O SECULARISMO NO SEIO

FEMENINO CRISTÃO

MARTA DILL JOSÉ

 O Secularismo no Seio Feminino Cristão

Marta Dill José

Copyright © 2023, por Editora Reforma Cristã

Revisão por PN Miguel, Isaac Catraio e Josemar Força
Capa, Diagramação e Arte Final por Vicente David Félix
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Email: editorareformacrista@gmail.com

Os textos bíblicos deste artigo foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, 2ª
edição (ARA), e Nova Almeida Atualizada (NAA)

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer
formato, desde que informe a autora, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize
para quaisquer fins comerciais.
 Apresentação por
Vicente David Félix

Não estamos em dias bons para a igreja evangélica. E, entenderão isso

todos aqueles que têm travado uma guerra contra as ideologias seculares sobre o
que as mulheres devem crer e viver. O mundo define o padrão de beleza feminina,
homem ideal para casar e quais trabalhos a mulher deve fazer. Para o mundo,
mulher linda é aquela que se veste de forma indecente para atrair os olhares, ser
sensual, fazer alteração corporal e ter uma autoestima alta. Define homem ideal
para casar aquele que é bem-sucedido financeiramente, estudioso, alguém com
virtudes cívicas e politicamente correto. A bíblia define beleza feminina como
virtudes santas da feminilidade bíblica, essa beleza é rara, é preciosa e o seu valor
excede o de joias finas (Pv. 31:10; 1Pd 3:4; 1Tm 2:10-11). O Cristianismo nunca foi
contra a beleza, mas será sempre contra a sensualidade. A bíblia define também o
homem ideal que a mulher cristã deve casar; ele deve ser cristão genuíno (e não
ímpio), maduro, integro, deve ter bom testemunho, membro ativo em sua igreja local
e conhecedor da Palavra de Deus.

Muitas mulheres cristãs têm se identificado com as ideologias pregadas pelo

secularismo sobre o verdadeiro padrão da mulher; mas o verdadeiro padrão da
mulher, é definido pela Palavra de Deus e não pelo mundo, é aqui onde muitas
mulheres cristãs tropeçam. Em Efésios 1:4, Paulo apresenta o padrão da mulher
cristã definido por Deus na eternidade passada – Paulo diz que a mulher foi
escolhida por Deus, antes da fundação do mundo, para ser santa e irrepreensível.
Tudo o que a mulher cristã deve crer e viver foi expressamente definido por Deus
nas Escrituras Sagradas. Querida irmã, este artigo lhe proporcionará uma viagem
fantástica pela Bíblia para melhores esclarecimentos.

Diversos artigos e livros importantes foram publicados com o propósito de

entender o que está acontecendo e dar respostas as perguntas que as mulheres
estão fazendo. Um destes artigos é este que está em suas mãos escrito pela irmã
Marta Dill José, uma cristã reformada residente na Província da Huíla/Lubango,
formada em Medicina, tem dedicado seu ministério no trabalho com mulheres
difundindo de uma boa teologia numa linguagem simples e feminina. Leia Marta Dill
José. Este artigo não reivindica apresentar um novo fundamento, e sim o velho
fundamento que jamais deveria ter sido ignorado e, muito menos, abandonado. A
clareza de pensamento, exegese e redação de Marta Dill José é totalmente
admirável. Mulher, este artigo vai lhe ajudar em sua apologética contra as ideologias
seculares que destroem a identidade cristã da mulher e aprimorará seu pensamento
sobre feminilidade bíblica. E, de modo ainda mais relevante, este é um artigo que
deve ser distribuído às mulheres em nossas igrejas com todo amor.

Leia-o e, depois compartilhe com suas amigas.

 O SECULARISMO NO SEIO FEMENINO CRISTÃO

Com o avanço dos tempos e o surgimento da era digital, nasceram muitas

formas de obter conteúdo e transmitir pensamentos. Com o desenvolvimento das
mídias sociais, nasceram as influenciadoras, mulheres com quem não precisamos
sentar-se para tomar um café e conversar para saber o que elas pensam; pois
através de um clique num texto ou num vídeo delas temos acesso à cosmovisão
delas. Não é verdade que são somente as mulheres que espalham o feminismo mas
também homens, pois o mundo tem o prazer de cada vez mais distanciar-se das
escrituras como forma de dizerem que estão a ser livres do tradicionalismo,
colocando-se contra as escrituras, Isto é notável não só nas redes sociais mas na
indústria cinematográfica, em cada lado da atividade humana há um toque de
secularismo atacando a verdadeira feminilidade, o pior é que isto está a entrar na
igreja e muitas cristãs estão abraçando tais pensamentos, umas conscientemente
e outras por pura ignorância. Quão normal se tornou no seio de mulheres cristãs a
supervalorização de uma carreira profissional em detrimento da função doméstica?
Quantas estão mais preocupadas em obter diplomas em suas formações seculares
e sem o mínimo interesse ou preocupação em ter um conhecimento bíblico de como
serem excelentes esposas, brilhantes mães e acima de tudo verdadeiras servas ou
filhas do único e verdadeiro Deus? Nesse artigo tratarei de três pontos que tem sido
alvo de disseminação de ideias feministas, moralistas e relativistas, onde muitas
mulheres inocentemente ou pela indisponibilidade em conhecer as instruções
bíblicas têm sido influenciadas e acabam adoptando para suas vidas, trazendo
como consequência uma conduta pouco sábia, esses pontos são: Beleza, O homem
ideal para casar e o trabalho doméstico.

O que seria então o secularismo?

Querida irmã, antes que a definição básica de secularismo seja

apresentada, é necessário deixar claro que - secularismo - como dogma ou conjunto
de pensamento mundano, foi cunhado (secularismo) pelo Inglês George Holyoake
em 1846 com o objectivo de erradicar qualquer pensamento religioso daquela
época, principalmente o cristianismo como a religião predominante. iGordon Clark
aborda sobre a filosofia secular, ele diz que “esta filosofia é baseada na razão
humana ou na experiência humana, dela é onde vem os princípios do mundo”
partindo desse pressuposto, secularismo, neste artigo deverá ser visto como um
conjunto de dogmas ou princípios que regem este mundo que jaz nas trevas. O
secularismo como um sistema de pensamento se opõe fortemente à fé Cristã, esse
mesmo pensamento mundano tende a influenciar as mulheres cristãs com suas
perversas ideias da emancipação da mulher que gravemente distorce a feminilidade
bíblica, dizendo que a bíblica concepção sobre a mulher é antiquada e não válida

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 aos nossos dias e que, portanto, a mulher deve empoderar-se, tomar a mesma
posição que o homem e, tornar-se independente em todos os aspectos. O
secularismo, embora apresenta-se revestido com imagem de piedade, seu pano de
fundo revela um ódio profundo pela verdadeira feminilidade, lembre-se que a falsa
feminilidade, vulgo feminismo, foi gerada pelo secularismo. Nele, com argumentos
cativantes, não apenas tira-se o verdadeiro foco de uma mulher, como o vaso frágil
que carece de amor, carinho e protecção de um homem idóneo, pai e, quando
casada, de um esposo. Poupada por Deus do fardo de ser cabeça e de provedora
do lar, conforme às escrituras. Bem como doutrinar as mulheres para meterem-se
na posição dos homens, levando assim um pesado fardo que, como mulher, não
nos pertence.
O secularismo apregoa uma doutrina oposta às escrituras, que ensina que
a coroa da mulher é ser uma boa dona de casa, amando o seu esposo e seus filhos,
edificando seu lar pela sabedoria “bíblica”. Opostamente às escrituras, a filosofia
mundana, com aplausos, incentiva as mulheres a reunir esforços para obtenção de
diplomas e sucessos profissionais mesmo pisando nos papéis maravilhosos
estabelecidos por Deus. Contudo, se uma mulher cristã não cuidar dos seus,
principalmente os da sua família, errou o alvo e, é pior que o incrédulo! Ainda assim
o secularismo, por sua vez diz que, o princípio Cristão é antiquado e que, a coroa
da mulher é poder social que ela granjeia, não importando como lá chegou, desde
que alcance a independência financeira e não tenha de depender de homem
nenhum, melhor ainda se, não pensar em ser esposa e mãe porque isto atrasa a
carreira profissional e o sucesso financeiro e, se for esposa, não precisa amar o
esposo e cuidar dos filhos basta se empoderar, e ter capacidade de pagar quem
ocupe seu lugar nos deveres doméstico, acertou o alvo! O apóstolo Paulo exorta a
igreja em Roma a não se conformar com o sistema deste século (Rm 12:2), dando-
nos assim a ideia de como as ideologias mundanas sempre tenderam adentrar no
seio da igreja, até mesmo na época apostólica, quanto mais na nossa época?
Talvez a diferença é que na época apostólica havia uma grande resistência, mas
infelizmente na época actual há um grande conformismo. Há certas pessoas que se
dizem cristãs que chamam Paulo de Machista, (por machista, querem com isto dizer
sobre o acto de valorizar os homens em detrimento da mulher como se o gênero
feminino não tivesse nenhum valor comunitário nem intelectual) pelos ensinos que
ele deu para igreja, no que tange a feminilidade, essas pessoas de facto têm as
mentes obscuras por falta de compreensão do poder da palavra de Deus outorgada
ao apóstolo Paulo. Na verdade, o egocentrismo delas é que foi ferido pela palavra
de Deus.

Estas mulheres influenciadoras compram os seus pensamentos desta

filosofia ímpia, que é internamente autocontraditória, uma vez que ela muda com o
tempo, logo não pode ser verdadeira, uma vez que há éticas nas quais elas
discordam em coisas essencialmente morais da mesma cosmovisão por causa da
fonte de conhecimento distinto, para umas o homossexualismo é normal, mas para
outras não, e ninguém pode trazer um padrão de avaliação porque seria contra a
suposta liberdade que apregoam. E isto decerto, mostra que não há um padrão para

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 elas, cada pessoa defende o que acha melhor para si e do seu interesse, e isto é o
que basicamente caracteriza essa era pós-moderna que está fortemente
fundamentada no relativismo. Sendo o homem depravado, mau por natureza, como
ele deveria determinar o que é certo ou errado? Se cada pessoa fazer o que acha
melhor nem mesmo uma sociedade secular seria possível. Há mais outras razões
que fazem do secularismo uma barata e falsa filosofia, ainda que o mesmo tende a
propor a aparente brilhante ideia da emancipação da mulher, essa filosofia na
verdade despreza a verdadeira elegância de ser mulher, revelando-se altamente
diabólica e anticristã. Por agora, pretendo apresentar e por fim refutar a concepção
que secularismo defende (algumas supostas cristãs têm a mesma visão,
infelizmente) relativamente aos pontos que já havia mencionado, a saber; Beleza,
o homem ideal para casar e o trabalho doméstico da mulher.

A Beleza
A beleza da mulher foi um dos alvos a ser abatido pelo mundo, a criação
de um padrão de beleza além das escrituras ludibriou e cegou muitas cristãs, a
ponto de acharem que o formato do seu corpo, os traços do seu rosto, o seu cabelo
e outros detalhes são tão imperfeitos que precisariam ser alterados por meio de
procedimentos estéticos que chegam inclusive a colocar em risco a sua própria
saúde. O mundo luta, e está em um processo de desconstrução do modelo bíblico
da verdadeira beleza feminina; hoje uma mulher seminua e expondo partes íntimas
do seu corpo, ou expondo nudez à vista, pecando e fazendo outros pecarem é vista
como poderosa, como bela, como um ícone, uma diva, e uma influenciadora de
pessoas. Mas é exactamente isso que o mundo tipifica; o que a bíblia, a inerrante
palavra de Deus tipifica? Será que essas mulheres devem ser o nosso padrão de
beleza? Primeiro, devemos entender que quem define os conceitos é Deus, O
arquitecto e criador da criação, na sua palavra revelada, e não o mundo. O profeta
Isaías repreende aqueles que “ao mal chamam bem e ao bem mal” (Isaías 5:20),
postura tal, que têm sido de muitas mulheres cujo pensamento é influenciado pelo
secularismo; a simplicidade e o pudor, virtudes que fazem com que a mulher seja
bela, são taxados de feios e antiquados. Leia o que Pedro apóstolo do nosso Senhor
Jesus Cristo diz:

“Portanto, o que vos torna belas e admiráveis não devem ser os enfeites
exteriores, como as tranças do cabelo, as finas joias de ouro ou o luxo dos vestidos.
Pelo contrário, esteja em vosso ser interior, que não se desvanece, toda a beleza
que se revela mediante um espírito amável e cordato, o que é de grande valor na
presença de Deus” (1 Pedro 3:3-4).

Isto significa, amada irmã, que sua beleza deve reflectir-se na tua
cosmovisão (Crença a respeito de todas coisas) que, manifesta através das tuas
obras, amar a Deus por meio da sua palavra, o teu próximo, através da tua maneira

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 de viver, como tratas os teus pais, irmãos em Cristo e não só, esposo e filhos. O
que se espera das mulheres que afirmam ser devotas a Deus é que elas venham a
se embelezar com as boas obras que praticam e pautar por um testemunho
plausível tal como convém a santas no Senhor. (1 Timóteo 2:10).

Querida irmã, o que faz uma mulher bela não é, e nunca foi, o enfeite exterior
como penteados, joias e vestidos luxuosos, extravagancia na vestimenta nem tão
pouco a sensualidade. Aliás, há uma proibição em correr atrás do luxo e ostentação
de coisas caras (1 Timóteo 2:9); também não é um corpo avantajado, não são as
tuas curvas e muito menos as partes íntimas expostas, como um produto à venda.
A palavra de Deus define a beleza como sendo interior, isto é, um coração amável,
sensato no temor de Deus, em suma, o temor ao Senhor reflectindo nas obras. É
assim que Deus define beleza, e não como o mundo, portanto, fica claro que a
beleza não é vestir-se com roupas, joias ou fazer os penteados mais caros e
modernos, muito menos a sensualidade que revela a podridão do coração, antes, é
o que a bíblia define como beleza tal como vimos, porque: Enganosa é a beleza e
vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada
(Provérbios 31:30).
Com muita tristeza em meu coração escrevo esse parágrafo pois muitas
irmãs fracas no entendimento, e outras por resistirem às escrituras, ou por pura
ignorância, seguem essas influenciadoras, curtem seus conteúdos e acham tudo
isso algo simplesmente normal. Devemos nos questionar se é de facto a Deus e a
sua palavra que iremos seguir ou se então seguiremos a essas servas do
pensamento e dogmas mundanos? Ou ainda, como filhas de Deus revelaremos ter
um coração que está perversamente apaixonado pelo mundo e pelos que o servem?
Atentemos pela palavra de Deus, pois ela diz: “Este povo honra-me com os lábios;
o seu coração, porém, está longe de mim…” (Mateus 15:8). Que Deus possa nos
livrar de tal hipocrisia!

Está mais que claro que aquilo que mundo define como beleza é
completamente oposto ao que a escritura apresenta como belo e sublime. A
definição de beleza na perspetiva mundana é fundamentada em pressupostos
pecaminosos, muitas mulheres que se dizem cristãs, mas que adoptam o
secularismo como seu padrão de beleza e não a Bíblia, têm sido uma pedra de
tropeço e têm arrastado consigo muitos homens à ruína. Como podem mulheres
cujas línguas são poços de morte ser nossas referências? Essas mulheres apelam
a uma beleza essencialmente exterior, longe do que aprendemos com as escrituras
sobre a real beleza da mulher "Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam
modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e com
ouro, nem com pérolas ou com roupas caras, mas com boas obras, como convém
a mulheres que declaram adorar a Deus.” (1 Timóteo 2:9-10.) A bíblia aconselha
que "Assim, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa,
façam tudo para a glória de Deus." (1Coríntios 10:31), A luz das escrituras e, com
sinceridade, será que uma mulher seminua, mostrando os seios, coxas e outras
partes íntimas do seu corpo, ou mulher trajada com vestes que marcam partes

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 íntimas do corpo, será que dessa forma ela estaria vestida para a glória de Deus?
Reflictamos!

O mundo tenta convencer-nos que a beleza da mulher está no seu

exterior, na sua autoexposição, como se um produto na montra fôssemos, mas, nós
não devemos abraçar essa cosmovisão, essa ideologia mundana não deve estar
presente no meio cristão. Devemos usar como exemplo às mulheres bíblicas,
piedosas que temem a Deus e vestem-se tão bem que o nome do senhor é
glorificado por meio das suas vestes. Nossas vestimentas devem reflectir à glória
de Deus, de formas que impeça qualquer homem, por mais poluída e ímpia que seja
sua mente, a pecar só de observar-nos; “Porque assim se adornavam também
antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos
seus próprios maridos” (1 Pedro 3:5). Isto é anúncio de um coração lindo, isto é
beleza, um coração amável, sensato no temor de Deus e que veste para à glória de
Deus.

O homem ideal para casar

É muito provável que você já se deparou com esta aclamada proposição,

“quer saber como um homem vai te tratar? observe como ele trata a sua mãe” Essa
é uma famosa frase, embora soa moralista é, na verdade, desprovida de verdade,
sendo que não é Bíblica. é louvável que alguém respeite e estime os seus
progenitores, mas é, doutro lado falacioso tirar-se uma conclusão deste acto, que
necessariamente ele tratará bem a sua esposa. Pois a base da escolha não é este
cliché. As escrituras quando falam de analisar alguém para casar, elas não estão
se referindo como essa pessoa trata a sua mãe, mas da sua cosmovisão. Veja por
exemplo, Juízes 14:3: “Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura,
mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás
tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? …”

O povo de Israel tinha uma crença e era importante que eles casassem entre
eles, pois, criam no mesmo Deus. Os pais de Sansão quando o questionaram, viram
o erro que ele cometeria ao querer unir-se com uma filisteia sendo que ela não fazia
parte do povo de Israel, não conhecia e nem adorava o Deus de Israel. Nisso
entendemos que, um dos princípios de escolha não é como a pessoa trata os pais,
mas sim, quem essa pessoa adora? Qual é a sua cosmovisão? Porque, no final de
tudo, sua crença sobre Deus definirá tudo mais, porque se ele for um não cristão,
não importa se trata bem seus progenitores, o facto é que, não serve para ti porque
seria jugo desigual, e isto é pecado, e a Bíblia claramente diz:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade
tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? (2 Coríntios

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 6:14) “ ela fica livre para casar com quem quiser, contanto que case com um cristão”
(1 Coríntios 7:39)
Analisemos também Gênesis 24:3 “para que eu te faça jurar pelo Senhor,
Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas
dos cananeus, no meio dos quais eu habito” Nesse texto vemos um pai preocupado
em arranjar uma esposa para seu filho já adulto, e assim faz seu servo jurar que
não tomará para seu filho uma mulher Cananeia, tudo porque Cananeus ou
cananitas eram um povo idólatra que adoravam Baal e vários outros deuses. Nestes
termos, Abraão não estava preocupado, primariamente, com o proceder da moça
para com os seus pais, ele estava preocupado com sua cosmovisão, quem essa
pessoa adorava, quais são as bases doutrinárias dela? À grosso modo, ele disse:
você jura pelo Deus do céu que não trarás uma idólatra aqui. Gênesis 24: 4-mas
que irás à minha terra e à minha parentela e daí tomarás mulher para meu filho
Isaque. Veja que Abraão dá instruções claras, que a esposa de seu filho seja de
sua parentela, é porque têm os mesmos mandamentos, adoram o mesmo Deus e
são participantes das mesmas cosmovisões. Nisso aprendemos que, o homem que
vai ser seu esposo precisa ser cristão, e ter a mesma cosmovisão bíblica que a sua,
pois até ímpios tratam bem suas mães e irmãs. Mas não amam a Deus mais do que
tudo, já um homem regenerado sabe que, antes de tudo, deve amar a Deus mais
do que todas as coisas, se submeter a sua palavra e andar de acordo com o que
está escrito nela, glorificando a Deus por meio de sua vida. Como consequência
lógica ele tratará bem sua mãe, e outras pessoas da sua parentela. Não te enganes
com essa influência secular, a escolha é pautada sempre nas escrituras e nunca no
moralismo, relativismo e secularismo.

Trabalho Doméstico
Quando me refiro ao trabalho doméstico nesse ponto, estou me
referindo a mulher que cuida do seu lar, o que envolve o trabalho doméstico sendo
parte do cuidado. Com o avanço dos tempos e com a proliferação da falsa ideologia
feminista, tem se espalhado a perniciosa ideia de que a mulher que cuida e se
dedica exclusivamente ao lar é, na verdade, uma escrava e não desfruta de uma
vida própria. Segundo a justificação feminista é que essas mulheres trabalham
arduamente, porém, sem qualquer remuneração, enquanto o homem vai para o seu
privilegiado trabalho, tendo oportunidades e facilidades de ganhar mais. Elas ainda
argumentam que a mulher que trabalha fora e cuida de casa trabalha o dobro, pois
tem que se dividir entre ganhar o pão e cuidar de sua família, estando o homem
mais livre, porque só tem de trabalhar e não cuidar do lar. iiVeja o que a famosa
filósofa, feminista marxista italiana, Silvia Federici escreveu sobre esse assunto em
seu livro O ponto zero da revolução:

"A diferença em relação ao trabalho doméstico reside no fato de que ele

não só tem sido imposto às mulheres como também foi transformado em um atributo

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 natural da psique e da personalidade femininas, uma necessidade interna, uma
aspiração, supostamente vinda das profundezas da nossa natureza feminina. O
trabalho doméstico foi transformado em um atributo natural em vez de ser
reconhecido como trabalho, porque foi destinado a não ser remunerado.... No
entanto, não existe nada natural em ser dona de casa, tanto que são necessários
pelo menos vinte anos de socialização e treinamento diários, realizados por uma
mãe não remunerada, para preparar a mulher para esse papel, para convencê-la
de que crianças e marido são o melhor que ela pode esperar da vida. Mesmo assim,
dificilmente se tem êxito. Não importa o quanto sejamos bem treinadas, poucas
mulheres não se sentem enganadas quando o ´dia da noiva acaba´ e elas se
encontram diante de uma pia suja..."

Sílvia traz o ponto, de que, o trabalho doméstico não é pago, sendo uma
exploração da mulher, e nega que a necessidade de cuidar do marido e dos filhos
não seja algo intrínseco, fazendo parte da sua natureza, mas imposto e que não
existe satisfação em uma mulher que se dedica ao seu lar. Sílvia como uma
feminista, trata esse ponto do trabalho doméstico como algo cansativo e pouco
proveitoso para a mulher, e que a mulher deveria ser paga por cuidar de seu esposo
e filhos, a fim de que seja valorizada no exercício de suas funções sendo esse um
trabalho, deveria ser remunerado. E muitas mulheres cristãs, influenciadas por esse
pensamento e pensamentos semelhantes, vêm o trabalho doméstico que desejo
traduzir como "o cuidado do lar" como algo penoso, desgastante que não lhes
beneficia.

Querida irmã, note que Sílvia é uma mulher ímpia, com um conceito
totalmente errado sobre feminilidade, e rebelou-se contra Deus, tentando suprimir
ou eliminar a verdade de Deus sobre feminilidade bíblica. Se o argumento de Sílvia
é que a mulher precisa ser ensinada para ser dona de casa e, que o facto de que a
mulher precisa ser ensinada significa dizer que, não é sua natureza, mas, sim, algo
imposto pela sociedade, e que não temos por inclinação os cuidados domésticos.
Isto só prova o desespero dela para tentar suprimir a verdade de Deus e negar sua
própria natureza porque, todos sabemos que o homem tem a natureza intrínseca
de provedor e protetor, mas nem por isto anula a necessidade de ser, a vida toda,
ensinado a aprender não apenas a prover, mas, como também de como cuidar da
família. Isto anula a natureza do homem? Certamente que não, então, por que
anularia da mulher? Porque a necessidade de a mulher ser igualmente ensinada a
ser boa dona de casa, anularia sua função do cuidado no lar, como fruto de sua
natureza feminina?

Enfim, Sílvia peca nas suas preposições, a mulher não deve ser paga por
cuidar de seu próprio lar, a mulher foi feita do homem a fim de auxiliar o mesmo nas
suas actividades em submissão a ele, conforme Genesis 2:18. Assim como o
homem não deve ser pago para prover alimento e bem-estar a sua família, pois para
isso foi criado a fim de tomar as rédeas na instrução e encaminhamento ao Senhor
de sua própria família. Nisto vemos que fomos feitas com a necessidade intrínseca
de cuidar do lar, baseando-se no princípio da criação.

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 Esse pensamento da falsa feminilidade é egoísta, pois ensina a mulher a
olhar para si e não cumprir com o que é ensinado em Tito 2:4 “para que ensinem as
mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos"
veja que aqui Paulo trata de um amor bíblico, desprovido de egoísmo, esse amor
esta bem descrito em 1 Coríntios 13. Outro ponto a ressaltar aqui é que, as
escrituras são claras sobre o trabalho doméstico "cuidado do lar", Pois o apóstolo
continua: "a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido,
a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada." (Tito 2:5), claro que é santo
o trabalho doméstico e não deve ser negligenciado, muito menos tido como algo
penoso e uma exploração da mulher, porque ser boa dona de casa envolve esse
labor. A mulher pode ter uma auxiliadora do lar, assim como a virtuosa de provérbios
31, porém ela deve estar vinculada com profundidade ao cuidado do seu lar, a fim
de que o nome do Senhor Seja glorificado por meio dela. Olhando para esses
pontos posso assim dizer, que essas preposições feministas não são sinceras, pois
elas tendem a suprimir a inclinação natural da mulher e instiga a desobediência aos
princípios pré-estabelecidos por Deus.

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 Conclusão
Por fim, vale fazer lembrar que ao longo das poucas páginas deste artigo
tratei sobre o Secularismo no seio feminino Cristão, trazendo três principais pontos
que têm sido influenciados pelo secularismo, sendo os mesmos: beleza, homem
ideal para casar e o trabalho doméstico. Entendo que a influência das mídias sociais
e de pautas feministas têm sido um impute importante na propagação do
secularismo somado a isso, a fraqueza espiritual e intelectual que encontramos no
seio feminino cristão, têm ajudado na sua infiltração. É como um câncer em estágio
avançado cria suas metástases, assim também o secularismo tem se disseminado
fortemente e causando muitos danos a percepção correta da verdadeira
feminilidade bíblica, ao final entendo que, a beleza da mulher emerge de dentro
para fora estando pautada na verdadeira piedade e, essa piedade, vem da
submissão a Deus obedecendo a sua palavra. Quanto ao homem ideal para casar,
entendo que o padrão de escolha deve ser bíblico e desprovido de clichês e ideias
sem um pano de fundo escriturístico, e, no que tange ao trabalho doméstico,
entendo que é uma tarefa santa e uma ordenança bíblica, fazendo parte do pacote
de ser boa dona de casa, cuidar do esposo e dos filhos não é penoso, mas sim uma
expressão da verdadeira feminilidade bíblica.

Minha oração é que esse artigo baseado nas escrituras sirva para trazer um
conhecimento e entendimento bíblico dos pontos aqui tratados, que você “mulher”
ao leres, sejas abençoada e entendas que a feminilidade apresentada pelas
escrituras é a verdade absoluta sobre como uma mulher deve se proceder, também
oro que a cara leitora possa no final de tudo rejeitar, invalidar todo e qualquer
pressuposto mundano que se levanta contra a santa palavra de Deus, que possa
haver a atitude ensinada pelo apostolo Paulo em 2 Coríntios 10:5 “Destruímos
argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e
levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.” Esta é minha
oração e meu grande desejo, em nome do Senhor Jesus Cristo. Amém!

i Clark em uma palestra na Wheaton College, Illinois (EUA,1965),

ii Federici, Silvia: O Ponto Zero da Revolução, (Páginas 42 e 43)

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