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História da Educação
Desafios teóricos e empíricos
Niterói, RJ - 2009
Copyright © 2009 by Ana Waleska Campos Pollo Mendonça, Claudia Alves, José
Gonçalves Gondra, Libânia Nacif Xavier, Nailda Marinho da Costa Bonato (organizadores)
Direitos desta edição reservados à EdUFF - Editora da Universidade Federal Fluminense -
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É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Editora.
Normalização: Caroline Brito
Edição de texto: Tatiane de Andrade Braga e Maria das Graças C. L. L. de Carvalho
Capa e projeto gráfico: José Luiz Stalleiken Martins
Editoração eletrônica: Margret Gouveia Engel
Revisão: Maria das Graças C. L. L. de Carvalho
Supervisão gráfica: Káthia M. P. Macedo
Conversão para ebook: Freitas Bastos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
M534
Mendonça, Ana Waleska Campos Pollo; Alves, Claudia; Gondra, José Gonçalves;
Xavier, Libânia Nacif; Bonato, Nailda Marinho da Costa (organizadores).
História da educação: desafi os teóricos e empíricos/Ana Waleska Campos Pollo
Mendonça; Claudia Alves; José Gonçalves Gondra; Libânia Nacif Xavier; Nailda
Marinho da Costa Bonato (organizadores). – Niterói : Editora da Universidade Federal
Fluminense, 2009.
156 p. ; 21cm.
Inclui bibliografias
ISBN 978-85-228-
1. Educação. 2. História da educação I. Título.
CDD
Não é, portanto, por conta dos lugares distintos a partir dos quais
se colocam, que as autoras vão divergir quanto aos
encaminhamentos propostos para responder aos desafios que se
colocam para a produção historiográfica hoje. Essas diferenças se
devem, em parte, a compromissos que se situam para além da
esfera propriamente acadêmica (embora, também a comprometam),
que, no caso específico de Sonia se explicitam na crítica que esta
dirige a determinadas correntes historiográficas contemporâneas
que vêm construindo “uma história completamente
descompromissada com a ação” (p. 4, grifos do autor).
De certa forma, esta questão também foi posta, de maneira
diferenciada, para os historiadores da educação, por Warde e
Carvalho (2000, p. 31), ao apontarem os riscos de certos
deslocamentos conceituais, metodológicos e de objetos, que
possuem um significado político nem sempre percebido (ou
avaliado) com clareza pelos historiadores da educação, e que
podem levá-los a serem capturados nas malhas do sentido que lhes
é impresso pelas políticas governamentais.
No entanto, algumas divergências mais profundas podem ser
identificadas não só a partir dos textos das duas autoras, mas do
próprio debate que se seguiu às apresentações.
Sonia coloca uma ênfase particular na crítica ao “artificialismo das
classificações que insistem em instaurar fronteiras entre as Ciências
Sociais” (WARDE; CARVALHO, 2000, p. 7), propondo, como
alternativa para superar esta situação, não só a ação, que une o
conhecimento ao devir, o saber à transformação (grifos no
original), mas também o resgate de determinadas categorias do
pensamento marxista, atualmente meio “fora de moda”, na sua
perspectiva, pelo seu potencial (ou imperativo) totalizador (WARDE;
CARVALHO, 2000, p. 11). Sonia critica, deste ponto de vista, a
operação simplificadora (WARDE; CARVALHO, 2000, p. 12) que
consiste em evitar ou até mesmo negar o conceito de totalidade, em
nome de um pluralismo falsamente democrático. Para a autora, esta
operação tem, não só implicações práticas, mas se configura
igualmente como um risco teórico.
De um ponto de vista distinto e até oposto, Clarice afirma que a
cristalização de um novo modelo, além de não desejável, não lhe
parece nem mesmo provável. Para esta autora, a renovação da
área talvez passe menos pela adoção de novos paradigmas
historiográficos e mais pela mudança de caráter temático (WARDE;
CARVALHO, 2000, p. 7). E ela exemplifica, a partir da sua própria
experiência, fazendo um instigante convite aos pesquisadores da
área a uma operação de descentramento da instituição escolar
(WARDE; CARVALHO, 2000, p. 8), que não só pode permitir uma
ampliação da reflexão sobre os processos educativos em geral,
como até levar a uma reavaliação do papel e do significado da
própria instituição escolar. Para Clarice:
O que buscamos hoje, assim penso, é menos um paradigma global de
compreensão e mais a construção de estratégias de pesquisa cuja fidelidade se
reporta às características e necessidade da construção dos nossos objetos e não
exclusivamente às teorias que abraçamos. (p. 9)
O formato final e algumas das idéias expostas neste texto devem muito às sugestões de
Marcos Cezar de Freitas e de José G. Gondra, dois amigos com quem sempre aprendo
coisas boas e cujas brilhantes idéias, infelizmente, nem sempre consigo traduzir com a
devida clareza no papel. A eles o meu agradecimento especial.
Professor da Universidade Federal de Minas Gerais.
PENSE GLOBALMENTE, PESQUISE LOCALMENTE?8
EM BUSCA DE UMA MEDIAÇÃO PARA A ESCRITA
DA HISTORIA DA EDUCAÇÃO9
Maria Helena Camara Bastos10
Introdução
A questão colocada para a mesa-redonda – História da Educação
e História Regional – é bastante complexa, pois envolve aspectos
teórico-conceituais sobre a compreensão das conexões entre o local
e o global, o particular e o geral, a parte e o todo. O tema e sua
problematização não são recentes. O campo da história tem
analisado a questão há algumas décadas, a partir de diferentes
abordagens da história: história em migalhas (DOSSE, 2003), micro-
história (GINSBURG, 1991). O processo de globalização, as
posturas de fragmentação e de uma afirmação da diversidade
cultural têm levado às diferentes teorizações dos pares acima
assinalados.
Ao colocar a temática, creio que os organizadores do evento
reconhecem
a efetiva dificuldade e complexidade da realidade e de suas representações. A
complexidade reside no fato de a história regional possuir características
universais e particulares, simultaneamente; assim, reconhecer fenômenos
históricos como regionais é muito mais uma postura metodológica do que de
recortes temáticos. (DIEHL, 1999, p. 12)
Trocadilho a partir do título da entrevista com Bill McKibben, “Pense globalmente, compre
localmente” (Revista Época, p. 72-73, 23 abr. 2007).
Este estudo integra o projeto de pesquisa “Educação Brasileira e Cultura Escolar: análise
de discursos e práticas educativas (séculos XIX e XX)” (CNPq/PUCRS).
Professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Presidente da
Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação.
Sobre a produção dos programas de pós-graduação na região sul, ver Bastos; Bencostta;
Cunha (2004); Gondra (2005).
O CEIHE desenvolve os seguintes projetos de pesquisa: Histórias da educação: processos
escolares e profissão docente no Rio Grande do Sul (séculos XIX e XX); Imprensa
estudantil em Pelotas: produção e circulação de jornais de alunos de escolas pelotenses;
Análise da gênese, constituição e metamorfose de uma escola de formação de
professores: a história da Fae – UFPel; Sobre a ordem imperial: educação e cultura em
Pelotas no século XIX (1845-1889); Cartilhas escolares: ideários, práticas pedagógicas e
editoriais. Construção de repertórios analíticos e de conhecimento sobre a história da
alfabetização e das cartilhas (MG/RS – 1870-1980); Repertório de livros escolares da
escola elementar no Brasil no século XIX.
Sobre a produção do HISALES, ver Cadernos HISALES, n. 1, jul./ dez. 2006.
Versão revista e ampliada do texto publicado por PERES, Eliane T.; BASTOS, M.H.C. A
Associação Sul-Rio-grandense de Pesquisadores em História da Educação – ASPHE: a
trajetória de uma rede de pesquisadores (2001).
Os anais publicados encontram-se nas referências bibliográficas desse texto.
UFRGS (Universidade do Rio Grande do Sul); UNISINOS (Universidade do Vale dos
Sinos); PUCRS (Pontifícia Universidade Católica); ULBRA (Universidade Luterana do
Brasil); UFPEL (Universidade Federal de Pelotas); UFSM (Universidade Federal de Santa
Maria); FURG (Fundação Universidade do Rio Grande), UPF (Universidade de Passo
Fundo); UNIJUÍ (Universidade do Noroeste do Estado); FAPA (Faculdades Porto-
Alegrenses); UNICRUZ (Universidade de Cruz Alta); UCPEL (Universidade Católica de
Pelotas); URI (Universidade Regional Integrada), UNILASALLE (Centro Universitário La
Salle), UNIFRA (Centro Universitário Franciscano), URCAMP (Universidade da
Campanha), UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul).
A obra Pensadores Sociais e História da Educação (FARIA FILHO, 2005) evidencia a
necessidade de análises que enfoquem de que forma determinados autores e/ou “os
clássicos” das Ciências Sociais têm sido mobilizados pelos pesquisadores da história da
educação.
Para Chartier (1990), a história cultural pode ser definida pela conjugação de três
elementos não dissociáveis: “uma história dos objetos em sua materialidade, uma história
das práticas nas suas diferenças e uma história das configurações, dos dispositivos nas
suas variações”.
Sobre a apropriação de Michel Foucault na pesquisa em história da educação, ver Gondra
(2005b).
Versão ampliada de Bastos (2006).
Gondra (2007), em estudo quantitativo da procedência geográfica dos autores de artigos
da Revista Brasileira de História da Educação (SBHE), mostra a centralidade na região
sudeste em uma periódico de representatividade nacional.
Como exemplo, assinalaria a recente obra de Gomes (2004), que faz referência explícita a
dois livros – Refúgios do eu (2000) e Destinos das Letras (2002) – organizados por
pesquisadores da área (MIGNOT; BASTOS; CUNHA, 2000).
Para Le Goff (2007, p.121), “toda história é uma história contemporânea. A atual é, com
certeza, o presente vivido, transformado em história, mas é também a indicação de que
fazer-se história do passado se valoriza tornando esse passado atual em relação ao
momento em que ele existiu, tal como os homens e as mulheres então o viveram e que
alguns o escreveram, mas atual também porque as conseqüências ainda mexem conosco
e estão sempre presentes, reinterpretadas à luz do presente”.
HISTORIADORES DA EDUCAÇÃO NO CEARÁ:
UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DE
PESQUISADORES
Maria Juraci Maia Cavalcante24
A experiência de formação do Núcleo de História e Memória da
Educação(NHIME) do Programa de Pós-Graduação em Educação
da Universidade Federal do Ceará teve início no chão da sala de
aula, quando coordenávamos um seminário de Educação Brasileira,
no ano de 1996. Como carro-chefe da nossa proposta curricular,
esse seminário tinha na história educacional o seu eixo principal,
com base na literatura nacional já consagrada, na qual a
especificidade local estava, naquela, subsumida, faltando-nos fontes
historiográficas para um detalhamento da história educacional no
Ceará, além daquelas organizadas por iniciativa de membros do
Instituto Histórico do Ceará, como é o caso do livro de Plácido
Aderaldo Castelo, História do Ensino no Ceará, editado pelo
Departamento de Imprensa Oficial do Ceará, em 1970, e uma série
de artigos publicados em sua revista, em fases anteriores, sobre
capítulos da história colonial e o ensino jesuítico, organização das
primeiras instituições escolares no século XIX e a reforma
educacional de 1922. Afora isso, tínhamos um estudo sobre o
Sistema educacional cearense, de autoria de Joaquim Moreira de
Sousa, realizado a pedido do Centro Regional de Pesquisas
Educacionais do Recife/INEP/Ministério da Educação, em meados
do século XX.
Após esse levantamento preliminar de fontes historiográficas
locais, realizamos uma releitura da Reforma Educacional de 1922,
conhecida como Reforma Lourenço Filho, inspirada nas idéias da
Escola Nova. Através dela, salientamos a contribuição dos
intelectuais e educadores cearenses para o delineamento daquela
importante reforma da instrução pública, cuja interpretação corrente,
no nível local e nacional, considerava-a um resultado da ação
iluminada e solitária do missionário paulista. Por meio de jornais da
imprensa fortalezense da época e do arquivo privado do então
diretor da Escola Normal do Ceará, o médico e professor João
Hippólyto de Azevedo e Sá, pudemos localizar um movimento local
em prol da reforma da instrução, que antecedeu e inspirou o convite
encaminhado pelo governo estadual de Justiano de Serpa ao de
São Paulo, solicitando a vinda de um pedagogo com experiência na
reforma ensaiada ali por Sampaio Dória. Essa primeira empreitada
resultou em tese apresentada ao concurso público de professor
titular da nossa universidade, em 1998, cujos examinadores
externos foram as historiadoras Clarice Nunes, do Rio de Janeiro, e
Marta Carvalho, de São Paulo, em função da repercussão positiva
do trabalho por elas realizado e divulgado na área, por ocasião dos
encontros anuais da ANPED e publicações de circulação nacional.
Aprovada naquele exame, essa tese foi publicada sob o título João
Hippolyto de Azevedo e Sá – O Espírito da Reforma Educacional de
1922 no Ceará, pelas Edições UFC, em 2000. Crescia, ainda mais,
o nosso propósito de continuar investigando a história educacional
do Ceará, sabendo que se tratava, na realidade, de um programa de
pesquisa que necessitaria de um grupo consolidado para que
tivesse maior amplitude e continuidade.
Começamos a acolher projetos de pesquisa voltados para a área
de história educacional, nos cursos de mestrado e doutorado da
nossa Faculdade de Educação. O primeiro deles foi recebido em
1996, e concebido por Milton Ramon Pires de Oliveira, professor da
Universidade Federal de Viçosa, que resultaria na tese Formar
Cidadãos Úteis: os patronatos agrícolas e a infância pobre na
Primeira República, estudo pioneiro, publicado em 2003, pela
editora da Universidade de São Francisco. Com a orientação desse
trabalho, ficávamos com a percepção clara de que a história
educacional que precisávamos privilegiar não deveria ficar restrita
ao território cearense, vendo-o, a partir dali, muito mais como lugar
de trânsito de idéias educacionais e ações políticas do que como
unidade político-administrativa da federação brasileira.
Outros projetos de tese e dissertação, por nós acolhidos,
mostravam, também, a necessidade de sairmos a perseguir as
marcas de nossa história educacional para além da capital,
Fortaleza, que, ao ter abrigado a criação do Liceu e Escola Normal
do Ceará, no século XIX, ficara como centro das nossas atenções,
desde o primeiro momento. Em muito contribuiu para a
interiorização dos nossos interesses de pesquisa a experiência da
nossa, então, mestranda Maria das Graças de Loiola Madeira, que,
ao concluir a sua dissertação Uma incursão na memória da
educação cearense: a experiência da Escola de Aprendizes Artífices
do Ceará (1910-1918), em 1997, deixou Fortaleza, para percorrer os
sertões nordestinos, em busca de pistas sobre a ação educativa do
Padre Ibiapina. Dessa empreitada, resultou a tese Entre orações,
letras e agulhas: a pedagogia feminina das Casas de Caridade do
Padre Ibiapina – Sertão cearense (1855-1883), defendida em 2003.
Encontramos abrigo inicial no núcleo de Política Educacional do
nosso programa, onde permanecemos, nos primeiros anos, por falta
de um número maior de docentes na área. Em 2001, com a
cooperação do professor Gerardo Vasconcelos, da Faced/UFC, cuja
tese de doutorado versara sobre a memória de familiares de presos
políticos no Ceará, pudemos criar o Núcleo de História e Memória
da Educação. Contávamos já com um grupo de mais de uma
dezena de pesquisadores, quando a mestranda e historiadora
Silvana de Sousa Pinho – atraída que fora, por nossa experiência,
para tratar sobre o papel da imprensa local na reforma educacional
de 1922, e escrevia sobre Política e Espetáculo: a reforma da
instrução de 1922 através da imprensa cearense, defendida em
2004 – sugeriu, numa reunião do nosso grupo de pesquisa, que
realizássemos um encontro em que os projetos de pesquisa já
concluídos e em andamento pudessem ser apresentados e
apreciados por um público de pesquisadores das áreas de
educação e história. Realizado em 2002, no auditório da biblioteca
do Centro de Humanidades da UFC, no campus do Benfica, o I
Encontro Cearense de Historiadores da Educação teve cerca de
uma centena de inscrições e contou com a participação do
historiador Jorge Nagle, como nosso palestrante convidado e
observador externo. As palestras e as quase duas dezenas de
experiências de pesquisa dos nossos alunos de mestrado e
doutorado ali apresentados, foram reunidos no livro História e
Memória da Educação no Ceará, publicado pela Imprensa
Universitária da UFC, em 2002. O conjunto dos trabalhos rastreava
a ação do poder público e da igreja católica na edificação do
sistema educacional cearense, em Fortaleza e no interior, nos
séculos XIX e XX.
O fato de que recebíamos, em nosso grupo de pesquisa, alunos e
alunas oriundos de instituições de ensino superior das regiões Norte
e Nordeste do país, diversificava o alcance temático, temporal e
espacial de nossos estudos. Ilustrativos disso são a experiência de
dissertação de mestrado de Lucélia de Morais Braga Bassalo, vinda
do Pará, onde iniciara a sua preocupação de pesquisa, para ampliá-
la, com base na localização de um conjunto expressivo de manuais
afetos à área estudada, na Biblioteca Nacional, sobre Os saberes
em torno da Educação Sexual na primeira metade do século XX no
Brasil, defendida em 1999, e a tese de António de Pádua Carvalho
Lopes, professor da Universidade Federal do Piauí, sob o título
Superando a Pedagogia Sertaneja: Grupo Escolar, Escola Normal e
Modernização da Escola Pública Piauiense (1908-1930), concluída
em 2001.
Ao lado da orientação de dissertações e teses, procurávamos
garantir uma oferta regular de seminários e disciplinas de formação
em teoria e metodologia de pesquisa histórica, acompanhando o
debate epistemológico contemporâneo, em especial, aquele relativo
às diferenças entre Velha e nova história, História nacional e local,
Historiografia local, nacional e internacional; História educacional
comparada, Biografia e autobiografia, História e memória, Tempo e
narrativa, História de longa duração e história do presente.
Atentávamos ainda para a questão do alcance das recomendações
metodológicas contidas nos autores europeus, em face da situação
específica de conservação e uso dos nossos arquivos; da lida e
leitura das fontes de pesquisa em história, fazendo a distinção e o
entrelaçamento entre fontes escritas, orais, jornalísticas e
iconográficas. A escrita da história nos interessava sobremaneira
como etapa de consolidação de resultados e configuração narrativa
e interpretativa das pesquisas realizadas pelo grupo.
As reuniões semanais do nosso núcleo de pesquisa, como ocorre
até hoje, foram sendo perfiladas de modo a abarcar atividades
diversificadas, que envolviam apresentação e discussão de projetos
e problemas de pesquisa, palestrantes convidados, defesas de
dissertações e teses, encaminhamento de comunicações para
apresentação em encontros locais, regionais, nacionais e
internacionais; organização de nossas publicações e do nosso
evento anual. A participação e envolvimento em tantas atividades
contribuía para a formação de um sentimento de pertença grupal em
nossos pesquisadores, constituído por professores, alunos
matriculados no nosso Programa de Pós-Graduação, alunos
especiais, alunos da graduação em pedagogia e história, bem como
de ouvintes. Entre os nossos alunos, estavam professores das
demais universidades cearenses: UECE (Universidade Estadual do
Ceará), UVA (Universidade do Vale do Acaraú) e URCA
(Universidade Regional do Cariri). Com a ajuda deles, como é o
caso de José Edvar Costa de Araújo e Zuleide Fernandes de
Queiroz, pudemos partir para uma estratégia de interiorização de
nossos encontros de pesquisa, e de incentivo à abertura de novos
núcleos de pesquisa em história educacional nas citadas
universidades.
A partir do primeiro encontro, tivemos a entrada de mais dois
professores no Núcleo de História e Memória Educacional: José
Arimatea Barros Bezerra e Rui Martinho, o que nos reforçou com
relação ao aumento da oferta de vagas nas seleções anuais para o
mestrado e doutorado, bem como em potencial de trabalho.
Pudemos sentir um maior envolvimento dos nossos alunos, tanto
com a realização de suas pesquisas pessoais, como nas atividades
do próprio núcleo, mostrando-se eles mais autônomos e seguros,
fazendo-nos perceber a força pedagógica daquele evento. O II
Encontro Cearense dos Historiadores da Educação foi realizado
novamente no campus do Benfica, em Fortaleza, em maio de 2003.
Nele, houve uma duplicação do número de comunicações e de
participantes em relação ao ano anterior. O encontro teve como
palestrante convidada a professora Carlota Boto, da USP. As
palestras e comunicações ali realizadas foram publicadas no livro
Biografias, Instituições, Idéias, Experiências e Políticas
Educacionais, pelo Selo Diálogos Intempestivos, da Editora da UFC,
no mesmo ano. As comunicações se referem ao tema de pesquisa
de teses e dissertações, bem como a achados paralelos relativos à
história educacional do Ceará.
Algumas dissertações e teses desenvolvidas no nosso núcleo
naquele período, com o apoio financeiro da CAPES, CNPQ e
FUNCAP, merecem ser destacadas, a começar pela tese de
Francisca Argentina Góis de Barros, professora da Universidade
Federal de Sergipe, tratando de Pedro Américo de Figueiredo e
Melo: o pensamento educacional do artista, que veio a ser
defendida em 2006, cuja pesquisa de fontes documentais envolveu
busca no Arquivo Nacional e em Florença, na Itália, onde viveu o
protagonista enfocado, professor da Escola Imperial de Belas Artes,
no Rio de Janeiro; a tese de doutoramento de Valéria Maria
Sampaio Mello sobre a Intervenção e influência norte-americana
sobre a cultura e educação japonesa e brasileira no pós-Segunda
Guerra Mundial: o despertar da memória pela oralidade, também
concluída em 2006, que exigiu consultas a acervos documentais e
fontes orais, em São Paulo e Tóquio, no Japão. As duas teses foram
vinculadas a uma de nossas linhas de pesquisa, no caso, Educação
Comparada, e contaram com o apoio financeiro do CNPQ, FUNCAP
e de uma instituição japonesa.
Outras teses mereceriam destaque, no âmbito da história das
instituições escolares: a de Francisco Ari de Andrade, sobre O
ensino superior no itinerário político do Aciolismo: a ação
pedagógica da Faculdade Livre de Direito do Ceará, no período de
1903 a 1912, defendida em 2005; a de Zuleide Fernandes de
Queiroz, sob o título Em cada sala um rosário, em cada quintal uma
oficina: o tradicional e o novo na história da educação tecnológica
do Cariri; a de Vanda Magalhães Leitão, sobre Narrativas
silenciosas de caminhos cruzados: história social de surdos no
Ceará, ambas concluídas em 2003. Algumas dissertações de
mestrado enfocaram a história das instituições escolares mais
antigas do Ceará: o Liceu do Ceará e a Escola Normal. Francisco
Sales da Cunha Neto analisou Práticas de disciplinamento no Liceu
do Ceará, nos anos 1937 a 1945, defendida e publicada, em
Fortaleza, em 2005; Júlio Filizola Neto tratou do Liceu do Ceará e as
políticas educacionais: a desconstrução de uma referência do
ensino público (1960-1975), concluída em 2000; Maria Goreth Lopes
Pereira abordou A Escola Normal do Ceará: Luzes e modernidade
contra o atraso na terra da seca (1884-1922), finalizada em 2001; e
a de José Nunes Guerreiro, Instituto de Educação do Ceará e a
Reforma Lauro de Oliveira Lima (1958-1962), defendida em 2003.
O III Encontro Cearense de História Educacional ocorreu em
Sobral, no campus universitário da Universidade Vale do Acaraú, em
2004. Envolveu apoio integral daquela universidade em cooperação
institucional com a UFC e a Prefeitura de Sobral. Sob o tema
“Instituições, Protagonistas e Práticas”, recebeu comunicações
relativas à história educacional do Ceará e, em particular, da região
do Vale do Acarau. Contou com a presença de três palestrantes de
expressão local, regional e nacional: Francisco Sadoc de Araújo,
historiador local e criador da UVA; Maria do Amparo Borges Ferro,
uma das primeiras historiadoras da educação do Nordeste e
professora da Universidade Federal do Piauí; e José Gonçalves
Gondra, então coordenador do GT de história da educação da
ANPED. Os trabalhos ali apresentados foram reunidos e publicados
no livro História da Educação: instituições, protagonistas e práticas,
pela Coleção Diálogos Intempestivos, das Edições UFC, em 2005. A
sistemática dos encontros e livros deles resultantes possibilitaram
uma maior divulgação de nossas pesquisas, e favoreceram uma
crescente aproximação interinstitucional das universidades
cearenses e nordestinas. Em função disso, cresceu a demanda nas
seleções de mestrado e doutorado do nosso núcleo, que passou a
atrair candidatos do Ceará e regiões Norte e Nordeste. Os
encontros passaram a receber, ainda, inscrições de pesquisadores
de outras áreas, interessados em vincular as suas temáticas ao
campo da história educacional, como é o caso de Movimentos
Sociais, Currículo e Afrodescendência. Essa última faceta propiciou
aos nossos eventos uma maior abertura para questões relativas ao
âmbito da história cultural brasileira, que, além do mais, eram
necessárias para que examinássemos a educação dos iletrados,
não contemplada pela escola.
Desse período, as propostas de algumas teses merecem ser
destacadas: Educação e conservadorismo – as cartas pastorais de
Dom Aureliano Matos para a Diocese do Vale do Jaguaribe (1940-
1965), de Raimundo Elmo de Paula Vasconcelos Junior, concluída
em 2005; a de José Edvar Costa de Araújo, sobre a atuação da
Igreja católica na criação de instituições escolares no Vale do
Acarau; a de Josier Ferreira da Silva, que enfoca a influência da
Igreja católica na educação do Cariri; a de Júlio Filizola Neto, sobre
as idéias filosóficas e percurso biográfico do professor cearense
Farias Brito, entre os séculos XIX e XX, que estão em andamento,
ao lado de outros projetos de pesquisa. Essas investigações
mostram o papel do ensino religioso e das idéias filosóficas e
pedagógicas na edificação do meio e do sistema educacional
cearense e de sua convivência com a ação do Estado e do ensino
laico; evidenciam, ainda, a necessidade de um cruzamento de
fontes documentais e orais para a reconstrução de nossa história
educacional, quando diz respeito ao século XX.
O IV Encontro Cearense de Historiadores da Educação ocorreria
na cidade do Crato, mas, por motivos de organização política interna
da Universidade Regional do Cariri, no ano de 2005, foi realizado
novamente no campus do Benfica, no auditório da biblioteca do
Centro de Humanidades da UFC, sob a coordenação do professor
José Arimateia Barros Bezerra. Teve um volume considerável de
trabalhos e participantes inscritos e contou com a presença de um
palestrante convidado da Universidade Federal da Paraíba, o
professor Wojciech Andrzej Kuleszka. O livro do encontro ainda não
foi publicado, em razão de dificuldades de financiamento e de
reorganização interna do nosso núcleo, conforme já foi relatado no
livro História da Educação no Nordeste Brasileiro, publicado pelas
Edições UFC e organizado por José Gerardo Vasconcelos e Jorge
Carvalho do Nascimento, que reuniu as palestras do V Encontro
Cearense de Historiadores da Educação. Este evento foi realizado
na cidade serrana de Guaramiranga, em 2006, juntamente com o I
Encontro Norte/Nordeste de História Educacional, a pedido da
Sociedade Brasileira de História da Educação. Nele, retomamos o
propósito de itinerância e interiorização que nos movera quando de
sua realização em Sobral, dois anos antes, por razões diversas e
relevantes, tanto do ponto de vista político, quanto pedagógico e
científico. A adesão das prefeituras e de seus órgãos de educação e
cultura, ao sediarem os nossos encontros, favorece a sua
realização, pelo apoio logístico, e nos estimula a descobrir e
pesquisar mais ricamente as suas histórias educacionais,
propiciando um contato mais direto com os seus patrimônios
históricos consubstanciados na arquitetura, acervos documentais do
poder público, cartorial e paroquial. Permite a identificação e
formulação de iniciativas de pesquisa histórica local, estudos e
publicações de memorialistas, aproximação dos professores e
alunos das redes municipais de ensino, bem como a formação de
grupos de preservação da memória local e regional; formação de
redes de pesquisadores das diversas universidades cearenses e
entre outras universidades nordestinas.
Em 2007, realizamos o VI Encontro Cearense de Historiadores da
Educação, juntamente com o I Colóquio Internacional de História da
Educação, na cidade do Aracati. O evento reuniu quase 800
participantes e dezenas de palestrantes convidados, do que resultou
o livro Interfaces Metodológicas na História da Educação,
organizado pelos professores e pesquisadores José Gerardo
Vasconcelos (NHIME/UFC), Raimundo Elmo de Paula Vasconcelos
Júnior (UECE), Zuleide Fernandes de Queiroz (URCA) e José Edvar
Costa de Araújo (UVA) que foi publicado na Coleção Diálogos
Intempestivos, pela Edições UFC, no ano de 2006,
antecipadamente, para ser lançado por ocasião de sua realização,
juntamente com um CD-Rom com o conjunto de comunicações
inscritas no evento. Teve, entre os seus palestrantes convidados, os
pesquisadores Justino Pereira de Magalhães (Universidade de
Lisboa/Portugal), Teresa Laura Artieda (Universidad Nacional del
Nordeste/ Chaco/Argentina), Elizeu Clementino de Souza
(Universidade Estadual da Bahia), Jorge Carvalho do Nascimento
(Universidade Federal de Sergipe), Shara Jane Holanda Costa Adad
(Universidade Estadual do Piauí) e Almir Leal de Oliveira
(Departamento de História da UFC). Os demais palestrantes
integram o NHIME e sua rede interinstitucional de pesquisadores no
Ceará.
Os eventos de Sobral, Guaramiranga e Aracati viram chegar
algumas caravanas de mestrandos e graduandos/pesquisadores da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade
Federal do Piauí, integrantes do grupo de pesquisa da historiadora
Maria do Amparo Borges Ferro; da Universidade Regional do Cariri,
integrantes do grupo de pesquisa organizado pela historiadora
Zuleide Fernandes de Queiroz e da Universidade do Vale do
Acaraú, do grupo de pesquisa organizado por José Edvar Costa de
Araújo. Esse fato indica a crescente ampliação da área de história
educacional no Ceará e a aproximação de diversos grupos de
pesquisadores das universidades nordestinas, além da procura de
novos alunos atraídos pela área, programas de pós-graduação da
UFC e de outras universidades da região. O VII Encontro Cearense
de Historiadores da Educação realizado na cidade de Barbalha, no
sul do Ceará, em maio de 2008, foi aberto à participação dos
pesquisadores da área no Rio de Janeiro e outros lugares, que
queiram participar conosco da alegria que nos traz esse movimento
em prol da história e memória da educação, que tem brotado, entre
períodos secos e invernosos, no Ceará, porque, certamente, lhe
fazia falta e, quem sabe, deixou aqui uma rica semente o historiador
do Brasil, Capistrano de Abreu, nascido em Maranguape, no século
XIX.
No começo, quando dávamos os primeiros passos no campo da
história educacional, nossos trabalhos voltavam dos comitês
científicos da ANPED com pareceres negativos que apontavam para
a nossa fragilidade teórica e metodológica. Por essa razão,
entendemos, naquela altura, que, se não tínhamos a “qualidade”
esperada para aquele importante evento de envergadura nacional,
deveríamos investir mais na nossa formação como pesquisadores
da história social e cultural. Ao completar dez anos de percurso, o
NHIME nos mostra que tudo tem valido demais a pena. Quando
deixamos de nos ocupar com a lamúria ressentida das dificuldades
que encontrávamos, para ter os nossos trabalhos aceitos na
ANPED, investimos em nossa participação nos seus encontros
regionais (EPENN) e criamos um evento local e regular, no qual
pudéssemos discutir e publicar os resultados de nossas pesquisas e
inserir essa dinâmica no processo de formação de pesquisadores
dos nossos cursos de graduação, mestrado e doutorado. Colocar
iniciantes e pesquisadores mais experientes na organização dos
nossos encontros de pesquisa e sentá-los, lado a lado, em nossos
mesas de comunicação e debate de pesquisa, tem acelerado em
muito o crescimento intelectual, refinamento metodológico,
envolvimento com a área e desenvolvimento de uma auto-estima
positiva em todos eles. Trata-se, assim, de um evento que, se por
um lado, tem o sentido pedagógico de um rito de iniciação ao
mundo da pesquisa social e histórica, por outro lado constitui mais
do que um acontecimento científico, pelo seu contorno de
“movimento social”, por estimular a colaboração solidária, quantas
vezes voluntária, entre pesquisadores e instituições várias e ter na
sua itinerância e interiorização dois mecanismos que lhe imprimem
um atraente dinamismo.
O fato de que essa construção tenha agora algum
reconhecimento de nossos pares e entidades de associação muito
nos honra. Estarmos aqui hoje, nesta mesa-redonda, como
palestrantes convidados, comunicando a nossa experiência no
interior do I Encontro de História da Educação do Estado do Rio de
Janeiro, ao lado de Maria Helena Camara Bastos, do Rio Grande do
Sul, e Luciano Mendes de Faria Filho, de Minas Gerais, é motivo de
grande satisfação. Para encerrar este relato, gostaria de agradecer
o convite que nos foi endereçado, através de José Gonçalves
Gondra e Claudia Alves, e congratular os organizadores deste
evento por tão importante iniciativa, cujos desdobramentos irão, sem
sombra de dúvidas, fortalecer os laços institucionais entre os
historiadores da educação do Rio de Janeiro, bem como atrair
novos pesquisadores e olhares sobre suas reconhecidas tradições
históricas, culturais e científicas. Quem sabe não haveremos de nos
encontrar novamente com alguns dos presentes, daqui a algum
tempo? O convite está feito e a nossa acolhida será mais do que
certa. A todos vocês, o nosso muito obrigada!
Referências
LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. Projeto
História, São Paulo, n. 17, p. 63-201, nov. 1998.
ROUSSO, Henry. A memória não é mais o que era. In: AMADO,
Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). Usos e abusos da
história oral. Rio de Janeiro: FGV, 1996. p. 93-102.
Como todos os textos, este também contém algumas assinaturas invisíveis. No entanto,
uma delas merece ser iluminada e esta é a forma que encontrei para agradecer ao José
Cláudio Sooma da Silva pelas leituras cuidadosas e generosas que fez de versões
anteriores a esta.
Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Um mapa importante da produção recente da história da educação no Brasil pode ser
conferido em Gondra (2005).
Trata-se do Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, cuja sétima edição
ocorreu na Cidade do Porto, em 2008.
Trata-se do Congresso Iberoamericano de Historia de la Educación Latinoamericana, cuja
oitava edição aconteceu em 2007, em Buenos Aires.
Trata-se da International Studyng Conference for History Education, cuja 29ª edição
ocorreu em 2007, em Hamburgo.
A professora Ana Waleska Mendonça (PUC-Rio) ocupou a tesouraria e vice-presidência e
a professora Libânia Nacif Xavier (UFRJ), a secretaria da Sociedade Brasileira de História
da Educação. Na última gestão, a regional Sudeste da SBHE foi coordenada pela
professora Claudia Alves (UFF).
Trata-se da professora Clarice Nunes (UFF/UERJ) e do professor José Gonçalves Gondra
(UERJ).
Profa. Dra. Ana Waleska Pollo Campos Mendonça – PUC Rio, Profa. Dra. Claudia Alves –
UFF, Prof. Dr. José Gonçalves Gondra – UERJ, Profa. Dra. Libânia Nacif Xavier – UFRJ e
Profa. Dra. Nailda Marinho da Costa Bonato – UNIRIO.
Chrystina Venâncio Mignot – UERJ, Ana Lúcia Cunha Fernandes – UFRJ, Ângela Maria
Souza Martins – UNIRIO, Dácio Tavares Lobo Junior – UFF, Heloisa de Oliveira Santos
Villela – UFF, Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho – UNIRIO, Luiz Reznik – PUC-
RIO/UERJ, Mirian Waidenfeld Chaves – UFRJ, Silvia Alicia Martinez – UENF, Sônia
Câmara – UERJ, Tereza Fachada Levy Cardoso– CEFET e Yolanda Lobo – UENF
Inicialmente convidado, o professor Manoel Luís Salgado Guimarães (UFRJ/UERJ) teve
imprevisto pessoal e não pôde comparecer a essa sessão.
Até o início do evento, contabilizamos 49 inscritos como ouvintes no evento.
Dos 207 resumos aprovados, foram 185 na modalidade Comunicação e 22 na modalidade
Pôster. Quarenta e seis autores não remeteram trabalho completo (comunicações orais e
pôsteres) no prazo solicitado, de modo que os mesmos pudessem ser incorporados ao CD-
Rom do I EHED-RJ.
Agradeço o auxílio de Madison Oliveira Moraes (bolsista IC-CNPq) e Kelly Pereira Pinho
(Bolsista EIC- UERJ) na realização deste levantamento. No CD há 161 trabalhos, mas até
o momento deste levantamento só dispunha de 133. Para uma visão dos trabalhos
completos e de sua distribuição pelos eixos, cf anexo 1.
Para acessar os trabalhos apresentados nas edições do Rio de Janeiro (2000), Natal
(2002), Curitiba (2004) e Goiânia (2006), cf. <www.sbhe.org.br>.
ANEXO 1
Do total de 207 trabalhos aprovados, foram para o CD 161 textos
completos, considerando as comunicações e pôsteres, com a
seguinte distribuição por eixo temático:
- Eixo 1 (Movimentos sociais e luta por escola): 17
- Eixo 2 (Imprensa, impressos e Educação): 10
- Eixo 3 (Profissão docente): 21
- Eixo 4 (Intelectuais e idéias pedagógicas): 11
- Eixo 5 (Historiografia da Educação e fontes): 16
- Eixo 6 (História da infância e da Educação infantil): 12
- Eixo 7 (História das disciplinas escolares): 15
- Eixo 8 (Políticas educacionais): 29
- Eixo 9 (Instituições escolares, culturais e científicas): 19
- Eixo 10 (Cultura escolar e práticas educativas): 11