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03 Introdução
21 Disclaimer
Introdução
Você já sabe que o Bitcoin revolucionou o conceito de dinheiro digital.
Criado em 2009 por uma pessoa ou grupo de pessoas sob o pseudônimo de Satoshi
Nakamoto, o Bitcoin inaugurou uma forma de realizar transações sem a necessidade de
intermediários.
Isso é possível graças a uma tecnologia robusta conhecida como blockchain, uma
espécie de rede descentralizada que garante transações seguras.
Foi essa segurança que levou o Bitcoin a ser considerado como uma reserva de valor no
mercado financeiro.
E isso, mais o fato de que a rede cresceu exponencialmente desde sua criação, levou o
Bitcoin a se valorizar milhares de vezes na última década. Mas convenhamos: nada disso
é novidade.
O que talvez seja novidade é que, agora, você não precisa mais abrir conta em uma
exchange para investir em Bitcoin. Você pode investir em Bitcoin – e em outras
criptomoedas – diretamente na sua corretora. É tão simples quanto comprar ou vender
uma ação.
Neste ebook, você vai entender tudo sobre os ETFs de criptomoedas, um veículo de
investimento que surgiu para facilitar a vida dos investidores.
Vamos lá?
Afinal, o que são
ETFs de cripto?
Capítulo 1:
ETFs são a sigla em inglês para Exchange Traded Funds. São fundos de investimento
negociados em Bolsa de Valores, com código e cotação – como se fossem ações.
Na prática, ao investir em ETFs você consegue se expor a uma cesta de ativos de forma
diversificada e com baixo custo. A maior parte dos ETFs é voltada ao mercado de ações,
mas também há ETFs de renda fixa e, mais recentemente, ETFs de criptomoedas.
1. Segurança e regulamentação
Ao contrário das criptomoedas, os ETFs de criptomoedas são negociados em Bolsa de
Valores e regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso oferece
maior segurança aos investidores em comparação com a compra direta de criptomoedas
em exchanges descentralizadas.
2. Diversificação
Em geral, os ETFs de criptomoedas investem em uma cesta diversificada de
criptomoedas, o que ajuda a reduzir o risco individual de cada ativo e a diversificar o
portfólio do investidor. Vale lembrar que a diversificação é altamente desejada por quem
almeja redução de riscos ao investir.
3. Acesso
Os ETFs de criptomoedas podem ser comprados e vendidos como qualquer ação na
Bolsa de Valores. Isso os torna mais acessíveis para os investidores do que a compra
direta de criptomoedas, que exige a abertura de uma conta em uma exchange
especializada e também pode envolver a criação de uma e-wallet. Nada disso é
necessário com ETFs.
4. Menos volatilidade
Embora os ETFs de criptomoedas sejam, sim, voláteis, a diversificação proporcionada por
esses fundos pode ajudar a reduzir a volatilidade individual de cada criptomoeda,
tornando o investimento mais estável.
5. Custo-benefício
As taxas de administração dos ETFs de criptomoedas podem ser mais baixas do que as
taxas cobradas pelas exchanges para a compra e venda de criptomoedas, já que a
eficiência no que diz respeito às taxas é um dos grandes diferenciais dos ETFs de todos
os tipos.
6. Facilidade de investimento
Investir em ETFs de criptomoedas não requer conhecimento técnico sobre o mercado de
criptomoedas, o que os torna acessíveis a todos os tipos de investidores. Como
explicamos, você consegue investir em um ETF como investe em uma ação.
As principais opções de
ETFs de cripto para investir
no Brasil
Capítulo 3:
Nesse processo, as criptomoedas são inseridas ou eliminadas com base em fatores como
desempenho e market share. Dessa forma, o HASH11 diversifica o investimento entre
várias criptomoedas, reduzindo o risco associado à volatilidade de um único ativo.
Em março de 2024, o ETF conta com patrimônio líquido superior a R$ 2,5 bilhões, o que o
coloca como o maior ETF de criptomoedas com larga vantagem. Você pode consultar
mais detalhes do ETF na página oficial do ativo.
2. QBTC11: QR CME CF
Bitcoin Reference Rate
Seu índice de referência é o CME CF Bitcoin Reference Rate, utilizado como referência
dos contratos futuros de Bitcoin negociados na CME (Chicago Mercantile Exchange
Group), a principal Bolsa de derivativos do mundo.
Para mais informações sobre esse ETF, consulte a página oficial do ativo.
3. BITH11: Hashdex Nasdaq
Bitcoin Reference Rate
Mais um ETF que investe 100% do seu capital em Bitcoin, seguindo o índice CME CF
Bitcoin Reference Rate.
A exemplo do QBTC11, ele utiliza o Bitcoin como único ativo e é ideal para investidores
que buscam exposição direta ao Bitcoin com a segurança de uma estrutura de ETF.
A diferença prática entre ambos acaba ficando por conta das taxas e políticas de
investimento.
O BITH11, por exemplo, cobra 0,1% a.a. de taxa de administração, enquanto o QBTC11
cobra 0,7% a.a. Em março de 2024, o BITH11 possui patrimônio líquido superior a R$ 600
milhões. Para mais dados e informações sobre o ETF, acesse a página oficial do ativo.
4. ETHE11: Hashdex Nasdaq
Ethereum Reference Price
Fundo de Índice
Semelhante aos ETFs que investem apenas em Bitcoin, o ETHE11 investe apenas em
Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo.
O argumento é de que além de ser o segundo maior ativo digital em valor de mercado, o
Ethereum é considerado a infraestrutura do futuro digital.
O ETHE11 tem como referência o índice Hashdex Nasdaq Ethereum Reference Price e
possui, em março de 2024, patrimônio líquido superior a R$ 230 milhões.
Mas quais são as desvantagens desse modelo? O que você perderia nesse caso?
Selecionamos algumas possíveis desvantagens abaixo, para você analisar:
2. Sem anonimato
Embora a regulamentação do mercado de criptomoedas esteja aumentando, ainda é
possível comprar e vender criptomoedas de forma anônima. Isso pode ser uma vantagem
para os investidores que desejam manter sua privacidade.
3. Sem acesso a novas criptomoedas
Novos projetos de criptomoedas são lançados praticamente todos os dias. Ao investir
diretamente em criptomoedas, você pode ter acesso a essas novas criptomoedas antes
que elas sejam listadas em ETFs.
É claro que essas desvantagens devem ser comparadas com as vantagens já citadas. No
mercado financeiro, funciona assim: para cada escolha, há uma renúncia.
E aí cabe ao investidor – muitas vezes com a ajuda do seu assessor – interpretar o que
faz mais sentido para cada objetivo.
Em 2013, o valor do Bitcoin atingiu seu primeiro pico, ultrapassando US$ 200. Em 2017, o
Bitcoin vivenciou um grande rali, com seu valor subindo para quase US$ 20.000. Após
esse pico, o valor do Bitcoin caiu drasticamente, atingindo um piso de cerca de US$ 3.100
em 2018.
Desde então, o valor do Bitcoin tem se recuperado gradualmente, atingindo um novo pico
de US$ 69 mil recentemente, em março de 2024.
Apesar das oscilações e correções de mercado, o longo prazo mostra uma trajetória de
crescimento substancial.
Mas é importante notar que o passado não garante o futuro, e a volatilidade do mercado
de criptomoedas pode levar tanto a ganhos significativos quanto a perdas. O mais
recomendado, em todos os casos, é apostar na diversificação. É ela que reduz o risco e
garante mais proteção para o seu patrimônio.
ABRIR CONTA
Disclaimer:
Os valores dos criptoativos podem variar drasticamente em curtos períodos de tempo, o que
pode resultar tanto em altos ganhos quanto em perdas substanciais. Portanto, é recomendado
que os investidores procedam com cautela, realizem pesquisas adequadas e considerem sua
tolerância ao risco e objetivos de investimento antes de se envolverem nesse mercado.
Thiago Bisi
Analista-chefe da L&S