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1.

(Enem 2013)

A imagem foi publicada no jornal Correio da Manhã, no dia de Finados de 1965. Sua
relação com os direitos políticos existentes no período revela a:
a) extinção dos partidos nanicos.
b) retomada dos partidos estaduais.
c) adoção do bipartidarismo regulado.
d) superação do fisiologismo tradicional.

2. Leia o trecho a seguir:


“Em 9 de abril, logo após o golpe de 1964, os novos donos do poder publicaram o Ato
Institucional nº 1, cujo preâmbulo deixava claro as intenções do regime que estava sendo
implantado. Deixava claro que a revolução não buscaria no Parlamento a sua legitimação,
como também limitava drasticamente seus poderes”.
BORGES, Nilson. A Doutrina da Segurança Nacional e os governos militares. In:
FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (Org.). O Brasil republicano: o
tempo da ditadura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. v. 4. p. 39.
Sobre o Ato Institucional número 1, é correto afirmar:
a) instituiu eleições indiretas para governadores e prefeitos de todos os Estados e Cidades
brasileiras. Os chefes do Executivo eram escolhidos por membros das forças armadas.
b) permitiu ao presidente suspender os direitos de qualquer cidadão e cassou mandatos de
parlamentares (ligados ao governo anterior) eleitos democraticamente.
c) instituiu a pena de morte no país e suspendeu o direito de habeas corpus para evitar que
os presos políticos pudessem ser soltos.
d) instituiu a lei da censura nos meios de comunicação. Os veículos de comunicação como
rádio e tv foram estatizados. Também tornou ilegal as greves operárias.

1. (Enem 2009) “Boicote ao militarismo”, propôs o deputado federal Márcio Moreira Alves,
do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 2 de setembro de 1968, conclamando o
povo a reagir contra a ditadura. O clima vinha tenso desde o ano anterior, com forte
repressão ao movimento estudantil e à primeira greve operária do regime militar. O discurso
do deputado foi a ‘gota d’água’. A resposta veio no dia 13 de dezembro com a promulgação
do Ato Institucional n° 5 (AI 5).
(Ditadura descarada. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4,n.
39, dez. 2008 - adaptado)
Podem ser apontadas como consequências do AI-5:
a) a restauração da democracia no Brasil na década de 60.
b) o fortalecimento do regime parlamentarista brasileiro durante o ano de 1968.
c) o enfraquecimento do poder central, ao convocar eleições no ano de 1970.
d) o desrespeito à Constituição vigente e aos direitos civis do país a partir de 1968.

2. (Enem 2013) A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu representantes de


comissões estaduais e de várias instituições para apresentar um balanço dos trabalhos
feitos e assinar termos de cooperação com quatro organizações. O coordenador da CNV
estima que, até o momento, a comissão examinou, "por baixo", cerca de 30 milhões de
páginas de documentos e fez centenas de entrevistas.
(Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 - adaptado).
A notícia descreve uma iniciativa do Estado que resultou na ação de diversos movimentos
sociais no Brasil diante de eventos ocorridos entre 1964 e 1988. O objetivo dessa iniciativa
é:

a) anular a anistia concedida aos chefes militares.


b) rever as condenações judiciais aos presos políticos.
c) esclarecer as circunstâncias de violações aos direitos humanos.
d) perdoar os crimes atribuídos aos militantes esquerdistas.

1. (ETEC-SP/2013 Adaptada) Leia atentamente o trecho da canção Cálice, composta por


Chico Buarque e Gilberto Gil, em 1973.

Pai, afasta de mim esse cálice


De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta [...]

Relacionando a canção ao contexto em que ela foi produzida, é correto afirmar que Cálice
foi, à época,
a) aprovada, pois defendia a continuidade do Ato Institucional nº 5 e exaltava o governo
autoritário dos militares.
b) considerada um hino civil do movimento Diretas Já, que convocava a população a
defender as eleições presidenciais.
c) censurada, pois criticava diretamente a ausência de liberdade de expressão e a
repressão violenta praticada pelo regime.
d) banida, pois defendia os valores da esquerda socialista, como a reforma agrária e a
privatização dos bens públicos.

2. Em 1965, o Teatro de Arena apresentou Arena conta Zumbi, sobre a saga dos
quilombolas do Brasil colonial em sua luta contra a escravidão. Os atores iniciaram a peça
com a seguinte frase: “O elenco dedica a obra a todos os homens e mulheres que morreram
e morrem na luta pela liberdade”. O teatro foi uma forma de resistência, pois:
a) além de denunciar o racismo, a desigualdade e o abandono dos mais pobres, fazia
também crítica à opressão social e política daquele momento, criticando, sutilmente, o
regime militar.
b) se constituiu como um espaço de inserção profissional para os artistas de televisão que
perderam seus empregos em função das perseguições efetuadas pelo regime militar.
c) foi utilizado como propaganda política do governo militar. Os artistas foram pressionados
a adaptar as peças para promover a imagem de que o Brasil era um país democrático e
isento de conflitos.
d) foi espaço de denúncia do processo de americanização da cultura brasileira que ocorria
na música, cinema e televisão. Os temas teatrais eram da cultura popular para fazer frente
à importação de modelos estrangeiros.

1. Em setembro, a Câmara dos Deputados autorizou por ampla maioria a abertura do


processo de impeachment do presidente Fernando Collor, em meio a uma onda de
manifestações populares que demandavam isso do Congresso. Em dezembro, o Senado
Federal aprovou o impeachment do presidente e o baniu da vida pública por oito anos e a
decisão foi comemorada como sinal de força da democracia brasileira. SALLUM JR.,
Brasilio; CASARÕES, Guilherme S. P. O impeachment do presidente Collor: a literatura e o
processo. Lua Nova: Revista de Cultura e Política. n. 82. São Paulo, 2011. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452011000100008&lang=
pt#NT> - Acesso em: 6 out. 2020.

Entre as motivações para a abertura do processo de impeachment do presidente Collor


podemos destacar:
a) Lançamento do Plano Collor, que autorizou o desbloqueio de contas bancárias acima de
NCz$ 50 mil e a ação da oposição, principalmente dos “fiscais do Sarney”, que combatiam a
subida dos preços das mercadorias.
b) A suspensão do pagamento da dívida externa, a contenção dos gastos públicos e
limitações aos reajustes de preços e de salários, gerando inflação zero.
c) O controle da inflação por meio do congelamento de preços, a reforma monetária com
aumento real de salários e a abertura do mercado interno a investidores estrangeiros.
d) A insatisfação com a economia aumentou com a explosão de uma série de escândalos
políticos. O maior deles foi a descoberta, em 13 de maio de 1992, do esquema PC: uma
vasta rede de corrupção liderada pelo empresário Paulo César Farias, amigo e tesoureiro
da campanha de Collor.

2. A insatisfação popular com a economia aumentou ainda mais com a explosão de uma
série de escândalos envolvendo o governo Collor. A população brasileira reagiu às notícias
de corrupção promovendo grandes manifestações e exigindo o impeachment de Collor.
Entre os manifestantes havia um grande número de caras-pintadas formado basicamente
por:
a) jovens que foram às ruas com os rostos pintados com as cores da bandeira nacional,
protestando contra a falta de ética na política e para exigir o impeachment do presidente.
b) operários que se pintaram com as cores da bandeira do Brasil e organizaram greves por
melhores condições de vida e trabalho dentro e fora das fábricas.
c) mulheres que pintavam seus rostos de preto e branco para protestar contra o machismo,
a violência doméstica e a discriminação racial nas escolas e universidades.
d) mães, amigos e parentes de pessoas que foram perseguidas pelo Regime Militar.
Pintavam seus rostos de verde e amarelo para exigir notícias das pessoas desaparecidas
durante a ditadura militar.

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