado em outro recurso de expressão. Analise as sugestões abaixo e decida qual
será a atividade mais adequada.
42
Sugestão 1
Transformar o conto em um jogo de tabuleiro virtual ou físico. Os estudantes em grupos devem criar
cartas com perguntas relacionadas ao conto “The Thing Around Your Neck” para serem respondidas ao
longo do jogo.
O tabuleiro pode ser feito em cartolina. Acesse aos vídeos sugeridos abaixo para ter uma referência de
como fazer.
Jogo de Tabuleiro com atividade física Como fazer um jogo de tabuleiro
Canal Elton Alessandro. Canal Horário Integral EP Fund 1.
O tabuleiro pode ser feito usando os recursos digitais do site Canva ou do site Flippity.net. Acesse aos
vídeos sugeridos abaixo para ter uma referência de como fazer.
Sugestão 2
Transformar o conto em vários jogos diferentes usando os recursos do site Flippity.net. O site oferece
várias opções de jogos para serem jogados online. Os estudantes podem escolher qual formato de
jogo pretende usar e, em grupos, elaborar perguntas a respeito do conto e inseri-las no jogo, fazendo
assim um festival de jogos.
Imagem 5 – Página inicial do site Flippity.net.
43
Acesse aos vídeos sugeridos abaixo para ter uma referência de como fazer.
Sugestão 3
Transformar o conto em post para as redes sociais. Replicar nos posts as ideias de conscientização
promovidas pelo conto e pela palestra. Os estudantes podem apresentar os posts em suas redes
sociais, ou nas redes sociais da escola, ou imprimi-los e expô-los em painéis na escola. Os estudantes
podem utilizar os recursos do site Canva para essa construção
RECURSOS:
Lousa, pincel, projetor multimídia, dicionário físico ou digital, folhas impressas com as atividades e
acesso à internet.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada em todo o processo de desenvolvimento deste planejamento, observando a
participação dos estudantes. É preciso verificar se eles compreenderam a ideia de atos de
fala/linguagem e como eles se manifestaram nos textos estudados, além das habilidades de utilização
dos recursos para a construção dos jogos.
44
ATIVIDADES
1 – Leia a resenha abaixo e responda às questões que seguem.
a) O primeiro parágrafo do texto informa ao leitor sobre quais ideias serão desenvolvidas ao longo
do conto “The Thing Around Your Neck”. Qual é a possível intenção da autora do conto ao
apresentar tais ideias ao longo do texto?
b) “It deals with the often unrealistic expectations people have about their new country and that
there is a human tendency to assume that life will be so much better after migration.” Esta
frase diz respeito ao imaginário do imigrante, mas o conto trata também sobre outro
imaginário. Qual?
c) O autor da resenha expressa alguma opinião em relação ao conto “ The Thing Around Your
Neck”? O que ele pretende ao fazer isso?
d) “Finally she begins a romantic affair with a restaurant customer and she begins to see a little
hope – love and belonging.” Você acredita que Akunna encontrou amor e pertencimento nos
Estados Unidos?
e) Analise as imagens.
Imagem 1 – Post Black Lives Matter.
a) A frase “Black lives matter” diz muito mais do que está escrito. O que essa frase propõe?
b) Na imagem 1, o que os punhos fechados de mãos negras indicam?
c) Na imagem 2, o que os punhos fechados de mãos de várias cores indicam?
d) Se você encontrar alguém usando uma camisa com uma dessas imagens, quais informações é
possível inferir sobre a pessoa?
46
REFERÊNCIAS
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. The danger of a single story. TED, Inglaterra, 23 jul. 2009. Disponível
em:
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story/c/transcript?sub
title=pt-br . Acesso em: 07 jun. 2023.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. The Thing Around Your Neck. Great Britain: Harper Collins e-books,
2009. Disponível em:
https://ia600102.us.archive.org/26/items/THETHINGAROUNDYOURNECK/THE%20THING%20AROUND
%20YOUR%20NECK.pdf . Acesso em: 07 jun. 2023.
BARCELLOS, Renata da Silva de. Os atos de linguagem. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, série VII,
nº.07, agosto, 2003. Disponível em: http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno07-04.html.
Acesso em: 06 jun. 2023.
BARILLARO, Angie. The Thing Around Your Neck Teacher Text Guides and Worksheets. North
Essendon Victoria: Radiant Heart Publishing, 2013. Disponível em:
http://12englishrevisionpcssc.weebly.com/uploads/3/9/3/5/39356499/reading_and_responding_-
the_thing_around_your_neck_booklet_-_radiant_heart_guide.pdf. Acesso em: 05 jun. 2023.
BAY AREA LEGAL AID. Statement in Solidarity and Commitment to Racial Justice—Black Lives
Matter. [s. l.], 16 jun. 2016. Disponível em: https://baylegal.org/statement-in-solidarity-and-
commitment-to-racial-justice-black-lives-matter/. Acesso em: 05 jun. 2023.
BLOG Sem Serifa. No seu pescoço. [s. l.], 11 ago. 2020. Disponível em:
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Thing_Around_Your_Neck#. Acesso em: 05 jun. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
COMO fazer um jogo de tabuleiro. [s. l.: s. n.], 24 de abr. de 2020. 1 vídeo (4min 35s). Publicado pelo
canal Horário Integral EP Fund 1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nkCVCNAG7nU .
Acesso em: 05 jun. 2023.
COMO criar um jogo de tabuleiro personalizado - atividade interativa digital. [s. l.: s. n.], 24 maio 2021.
1 vídeo (20min 56s). Publicado pelo canal Professora Silvia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bXMSw7pA-jQ&t=595s . Acesso em: 05 jun. 2023.
COMO Fazer um jogo de tabuleiro no Canva. [s. l.: s. n.], 6 fev. 2023. 1 vídeo (7min 18s). Publicado
pelo canal Canva How. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=35Mp_uQzAaM . Acesso
em: 05 jun. 2023.
COMO usar o Flippity - Tutorial Completo. [s. l.: s. n.], 5 set. 2021. 1 vídeo (9min 36s). Publicado pelo
canal Marco Antônio Silva. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WFicNIWPFvI&t=125s .
Acesso em: 05 jun. 2023.
TUTORIAL Flippity. [s. l.: s. n.], 19 jul. 2021. 1 vídeo (15min 36s). Publicado pelo canal Capacitação
Digital UFSM. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wixn9kcFsbg&t=43s. Acesso em: 05
jun. 2023.
FREEPIK. Fundo de felicidade do dia mundial do sorriso. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://br.freepik.com/vetores-gratis/fundo-de-felicidade-do-dia-mundial-
dosorriso_18309307.htm#page=2&query=sorriso&position=21&from view=search&track=sph . Acesso
em: 05 jun. 2023.
FREEPIK. Conceito de punhos levantados multirraciais. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-punhos-levantados-
multirraciais_8724489.htm?query=black%20lives%20matter%20v%C3%A1rias%20m%C3%A3os#fro
m_view=detail_alsolike . Acesso em: 05 jun. 2023.
FILOCTETES. Atos de fala. Blog Português. [s. l.], 10 jun. 2012. Disponível em https://portugues-
fcr.blogspot.com/2012/06/atos-de-fala.html . Acesso em: 05 jun. 2023
FORTNA, Steve. Flippity.net. [s. l.], [2023]. Disponível em: https://www.flippity.net/ . Acesso em: 05
jun. 2023.
47
JOGO de Tabuleiro com atividade física. [s. l.: s. n.], 30 de mar. de 2020. 1 vídeo (12min 39s).
Publicado pelo canal Elton Alessandro. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=OdHiYXvchpU&t=464s . Acesso em: 05 jun. 2023.
LUZ, Andréa Aparecida da. Uma remidiação de linguagens. Observatório da imprensa, Campinas,
16 fev. 2010. Disponível em: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/armazem-literario/uma-
remidiacao-de-linguagens/ . Acesso em: 07 jun. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf . Acesso em: 8 de março de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio (2º ano). Escola
de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1AEsHupDf7Xq2fSTDK_A2rXTDnWPwssQ6/view . Acesso em: 9 de
março. 2023.
NO Seu Pescoço - Chimamanda Adiche [s. l.: s. n.], 23 ago. 2018. 1 vídeo (4min 26s). Publicado pelo
canal Lívia Teodoro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vRooVJLE4lA . Acesso em: 05
jun. 2023.
WIKIPEDIA. The Thing Around Your Neck. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Thing_Around_Your_Neck#. Acesso em: 05 jun. 2023.
48
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Relações entre a língua inglesa e os (EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua de
aspectos sociais, culturais, geopo- comunicação global, levando em conta a multiplicidade e
líticos e históricos dos falantes ao variedade de usos, usuários e funções dessa língua no
redor do mundo. mundo contemporâneo.
Analise de interações entre falantes
nativos e não nativos da língua
inglesa.
Combate ao preconceito linguístico,
desrespeito e desvalorização de
falantes não nativos da língua inglesa.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: English as a Lingua Franca (ILF).
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a), a BNCCC trata a língua inglesa como língua franca:
Nessa proposta, a língua inglesa não é mais aquela do “estrangeiro”, oriundo de países hegemônicos,
cujos falantes servem de modelo a ser seguido, nem tampouco trata-se de uma variante da língua
inglesa. Nessa perspectiva, são acolhidos e legitimados os usos que dela fazem falantes espalhados no
mundo inteiro, com diferentes repertórios linguísticos e culturais, o que possibilita, por exemplo,
questionar a visão de que o único inglês “correto” – e a ser ensinado – é aquele falado por
estadunidenses ou britânicos" (BNCC, p. 241, 2017)
Dentro desta perspectiva este planejamento pretende desenvolver a habilidade EM13LGG403 com o
foco no conceito de língua franca para que o estudante possa compreender que o inglês dos nativos
tido como a referência não é o mais falado no mundo e que esse conhecimento amplia sua interação
com o mundo.
Bom trabalho!
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
1º momento: entendendo o conceito.
Inicie a aula perguntando aos estudantes se já ouviram algo sobre língua franca ou se sabem o que é
língua franca. Anote na lousa as respostas e comentário para serem avaliados posteriormente. Em
seguida, exiba o vídeo sugerido abaixo.
→ OnUp Tip #02: Você sabe o que é língua franca? - ON UP IDIOMAS
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3NkyY8DLce8.
Depois da exibição do vídeo compare, juntamente com os estudantes, os comentários do início da aula
às informações apresentadas no vídeo.
49
2º momento: informações sobre a língua inglesa.
Exiba o vídeo sugerido a seguir e peça aos estudantes que respondam às questões com base no que
foi apresentado nele.
→ English a Global Language - Intro Idiomas.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vtOkcGoN0Js&t=1s.
QUESTIONS
Faça a correção da atividade, esclarecendo possíveis dúvidas. Se necessário, utilize outra aula para a
correção.
AULA 2
1º momento: observando as estatísticas.
Com a ajuda o projetor multimídia, exponha o gráfico abaixo e analise seus dados em relação a
quantidade de nativos e não-nativos usam a língua inglesa.
Imagem 3 - Languages with the most speakers.
50
Permita que a turma exponha suas impressões sobre a análise do gráfico e para concluir o
planejamento peça aos estudantes que façam uma pesquisa sobre quais são as características da
língua inglesa a classificam como língua franca. A pesquisa pode ser realizada na sala de informática
ou com o uso do celular em sala se todos tirem acesso à internet.
RECURSOS:
Lousa, pincel, projetor multimídia, folha impressa com as atividades, dicionário físico ou digital.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deve detectar se o estudante entendeu o conceito de língua franca e como o inglês é mais
falado por não-nativo que por nativos, portanto não há uma supremacia entre as línguas.
51
ATIVIDADES
Leia o texto abaixo e responda às questões que seguem.
In recent years, the term ‘English as a lingua franca’ (ELF) has emerged as a way of referring to
communication in English between speakers with different first languages. Since roughly only
one out of every four users of English in the world is a native speaker of the language (Crystal
2003), most ELF interactions take place among ‘non-native’ speakers of English. Although this
does not preclude the participation of English native speakers in ELF interaction, what is
distinctive about ELF is that, in most cases, it is ‘a ‘contact language’ between persons who
share neither a common native tongue nor a common (national) culture, and for whom English
is the chosen foreign language of communication’ (Firth 1996: 240). Defined in this way, ELF is
part of the more general phenomenon of ‘English as an international language’ (EIL) or ‘World
Englishes’. EIL, along with ‘English as a global language’ (e.g. Crystal 2003; Gnutzmann 1999),
‘English as a world language’ (e.g. Mair 2003) and ‘World English’ (Brutt-Griffler 2002) have for
some time been used as general cover terms for uses of English spanning Inner Circle, Outer
Circle, and Expanding Circle contexts (Kachru 1992). However, when English is chosen as the
means of communication among people from different first language backgrounds, across
linguacultural boundaries, the preferred term is ‘English as a lingua franca’ (House 1999;
Seidlhofer 2001), although the terms ‘English as a medium of intercultural communication’
(Meierkord 1996), and, in this more specific and more recent meaning, ‘English as an
international language’ (Jenkins 2000), are also used. Despite being welcomed by some and
deplored by others, it cannot be denied that English functions as a global lingua franca.
However, what has so far tended to be denied is that, as a consequence of its international use,
English is being shaped at least as much by its non-native speakers as by its native speakers.
This has led to a somewhat paradoxical situation: on the one hand, for the majority of its users,
English is a foreign language, and the vast majority of verbal exchanges in English do not
involve any native speakers of the language at all. On the other hand, there is still a tendency
for native speakers to be regarded as custodians over what is acceptable usage. Thus, in order
for the concept of ELF to gain acceptance alongside English as native language, there have
been calls for the systematic study of the nature of ELF – what it looks and sounds like and how
people actually use it and make it work – and a consideration of the implications for the
teaching and learning of the language.
1. The term “English as a lingua franca” is related only to native speakers of English.
2. The term “English as a lingua franca” has been always used.
3. The term “English as a lingua franca” is related to interaction among speakers with different
language backgrounds.
4. The term “English as a lingua franca” was chosen by non-native speakers of English.
According to the text:
a) only 1 and 2 are correct.
b) only 2 is correct.
c) only 3 and 4 are correct.
d) only 3 is correct.
e) only 1, 3 and 4 are correct.
52
2 – According to the text:
a) Non-native speakers have chosen English to communicate only with native speakers of English.
b) “English as a lingua franca” can be considered as part of “English as an international language”.
c) Non-native speakers of English only interact with non-native speakers of English.
d) “World English” is part of the Inner, Outer and Expanding Circle contexts.
e) Native speakers of English have chosen English to communicate with non-native speakers.
3 – According to the text, the use of the term “English as a lingua franca” (line 11) is preferred when
interaction occurs:
a) in different languages among people from different cultural backgrounds.
b) only in English.
c) in English among speakers with different first languages and different cultural backgrounds.
d) when English is chosen as a first language.
e) when English is a mean of communication among people living in English speaking country.
53
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
COMO fazer um jogo de tabuleiro. [s. l.: s. n.], 24 de abr. de 2020. 1 vídeo (4min 35s). Publicado pelo
canal Horário Integral EP Fund 1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nkCVCNAG7nU .
Acesso em: 05 jun. 2023.
ENGLISH a Global Language. [s. l.: s. n.], 14 set. 2021. 1 vídeo (2min 47s). Publicado pelo canal Intro
Idiomas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vtOkcGoN0Js&t=1s. Acesso em: 07 jun.
2023.
EBERHARD, David M., SIMONS, Gary F. e FENNIG, Charles D. (eds.). Ethnologue: Languages with
the most speakers, 26th edition. Dallas, Texas: SIL International, 2023. Disponível em:
https://www.ethnologue.com/insights/most-spoken-language/ . Acesso em: 16 mar. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AA
ncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf . Acesso em: 8 de março de 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio (2º ano). Escola
de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1AEsHupDf7Xq2fSTDK_A2rXTDnWPwssQ6/view . Acesso em: 9 de
março. 2023.
ONUP Tip #02: Você sabe o que é língua franca? [ s. l.: s. n.], 30 jan. 2020. 1 vídeo (2min 38s).
Publicado pelo canal ON UP IDIOMAS. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3NkyY8DLce8. Acesso em: 07 jun. 2023.
PARANÁ, Prefeitura Municipal De Matinhos. Concurso Público – Edital n° 039/2011. Núcleo de
concursos - Universidade Federal do Paraná, Prova Objetiva, 2011. Disponível em:
http://www.nc.ufpr.br/concursos_externos/matinhos2011/provas/334.pdf . Acesso em: 08 jun. 2023.
SEIDLHOFER, Barbara. English as a lingua franca. ELT Journal 59/4, 2005. Disponível em:
https://academic.oup.com/eltj/article/59/4/339/371345 . Acesso em: 08 jun. 2023.
54
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2023
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 02: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e
posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e
nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a
cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A simbologia mítica nas danças dos povos originários.
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A dança é uma das primeiras expressões artísticas que se tem registro. Com a evolução humana, a dança
adquire características míticas e ritualísticas. Na antiguidade a dança servia como auxílio nas lutas e nas
conquistas, como também na tonificação do corpo. Na Idade Média, a dança foi demonizada se tornando
uma forma de profanação do sagrado. A dança ressurge no período do Renascimento como forma legítima
de diálogo com o mundo, proporcionando fruição e experiência estética, tanto a quem a pratica quanto ao
espectador. É uma atividade humana que envolve corpo, mente, coração e alma, proporcionando um estado
de bem-estar e alegria.
De acordo com as habilidades propostas, pretende-se com esse plano, ampliar a perspectiva de mundo dos
estudantes, possibilitando a análise de interesses, as relações de poder entre os discursos em práticas
artísticas e seus desdobramentos de linguagem (visual, corporal e verbal), compreendendo como essas
formas expressivas se imbricam, proporcionando a fruição e a experiência estética.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Inicie a aula conversando com a turma sobre os diversos tipos de dança que conhecem e em que contexto
cada uma delas acontece. Depois da conversa inicial, apresente o vídeo sobre a história da dança, do canal
“Pensando o Movimento”.
55
Figura 1: QR code de acesso ao vídeo - "Conceitos e história da dança".
Permita um momento breve de diálogo com a turma sobre as percepções adquiridas com o vídeo
exibido. Proponha a produção de um texto como atividade extraclasse, fazendo uma analogia entre os
rituais de danças indígenas com os rituais aos quais os estudantes estão habituados. Exemplo: como
são os rituais de passagem da adolescência para a vida adulta na nossa cultura e na cultura indígena?
(ex.: bailes de debutantes)
Figura 3: dança ritual indígena.
56
AULA 2
Inicie a aula com um sorteio para as leituras dos relatos pedidos na aula anterior como tarefa
extraclasse. Ao final das leituras, a(o) docente pode reforçar a reflexão sobre os diversos elementos
que compõem esses rituais, como as vestimentas, os utensílios, as pinturas corporais, a culinária,
dentre outros. Mais uma vez cabe a comparação com os rituais da cultura branca ocidentalizada. Ex:
Trajes, maquiagem, locais, ornamentação e a culinária em rituais de casamentos, bailes de debutantes,
funerais, datas comemorativas diversas. Desperte nos estudantes o sentido de empatia e o respeito à
diversidade cultural. Espera-se que elesadquiram com essas aulas o reconhecimento e a identificação
com os rituais indígenas, como forma de legitimação de uma cultura, que deve e merece ser
preservada.
57
Como tarefa extraclasse, divida a sala em grupos de até 6 estudantes. Peça que façam uma pesquisa
sobre as pinturas corporais que compõem os rituais de dança dos povos indígenas e seus significados.
Os grupos também devem produzir os pigmentos utilizados pelos indígenas e trazerem essas tintas
para uma vivência em sala de aula. Peça também, que tragam maquiagens convencionais e suas
composições, a título de comparação com os pigmentos naturais.
As receitas das tintas naturais podem ser compartilhadas com os colegas. Os trabalhos serão
apresentados na aula seguinte. Fica a critério de cada grupo escolher a forma de apresentação, como:
cartazes ou slides.
AULA 3
Inicie a aula com a apresentação dos trabalhos produzidos pelos estudantes. Os estudantes devem ser
estimulados a experimentarem os pigmentos trazidos (tanto os naturais quanto os industrializados).
Peça que observem as tonalidades, as texturas e a fixação desses pigmentos em diversas superfícies
ou suportes. Incentive-os a compartilharem as receitas das tintas naturais e observarem os elementos
químicos que compõem as maquiagens industrializadas.
De acordo com Camargo (2020), “Em Minas Gerais há dezenove etnias indígenas. As etnias são:
Maxakali, Xakriabá, Krenak, Aranã, Mukuriñ, Pataxó, Pataxó hã-hã-hãe, Catu-Awá-Arachás, Kaxixó,
Puris, Xukuru-Kariri, Tuxá, Kiriri, Canoeiros, Kamakã, Karajá, Guarani e Pankararu.”
Figura 6 QR Code de acesso ao texto.
Nesse dia de encerramento, caso seja possível, é interessante convidar indígenas da sua região, para
uma vivência com os estudantes. Pesquise se há algum estudante ou funcionário indígena na escola. A
vivência pode ser pessoalmente ou por videoconferência. Promova uma entrevista com perguntas
elaboradas pela turma.
Apresente o vídeo:
Figura 7 QR Code de acesso ao vídeo.
Veja no link a seguir, projeto transdisciplinar “Protagonismo indígena”, em uma vivência com
estudantes e convidados da comunidade dos Krenak, na Escola Estadual Comendador Nascimento
Nunes Leal, na cidade de Resplendor – MG.
→ TIA NANDA.
Disponível em: https://www.instagram.com/reel/CrixFgMgYlW/?igshid=YmMyMTA2M2Y=.
58
É hora de refletir sobre o aprendizado. Promova com essas aulas, a tolerância e o respeito entre as
diferenças, reconhecendo que nós também temos tradições e rituais. E que também queremos ser
respeitados nas nossas singularidades, por isso devemos respeitar a todos.
RECURSOS:
Equipamento audiovisual, computador, imagens e textos impressos. Suportes variados para a
experimentação com os pigmentos. Materiais diversos que os estudantes possam trazer para a
apresentação dos trabalhos em grupo.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliar o interesse e participação no diálogo.
Avaliar a disposição de participar das vivências propostas pela professora ou professor.
Avaliar o relato escrito, fazendo uma analogia entre os ritos indígenas e os próprios ritos.
Avaliar os trabalhos em grupo considerando o engajamento com o tema e a interação com a turma
durante a apresentação.
59
ATIVIDADES
1 – Fundamentado(a) no texto "Danças indígenas brasileiras – Cultura e significado”, disponível em:
“Danças Típicas, 2019”, numere a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando as danças
indígenas e seus rituais.
1 – Dança do toré ( ) É uma das danças indígenas brasileiras que evocam as entidades que
controlam o tempo. É dançada na época de secas, e seu objetivo é trazer a
chuva. Diferente da maioria das danças indígenas, tem como personagem
principal uma mulher, pois segundo a cultura indígena, a entidade que
controla a seca é feminina.
6 – Dança da onça ( ) Essa dança faz parte de um ritual tribal em homenagem aos mortos,
celebrando assim suas memórias. Apesar do tema, é uma das mais alegres
danças indígenas brasileiras, pois de acordo com a cultura das tribos, os
finados não gostariam de seus companheiros vivos tristes por sua
passagem.
60
7 – Cateretê ( ) É uma das danças indígenas brasileiras dedicadas à representação da
pescaria. Os dançarinos distribuem-se de maneira que formem um círculo,
sempre alternando entre homens e mulheres. No centro do círculo, um
homem indígena e uma mulher indígena, dançam como se fossem um
peixe e, no meio da dança, tentam fugir para fora do círculo. Caso um dos
que compõem o círculo não consiga impedir a fuga de um deles, deverá
substituir o fujão. É uma dança muito divertida e onde todos dão
gargalhadas, sendo muito utilizada para o lazer e entretenimento.
2 – Faça uma ilustração nos espaços em branco do quadro acima, representando cada uma das danças
descritas na atividade 1.
SAIBA MAIS:
− Índio ou indígena?
Segundo Santos, (2022) "O que o movimento indígena reivindica é que esse termo
[índio], que é colonizador, que reproduz um discurso pejorativo que remete à ideia
eurocêntrica de que somos atrasados, de que somos todos iguais, no sentido de que
as diferenças linguísticas e culturais são desconsideradas, seja substituído por como
nos autodenominamos". Santos, (2022)
DICA DE LEITURA:
→ KRENAK Ailton, IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO —12 de março de
2019.
61
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério dos Povos Indígenas. Cultura: Saiba mais sobre o maracá, instrumento
musical indígena. [Brasília]: 22 Set. 2022 Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-
br/assuntos/noticias/2022-02/cultura-saiba-mais-sobre-o-maraca-instrumento-musical-indigena. Acesso
em: 11 abr. 2023.
BRASIL. Ministério dos Povos Indígenas. Conheça o Toré, ritual de diferentes etnias do
Nordeste do país. [Brasília]: 18 Jul. 2022 Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-
br/assuntos/noticias/2022-02/conheca-o-tore-ritual-de-diferentes-etnias-do-nordeste-do-pais. Acesso
em: 11 abr. 2023.
BRASIL. Ministério dos Povos Indígenas. Pinturas corporais indígenas carregam marcas de
identidade cultural [Brasília]: 18 Jul. 2022 Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-
br/assuntos/noticias/2022-02/pinturas-corporais-indigenas-carregam-marcas-de-identidade-
cultural/jogosindigenas_1dia_20111111_3569-edit.jpg/@@images/f29222ea-5d93-4d19-9084-
d06cca1adad6.jpeg. Acesso em: 19 abr. 2023.
BRASIL. Ministério dos Povos Indígenas. Ritual do Kuarup no Parque do Xingu reúne povos
indígenas em homenagem a seus ancestrais. [Brasília]: 01 Ago. 2019 Disponível em:
<https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2019/rituais-do-kuarup-no-parque-do-xingu-reune-
povos-indigenas-em-homenagem-a-seus-ancestrais>. Acesso em: 11 abr. 2023
CAMARGO, Pablo Matos; Povos indígenas em Minas Gerais, 2020. Disponível em
:https://www.cedefes.org.br/artigo-povos-indigenas-em-minas-gerais/. Acesso em: 17 abr. 2023.
DANÇAS TÍPICAS. Danças indígenas brasileiras – Cultura e significado. 14 maio 2019 Disponível
em: https://www.dancastipicas.com/brasileiras/dancas-indigenas-brasileiras/. Acesso em: 11 abr. 2023
ENTENDENDO a dança indígena. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (2min). Publicado pelo canal. Lindomar Araújo 3
set. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=20YgX5k_FQk>. Acesso em: 11 de
abril de 2023.
KRENAK Ailton, IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO —12 de março de 2019, como atividade
preparatória à “Mostra ameríndia: Percursos do cinema indígena no Brasil”. Disponível
em:https://livrogratuitosja.com/ideias-para-adiar-o-fim-do-mundo-ailton-krenak-pdf-gratuito/. Acesso
em: 20 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
<https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%
20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf>. Acesso em: 10 abril 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023.
Disponível em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-
crmg>. Acesso em: 05 fev. 2023.
MIRIM – Povos Indígenas no Brasil, Danças Típicas. 2012. Você sabe o que é o Toré? Disponível
em: https://mirim.org/pt-br/node/17217. Acesso em: 11 abr. 2023.
OS INDÍGENAS – Raízes do Brasil. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (8min). Publicado pelo canal Enraizando. 2015 ;
Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=cQkA5PDow2s. Acesso em: 19 abr. 2023
CONCEITOS e história da dança. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (9min).Publicado pelo canal Penando o
movimento, 20 maio 2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bwOkqQYpYYc>.
Acesso em: 11 abr. 2023.
PUJADE-RENAUD, C. LINGUAGEM DO SILÊNCIO: Expressão Corporal. São Paulo: Editora
Summus,1982.
SIQUEIRA, D. de C. O. CORPO, COMUNICAÇÃO E CULTURA: a dança contemporânea em cena.
Campinas, SP: Autores Associados, 2006.
62
UNITINS. Dança: expressão, movimento e criatividade na escola. [s. l.], [2023]. Disponível em:
<https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1032>. Acesso em: 11 abr.
2023.
SANTOS, Emily g1 — Índio ou indígena? Entenda a diferença entre os dois termos- São Paulo ,
19 abr. 2022.. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2022/04/19/indio-ou-indigena-
entenda-a-diferenca-entre-os-dois-termos.ghtml. Acesso em: 11 abr. 2023.
SILVA, Marilza Oliveira da, Danças Indígenas e Afrobrasileiras / Marilza Oliveira. - Salvador:
UFBA, Escola de Dança; Superintendência de Educação a Distância, 2018. 74 p.: il. Disponível
em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/430190/2/eBook_Dan%C3%A7as_Ind%C3%ADgenas_
e_Afrobrasileiras_UFBA.pdf. Acesso em: 18 abr. 2023.
TIA NANDA 2023, Protagonismo Indígena. Resplendor, 27 de abril de 2023. Instagram:
@tiananda2023. Disponível em:
https://www.instagram.com/reel/CrixFgMgYlW/?igshid=YmMyMTA2M2Y=.Acesso em: 28 abr. 2023.
63
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 01: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas
culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de
discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de
participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da
realidade e para continuar aprendendo.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
O uso dos vários estilos de (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
dança para manifestação preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas
cultural. diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação,
interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
A dança como ferramenta
nas mãos do oprimido.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Dança contemporânea e identidade – “ONQOTÔ” - a dança do universo ao corpo.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
“Podemos perceber que a Dança Contemporânea não se concretiza como uma técnica,
entendemos que a partir das reflexões geradas por vários autores, a Dança
Contemporânea é mais uma forma de se pensar a dança a partir de diferentes poéticas
do que uma técnica restrita. [...]alguns autores que apesar de contribuições pontuais e
distintas em alguns pontos, colaboram com a ideia de que a Dança Contemporânea não é
uma técnica, mas sim uma forma de se pensar a dança. (SOUZA, 2013, p. 8)
Corroborando com essa ideia de pensar a dança, o Grupo Corpo, companhia de dança contemporânea
mineira, fundada por Paulo Pederneiras em 1975, na cidade de Belo Horizonte, estreia um ano depois
de sua criação, com o espetáculo “Maria Maria”, musicado pelo ícone da MPB, o artista Milton
Nascimento. O Balé ficou uma década em cartaz e se apresentou em 14 países nesse período.
Nesse sentido, o Grupo Corpo é uma companhia de dança que traduz a arte contemporânea e se
consolida como uma referência no mundo, enaltecendo e projetando Minas Gerais como exportadora,
não só de commoditties, mas de cultura. Na sua comemoração dos 30 anos de existência, em 2005,
os irmãos Paulo e Rodrigo Pederneiras, vislumbraram o espetáculo "ONQOTÔ", que teve como
inspiração a criação do universo. Uma obra ousada, diante da indagação inerente do ser humano em
desvendar a origem de tudo. A partir da trilha sonora criada por Caetano Veloso e José Miguel Wisnik,
constroem uma narrativa apresentando uma possível “paternidade do universo”. Mesclam a teoria
científica do Big-Bang, com a genialidade do dramaturgo, cronista e comentarista de futebol Nelson
Rodrigues. De acordo com Almeida (2005), “[...] se poderia inferir que o Cosmos teria sido
“concebido” sob o signo indelével da brasilidade: “O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do
nada”. Rodrigo Pederneiras, coreógrafo do Grupo Corpo, busca soluções para exprimir nos movimentos
da dança a grandiosidade do tema, onde o caos e a ordem se complementam em um balé, ora
verticalizado, ora horizontalizado entre os movimentos bruscos e suaves construindo uma harmonia
que é peculiar do Grupo Corpo.
De acordo com a habilidade a ser trabalhada, pretende-se com esse plano de aula, proporcionar aos
estudantes a capacidade de análise dos conflitos de interesse, colocando em perspectiva a reflexão
sobre preconceitos presentes e difundidos pelas diversas mídias na sociedade, ampliando sua visão de
mundo para que possa se manifestar de forma crítica, considerando os diversos contextos culturais.
64
Figura 1: Espetáculo “Onqotô”.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Sugere-se ao docente iniciar a aula escrevendo no quadro as palavras no “mineirês”, CONCOSSÔ,
ONCOTÔ e PRONCOVÔ? A turma deve ser questionada sobre o que entenderam dessas palavras (caso
seja necessário, faça a tradução). As respostas serão anotadas na lousa como um “toró de parpite” ou
Brainstorming, se preferir 🙂. Comente sobre os regionalismos como forma de identidade de um povo.
Introduza o conceito de patrimônio imaterial. Fale sobre a dança como patrimônio imaterial. Sugere-
se, para o planejamento dessa aula, a leitura do texto do QR code da Figura 2.
A(o) docente deve comentar sobre as indagações existenciais que permeiam a criação do espetáculo
“ONQOTÔ”. “Onde que eu estou?”, “Para onde que eu vou?”, “Quem que eu sou?”; ou, em “mineirês”,
“Onqotô?”, “Qemqosô, “Pronqovô”?”. – Utilizando de um termo regional, o Grupo Corpo batizou o balé
de contornos metafísicos que marca as três décadas de vida da companhia de dança.
65
Tabela 1: indicação de trechos do espetáculo “Onqotô” para desenvolvimento da aula.
"ONQOTÔ" (no início de tudo era o caos, o vazio, o escuro; Figura 4: QR code de acesso ao
traduzido no cenário, nos figurinos, na iluminação e na coreografia) trecho do espetáculo Onqotô do
Grupo Corpo.
Os estudantes irão comentar as impressões sobre o balé, observando a tradução visual que o Grupo
Corpo deu a criação do universo como, cenário, figurinos, iluminação, trilha sonora e a coreografia
impactante. Pergunte à turma quais as soluções eles dariam para os elementos que compõem o
espetáculo. O que eles acrescentariam ou fariam diferente?
Tarefa extraclasse: Peça para pesquisarem os mitos da criação do universo em outras culturas.
RECURSOS:
Equipamento audiovisual, computador. Imagens e textos impressos.
AULA 2
Comece a aula pedindo que os estudantes apresentem os mitos pesquisados, sugerido na aula anterior
como tarefa extraclasse. Quais foram os mitos que acharam mais extraordinários? Com quais se
identificaram? Existem comparações possíveis entre esses mitos e a teoria científica do Big-Bang aceita
atualmente? Em seguida, deve-se exibir os vídeos da animação “Moana”, produzida pela Disney (tabela
2). O filme é baseado em histórias da criação na mitologia polinésia.
66
Tabela 2
Figura 7- QR Code
Moana –“Saber quem sou”
Figura 8- QR Code
Moana – “De nada”
Continue a aula, dividindo a turma em grupos de até 5 estudantes. Cada grupo irá escolher um mito de
criação já pesquisado e criar um roteiro de uma apresentação de um espetáculo de dança. O roteiro
parte da história a ser contada, da criação de cenário, criação dos personagens, criação de figurinos,
dentre outros. A trilha sonora pode partir desde músicas clássicas ao repertório musical dos próprios
estudantes. (Ex.: Assim Falou Zaratustra de Richard Strauss, 5ª Sinfonia de Beethoven, Time de
Hans Zimmer, a música Busca Vida da banda Os Paralamas do Sucesso, Estrela de Gilberto
Gil, dentre outras.)
Cada grupo, baseado no roteiro escrito, deve criar um cartaz de divulgação do espetáculo de dança e
apresentar o roteiro e o cartaz para apreciação de todos e todas.
A turma irá eleger o melhor cartaz de divulgação do espetáculo de dança inspirado nos mitos de
criação do universo de diversas culturas.
RECURSOS:
Componentes áudio visuais e computador. Cartolinas, canetões coloridos, lápis de cor, papéis de
diversas cores, tesoura e cola, dentre outros materiais que os estudantes possam trazer.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliar a interação com a professora ou professor durante o brainstorming da primeira aula.
Avaliar os roteiros produzidos nos trabalhos em grupo.
Avaliar a disposição de trabalhar em grupo.
Avaliar a criatividade e organização dos grupos.
Avaliar a pesquisa individual dos mitos de criação de culturas diversas.
67
ATIVIDADES
1 – Assista ao vídeo de abertura da série americana “The Big-Bang Theory” (Brasil) legendado.
Observe o ritmo da música e da sequência das imagens e o que isso tem a ver com o Big-Bang.
(ALEXBALDUING, 2020)
2 – Faça um breve comentário no caderno sobre a relação dessas imagens com a história da arte.
Você acrescentaria alguma imagem? Justifique:
4 – De acordo com o texto, Psicanálise Clínica “O Mito da Criação em 10 culturas diferentes" (2020), “A
origem do universo e da própria humanidade tem sido retratada sob diversas perspectivas ao longo da
história”. Coloque V ou F:
( ) Na mitologia chinesa, a origem do universo teria acontecido graças à intervenção da deusa Nüwa.
( ) Os egípcios usaram milho e água, criando a carne humana falante, mas temeram a perfeição das
criaturas.
( ) A mitologia nórdica acreditava que a terra fazia parte de um disco cósmico junto a outros reinos.
( ) O mito da criação na cultura Iorubá relata que o deus Olorum, deus supremo, criou tudo aquilo
que existe.
( ) Segundo a mitologia hindu, a terra dos gigantes seria representada pelos polos, enquanto no
interior da terra seria o local dos mortos.
DICA DE LEITURA:
→ GLEISER, Marcelo; A dança do universo: dos mitos de Criação ao Big Bang
1997.
68
REFERÊNCIAS
ABERTURA The Big Bang Theory (Brasil) Legendado; [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (33 s), 2020. Publicado pelo
canal Alexbalduing Críticos & Críticas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KNUlf-
gXDkk. Acesso em: 17 abr. 2023.
ALMEIDA, Angela de; Grupo Corpo - ONQOTÔ. Jul. 2005; Disponível
em: <https://grupocorpo.com.br/wp-content/uploads/2020/09/release_Onqoto.pdf. Acesso em: 12
abr. 2023.
ANY Gabrielly performing Saber Quem Sou. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (2 min), 2017. DisneyMusicBRVEVO.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mUVUmG9vOFw&ab_channel=DisneyMusicBRVEVO. Acesso em:
17 abr. 2023.
GLEISER, Marcelo; A dança do universo: dos mitos de Criação ao Big Bang /. Marcelo Gleiser.
— São Paulo : Companhia das Letras, 1997. Bibliografia. ISBN 85-7164-677-5. Disponível em:
http://www.valdiraguilera.net/bu/a-danca-do-universo.pdf. Acesso em: 19 abr. 2023.
GRUPO corpo - Onqotô 2005. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (7 min), 2005. Publicado pelo canal Grupo corpo
oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cfUsU3GAxx8. Acesso em: 17 abr. 2023.
GRUPO Corpo – ONQOTÔ. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal Fabio Morais. 2009.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TnlFhNWjPfs. Acesso em: 17 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
<https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%
20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023. Disponível em:
<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>. Acesso em: 05
fev. 2023.
O MITO da Criação em 10 culturas diferente. PSICANÁLISE CLÍNICA. [s. l.], 15 maio 2020.
Disponível em: <https://www.psicanaliseclinica.com/mito-da-criacao/>. Acesso em: 13 abr. 2023.
PATRIMÔNIO IMATERIAL, IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 04
ago. 2000 - Disponível em:< http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/85>.
Acesso em: 12 abr. 2023.
SAULO Vasconcellos - De nada (De "Moana"). [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (2 min), 2017.
DisneyMusicBRVEVO. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oIfXG_kscH4&list=RDKNUlf-
gXDkk&start_radio=1. Acesso em: 17 abr. 2023.
SOUZA, Paulo Henrique Alves de; DANÇA CONTEMPORÂNEA: PERCEPÇÃO, CONTRADIÇÃO E
APROXIMAÇÃO. Pensar a Prática, Goiânia, v. 16, n. 4, p. 9561270, out./dez. 2013; Disponível em:
<https://revistas.ufg.br/fef/article/download/20245/15681>. Acesso em: 17 abr. 2023.
69
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 05: Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas
práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e
identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: K pop e a Indústria Cultural como estratégia de poder.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Voltada à sociedade de consumo, a Indústria Cultural apresenta uma estética primordialmente
atribuída às massas, deixando margem para questionar se tais “produtos culturais” podem ou não
serem considerados arte. Isso porque se tornam essencialmente objetos que dependem do mercado.
Dessa maneira, discute-se em que época da reprodutibilidade técnica a obra de arte é atingida em sua
aura e esse processo como sintoma ultrapassa o domínio da arte. Sendo assim, a reprodutibilidade,
com a retomada do sempre idêntico, contribui diretamente para a destruição do caráter único da
autenticidade e da tradição. No sistema capitalista, a existência única é substituída por uma existência
serial (OLIVEIRA, 2000). Nesse caso, é intencional que as forças de classe percam o sentido e a
Indústria Cultural se eleva como um poder de dominação hegemônico que impõe uma cultura
submissa, desarticulando qualquer levante contra o que está estabelecido. De acordo com Oliveira,
2000; A Indústria Cultural objetiva “[...] impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma,
fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em
seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente."
Considerando as habilidades propostas, pretende-se com esse plano de aula, desenvolver com os
estudantes a capacidade de refletir como as práticas corporais são uma forma de intervir no mundo,
construindo relações que podem ser transformadoras, enfatizando o respeito às diferenças e
significando a existência individual e coletiva. Entender que a dança é uma expressão artística não só
de entretenimento e socialização, mas também uma forma de se posicionar como sujeito.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1
Inicie a aula com uma conversa sobre o que a turma sabe sobre o K Pop. O k-pop é movimento de
dança contemporânea que aplaca a geração Z, dialoga com o universo dos adolescentes e jovens,
atingindo um sucesso mundial. Questione a turma sobre os artistas, os principais grupos e com quais
eles se identificam. Apresente um vídeo de uma apresentação de K Pop.
70
BTS
Imagem 1 QR code de acesso ao vídeo BTS
Caso não seja possível exibir o vídeo sugerido, considere a reportagem, Idol é o quarto mv do BTS
a bater 700 milhões de views no YouTube! Disponível nas referências: BALDUCCI 2020.
Contextualize falando brevemente sobre a história da Coreia do Sul. O K Pop nasce em um país com
mais de 5.000 anos de história, mas que apesar disso, começa a ter contato com a cultura ocidental
somente a partir do século XX. (Traga um globo terrestre ou imagem de um mapa-múndi para que os
estudantes localizem a Coreia do Sul). A Coreia do Sul foi massacrada por grandes conflitos; com a
China, com o Japão e depois pela guerra que, em 1950, dividiu o território entre Coreia do Sul e Coreia
do Norte. “Há sete décadas, um povo foi dividido em dois. Distintas realidades ideológicas e políticas se
desenvolveram na mesma península, mas semelhanças históricas e culturais jamais se apagaram”.
(SCHMIT, 2018)
Em 1988, ao sediar os Jogos Olímpicos, a Coreia do Sul ganha notoriedade mundial. A partir desse
evento, e depois de sair de uma ditadura protecionista, o país se abre para produtos estrangeiros,
dentre os quais os produtos da cultura audiovisual ocidental, que controlam mais de 80% do mercado
naquele país. A invasão estrangeira, despertou o interesse do governo em criar o Departamento da
Indústria da Cultura, vislumbrando um caminho extremamente lucrativo de acordo com relatório do
Conselho Presidencial de Ciência e Tecnologia de 1994. Esse relatório revela que um blockbuster
americano arrecadava o mesmo que a Hyundai, com a venda de 1,5 milhão de carros.
Apresente o vídeo:
Imagem 2 QR Code - K-Pop e a Lei Rouanet - Vivi Arte News.
SAIBA MAIS:
A Diplomacia do K POP - K-Pop uma poderosa ferramenta política.
“Há 20 anos, muita gente mal sabia apontar a Coreia do Sul no mapa. Mas o investimento pesado na
indústria musical transformou a imagem do país – e fez do K-Pop uma poderosa ferramenta política”.
(Luísa, s.d.)
71
Imagem 3 QR Code.
Termine essa aula, refletindo com os estudantes. Por mais que possam apreciar diversas expressões
de arte estrangeiras, fale sobre a importância de se consumir e divulgar a cultura brasileira. Pergunte
se conseguem identificar e distinguir no Brasil, elementos genuínos de cultura e objetos da indústria
cultural. Explique que valorizar a própria cultura é uma forma de fortalecimento e perpetuação do
nosso povo, gerando com isso o impulsionamento econômico. A Cultura gera em média 5 milhões de
postos de trabalho, contribuindo de modo efetivo com o desenvolvimento do Brasil.
AULA 2
AS RAÍZES DO K-POP
Segundo (Luísa, s.d.), “O termo “K-Pop” não foi criado na Coreia do Sul – surgiu na imprensa
estrangeira. Em sua terra natal, os artistas desse gênero são conhecidos como idol groups. O criador
do conceito de idol foi Lee Soo-man, empresário que revolucionou a maneira de fazer música na
Coreia. Sua estratégia? Encará-la como commodity”.
Conte aos estudantes como se deram os primeiros passos do K Pop. Lee Soo-man morou nos Estados
Unidos no início dos anos 1980, quando teve contato com a cultura pop daquele país. Ícones da
música como, Madonna e Michael Jackson e o impacto visual proporcionado pela produção dos
videoclipes, foi um motivador para que Soo-man levasse a fórmula de sucesso para a Coréia.
Apresente o vídeo, História do K-Pop e a política externa da Coreia do Sul: Nerdologia, 2021
Figura 4 QR Code.
Caso não seja possível exibir o vídeo sugerido, considere o texto O que é K-Pop: a história do
gênero que mudou a indústria da música, em PACILIO, 2021, como suporte para a
contextualização com a turma.
Encerre comentando o vídeo exibido. Delegue um trabalho extraclasse (em grupo), para apresentarem
na aula seguinte.
Sugestão de temas:
− A produção cultural e o mercado Teen.
− S.M. Entertainment: A fábrica de Ídolos.
− K Pop, Cultura x Diplomacia.
72
− Agentes políticos e o K Pop.
− Principais grupos e artistas do K Pop contemporâneo.
− Estilo K Pop e a indústria da moda.
As formas de apresentação dos trabalhos devem ser democráticas, à escolha de cada grupo. Pode ser
uma aula com slides, cartazes, em forma de seminário, dentre outras.
Obs: Apesar dos estudantes dessa faixa etária serem muito tímidos e resistentes a apresentações
artísticas, pode-se sugerir ao grupo, que queira, apresentar uma dança inspirada no K Pop.
RECURSOS:
Componentes audiovisuais e computador. Materiais diversos, que os estudantes possam trazer para a
execução dos trabalhos.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliar o processo individual e coletivo
Avaliar os trabalhos em grupo considerando organização, a criatividade e poder de síntese.
SAIBA MAIS:
SCHMIT, 2018. O que ainda une – e separa – as duas Coreias
Quando o BTS foi convidado à 73ª Assembleia Geral da ONU, o grupo discursou sobre
amor-próprio e aceitação – tema das músicas que fizeram deles a maior boy band do
planeta. Para a Coreia, com o quarto maior índice de suicídio do mundo, - e onde o
assunto é tabu- foi um jeito de tocar na ferida, sem tocar na ferida. “O discurso foi hábil:
promoveu o K-Pop, passou uma boa imagem do Estado e dialogou com valores
ocidentais sem atiçar o conservadorismo da sociedade coreana”, explica o especialista.
(LUISA, Ingride s.d.)
BALBOA, Tati; 2020 Entenda As Gerações Do K-Pop E Conheça Os Principais
Grupos
WANG e KU; 2023 Como morte de cantor reascende debate da pressão sobre
astros do K-pop
DICA DE LEITURA:
→ Admirável mundo novo (Huxley).
1
Significado de Flopar
Verbo intransitivo [Gíria] Não obter o resultado esperado; fracassar no que se propôs realizar; fracassar, malograr,
frustrar: a festa foi um fiasco, flopou total!Etimologia (origem da palavra flopar). Por influência do inglês flop,
“fracasso” + ar, terminação verbal da primeira declinação.
Disponível em:<Flopar - Dicio, Dicionário Online de Português> Acesso em: 22 abr. 2023.
73
ATIVIDADES
Texto de referência:
Responda:
1 – Qual o termo utilizado na Coreia do Sul para designar a cultura do K Pop?
2 – O criador do conceito de idol, foi Lee Soo-man, um produtor que morou nos Estados Unidos no
início dos anos 1980. Em quais artistas e produto de mídia Soo-man se inspirou?
3 – Qual foi o fenômeno que despertou na Coreia, mais ou menos o que houve nos EUA na década de
1950, para impulsionar a Indústria Cultural?
4 – Enquanto, no Ocidente, uma pessoa que quer ser artista pop se lança no mundo até ser
“descoberta” – cria vídeos no YouTube, vai cantar em barzinhos, como se dá a trajetória de um artista
de K-Pop para atingir o estrelato?
5 – Depois da estreia, os passos dos artistas são pragmaticamente supervisionados. Não podem falar
sobre assuntos polêmicos ou se posicionar politicamente. Em quais aspectos, o K Pop pode ser
considerado vanguardista, sendo tão conservadores nas letras das músicas e no comportamento dos
artistas?
6 – “Desde a Guerra Fria não se via uma expressão cultural tão claramente usada para a geopolítica
quanto o K-Pop”. Quais são os resultados econômicos palpáveis para a Coreia do Sul com o sucesso do
K Pop pelo mundo?
74
REFERÊNCIAS
BALBOA, Tati; Entenda As Gerações Do K-Pop E Conheça Os Principais Grupos. Garotas Geeks. Nov.
2020. Disponível em: https://www.garotasgeeks.com/entenda-as-geracoes-do-k-pop-e-conheca-os-
principais-grupos/. Acesso em: 23 abr. 2023.
BALDUCCI, Gustavo; Idol é o quarto mv do BTS a bater 700 milhões de views no YouTube! Capricho -
Abril. Jul. 2020. Disponível em: https://capricho.abril.com.br/entretenimento/idol-e-o-quarto-mv-do-
bts-a-bater-700-milhoes-de-views-no-youtube. Acesso em: 24 maio 2023.
CABRAL, João Francisco Pereira. "Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer"; Brasil
Escola. [s. l.], [2023]. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/cultura/industria-
cultural.htm.>. Acesso em: 19 abr. 2023.
GUIMON, Pablo; Usuários do TikTok e fãs do K-pop dizem que esvaziaram o comício de Trump. El país
- Brasil. Jun. 2020. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/autor/pablo-
guimon/#?rel=author_top>. Acesso em: 22 abr. 2023.
HISTÓRIA do K-Pop e a política externa da Coreia do Sul | Nerdologia. [s. l.: s. n.]. 1 vídeo (10 min).
2021. Publicado pelo canal NERDOLOGIA. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=f1gVLdWucBw. Acesso em: 19 abr. 2023.
HUXLEY, Aldous; Admirável mundo novo , 5ª edição Editora Globo Porto Alegre 1979. Disponível
em:https://cesarmangolin.files.wordpress.com/2010/08/aldous-huxley-admiravel-mundo-novo.pdf.
Acesso em: 24 abr. 2023.
LUISA, Ingrid; A Diplomacia do K POP. Super Abril. [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://super.abril.com.br/especiais/a-diplomacia-do-k-pop/. Acesso em: 19 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
<https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%
20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf>. Acesso em: 10 abr.2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023. Disponível
em:<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg>. Acesso em: 05
fev. 2023.
OLIVEIRA, A. P.; MARIA CHAVES DE FIGUEIREDO, V. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de
sua reprodutibilidade técnica; UFG - Revistas. [s. l.], [2023]. Disponível em:
<https://revistas.ufg.br/fef/article/view/130>. Acesso em: 19 abr. 2023.
PACILIO, Isabela; O que é K-Pop: a história do gênero que mudou a indústria da música. Revista
Quem, maio 2021. Disponível em:
<https://revistaquem.globo.com/Entretenimento/kpop/noticia/2021/05/o-que-e-k-pop-historia-do-
genero-que-mudou-industria-da-musica.html>. Acesso em: 24 maio 2023.
SCHMIT, Caroline; O que ainda une – e separa – as duas Coreias. DW Made for Minds. 12 jun. 2018.
Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/o-que-une-e-separa-as-duas-coreias/a-43563632. Acesso
em: 18 abr. 2023.
WANG e KU, Fan, Yuna, Como morte de cantor reascende debate da pressão sobre astros do K-pop.
BBC News Brasil. 21 abril 2023. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx70nqg5e07o. Acesso em: 24 abr. 2023.
75
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2023
Linguagens
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 02: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e
posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade
e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
Competência Específica 06: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,
considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as
linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas,
exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades
e culturas.
Competência Específica 07: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as
dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de
engajar-se em práticas autorais e coletivas,
OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A importância do “saber” para uma análise crítica das relações de poder.
DURAÇÃO: 3 aulas.
Caro(a) colega professor(a), sabemos que ministrar aulas de educação física para o ensino médio se torna
uma tarefa cada vez mais desafiadora.
Um dos nossos objetivos com estes planos de aula é trazer novas abordagens para aumentar o interesse
dos estudantes pela prática da educação física. Não será tarefa fácil, é verdade, mas precisamos avançar
pouco a pouco para que as ideias saiam do papel e se tornem uma realidade na vida deles. Só assim os
estudantes serão capazes de tomar gosto pelas aulas e entender o verdadeiro sentido da Educação Física
Escolar.
76
Considerando que o editor de apresentações se tornou um recurso acessível para as escolas estaduais,
muitas aulas contêm apresentações como material sugerido. Dessa forma o conteúdo expositivo se
torna mais ilustrativo, interativo e dinâmico, contribuindo para engajar mais os estudantes.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Manter o corpo em movimento é, sem dúvida, um dos principais pilares de uma vida saudável. A
prática de atividade física por si só é super benéfica, mas quando aliada a outros hábitos, como a
alimentação adequada e saudável, tende a ser ainda melhor para a saúde. Os resultados disso podem
ser percebidos em qualquer fase da vida.
Quando se fala em uma vida fisicamente ativa logo alguns termos vêm em mente, começando
por atividade física e exercício físico. Embora exista uma diferença conceitual entre os dois, uma coisa
é unânime: ambos fazem bem.
O grande problema está nos padrões de beleza impostos pela mídia, pois são estabelecidas relações de
poder que tornam os adolescentes cada vez mais dependentes de conteúdos digitais e da opinião e
aceitação dos outros indivíduos em relação a eles.
Os estudantes precisam ser capazes de compreender criticamente essas relações de poder para
poderem ressignificar as ideologias de corpos e vidas perfeitas. E nós só somos capazes de
compreender algo criticamente, quando temos conhecimento sobre o tema que está sendo abordado.
É importante que entendam que a prática de atividade física não está estritamente relacionada a
padrões estéticos. Ela está ligada principalmente a questões da saúde emocional (melhorar a
capacidade cognitiva, reduzir os níveis de ansiedade e estresse, melhorar a autoestima, a cognição, a
função social, se conhecer, conhecer o próprio corpo e as suas limitações, se divertir, dentre outros
fatores) e da saúde física (melhorar parâmetros fisiológicos).
É papel do(a) professor(a) dar acesso ao conhecimento para que os discentes se tornem mais
inteirados sobre o assunto.
B) DESENVOLVIMENTO:
Embora tenham conceitos distintos, tanto a atividade física como o exercício físico são importantes
para a nossa saúde.
Atividade Física: é um comportamento que envolve os movimentos do corpo, que são feitos de
maneira intencional. A atividade física também envolve uma relação com a sociedade e com o
ambiente no qual a pessoa está inserida. Isso quer dizer que a sua atividade pode estar presente no
lazer, nas tarefas domésticas ou no deslocamento para a escola ou o trabalho.
Exercício Físico: quando a atividade física é planejada e estruturada com o objetivo de melhorar ou
manter os componentes físicos, como a estrutura muscular, a flexibilidade e o equilíbrio, estamos
falando do exercício físico. Todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é
um exercício físico.
Aliado a esses dois fatores que são importantíssimos para a saúde, temos também a nutrição humana,
que é uma ciência que se ocupa do estudo dos processos relacionados à obtenção de nutrientes pelos
seres humanos através da alimentação.
A cada fase da vida (infantil, adolescência, adulta e idosa), temos certo tipo de nutrição.
Na adolescência, ter uma dieta balanceada é fundamental, pois as necessidades nutricionais nessa fase
são maiores. É importante tomar cuidado, pois os adolescentes muitas vezes desejam ter um corpo
magro e fazem qualquer coisa para consegui-lo, quase sempre sem orientação de um profissional da
saúde, o que pode levar a deficiências nutricionais e transtornos alimentares como bulimia nervosa
77
e anorexia nervosa, por exemplo. Os pais devem estar atentos e procurar sempre a ajuda de um
profissional de saúde.
Além de ter uma alimentação equilibrada, com o consumo de todos os grupos alimentares, podemos
enfatizar o consumo de cálcio, mineral importante para a formação do esqueleto, o ferro para o
desenvolvimento músculo esquelético e endócrino e de zinco, contribuindo para o crescimento e
a maturação sexual do adolescente.
Aliado a alimentação equilibrada temos o balanço calórico, que é a diferença entre a energia que
consumimos e a que gastamos. A energia consumida é basicamente o que comemos, já a energia
gasta é a soma de três componentes: taxa metabólica basal, efeito térmico dos alimentos e atividade
física.
A pirâmide alimentar brasileira, é baseada em uma dieta de 2000 quilocalorias e agrupa os alimentos
em oito grupos básicos. Esses oito grupos estão dispostos em quatro níveis distintos, sendo eles:
− Primeiro nível (base da pirâmide): grupo dos cereais, tubérculos e raízes.
− Segundo nível: grupo das hortaliças e grupo das frutas.
− Terceiro nível: grupo do leite e produtos lácteos, grupo das carnes e ovos, grupo das
leguminosas e oleaginosas.
− Quarto nível (topo da pirâmide): grupo dos óleos e gorduras, grupo dos açúcares e doces.
A pirâmide alimentar é uma representação gráfica que reúne informações importantes a respeito dos
grupos de alimentos presentes em nossa dieta. Seu principal objetivo é garantir o bem-estar nutricional
da população, informando-a, principalmente, sobre as porções diárias recomendadas de cada tipo de
alimento.
78
AULA 1
Em um primeiro momento, sondar o conhecimento dos estudantes sobre o que entendem por saúde
(emocional e física) e qualidade de vida.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde emocional como: "Um estado de bem-estar onde
o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatores estressantes normais da vida, trabalha
produtivamente e é capaz de contribuir com a sociedade".
Cultivar uma boa saúde emocional, pode nos ajudar a enfrentar com menos sofrimento os desafios que
encontramos. Reconhecer nossas emoções quando elas se apresentam pode ser desafiador,
principalmente porque não fomos ensinadas a conhecê-las, mas suprimi-las. Quando começamos a
olhar diretamente para como nos sentimos, ganhamos a oportunidade de escolher o que fazer com
isso.
Em um segundo momento, sugere-se que o(a) professor(a) explique para os estudantes o conceito de
atividade física, exercício físico, nutrição humana e balanço calórico (todas essas informações estão
descritas no item desenvolvimento deste plano de aula). O objetivo é que no final da aula eles possam
entender a importância da relação de praticar exercícios e ter uma alimentação saudável com uma boa
saúde (emocional e física).
AULA 2
Após os estudantes já terem consciência sobre a importância de se ter uma boa saúde (emocional e
física), o(a) professor(a) irá abrir uma roda de conversa para tentar desmistificar e abordar temas por
meio de perguntas norteadoras como:
• Os padrões de beleza impostos pela mídia. (Quais são? Eles influenciam em nossa vida de que
maneira?)
• As relações de poder que tornam os adolescentes cada vez mais dependentes das mídias
sociais. (Por que as mídias sociais nos tornam tão dependentes dela? Como podemos diminuir
essa influência?)
• A ideologia de corpos perfeitos. (O que são corpos perfeitos no seu ponto de vista? Você tem
buscado um corpo perfeito?)
• Racismo estético. (O que é o racismo estético? Você se considera racista?)
• Aplicativos que editam fotos e as deixam muito diferentes das originais, dentre outros temas
que o(a) docente julgar interessantes. (Você possui algum aplicativo que edita fotos? Você
considera que eles são importantes?)
AULA 3
Na terceira aula, os estudantes deverão apresentar as peças de teatro criadas por eles.
79
RECURSOS:
Materiais sugeridos: editor de apresentações, quadro, espaço amplo ou quadra poliesportiva.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
É interessante organizar uma roda de conversa e dialogar com os estudantes sobre as aulas: O que
acharam da atividade? Gostaram ou não? Por quê? Vocês se identificaram com os temas abordados
nas aulas? Quais pontos consideram mais relevantes e quais influências percebem no cotidiano de
vocês? Como foi a experiência de construir uma peça teatral e de se apresentarem?
80
ATIVIDADES
1 – O que você entende sobre relações de poder?
3– Faça um texto, de no mínimo 15 linhas, sobre como os adolescentes podem se ajudar mutuamente
para desmistificar a ideologia por corpos e vidas perfeitas.
81
REFERÊNCIAS
A INFLUÊNCIA da Mídia na Sociedade. [S. l.: s. n.], 20 mar. 2014. 1 vídeo (3min e 15seg). Publicado
pelo canal: Essa tal filosofia. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=7XrAK5jqd9Y. Acesso
em: 27 de abr. 2023.
EXERCÍCIO Físico x Atividade Física: você sabe a diferença? Ministério da Saúde. [S. l.], 26 ago.
2020. Disponível em:https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-
exercitar/noticias/2021/exercicio-fisico-x-atividade-fisica-voce-sabe-a-
diferenca#:~:text=Quando%20a%20atividade%20f%C3%ADsica%20%C3%A9,estamos%20falando%
20do%20exerc%C3%ADcio%20f%C3%ADsico. Acesso em: 25 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ S. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 25 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 25 abr.
2023.
NUTRIÇÃO HUMANA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2021.
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nutri%C3%A7%C3%A3o_humana&oldid=62005600.
Acesso em: 25 abr. 2023.
PORQUE o balanço calórico é importante para a nutrição? Marcio Atalla. [S. l.], 2023. Disponível em:
https://marcioatalla.com.br/nutricao/porque-o-balanco-calorico-e-importante-para-a-
nutricao/#:~:text=Balan%C3%A7o%20cal%C3%B3rico%20%C3%A9%20a%20diferen%C3%A7a,dos
%20alimentos%20e%20atividade%20f%C3%ADsica. Acesso em: 25 abr. 2023.
SAÚDE Emocional. Crônicos do dia a dia, [S. l.], 2023. Disponível em: https://cdd.org.br/saude-
emocional/#1. Acesso em: 22 maio 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Pirâmide alimentar. Brasil Escola, [S. l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/saude/piramide-alimentar.htm. Acesso em: 27 de abr. de 2023.
ZANIN, Tatiana. Pirâmide alimentar: o que é, para que serve e versão brasileira. Tua Saúde, [S. l.],
fev. 2023. Disponível em: https://www.tuasaude.com/piramide-alimentar/. Acesso em: 25 abr. 2023.
82
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 02: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que
permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e
posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
Competência Específica 05: Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas
práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e
identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Handebol para todos.
DURAÇÃO: 5 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O esporte nas aulas de educação física do ensino médio deve ter o seu espaço, porém por meio de
proposições que atinjam todos os estudantes e não somente os mais habilidosos, utilizando
metodologias que estimulem a iniciativa dos mesmos com atividades adequadas promovendo a
reflexão, aprendizagem e vivência de situações problemas.
O esporte handebol pode ser entendido como um jogo com várias características interativas entre a
técnica e tática, mas que não se resume somente a estes componentes. Pela sua dinâmica, ele
possibilita a ampliação e compreensão do conteúdo social, comunicativo e cognitivo dos estudantes.
Muitas vezes nos perguntamos: como trabalhar os esportes na escola de uma maneira mais crítica e
menos esportivista?
O trabalho docente desta área deve buscar ao invés do condicionamento à ordem social, formar um
estudante crítico e participativo; ao invés do adestramento físico, a compreensão e uso sadio do corpo;
ao invés o esporte-espetáculo e ufanista, o esporte educativo; ao invés da disciplina imposta e da
repetição mecânica de ordens do professor, o autodomínio, a formação do caráter, a autovalorização
da atividade física; ao invés do corpo-instrumento, o corpo como ser social. (GHIRALDELLI, 1988 apud
OLIVEIRA, 2012).
83
As propostas apresentadas para o ensino devem ser desenvolvidas aliando a teoria e a prática, onde o
estudante possa compreender, analisar e intervir na sua realidade, em que o(a) professor(a) tem o
papel de ser o mediador do conhecimento.
B) DESENVOLVIMENTO:
De acordo com (CAPARROZ, 2001 apud OLIVEIRA, 2012), para que o ensino do esporte nas aulas de
educação física seja completo, é necessário que se estabeleça uma abordagem teórica dando ênfase a
três planos, são eles:
− Representação prática, quer dizer, de sua efetiva realização em diferentes contextos, formas e
participantes.
− Representação da imagem midiática, isto é, da formação de significados e parâmetros de agir
no e pelo esporte a partir da imagem fornecida pela mídia.
− Representação simbólica, que ocorre com a construção de uma simbologia da realidade
esportiva, a partir de conceitos teóricos especialmente desenvolvidos pelas ciências do esporte.
Para trabalhar as habilidades propostas para o terceiro bimestre, os estudantes precisam relembrar os
conteúdos teóricos e práticos do handebol.
Sugere-se que o(a) professor(a) aborde o esporte por meio das propostas metodológicas: Crítico
Emancipatória e Crítico Superadora.
AULA 1
Essa aula tem o objetivo de perceber o conhecimento que a turma tem sobre as regras, as posições
dos participantes, os fundamentos, os sistemas de jogo e analisar o mundo vivido pelos estudantes
nesse esporte.
A partir do que foi constatado, organizar um círculo de debates sobre o handebol, nesse círculo pode-
se discutir temas por meio de perguntas norteadoras como: a origem da modalidade (Quando surgiu?
Por que foi criada?), mídia x handebol (Como a mídia influencia nas modalidades esportivas? Você
acha pertinente ou não?), esporte escolar x esporte rendimento (Você sabe quais são as diferenças
entre o esporte escolar e o esporte de rendimento? Quais são elas?), regras, fundamentos e sistemas
de jogo ofensivo e defensivo (Quais são as regras, os fundamentos e os sistemas de jogo que você
considera mais importantes para a prática do handebol?).
Na proposta Crítico Superadora esta aula estará levando ao estudante o conhecimento para que ele
possa compreender o histórico da modalidade e também suas características. Irá acontecer um
confronto de saberes durante os debates entre o que eles conhecem do esporte com o conhecimento
que o(a) professor(a) trará e ainda os princípios da espiralidade (esse princípio diz que o conhecimento
deve ser passado como um todo e assim aprofundando cada assunto aos poucos), onde o principal
objetivo é fazer com que o estudante aprenda e compreenda o que está sendo ensinado.
Na proposta Crítico Emancipatória serão trabalhadas as transcendências de limites por:
− Experimentação: os estudantes praticarão o jogo do modo em que eles conhecem.
− Aprendizagem: quando o(a) professor(a) apresentar problematizações pertinentes a observação
da aula de experimentação.
− Criação: ocorrendo nos debates e também na solução das problematizações e mudanças na
forma de jogar.
− Coeducação: levando em conta o mundo vivido pelos estudantes, para o início dos processos
de ensino/aprendizagem.
84
AULA 2: JOGO DOS DEZ PASSES
Dividir o grupo em duas equipes, onde estas terão que trocar dez passes sem ser interceptados pela
outra equipe. Iniciar apenas com o objetivo da troca de passes, a partir do momento em que a aula se
tornar monótona, implementar e discutir novas regras para o jogo, como por exemplo, fazer o gol após
os dez passes, assim trabalhando um pouco de organização de táticas de jogo e organização ofensiva
e defensiva e ainda alguns fundamentos.
Essa atividade atende a aspectos da Crítico Emancipatória, já que apresenta todas as etapas das
competências tanto comunicativa, pois haverá discussões para mudanças na atividade e suas regras,
na objetiva já que o(a) professor(a) levará uma proposta que permitirá aos estudantes a aprendizagem
dos fundamentos do esporte e também da social, pois trabalharemos com a coeducação e o propósito
de cooperação entre todos e também abrangendo todas as transcendências.
Já na Crítico Superadora atende aos princípios da adequação às possibilidades sócio-cognoscitivas dos
estudantes, que é adequar o conteúdo às condições do discente, da espiralidade da incorporação das
referências do pensamento, auxiliando na construção do seu saber e ainda o confronto de saberes,
que se dá ao senso comum do estudante com o científico proposto pelo(a) professor(a).
85
Na proposta Crítico Emancipatória esta atividade abrangerá dois tipos de transcendências de limites, a
de aprendizagem no qual o(a) professor(a) trará o conhecimento científico, deste modo gerando ainda
um confronto de saberes e também através da criação, pois após analisarem e identificarem, deverão
ser desafiados a criar seus próprios sistemas de jogo.
RECURSOS:
Materiais sugeridos: editor de apresentações, quadro, espaço amplo ou quadra poliesportiva e bolas de
handebol.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
É interessante organizar uma roda de conversa e dialogar com os estudantes sobre as aulas: o que
acharam das atividades? Gostaram ou não? Por quê? Como foi aprender o handebol em diversos
aspectos diferentes? Você considera que sabe mais sobre o handebol hoje do que no início das aulas
sobre a modalidade?
86
ATIVIDADES
1– Os jogos cooperativos são jogos que não possuem eliminações, exclusões, vencedores e
perdedores. Com base nessas informações, crie um jogo cooperativo inspirado no handebol para ser
ensinado aos seus colegas na próxima aula de educação física.
87
REFERÊNCIAS
HANDEBOL. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Andebol&oldid=65801944. Acesso em: 29 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,[ S. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 25 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [ S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 25 abr.
2023.
OLIVEIRA, José Luiz Nascimento de. Propostas de ensino do handebol para o ensino médio.
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física) - Universidade do Extremo Sul
Catarinense, UNESC. Criciúma, p. 42. 2012. Disponível em:
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/1513/1/Jos%c3%a9%20Luiz%20Nascimento%20de%20Olivei
ra.pdf. Acesso em: 25 abr. 2023.
SOARES, Carmen Lúcia; et al. Coletivo de Autores - Metodologia do Ensino de Educação
Física. São Paulo: Cortez, 1992. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/73/o/Texto_49_-
_Coletivo_de_Autores_-_Metodologia_de_Ensino_da_Ed._Fsica.pdf. Acesso em: 29 abr. 2023.
88
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência Específica 04: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural,
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e
vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no
enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
Competência Específica 06: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais,
considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as
linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas,
exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes,
identidades e culturas.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Twist.
DURAÇÃO: 3 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Os anos 60 foram ótimos tempos para inovações na dança, com muitos ritmos na moda e novidades
entrando em grande estilo.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais estavam saindo do período do jive, e o rock and roll
estava introduzindo novos e animados movimentos, que deram início à era do twist. O twist e outras
danças tornaram-se marcas registradas dos anos 60.
O twist é uma dança inspirada no rock and roll. De 1959 até o início dos anos 1960, tornou-se uma
mania mundial, desfrutando de imensa popularidade.
A inspiração original do termo twist veio de uma dança afro-americana chamada "wringin and twistin”,
que se tem notícia desde os anos 1890. Porém, sua origem estética vem dos movimentos pélvicos e
passos aleatórios, herdados do oeste africano.
Durante todo o século XX, a dança se desenvolveu, até alcançar uma audiência em massa nos anos
1960. O uso do termo twist, veio do século XIX, onde, segundo historiadores, chegou aos Estados
Unidos vinda do Congo, trazida por escravos.
Um dos primeiros grandes cantores dessa época, daquilo que viria a ser o twist, era Joel Sweeney, que
se tornou bastante conhecido com uma canção chamada “Vine Shaquille Twist”. Sweeney havia
aprendido a tocar banjo com os escravos que trabalhavam no estado da Virginia.
B) DESENVOLVIMENTO:
As práticas artísticas sempre estão relacionadas às diferentes dimensões da vida social, cultural,
política e econômica de um povo. Para que os estudantes tenham mais interesse nessas práticas, é
importante que o(a) professor(a) apresente essas dimensões para que os discentes possam reconhecer
a construção histórica dessas práticas e assim ficarem mais motivados a aprendê-las.
89
A dança certamente contribuiu para a constituição, perpetuação e disseminação da cultura de todos
os povos que dançaram e que ainda dançam permitindo conhecermos a diversidade cultural que se
espalha pelo mundo em todas as épocas e contextos históricos acompanhando a evolução da
humanidade.
O twist é dançado com os pés do casal ficando a média distância. Os braços são mantidos longe do
corpo, com os cotovelos dobrados. O quadril, o tronco, as pernas giram sobre os pés como um só, com
os braços podendo ficar parados ou em movimento. Os pés se movem para frente e para trás, com a
velocidade variando de acordo com o tempo da música. Às vezes, as pernas podem ser levantadas por
conta de alguma coreografia específica, mas, geralmente, é uma dança de baixa postura, com muito
contato dos pés com o chão, sem muita movimentação vertical.
AULA 1
Sugere-se que o(a) professor(a) além de compartilhar a história do twist, reproduza o vídeo abaixo
para os estudantes. É um material riquíssimo que ajudará na compreensão da dança (de uma maneira
geral) como um fenômeno social, uma manifestação da cultura corporal que ganhou vários sentidos e
significados ao longo da evolução humana.
→ Conceitos e história da dança.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bwOkqQYpYYc.
AULA 2
Em de uma aula prática, realizar os movimentos do twist com os estudantes. Com o seu auxílio, os
estudantes irão segui-lo, a fim de aprenderem os primeiros passos.
Seguem sugestões de vídeos para servirem de inspiração para o(a) professor(a) e para os estudantes:
AULA 3
A terceira aula deverá ser utilizada para que os estudantes se dividam em grupos e montem pequenas
coreografias de twist para apresentarem entre eles.
RECURSOS:
Materiais sugeridos: editor de apresentações, quadro, espaço amplo ou quadra poliesportiva e som.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Para que o(a) professor(a) possa avaliar o aprendizado dos estudantes, é interessante organizar uma
roda de conversa e dialogar sobre as aulas: O que acharam da atividade? Gostaram ou não? Por quê?
A partir de agora compreendem como a pluralidade das manifestações culturais interfere na formação
cultural do ser humano? Quais as sensações e percepções corporais tiveram com cada uma das
atividades? Quais as principais dificuldades encontradas para realizar os movimentos? Como
perceberam o corpo em relação à tensão e à dor? Como essas atividades podem de alguma forma
influenciar no bem-estar ou na qualidade de vida?
90
ATIVIDADES
1 – Como a pluralidade das manifestações artísticas interferem na formação cultural do ser humano?
2 – Cite as principais danças dos anos de 1970, 1980, 1990 e 2000. Escolha uma delas e faça uma
breve pesquisa de como ela foi construída historicamente.
3 – Escolha uma dança da sua época e do seu universo cultural e escreva sobre ela. Crie uma
coreografia para compartilhar os passos básicos dessa dança com os seus colegas.
91
REFERÊNCIAS
CALIFORNIA Jubilee in "Let's Twist Again". [S. l.: s. n.], 4 maio 2013. 1 vídeo (2min e 39seg).
Publicado pelo canal: Pascal DeMaria. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MggQSspSGU8. Acesso em: 29 abr. 2023.
CONCEITOS e história da dança. [S. l.: s. n.], 20 maio 2020. 1 vídeo (9min e 44seg). Publicado pelo
canal: Pensando o Movimento. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bwOkqQYpYYc.
Acesso em: 29 de abril de 2023.
LONDON, John. Danças dos anos 60. Ehow Brasil, [S. l.], 20 nov. 2021. Disponível em:
https://www.ehow.com.br/dancas-anos-60-info_368765/. Acesso em: 29 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 25 abr. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 25 abr.
2023.
TWIST. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2022. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Twist&oldid=64923944. Acesso em: 25 abr. 2023.
92