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SUPER FICHA MDM HISTÓRIA

Prof. Silvio Joaquim

1) (Enem/2017) Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob


controle das correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado.
Mas a tentativa fracassou. Além do governo, a própria base dessas organizações
pressionou pela legalização. Vários benefícios, como as férias e a possibilidade de
postular direitos perante às Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição
de ser membro de sindicato reconhecido pelo governo.

FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado,
2002 (adaptado).

No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical
foi caracterizada

a) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas.

b) por um diálogo democraticamente constituído.

c) pelas benesses sociais do getulismo.

d) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado

e) por uma legislação construída consensualmente.

2) (Enem/2017) Estão aí, como se sabe, dois candidatos à presidência, os senhores


Eduardo Gomes e Eurico Dutra, e um terceiro, o senhor Getúlio Vargas, que deve ser
candidato de algum grupo político oculto, mas é também o candidato popular. Porque
há dois “queremos”: o “queremos” dos que querem ver se continuam nas posições e o
“queremos” popular… Afinal, o que é que o senhor Getúlio Vargas é? É fascista? É
comunista? É ateu? É cristão? Quer sair? Quer ficar? O povo, entretanto, parece que
gosta dele por isso mesmo, porque ele é “à moda da casa”.

A Democracia. 16 set. 1945. apud GOMES. A.C.; D’ARAÚJO, M. C. Getulismo e


trabalhismo. São Paulo: Ática. 1989.

O movimento político mencionado no texto caracterizou-se por

a) demandar a confirmação dos direitos trabalhistas.

b) apoiar a permanência da ditadura estadonovista.

c) resgatar a representatividade dos sindicatos sob controle social.

d) reivindicar a transição constitucional sob influência do governante.

e) reclamar a participação das agremiações partidárias.


3) (PUC-Campinas)

A caricatura revela um momento da chamada "era de Vargas", quando Getúlio


preparava-se para

a) assumir a presidência da República, após a sua eleição indireta pela Assembleia


Constituinte.

b) liderar um golpe militar, instaurando um período histórico conhecido por Estado


Novo.

c) disputar as eleições diretas para a presidência da República, no contexto da


redemocratização do país.

d) executar os princípios do Plano Cohen, visando impedir o avanço dos comunistas e


dos integralistas ao poder.

e) comandar uma revolução constitucionalista, contra a oligarquia do setor


agroexportador.

4) (Enem/2017) Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram


aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das
mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras importa pouco,
pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter
determinado efeito”.

CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In:


PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo
fundamental à propaganda política, na medida em que visava

a) conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.

b) ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.

c) aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.

d) estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.

e) alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.

5) (Enem/2018)

Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante a vigência do Estado Novo com o
intuito de

a) destacar a sabedoria inata do líder governamental.

b) atender a necessidade familiar de obediência infantil.

c) promover o desenvolvimento consistente das atitudes solidárias.

d) conquistar a aprovação política por meio do apelo carismático.

e) estimular o interesse acadêmico por meio de exercícios intelectuais.

6) “Visto que, de fato, a Constituição de 1946 estabeleceu normas e medidas para a


instalação de uma estrutura democrática no país, dando ensejo a uma abertura do
processo político nos dezoito anos subsequentes, ao observador mais descuidado a
redemocratização pode parecer mais radical do que na realidade o foi.”

SOUZA, Maria do Carmo Campello de. Estado e Partidos Políticos no Brasil (1930-
1964). São Paulo: Alfa-Omega, 1976, p. 105.
Com base nas afirmações contidas no texto, é possível afirmar que

A) A redemocratização iniciada em 1945 perdeu sua radicalidade por ter sido apenas
um ritual político, vazio de efetivos partidos.

B) A redemocratização de 1945 só pôde existir em função da criação de três novos


grandes partidos políticos, totalmente independentes de vínculos com o Estado Novo: o
PSD, a UDN e o PTB.

C) O retorno do pluripartidarismo e de eleições diretas foi superposto à estrutura


herdada do Estado Novo, marcada pelo sindicalismo corporativista e pelo sistema de
interventorias.

D) A redemocratização não foi radical devido à preponderância que teve, junto a ela, a
União Democrática Nacional (UDN), partido formado com o beneplácito de Vargas.

E) A hipertrofia do Poder Legislativo foi uma das consequências da redemocratização.

7) (Enem 2011) “A consolidação do regime democrático no Brasil contra os


extremismos da esquerda e da direita exige ação enérgica e permanente no sentido do
aprimoramento das instituições políticas e da realização de reformas corajosas no
terreno econômico, financeiro e social.”

Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) – 1957.

“Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um governo nacionalista e


democrático, com participação dos trabalhadores para a realização das seguintes
medidas: a) Reforma bancária progressista; b) Reforma agrária que extinga o latifúndio;
c) Regulamentação da Lei de Remessas de Lucros.”

Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) – 1962.

BONAVIDES, P; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil. Brasília: Senado


Federal, 2002.

Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo significado de termos usados no debate
político, como democracia e reforma. Se, para os setores aglutinados em torno da UDN,
as reformas deveriam assegurar o livre mercado, para aqueles organizados no CGT, elas
deveriam resultar em

A) Fim da intervenção estatal na economia.

B) Crescimento do setor de bens de consumo.

C) Controle do desenvolvimento industrial.

D) Atração de investimentos estrangeiros.

E) Limitação da propriedade privada.


8) (Fuvest)

“Bota o retrato do velho outra vez

Bota no mesmo lugar

O sorriso do velhinho

Faz a gente se animar, oi

Eu já botei o meu

E tu não vais botar?

Já enfeitei o meu

E tu vais enfeitar?

O sorriso do velhinho

Faz a gente trabalhar”

(RETRATO DO VELHO, de Mário Pinto e Haroldo Lobo)

Esse samba, muito popular na época, foi utilizado como instrumento de propaganda
pelo movimento político que visava o retorno do seu líder. Identifique esse movimento
e seu líder.

A) Jacobinismo e Floriano Peixoto.

B) Monarquismo e D. Pedro II.

C) Janismo e Jânio Quadros.

D) Queremismo e Getúlio Vargas.

E) Tenentismo e Luís Carlos Prestes.

9) (FGV-SP) “(...) eu comecei a defender a tese que me valeu o título de golpista e até
de fascista. Comecei a defender a tese de que a eleição de outubro de 55 – a sucessão de
Café Filho – não poderia ser realizada com a lei eleitoral em vigor, toda cheia de
defeitos (...)”

(Carlos Lacerda, apud José Dantas Filho e Francisco F. M. Doratioto, A República


bossa-nova – A democracia populista (1954-1964))

Entre os “defeitos” da lei eleitoral em vigor entre 1946 e 1964, é correto apontar
A) A proibição de coligações eleitorais para os cargos majoritários, que tornou comum
as traições partidárias, nas quais um candidato ao executivo apoiava um candidato a
parlamentar de outro partido.

B) A realização de eleições gerais a cada quatro anos, em todos os níveis, que


potencializava a importância da eleição presidencial e retirava a atenção dos pleitos
estaduais e das casas legislativas.

C) As cláusulas de barreira para as agremiações partidárias, que inviabilizavam a


formação de partidos efetivamente nacionais, o que impediu o crescimento dos
principais partidos, a UDN e o PSD.

D) As inesgotáveis polêmicas que marcavam as eleições presidenciais, pois a prática do


segundo turno era considerada inconstitucional pelos partidos mais progressistas,
especialmente o PTB.

E) A votação em separado dos candidatos à presidência e à vice-presidência, que não


precisavam ser da mesma coligação partidária, o que poderia ocasionar a escolha
popular de candidatos com projetos políticos bem diversos.

10) Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos aspectos da


estrutura econômica e social constituída nos séculos anteriores. Noutros termos, no final
do século XIX e início do XX, conviveram, simultaneamente, transformações e
permanências históricas. (Francisco de Oliveira. Herança econômica do Segundo
Império, 1985.) O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada
por permanências e mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano,
iniciado em 1889 e que se estendeu até 1930, foi caracterizado:

A) Pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens


duráveis e de capital.

B) Por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado


pelos antigos monarquistas.

C) Pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos


primários.

D) Pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos


operários anarquistas.

E) Pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos
manufaturados.

11) (FUVEST) Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita


Filho escreveu:

“... A POLÍTICA SE ORIENTA NÃO MAIS PELA VONTADE POPULAR


LIVREMENTE MANIFESTA, MAS PELOS CAPRICHOS DE UM NÚMERO
LIMITADO DE INDIVÍDUOS SOB CUJA PROTEÇÃO SE ACOLHEM TODOS
QUANTOS PRETENDEM UM LUGAR NAS ASSEMBLÉIAS ESTADUAIS E
FEDERAIS”. (A CRISE NACIONAL, 1925.)

De acordo com o texto, o autor:

A) Critica a autonomia excessiva do poder legislativo.

B) Propõe limites ao federalismo.

C) Defende o regime parlamentarista

D) Critica o poder oligárquico.

E) Defende a supremacia política do sul do país.

12) Em 1891 foi promulgada a primeira Carta Constitucional da República. Esta


constituição caracterizava-se pela eleição direta em todos os níveis, todavia a alguns
segmentos sociais foi negado o direito do voto.

Estavam impedidos de votar:

A) Os analfabetos, as mulheres, os pobres (voto censitário) e os religiosos.

B) Os analfabetos, as mulheres, os soldados e os menores de idade.

C) Os analfabetos, as mulheres, os soldados e os menores de dezesseis anos.

D) Os religiosos, as mulheres, os camponeses e os menores de idade.

E) Os religiosos, os camponeses, os menores de idade e os soldados.

13) (UERJ) Um dos documentos mais curiosos para a história da grande data de 15 de
novembro, consiste, a nosso ver, no aspecto inalterável da rua do Ouvidor, nos dias 15,
16 e 17, onde, a não ser a passagem das forças e a maior animação das pessoas, dir-se-ia
nada ter acontecido. Tão preparado estava o nosso país para a República, tão geral foi o
consenso do povo a essa reforma, tão unânimes as adesões que ela obteve, que a rua do
Ouvidor, onde toda a nossa vida, todas as nossas perturbações se refletem com
intensidade, não perdeu absolutamente o seu caráter de ponto de reunião da moda.

(THOME, J. Crônica do Chic – 1889. Apud PRIORE, M. D. et al. Documentos de


História do Brasil de Cabral aos Anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. Adaptado.)

“Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República,


manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime.
Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos
acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava,
julgando ver uma parada militar.”

(CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São


Paulo: Companhia das Letras, 1987.)
Nos textos apresentados, encontram-se as opiniões de dois observadores do fim do
século XIX – José Thome e Aristides Lobo – a respeito da Proclamação da República.
A divergência entre as posições dos autores sobre o evento refere-se ao seguinte
aspecto:

A) Ideário republicano.

B) Reação da população.

C) Caráter elitista do movimento.

D) Caracterização política do regime.

E) Pensamento monarquista.

14) (UERJ) A chamada República dos Governadores, que caracterizou a Primeira


República no Brasil, tinha por objetivo a manutenção da estrutura agroexportadora. Um
dos mecanismos utilizados, naquela época, para preservar a oligarquia
predominantemente cafeeira foi:

A) A utilização do voto aberto.

B) A revalidação do Poder Moderador.

C) A instituição da Guarda Nacional.

D) O estabelecimento da Lei de Terras.

E) A adoção de uma política abolicionista.

15) (Enem PPL 2020) Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio
do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às
autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em
ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos
aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.

SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai. Rio


de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.

Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o descontentamento


com a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos

A) Pais, pela separação forçada dos filhos.

B) Cativos, pelo envio compulsório ao conflito.

C) Religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.

D) Oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.


E) Senhores, pela perda do investimento em mão de obra.

16) (Enem Digital 2020) Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D.


Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e ela
sancionou a lei seguinte:

Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.

Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida


lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se
contém.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67° ano da Independência e


do Império.

Princesa Imperial Regente.

Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).

Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)

A) Abandono de propostas de imigração.

B) Fracasso do trabalho compulsório.

C) Manifestação do altruísmo britânico.

D) Afirmação da benevolência da Corte.

E) Persistência da campanha abolicionista.

17) (Enem PPL 2010) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um
teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de
uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não
venceria nunca.

LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Indepedência à Guerra do Paraguai. BETHELL,


Leslie (Org). História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo:
EDUSP, 2004.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois

A) Representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira


ordem.
B) Confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina.

C) Concretizou a emancipação dos escravos negros.

D) Incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.

E) Solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas.

18) (Enem PPL 2010) A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava
teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas
apossibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa caso típico de São Paulo
desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante.

FAUSTO, B. História do Brasil, São Paulo: EDUSP, 2000.

A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de


obra, que resultou

A) Na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos


libertos, uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do
trabalho.

B) No confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os


privilégios políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com
a adoção do trabalho livre.

C) No “branqueamento” da população, para afastar o predomínio das raças consideradas


inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.

D) No tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale
do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.

E) Na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos


nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do
país.

19) (Enem 2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil,
muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma
guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de
uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da
população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas
ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.

NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo:


Publifolha, 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o
fim da escravidão no Brasil, no qual

A) Copiava o modelo haitiano de emancipação negra.


B) Incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais..

C) Optava pela via legalista de libertação.

D) Priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.

E) Antecipava a libertação paternalista dos cativos.

20) (ENEM 2013)

MOREAUX, F.R. Proclamação da Independência. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso


em 14 jun. 2010. (Foto: Enem)
FERREZ, M. D. Pedro II. SCHWARCZ, L.M. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um
monarca nos trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas


representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia
que cada imagem evoca é, respectivamente:

A) Habilidade militar – riqueza pessoal.

B) Liderança popular – estabilidade política.

C) Instabilidade econômica – herança europeia.

D) Isolamento político – centralização do poder.

E) Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.

21) (Enem PPL 2014) Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no
centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos
imperiais — o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados,
burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e
Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais
agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas
menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.

No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo
Reinado (1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e
Liberal estão indicados, respectivamente, em:

A) Abolição da escravidão — Adoção do trabalho assalariado.

B) Difusão da industrialização — Conservação do latifúndio monocultor.

C) Promoção do protecionismo — Remoção das barreiras alfandegárias.

D) Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.

E) Implementação do republicanismo — Constituição da monarquia constitucional.

22) (ENEM) Os regimes totalitários da primeira metade do século XX apoiaram-se


fortemente na mobilização da juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o
futuro da nação. Nesses projetos, os jovens deveriam entender que só havia uma pessoa
digna de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais movimentos sociais juvenis
contribuíram para a implantação e a sustentação do nazismo na Alemanha, e do
fascismo, na Itália, Espanha e Portugal. A atuação desses movimentos juvenis
caracterizava-se:
a) pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que enfrentavam os opositores ao
regime.

b) pelas propostas de conscientização da população acerca dos seus direitos como


cidadãos.

c) pela promoção de um modo de vida saudável, que mostrava os jovens como


exemplos a seguir.

d) pelo diálogo, ao organizar debates que opunham jovens idealistas e velhas lideranças
conservadoras.

e) pelos métodos políticos populistas e pela organização de comícios multitudinários.

23) (FUVEST) A ascensão de Hitler ao poder, no início dos anos trinta, ocorreu:

a) pelas mãos do Exército alemão, que quis desforrar-se das humilhações impostas pelo
Tratado de Versalhes;

b) através de uma ação golpista, cuja ponta de lança foram as forças paramilitares do
Partido Nazista;

c) em consequência de uma aliança entre os nazistas e os comunistas;

d) a partir de sua convocação pelo presidente Hindenburg para chefiar uma coalizão
governamental;

e) através de uma mobilização semelhante à que ocorreu na Itália, com a marcha de


Mussolini sobre Roma.

24) (UFES) A Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939), em que mais de 1 milhão de
pessoas perdeu a vida, terminou com a derrota dos republicanos e com a subida ao
poder do general Francisco Franco.

O Estado Espanhol, após a vitória de Franco, caracterizou-se como:

a) democrático com tendências capitalistas;

b) democrático com tendências socialistas;

c) populista de esquerda;

d) totalitário de direita;

e) totalitário de esquerda.

25)
TEXTO 1

"Os povos do mundo estão esperando pelo desarmamento e pela paz”. V. Govorkov,
1962.

Texto 2

A Crise dos Mísseis, em outubro de 1962, foi o momento onde Estados Unidos e União
Soviética estiveram mais perto de um conflito nuclear. O presidente Kennedy fez um
pronunciamento nacional pela televisão para informar ao publico sobre o desenrolar da
situação em Cuba, sua decisão de colocar este país em “quarentena” e as consequências
globais se a crise continuasse. “Será a política desta nação considerar qualquer míssil
nuclear lançado de Cuba contra qualquer nação do Hemisfério Ocidental, como um
ataque da União Soviética aos Estados Unidos, exigindo uma resposta retaliatória
completa contra a União Soviética.”

(Adaptado: https://history.state.gov/milestones/1961-1968/. Consultado em


08.12.2020).

Sobre a Crise dos Mísseis é correto afirmar:

a) Foi um conflito diplomático onde a União Soviética esteve disposta a ceder em suas
posições muito mais que os Estados Unidos como retrata o cartaz acima.

b) Tratou-se de uma manobra político-militar onde os Estados Unidos contornaram,


através da diplomacia e do Conselho da ONU, sem precisar recorrer à ameaças
militares.

c) A fala de Kennedy na televisão desmente o cartaz acima, pois mostra que o


mandatário americano também pensava em encontrar uma solução pacífica para o
confronto.

d) O impasse foi resolvido com cessões de ambas as partes: os soviéticos não colocaram
mísseis em Cuba e os americanos retiraram armas de médio alcance da base que
possuíam na Turquia.
26) O Muro de Berlim dividiu a cidade em duas partes durante 28 anos, separando
famílias inteiras e, em última análise, um país. Para o mundo, ele se transformou num
símbolo da Guerra Fria.

Escolha a alternativa que explica a razão do Muro de Berlim ser um símbolo da Guerra
Fria.

a) A construção, realizada com o apoio dos soviéticos, separava não só a cidade, como
duas maneiram bem distintas de pensar a política e a economia.

b) O Muro de Berlim foi edificado devido a uma das milhares de crises entre
americanos e soviéticos que disputavam o território alemão.

c) Sem poder conter a fuga de pessoas entre as duas cidades, o governo de Berlim
Ocidental, capitalista, decide construir uma barreira física na cidade berlinesa.

d) Como ocorreram milhares de fuzilamentos nas suas paredes por ambos os governos,
o Muro acabou simbolizando a divisão mundial.

27) (UDESC 2017/1)

Na obra O queijo e os vermes, o historiador Carlo Ginzburg conta a história de


Domenico Scandella, vulgo Menocchio, um moleiro do norte da Itália que, no século
XVI, foi considerado herege pela Igreja por afirmar que a origem do mundo estava na
putrefação. Ao analisar o processo inquisitorial que trata do caso, Ginzburg chama a
atenção para as peculiares opiniões de Menocchio sobre os dogmas da igreja e para suas
críticas ao seu poder excessivo: a igreja chegou a controlar um terço das terras
cultiváveis da Europa. Para o autor, dois grandes eventos históricos tornaram possível
um caso como o de Menocchio: a invenção da imprensa e a Reforma.

Com base nas informações e nos estudos sobre a Idade Moderna europeia, analise as
proposições.

I. A Reforma Protestante contribuiu para a uniformização das práticas e dos significados


religiosos no século XVI.

II. O desenvolvimento da imprensa contribuiu para que pessoas comuns tivessem acesso
a informações antes controladas pela Igreja Católica.

III. A venda de indulgências pela Igreja Católica foi um dos motivos que levou o monge
Martinho Lutero a escrever suas 95 teses, criticando vários pontos da doutrina católica.

IV. Uma das medidas da Contrarreforma foi o retorno da Inquisição, que tinha como
objetivo reprimir aqueles que não estavam seguindo a doutrina católica.

V. A censura exercida pela Igreja Católica Apostólica Romana foi determinante para a
expansão do protestantismo na Itália e na Península Ibérica.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.

c) Somente a afirmativa IV é verdadeira.

d) Somente a afirmativa I é verdadeira.

e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

28) (FUVEST 2018)

Tanto no desenvolvimento político como no científico, o sentimento de funcionamento


defeituoso, que pode levar à crise, é um pré-requisito para a revolução.

T. S. Kuhn. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989.

Analise as quatro afirmações seguintes, acerca das revoluções políticas e científicas da


Época Moderna.

I. A concepção heliocêntrica de Nicolau Copérnico, sustentada na obra Das revoluções


das esferas celestes, de 1543, reforçava a doutrina católica contra os postulados
protestantes.

II. A Lei da Gravitação Universal, proposta por Isaac Newton no século XVII, reforçava
as radicais perspectivas ateístas que haviam pautado as ações dos grupos
revolucionários na Inglaterra à época da Revolução Puritana.

III. Às experiências com eletricidade realizadas por Benjamin Franklin no século XVIII,
somou-se sua atuação no processo de emancipação política dos Estados Unidos da
América.

IV. Os estudos sobre o oxigênio e sobre a conservação da matéria, feitos por Antoine
Lavoisier ao final do século XVIII, estavam em consonância com a racionalização do
conhecimento, característica da Ilustração.

Estão corretas apenas as afirmações:

a) I, II e III.

b) II, III e IV.

c) I, III e IV.

d) I e II.

e) III e IV.

29) (Enem 2016) Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura,
poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor –
mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o
que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras
geográficas e raciais, de classe e nacionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que a
modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de
desunidade.

BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São


Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado}.

O texto apresenta uma interpretação da modernidade que a caracteriza como um(a):

a) dinâmica social contraditória.

b) interação coletiva harmônica.

c) fenômeno econômico estável.

d) sistema internacional decadente.

e) processo histórico homogeneizador.

30) (Fuvest 2021) A corrupção nos costumes das mulheres é ainda uma coisa prejudicial
ao fim que se propõe o governo, e à boa conservação das leis do Estado (...). É o que
aconteceu em Esparta (...). Tais são as observações feitas entre os lacedemônios: no
tempo da sua dominação as mulheres resolviam quase todas as questões. De resto, que
diferença existe em que as mulheres governem, ou que os magistrados sejam
governados por mulheres? (...) as mulheres dos lacedemônios, mesmo no caso de
perigo, fizeram-lhes o maior mal possível.

Aristóteles, A política. Rio de Janeiro: Ediouro, s./d., p. 79-80.

É correto afirmar sobre as mulheres na Grécia Antiga:

A) Obtiveram o direito à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-Estado de


Atenas durante o período clássico.

B) Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e


administravam as propriedades na ausência dos maridos.

C) Adquiriram poderes políticos como cidadãs apenas com o estabelecimento do


Império Macedônico, sob a liderança de Alexandre Magno.

D) Em Atenas, podiam participar de algumas discussões na Eclésia e possuíam direitos


políticos durante o período da democracia.

E) Tornaram-se legisladoras e integrantes do conselho dos mais velhos na cidade-


Estado de Tebas.

31) (Fuvest 2016) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego,


um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das
instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas
múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os
séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida
social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será
plenamente sentida pelos gregos.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981.


Adaptado.

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo


surgimento da pólis foi

A) O declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era


baseada na escrita e no uso de imagens.

B) O isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às


relações travadas nos espaços públicos.

C) A manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder


absoluto de origem divina do monarca.

D) A diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a


construção de identidades culturais.

E) A constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das


ações e ideias de seus membros.

32) (Fuvest 2019) (…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro que, embora isolado
da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros exemplos
documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os
do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro
romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas proporções.

PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre:
Salvaterra, 2010, p. 81.

Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a monumentalidade de suas


construções. A relação entre o “arco do triunfo” e a História de Roma está baseada

A) No processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas


contra invasões de povos considerados bárbaros.

B) Nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas aos ritos de fertilidade
e aos seus ancestrais etruscos.

C) Nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram a expansão territorial,
a consolidação territorial e o estabelecimento do sistema escravista.

D) Na edificação de monumentos comemorativos em memória das lutas dos plebeus e


do alargamento da cidadania romana.
E) Nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição de suas edificações
monásticas.

33) (Enem 2021) Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente
tormento da vida urbana no Regnum Halicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram
constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece
vencer pela insistência do vocabulário, levando até o leitor mais critico a cogitar que os
medievais tinham razão ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam
o julgamento final. Como um quinto cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da
peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava
justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do século X. O
impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e prolongava-se para além da
destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades faziam mais do que
reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em uma ocasião
para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas as práticas sociais até então
vigentes.

RUST L. D Uma calamidade nssciável Rev. Bras. Mist. n 72, mmo-ago 2016
(adaptado)

De acordo com o texto, a catástrofe descrita impactava as sociedades medievais por


proporcionar a

A) Correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias.

B) Revelação do descaso público e das degradações ambientais.

C) Transformação do imaginário popular e das crenças religiosas.

D) Remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais.

E) Reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias.

34) (Fuvest) “Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações
diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas…”
(Bartolomé de Las Casas, 1474 – 1566)

“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.” (Pablo Neruda, 1904 –
1973)

As duas frases lidas colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação
violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes
apontam outra causa, além da já indicada, que foi:

A) A incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do


colonizador.

B) O conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores.


C) A passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças
religiosas.

D) A ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos
problemas ambientais.

E) A série de doenças trazidas pelos espanhóis, como varíola, tifo e gripe, para as quais
as populações indígenas não possuíam anticorpos.

35) UFRJ) Leia o texto a seguir:

Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com
maior fúria tem sido o da Nova Espanha. [...] A Nova Espanha não se parece com o
México pré-colombiano nem com ao atual. E muito menos com a Espanha, embora
tenha sido um território submetido à coroa espanhola.

PAZ. O. Sóror Juana Inés de la Cruz: As artimanhas da fé. São Paulo: Mandarin, 1998.

Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar

A) Se apoiava, como na sociedade colonial brasileira, em uma visão bipolar entre


senhores europeus de um lado e escravos africanos de outro, visto que os indígenas
haviam sido quase absolutamente exterminados no processo de conquista por doenças
ou pela violência do colonizador.

B) Se distinguia de outras sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela


eram de classe e não de cunho étnico: não importava a cor da pele para a determinação
de um lugar social, mas as posses de um indivíduo.

C) Se tratava, como em outras sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e


de inferiores que, entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com
mulheres indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos.

D) Recaíam, exclusivamente, os privilégios da sociedade colonial sobre a minoria


branca que apresentava, contudo uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na
Europa, ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América,
ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social.

E) Se constituía em uma sociedade com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja
base se encontravam os grupos desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e
negros africanos, ambos trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente
como mercadoria, vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades
mexicanas.

36) O sistema colonial português utilizou amplamente da população negra como mão de
obra escrava para a produção das riquezas na colônia. A escravidão dos negros no Brasil
começou no século XVIII e acabou formalmente no ano de 1888, com a publicação da
Lei Áurea. Entretanto, o fim da escravidão não garantiu condições de vida digna para os
negros no país e daí vem o fato de que a maior parte da população considerada pobre é
negra. Isso não é uma coincidência, como não é coincidência o fato de a maior parte dos
moradores de favela em grandes cidades também ser negra. As dificuldades encontradas
atualmente pela população negra no Brasil é consequência direta da escravidão e do
sistema colonial e evidencia uma estrutura social estratificada social e etnicamente.
Carolina de Jesus foi uma poetisa brasileira, negra, catadora de papel e moradora da
favela Canindé, na cidade de São Paulo. Em seus poemas, a autora denuncia as
dificuldades enfrentadas por uma mulher negra e pobre, moradora de uma grande
cidade.

Não digam que fui rebotalho,

que vivi à margem da vida.

Digam que eu procurava trabalho,

mas fui sempre preterida.

Digam ao povo brasileiro

que meu sonho era ser escritora,

mas eu não tinha dinheiro

para pagar uma editora.

Carolina Maria de Jesus, “Quarto de despejo”, 1960. Disponível em:


<https://www.revistaprosaversoearte.com/carolina-maria-de-jesus-poemas/&gt;. Acesso
em: 22 ago. 2018.

Sobre o assunto, afirma-se que

A) o sistema escravocrata deixou marcas profundas na estrutura social brasileira e a


população negra ainda não encontrou condições sociais favoráveis para superar as
feridas deixadas pela escravidão. Daí a importância de políticas sociais voltadas para a
população negra, como a política de cotas, a fim de minimizar as diferenças sociais
resultantes da escravidão.

B) não se pode relacionar os problemas sociais de distribuição das riquezas no Brasil


com a escravidão. As condições de vida de uma pessoa, independentemente de ela ser
branca ou negra, é proporcionalmente equivalentes à quantidade de tempo que ela
dedica ao trabalho.

C) o Brasil é um país marcado pela miscigenação e pela democracia racial. Os


casamentos interétnicos e as possibilidades de as pessoas negras ascenderem
socialmente apontam para um país livre do racismo. Sendo assim, tornam-se
desnecessárias políticas sociais voltadas para grupos sociais específicos.

D) a sociologia entende que hoje não existem mais diferenças entre brancos, negros e
indígenas no Brasil, e que findada a escravidão o país superou as diferenças sociais.
Sendo todos iguais, a pobreza seria resultado direto da disponibilidade de cada um
trabalhar para viver.
E) a poesia de Carolina de Jesus é uma obra que fazia sentido em seu tempo de
publicação. Naquele tempo, o Brasil era conhecido por uma estrutura social
hierarquizada e racista, mas isso mudou nas últimas décadas devido a políticas públicas
eficazes de combate às desigualdades sociais e à melhoria das condições de vida das
populações negras e indígenas.

37) (ENEM MEC/2020/Aplicação Digital)

Associados a atividades importantes e variadas na evolução das sociedades americanas


modernas, os africanos conseguiram impor sua marca nas línguas, culturas, economias,
além de participar, quase invariavelmente, na composição étnica das comunidades do
Novo Mundo. A sua influência alcançou mais fortemente as regiões do latifúndio
agrícola, em comunidades cujo desenvolvimento ocorreu às margens do Atlântico e do
mar das Antilhas, do sudeste dos Estados Unidos até a porção nordeste do Brasil, e ao
longo das costas do Pacífico, na Colômbia, no Equador e no Peru.

KNIGHT, F. W. A diáspora africana. In: AJAYI, J. F. A. (Org.). História geral da


África: África do século XIX à década de 1880. Brasília: Unesco, 2010.(adaptado).

Uma das contribuições da diáspora descrita no texto para o continente americano foi
o(a)

A) formação de sociedades estamentais.

B) fim da escravidão indígena.

C) desvalorização das capitanias hereditárias.

D) introdução de técnicas produtivas.

E) declínio de monoculturas locais.

38) (Fuvest SP/2021) [No Brasil] a transição da predominância indígena para a africana
na composição da força de trabalho escrava ocorreu aos poucos ao longo de
aproximadamente meio século. Quando os senhores de engenho, individualmente,
acumulavam recursos financeiros suficientes, compravam alguns cativos africanos, e
iam acrescentando outros à medida que capital e crédito tornavam-se disponíveis. Em
fins do século XVI, a mão de obra dos engenhos era mista do ponto de vista racial, e a
proporção foi mudando crescentemente em favor dos africanos importados e sua prole.

Stuart Schwartz, Segredos internos. São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 68.

Com base na leitura do trecho e em seus conhecimentos, pode-se afirmar corretamente


que, no Brasil,

A) havia créditos disponível para a compra de escravos africanos, mas não de escravos
indígenas, pois a Igreja estava interessada na manutenção de boas relações com os
nativos.
B) do ponto de vista senhorial, valia a pena pagar mais caro por escravos africanos
porque estes viviam mais do que os escravos indígenas, que eram mais baratos.

C) a implementação da escravidão de origem africana não fez desaparecer a escravidão


indígena, pois o emprego de ambas podia variar segundo épocas e regiões específicas.

D) o comércio de escravos africanos foi incompatível com o comércio de indígenas


porque eram exercidos por diferentes traficantes, que concorriam entre si.

E) a escravização dos indígenas pelos portugueses foi inviabilizada pelo fato de que os
povos nativos americanos eram contrários ao aprisionamento de seres humanos.

39) (ENEM MEC/2018/2ª Aplicação) Na África, os europeus morriam como moscas;


aqui eram os índios que morriam: agentes patogênicos da varíola, do sarampo, da
coqueluche, da catapora, do tifo, da difteria, da gripe, da peste bubônica, e
possivelmente da malária, provocaram no Novo Mundo o que Dobyns chamou de “um
dos maiores cataclismos biológicos do mundo”. No entanto, é importante enfatizar que a
falta de imunidade, devido ao seu isolamento, não basta para explicar a mortandade,
mesmo quando ela foi de origem patogênica.

CUNHA, M. C. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro


Enigma, 2012.

Uma ação empreendida pelos colonizadores que contribuiu para o desastre mencionado
foi o(a)

A) interdição de Portugal aos saberes autóctones.

B) estímulo dos europeus às guerras intertribais.

C) abertura do mercado da colônia às outras nações.

D) desqualificação do trabalho das populações nativas.

E) incentivo da metrópole à emigração feminina.

40) (UFT TO/2019) As afirmativas a seguir abordam sobre os quilombos e quilombolas


na formação territorial do Brasil.

I. Os negros lutando pela liberdade nunca aceitaram passivamente a escravidão. Muitos


fugiram e formaram quilombos que são espécies de vila onde os refugiados, os
quilombolas, tinham autonomia.

II. São considerados quilombolas os remanescentes das comunidades que mantém certas
tradições culturais ao longo do tempo.

III. O quilombo dos Palmares localizado na serra da Barriga no estado de Alagoas teve
como principal líder de resistência e escravidão Zumbi dos Palmares.
IV. Os quilombos estão distribuídos e reconhecidos nas regiões Norte e Nordeste, não
havendo registros em outras regiões do Brasil.

Considerando-se as afirmativas assinale a alternativa CORRETA.

A) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas

B) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas

C) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas

D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas

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