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CADERNO DE OPTATIVAS 2024.

SEGUNDA
* GCV00241 - TÓPICOS ESPECIAIS EM CINEMA E VIDEO. Espaço
cinematográfico e novas territorialidades
Carga horária: 60 horas
Prof. India Mara Martins
Segunda-Feira, 14h-18h - sala de Projeção - Casarão
Ementa
Espaço como dispositivo narrativo: dos panoramas às projeções urbanas. A constituição
do espaço no cinema: diegético e espectatorial. A paisagem como tema e
desterritorialização - geografia e afetos. O lugar e os não-lugares. Lugares imaginários:
espaço e gênero cinematográfico. O espaço ressignificado pela atmosfera. O corpo e o
espaço: história da cidade através da experiência corporal. A paisagem e sua presença no
cinema contemporâneo.
As aulas serão divididas em projeção de filmes e reflexão sobre as questões estéticas e
narrativas tratadas na bibliografia.

Formas de avaliação
A nota final será dividida em duas atividades: um vídeo-ensaio articulando as questões
imagéticas relacionadas aos conceitos abordados nos textos discutidos em aula; e um
artigo que estabeleça diálogo entre o tema de pesquisa de cada aluno e pelo menos dois
textos vistos durante a disciplina.

Referências bibliográficas
Básicas:
GARDIES, André. L’ Espace au Cinéma. Meridiens Klincksieck, Paris, 1993.
GAUDIN, Antoine. L’espace cinématographique: Esthétique et dramaturgie. Paris:
Armand Colin, 2015.
_________________. « L’image-espace : propositions théoriques pour la prise en compte
d’un « espace circulant » dans les images de cinéma », Miranda [En ligne], 10 |2014, mis
en ligne le 23 février 2015, consulté le 30 septembre 2016. URL :
http://miranda.revues.org/6216 TRADUZIDO para português A corporeidade do
espectador no espaço cinematográfico. Notas sobre um cinema da “imagem-espaço”.
GIL, Inês. A Atmosfera no Cinema: o Caso de A Sombra do Caçador de Charles Laugthon
entre o Onirismo e Realismo, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação para a
Ciência e a Tecnologia, Ministério da Ciência e do Ensino Superior, 2005.
GRAU, Oliver. Arte Virtual: da Ilusão à Imersão. São Paulo, Editora Unesp, Editora
Senac, 2007.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Atmosfera, ambiência, Stimmung: sobre um potencial
oculto da literatura. Trad. Ana Isabel Soares. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUC-Rio,
2014.
LEFEBVRE, HENRI. A produção do Espaço.Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio
Martins (do original: La production de l'espace. 4e éd. Paris: Éditions).
PARENTE, André. “Cinema em trânsito: do dispositivo do cinema ao cinema do
dispositivo” in Estéticas do Digital: Cinema e Tecnologia, PENAFRIA, Manuela &
MARTINS, I.M., Livros Labcom, Portugal, 2007.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2012.
SENNETT, Richard. A carne e a pedra: o corpo, a cidade na civilização Ocidental.
Record, 1997.
Complementares:
AUGÉ, Marc. Não lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade.
Campinas: Papirus, 2010.
D’ALESIO FERRARA, Lucrécia. A Cidade e a Imagem. São Paulo: Editora In House,
2013.
BLOCK, Bruce. 2007. The Visual Story: Creating the Visual Structure of Film, TV, and
Digital Media. New York et al: Elsevier. Focal Press.
FERRARA, Lucrécia D’Alesio. 2012. « As mediações da paisagem ». Líbero 15, n. 29,
43-50.
JOST, François; GRAUDREAULT, André. A Narrativa Cinematográfica. Brasília:
Editora Unb, 2009.
NATALI, Maurizia. L’Image-Paysage: Iconologie et cinéma, Esthetiques Hors Cadre,
Presses Universitaires de Vincennes, Saint-Dennis, 1996.
VIVEIROS, Paulo. “Espaços Densos: configurações do cinema digital” in Estéticas do
Digital: Cinema e Tecnologia, PENAFRIA, Manuela & MARTINS, I.M., Livros
Labcom, Portugal, 2007.

* GCV00299 - Estágio Docência II. O cinema expandido e seus mundos possíveis na


educação

Profs: Gabriela Capper e Elianne Ivo


Segunda-feira, 18h-22h
Ementa:
O cinema se desloca para diferentes espaços, propõe experiências múltiplas para/com o
público, solubiliza suas fronteiras disciplinares para se hibridizar com outros campos,
entre eles o campo da arte. Esta disciplina investiga que outras tramas com o cinema
comparecem na contemporaneidade além da forma hegemônica, e como as experiências
com o cinema expandido no campo da educação podem ampliar as relações sensíveis e
inventivas de crianças e jovens com o mundo.
A partir da leitura de textos e de análises fílmicas, apontaremos para as noções cinema
expandido (GENE YOUNGBLOOD), artemidia (ARLINDO MACHADO),
transcinemas (KATIA MACIEL), cinema digitalmente expandido (JEFFREY SHAW),
para refletir sobre questões técnicas, estéticas e conceituais de formas cinemáticas
contemporâneas, e adensar as reflexões sobre as relações entre o cinema, as artes visuais
e a educação. Contaremos com a participação de artistas/cineastas convidados para
conversar sobre seus trabalhos.

Avaliação:
Escrever um artigo de 3 páginas que contemple algum dos assuntos abordados em aula
(avaliação individual).
Elaborar e realizar um trabalho audiovisual (avaliação coletiva).

Bibliografia Básica:

BELLOUR, Raymond. Entre-imagens. Editora Papirus. São Paulo. 1997.


BERGALA, Alain. A hipótese-cinema/Alain Bergala; tradução: Mônica Costa
Netto, Sílvia Pimenta – Rio de Janeiro: Booklink; CINEAD – LISE – FE/UFRJ;
2008.
CANONGIA, Lígia. O legado dos anos 60 e 70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2005.
DUBOIS, Philippe. Um "efeito cinema" na arte contemporânea. In:
Dispositivos
de registros na arte contemporânea. Luiz Claudio da Costa (org). Rio de
Janeiro. Contracapa Livraria/FAPERJ. 2009.
KITTLER, Friedrich. Mídias ópticas: curso em Berlim 1999. Trad. Marcus
Hediger, Contraponto editora Ltda. 2016.
KRAUSS, Rosalind. A escultura no campo ampliado. In: ______. Caminhos da
escultura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
______. A Voyage on the North Sea: art in the age of the post-medium
condition. London: Thames & Hudson, 2000.
MACIEL, Kátia. Transcinemas. Katia Maciel (org.). Rio de Janeiro. Contracapa
Livraria, 2009.
MIGLIORIN, Cezar, et al. Inventar com a diferença: cinema e direitos humanos.
Niterói: Editora da UFF, 2014.
______. Cadernos do Inventar: cinema, educação e diretos humanos. Niterói:
EDG, 2016.
______. Inevitavelmente Cinema Educação Política e Mafuá. Editora Azougue.
2015.
______. PIPANO, Isaac. Cinema de Brincar. Belo Horizonte: Ed. Relicário,
2019.
MACHADO, Arlindo. Arte e Mídia. Editora Zahar. Rio de Janeiro. 2010.
______. Pós-fotografia, pós-cinema: Novas configurações das imagens.
Edições SESC. 2019.
MORAN, Patrícia (org.). Cinemas transversais. Editora Iluminuras. São Paulo.
2016.
PARENTE, André. Cinema em trânsito: cinema, arte contemporânea e novas
mídias. Azougue Editorial. 2011.
______. Cinemáticos. Editora 2. UNICAMP/São Paulo. 2013.
STRATE, Lance, BRAGA, Adriana & LEVINSON, Paul. Introdução à ecologia
das mídias. Edições Loyola Jesuítas. São Paulo. 2019.
YOUNGBLOOD, Gene. Expanded Cinema. Fordham University Press. 1970.

TERÇA
* GCV00146 - Cinema e antropologia I - O gesto documental: entre as imagens de
si e as imagens do outro

Lúcia Ramos Monteiro e Oiara Bonilla


Semestre 2024.1 - Terças-feiras, das 9h às 13h
Cinemateca do MAM
Início das aulas: 26 de março
Em "Olhar opositor: mulheres negras espectadoras", a teórica estadunidense bell hooks
descreve a dificuldade de identificação e o incômodo sentido diante das personagens
negras que via quando começou a ir ao cinema. Após ler seu ensaio, é difícil não pensar
na necessidade de mais realizadoras negras fazerem filmes, com personagens mais
próximos da realidade (HOOKS, 2019). Por aqui, em dezembro de 2023, o jornal O Globo
publicou um artigo da líder indígena Vanda Witoto a respeito do filme Amazonas, o maior
rio do mundo, realizado pelo português Silvino Santos em 1918 e considerado perdido
até ser encontrado na República Checa, no primeiro semestre de 2023. No texto, Vanda
Witoto diz que o filme de Silvino Santos traz as primeiras imagens audiovisuais de seu
povo, acrescentando que não concorda com essas imagens. A discussão atualiza uma
questão fundamental para o documentário e que poderia ser resumida e simplificada da
seguinte maneira: é possível uma pessoa filmada reconhecer-se na tela? A pergunta
encontra eco no campo da estética e da filosofia, que aborda de diferentes maneiras os
limites do retrato e do autorretrato (NANCY, 2006) e, evidentemente, é central na
antropologia e mais especificamente na etnografia. No cinema, as discussões sobre
verdade e encenação remontam às origens do documentário, e se as relações entre
realizador e personagem são muitas vezes marcadas por tensões e desconfiança, não são
raros os testemunhos de documentaristas que buscaram que "aquele que é filmado se
reconheça em seu próprio papel" (MORIN, 1961, p. 8). A disciplina propõe uma reflexão
sobre a questão do reconhecimento no documentário, examinando um conjunto de filmes
amplo e heterogêneo, oriundos de diferentes períodos, origens e estilos, que incorporam
essa discussão em sua fatura e instauram um profícuo face à face entre personagem e
imagem. Serão abordados também textos escritos e filmes realizados em resposta à
experiência de ser personagem de um documentário.

Bibliografia

ARAÚJO, Juliano. Cineastas indígenas, documentário e autoetnografia: um estudo do


projeto Vídeo nas Aldeias. Cotia: Urutau, 2019.

BENJAMIN, Walter. “O narrador” In: Magia e técnica, arte e cultura. Ensaios sobre
literatura e história da cultura. Obras escolhidas, vol. 1. Editora Brasiliense, 1987.

CHEN, Nancy. N. “Speaking nearby: a conversation with Trinh T. Minh-ha.” Visual


Anthropology Review, vol. 8, n.1: 82-91, 1992.

COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder. Belo Horizonte: 197-221, 2006.

DERRIDA, Jacques. Memória de cego: o autorretrato e outras ruínas. Lisboa: Fundação


Calouste Gulbenkian, 2011.

GONÇALVES, Marco Antonio. O sorriso de Nanook. Ensaios de Antropologia &


Cinema, 2022.

HOOKS, bell. "Olhar opositor: mulheres negras espectadoras". Olhares negros. São
Paulo: Fósforo, 2019.

LACAN, Jacques. O seminário. Livro 11. Os quatro conceitos fundamentais da


psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
MARTIN, Nastassja. Escute as feras. São Paulo: Editora 34, 2021.

MINH-HA, Trinh. T. “Documentary Is/Not a Name”. October, Vol. 52 : 76-98, 1990.

MORIN, Edgar. « Chronique d’un film », in : ROUCH, Jean et MORIN, Edgar,


Chronique d’un été, Paris, Inter Spectacles, 1961/1962.

NANCY, Jean-Luc. La mirada del retrato. Buenos Aires/Madri: Amorrortu, 2006.

PASOLINI, Pier Paolo. [1972] 1982. Empirismo Hereje. Lisboa, Assírio e Alvim.

PIAULT, Marc Henri. Anthropologie et cinéma. Passage à l’image, passage par l’image.
Paris, Nathan Cinéma, 2000.

POVINELLI, Elizabeth A. “The Ancestral Present of Oceanic Illusions: Connected and


Differentiated in Late Toxic Liberalism”. In: e-flux Journal. Issue 112, October, 2020.

RICOEUR, Paul. O percurso do reconhecimento. São Paulo: Loyola, 2006.

ROUCH, Jean. “On the Vicissitudes of the Self: The Possessed Dancer, the Magician, the
Sorcerer, the Filmmaker, and the Ethnographer”. Studies in Visual Communication. 5 (1),
2-8, 1978.

ROUCH, Jean. « La caméra et les hommes », in : FRANCE, Claudine de, Pour une
anthropologie visuelle. Paris, Cahiers de l’Homme, 1979.

RUBY, Jay. “Exposing yourself: Reflexivity, anthropology and film”. Semiotica, 30, 1/2:
153-172, 1980.

SCHEFER, Raquel. El autorretrato en el documental. Buenos Aires: Univesidad del Cine,


2008, https://ucine.edu.ar/ebooks/El_autorretrato_en_el_documental.pdf

SCHMID, Marion. « Chantal Akerman ou les performances du Moi », Décadrages [En


ligne], 46-47, 2022, http://journals.openedition.org/decadrages/1786.

SIMSON, Audra. “‘Tell me why, why, why’: a critical commentary on the visuality of
settler expectation”. Visual Anthropology Review, Vol. 34, Issue 1: 60–66, 2018.

SONTAG, Susan. On photography. New York: Farrar, Straus & Giroud [pdf disponível
também em espanhol], 1973.

VEIGA, Roberta. “Um gesto político intersticial e um histórico palimpséstico: a escrita


de si em D’est e Là-bas de Chantal Akerman”. Galaxia, São Paulo, online, n. 41: 75-88,
2019.

WITOTO, Vanda. "A história ignorada mais de um século depois". O Globo, 4 de


dezembro de 2023, https://oglobo.globo.com/opiniao/artigos/coluna/2023/12/a-historia-
ignorada-mais-de-um-seculo-depois.ghtml.
WORTH, Sol, “Navaho film makers”. American Anthropologist, n.72: 9-30, 1970.

Filmografia

Amazonas, o maior rio do mundo (Silvino Santos, 1918, 1h06)


Antes de ontem (Caio Franco, 2019, 6 min.)
A arca dos Zo’è (Vídeo nas Aldeias; D. Gallois & V. Carelli, 1993, Brasil, 20 min.)
Autoretrato (Dormido) (Luis Ospina, 1971, 3 min.)
Cabra Marcado Para Morrer (Eduardo Coutinho, 1984, 1h59)
Crônica de um verão (Jean Rouch e Edgar Morin, 1961, 1h20)
Ete London, Londres como uma aldeia (Takumã Kuikuro, 2017, 20 min.)
Eu, um negro (Jean Rouch, 1957, 1h12)
Filha natural (Aline Motta, 2018-2019, 16 min.)
Là-bas (Chantal Akerman, 2006,1h18)
La Mami (Laura Herrero Garvín, 2019, 82 min.)
Nanook of the North (Robert Flaherty, 1922, 75 min.)
Nova Iorque, mais uma cidade. Uma antropologia reversa pelos olhos de uma mulher
indígena (André Lopes & Joana Brandão, com P. Ferreira Para Yxapy, 2019, 18 min.)
Pour la suite du monde (Pierre Perrault e Michel Brault, 1962, 1h45)
Saute ma ville (Chantal Akerman, 1968, 13 min.)
Sleep (Andy Warhol, 1963, 41 min.)
Serras da Desordem (Andrea Tonacci, 2006, 135 min.)
Surname Viet Given Name Nam (Trinh T. Minh-ha, 1989, 108 min.)
Teko Haxy - Ser Imperfeita (Patrícia Ferreira Para Ixapy e Sophia Pinheiro, 2018, 39
min.)
Tentatives de se décrire (Boris Lehman, 1989, 165 min.)
The Third Memory (Pierre Huyghe, 2000, 22 min,)
Tigrero: a film that was never made (Mikä Kaurismaki, 1994, 1h15)
Travessia (Safira Moreira, 2019, 5 min.)
Ulysse (Agnès Varda, 1982, 22 min.)
Um dia de cão (Sidney Lumet, 1975, 2h10)

GCV 00203 Estudos de Cinematografia Estrangeira partes I e II.


Prof. João Luiz Vieira

Terças-feiras, 14:00-18:00h, de 26/03 a 16/07

Sala de Projeção Novo IACS

Parte I: Hirokazu Kore-eda, um cineasta estrangeiro

De 26/03 a 14/05

Considerado um dos diretores japoneses mais aclamados tanto em seu país quanto
internacionalmente, Kore-eda pode ser considerado um mestre do cinema japonês na
linha humanista de outros mestres como Ozu, Kurosawa, Naruse, entre outros. Desde seu
primeiro sucesso internacional, A luz da ilusão (Maborosi, 1995) até o recente Monstro
(2023), Kore-eda já somou mais de 180 prêmios e indicações para os mais conceituados
festivais de cinema do mundo, como Cannes e Berlim. Entre seus filmes mais notáveis
estão Assunto de família (2018), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Filme
Internacional e ganhou a Palma de Ouro em Cannes, Ninguém pode Saber (2003),
indicado à Palma de Ouro, Pais e Filhos (2013), vencedor do Prêmio do Júri em Cannes,
Depois da tempestade (2016) e Monstro (2023), premiado em Cannes como melhor
roteiro.

Parte II: Um gênero: o musical

De 28/05 a 16/07

A disciplina propõe uma revisão filmográfica e bibliográfica em torno de um gênero


popular ainda pouco estudado na academia: o musical. Superpondo análises fílmicas
detalhadas em torno de uma seleção de filmes, a disciplina pretende equilibrar e
questionar visões utópicas e otimistas de alguns filmes incontornáveis do gênero
(Cantando na chuva, A noviça rebelde, entre outros) com visões mais sombrias e
distópicas (Dinheiro do céu, Dançando no escuro) e também examinar questões relativas
a raça, hegemonia, exclusão, identidades queer, entre outras, em diferentes contextos
temporais (as duas versões de West Side Story, por exemplo). Ênfase será dada
primordialmente na rica interação entre música, performance e narrativa.

Bibliografia básica:

Cunha, Paulo Roberto F. Cinema musical norte-americano: gênero, histórias e estratégias


da indústria do entretenimento nos anos 1980. SP; Anna Blume, 2012.

Dias Jr. Jocimar. “Notas sobre a frescura, o trabalho bicha e a fanchonice em É fogo na
roupa (Watson Macedo, 1953). In Rebeca, ano 9, n.2, jul-dez, 2020.

Vieira, João Luiz. “Cinema e performance”, in Xavier, Ismail, O cinema no século. RJ:
Imago, 1996.
* GCV00273 - Estudos de Historiografia do Cinema na América Latina. Título: O
cinema de mulheres e feminista na América Latina: Sara Gómez (Cuba), Ana
Carolina (Brasil) e Colectivo Cine Mujer (México)

Profs. Renata Hein (estágio de docência) e Marina Tedesco

Terça-feira, 18h-22h

Ementa: A disciplina parte do atual esforço coletivo e feminista de reconhecer, diante do


profundo apagamento histórico, a presença de mulheres no cinema latino-americano. Para
isso, abordaremos as filmografias das diretoras Sara Gómez (Cuba) e Ana Carolina
(Brasil) e do Colectivo Cine Mujer (México), as quais, inseridas em diferentes contextos
e modos de produção, refletiram sobre seus presentes históricos, dialogando com pautas
e discussões fundamentais dos movimentos feministas e de mulheres da região, bem
como com o movimento estético-político Nuevo Cine Latino-Americano, o qual excluiu
as mulheres de seu cânone.

Bibliografia:
CAMACHO, Isabel Jiménez. De cine y feminismos en América Latina: el Colectivo Cine
Mujer en México (1975-1986). 2018. Graduação (Estudios latinoamericanos) - Facultad
de Filosofía y Letras Colegio de Estudios Latinoamericanos, Universidad Nacional
Autónoma de México, Cidade do México, México.
HOLANDA, Karla; TEDESCO, Marina (orgs). Feminino e plural: mulheres no cinema
brasileiro. Campinas: Papirus, 2017.
HOLANDA, Karla (org). Mulheres de cinema. Rio de Janeiro: Numa Editora, 2019.
MARTÍNEZ-ECHAZÁBAL, Lourdes “¡Sara es mucha Sara! Entrevista a Inés María
Martiatu”. Afro-Hispanic Review, 33(1), p.235-260, 2014.
MESQUITA, Cláudia. VEIGA, Roberta. “O feminismo de Sarita: limiar, dialética e
interseccionalidade em De Cierta Manera”. Significação, v. 48, n. 55, p.17-35, 2021.
RODRÍGUEZ, Israel. Cine Documental y feminismo en México (1975-1986): notas para
la escritura de una história. Movimento, n.12, mar., 2019.
TEDESCO, Marina Cavalcanti. A contribuição de Sara Gómez para a linguagem do
documentário cubano pós-Revolução de 1959: uma análise de Historia de la piratería.
DocOn-line, p. 104-119, SI 2019.
TEDESCO, Marina Cavalcanti. Nuevo Cine Latino-americano: uma análise do cânone a
partir do gênero. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, [S.I], v. 30, n. 3, p. 39-62,
2020.
DOI: 10.35699/2317-2096.23945. Disponível em:
http://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/23945. Acesso em: 1 abr. 2023.
TEDESCO, Marina Cavalcanti. Cinema feminista pioneiro na América Latina entre as
décadas de 1960 e 1980. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 30, n. 2, e78463,
2022.
VEIGA, Ana Maria. Cineastas brasileiras em tempos de ditadura: cruzamentos, fugas,
especificidades. 2013. Tese de doutorado em História. Florianópolis: UFSC.
VILLAÇA, Mariana. Cinema cubano: revolução e política cultural. São Paulo: Alameda,
2010.
YERO, Olga García. Sara Gómez: un cine diferente. La Habana: ICAIC, 2017.
QUARTA
* GCV00200 - Estudos de Cinematografia Brasileira I - Cinemas indígenas, filmes-
rituais e a construção de atmosferas
Profs. Brener Neves (estágio de docência) e India Mara Martins
E-mail: brenerneves@id.uff.br
Quarta-feira, 14h-18h

Ementa:
A disciplina abordará, em diálogo com perspectivas decoloniais, o desenvolvimento e as
potencialidades do cinema indígena no Brasil, com foco no cinema Mebêngôkre-Kayapó.
História e trajetória do cinema indígena no Brasil. A estética audiovisual indígena e as
rupturas com processos colonialistas: a autorrepresentação por meio do vídeo. Modos de
ser e de viver. A filmagem de rituais. O cinema Mebêngôkre-Kayapó e os filmes-rituais.
Novas perspectivas para a atmosfera cinematográfica: a construção de atmosferas nos
cinemas indígenas.

Avaliação:
A avaliação será feita por meio de participação nas aulas e resumo expandido ao final da
disciplina. Quanto à participação em atividades nas aulas, serão avaliadas: leitura
prévia de textos, discussão nas aulas e participação com convidados. Quanto ao resumo
expandido, este deverá ser de autoria própria e deverá abordar tema relacionado
à disciplina, com discussão de literatura pertinente e ponto de vista crítico, com extensão
entre 5.000 e 8.000 caracteres.

* GCV04059 - Estudos de História do Cinema Mundial I (GCV04059)


Curso: A cidade no cinema latino-americano

Prof. Fabián Núñez

Quarta-feira, 18h-22h

EMENTA
A inter-relação entre o audiovisual e a cidade na América Latina. O cinema e a
modernidade no capitalismo periférico: um viés aos estudos sobre audiovisual e cidade
na América Latina. O cineasta como agente no/do espaço urbano. As grandes
transformações urbanísticas e sua relação com o cinema. Imagens da utopia da arquitetura
e do urbanismo moderno latino-americanos e a sua crítica. A “cidade latino-americana”:
trajetória de uma ideia. A virada culturalista nos estudos urbanos. A cidade neoliberal e
globalizada da América Latina: segregação socioespacial e a fragmentação do espaço
público. O audiovisual e o “direito à cidade”.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
A proposta é refletir sobre a inter-relação entre o cinema e a cidade na América Latina.
O objetivo da disciplina é refletir sobre o papel do audiovisual na construção de discursos
sobre as cidades latino-americanas.

AVALIAÇÃO
Produção de textos analíticos; elaboração de monografias ou participação de seminários;
realização de vídeos.

Bibliografia
BARRENHA, Natália Christofoletti. Espaços em conflito: ensaios sobe a cidade no
cinema argentino contemporâneo. São Paulo: Intermeios, 2019.
CEBEY, Georgina (Org). Cine y megalópolis: aproximaciones a la ciudad
latinoamericana desde el cine urbano. Cidade do México: Universidad Nacional
Autónoma de México/Eberhard Karls Universität Tübingen, 2021.
________. Cine y ciudad en la modernidad mexicana, 1950-1960. Tese (Doutorado em
História da Arte) – Faculdade de Filosofia e Letras, Universidade Nacional Autônoma de
México, Cidade do México, 2017. 334 f.
GONZÁLEZ DUARTE, Lucía Dominga. Villas miseria: la construcción del estigma en
discursos y representaciones (1956-1957). Bernal: Universidad Nacional de Quilmes,
2015.
GORELIK, Adrián. La ciudad latinoamericana: una figura de la imaginación social del
siglo XX. Buenos Aires: Siglo XXI, 2022.
GORELIK, Adrián; PEIXOTO, Fernanda Arêas (Org.), Cidades sul-americanas como
arenas culturais. Trad. Francisco José M. Couto. São Paulo: Sesc, 2019.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. Trad. Carlos S. Mendes Rocha. São
Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. Trad. Cristina C. Oliveira. Itapevi: Nebli, 2016.
MACHADO JÚNIOR, Rubens. São Paulo em movimento: a representação
cinematográfica da metrópole nos anos 20. Dissertação (Mestrado em Artes - Cinema) –
Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989, 190 f.
MORSE, Richard M. “As cidades “periféricas” como arenas culturais: Rússia, Áustria,
América Latina”, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 8, no 16, 1995, p. 205-225.
ROLNIK, Raquel. Guerra dos lugares: a colonização da terra e da moradia na era das
finanças. 2 ed. São Paulo: Boitempo, 2019.
________. São Paulo: o planejamento da desigualdade. São Paulo: Fósforo, 2022.
ROMERO, José Luis. América Latina: as cidades e as ideias. Trad. Bella Josef. Rio de
Janeiro: Editora UFRJ, 2004.
ROSAS MANTECÓN, Ana; ZIRIÓN PÉREZ, Antonio (Org.). Claroscuros de la
memoria: culturas cinematográficas y mundos urbanos. Cidade do México: Universidad
Autónoma Metropolitana/Juan Pablos Editor, 2023.
RUEDA, Carolina. Ciudad y fantasmagoría: dimensiones de la mirada en el cine urbano
de Latinoamérica del siglo XXI. Santiago: Cuarto Propio, 2019.
SANTOS, Milton. Ensaios sobre a urbanização latino-americana. São Paulo: Edusp,
2017.
SARLO, Isabel. Modernidade periférica: Buenos Aires 1920 e 1930. Trad. Júlio Pimentel
Pinto. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
_______. A cidade vista: mercadorias e cultura urbana. Trad. Monica Stahel. São Paulo:
WMF Martins Fontes, 2014.
SIMIÃO, Suelen. Entre muros, a cidadela: o cinema como expressão dos countries
argentinos, Temporalidades - Revista de História, no 12, v. 1, jan.-abr. 2020, p. 275-289.
_______. Medianeras no cinema e na cidade: sensibilidades contemporâneas em El
hombre de al lado (2009) e Medianeras (2011). Dissertação (Mestrado em História) –
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 2018, 208f.
VALLADARES, Licia do Prado. A invenção da favela: do mito de origem a favela.com.
Rio de Janeiro: FGV, 2005.

* GCV04090 - Estética e Cultura I - Fricções entre o audiovisual e as artes


performáticas

Prof. Rodrigo Fischer

Quarta 14-18h

Ementa
Análise de aspectos históricos, teóricos e processuais de obras e diretores que trabalham
com uma poética entre o audiovisual e as artes performáticas. Reflexão sobre possíveis
desdobramentos e obras multimídias híbridas.

Conteúdo programático
A presença do audiovisual na história do teatro. Diretores cênicos contemporâneos que
se apropriam da linguagem cinematográfica. A influência das artes performáticas na
história do cinema. Realizadores influenciados por uma poética cênica e do corpo.
Análise de obras contemporâneas híbridas que transitam entre o audiovisual e a
performance.

* GCV00278 - Realização de Festivais, cineclubes e mostras em cinema e audiovisual


Curso: Horror e Pós-Horror no Cinema e Audiovisual Contemporâneo

Profs. Marco Antônio Bonatelli (m_bonatelli@id.uff.br, estágio de docência) e Mariana


Baltar

(marianabaltar@id.uff.br)

quarta-feira, 18h-22h

Ementa:
Idealizar e produzir uma mostra gratuita com base no conteúdo programático do curso
(execução no Novo IACS, no fim do semestre)
Refletir sobre o inatismo do gênero horror em trazer à tona dilemas sociais e morais, tanto
pelos afetos que suscita quanto pelas representações que elabora, com ênfase no
cenário contemporâneo de produções audiovisuais pelo mundo. Suas definições,
caraterísticas e contradições. Seu desenvolvimento histórico a partir do século XIX (a
influência gótica em sua constituição). Representações universais de corpos monstruosos
em diferentes sociedades (Estudos Culturais). O slasher enquanto produto e práxis da
moral cristã. O j-horror e a atração do medo na mise-en-scène. Eco-horror e o debate
ambiental/transcendental da natureza como monstro. Autores do gênero e possíveis
leituras críticas de suas obras (Damien Leone, Kiyoshi Kurosawa, Larry Fessenden, Julia
Ducournau, entre outros). Pós-horror e o debate em torno do conceito de elevação
cultural. Corpos femininos e excesso no Novo Extremismo Francês.
Cinema brasileiro de horror contemporâneo e a representação da Mancha.
Dinâmicas da aula: Visionamento de obras audiovisuais e discussão de texto base (que
deve ser lido antes da aula) + atividades para curadoria, desenvolvimento e execução de
Mostra
Formas de avaliação:
1. Participação nas aulas (até 2 pontos)
2. Trabalho em grupo (curadoria e desenvolvimento de Mostra com enfoque relacionado
ao tema da disciplina) OBS – o processo de elaboração do projeto da mostra, pesquisa,
curadoria e exibição das obras será trabalhado ao longo do semestre (4 pontos)
3. Trabalho em grupo (catálogo e execução parcial da Mostra desenvolvida pelos grupos)
OBS – o processo de elaboração do projeto da mostra, pesquisa, curadoria e exibição das
obras será trabalhado ao longo do semestre (4 pontos)

Bibliografia
AMOR só de mãe. Direção de Dennison Ramalho. Produção de Camila Groch e Eliane
Bandeira. Brasil: Olhos de Cão Produções Cinematográficas, 2005, 1 DVD (21min).
AS BOAS maneiras. Direção de Marco Dutra e Julia Rojas. Produção de Clément
Duboin, Frédéric Corvez e Sara Silveira. Brasil: Dezenove Som e Imagens, Globo Filmes,
Good Furtune Films e Urban Factory, 2017. 1 DVD (135min.).
A SOMBRA do pai. Direção de Gabriela Amaral Almeida. Produção de Rodrigo
Teixeira. Brasil: Acere e RT Features, 2018. 1 DVD (92min.).
ATERRORIZANTE 2. Direção de Damien Leone. Produção de Damien Leone, George
Steuber, Jason Leavy, Michael Leavy e Steven Della Salla. Estados Unidos da América:
Dark Age Cinema, Fuzz on the Lens Productions, 2022. 1
DVD (138min.).
BONATELLI, Marco Antônio. Estudo Historiográfico Sobre a Construção do Conceito
de Pós-Horror. Trabalho de Conclusão de Curso. Campo Grande, Brasil: Fundação
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2022.
BUSCOMBE, Edward. A Ideia de Gênero no Cinema Americano. Tradução: Thomás
Rosa Bueno. Screen, Inglaterra, Vol. 11, N. 2. pp. 11-25, abril-março, 1970.
CÁNEPA, Laura Loguercio. FERRARAZ, Rogério. Espetáculos do Medo: o horror como
atração no cinema japonês. Contracampo, Brasil, Vol. 25, N. 25, pp. 04-23, dez., 2012.
CARROLL, Nöel. The Philosophy of Horror, or Paradoxes of the Heart. 1ª Ed. Nova
Iorque, Estados Unidos: Routledge, 1990.
CHURCH, David. Post-Horror: Art, Genre and Cultural Elevation. 1ª Ed. Edimburgo,
Escócia: Edinburgh University Press, 2021.
COHEN, Jeffrey Jerome. A Cultura dos Monstros. In: SILVA, T. T. (Org.) Pedagogia
dos Monstros: Os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Tradução: Tomaz
Tadeu da Silva. 1ª edição. Belo Horizonte, Brasil: Autêntica, 2000.
COLAPSO no Ártico. Direção de Larry Fessenden. Produção de Larry Fessenden.
Estados Unidos: Antidote Films, Glass Eye Pix, Zik Zak Filmworks, 2006. 1 DVD
(101min.).
COUTO, Giancarlo Backes. GERBASE, Carlos. A Mancha no cinema de horror
brasileiro da década de 2010: Uma análise de Trabalhar Cansa, Mormaço e O Animal
Cordial. Perspectiva, Brasil, Vol. 24, N. 3, pp. 454-483, 2021.
COUTO, Giancarlo Backes. SILVA, André Conti. Jovens pecadoras: culpa, punição e a
moral cristã no cinema slasher. Fronteiras, Brasil, Vol. 21, N. 2, pp. 55-67, maio-agosto,
2019.
CRIMES obscuros. Direção de Kiyoshi Kurosawa. Produção de Takashige Ichise. Japão:
Tokyo Broadcasting System, 2006. 1 DVD (104min.).
FAUSTO, Juliana. Terra e terror em Phase IV, de Saul Bass. Viso, Brasil, Vol. 10, N. 18,
pp. 124-141, jan.-jun., 2016.
FRANÇA, Júlio. O Gótico e a Presença Fantasmagórica do Passado. Anais eletrônicos
do XV encontro da ABRALIC, Brasil, Vol. 1, N. 1, p. 2492-2502, 2016.
LORENZO, Sara Calvete. As Directoras do Novo Extremismo Francês Relativo à
Violência Explícita: Claire Denis e Marina de Van. Texto ainda inédito.
MONZANI, Josette. RIGHETTI, Mario Sergio. O Corpóreo e a Erupção da Bestialidade
em Carne e Sozinho Contra Todos, de Gaspar Noé. Contemporanea, Brasil, Vol. 16, N.
3, pp. 124-141, set.-dez., 2018.
O DOCE Avanço da Faca. Direção de Petter Baiestorf. Produção de Petter Baiestorf.
Brasil: Canibal Filmes, 2010, 1 DVD (35min.).
SOB a Pele. Direção de Daniel Bandeira e Pedro Sotero. Produção de Clarissa Dutra e
Marilha Assis. Brasil: Mar Ilha e Símio Filmes, 2013. 1 DVD (19min.).
TITANE. Direção de Julia Ducournau. Produção de Jean-Christophe Reymond. França:
Kazak Productions, 2021. 1 DVD (108min.).
UM RAMO. Direção de Marco Dutra e Juliana Rojas. Produção de Sara Silveira. Brasil:
Dezenove Som e Imagem e Filmes do Caixote, 2007. 1 DVD (15min).
VINIL verde. Direção de Kleber Mendonça Filho. Produção de Daniel Bandeira, Isabela
Cribari, Leo Falcão e Kleber Mendonça Filho. Brasil: CinemaScópio e Simio Filmes,
2004. 1 DVD (16min.).
WILLIAMS, Linda. Film Bodies: Gender, Genre, and Excess. Film Quarterly. Estados
Unidos, Vol. 44, N. 4, pp. 2-13, verão, 1991.

QUINTA
* GCV00122 CINEMA LATINO-AMERICANO - Cinema de realizadoras latino-
americanas e ameríndias sob uma perspectiva decolonial

Professoras: Manuela Andrade (estágio docência) e Karla Holanda

Dias: Quinta-feira, – 14 às 18h

Ementa:
A disciplina visa colocar filmes contemporâneos de realizadoras latino-
americanas ameríndias e não-racializadas que tematizam o colonialismo e tem
como protagonistas povos indígenas em diálogo. A partir das temáticas
territoriais, temporais e políticas que surgem das obras serão articuladas teorias
de pensadores indígenas em conversa com saberes da antropologia, filosofia,
história, zoologia e do cinema para entender os filmes em sua vocação para
potenciais agentes epistemológicos.
Bibliografia Básica:
ALVARENGA, Clarisse. O caminho do retorno – o cinema das mulheres ameríndias. In:
HOLANDA, Karla (org.). Mulheres de cinema. Rio de Janeiro: Numa, 2020, p. 175-190.
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. In: Revista Brasileira de
Ciência Política, Brasília, n. 11, 2013, pp 89-117.
CLASTRES, Pierre. A Sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1984.
CUSICANQUI, Silvia. Rivera. CH'IXINAKAX UTXIWA: uma reflexão sobre
práticas e discursos descolonizadores. Rio de Janeiro: N-1 Edições, 2021, 128p.
CURIEL, Ochy. “Construindo metodologias feministas a partir do feminismo
decolonial”. In: HOLLANDA, H.B. (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas
decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
DE LUCA, T., e BARRADAS JORGE, N. (eds.). Slow Cinema. Edinburgo: Edinburgh
University Press, 2016.
ESBELL, JAIDER. Jaider Esbell In: Cohn, Sérgio; Kadiwèu, Idjahure (orgs.). Tembetá:
conversas com pensadores indígenas. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2019. p. 11-51.
HARAWAY, Donna. O manifesto das espécies companheiras – Cachorros, pessoas e
alteridade significativa. Trad. Pê Moreira. Revisão técnica e posfácio Fernando Silva e
Silva. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
HOLANDA, Karla. Por que não existiram grandes cineastas mulheres no Brasil?. In:
Cadernos Pagu, (60), 2020.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de
Janeiro: Ed. 34, 1994.
LE GUIN, Ursula K. A teoria da bolsa de ficção. São Paulo: Editora N1, 2021.
MATTA, Priscila. Dois lados da mesma corrente: Uma etnografia da corrida do imbu e
da penitência entre os Pankararu. Dissertação de mestrado do programa de Pós-graduação
em Antropologia USP. 2005.
MROZ, Matilda. Temporality and Film Analysis. Edimburgo: Edinburgh University
Press, 2012.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. O espírito da floresta: tradução Rosa Freire
d’Aguiar. São Paulo: 1ª ed., Companhia da Letras, 2023.
KRENAK, Ailton. Futuro Ancestral. São Paulo: Companhia das letras, 2022.
RABELLO, Aline Varela. Marcadores de modalidade epistêmica nas narrativas históricas
Kuikuro. Rio de Janeiro: Dissertação de mestrado. UFRJ/ FL, 2013.
SAAVEDRA, Carola. O mundo desdobrável – Ensaios para depois do fim. Minas Gerais:
Relicário Edições, 2021.
STENGERS, Isabelle. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos
Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 442-464, abr. 2018.
TSING, Anna. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Tradução:
Thiago Mota Cardoso et al. Brasília: IEB Multi Folhas, 2019.
XAKRIABÁ, C. N. C. O barro, o jenipapo e o giz no fazer epistemológico de autoria
xakriabá: reativação de memória por uma educação territorializada. Dissertação
(Mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais). UnB-MESPT, 2018.

* GCV00218 LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO E REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL-


DOCUMENTÁRIO

Cezar Migliorin

Quinta-feira, 14h-18h

Ementa
A oficina será centrada em exercícios com imagem e som e suas possibilidades no cinema
documentário. A partir desses exercícios pretendemos começar a construção de projetos
de filmes. E, com a análise de algumas obras, percorreremos diferentes formas de relação
do cinema com a realidade.

Avaliação: presença e realização dos exercícios


Pré-requisito:
Ter cursado
Oficina de criação em imagem e som – Bacharelado
Oficina de vídeo processo 1 e 2 – Licenciatura

Número máximo de alunos – 22

Filmografia básica - a ser visionada antes do início das aulas

Jogo de cena (2007), Eduardo Coutinho


O céu sobre os ombros, (2011) Sérgio Borges
Rua de mão dupla (2004) Cao Guimarães
A Entrevista (1966), Helena Solberg
Taxi Teerã (2015) Panahi
Ulysses (1983) Agnes Varda
Martírio (2016) Ernesto de Carvalho e Vincent Carelli
Juízo (2007) Maria Augusta Ramos
Iracema, uma transa amazônica (1974), Jorge Bodanzky e Orlando Senna
Titicut Follies, (1967) Frederick Wiseman
O homem com uma câmera (1929) Dziga Vertov
Fantasmas (2010) André Novais Oliveira

Referências Bibliográficas

BRASIL, André. Formas do Antecampo: performatividade no documentário brasileiro


contemporâneo. Revista FAMECOS, v. 20, n. 3, jan. 2014.
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder: a inocência perdida – cinema, televisão, ficção,
documentário. Belo Horizonte: UFMG, 2008.
DA-RIN, Silvio. Espelho Partido: tradição e transformação do documentário. Rio de
Janeiro: Azougue Editorial, 2006.
LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e vídeo. Rio
de Janeiro: Zahar, 2004.
MIGLIORIN, Cezar. O dispositivo como estratégia narrativa. In: Narrativas midiáticas
contemporâneas. Porto Alegre: Sulina, 2006, p. 82-94.
MIGLIORIN, Cezar (Org.). Ensaios no real: o documentário brasileiro hoje. Rio de
Janeiro: Azougue, 2010.
RANCIÈRE, Jacques. A fábula cinematográfica. Campinas: Papirus, 2013.

* GCV 00204 ESTUDOS DE CINEMATOGRAFIA ESTRANGEIRA 2. Animação


japonesa - Studio Ghibli.

Prof. Daniel Pinna

Quinta-feira, 18h-22h

Ementa: Animação Japonesa – Studio Ghibli. Seminários teóricos destinados à análise


técnica e estética da cinematografia de Animação japonesa, dando especial ênfase a
produções de apelo autoral em longa-metragens cinematográficos não atrelados a séries
de televisão ou publicações periódicas em quadrinhos. Nesse semestre, serão estudadas
algumas das principais obras dos cineastas do Studio Ghibli, com destaque especial para
seus fundadores: Hayao Miyazaki e Isao Takahata.
Objetivo: Conhecer, identificar e analisar a técnica e a estética do Cinema
de Animação japonês e os elementos de estilo de seus principais diretores.
Instrumentos de Acompanhamento e Avaliação: A cada aula será exibida uma obra
de Animação japonesa, antecedida por uma apresentação do filme e seguida por um
debate. A dinâmica das aulas envolverá a participação dos alunos no debate e
apresentações sobre a forma de seminários temáticos, de maneira semelhante a um grupo
de estudos sobre o tema.

SEXTA

* GCV00153 - CINEMA E HISTORIA II. Revisões historiográficas do cinema no


Brasil

Prof. Rafael de Luna Freire

Sexta-feira, das 9h-13h.

Pré-requisito: História do cinema brasileiro

EMENTA
Trata-se de um curso do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual
(PPGCine-UFF) que terá 10 vagas destinadas a alunos da graduação. O curso será
focado na revisão historiográfica do cinema no Brasil, dos anos 1990 até a atualidade.
Serão abordados temas como: a abordagem intermidiática do cinema; a história das
técnicas e tecnologias; o uso dos arquivos e novas fontes; humanidades digitais e
arqueologia das mídias nos estudos sobre cinema brasileiro; New Cinema History e a
história da exibição e distribuição; non-theatrical films (outros filmes).

DESCRIÇÃO
Trata-se de um curso do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual
(PPGCine-UFF) que terá 8 vagas destinadas a alunos da graduação em cinema e
audiovisual e 2 vagas para alunos de outros cursos que cumpram o pré-requisito.
O curso consistirá em aulas expositivas e na discussão de textos apresentados pelos
professores, com um debate guiado pelos próprios alunos. Os textos serão
disponibilizados em pdf ou xerox para os alunos.
O curso tem uma carga de leitura considerada alta para a graduação e o aluno deve ter
condições de ler textos em inglês, já que parte da bibliografia não se encontra disponível
em português.
A avaliação se dará através de um ensaio produzido ao final do curso relacionado às
questões discutidas ao longo do semestre.

Bibliografia básica
ALLEN, Robert C.; GOMERY, Douglas. Film History: Theory and Practice. New York:
Knopf, 1985.
ALTMAN, Rick. Outra forma de pensar la historia (del cine): un modelo de crisis.
Archivos de La Filmoteca, Valencia, fev. 1992.
AUTRAN, Arthur. Panorama da historiografia do cinema brasileiro. Alceu, Rio de
Janeiro, PUC, v. 7, n. 14, jan-jun. 2007.
BERNARDET, Jean-Claude. Historiografia clássica do cinema brasileiro. São Paulo:
Annablume, 1995
FREIRE, Rafael de Luna, “Colegas norteamericanos y europeos: ¿qué no hay de nuevo
en la New Cinema History desde un punto de vista que no es el de ustedes? In: Clara
Kriger e Nicolás Poppe (orgs.). Salas, negocios y públicos de cine en Latinoamérica,
1896- 1960. Buenos Aires: Prometeo, 2023.
FREIRE, Rafael de Luna, “Synchronised Film Fever’ amid the
‘Gramophonoradiomania’: Record, Radio and Cinema at the Dawn of the ‘Talkies’ in Rio
de Janeiro” In: Lúcia Nagib, Luciana Corrêa de Araújo e Tiago de Luca (orgs.). Towards
an Intermedial History of Brazilian Cinema. Edinburgh: Edinburgh University Press,
2023.
FREIRE, Rafael de Luna, O negócio do filme: a distribuição cinematográfica no Brasil,
1907-19015. Rio de Janeiro: Museu de Arte Moderna, 2022.

DISCIPLINA INTENSIVA / FÉRIAS

GCV 00295 Atividades de Extensão III (30 horas)


Montagem e finalização de produtos audiovisuais
Profa: Elianne Ivo
De 11 a 15 de março de 2024
Horário: de 10 às 13 horas e 14 a 17 horas
15 vagas
Pré-requisito: ter cursado a disciplina (GCV00308) Montagem
Com vistas a editar e finalizar produtos audiovisuais de encomenda, a disciplina
acontecerá de forma intensiva durante uma semana com 6 horas diárias no laboratório
Zeca Porto. A ideia é dividir a turma em 5 grupos para editar e finalizar cor e som.
Incialmente será feito um visionamento dos materiais já gravados e, em seguida,
estruturação de um roteiro de edição e eventualmente completar a filmagem e/ou
gravação de som. A edição dos materiais será elaborada e discutida pelos grupos para, em
seguida, finalizar imagem e som. A cada aula teremos um convidado que irá avaliar o
andamento dos trabalhos. Os softwares utilizados serão Première e Da Vinci.
Bibliografia
AMIEL, V. A estética da montagem. Lisboa: Texto&Grafia, 2010.
JAY, E. Montagem, técnica e estética: ficção, documentário, série, novas escrituras. Paris:
Armand Colin, 2020.
Livros de treinamento Da Vinci Resolve
https://www.blackmagicdesign.com/br/products/davinciresolve/training
Guia do usuário Premiere Pro
https://helpx.adobe.com/br/premiere-pro/user-guide.html

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