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LIÇÃO 8 – EDUCAÇÃO CRISTÃ, RESPONSABILIDADE DOS PAIS

TEXTO ÁUREO
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv
22.6). - Uma forma vital de expressar amor a DEUS é cuidar do bem-estar espiritual dos filhos e
esforçar-nos para levá-los a um real relacionamento com DEUS. O ensino da Palavra de DEUS aos
filhos deve ser uma tarefa altamente prioritária dos pais  (cf. Sl 103.13; ver Lc 1.17; 2 Tm 3.3). O ensino das coisas de
DEUS deve partir do lar, e nisso, tanto o pai como a mãe deve participar. Cultuar a DEUS no lar não é
uma opção; pelo contrário, é um mandamento direto do Senhor  (vv. 7-9; Êx 20.12; Lv 20.9; Pv 1.8; 6.20; cf. 2 Tm 1.5). O
propósito da instrução bíblica pelos pais é ensinar os filhos a temer ao Senhor, a andar em todos os
seus caminhos, a amá-lo e ser-lhe grato e a servi-lo de todo o coração e alma  (10.12; Ef 6.4). O crente deve
proporcionar sabiamente aos seus filhos uma educação teocêntrica, em que tudo se relacione com
DEUS e às suas coisas  (cf. 4.9; 11.19; 32.46; Gn 18.19; Êx 10.2; 12.26,27; 13.14-16; Is 38.19).
VERDADE PRÁTICA
A educação cristã de nossas crianças, adolescentes e jovens é uma responsabilidade intransferível e
pessoal dos pais com o apoio e assistência da igreja.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Deuteronômio 6.1-9.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


• Considerar a Educação Cristã como missão prioritária dos pais;
• Compreender a educação no Antigo e em o Novo Testamento; e
• Saber da importância da Educação Cristã na família.
PALAVRA-CHAVE
Educação:  Processo de desenvolvimento das capacidades física, intelectual e moral da criança e do
ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social. 1. Conjunto de normas
pedagógicas tendentes ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito; 2. Conhecimento e prática dos
usos da gente fina; 3. Instrução, polidez, cortesia. [http://www.priberam.pt/dlpo/].
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus, porém, confiou-nos essa tarefa, e dela não podemos fugir.
Comparada com a educação em geral, a educação cristã é uma forma particular de educar. Ela pode ser
simplesmente definida como a instrução formal feita sob a perspectiva do cristianismo, buscando “o
desenvolvimento da pessoa e de seus dons naturais à luz da perspectiva cristã da vida, da realidade, do
mundo e do homem”. A educação cristã tem como objetivos proporcionar o desenvolvimento do
indivíduo como um todo e lhe oferecer condições de crescer em sua vida espiritual, no conhecimento de
Deus e das Escrituras. Esse crescimento leva em conta o ser humano em seus aspectos físicos,
emocionais, espirituais e sociais. Nosso exemplo maior de desenvolvimento integral é o próprio Jesus,
pois a Bíblia nos relata que ele "[...] crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos
homens" (Lc 2.52). Nesta lição, veremos que ainda que contemos com a ajuda da igreja, a
responsabilidade de educar é dos pais. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS


1. O que significa educar? Educar não significa apenas transmitir o legado cultural às novas gerações,
mas também ajudar o aluno a aprender o aprender, despertar vocações, proporcionar condições para que
cada um alcance o máximo de sua potencialidade e, finalmente, permitir que cada um conheça suas
finalidades e tenha competências para mobilizar meios para concretizá-las, chega-se ao sentido
estrutural da questão: o que significa educar. Em síntese: aprender a conhecer, fazer, viver juntos e
aprender a ser [http://iseibfile.blogspot.com.br/2008/12/o-que-significa-educar.html]. Qual professor, ou mesmo pai, já teve a curiosidade de
saber qual é o verdadeiro significado da palavra educar? E se essa é uma tarefa da família ou da escola?
Para a maioria das pessoas “educar” é uma obrigação exclusiva das escolas e de seus respectivos
profissionais, se esquecendo que Educar é uma função de todos, tanto dos pais quanto dos educadores.
O conceito de educar vai muito além do ato de transmitir conhecimento, educar é estimular o raciocínio,
é aprimorar o senso crítico, as faculdades intelectuais, físicas e morais.
2. Educação Cristã. Quanto à educação cristã, há uma certa complexidade semântica que beira à
confusão. Há descrições que afirmam que educação cristã é sinônima de discipulado, outros identificam
a educação cristã com a instrução teológica ministrada no contexto da igreja local e há ainda aqueles que
discorrem sobre este processo educacional como educação eclesiástica, limitada ao âmbito da escola
Dominica. Por último, existem os que possuem uma perspectiva mais abrangente da educação cristã e a
relacionam com o compartilhamento de valores necessários para o desenvolvimento do ser humano em
todas as áreas de sua existência. A educação cristã vai muito além da estrutura física, currículo e
materiais didáticos. A educação cristã consiste em construir o conhecimento, levando os aprendizes a
serem ativos participantes no processo educacional, ao invés de meros ouvintes passivos. O ensino é
muito mais do que apenas depositar conhecimento no cérebro do aluno, levando a memorizar dados –
Paulo Freire chama esta prática de modo pejorativo: educação bancária [http://www.comunhao.org.br/ensino/educacao-crista.html].
3. A educação nas escolas. A educação oficial, ministrada na rede de ensino pública ou particular, é
totalmente influenciada pelo materialismo e pelo ateísmo. Os currículos que reúnem os conteúdos
programáticos a serem transmitidos nas salas de aula são fundamentados nas filosofias e pseudociências
materialistas. Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do homem, da
inteligência, e de todas as coisas que existem no universo. Os professores de ciência ensinam, como
sendo a última palavra, que a vida surgiu “por acaso”, de uma mistura, “ao acaso”, de substâncias
químicas, que se reuniram “ao acaso”, e, dali, surgiu a vida, “ao acaso”, durante “milhões” de anos. Os
alunos, crianças, ou adolescentes, de olhos arregalados, ficam hipnotizados pelas explicações, ilustradas
com quadros, nos livros-texto, nos quadros de giz, ou, de modo mais sofisticado, nas telas, com
projeções através de “datas-show”, ou projetores de multimídia. E “o mestre”, com ar de absoluta
convicção, explica que a origem da vida, dos animais e do homem, foi fruto da evolução, que dispensa
totalmente a existência de um Deus pessoal, inteligente, e soberano, como ensinam as religiões, e,
principalmente, como ensina o cristianismo. Figuras de macaco, evoluindo, da posição de quatro pés,
ficando atarracado, até ficar ereto, até chegar a ser homem são mostradas como sendo realmente o que
ocorreu. Na verdade, nada disso é verdade, mas é passado e repassado como ciência. Professores
materialistas têm grande influência sobre a mente dos alunos, principalmente porque, em casa, a grande
maioria não tem qualquer preparo ou fundamento bíblico ou filosófico para enfrentar a “onda”
materialista, que avança sobre a educação e a cultura, nas escolas. Muitos desses professores ou
professoras são homossexuais, e fazem questão de, aproveitando-se de sua posição, diante dos alunos,
propagar o seu estilo de vida anticristão, anti-Deus e contra a Bíblia Sagrada, a Lei de Deus  [LIMA. Elinaldo Renovato de.

.
A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 98-100]

SINOPSE DO TÓPICO (I)


Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e
social.
II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO
1. No Antigo Testamento. No Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de
Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual, moral, social, educacional ou
familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais não tinham grandes desafios no relacionamento com os
filhos, pois os mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e os estatutos
de Deus (Dt 5.31). Dentro da economia judaica, a educação era, essencialmente, um produto do lar,
envolvendo o aprendizado da religião, de alguma profissão e estava usualmente associada à atividades
agrícolas. Os filhos dos judeus aprendiam e absorviam o shema, ou o credo, que resumia o princípio
fundamental de sua fé: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt 6.4,5). Esse ensino
fazia parte do dia a dia das crianças judaicas. Uma grande lição para a educação cristã nos dias presentes
(Dt 11.18-21). Aos 12 anos, os meninos passavam pela cerimônia do “Bar Mitzvah”, quando já
deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga era templo e era escola também.
Segundo Halph Gower, “Era responsabilidade da mãe educar tanto os filhos como as filhas durante os
três primeiros anos (provavelmente até o desmame). Ela ensinava às filhas os deveres domésticos
durante toda a infância delas. A partir dos três anos de idade, os meninos aprendiam a lei com o pai, e os
pais também ficavam responsáveis por ensinar um ofício aos filhos. Um rabino disse certa vez: ‘O pai
que não ensina ao filho um ofício útil está educando-o para ser ladrão”  [LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora

. Quando surgiram as artes e ofícios, esses eram ensinados mediante o aprendizado. Quando
CPAD. pag. 94-93.]

surgiram as escolas, as sinagogas tomaram-se o centro da erudição [http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/p/8-licao-2-tri-2013_457.html]. O


moderno vocábulo hebraico para «treinar» deriva-se do mandamento que aparece em Provérbios 22:6 e
que nossa versão portuguesa traduz por: «Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda
quando for velho não se desviará dele». Outros termos relacionados à educação são aqueles que
denotam as ideias de instrução e aprendizagem. Todos os bons processos de educação dispõem do
Compêndios adequados. No tocante ao processo da educação espiritual, o texto principal é a Bíblia,
havendo outras obras que suplementam o conhecimento adquirido através da Bíblia, que fornecem
instrução quanto a todas as variedades de conhecimento que podem ter alguma aplicação espiritual.
Mestres são providos para ajudar no processo, a fim de proverem o exemplo e as instruções adequados.
Esses professores são descritos como sábios (Pv 13.14 e 15.7). Seus alunos eram chamados,
antigamente, de “filhos” (Pv 2.1), porquanto a educação processa-se melhor quando os princípios
espirituais da família divina estão sendo ensinados e seguidos.
2. No Novo Testamento. No Novo Testamento encontramos menção aos rabinos (professores) e aos
mestres (professores). No grego, esta última palavra é didáskalos, termo usado por cerca de cinquenta
vezes nos evangelhos, mas aplicado de modo supremo a Jesus. Ele ensinava às multidões (Mc 2.13), nas
sinagogas (1.21), ou então, particularmente, aos seus discípulos (Mt 5.1,2). Os discípulos (aprendizes)
foram mencionados por mais de duzentas vezes nos evangelhos. Ele lhes ensinava doutrina (no grego,
didache). Parte da Grande Comissão era o ministério do ensino, conforme se vê em Mt 28.19,20.
3. Na atualidade. Uma vez que a Igreja deixou de ser perseguida, após a conversão de Constantino ao
cristianismo, a Igreja começou a ser a mestra do estado. Sucedeu, pois que na Idade Média, a educação
tornou-se essencialmente uma função da Igreja. Após cerca de mil anos em que essa condição
prevaleceu, o secularismo e o nacionalismo debilitaram o poder da Igreja. A renascença e a Reforma
protestante deram prosseguimento a esse processo, época em que o estado começou a recuperar o poder
que havia perdido quando da queda do império romano do Ocidente, e, uma vez mais, tomou-se uma
entidade educadora, independente da Igreja  . Na igreja cristã,
[CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 275]

há um espaço especial para a Educação Cristã. Esta é o processo de ensino-aprendizagem proporcionado


por Deus, através de sua Palavra, pelo poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios
divinos. E diferente da educação secular, que só transmite instruções e conhecimentos, deixando de lado
os valores éticos, morais e espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada [LIMA. Elinaldo
Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 93].

SINOPSE DO TÓPICO (II)


No Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em casa.
Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução para os
meninos aprenderem a lei.
III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor. No salmo 127.3, os filhos são chamados de “herança do Senhor”,
isso significa que os filhos pertencem a Deus, eles são nossos somente num sentido secundário. Deus dá
filhos aos pais assim como um homem confia a sua fortuna aos seus herdeiros. Ao nos tornarmos pais,
recebemos um prêmio, uma recompensa do Senhor, pois passamos a ser participantes da criação, ou
seja, apesar de nossas faltas, de nossas fraquezas, Deus nos dá o privilégio de podermos ser atores no
processo da criação. Eles precisam ser bem cuidados, pois, além de ser uma bênção do Senhor (e toda
bênção do Senhor deve ser preservada e zelosamente tratada pelo abençoado), são uma responsabilidade
que Deus põe em nossas mãos e da qual deveremos prestar contas.
2. O ensino da Palavra de Deus no lar. “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o
ânimo” (Cl 3.21). É obrigação solene dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a instrução e a disciplina
condizente com a formação cristã. Os pais devem ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se importar
mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na igreja ou posição social
(cf. Sl 127.3). Segundo a palavra de Paulo em Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de Deus em
muitos trechos do Antigo Testamento (ver Gn 18.19; Dt 6.7; Sl 78.5; Pv 4.1-4; 6.20), é responsabilidade
dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma vida do agrado do Senhor. É a família, e não a
igreja ou a Escola Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico e espiritual dos
filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os pais no ensino dos filhos. A essência da
educação cristã dos filhos consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de levar o
coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17).
3. Leve seus filhos à igreja. Em Efésios 6.1-3 Paulo não diz aos pais para admoestarem os filhos; ele
mesmo o faz. Os filhos estavam presentes na congregação quando essa carta foi lida. Será que
entenderam o que Paulo escreveu? Será que nós entendemos? A família toda participava do culto e, sem
dúvida, os pais explicavam a Palavra aos filhos quando estavam em casa. O apóstolo apresenta quatro
motivos para os filhos obedecerem aos pais. Deus instituiu uma ordem natural que mostra claramente
quando um ato é correto. Uma vez que foram os pais que colocaram o filho no mundo, e uma vez que
eles têm mais conhecimento e sabedoria do que o filho, é correto o filho obedecer aos pais. Até mesmo
os filhotes dos animais são ensinados a obedecer. A "versão moderna" de Efésios 6.1 seria: "pais,
obedeçam a seus filhos, pois isso os manterá satisfeitos e trará paz a seu lar". Mas isso é contrário à
ordem natural instituída por Deus! A obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo cita o quinto
mandamento (Êx 20.12; Dt 5.16) e o aplica ao cristão do Novo Testamento. A Educação Cristã começa
no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola Dominical, é imprescindível que a família se
envolva, como um todo, neste mister.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Na família, a Educação Cristã deve estar eminentemente presente .
CONCLUSÃO

Não basta cuidar dos filhos fisicamente providenciando alimento, abrigo e roupas. Também deve lhes
dar alimento emocional e espiritual. O desenvolvimento do menino Jesus é um exemplo para nós: "E
crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens" (Lc 2.52). Vemos aqui um
crescimento equilibrado: intelectual, físico, espiritual e social. Em parte alguma da Bíblia, a educação
dos filhos é apresentada como responsabilidade de alguma pessoa ou instituição fora do lar, por mais
que tais elementos externos colaborem no processo. Deus incumbiu os pais de ensinar aos filhos os
valores mais essenciais. Deve discipliná-los. O termo "criar" dá a ideia de aprendizado por meio da
disciplina. É traduzido por "corrigir" em Hebreus 12. Alguns psicólogos modernos opõem-se ao
conceito "antiquado" de disciplina, e muitos educadores seguem essa filosofia. Dizem que devemos
deixar as crianças se expressarem e que, se as disciplinarmos, iremos distorcer seu caráter. No entanto, a
disciplina é um princípio fundamental da vida e uma demonstração de amor. "Porque o Senhor corrige a
quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hb 12.6). "O que retém a vara aborrece a seu filho, mas
o que o ama, cedo, o disciplina" (Pv 13.24).
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

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