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SÉRIE ESCOLA DE OR AÇ ÃO
Valnice Milhomens
Tipos de Oração
SÉRIE ESCOLA DE OR AÇ ÃO
Copyright © 2020 - Valnice Milhomens
c672t
Coelho, Valnice Milhomens. São Paulo: Palavra da Fé Produções, 1993.
Tipos de Oração, Valnice Milhomens Coelho - 212 p. - (Escola de Oração,
v.2).
1. Oração - Tipos. 2. Louvor e Adoração. I. Título CDD - 248.143
7ª Edição
Dedico este livro, com muito amor e apreço, à maravilhosa família Palavra
da Fé, reconhecendo o amor e consagração de cada um a Deus e a
fidelidade com que labuta ombro a ombro com a autora, sustentando-a em
perseverante oração em tudo quanto faz no Reino. Sem suas orações e
serviço de amor, seria impossível realizar a obra que Deus nos confiou.
Índice
Prefácio da Primeira Edição 09 Introdução 13
I PARTE Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
A Harmonia com as Leis do Reino 19 Resenha dos Tipos de Oração 31
Oração de Ações de Graça 41 Oração de louvor 57 Oração de Adoração 73
Oração de Petição 103 Oração de Consagração 133 Oração de Entrega 147
Oração de Intercessão 161
II PARTE
Capítulo 10 Formas de Oração 169
Privada 169
Concordância 171
Coletiva 175
III PARTE
Capítulo 11 Recurso da Oração 181 Orando a Palavra 181 Orando no
Espírito 184 Capítulo 12 Armas de Oração 191 Ligar e Desligar 192 O
Nome de Jesus 193 A Palavra de Deus 196 O Sangue de Jesus 199
Apêndice 1201 Apêndice 2205
Prefácio
Um dos primeiros assuntos com os quais um crente entra em contacto é a
oração. Através dela ele se comunica com Deus e começa o caminhar da
vida cristã. Ele aprende que Deus responde as orações e espera que isso
aconteça. Ocorre, porém, que muitas vezes vem a frustração porque sua
experiência não corresponde ao ensino. Onde estará o erro?
Tipos de Oração
Todos os livros desta série visam, em particular, os Guerreiros de Oração.
Quando Deus nos enviou de volta ao Brasil, a primeira ordem dada no local
de jejum e oração, foi para treinar intercessores. Temos ministrado sobre o
assunto, mas agora escrevemos os manuais de treinamento, crendo numa
resposta de milhares.
Estamos orando para que Deus use estes estudos transmitidos pela
televisão, fita-cassete, vídeo e página impressa.
Prefácio
Todavia, antes que isso se faça, antes que alguém se torne um intercessor
efetivo, precisa saber como resolver seus próprios problemas. Antes que
alguém se torne um guerreiro, que entre em tremendas batalhas contra
principados, potestades e domínios do mal, para afetar cidades inteiras,
vilas, estados e nações, é preciso conhecer a Deus e aprender a descobrir o
segredo de viver com Ele, tendo suas próprias orações respondidas.
Oramos para que o presente estudo seja uma bênção na sua vida.
Certamente não podemos ensinar-lhe a orar. Estamos apenas falando sobre
oração. Cremos, porém, que enquanto você se expõe ao que a Bíblia diz
sobre a matéria e se dispõe a orar, o Espírito Santo, que é o Mestre da
oração, virá em seu auxílio e tornará sua vida com Deus cada vez mais real.
Valnice Milhomens
Introdução
Ao iniciarmos a presente série nos programas de televisão, “A Palavra de
Fé”, lançamos um desafio que agora vai para a página impressa: Precisamos
encontrar uma posição em Deus na qual venhamos a ter as nossas orações
respondidas.
Quem vai semear sem planejar colheita? Qual o agricultor que lança a
semente na terra e nada espera de volta? Que pescador vai ao mar sem
planos de trazer as redes cheias? Quem vai ao trabalho e não conta com seu
salário?.Quem leva uma petição ou caso ao tribunal ou a alguma repartição,
sem deferimento?
Mas evidentemente existem leis que governam todas essas coisas, desde o
semear ao relacionamento com os homens e suas instituições. O mesmo
ocorre na vida de oração, e se nós aprendermos a fluir com tais leis e
princípios, teremos a alegria de ver as nossas orações respondidas. Jesus
declarou: “Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi, recebereis,
para que a vossa alegria seja completa” (Jo.16:24).
Pois bem, você é uma pessoa e Deus é uma pessoa. Quando você se
relaciona com uma pessoa, você espera uma resposta. Ora, Deus também é
uma pessoa. Quando eu digo “bom dia” Senhor”, espero uma resposta.
Quando sorrio para Ele, ou falo com Ele, espero uma resposta. Quando Lhe
faço uma pergunta, ou consulta, espero que Ele me responda, porque Ele é
uma pessoa, apesar de não ter corpo como o meu e meu espírito estar
limitado dentro de um corpo material.
Não conheço na terra alguém mais real que o meu Senhor. Quando olho
para os homens vejo corpos e, mesmo conversando, não sei quanto de si
mesmos estão passando, mas com Deus é diferente. Ele é real! Posso ter
uma intimidade constante com Ele, um relacionamento transparente,
sincero e verdadeiro, pois ninguém me conhece como Ele e, no Seu amor e
graça, revela-Se ao meu coração e posso andar com Ele como um filho anda
com seu pai.
Não posso ensinar-lhe a orar, mas vamos estudar sobre oração. O Espírito
Santo, o Mestre, está aí com você e vamos entrar em concordância com Ele,
submetendo-nos à Sua direção e luz, para que o presente estudo seja tão
simples que até uma criança possa entender e entrar em um relacionamento
com o Pai, que resulte em uma vida de oração bem sucedida E minha
súplica a Deus é que você, amado leitor, para quem esta matéria foi
preparada com tanto amor e regada de oração, seja levado a uma nova
dimensão no seu relacionamento com o Pai e tenha a alegria desejada por
Jesus de ver suas orações respondidas.
Mergulhemos na gloriosa aventura da oração, como um modo de viver, até
que este País seja tomado de norte a sul, leste a oeste, por grupos de oração
nos lares, nos templos, nas escolas, nos hospitais, nas fábricas, nos
escritórios, nos parlamentares, enfim, em todos os lares, pois é pela
intercessão que Deus se manifestará em nossa Pátria e mudará o rumo da
História.
CAPÍTULO 1
A Harmonia
Com as Leis do Reino
Tudo é simples na vida de oração, contudo exige alguma coisa, pois
estamos lidando com um Reino, que é espiritual. Todo Reino tem uma
constituição que governa suas leis, princípios e instituições. O mesmo
ocorre no Reino de Deus. Aliás os homens têm apenas seguido padrões
Divinos sobre justiça, apesar de todos os desvios e corrupções. Pois bem, a
Bíblia, Palavra de Deus, é a Constituição do Seu Reino, ao qual
pertencemos por direito de nascimento espiritual em Cristo.
Você tem verificado na vida do nosso próprio País, que todas as leis e
atitudes, até mesmo do Presidente, devem estar de acordo com a
Constituição da República e ela é a base para o julgamento de todas as leis e
atitudes. Até a autoridade maior não pode agir contrária a ela. Existem
instituições que velam pela sua observância. “Toda verdade é paralela”.
Aplicando ao Reino espiritual, diríamos que o segredo das orações respon
didas afirmativamente, é orar de acordo com a Constituição do Reino. Isso
quer dizer que se orarmos de acordo com as cláusulas constitucionais do
Reino, não há como não receber o devido deferimento.
Se as coisas são assim, como cremos que de fato são, colocase diante de nós
um grande desafio: Aprender os princípios e leis que governam o Reino de
Deus; conhecer bem a sua Constituição para agir de acordo com ela e ir a
Deus também de acordo com o que nela está escrito, pois Ele não muda e os
anjos não aceitam suborno.
Definições de Oração
Oração é comunhão com Deus. Nossa vida inteira deve ser estabelecida
sobre o fundamento de uma comunhão pessoal, profunda e íntima com
Deus. Uma ligação permanente (I Co.6:17). Oração é um encontro do Pai
celeste com Seu filho, numa comunhão de amor.
Oração é comunicação com um Deus pessoal e digno de confiança. Deus é
uma pessoa! Deus é digno de confiança! Ele é um Deus pessoal que Se
relaciona conosco numa base pessoal. Nossos olhos de carne não O veem,
mas Ele é real e se comunica com Seus filhos.
Oração transcende palavras. Uma atitude para com Deus, pode ser uma
oração. Um pensamento pode ser uma prece. Um descanso em Deus é uma
forma de oração. O estar na Sua presença, em silêncio, um inclinar-se, uma
lágrima, um suspiro, uma exclamação, um sentimento, tudo pode ser uma
forma de oração.
Você pode desenvolver um relacionamento tão íntimo com o Pai, que onde
você vai, a consciência de Sua presença não se aparta de você. Na rua, na
fábrica, na escola, em casa, num transporte, numa loja, na feira, em
qualquer lugar a consciência de que Ele está presente lhe acompanhará e
você, embora vivendo na terra, estará em comunhão com o Céu.
Já está claro que oração é um modo de viver; que a vida pode ser uma
oração; o dia pode abrigar uma única oração consciente, que se inicia ao
despertar e termina ao adormecer, mas o relacionamento com Deus, como
um modo de viver, tem várias facetas. Dissemos existirem leis e princípios
que governam a vida de oração. Então voltemo-nos para a Palavra e
examinaremos a matéria.
Paulo declara em Efésios 6:18:
Quando você vai semear, planta sementes. Toda semeadura é feita com
sementes, mas existem vários tipos de semente e cada uma delas produz de
acordo com sua espécie, seu tipo. Se alguém quer arroz, planta sementes de
arroz. Se quer milhos, planta sementes de milho. Se alguém quer laranjas e
plantar sementes de abacate, nunca chegará lá.
Como oração é comunicação com Deus, nunca saberemos tudo e cada dia
seremos chamados a crescer no conhecimento dessa arte. Desde que me
encontrei com Cristo, no dia 20 de junho de 1963, dediquei-me à oração.
Umas das preocupações, logo no início da vida cristã, era manter a vida
devocional. Durante os seis anos de seminário esforcei-me para sempre ter
a vida de oração como prioridade. No trabalho da Igreja e, mais tarde, em
África, no campo missionário, mantinha a ênfase na importância de uma
vida aos pés do Mestre. Mas a fome de Deus tem sido algo crescente e
insaciável em meu coração. Isso me lança numa busca constante de Deus e
da Palavra para aprender os segredos da vida com Ele.
Em 1980, em Moçambique, adoeci mortalmente. Fui curada enquanto
voava da cidade da Beira para Maputo, a caminho da África do Sul, em
busca de socorro médico. No ano seguinte, no dia do meu aniversário,
olhando para trás fiz um balanço da minha vida. Estava em crise. Era a
única missionária evangélica num País comunista e em guerra, fome e
miséria. Cada pessoa que levava para o hospital morria na mesma semana.
Não posso esquecer o dia em que estava novamente no necrotério, dando
banho no cadáver enregelado de uma criança que, de tão raquítica, cabia na
palma da minha mão. Um mês atrás estivera ali dando banho no cadáver de
sua mãe, preparando-o para a sepultura. Meu coração gemeu: “Ó Deus,
onde está o teu poder? Sinto-me tão impotente nesta África assolada por
tantos males!”.
Voltei-me para a Bíblia e para a oração, mais do que nunca, Fizera um voto:
“Gastarei mais tempo contigo”. O Novo Ano chegara e, com ele, desafios
de conhecer a Deus. Resolvera ler o Velho Testamento durante aquele ano
duas vezes e o Novo doze, o que fiz, tudo regado com muita oração,
especialmente nas madrugadas.
Cerca de dois meses mais tarde, minha empregada adoeceu. No terceiro dia
da sua ausência, estava orando em meu escritório, com o rosto em terra:
“Senhor, preciso da minha empregada”. A voz suave do Espírito veio ao
meu coração e me assustou: “Levanta-te, vai lá e unge-a com óleo em nome
do Senhor”. Levantei a cabeça rápido como uma bala, abri os olhos, ainda
sobre os joelhos, de braços cruzados, e bradei: “O quê?” A palavra veio a
segunda vez. Repliquei: “Mas eu nunca fiz isso! Nem sei como se faz!”
Fazia três anos que orávamos por um lugar para a construção de uma casa
para uma das congregações. Construção bem simples. Ela se reunia numa
escola, mas o governo comunista havia proibido e agora os cultos eram
feitos no fundo de um quintal. Estávamos reunidos e abri a boca para orar
mais uma vez. No meio da oração fui subitamente interrompida por uma
forte impressão de que Deus não era o problema e mudei a forma de orar,
dizendo: “Satanás, Deus quer que tenhamos um terreno; não é Ele quem o
está segurando; és tu. Eu te ordeno: tira tua mão do lugar e solta nosso
terreno, em nome de Jesus! Solta-o agora!” Era um Domingo à tarde. Na
quinta-feira voltei àquela vila e fui informada de que haviam surgido dois
terrenos. E o mais curioso é que um deles pertencia a uma irmã que estava
orando conosco todo aquele tempo. Aprendi mais um princípio na vida de
oração.
CAPÍTULO 2
Resenha dos
Tipos de Oração
Oração é algo sério, específico, objetivo, e segue as regras e princípios da
Palavra de Deus. É a tentativa de orar em desarmonia com eles que resulta
em uma experiência frustrante de não ver as orações e súplicas respondidas.
Há certas orações que são dirigidas a Deus, por causa de Deus mesmo, o
que Ele é, o que Ele faz e o que tem feito por nós. Outra coisa não busco,
senão apresentar-Lhe minha gratidão, louvor e adoração. O motivo do meu
relacionamento, da minha oração, não sou eu, nem uma necessidade minha,
não é o outro ou sua necessidade, mas é Deus. Quero me concentrar nEle.
Dentro desse nível, temos três tipos de oração: ações de graça, louvor e
adoração.
1. Ações de graça
2. Louvor
3. Adoração
O tipo que exalta a Deus pelo que Ele é. Concentra-se no caráter de Deus,
nos Seus atributos, na Sua Pessoa. É a entrada no Santo dos Santos, para
responder ao amor de Deus. Ali nada fala do homem, mas de Deus. É o
reconhecimento do que Deus é. É a resposta do nosso amor ao amor Divino.
Esse nível de Deus é o que deve dominar a nossa vida. Quando falamos de
orar como um mode de viver, referimo-nos a esse nóvel o tempo todo com
uma atitude de gratidão, de louvor e adoração. É um relacionamento. Logo
ao despertar, você vai agradecendo a Deus o sono, a cama, a casa, a água, o
alimento, tudo. Nada de reclamação, de murmuração, mas de exaltação. Já
se levanta dizendo: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e
alegremo-nos nele. (Sl. 118:24)”.
Aqui vou a Deus por causa de uma necessidade pessoal. Existe alguma
circunstância em minha vida precisando ser alterada, alguma decisão a
tomar ou algum fardo sobre meus ombros. Embora falando com Deus, o
foco da atenção é a satisfação de necessidades pessoais. Busco uma
resposta para a alteração de alguma circunstância em minha vida que está
fora dos padrões de Deus para mim. Nesse nível temos também três tipos de
oração: Petição, Entrega e Consagração.
1. Petição ou Súplica
2. Consagração ou Dedicação
3. Entrega
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a
teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará”
(Mt. 6:6). Aqui fala do relacionamento pessoal. Não indica necessariamente
que sempre que se ora deva-se estar só, fisicamente, pois alguém pode se
isolar com o Pai no meio da multidão, tendo o coração totalmente voltado
para Deus, e pode estar no meio da multidão, mesmo estando sozinho.
B. Oração de concordância (dois ou três)
“Em verdade vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer cousa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida
por meu Pai que está nos Céus. Porque onde estiverem dois os três reunidos
em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt. 18:19,20).
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, terá sido ligado no
Céu, e tudo o que desligardes na terra, terá sido desligado no Céu” (Mt.
18:18).
A oração tem duas facetas: o encontro com Deus e a oposição satânica. O
adversário sempre tenta roubar nossas bênçãos e se interpor no caminho
entre nós e o Pai. Ligar e desligar fala da autoridade que temos em Cristo
para resistir as forças que se nos opõem na vida de oração.
Ao nome de Jesus todo joelho tem que se dobrar. Ele tanto nos ordenou ir a
Deus levando nossas orações em Seu nome (Jo. 14:13,14), como nos deu
autoridade de enfrentar Satanás também em Seu nome (Mc. 16:17). Jesus é
a porta que nos abre os tesouros da graça e tranca os poderes do inferno.
A Palavra de Deus é tanto fonte das nossas orações, como arma de combate
contra as forças das trevas. Ela é a espada do Espírito. Como tal, é arma
para combater as interferências e maquinações inimigas.
D. O Sangue de Jesus
Apocalipse nos informa que os santos vencem, tanto pela Palavra, quanto
pelo sangue do Cordeiro (Ap. 12:11). O sangue bendito garante nossa
cobertura e atesta que Satanás não tem reivindicações sobre a nossa vida e
pertencemos a Jesus.
Colocada esta breve introdução aos diversos tipos, formas, recursos e armas
de oração, vamos agora estudar cada um deles, buscando a luz do Espírito
de Deus para que revolucione nossa vida de oração e nos lance numa nova
dimensão na vida com Ele.
CAPÍTULO 3
Oração de
Ações de Graças
Destacaremos primeiro as ações de graça. Há tanto a agradecer!
Comecemos com o Salmo 95. Ele apresenta a progressão nas orações que se
enquadram no nível de Deus.
Entrai por suas portas com ações de graça, (ações de graça) e nos seus átrios
com hinos de louvor; (louvor) rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.
Porque o Senhor é bom, a Sua misericórdia dura para sempre” (adoração)
(Sl. 100:1,2,4).
Podemos dizer que nos átrios ocorrem as ações de graça, no lugar santo,
dentro das portas, acontece o louvor e no Santo dos Santos a adoração
encontra seu lugar. Nos átrios estamos conscientes das bênçãos, no lugar
santo, dos feitos de Deus e no Santíssimo a consciência é da pessoa, da
presença de Deus. Mas vamos nos deter primeiro nos átrios, o lugar das
ações de graça, do reconhecimento e gratidão a Deus.
Definição
A gratidão é mais que palavras; é uma atitude do nosso coração; ela move a
nossa vida. Quantas coisas fazemos para Deus, por gratidão! Ela nos
constrange a servi-lO, intensifica nosso amor a Ele, desenvolve a nossa fé.
Jesus tinha o hábito de dar graças antes de partir o pão (Mc. 8:6). Curioso é
notar que Ele tinha uma maneira peculiar de orar e dar graças. Lucas relata
um incidente em que Ele estava orando em certo lugar, e logo a seguir os
discípulos pediram: “Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou
aos seus discípulos” (Lc. 11:1).
Havia algo que lhes despertava o coração no modo como Ele se dirigia ao
Pai. Nas ações de graça também havia um fervor, uma vida, que era bem
diferente das orações formais que os judeus faziam antes de partir o pão.
Lucas registra o fato de que após a Sua ressurreição os discípulos não O
reconheceram quando lhes falava a caminho de Emaús. Mas quando
entraram em casa, sentaram-se à mesa e Jesus deu graças, seus olhos foram
abertos (Lc. 24:30,31). Aprendemos com Ele a dar graças Àquele que é a
fonte de todas as bênçãos.
“Bendito o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem
abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo” (Ef. 1:3).
2. Uma das funções dos cantores no templo era profetizar com harpas,
em ações de graça e louvores ao Senhor (I Cr.25:3).
Havia turnos, de tal modo que todo o incenso da gratidão e do louvor subia
diante de Deus no templo. Hoje nosso coração foi transformado em um
santuário, pelo que não deve faltar, em tempo algum, o incenso da gratidão
ao Pai.
Assim diz o Senhor: Neste lugar, que vós dizeis que está deserto, sem
homens nem animais, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que
estão assolados, sem homens, sem moradores e sem animais, ainda se
ouvirá a voz de júbilo e de alegria, a voz de noivo e a de noiva, e a voz dos
que cantam:
Rendei graças ao Senhor dos Exércitos, porque Ele é bom, porque a Sua
misericórdia dura para sempre; e dos que trazem ofertas de ações de graça à
casa do Senhor; porque restaurei a sorte da terra como no princípio, diz o
Senhor”.
(1) “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades (meus pecados foram
perdoados e Ele garante perdão para o passado, presente e futuro);
(2) Quem sara todas as tuas enfermidades (minhas enfermidades foram
saradas. Ele me livra das doenças. Meu espírito está sarado, minha alma
está sarada, meu corpo está sarado. Posso levantar os olhos para o Pai e
declarar: Estou livre, Senhor. Tenho muito para Te agradecer);
(3) Quem da cova redime a tua vida (sou redimido, livre da cova, da queda
e da destruição; o Senhor me protege. Não sei o que o futuro me reserva,
mas uma coisa sei: Deus está comigo e me conduz; não me deixará na
cova);
(5) Quem farta de bens a tua velhice (tenho toda provisão; o Deus que
cuidou de mim na minha juventude, é o mesmo que o fará na velhice. Aliás,
o crente não fica velho. “Mesmo que o nosso homem exterior se corrompa,
o nosso homem interior se renova de dia em dia” (2 Co. 4:16). Lá no Céu
não há velhice. Não temo a entrada em dias, pois à medida que os anos se
passam, caminho mais depressa para o encontro glorioso, quando verei o
Rei na Sua formosura. Quem anda com Deus na terra não teme a morte,
pois nunca morrerá. Será apenas transferido de um mundo adverso para seu
verdadeiro destino: a morada de Deus).
(6) De sorte que a tua mocidade se renova como a da águia (sou fortalecido)
“Sl. 103:3-5). Aleluia! Por tudo isso vou dar graças ao Deus da minha vida.
Ó minha alma, não esqueças dos benefícios do Senhor para contigo. Exulta,
dá gritos de gratidão, celebra o teu Deus! Tens muitos motivos para dar
graças ao Senhor!
Não quero que falte para os anjos oferecerem ao que está no Trono e ao
Cordeiro. Sempre que abrimos os lábios em ações de graça e louvor, e
adoração, estamos enviando incenso para o Céu. Uma das imagens mais
belas na terra é um povo de mãos erguidas para Deus em profunda
manifestação de gratidão, louvor e adoração, e tal atitude encontra eco na
Sala do Trono.
8. É a vontade de Deus que seu filho dê graças. “Em tudo dai graças,
porque esta é a vontade de Deus em Cristo para convosco” (I Ts. 5:18).
“Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça,
multiplicando-se, torne abundantes as ações de graça, por meio de muitos,
para glória de Deus” (2 Co. 4:15).
Se dar graças a Deus faz tanto bem à nossa alma e contagia o ambiente em
que vivemos, então vale a pena encher o coração, os lábios e a atmosfera
que nos cerca com elas.
Até nossa conversação deve ser permeada por elas. Paulo exorta que não se
nomeie entre nós “conversação torpe, nem palavras vãs, ou chocarrices,
cousas essas inconvenientes, antes, pelo contrário, ações de graça” (Ef. 5:4).
Em nossos encontros o toque da gratidão deve estar sempre presente.
Sonho com uma Igreja que encherá a atmosfera dos mercados, das ruas, dos
escritórios, das fábricas, dos templos e dos lares com expressões de
gratidão, louvor e adoração a Deus. Este País está destinado ao avivamento,
está destinado a ver a glória do Deus vivo. Já está vendo algo, mas verá
mais. E esse mover de oração gerará a visitação de Deus. Ele tem levantado
muitos ministérios no Brasil. Nenhum é mais importante do que o outro,
mas todos juntos se completam e serão usados para desencadear o que Deus
planejou para a Pátria.
Tão certo o sol se levanta cada manhã, esta nação provará o grande mover
do Espírito de Deus e se tornará testemunha para as nações da terra. Você
quer isto? Ofereça-se então como canal. Diga: “Pai, eu sou brasileiro e
quero dizer-te que te constituo Senhor do Brasil. Usarei os meus lábios para
saturar a própria atmosfera com as expressões do meu reconhecimento de
que És soberano sobre minha vida e minha nação”.
“Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nEle, nEle
radicados, e edificados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em
ações de graça” (Cl. 2:6,7).
Elas não apenas nascem em nosso coração e se espalham pela terra, mas
estão presentes no Céu. Lemos em Apocalipse da atividade que ocorre em
volta do Trono:
“Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graça ao que
se encontra sentado no Trono, ao que vive pelos séculos dos séculos...
Todos os anjos estavam de pé rodeando o Trono, os anciãos e os quatro
seres viventes, e, ante o Trono se prostraram sobre os seus rostos e
adoraram a Deus, dizendo; Amém. O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as
ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos
séculos dos séculos. Amém” (Ap.4:9; 7:11,12).
Graças por Jesus, meu Rei, razão da minha vida, meu bendito Salvador e
Senhor, que veio arrancar-me da lama do pecado, da escravidão e das
trevas, para transportar-me para o Teu Reino e elevar-me à posição de filho
Teu. Graças pelo Seu perdão e recriação do meu espírito. Ó graça inaudita,
que me deixa em eterna e impagável dívida de gratidão!
Graças Te rendo pelo Teu Espírito que vive em mim, pelo Seu poder que
em mim opera, Suas manifestações sobrenaturais e Sua doce voz que me
guia. Quem pode compreender essa misericórdia infinita que manifestas
para comigo, dando-me o Teu próprio Espírito para viver em mim e me
assistir no caminhar contigo aqui na Terra, para que eu vença o Diabo, o
pecado, o mundo e a carne? Vou sempre Te agradecer por tão preciosa
dádiva, que me enche o coração de um indizível gozo. Graças porque me
batizaste nEle e me deste uma linguagem espiritual para comungar contigo.
A Ti, meu Pai, pela dádiva do Espírito Santo, minha imorredoura gratidão.
Graças pelo ministério dos Teus anjos que me assistem, ainda que eu nem
perceba. Sei que trabalham ao meu favor e tenho experimentado sua
proteção. Graças porque me conduzes sempre em triunfo e desbaratas os
meus inimigos.
Graças, meu Deus, pela Tua Palavra, pois posso lê-la, entendê-la e por ela
falas ao meu coração e me fazes ouvir Tua voz. Graças pelo privilégio de
ser Teu canal para proclamá-la aos homens, pela vida que dela emana, Sua
luz que me dirige os passos para que não tropecem os meus pés.
Graças Te dou pelos meus irmãos que alegram minha alma e dão sentido à
vida, pelo serviço que lhes posso prestar e o que deles posso receber. Graças
pela doce comunhão de amor que podemos manter. Graças pela Igreja que
me abriga, pelo pastor que vela por minha alma e ministra ao meu coração.
Graças por todos os Teus filhos, essa maravilhosa família da qual faço
parte.
CAPÍTULO 4
Oração de
Louvor
Bendirei o Senhor em todo o tempo; o Seu louvor estará sempre nos meus
lábios” (Sl. 34:1)
Por que é importante louvar a Deus com nossa boca? Porque as palavras são
vivas. Palavras são sementes. Dentro delas há um poder de vida que
desabrocha quando plantadas, isto é, proferidas pelos nossos lábios, com
intensidade de coração. Nossas palavras estão em memória, tanto de Deus,
como do inimigo. Por isso a Bíblia declara que os homens darão conta das
suas palavras (Mt.12:36).
Quando expressamos nossos louvores, estamos atraindo a presença dos
anjos de Deus e pondo os demônios a correr; estamos criando em volta de
nós uma atmosfera propícia às manifestações da presença de Deus e
liberação do poder do Espírito Santo. Portanto, abra a boca e proclame:
“Exaltar-te-ei, ó Deus meu, e Rei; bendirei o teu nome para todo o sempre.
Todos os dias te bendirei, e louvarei o teu nome para todo o sempre. Grande
é o Senhor e mui digno de ser louvado; a Sua grandeza é insondável.
Estamos no segundo tipo de oração em que vamos a Deus por causa dEle
mesmo. Não é a necessidade que nos move a buscar a Sua face, mas o
reconhecimento do que Ele faz. Olhamos para a grandeza das obras das
Suas mãos e o ser inteiro, voltado para Ele, responde extasiado em
expressões de louvor. Nosso coração está cheio de Deus, nossa alma está
inundada de Sua presença e então abrimos os lábios para extravasar o que
brota da alma, por causa do Espírito que em nós habita e nos enche de
louvor. “A boca fala do que o coração está cheio”. “De boas palavras
transborda o meu coração” (Sl. 45:1)
Se você enche o coração das palavras de Deus, se você se enche da
presença do Senhor, dos seus lábios brotarão expressões, palavras, melodias
e cânticos de louvor. Isso é oração.
A Bíblia inteira nos convida a louvar a Deus. “Todo ser que respira louve ao
Senhor. Aleluia!” (Sl. 150:6). Este é o imperativo com que o Livro dos
Salmos, manual de louvor, termina.
Sacrifício implica em que há algum custo. Significa que não vou depender
das disposições da minha carne ou sentimentos, nem das circunstâncias,
para louvar a Deus. Ainda que esteja atravessando crises, dores, sofrimento
ou cansaço, haverá em meus lábios uma expressão de louvor. Até mesmo
por entre as lágrimas louvarei ao meu Deus. Quando parecer custoso e
difícil, ainda assim deixarei subir do Trono o incenso do meu louvor, como
sacrifício de um coração que ama a Deus.
O que de fato ocorre? O louvor conduz ao Trono e este libera Seu poder,
Sua glória, Sua presença transformadora, então, milagres instantâneos
acontecem. É o Espírito de Deus agindo no meio do povo. Quando Deus é
exaltado, a glória do Trono desce à terra. Como precisamos tirar os olhos do
homem e colocá-los em Deus! Ele é digno de honra, de glória, de louvor e
de exaltação. Tudo provém dEle e volta para Ele.
Há muitos que não conseguem passar do louvor para a adoração, mas este é
nosso alvo maior, nosso destino. Devemos, pois, louvar com tanta
intensidade que sejamos transportados para a real presença de Deus, no
lugar Santíssimo onde só a consciência de Deus nos domina.
O Segundo livro das Crônicas relata uma história curiosa. Josafá estava
sendo ameaçado por tropas inimigas e ora ao Senhor. A direção vem e ele
prepara um batalhão de elite que vai à frente do exército, trajado de vestes e
ornamentos sagrados, “para louvarem ao Senhor Deus de Israel, em voz alta
sobremaneira” (2Cr. 20:19).
Quando o inimigo se levantar contra você; quando a crise bater à sua porta;
quando parecer que um vendaval vem para destruir sua vida, não entre em
pânico. Erga a voz em altos louvores ao Senhor de toda a terra. Dele é a
guerra e Ele está do seu lado. Sua função é louvá-lO; a dEle é dar-lhe a
vitória. Há uma força, um poder invencível no louvor, que é qual bomba
atômica sobre o inimigo. Ele tenta todas as maneiras de lançar-nos no
desespero, na angústia, na dúvida, no medo, mas se cada vez que investe
contra nós nos encontra louvando a Deus, não terá outra alternativa senão
reconhecer sua derrota e afastar-se envergonhado.
“Exultai, ó justos, no Senhor! Aos retos fica bem louvá-lO (Sl. 33:1).
O homem foi feito por Deus e só encontrará sua razão de ser e plenitude em
Deus mesmo. Há no seu coração uma fome de alegria, de felicidade, que os
prazeres do mundo e da carne jamais conseguirão satisfazer.
Há muitas formas de prazer na vida, mas toda alegria por elas produzidas
dura pouco e é supérflua. O segredo da felicidade, do prazer e da verdadeira
alegria está em Deus. Quando o homem encontra o caminho de volta para
Ele e se abre em louvor e exaltação, muitas vezes tem até a impressão de
que vai rebentar, de tanto gozo e felicidade. E é algo permanente que nada
tem a ver com as circunstâncias.
O louvor está muitas vezes associado aos cânticos. São muitos os Salmos
que nos convidam a cantar louvores ao Senhor.
A Bíblia deixa mais do que claro que a manifestação física faz parte do
louvor. Para além do cântico, são mencionadas as danças e o levantar das
mãos. O Salmista declara: “Louvai-O com adufes e danças...” (Sl. 150:4).
Danças de alegria, danças de louvor e adoração, mas nada de danças e
rebolados sensuais, que apelam apenas para a carne. Quem vai à Festa dos
Tabernáculos em Jerusalém, tem uma experiência fascinante, vendo como
as expressões físicas podem ser belamente usadas para as mais nobres
manifestações de louvor e adoração a Deus. As danças, o movimento do
corpo todo, as expressões corporais e faciais despertam a alma para se
deixar arrebatar nas mais profundas manifestações de louvor a Deus.
Evidentemente nada disso é louvor em si, mas pode ser um poderoso
veículo para expressar o que está em seu coração.
“Saiu uma voz do Trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos
os seus servos, os que O temeis, os pequenos e os grandes. Então ouvi uma
como voz de numerosa multidão, como de muitas águas, e como de fortes
trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-
Poderoso” (Ap. 19:6).
O louvor deve ser uma experiência contínua. Façamos da nossa vida uma
expressão de louvor a Deus.
Mais tarde ele não se contenta com a manhã e declara: “Levanto-me à meia
noite para te dar graças, por causa dos teus retos juízos” (Sl. 119:62).
Agora ele passa a louvar mais vezes: “Sete vezes no dia eu te louvo pela
justiça dos teus juízos” (Sl. 119:164).
Finalmente ele descobre que deve louvar como um modo de viver e declara:
“Bendirei ao Senhor em todo o tempo, o Seu louvor estará sempre nos meus
lábios” (Sl. 34:1).
CAPÍTULO 5
Oração de
Adoração
Há escondida dentro do coração de cada homem uma fome e necessidade
que ele nem sempre sabe discernir de quê. Ele busca a sua satisfação em
muitas fontes, mas ela permanece. Ocorre que Deus colocou em seu
coração um vazio que tem a forma de Deus e só há uma maneira de
preenchê-lo: é na presença de Deus. Portanto, a fome, a necessidade e o
vazio só serão satisfeitos com a adoração ao Criador.
Trevas e luz não caminham juntas. Por isso, para que o homem possa de
fato se tornar um adorador de Deus, tem que passar pela experiência do
novo nascimento; tem que renunciar o pecado, a carne, o mundo, o diabo e
se entregar a Jesus como seu único e todo suficiente Senhor e Salvador e,
então, o Espírito Santo entrará em seu coração, transformará sua natureza e
fará com que dentro dele nasça um filho para Deus e ali se estabelecerá um
elo de ligação, que lhe permitirá ser transformado em adorador. Glória,
pois, a Deus pelo Seu Espírito que nos capacita a entrar no Santo dos
Santos, habitação de Deus, onde finalmente encontramos nossa razão de
viver: Adorar a Deus.
O nosso espírito busca ser liberto do cativeiro e alçar vôo rumo à presença
de Deus, assim como pássaros parecem compelidos a responder um
chamado para migrarem. É Deus nos atraindo para Si. Você já percebeu que
quando entra em profunda adoração, tem sensação de plenitude? Deus é
nossa plenitude e a adoração é a forma mais elevada de relacionamento com
Ele.
O Que é Adoração
“E os quatro seres viventes, tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por
dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de dia nem de
noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso,
aquele que era, e que é e que há de vir.
Significado da Palavra
Não esqueça: Seu destino é o Santo dos Santos e não há plenitude sem
adoração. Adoração é um modo de viver.
Como Expressar a Adoração
Elementos da Adoração
1. A Oração
O que estou fazendo? Lançando mão da oração para adorar a Deus. E isto
deve ser uma constante em nossa vida.
2. O Louvor
3. A Confissão
Deus está em Sua Palavra. Quando nos aproximamos dela com a devida
reverência, encontramo-nos, atrás da letra, com o Senhor de Quem ela
procede e, de repente, estamos diante de Sua face em profunda devoção e
expressão de amor, movidos pela sublimidade de um Deus tão infinito que
atenta para um ser pequenino como você e eu. Adoração se torna a resposta
mais adequada para o momento.
5. A Pregação
7. A Oferta
Esses elementos podem ser parte da adoração, mas não são, em si mesmos,
adoração, nem a substituem. São simples guias, elementos que despertam o
coração a entrar na presença de Deus e responder ao seu amor.
Poderíamos dizer que todos os elementos que fazem nosso culto cristão são
veículos de adoração. Verdade é que alguém pode participar de tudo isso
com um coração alheio, vazio e distante. Tais elementos muitas vezes não
passam de ritos vazios, Mas o problema não está neles e sim, na atitude de
quem deles participa. Quando tudo é feito com o espírito certo, voltado para
Deus, o Espírito do Senhor se move e conduz o adorador no ato da
adoração.
Atitudes de Adoração
“Convidou-O um dos fariseus para que fosse jantar com Ele. Jesus,
entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da
cidade, pecadora, sabendo que Ele estava à mesa na casa do fariseu, levou
um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos Seus pés,
chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios
cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento” (Lc. 7:36-38).
Uma mulher digna , em Israel, não mostrava seus cabelos em público. Eles
eram símbolo de sensualidade e só o marido poderia vê-los. Mas ela não se
importa de ser rebaixada e soltar os cabelos para enxugar os pés do Mestre,
não em um gesto de sensualidade, mas de humildade e amor, pois ela não
dispunha de uma toalha e, na sua espontânea simplicidade achou ser uma
atitude adequada.
Paulo diz ser o cabelo da mulher sua “glória”. Ela, portanto, tomou sua
glória para lavar a lama dos pés de Jesus. E Deus sempre atentará para um
coração que é capaz de se humilhar.
“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o
nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o
contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e
vivificar o coração dos contritos” (Is. 57:15). E Pedro nos adverte: “Cingi-
vos de toda humildade, porque Deus reside aos soberbos, contudo aos
humildes concede a Sua graça” (I Pe. 5:5b).
(3) Amor – Sua atitude estava repassada de amor. Jesus mesmo, que
conhece os corações, disse: “Ela muito amou”. Ora, esta mulher está
envolvida num ato de adoração. Está expressando seu amor. Amor é
resposta. Não se ensina adoração, porque adorar é amar, e o amor sempre há
de encontrar uma atitude adequada para ser extravasado diante de quem é
seu alvo, ainda que pareça estranho aos circunstantes. No presente caso, a
mulher provoca reação negativa dos que estão à mesa, mas Jesus recebe
com agrado o amor da pecadora perdoada, como uma atitude de verdadeira
adoração.
(4) Dádiva – Ela não se limitou à expressão de suas emoções; ela também
deu uma evidência tangível do seu amor, devoção e adoração.
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em
favor dos seus amigos” (Jo. 15:13). “Mas Deus prova o Seu próprio amor
para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores” (Rm 5:8).
“Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, que a hora vem quando nem neste monte,
nem em Jerusalém adorareis o Pai” (Jo. 4:20,21). A adoração é dirigida ao
Pai. É Ele Quem procura adoradores. Ele somente deve ser o objeto e o alvo
da nossa devoção maior e suprema adoração. Não há outro Deus, senão o
Senhor, logo, não há outro que possa disputar Seu lugar em nossa vida. Ele
não admite rival.
Já chegou um novo dia! E o que Jesus fez há dois mil anos atrás tem um
efeito presente para você hoje. Basta abrir o coração para o Espírito de
Deus. O resto Ele fará. Nunca mais você se aproximará dEle com um
coração vazio ou meramente religioso. Você conhecerá Sua intimidade.
Você nunca mais precisará de um objeto, nunca mais se ajoelhará diante de
uma estátua. Dentro do seu coração está o Espírito de Deus, que se moverá
em você, e o seu espírito se elevará e será introduzido na presença de Deus
e encontrar-se-á na sala do Trono, com a consciência da Sua presença
augusta e Suas hostes celestiais.
A Verdadeira Adoração
Isto é louvor, não resta dúvida. Mas depois de ser plenamente expresso a
Deus, o Salmista convida: “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos
diante do Senhor que nos criou” (v. 6).
O mesmo padrão pode ser visto no Salmo 96:4,7,8,9. Mas ainda que a
adoração possa depender do louvor, o louvor não é seu substituto, mas um
precioso suplemento.
Os que louvam e querem ser adoradores, devem aplicar o teste: estou indo a
Deus para dar, ou para receber? Estou ministrando ao Senhor, ou buscando
ser ministrado por Ele?
2. No Impulso – O impulso primeiro do louvor é a resposta positiva voltada
para Deus, baseado muito mais nos seus feitos do que em sua Pessoa. O
Salmista convida a louvar a Deus pelos seus feitos. Moisés louva pela
libertação (Ex. 15); Ana louva por Samuel (I Sm. 2:1-10; Sl. 107:8,21,31).
No louvor nós expressamos uma profunda apreciação a Deus pelo que Ele
nos tem feito, mas na adoração nós “vivemos para o Senhor”.
É por isso que começamos nosso estudo sobre oração pelo nível mais
elevado. Se você quer estudar mais sobre o assunto de adoração, temos uma
série de cds intitulada Verdadeiros Adoradores.
CAPÍTULO 6
Oração de
Petição
Entraremos agora nos tipos de oração que visam mudar uma circunstância
em nossa própria vida. Como já vimos, são três: petição, consagração e
entrega.
“Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que
recebestes, e será assim convosco” (Mc. 11:24; Mt. 21:22).
Deus é a fonte de toda a bênção e Ele tem a solução para todos os nossos
problemas. Ele tem recursos inesgotáveis para satisfazer cada uma das
nossas necessidades. “O meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de
suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp. 4:19).
A Bíblia ensina que a oração deve ser específica, bem objetiva. Em Lucas
11, por exemplo, Jesus, falando sobre petição, conta uma parábola de um
homem que à meia noite procura um amigo e diz: “Amigo, empresta-me
três pães, pois um meu amigo chegando de viagem, procurou-me, e eu nada
tenho que lhe oferecer” (Lc. 11:5). Este é um pedido bem objetivo e,
consequentemente a resposta será de igual modo objetiva: exatamente o que
foi pedido.
Tiago, falando sobre o mesmo assunto, assevera: “Se, porém, algum de vós
necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada
lhes impropera; e ser-lhe-á concedida””(Tg. 1:5). Há uma necessidade
específica? Transforme-a em objeto da sua petição e ela será o objeto da
resposta de Deus.
Certa vez Jesus passava por Jericó e um cego, chamado Bartimeu, gritava:
“Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” (Lc. 18:38). Aquela,
porém, era uma oração muito vaga. Jesus já estava movido de compaixão
por todos os homens. Por isso mesmo Ele desceu da glória. Diante, pois, do
clamor do cego, Jesus replicou: “Que queres que Eu te faça?” Ao que ele
respondeu: “Senhor, que eu torne a ver”. Então Jesus disse: “Recupera a tua
vista”. E qual o resultado? “Imediatamente tornou a ver” (Lc.18:41-43). E
aqui está um princípio: petições específicas recebem respostas específicas.
“Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses
de bondade para com o meu senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de
água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; dá-me, pois,
que a moça a quem eu disser: Inclina o cântaro para que eu beba; e ela me
responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que
designaste para o teu servo Isaque; e nisso verei seja a que designaste para o
teu servo Isaque; e nisso verei 14).
Ora, o que aconteceu foi exatamente o que ele pediu. Rebeca, sobrinha de
Abraão, agiu do modo como Eliezer orou e veio a tornar-se esposa de
Isaque.
“Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição, que eu lhe
fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor, por todos os
dias que viver; pois do Senhor o pedi. E eles adoraram ali ao Senhor” (I Sm.
1:27,28).
Glória a Deus para todo o sempre! Há algo nEle que encanta e enternece a
alma. Sendo tão infinito, o Senhor do Universo inteiro, atenta para a petição
sincera, específica de um filho Seu que clama, e Se apressa em satisfazer
aos desejos do seu coração. Esse é o nosso Deus, e Ele será o nosso guia
para sempre!
Como ser definido:
(1) Analise sua orações. Coloque de lado aquelas que são insinceras ou
feitas por mera obrigação. Separe as coisas que você realmente deseja e
pelas quais tem um peso de oração; aquilo que está verdadeiramente em seu
coração e para o que espera resposta específica.
Oração específica não é uma tentativa de você fazer Deus concordar com
seu desejo, mas é antes descobrir o desejo de Deus para você e orar de
acordo com o que o Espírito coloca em seu coração.
(3) Escreva seu desejo. Isso lhe ajudará a ser específico e prepare-se
convenientemente para apresentar sua petição, assistido pelo Espírito Santo,
de tal modo que alcance a resposta específica.
Toda a oração deve ser feita de acordo com a vontade de Deus revelada. A
fé começa onde a vontade de Deus é conhecida. Sua vontade é revelada na
Palavra escrita. Deus está preso à Sua Palavra. A Palavra expressa o que
Deus é. Ele é absolutamente fiel ao que prometeu.
Você não tem interesse em desejar o que Deus não quer para sua vida.
Pesquisando a Palavra, sob a direção do Espírito Santo, você descobrirá se
seu desejo deve ser abandonado ou se é digno de ser transformado em
objeto de oração.
Primeiro, Deus tem habilidade de cumprir aquilo que prometeu. Paulo diz
de Abraão que estava “plenamente convicto de que Ele (Deus) era poderoso
para cumprir o que prometera” (Rm. 4:21). O próprio Senhor declara por
boca do profeta: “Eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir” (Jr. 1:12).
Segundo, O conhecimento da vontade de Deus revelada em Sua Palavra
dar-lhe-á a certeza de que sua petição será atendida, como está escrito: “E
esta é a confiança que temos para com Ele, que, se pedirmos alguma cousa
segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (I Jo. 5:14).
Terceiro, o conhecimento das promessas de Deus relativas ao seu desejo,
despertará e alimentará sua fé. “Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que
nEle crê não será confundido” (Rm. 10:11).
(1) Davi ora por sua casa, de acordo com a Palavra do Senhor, de que lhe
edificaria casa estável. Deus enviara uma palavra por Natã, o profeta. O
capítulo dezessete de I Crônicas narra o incidente. “... há de ser quando os
teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então farei
levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e
estabelecerei o seu Reino. Esse me edificará casa; e Eu estabelecerei o seu
Trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha
misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele, que foi antes de ti.
Mas o confirmarei na minha casa e no meu Reino para sempre, e o seu
Trono será estabelecido para sempre” (I Cr. 17:11-14).
Quando Davi recebeu tais promessas, elevou ao Pai sua petição, de acordo
com elas:
“Agora, ó Senhor, seja confirmada para sempre a Palavra que falaste acerca
do Teu servo, e acerca da sua casa, e faze como falaste... Agora, pois, ó
Senhor, Tu és Deus e falaste este bem acerca de teu servo. E agora foste
servido, abençoar a casa de teu servo, para que permaneça para semre
diante de Ti: porque Tu, Senhor, a abençoaste, ficará abençoada para
sempre” ” (I Cr. 17:23,26,27).
“Ah! Senhor, Deus de nossos pais, porventura não és Tu Deus nos Céus?
Não és Tu que dominas sobre todos os Reinos dos povos? Na Tua mão está
a força e o poder, e não há quem te possa resistir. Porventura, ó nosso Deus,
não lançaste fora os moradores desta terra e de diante do teu povo Israel, e
não a deste para sempre à posteridade de Abraão, teu amigo? Habitaram
nela e nela edificaram um santuário ao teu nome, dizendo: Se algum mal
nos sobrevier, espada por castigo, peste ou fome, nós nos apresentaremos
diante desta casa e diante de Ti, pois o teu nome está nesta casa; e
clamaremos a Ti na nossa angústia, e Tu nos ouvirás e livrarás. Agora, pois,
eis que os filhos de Amom e de Moabe, e os do monte Seir, cujas terras não
permitiste Israel invadir, quando vinham da terra do Egito, mas deles se
desviaram e não os destruíram, eis que nos dão o pago, vindo para lançar-
nos fora da Tua possessão, que nos deste por herança. Ah! Nosso Deus,
acaso não executarás Tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não
há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não
sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em Ti” (2 Cr.
20:6-12).
Para cada pedido que fazemos a Deus devemos ter uma passagem na Bíblia
a sustentá-lo. Por exemplo:
Faça seu pedido a Deus de modo simples e claro, invocando o que Ele
prometeu na Sua Palavra. Se você já sabe o que quer do Pai e se certificou
de que Ele lhe fez uma promessa em Sua Palavra, agora é só apresentar o
caso diante dEle, por meio de um pedido. Nada mais simples do que isto.
Siga os exemplos apresentados.
A Palavra nos encoraja: “Não andeis ansiosos por cousa alguma; em tudo,
porém, sejam conhecidas diante de Deus sa vossas petições...” (Fp. 4:6).
“Quanto mais vosso Pai celestial, dará boas coisas aos que Lhe pedirem”
(Mt. 7:11).
“Quanto mais vosso Pai celestial, dará o Espírito Santo àqueles que Lho
pedirem” (Lc. 11:13).
“Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu o farei” (Jo. 14:14).
“Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o
vosso gozo seja completo” (Jo. 16:24).
Pedidos na Oração Sacerdotal de Jesus
Pela proteção dos discípulos: “Não peço que os tires do mundo, mas que os
livres do mal” (v. 15)
Pela santificação dos discípulos: “Santificai-os na verdade” (v. 17).
Pelos resultados do trabalho dos discípulos: “Rogo por aqueles que vierem
a crer em Mim, por intermédio da Sua Palavra” (v. 20).
Pela unidade espiritual dos discípulos em Cristo e no Pai: “Que todos sejam
um; e como Tu és, ó Pai, em Mim, e Eu em Ti, também sejam eles em nós”
(v. 21).
Pela participação dos discípulos na Sua glória: “Que onde Eu estou, estejam
também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me
conferiste” (v. 24).
Você verificou que Jesus intercedeu por você e por mim naquela oração?
Ele nos incluiu em Suas petições, antes mesmo da Sua crucificação. Depois,
no Getsêmane, quando Ele agonizava pelos pecados do mundo, nós
estávamos em Suas orações. Por isso também nós estávamos naquela cruz,
quando Ele subiu ao Calvário; estávamos no Hades quando Ele desceu à
sepultura e, glória a Deus, estávamos também nEle quando ressurgiu dos
mortos, e estamos nEle assentados nas regiões celestes. É essa consciência
da ligação em Cristo, que nos dá uma força tremenda para orar. Sabemos
que Deus se alegra em nos ouvir!
Tenha a firme convicção, com base na promessa Divina, que Deus atendeu
sua petição. A manifestação da resposta já está a caminho. Em outras
palavras, creia que você recebeu o que pediu.
E se você crê, só pedirá uma vez. Quando pedimos a mesma coisa muitas
vezes, é porque ou não entendemos o que estamos fazendo, ou não cremos
que Deus respondeu.
Mas deixe-nos lembrar que aqui estamos tratando apenas da petição, isto é,
uma oração que você faz por si mesmo, conhecendo a promessa de Deus,
consciente, portanto, de que faz uma oração de acordo com a vontade de
Deus, pelo que Ele certamente atenderá. Existem tipos de oração que não
obedecem a este princípio e que estudaremos depois.
Todos os filhos de Deus têm fé. Você já tem fé. Comece com a medida do
que Deus lhe deu.
(2) Aprenda a Palavra de Deus, porque a fé é baseada nas promessas de
Deus e “Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo” (Rm.
10:13). À medida que nos tornamos familiares com a natureza de Deus
revelada na Bíblia, a fé é desenvolvida (Jo. 15:7).
(1) Não tente crer; simplesmente aja de acordo com a Palavra. A fé não
é uma tentativa. É uma resposta à fidelidade dAquele que prometeu.
(2) Não use uma confissão dupla, de modo que num momento você
confessa: “Sim, Ele ouviu minha oração. Estou curado.” OU, “minha
necessidade será satisfeita.” Depois, porém, começa a questionar: “Como
isso vai acontecer? Como vou consegui-lo?”
Sua última confissão cancela a primeira. Uma confissão errada, em
incredulidade e dúvida, destrói a oração da fé.
(3) Não confie na fé de outras pessoas – tenha sua própria fé. Assim como
você tem sua própria roupa, tenha sua própria fé. Aja de acordo com a
Palavra, por si mesmo.
(6) Nunca fale sobre fracasso. Fale sobre a Palavra, sua absoluta
integridade e sobre sua confiança nela. Fale de sua disposição de agir de
acordo com ela e ater-se à sua confissão de que ela é fiel.
- Você não pode desenvolver uma vida de oração que nada é senão palavras,
a menos que a Palavra de Deus tenha uma parte real em sua vida.
- Filho de Deus, com uma posição legal e a habilidade de Deus para vencer,
embora ainda viva como homem.
- Tem um caminho aberto para comparecer diante do Trono de Deus quando
o desejar.
- Tem a justiça de Deus, que o capacita a colocar-se na presença do Pai com
a mesma liberdade que Jesus possuía.
Apesar de tudo quanto foi dito, o homem descrito por Tiago vive como uma
pessoa comum e, quando a crise vem, ele procura alguém para crer por ele.
É claro que ele pode orar, mas suas orações não passam de palavras vazias,
quando poderiam estar cheias de fé, nascidas de uma real comunhão com o
Pai.
Ele é um ouvinte que “esquece”; um crente que não é “prati cante”. Ele
conhece o caminho, mas não é capaz de segui-lo. Guarde bem esta verdade:
Ser praticante das Palavras de Jesus é o segredo real de uma vida de fé e
oração bem sucedida.
Tome cuidado para que sua conversa e atitudes sobre o que você pediu a
Deus, estejam em linha com sua fé de que Ele ouviu sua petição, quando ela
Lhe foi apresentada. Sempre manifestamos fé ou incredulidade pela nossa
confissão. Poucos percebem o efeito da palavra falada sobre seu próprio
coração, sentimos o mesmo sobre o adversário, mas porque elas expressam
uma realidade do coração, terminam produzindo seu fruto negativo ou
positivo, de acordo com o que foi dito.
“Porque em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: Ergue-te
e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que
diz, assim será com ele”.
Sua confiança não é nas orações dos outros, mas na imutável e indestrutível
Palavra de Deus. Por isso você se recusa a permitir que seus lábios
destruam a eficácia da Palavra no seu caso. Você se conservará firme à sua
confissão, ainda que pareça aos olhos humanos que sua oração não foi
respondida.
6. Rejeite a Dúvida
Rejeite toda a dúvida que assaltar sua mente quanto ao fato de que Deus já
respondeu sua oração.
Deixe que cada pensamento, cada imagem e desejo afirme que você tem o
que pediu. Não olhe para as circunstâncias, para os sintomas, mas firme-se
na Palavra e isso manterá a dúvida fora do seu território.
7. Guarde a Promessa
Conserve uma visão clara das promessas que serviram de base para sua
petição. Provérbios nos adverte:
“Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina
o teu ouvido. Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais
íntimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha e saúde para o
seu corpo” (Pv. 4:20-21).
“Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nele dia e noite, para
que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então
farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” (Js. 1:8).
E o sucesso no caso em pauta, é a resposta à petição.
8. Louve a Deus
Conserve-se numa atitude de louvor e gratidão a Deus até à plena
materialização da resposta ao pedido.
Você não deve esperar a manifestação para poder agradecer. Agradeça logo,
pois a sua convicção é que Deus é fiel à Sua Palavra e a materialização da
resposta é apenas uma questão de tempo.
CAPÍTULO 7
Oração de
Consagração
Surgem ocasiões em nossa vida quando teremos que tomar decisões, seguir
por um determinado caminho e a vontade de Deus naquela área não está
claramente revelada em Sua Palavra. Não há uma palavra específica
dizendo “faça isso ou aquilo”, “vá aqui ou acolá”.
Por exemplo, não há um texto na Bíblia dizendo onde você deve morar,
qual será sua profissão, com quem vai se casar, quantos filhos deve ter, em
que Igreja se congregar... Cada dia pode surgir uma nova situação para a
qual você tem uma direção clara na Bíblia, ou você não está consciente
dela. O que fazer? Como orar? Uma petição? Não. É aí quando, em vez de
começar a pedir, você deve buscar a face do Pai e esperar em Sua presença
a fim de conhecer os propósitos Divinos para aquela situação específica.
Jesus fez esta oração no Getsêmane: “Pai, se queres afasta de mim este
cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua”. Mais que um
pedido, ou palavras, é uma rendição, uma atitude de submissão e
obediência. Para o Mestre não importava o querer do Pai, seria bem vindo,
ainda que fosse a cruz, o sofrimento e a morte. E era. Contudo, não há
hesitação. Isaías testifica: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma,
e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o Seu conhecimento,
justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre Si” (Is. 53:11).
Uma vez conhecido o plano de Deus, não se trata de receber dEle alguma
coisa, mas fazer alguma coisa de acordo com a direção recebida.
Talvez este seja um dos mais difíceis tipos de oração, porque nossa vontade
é tão forte que se torna difícil discernir a de Deus. Não é agradável à carne
abrir mão das suas preferências e direitos e o coração também é enganoso.
Jeremias já declarou: “Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e
desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr. 17:9). Quantas vezes
julgamos ter um coração submisso e quando Deus aponta determinado
caminho encontramos dificuldade em entender, ou não queremos entender,
porque estamos presos a preconceitos, e vontade própria?
Experiência em África
Julguei que daquela vez seria expulsa. Fui a Maputo tentar solucionar o
problema de visto. Ao entrar na repartição do governo, alguém me saudou
com espanto e alegre entusiasmo: “Irmã Valnice! Ficou em Moçambique?!
Que alegria revê
-la aqui!”.
Agora você vai entender porque dissemos que as orações no nível de Deus
determinarão o sucesso nos demais tipos. É que elas desenvolverão um
relacionamento mais profundo com Ele e um maior quebrantamento do
coração, que sempre resulta em submissão e obediência.
Passado os seis meses, retirei-me por catorze dias, em jejum e oração. Certa
ocasião, após ter estado orando por cinco horas seguidas em línguas e, ao
mesmo tempo, ouvindo a leitura da Bíblia em cassete, o Espírito falou-me:
“Quero falar contigo em Ezequiel 3.”
Mais tarde, naquele retiro, Ele falou-me que eu não voltaria a Moçambique
e que tinha um novo ministério para mim. Recebi direção para os próximos
seis meses, com a informação de que, então, saberia o próximo passo.
Veio, então, Dr. Ness, falando sobre a consagração dos sacerdotes e a unção
com óleo. Depois disto começou a unção dos participantes do Seminário,
que eram cerca de 1800. A liberação da presença e do poder de Deus
enchiam o auditório. A partir das últimas filas, solenemente, os
participantes iam à frente e recebiam a unção. Tive que esperar muito e o
fazia numa atitude de quebrantamento e profunda submissão, em meio a
muitas lágrimas. Chegou a vez da fila em que me encontrava. Não posso
precisar, mas creio que havia umas cinco pessoas em minha frente quando o
Espírito do Senhor veio sobre mim. Fui envolvida como que por um manto
e caí com o rosto em terra diante da augusta e temível presença de Deus.
Ali Sua voz se fez ouvir em meu espírito:
Mais uma vez era apanhada de surpresa, descobrindo que ainda não era
fácil abrir mão de preferência ou tendência de fuga. Fiquei em silêncio ali
com o rosto em terra, esmagada pela presença do Altíssimo, diante de uma
revelação que parecia maior que minha capacidade humana de suportar.
Brasil tinha sabor de navalhas. Eu tinha uma tremenda porta aberta diante
de mim para servir em África, mas teria que devolver a África para Deus.
Após um tempo de silêncio, que me parecia uma eternidade, o Senhor
voltou a falar:
- “Tenho um ministério para ti no Brasil. Treina-me um exército”.
- “Eu???!!!” Repliquei.
Minha carne gemeu. Senti que tinha um Getsêmane diante de mim. Mas o
que dizer a Deus? Poderia negar-Lhe alguma coisa? Quantas vezes dissera:
“Servo não faz perguntas; não questiona. Obedece ao seu Senhor!”Poderia
esquecer a aliança que fizera com Ele, quando tinha dezessete anos, antes
de entrar no Seminário: “Eu Te obedecerei sempre, sem nunca
questionar?!”. Finalmente aventurei uma única pergunta:
- “Quando?”
Depois de mais um tempo, levantei-me. Não sei o que foi dito depois
daquele incidente. Estava dominada pelo impacto de tão grande visitação.
Mais uma surpresa. Julgava estar fazendo alguma coisa. Seis anos de
seminário e quinze de África, apenas para ser treinada para o presente
ministério que Deus fazia arder em meu coração desde o momento em que
me chamou para ministrar aos homens a Sua Palavra. Estava pasmada, mas
sabia que Deus respondera minha oração de consagração que, naquela fase,
já durava mais de dois anos. Agora era só obedecer.
CAPÍTULO 8
Oração de
Entrega
Todos sabem o que significa ter um peso de ansiedade e preocupação. O
tipo de oração que agora consideraremos trata desse assunto. É o terceiro
tipo do nosso nível, em que vamos a Deus para mudar uma circunstância.
Pedro aconselha: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele
tem cuidado de vós” (I Pe. 5:7). A figura aqui é de alguém que tem um peso
e o atira para outro, ficando livre do mesmo. Imagine-se agora com um
grande fardo sobre os ombros, e você diz:
- “Que peso horrível! Não aguento carregá-lo!” O Senhor olha para você,
sorrindo, e diz:
- “Deixa comigo, que Eu o carrego”.
Você o lança em Suas mãos e fica livre. O fardo já não é seu. É do Senhor!
Isto é o que significa “lançar sobre Ele toda a vossa ansiedade”.
É possível que você saiba de cor o versículo citado. Você crê nele? “Claro!”
é a sua resposta. E você está entregando tudo e entrando no descanso da fé?
Talvez sua resposta seja: “Na hora da oração, sim, mas depois tomo tudo de
volta e continuo me preocupando”. Por quê?
A tudo quanto dizemos “Eu creio”, mas não vivemos, não passa de um
mero assentimento intelectual. Concordamos que a promessa de Deus é
verdadeira, mas ela ainda não se materializou em nossa circunstância. Há
uma longa distância entre o assentimento intelectual e a fé. O assentimento
é a concordância de que o que Deus disse é verdade, pois não posso
contrariar o que Ele diz. A fé é quando esse fato é transferido da minha
mente para o meu coração, e ele não se torna mais um mero conhecimento
intelectual, porém um conhecimento experimental. A palavra que entrou na
mente, se torna “rhema” no coração, isto é, viva, pessoal.
Certa vez apanhei malária cerebral. Na altura estava ensinado seis horas por
dia. Agora estava fora de combate. Não conseguia falar nem por meia hora.
Num Sábado pela manhã, lendo Mateus, as palavras do versículo 21 do
vigésimo primeiro capítulo, brilharam em meu coração: “Jesus, porém, lhes
respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não
somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo se a este monte
disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes
em oração, crendo, recebereis” (Mt. 21:21,22).
Aquele era um versículo que eu sabia de cor, como tantos outros . Mas
sofria há três dias. Naquele momento, porém, apropriei-me da promessa e
recebi sua manifestação. Isto é “rhema”, isto é, a transferência de um
conhecimento da mente para o espírito. Quando isto ocorre, a fé nasce.
Quando ela nasce? Quando a palavra se torna viva, eu tomo posse dela e ela
se materializa.
É assim que muitos filhos de Deus fazem. Entregam-lhe a vida, mas querem
continuar a carregar seus fardos. Mas veja o que Jesus declara no Sermão
do Monte, exortando-nos:
“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou
beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida
mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso
da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai
como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu,
contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como
qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e
amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena
fé?
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os
seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mt. 6:25-30,34).
“Pai, eu descanso nas tuas mãos; transfiro para Ti o meu cuidado. Sei que
me amas e posso confiar em Ti”.
Permaneça aí diante dEle até que Sua paz, que excede todo o entendimento,
encha sua mente e seus sentimentos.
“Tu, Senhor, conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti;
porque confia em Ti” (Is. 26:3-IBB).
Um Imperativo
Todo e qualquer cuidado deve ser erradicado de nossas vidas. Paulo nos
apresenta um imperativo e deixa claro que a paz é sinônimo de ausência de
preocupação. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica,
com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus” (Fp.
4:6,7).
Não estamos querendo dizer que não haverá vales, tempestades, crises e
problemas na vida do filho de Deus. Nós estamos no mundo e Jesus disse:
“No mundo passais aflições”. Todavia acrescentou: “Mas tende bom ânimo,
Eu venci o mundo” (Jo.16:33). O Salmista também diz: “Muitas são as
aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra” (Sl. 34:19).
Queremos dizer que temos recursos na oração para entrar no descanso da fé
e vencer todas essas coisas e não ser destruídos pela crise, pelo vale, pela
circunstância ou cuidado. Há alguém que nos conhece, que é Poderoso, nos
ama e nos protege. E ao fim e ao cabo, nenhum cuidado resolve os
problemas, apenas agrava-os. O melhor é entregá-lo ao Senhor. Portanto,
liberte-se dos fardos, das noites indormidas, de barbitúricos e ansiedade, de
psiquiatras e psicólogos. Tudo isso é paliativo. Para você, porém, há um
descanso em Deus, através da oração de entrega.
Oração
Resta ainda um repouso sabático para o Teu povo. Eu sou parte dele Aquele
que entrou no Teu descanso, também descansou de suas obras, assim como
tu, das Tuas. Ora, à vista disso, procuro diligentemente entrar naquele
descanso, para que eu não venha a cair no mesmo exemplo de
desobediência (Hb.4:9-11).
Tenho muita paz, porque amo a tua lei, e nada me fará tropeçar (Sl.
119:165).
As armas da minha batalha espiritual são poderosas em Ti, ó Pai. Com elas
derrubo as fortalezas que Satanás construiu na minha mente. Sujeito todos
os meus pensamentos à obediência de Cristo.
Não ando ansioso por coisa alguma; antes em tudo meus pedidos são
conhecidos diante de Ti, ó Deus, pela oração e súplica, com ações de graça;
e a Tua paz, que excede todo o entendimento, guarda o meu coração e os
meus pensamentos em Cristo Jesus.
Finalmente, vejo tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que
é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso penso (Fp.4:6-8).
CAPÍTULO 9
Oração de
Intercessão
Até aqui todos os tipos de oração tem um envolvimento direto conosco,
desde a ação de graças até a entrega. Mas há um nível de oração, que tem os
outros como centro. Esta é a intercessão. Interceder é colocar-se no lugar de
outro e pleitear sua causa como se fora própria. Há muita coisa envolvida
na intercessão. Nela eu esqueço de mim mesmo e me identifico com o
ministério intercessório de Jesus, para ser canal de Deus a fim de abençoar
outras pessoas.
Jesus ocupa há quase dois mil anos o ofício de intercessor dos homens à
direita do Pai (Hb. 7:25). Há um intercessor no Céu. Quem responde ao
chamado da intercessão alia-se a Ele nesse ministério.
É tão vasto o assunto sobre intercessão, que merece dois seminários e será
alvo de dois livros: Intercessão propriamente dita e Batalha Espiritual.
Aqui, portanto, falaremos apenas um pouco a fim de mostrar a existência de
mais um tipo de oração. Este visa mudar as circunstâncias na vida de
outros, e de nações inteiras.
Um Exército de Intercessores
“Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a
noite jamais se calarão; vós os que fareis lembrado o Senhor, não
descanseis, nem deis a Ele descanso até que estabeleça Jerusalém e a ponha
por objeto de louvor na terra” (Is. 62:6,7).
“... vós que (sois seus servos e pelas vossas orações) fazeis lembrado o
Senhor (das Suas promessas), não guardeis silêncio, nem deis a Ele
descanso até que Ele estabeleça Jerusalém...” Em outras palavras, até que
aquilo que Ele prometeu se materialize diante dos vossos olhos.
O Salmo 115: 16 declara: “Os Céus são os Céus do Senhor, mas a terra deu-
a Ele aos filhos dos homens”. Se as coisas, portanto, vão mal no planeta,
não se deve culpar a Deus, mas aos filhos dos homens. No entanto, chegou
a hora dos homens assumirem a sua posição, voltando-se para a Palavra de
Deus, para seu Criador, harmonizando sua vida com os princípios eternos
da Bíblia, e assim estarão em linha com o Todo-Poderoso, e não somente
serão transformados, mas transformarão o mundo.
Deus tem um plano em seu coração para a humanidade, mas para que Ele
aja na terra, torna-se necessário que os filhos dos homens entrem em
concordância com Ele, através da Sua Palavra, e digam no planeta o que Ele
está dizendo no Céu.
Notemos, por exemplo, quando Israel foi levado cativo para a Babilônia.
Por boca do profeta Jeremias foi declarado que o cativeiro duraria setenta
anos. Daniel, anos mais tarde, vivendo na Babilônia, como um dos exilados,
fez as contas e verificou que o tempo prometido se aproximava. Que fez
ele? Não se sentou de braços cruzados, regozijando-se, a espera do
cumprimento da profecia. Entrou em jejum de oração na presença de Deus e
em verdadeira batalha espiritual. Ele se humilhou na presença do Pai e
começou a interceder pela restauração do povo. Pôs-se a orar pelo
cumprimento da profecia.
Jesus intercede pelo homem junto ao Pai, de acordo com esse propósito.
Como é seu representante no Céu, fala por ele.
O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos e propósitos ao
coração do crente que se dedica à oração. É ali, no espírito do filho de
Deus, que o elo com Ele é estabelecido.
O crente fala e ora em linha com a revelação recebida pelo Espírito Santo.
Quando ele age assim, uma perfeita harmonia se estabelece entre o
propósito de Deus no Céu e a vontade do homem na terra. Esse tipo de
intercessão desencadeia o poder de Deus para alterar circunstâncias e
ajustá-las à Sua vontade.
“Porque Ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente
a juízo. Não há entre nós arbitro que ponha a mão sobre nós ambos” (Jó.
9:32,33).
“Viu que não havia ajudador algum, e maravilhou-se de que não houvesse
um intercessor; pelo que o Seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a Sua
própria justiça o susteve” (Is. 59:16).
1. Oração Privada
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a
teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará”
(Mt. 6:6).
Aqui apresento a minha oração a sós, de “porta fechada”. Será que isto
significa literalmente entrar num quartinho e fechar a porta? Não. Significa
que o seu coração está totalmente voltado para Ele, pois, como já vimos,
você pode sentir-se sozinho no meio da multidão, e estar no meio da
multidão, embora trancado no quarto. Jesus está falando de atitude. Tudo
em relação a Deus não é determinado pela forma, mas pela profundidade, e
devoção do coração a Deus. Porém, se você pode ter um quarto em sua casa
só para oração, que bom! O importante, entretanto, é a intensidade de
comunhão com Deus.
A oração privada acontece entre você e Deus. Pode ser em voz audível ou
não. Muitas vezes é apenas um levantar do coração para o Pai. Mas pode
também ser um longo período de conversa, no qual todos os tipos de oração
estejam envolvidos.
Depois de usar a roda que apresentamos, você poderá até encontrar seu
próprio plano. Dependa do Espírito Santo e Ele dar-lhe-á toda a assistência.
2. Oração de Concordância
“Verdadeiramente eu vos digo: o que quer que seja que vós proibirdes e
declarardes ser impróprio e ilegal na terra, deve ser o que já é proibido no
Céu, e tudo o que quer que seja que vós permitirdes e declarardes próprio e
legal na terra, deve ser o que já é permitido no Céu. Outra vez Eu vos digo:
Se dois de vós na terra concordarem (harmonizarem juntos ou fizerem uma
sinfonia juntos) sobre o que quer que seja (qualquer coisa e tudo) que
pedirem, acontecerá e lhes será feito por meu Pai que está nos Céus. Porque
onde quer que dois ou três estiverem reunidos (atraídos juntos como meus
seguidores) em Meu nome, ali EU SOU no meio deles” (Ex. 3:14).
Não apenas o assunto tem que estar de acordo com Deus e Sua Palavra,
como também as pessoas envolvidas na oração. Nada é automático. A
Palavra é enfática: “Aquilo que pedimos, dEle recebemos, porque
guardamos os Seus mandamentos, e fazemos diante dEle o que Lhe é
agradável” (I Jo. 3:22).
Algo que ajuda a ter uma mente firme sobre o assunto, é escrever o objeto
da concordância. Aqueles que são casados ou trabalham juntos, encontrarão
um grande auxílio no registro de suas orações de concordância. Caso a
resposta demore e o inimigo traga dúvidas à mente, o que foi escrito ajudará
a enfrentá-las.
(3) Concordar com o outro crente com quem se ora. Essa concordância é
mais que palavras. É preciso haver harmonia, não apenas com quem se vai
orar, mas com o próprio Corpo. Se alguém está ferido, magoado, com um
espírito não perdoador, certamente não será bem sucedido na oração. Jesus
declara: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra
alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas”
(Mc.11:25).
Note que a proporção aqui é geométrica. Não é um para mil e dois para dois
mil, mas dez mil. Que força a unidade tem! Imaginemos essa concordância
multiplicada: quatro, oito, dez, doze, cem, mil. Seus efeitos serão
devastadores para o reino das trevas, mas o desencadear de grandes
manifestações de Deus no seio da Igreja.
3. Oração Coletiva
“Uma vez soltos, procuraram aos irmãos e lhes contaram quantas coisas
lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos.
Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus”
(At. 4:23-31).
Mais adiante lemos: “Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo,
pelas mãos dos apóstolos” (At. 5:12), exatamente como foi pedido.
A Uma Só Voz
5. Finalmente, João testifica: “Ouvi que toda criatura que há no Céu e sobre
a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava
dizendo: Àquele que está sentado no Trono, e ao Cordeiro, seja o louvor e a
honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap. 5:13).
Nada mais natural do que nos cultos coletivos usar a prática da oração
coletiva. O som das orações dos santos e dos seus louvores que sobem com
fervor a Deus, é algo maravilhoso de se ouvir. Atrai a presença de Deus e
dos Seus anjos. Mas há um segundo aspecto importante:
Um Só Pensamento
A oração coletiva envolve mais do que todos falando ao mesmo tempo. Ela
fala da unidade de espírito e da concordância sobre o que se ora. Não é cada
um falando uma coisa e com a mente em outro assunto, como tantas vezes
acontece: Um está pedindo pela família; outro, por si mesmo; um outro está
em louvor; outro em ações de graça por alguma bênção recebida e um outro
está se edificando, alheio ao que se passa, enquanto o objeto central da
oração fica de lado.
CAPÍTULO 11
Recursos
de Oração
No exercício de todos os tipos de oração, dispomos de auxílio vital e
inestimável. Deus não nos deixou a lutar sozinhos, desprovidos dos meios
necessários de vitória. Dentre os recursos que Ele nos deu para nos
assistirem na oração, temos a Palavra escrita e o Espírito Santo, mais
especificamente, a oração em línguas, conforme Ele nos concede que
falemos.
Orando a Palavra
“Porque, assim como descem a chuva e a neve dos Céus, e para lá não
tornam, sem que primeiro reguem a terra e a fecundem e a façam brotar,
para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que
sair da minha boca; não voltará para Mim vazia, mas fará o que me apraz, e
prosperará naquilo para que a designei” (Is. 55:10,11).
O que Deus quer dizer com “a palavra não voltará para Mim vazia?”
Suponhamos que você está numa situação em que é perseguido. Ora, a
promessa declara:
“Não prosperará nenhuma arma forjada contra ti...” (Is. 54:17). A Palavra
vem do Trono para o seu coração, na terra. Você devolve a palavra para
Deus, em oração dizendo:
A palavra produziu seu efeito em você, antes que você mesmo a devolvesse
ao Pai, em forma de oração de fé. Temos que estar de acordo com ela.
Muitos fazem as mais absurdas orações, totalmente fora do que está escrito
ou da realidade da nossa vida em Cristo. Mas as orações firmadas na
Palavra são diretas, objetivas e carregadas de vida e fé. Vejamos alguns
exemplos:
Você está no meio da batalha, mas sabe que a palavra produz exatamente o
que ela diz, pelo que olha para a circunstância, ri na cara dela e diz: “Eu
triunfo em todas as circunstâncias. Pai, Tu me conduzirás em triunfo,
porque em todas as coisas, com Cristo, eu sou mais do que vencedor”.
Agindo assim, você está orando a Palavra e devolvendo
-a para Deus carregada de fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele
existe e que se torna galardoador dos que O buscam” (Hb. 11:6).
(Mais sobre este assunto, você encontrará no livro Orando a Palavra que é o
terceiro da série Escola de Oração).
Oração no Espírito
Uma das formas pelas quais O Espírito nos assiste na vida de oração, é
através de línguas não aprendidas. É uma linguagem espiritual, quando
falamos palavras desconhecidas à mente humana, mas geradas pelo Espírito
Santo em nosso próprio espírito regenerado, sempre em linha com o
propósito de Deus. Essa linguagem de oração é recebida por ocasião do
batismo no Espírito Santo, embora haja muitos que não fluam regularmente
nela, por bloqueios mentais ou mesmo falta de exercício espiritual e de fé.
Talvez você faça uma outra pergunta: “A pessoa que fala em línguas pode
orar assim na hora em que ela quiser?” É claro que sim. A falta de
conhecimento é que leva muitos a encararem esse assunto com tanto
preconceito.
Uma das razões porque o adversário procura trazer tanta confusão sobre
uma doutrina bíblica tão simples, é porque ele bem sabe o tremendo efeito
devastador que ela tem sobre seu reino de trevas.
Quando falamos em português? Quando queremos. É nosso idioma. Está
em nossa mente. Quando falamos em línguas? Quando queremos, pois a
linguagem foi dada ao nosso espírito e o Espírito Santo é residente nele. Por
isso Paulo diz:
“Que farei, pois? Orarei com o Espírito, mas também orarei com a mente;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente” (I Co. 14:15).
Paulo deixa claro que tem controle sobre sua vontade e decisão.
“Com toda a oração e súplica orando em todo o tempo no Espírito e, para o
mesmo fim, vigiando com toda perseverança e súplica, por todos os santos”
(Ef. 6:18).
“Vou orar com meu espírito”. Tomo uma decisão. Assim como decido orar
em português, decido orar em línguas, porque tal linguagem já me foi dada
e está em mim. Posso usá-la à vontade, como uso qualquer coisa que Deus
me tenha outorgado.
Quando oramos com nosso espírito, pelo Espírito de Deus em nós, parece
não haver limites. E podemos fazê-lo em qualquer lugar e em todo o tempo.
Paulo se refere a esse recurso, quando diz: “Orando em todo o tempo no
Espírito...” (Ef. 6:18).
Não queremos dizer que alguém só ora em espírito quando está orando em
línguas. Há orações verdadeiramente nascidas em nosso espírito e movidas
pelo Espírito de Deus, que são feitas em nossa língua ou expressas apenas
em lágrimas ou gemidos. Mas sempre que oramos em línguas, estamos
orando em espírito, “pelo Espírito Santo dentro de mim”, conforme destaca
a Versão Amplificada da Bíblia.
Quando Deus nos deu uma linguagem de oração, fê-lo para que fosse usada.
Orar em línguas é um tremendo auxílio para a vida de adoração e para as
nossas intercessões. É uma fonte de edificação na fé, como destaca Judas:
“Mas vós, amados, edificando-vos na vossa santíssima fé, orando no
Espírito Santo” (Jd. 20).
Você talvez pergunte: Como o orar em línguas edifica a fé? Paulo não
declara que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus? Sim, é claro. Acontece
que quando lemos ou decoramos textos da Bíblia, primeiro alcançam nossa
mente. No entanto, a Palavra só opera quando desce ao nosso espírito. É aí
que a oração em línguas vem em nosso auxílio. Quanto mais nos edificamos
usando esse recurso de oração, tanto mais a palavra em nós é vivificada,
temos entendimento dela e, consequentemente nossa fé se desenvolve
CAPÍTULO 12
Armas
da Oração
O combate espiritual é uma das áreas da vida de oração. Satanás tentará
impedir-nos de orar, lançará dúvidas, trará opressão e provocará
circunstâncias contrárias, visando minar nossa fé, comunhão com Deus e
vitória. No entanto temos uma poderosa arma contra as interferências das
trevas: é a resistência a Satanás, mediante o uso da autoridade que nos é
conferida por Jesus. Iremos nos debruçar mais sobre esta questão ao
tratarmos de Intercessão e Batalha Espiritual, mas queremos destacar alguns
ensinos sobre a matéria.
Ligar e Desligar
Temos autoridade para ligar e desligar. Jesus declara:
“Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra, terá, sido
ligado nos Céus; e o que desligardes na terra, terá sido desligados nos
Céus” (Mt. 16:19). Na Versão Amplificada, lemos:
Que quer dizer “ligar” e “desligar” neste texto e repetido em Mateus 18:18?
Proibir e permitir. Somos como que oficiais de justiça do Reino de Deus,
com autoridade para dizer no reino do espírito, diante das hostes das trevas,
o que é permitido e o que é proibido pela Palavra de Deus. Vamos exigir
que se cumpra em nossa vida o que a Constituição nos garante como
direito, não permitindo que o ladrão nos roube o que é nosso por direito de
redenção em Cristo. “Ligado” ou “amarrado” em nome de Jesus, quer dizer
proibido, ilegal. “Desligado” ou “liberado” em nome de Jesus, quer dizer
permitido, legal, tem liberdade.
Deus nos deu Sua Palavra, que é a Constituição do Reino. Ela já estabelece
o que é legal e ilegal, permitido e proibido, o que está dentro ou fora do
plano de Deus. Portanto, temos autoridade na terra de declarar o que é legal,
de acordo com o que está estabelecido na Palavra. É claro que antes de eu
dizer “amarrado” ou ligado, ou proibido, preciso ter a certeza de que minha
declaração está em linha com a Bíblia, pois temos autoridade de emitir
decretos, mas exigir o cumprimento do que já foi decretado pelo Senhor do
Reino.
“Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e lhe deu o Nome que é
sobre todo Nome; para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho dos que
estão nos Céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que
Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp. 2:8-11).
Esse Nome é nosso e podemos usá-lo naquilo que Jesus mesmo nos
comissionou. Lutando contra Satanás, lançamos mão do Seu Nome, como
se Ele mesmo estivesse aqui. Jesus nos delegou essa autoridade: “Em meu
Nome expulsarão demônios...” (Mc. 16:17). “... deu-lhes poder e autoridade
sobre todos os demônios, e para curarem doenças” (Lc. 9:1). “Eis que vos
dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, sobre todo o poder do
inimigo; e nada vos fará dano algum” (Lc. 10:19).
O Nome de Jesus é a chave que nos abre os tesouros dos Céus e tranca os
poderes do inferno. Quando vamos ao Pai, em oração, sabemos que as
petições nos são garantidas por causa dEle e quando vamos contra Satanás e
suas hostes, sabemos que recuarão por causa do Nome de Jesus, que é uma
arma poderosa contra todas as forças do inferno.
O poder está na arma. Precisamos saber usá-la. O Nome de Jesus é arma
sem igual e ela nos pertence. Temos o poder de procuração, outorgado por
Cristo mesmo, para agir na terra e Seu Nome. Isso quer dizer que Ele nos
autoriza a usar Seu Nome no cumprimento da missão que por Ele nos foi
confiada.
Jesus se volta para Sua Igreja e diz: “dou-te as chaves do Reino dos Céus...”
(Mt. 16:19). E essas chaves são o Seu poderoso Nome, em Quem estão
escondidos todo o poder, autoridade e força. Estamos destinados à vitória.
Aleluia!
A Palavra de Deus
“Eis que vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões, e sobre
todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum” (Lc. 10:19).
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg.
4:7).
“Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor,
rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes
na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão se cumprindo entre os
vossos irmãos no mundo” (I Pe. 5:8,9).
Vimos que a Palavra é a base para todas as nossas orações. Mas ela é
também arma contra todas as investidas de Satanás nos diversos tipos de
oração. Firmado na Palavra, pois, resista Satanás pela mesma Palavra. Ela é
a Espada do Espírito (Ef. 6:17), e não há combinação mais poderosa do que
o Espírito e a Palavra. Quando misturados nas devidas proporções, o
inimigo fica certo de que é exposto e derrubado.
O Sangue de Jesus
O sangue fala de uma nova aliança que quebra o poder do pecado (Hb.
9:11,12,24,26,28). Quando se diz que “venceram pelo sangue”, significa
que vencemos, firmados no que o sangue de Jesus representa.
O sangue de Jesus é o sangue da nova aliança, pela qual nos unimos a Deus.
Nele há vida eterna, união com o Pai, ressurreição, alimento (Jo. 6:53-57).
Por ele somos justificados (Rm. 5:9); por ele temos a redenção e remissão
dos pecados (Ef. 1:7;Cl. 1:14); por meio dele nos aproximamos de Deus
(Ef. 2:13); ele é o preço pago para que sejamos totalmente do Senhor (At.
20:28; I Pe. 1:18,19); é instrumento da nossa santificação (Hb. 13:12), e
também da libertação do pecado (Ap. 1:5,6). E nós estamos sob a cobertura
do sangue.
A vida de oração é uma batalha (Ef. 6:10:18). Lançando mão dessas armas
de oração: a autoridade de ligar e desligar; o Nome de Jesus diante de quem
todo joelho se dobra; a Palavra de Deus, que é a Espada do Espírito e o
Sangue do Cordeiro, nossa cobertura e base de vitória, nosso coração estará
pronto para qualquer nível de batalha, com a garantia do mais completo
triunfo em Cristo Jesus, e nisto será Deus glorificado.
CAPÍTULO 13
Apêndice 1
Obstáculos à Oração Respondida
Podemos orar por coisas em linha com a vontade de Deus, mas se o motivo
for errado, não haverá resposta. O propósito primeiro da oração deve ser a
glória de Deus.
12. Depender da fé do outro. A cada crente Deus deu uma medida de fé. Ela
veio quando nos tornamos uma nova criação em Cristo e recebemos a
natureza de Deus. Assim como desenvolvemos nossa fé pelo alimento da
Palavra de Deus (Jo. 15:7).
CAPÍTULO 14
Apêndice 2
Uma Palavra aos Guerreiros de Oração
“Por esta causa (vendo a grandeza deste plano no qual sois edificados em
Cristo), dobro os meus joelhos diante do Pai do nosso Senhor Jesus Cristo...
para que Ele vos conceda, de acordo com o rico tesouro da Sua glória, que
sejais fortalecidos e reforçados com grande poder no homem interior pelo
Espírito (Santo) habitando em vosso mais profundo ser e personalidade...
Ser Guerreiro de Oração é dispor-se a gastar tempo com Deus e Sua Palavra
e entrar no combate a favor de outros, totalmente revestido da armadura de
Deus, e empunhantotalmente revestido da armadura de Deus, e empunhan
1\8).
Ser Guerreiro de Oração é lançar mão das “armas poderosas em Deus”, que
são espirituais, para o combate ofensivo contra o reino das trevas e seu
domínio na vida dos homens. O Guerreiro não é um crítico dos homens,
mas um combatente contra as forças do mal (2 Co. 10:3-5).
Toda oração que produz resultado está em perfeita harmonia com a Palavra
de Deus. Por essa razão grande ênfase é dada à Palavra. É da união entre o
Espírito Santo e a Palavra de Deus que o poder de vida que há em Cristo
Jesus se manifesta. Ore, portanto, de acordo com a Palavra escrita.
NE CES
O N OSS AS SIDADES -
F
Purificando o
santuário pelaRendição confissão de faltas.
silenciosa Salmo 139:23de todo o ser. I João 1:9Salmo
62:1, 2, 5, 7
Salmo 40:1.
Espera em Deus.4
3
LI.4
:6 Apresentando- necessidades7
Uma expressão Tomando o de amor a Deus e lugar dos mais reconhecimento dechegados diante de
Sua natureza.
Ap. 7:11-12
Salmo 95:6
Deus
6
Lucas 11:5-8 2 Atos 16:31
“Então PETIÇÃOCONSAGRAÇÃOPELOS FAMILIARES
Exaltando a
Deus pelos Seus1Salmo 145:1-7
Salmo 34:1
nenhuma hora AMIGOSpudeste vigiar PELO CORPO
feitos poderosos. LOUVOR comigo?DE CRISTO 7 Vigiai e orai.” Mateus 26:40-41 Exercendo o
sacerdócio a favor da Igreja.
Efésios 3:14-19 Gálatas 4:19
Atitude de
gratidão e louvor 12AÇÕESDE GRAÇA pela resposta
às orações.
Salmo 92:1-5
I Ts. 5-18
11 ORAÇÃO
10 da Palavra de Deus,
Apropriando-seAPROPRIANDO-SE
confessando-a e Assimilando aorando-a. Palavra de Deus
Salmo 119:33 pela meditaçãoIsaías 62:2 e
estudo.
Salmo 119:97 I Timóteo 4:15
9
Conhecendo a Palavra de Deus por uma leitura
acurada.
Apocalipse 1:3 I Timóteo 4:13
8
Colocando-se na brecha a favor do mundo, pela sua
salvação.
Ezequiel 22:30, 31
Salmo 2:8
4.; A ordem da roda pode ser alterada, mas é importante que sempre
comece e termine ministrando ao Senhor;