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RESUMO
Este artigo tem o objetivo de propor uma breve reflexão acerca da mudança na
vida da mulher (e, por extensão, de qualquer ser humano) depois de aceitar Jesus
por meio da fé. Pretende-se verificar a modificação desse comportamento e exortar
essa mulher nos dias de hoje a continuar no caminho proposto por Jesus Cristo.
Para isso, utiliza-se essencialmente a bíblia como fundamento: busca-se depreender
do registro bíblico o que deve ser tomado como “critério atemporal” de conduta
humana, a fim de abordar questões “atuais" relativas ao casamento, à família.
Espera-se que essa mulher convertida reconheça sua fragilidade, aprenda a ser
dependente da vontade de Deus e, desse modo, seja capaz de dar um testemunho
de vida eficaz, mais precisamente, de enfrentar com liberdade e dignidade as
labutas e os desafios diários.
ABSTRACT
This article aims to offer a brief reflection on the change in women's lives (and,
by extension, of any human being) after accepting Jesus through faith .Pretende to
verify the change of this behavior and urge the woman in Huje days to continue on
the path proposed by Jesus Christ. For this, iltiliza essentially the Bible as the
foundation: to seek -If apparent from the biblical record that should be taken as
"timeless criterion" of human conduct, in order to address "current" matters relating to
marriage, family. It is expected that this woman converted to recognize its fragility,
learn to be dependent on the will of God and thus be able to give an effective witness
of life, more precisely, to cope with freedom and dignity the toils and daily challenges
PALAVRAS-CHAVE
Mulher Cristã. Vida Secular. Casamento. Conversão. Dignidade. Testemunho.
Sociedade.
KEYS WORDS
Christian woman. Secular life. Marriage. Conversion. Dignity. Witness. Society.
INTRODUÇÃO
A intenção desse artigo é buscar e compreender a percepção que as mulheres
cristãs têm do esposo e da família. De certa forma também, verificar quais são as
dificuldades emocionais mais recorrentes que enfrentam nesse âmbito. Com base
nas informações que pretende-se obter em conversas com várias mulheres e na
bibliografia sobre esse tema, propor debates a respeito do assunto, a fim de que,
também haja possibilidade de auxiliar outras mulheres a lidar de modo mais
equilibrado com aspectos da vida conjugal e suas limitações.
Considerando tal objetivo, entende-se que o presente estudo é um primeiro
passo para uma boa investigação. Isso porque procura-se identificar alguns
elementos que de fato contribuem para a transformação da identidade da mulher
quando está se torna cristã.
É conveniente, de início, admitir o “estado de carência” vivenciado por grande
parte das mulheres em geral nos âmbitos familiar e profissional. Em vários
segmentos faltam oportunidades de conhecer, entender e valorizar a capacidade
feminina. Ora, é necessário ensinar que somos capazes de mudar o quadro da
história, viver uma vida harmoniosa, acreditar nos princípios e traçar metas. Na
prática, essa tarefa pressupõe desenvolver um trabalho com mulheres e aperfeiçoar
as experiências de umas as outras. No intuito de difundir o evangelho e mostrar que
a vida cristã, embora em certo sentido seja de renúncia, é, em essência, de
recompensa.
Sem dúvida vivemos em tempos difíceis, especialmente em razão de valores
materiais serem colocados em primeiro plano por grande parte dos indivíduos. Em
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vista dessa dificuldade, precisamos nos fortalecer. Para isso, convém que formemos
equipes para espalhar a semente da palavra de Deus, devendo crer que os frutos
virão e alcançarão as futuras gerações.
No que diz respeito ao que se pode chamar de “êxito” na vida conjugal, é
possível afirmar, com base em experiências observadas em outras mulheres que
nas leituras efetuadas sobre o tema, um requisito imprescindível é a persistência.
Quando se ama alguém, é preciso estar disposto ao “fazer e refazer”, a compartilhar
uma história de vida.
Nos dias de hoje, nós, mulheres cristãs, devemos estar muito atentas a fim de
perceber os valores que nos são apresentados em nosso cotidiano: O que se
transmite nas ruas? O que as diversas mídias veiculam? É possível conciliar vida
profissional, conjugal e espiritual? Como administrar o tempo? Como não se deixar
vencer pelo desânimo em meio a tantos afazeres? Como ter uma atitude positiva,
que possa servir até como inspiração para os que se encontram ao redor?
Com a intenção de colocar em debate essas questões, o presente estudo
pretende abordar, ainda que de modo breve, aspectos significativos relacionados à
conduta da mulher cristã. Com essa finalidade, serão apontadas áreas em que
houve mudanças de comportamento feminino ao longo da história.
A VIDA VIRTUAL
Cabe destacar, nesse momento, algo muito próprio dos dias de hoje: o fato de
que muitos casamentos têm enfrentado problemas decorrentes do fato de os
cônjuges fazerem uso exagerado das chamadas redes sociais. Vários casais
perdem o foco: deixam de priorizar as questões da vida conjugal em detrimento de
uma “vida mais virtual”. Isso pode levar a uma crise e posteriormente a um
distanciamento entre esposa e marido, o que pode dar espaço à falsidade, à
discórdia, à inimizade, à lascívia, à infidelidade e até mesmo à separação.
Nos relacionamentos conjugais é imprescindível que haja transparência. É
preciso que haja confiança mútua. Como é possível confiar em alguém “viciado em
internet”? Será que essa pessoa não acessará sites de pornografia ou de namoro?
O excesso de vida virtual é um problema recente, começou a vir à tona nos últimos
anos. O fato é que pessoas pervertidas e com “boa lábia” têm escravizado milhares
de cidadãos e até líderes de comunidades por meio das redes sociais. Convém
mencionar que muitas mulheres vêm sendo enganadas por esse tipo de discurso
sedutor.
Diante disso, milhares de casais lutam para manter a aliança, a fidelidade, a
transparência. É preciso lembrar que a união de duas pessoas é algo maravilhoso
criado por Deus, mas há inúmeras dificuldades para conservar o casamento.
Observa-se que atualmente é incontável o número de maridos e esposas que
enfrentam sérios obstáculos para evitar um divórcio. É importante lembrar que uma
separação em geral traz conseqüências para os filhos e para o próprio casal. Mas
será que um casamento de aparências é a solução? Será que o refugiar-se na vida
virtual resolve o problema?
Ainda que uma pessoa acesse apenas passatempos “inocentes” na internet,
será que o tempo gasto “com a máquina” não é excessivo se comparado ao tempo e
à atenção dedicados a sua esposa, seu marido ou seus filhos? Muitos casamentos
terminam porque as necessidades dos cônjuges não são atendidas, sequer são
notadas Esposas e maridos às vezes alegam falta de tempo. Contudo, não são raras
as ocasiões em que um marido ou uma esposa consegue manter um suposto
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vínculo de intimidade, embora virtual, com alguém, algum (a) desconhecido (a) que
esteja disposto (a) a ouvi-lo (a), a considerá-lo (a) como um ser importante.
Entretanto, é preciso frisar, conforme (WHITEMAN, PETERSEN 2013, p. 36),
que “a internet tem diversos recursos, é a maior biblioteca vista pela humanidade,
ajuda os filhos nos deveres dos seus estudos, facilita as buscas de dados nas áreas
comerciais, nos estudos em geral, oferece gama de conhecimentos e inteligência em
busca de informações que facilitam o dia a dia de qualquer pessoa.” Isso significa
dizer que a internet é um instrumento e, ao que tudo indica, foi desenvolvido para
facilitar a comunicação entre as pessoas. O problema começa a ocorrer quando os
indivíduos perdem a noção de limite, pois é nesse momento que o referido aparato
tecnológico pode ser perigoso, pode se tornar um vício que, como qualquer outro,
atrapalha o convívio social e causa sérios prejuízos à vida pessoal.
Obviamente, o mesmo padrão ocorre também com a internet. Em pequenas
doses, ela e inofensiva. Mas ganha uma importância imensa quando uma
pessoa se torna viciada nela.Você precisa se conectar, e ai de quem tentar
impedi-lo.
Se nos últimos tempos você xingou o seu cônjuge ou os seus filhos porque
o uso da internet se tornou algo importante demais para você, tome isso
como um sinal de alerta (WHITEMAN, PETERSEN, 2013, p.131)
No que diz respeito aos chamados valores atuais, aliás, é interessante destacar,
conforme (PRIORE, 2011, p.227), “que a modernidade parece querer dispensar o
casamento e a família de sua função histórica básica.” De acordo com a mesma
autora, as separações eram menos freqüentes nos anos 90, pois ainda havia o
medo de que o divórcio de um casal provocasse traumas irreversíveis nos filhos
(PRIORE, 2011, p.230).
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De fato, milhões de casamentos estão se dissolvendo nos dias de hoje por conta
da chamada modernidade. Nos tempos denominados “avançados”, muitos casais se
perdem e sofrem de falta de comunicação e entrosamento, muitas vezes em razão
de as pessoas passarem a se considerar como “bens de consumo”.
A moral hegemônica de décadas passadas prevalece em muitos textos que
Família, Igreja e Lei são praticamente incontestáveis. Mas outros escritos já
relativizam e ate questionam, várias opiniões polemicas sobre sexualidade,
trabalho, feminismo, casamento e o papel social a juventude, em alguns
artigos publicados, a mulher já vista com realização pessoal dos papeis de
mãe, dona de casa, e esposa (PINKSKY,2014,p.43).
Cristo como o único alguém com poder para mudar vidas, transformar histórias. É
necessário crer nesse Deus e depois disso perseverar na fé.
Uma pessoa viciada precisa dar o primeiro passo, que é o desejo de ser curada;
sem seguida deve reconhecer que é incapaz de superar o problema com suas
próprias forças. É fundamental, portanto, permitir que Deus atenda sua necessidade
real. Quando essa pessoa se torna dependente do poder do Espírito Santo, sente-se
apta a obedecer e seguir a Jesus à medida que sua mente vai sendo renovada.
Ao fortalecer seu relacionamento com Deus, o cristão vivencia paz e alegria
duradouras.
No relacionamento com os semelhantes, o cristão deve buscar ser paciente ,
bondoso e generoso. Ao crescer espiritualmente, o cristão descobre uma força
interior que resulta em fidelidade, mansidão e domínio próprio.
O MASCULINO E O FEMININO
Na condição de mulheres, penso que seria bastante apropriado que
buscássemos conhecer um pouco das características masculinas não somente por
meio de nossos relacionamentos cotidianos com os homens (marido, chefe, colega
de profissão ou faculdade, por exemplo), mas também por meio da leitura de textos
que nos relatem e interpretem de alguma forma comportamentos tidos como
masculinos ao longo da história. Às vezes sou levada a crer que muitos
desentendimentos entre os casais e até mesmo divórcios poderiam ser evitados se
cada uma das partes conhecesse um pouco mais a respeito das peculiaridades da
outra.
Grande parte dos historiadores afirma que durante séculos os homens caçavam
e as mulheres cuidavam das crianças e dos afazeres domésticos. Hoje em dia
homens e mulheres ainda parecem processar informações de modos distintos, mas
a divisão das tarefas sem dúvida se modificou.
Desse modo, os membros de uma família precisam ter consciência da
importância da cooperação mútua no cotidiano, até porque quase todas as mulheres
trabalham fora e dentro de casa, ou seja, têm obrigações múltiplas com a profissão,
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A QUESTÃO SEXUAL
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“A ética cristã deve ser pautada pelo amor em Cristo; que nos ensinou que
devemos amar os outros, mesmo quando não aprovamos seus estilos de vida. Na
prática, porém, a aplicação dessa regra é problemática, isso não exclui o amor como
princípio central da ética cristã” (CALVANI, 2010, p.166).
Segundo (LAHAJE, 1989, p.38), “para muitos homens, o prazer sexual que
obtinham com as esposas era supostamente um direito divino deles; tais homens
eram (e alguns ainda são) analfabetos em questão de sexo, não entendiam as
necessidades físicas e emocionais das mulheres.”
De qualquer modo, é preciso ter em mente que, de acordo com a bíblia, “a
mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também,
semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a
mulher” (1 Coríntios 7:4). Neste trecho bíblico, o apóstolo Paulo afirma que na
intimidade do casal o corpo do marido e da esposa pertencem um ao outro; a
expressão conota exclusividade, assim, nenhum dos dois deve, em princípio,
recusar os direitos conjugais ao outro, a menos que haja alguma forte motivação
para isso, como um propósito espiritual ou alguma debilidade física, por exemplo.
Cabe mencionar que o sexo faz bem à saúde, aumenta o nível de testosterona
dos homens, fortifica os ossos e músculos e produz o colesterol “bom” (HDL); além
disso, se a prática for realizada 3 vezes por semana, queima, em um ano, a mesma
quantidade de calorias que 130km de corrida, conforme (PEASE 2000, p.133).
Nos dias atuais existem vários parâmetros em relação ao sexo, sendo que,
quando ocorre dentro dos limites do casamento, quando o marido cuida do bem-
estar da esposa e quando o casal mantém boa comunicação e plena liberdade
dentro do seu convívio, é conveniente que ambos se preparem para poder desfrutar
ao máximo esse bom momento a dois.
Não é demais lembrar que, a despeito de existirem na atualidade diversas fontes
confiáveis de informação sobre sexo, ainda há homens “sem noção”, que pensam
somente no seu bem-estar, “esquecendo” de satisfazer os desejos das mulheres.
Para muitos casais, falta buscar aprimoramento. Seria recomendável que essas
pessoas assistissem a palestras, lessem material específico sobre o assunto para se
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inegável que em nossa época mães e pais mostram-se bastante preocupados com
os valores a serem transmitidos aos filhos e filhas. É preciso que os genitores
estejam atentos para permitir um diálogo franco acerca de questões como
relacionamento íntimo e virgindade, por exemplo. Convém frisar que o casamento
criado por Deus pressupõe a união entre um homem e uma mulher, ou seja, trata-se
de união monogâmica e heterossexual.
Sem dúvida a bíblia relata vários casos de relacionamentos de um homem com
duas ou mais mulheres, entretanto é cabível lembrar que esse não era o plano inicial
de Deus. Questões econômicas (não cristãs) parecem justificar o fato de um homem,
naquele contexto, ter mais de uma esposa: o aumento da quantidade de esposas
aumentava também as chances de se ter mais filhos, e tudo isso visava à
“capitalização” familiar. Então, é importante sublinhar que, fora dos limites
estabelecidos por Deus, o sexo traz “problemas como culpa, vergonha, medo,
tristeza, desapontamento e dor de cabeça.” (MYLES, 2009, p. 274)
CONCLUSÃO
Desde a entrada do pecado no mundo, cada um de nós enfrenta uma verdadeira
batalha. As dificuldades de hoje são praticamente as mesmas daquelas contra as
quais lutavam os primeiros seres humanos, séculos atrás.
A mulher de hoje, em particular, nas diversas sociedades, ainda precisa de muito
empenho para zelar pela sua identidade na condição de esposa, de mãe, de
profissional.
A mulher cristã, sem dúvida, precisa de um verdadeiro “arsenal” de
conhecimento, a fim de lidar com as situações cotidianas não com ingenuidade, mas
com sabedoria.
Se, como mulheres, sobretudo como cristãs, pretendemos nos tornar fonte de
inspiração, ou seja, referência para gerações futuras, temos de buscar
conhecimento, temos de aprender (e apreender) sempre e muito as lições da
palavra de Deus, sabendo que “fazemos a diferença” quando nossas atitudes são
moldadas pelo Espírito Santo. Só assim é possível transformar um aprendizado num
ensinamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALVANI, Carlos Eduardo (org.) Bíblia e Sexualidade. São Paulo, SP: Fonte
Editorial, 2010.
LAHAYE, Tim e Berverly. O Ato Conjugal. Belo Horizonte, MG. Ed. Betânia, 1989.
PAUL, Mary Rearick. Mulheres que Lideram, Rio de janeiro, Ed.Central Gospel,
2015.
PEASE, Allan e Barbara. Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem
Amor? Rio de Janeiro RJ: Editora Sextante, 2000.
PINSKY, Carla Bassanezi. Mulheres dos Anos Dourados. São Paulo: Contexto,
2014.
SHANNON, Ehthridge. A Batalha de toda Mulher. São Paulo, SP. Editora Mundo
Cristão, 2006.