Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
”Eu nunca ensino aos meus alunos, apenas tento dar condições nas quais eles possam aprender”.
(Albert Einstein)
1. Matrizes
Nossa habilidade de analisar e resolver equações ficará grandemente ampliada quando soubermos
realizar álgebras com as matrizes. Mais, ainda as definições e os teoremas nos levam a perceber as
aplicações interessantes da álgebra matricial, em económica e em computação gráfica.
Dá-se o nome de matriz a um quadro em que os seus elementos estão dispostos por linha e
colunas. Por regra, denotam-se matrizes por letras maiúsculas e os elementos duma matriz por
letras minúsculas acompanhadas de dois índices. O primeiro índice indica a linha em que o
elemento se encontra e o segundo indica a coluna do elemento. Assim, o elemento aij é o elemento
da i-ésima linha e j-ésima coluna da matriz 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ].
Diz-se uma matriz do tipo m×n (que se lê “matriz do tipo m por n”) se for um quadro com 𝑚𝑥𝑛
elementos dispostos em "𝑚” linhas e "𝑛" colunas. Escreve-se A(m×n) ou [𝑎𝑖𝑗 ]𝑚×𝑛 e representa-se
por:
𝑎11 𝑎12 … 𝑎1,𝑛−1 𝑎1𝑛
𝑎𝑖𝑗 𝐾
𝑎21 𝑎22 … 𝑎2,𝑛−1 𝑎2𝑛
𝐴 = [⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ] = [𝑎𝑖𝑗 ], {𝑖 = 1, … , 𝑚
… 𝑗 = 1, … , 𝑛
𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 𝑎𝑚,𝑛−1 𝑎𝑚𝑛
Nestas notações, o primeiro índice (i) do elemento genérico 𝑎𝑖𝑗 indica a linha e o segundo (j) a
coluna em que se encontra o elemento de K.
Por exemplo, a23 é o elemento da matriz que se encontra na linha 2 e na coluna 3.
A matriz denotada acima mostra que, em geral, designar-se uma matriz por uma letra maiúscula e
os elementos pela correspondente letra minúscula afectada pelos índices convenientes.
Nota 1: A, em particular, pode ser o conjunto dos números reais, R. Neste caso, as matrizes dizem-
se reais. Designa-se por Am×n (K) o conjunto de todas as matrizes do tipo 𝑚 × 𝑛 (e lê-se ”éme-por-
éne”) sobre o corpo K.
Matrizes Rectangulares (𝑚 ≠ 𝑛)
Designação Forma Geral
Matriz Linha (m = 1) [ 𝑎11 𝑎12 ⋯ 𝑎1𝑛 ]
𝑎11
Matriz Coluna (n = 1) 𝑎12
[ ⋮ ]
𝑎𝑚1
Tabela 1: Principais tipos de Matrizes Rectangulares
Matriz quadrada: É a matriz que tem o número 𝑚 de linhas igual ao número 𝑛 de colunas.
Obs.: A matriz (nxn) é denominada matriz quadrada de ordem n.
Matrizes iguais - Dadas duas matrizes 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ] e 𝐵 = [𝑏𝑖𝑗 ] do mesmo tipo 𝑚 × 𝑛 sobre um corpo
K, estas dizem-se iguais se os elementos homólogos forem iguais. Denota-se simbolicamente essa
igualdade por A = B.
Matrizes Opostas - Dada 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ) ∈ 𝑀𝑚𝑥𝑛 (ℝ), a oposta de A é a matriz 𝐵 = (𝑏𝑖𝑗 ) ∈
𝑀𝑚𝑥𝑛 (ℝ) tal que 𝑏𝑖𝑗 = −𝑎𝑖𝑗 ; ∀ 𝑖 ∈ {1, … , 𝑚}, ∀ 𝑗 ∈ {1, … , 𝑛}. Ou seja, os elementos da matriz
Matriz Identidade ou Unidade - É toda matriz quadrada onde os elementos da diagonal principal
são iguais a um e os demais elementos são iguais a zero. Ex:
1 0 0
1 0
𝐼2 = [ ] 𝐼3 = [0 1 0]
0 1
0 0 1
1 8 3
Diagonal principal e diagonal secundária - 𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧: 𝐴 = [2 5 0]
7 4 9
Os elementos a11 = 1, a22 = 5 e a33 = 9 formam a diagonal, principal.
Os elementos a13 = 3, a22 = 5 e a31 = 7 formam a diagonal secundária.
Matriz diagonal - É a matriz que apresenta todos os elementos que não pertencem à diagonal
principal iguais a zero.
4 0 0
Exemplo: A = [0 2 0]
0 0 3
Nota 2: As diagonais duma matriz tomam uma relevância especial quando se consideram matrizes
quadradas.
Nota 3: Uma matriz diagonal pode também ser entendida como uma matriz simultaneamente
triangular superior e triangular inferior.
Matriz Anti-simétrica
É toda matriz quadrada A, tal que 𝐴𝑇 = −𝐴. E portanto, 𝐴 = − 𝐴𝑇 , é necessário que seus 𝑎𝑖𝑗
verifique as seguintes condições:
𝑎𝑖𝑗 = −𝑎𝑖𝑗 se 𝑖≠ 𝑗
𝑎𝑖𝑗 = 0 se 𝑖 = 𝑗
Isto é, todos elementos da diagonal principal serão necessariamente nulos, pois – A = A implica
igualdade −𝑎𝑖𝑗 = 𝑎𝑖𝑗 , que só é satisfeita por 𝑎𝑖𝑗 = 0. Dois elementos dispostos simetricamente em
relação `a diagonal principal, tem sinais opostos.
0 5 2 0 𝑖 2
Ex: 𝐴 = [−5 0 −1] 𝐵 = [ −𝑖 0 4]
2 1 0 −2 3 0
Proposição
Qualquer matriz quadrada A pode ser decomposta na soma duma matriz simétrica com uma matriz
anti-simétrica e tal decomposição é única.
Se A é qualquer matriz quadrada, construímos uma matriz simétrica 𝑺 e uma matriz anti-simétrica
𝑃 definindo-as das seguintes maneiras:
𝐴+𝐴𝑇
matriz simétrica: 𝑆 = 2
𝐴−𝐴𝑇
matriz anti-simétrica: 𝑃 = 2
1
Seja Sij o elemento da matriz S, que esta na posição (i, j), então Sij = 𝑆𝑖𝑗 = 2 (𝑎𝑖𝑗 + 𝑎𝑗𝑖 ), onde
𝑎𝑖𝑗 𝑒 𝑎𝑗𝑖 são elementos da matriz A.
1) (AT )T =A ;
2) (𝛽A)T = 𝛽𝐴𝑇 (𝛽 constante);
3) (AT )k = (Ak )T ;
4) (A +B)T = AT +BT ;
5) (A x B)T =BT x AT ;
6) (A x B x...x X )T = X T x...x BT x AT .
Nota 5: Uma matriz A M(nx n) (K) diz-se ortogonal se ATA = In = AAT e semi-ortogonal se ATA =
In = AAT
Matriz Conjugada - Define-se a conjugada de A, e representamos por 𝐴̅, a matriz que se obtêm de
̅̅̅)𝑖𝑗 = 𝐴̅𝑖𝑗 , i = 1,…,
A substituído cada elemento pelo seu conjugado. Tem-se, pois, 𝐴̅ M(n× n) (C) e (𝐴
m, j = 1,… n.
1 9 − 2𝑖 1 9 + 2𝑖
Ex: a conjugada de 𝐴 = [ ] é a matriz 𝐴̅ = [ ]
7 + 3𝑖 8𝑖 7 − 3𝑖 −8𝑖
Propriedades
̿ = 𝐴.
1. 𝐴
2. ̅̅̅̅̅̅̅̅
𝐴 + 𝐵 = 𝐴̅ + 𝐵̅ .
3. ̅̅̅̅̅
∝ 𝐴 =∝̅ 𝐴̅.
̅̅̅̅ = 𝐴𝐶
4. 𝐴𝐶 ̅̅̅̅ .
5. ̅̅̅̅
𝐴𝑘 = (𝐴̅)k
6. (𝐴̅)𝑇 = ̅̅̅̅
𝐴𝑇
̅̅̅)−1 = ̅̅̅̅̅
7. Se m = n e A uma matriz invertível, então 𝐴̅ é invertível e (𝐴 𝐴−1
Matrizes ortogonais
Dizemos que uma matriz 𝐴 𝜖 𝑀𝑛(𝑅), inversível, é ortogonal, quando 𝐴−1 = 𝐴𝑇 . Podemos
verificar se uma matriz A é ortogonal, multiplicando 𝐴 por 𝐴𝑇 e vemos se o produto é a
identidade.
1⁄ √3⁄ 1⁄ − √3⁄2
2 2 2 1 0
sua transposta, temos: [ ][ ]=[ ]
0 1
− √3⁄2 1⁄2 √3⁄
2
1⁄
2
Matriz Transconjugada
Define-se a Transconjugada de A, e representamos por A*, a matriz: (𝐴̅)𝑇 = ̅̅̅̅
𝐴𝑇 .
Nota: Uma matriz 𝐴 ∈ 𝑀𝑚𝑥𝑛 (ℂ) diz-se unitária se for invertível e se 𝐴−1 = 𝐴∗ .
1 2 2
− 3𝑖 𝑖
2 3
Exemplo: [ 2 1 2 ]
−3𝑖 −3 − 3𝑖
2 − 3𝑖 1
Nota: Uma matriz A diz-se normal se 𝐴∗ 𝐴 = 𝐴𝐴∗ . Exemplo: [ ]
−𝑖 1 − 2𝑖
2. Álgebra Matricial
Discutem-se nesta secção as principais operações com matrizes: adição de matrizes, multiplicação
de uma matriz por um escalar e multiplicação de matrizes.
Sejam 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ], 𝐵 = [𝑏𝑖𝑗 ] ∈ M(m×n) (K). Define-se soma 𝐴 + 𝐵 à matriz 𝐶 = [𝑐𝑖𝑗 ], tal que 𝑐𝑖𝑗 =
𝑎𝑖𝑗 + 𝑏𝑖𝑗 , ∀(i,j)∈ {1,...,m}×{1,...,n}.
1 3 1+3 4
II. [ ]+ [ ]= [ ]= [ ]
2 4 2+4 6
III. [3 4] + [1 + 2] = [3 + 1 4 + 2] = [6 4]
A multiplicação duma matriz A por um escalar 𝛽 ϵ Ɍ é uma nova matriz, do mesmo tipo, cujo
elemento genérico é: 𝛽 𝑎𝑖𝑗 . Ou seja, multiplica-se uma matriz por um escalar multiplicando todos
os seus elementos por esse escalar, 𝐴𝛽 = [𝛽𝑎𝑖𝑗 ], i =1,...,m e j =1,...,n. Exemplo:
1 2 3×1 3×2 3 6
1. 3 × [ ]= [ ]= [ ]
3 4 3×3 3×4 9 12
1 ×1
3. √2 × [ ] = [√2 ] = [ √2 ]
2 √2 × 2 2√2
1) λ (A + B) = λA + λB
2) (λ + μ)A = λA + μA
3) λ (μA) = (λμ)A
4) 1 · A = A. O escalar 1 designa-se por unidade ou elemento neutro do corpo K.
Quando multiplicamos um número real por ele mesmo, efectuamos uma potenciação. Se a é um
número real, indicamos por 𝑎𝑛 o produto 𝑎 × 𝑎 × … × 𝑎, onde consideramos 𝑛 factores iguais a 𝑎.
Analogamente, quando lidamos com matrizes, definimos a potência de expoente 𝑛 (ou a 𝑛-ésima
potencia) duma matriz quadrada A como sendo o produto 𝐴 × 𝐴 × … × 𝐴, onde há 𝑛 factores
iguais a 𝐴.
5 −4
Exemplo: 𝐴 = [ ], temos:
3 1
5 −4 5 −4 13 −24
𝐴2 = 𝐴 × 𝐴 = [ ][ ]=[ ]
3 1 3 1 18 −11
13 −24 5 −4 −7 −76
𝐴3 = 𝐴2 × 𝐴 = [ ][ ]=[ ]
18 −11 3 1 57 −83
Quando calculamos sucessivas potências duma matriz, podem ocorrermos seguintes casos
especiais:
𝐴𝑛 = 𝐴, para algum 𝑛 natural.
Nesse caso, dizemos que a matriz A é periódica. Se 𝑝 é o menor natural para o qual 𝐴𝑝 = 𝐴,
dizemos que A é periódica de período 𝑝. Particularmente, se 𝑝 = 2, a matriz A é chamada
idempotente.
𝐴𝑛 = 0, para algum n natural.
Nesse caso, dizemos que a matriz A é nihilpotente. Se p é o menor natural para o qual 𝐴𝑝 = 0, a
matriz A é dita ser nihilpotente de índice p.
Exemplo 2
Efectuando a multiplicação de A por ela mesma, você poderá constatar que a matriz A, em cada
caso, é idempotente:
342.3.1. Propriedades
Sejam A Mnn (K) e k, l N0. Tem-se:
1. 𝐴𝐾 𝐴𝑙 = 𝐴𝐾+𝑙
2. (𝐴𝐾 )𝑙 = 𝐴𝑘𝑙
3. 𝐴0 = 𝐼 (matriz identidade).
4. 𝐴𝑘 = ⏟
𝐴 × 𝐴 × … × 𝐴; (k>0) - Desde que A seja quadrada.
𝑘 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
Dadas as matrizes, A(mxn) e B(pxq), o produto de matrizes AxB existe se n=p e o seu resultado é a
matriz C do tipo (mxq) cujo elemento genérico é cik, o qual se obtém multiplicando a linha i da
matriz A (primeira matriz), pela coluna k da matriz B (segunda matriz).
Uma vez que, a multiplicação de matrizes envolve a multiplicação de (linhas da 1ª matriz)x(colunas
da 2ª matriz), torna-se necessário que o número de elementos das linhas da 1ª matriz (n – nº de
colunas) coincida com o número de elementos das colunas da 2ª matriz (p – nº de linhas).
Em resumo:
−2 3 −3 2 0
3 −5 5
𝐴= [3 5 3] 𝐵 = [−2 1 ] 𝐶 = [ ] 𝐷 = [−3 5 −3]
−5 −4 −1
3 5 −5 −1 −3
1 2 5 6 1×5+2×7 1×6+2×8 19 22
A. [ ][ ]= [ ]= [ ]
3 4 7 8 3×5+4×7 3×6+4×8 43 50
5 6 1 2 5×1+6×3 5×2+6×4 23 34
B. [ ][ ]= [ ]= [ ]
7 8 3 4 7×1+8×4 7×2+8×4 41 46
1
C. [3 4] [ ] = [3 × 1 + 4 × 2] = [11] = 11
2
1 1×3 1×4 3 4
D. [ ] [3 4] = [ ]=[ ]
2 2×3 2×4 6 8
Admitindo que a dimensão das matrizes envolvidas permite que as operações indicadas possam ser
efectuadas, então são válidas as seguintes regras:
1. (A x B) x C =A x (B x C) - Associatividade;
2. A x B = B x A - Comutatividade
3. Ax (B+C) =Ax B+A x C e (B+C) x A=Bx A+C x A - Distributividade em relação à adição;
4. 𝛼(Ax B) = ( 𝛼A) x B =A x( 𝛼B) , - 𝛼 ∈ R;
5. A x 0= 0 e 0 x A =0 ou A(nxn) x 0= 0 x A(nxn) = 0 - 0 é matriz nula);
6. AxI=A e I xA=A ou A(nxn) x I = I x A(nxn) =A(nxn) -A matriz identidade I;
7. A0 = I - matriz identidade.
4. Matriz Inversa
4 5 4 5 a b 1 0
Sendo A , ou seja : . . Determine : a, b, c, d.
3 4 3 4 c d 0 1
4a 5c 1 4a 5c 1 a 4
4 5 a b 1 0 4b 5d 0 3a 4c 0 c 3
Entao : .
3 4 c d 0 1 3a 4c 0 4b 5d 0 b 5
3b 4d 1 3b 4d 1 d 4
a b 4 5
Portanto, a matriz sera :
c d 3 4
dita inversível e a matriz B é a sua inversa, e podemos escrever 𝐵 = 𝐴−1 . Uma matriz inversível
sempre comuta com sua inversa; logo, se 𝐴𝐵 = 𝐼𝑛 entao 𝐵𝐴 = 𝐼𝑛 e A é a inversa de B.
Dada uma matriz quadrada A, não sabemos se ela é ou não inversível até procurar determinar sua
inversa e isso não ser possível. Para descobrir se uma matriz é ou não invertível e, em caso
afirmativo, determinar sua inversa, só contamos, até o momento, com a definição. Assim, dada uma
matriz A de ordem n, escrevemos uma matriz também de ordem n, cujos elementos são incógnitas a
determinar, de modo que o produto de ambas seja a identidade de ordem n. Vamos a um exemplo:
2 5 𝑥 𝑦
1. Vamos determinar caso exista a matriz inversa de 𝐴 = [ ]. Seja [ ] a matriz inversa de
1 3 𝑧 𝑡
2 5 𝑥 𝑦 1 0 2𝑥 + 5𝑧 2𝑦 + 5𝑡 1 0
A, então: 𝐴𝐵 = 𝐼2 ⟹ [ ][ ]=[ ]⟹[ ]=[ ]
1 3 𝑧 𝑡 0 1 𝑥 + 3𝑧 𝑦 + 3𝑡 0 1
2𝑥 + 5𝑧 = 1
2𝑦 + 5𝑡 = 0
Essa igualdade gera um sistema de 4 equações e 4 incógnitas:{
𝑥 + 3𝑧 = 0
𝑦 + 3𝑡 = 1
2𝑥 + 5𝑧 = 1 2𝑦 + 5𝑡 = 0
{ 𝑒 {
𝑥 + 3𝑧 = 0 𝑦 + 3𝑡 = 1
3 −5
Logo, a matriz A é inversível e sua inversa é 𝐴−1 = [ ]=𝐵
−1 2
6 3
2. 𝐴 = [ ]. Procedendo como no item anterior, escrevemos:
8 4
6 3 𝑥 𝑦 1 0 6𝑥 + 3𝑧 6𝑦 + 3𝑡 1 0
𝐴=[ ][ ]=[ ]⟹[ ]=[ ]
8 4 𝑧 𝑡 0 1 8𝑥 + 4𝑧 8𝑦 + 4𝑡 0 1
6𝑥 + 3𝑧 = 1 6𝑦 + 3𝑡 = 0
Obtemos então os sistemas: { 𝑒 {
8𝑥 + 4𝑧 = 0 8𝑦 + 4𝑡 = 1
Nota 10: Percebeu-se que ao tentar inverter uma matriz de ordem 2, recaímos em dois sistemas,
cada um de duas equações e duas incógnitas. Se a matriz a ser invertida for de ordem 3, então o
problema recairá em três sistemas, cada um com três equações e três incógnitas, assim
sucessivamente.
Observação:
a) Sendo 𝐴−1 a matriz inversa de A, então 𝐴−1 é invertível e a sua inversa é a própria matriz
A, isto é, (𝐴−1 )−1 = A.
b) A matriz nula não é invertível. No entanto, a matriz identidade I é invertível tendo-se 𝐼 −1 =
𝐼.
c) Se uma matriz quadrada tiver uma linha ou uma coluna nula então não é invertível.
3. Somar a uma linha um múltiplo duma outra: 𝐿𝑖 ← 𝐿𝑖 + 𝜆𝐿𝑗 . Indicamos que somamos à
linha 𝐿𝑖 a linha 𝐿𝑗 multiplicada pelo numero real 𝜆 por: 𝐿𝑖 ← 𝐿𝑖 + 𝜆𝐿𝑗
1 0 −3 0 −1 0 1 0 −3 0 −1 0
⇒ 3 1 2 |0 1 0 𝐿2 ← 𝐿2 − 3𝐿1 ⇒ 0 1 11 | 1 3 0
4 2 −5 0 0 1 𝐿3 ← 𝐿3 − 4𝐿1 0 2 7 0 4 1 𝐿3 ← 𝐿3 − 2𝐿2
1 0 −3 0 −1 0
⇒0 1 11 | 1 3 0
0 0 −15 −2 −2 1 𝐿3 ← −15𝐿3
1 0 −3 0 −1 0 𝐿1 ← 𝐿1 + 3𝐿3
⇒ 0 1 11 | 1 3 0 𝐿2 ← 𝐿2 − 11𝐿3
0 0 1 2⁄15 2⁄15 − 2⁄15
iii. Seja 𝑚 ∈ ℕ. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 é uma matriz invertível, então 𝐴𝑚 é invertível e (𝐴𝑚 )−1 =
(𝐴−1 )𝑚 e escreve-se 𝐴−𝑚 = (𝐴𝑚 )−1.
iv. Seja 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 uma matriz. Se existir 𝑙 ∈ ℕ tal que 𝐴𝑙 = 0 então A não é invertível.
v. Sejam A e B matrizes com A invertível tais que 𝐴𝐵 = 0. Então B = 0.
vi. Sejam A e B matrizes com B invertível tais que 𝐴𝐵 = 0. Então A = 0.
vii. Sejam A, B e C matrizes com A invertível tais que AB = AC. Então B = C.
viii. Sejam A, B e C matrizes com B invertível tais que AB = CB. Então A = C.
ix. 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 é uma matriz invertível se e só se 𝐴𝑇 é invertível e (𝐴𝑇 )−1 = (𝐴−1 )𝑇 .
x. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 é uma matriz simétrica invertível, então 𝐴−1 é simétrica.
xi. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 é uma matriz hermitiana invertível, então 𝐴−1 é hermitiana.
xii. Se 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )𝑛𝑥𝑛 é uma matriz ortogonal, então 𝐴𝑇 e 𝐴−1 são matrizes ortogonais.
xiii. Se A e B são duas matrizes ortogonais então AB é uma matriz ortogonal.
xiv. Se A e B são duas matrizes unitárias então AB é uma matriz unitária.
xv. Se A e B são duas matrizes simétricas então AB é uma matriz simétrica se e só se A e B
comutarem.
xvi. Se A e B são duas matrizes hermitianas então AB é uma matriz hermitiana se e só se A e B
comutarem.
2𝑥 + 𝑦 11 𝑥2 𝑦 1 −1
2. Determine x e y tais que: (a) [ ]=[ ] (b) [ 2 ] = [−1 ]
2𝑥 − 𝑦 9 𝑥 𝑦 1
2𝑖 + 𝑗, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
3. Obtenha a transposta da matriz A ∈ 𝑀2𝑥4 (ℝ), 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 ), 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 , aij = {
𝑖 2 − 𝑗, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗
𝑎 3 2𝑎 𝑏 −3 −1 2 0 5
5. Determine a; b; e c para que [ ]+[ ]=[ ]
𝑐 0 −2 1 4 3 3 4 1
9 4 2 −8 7 −9
7. Sendo 𝐴 = [ ]e𝐵=[ ], Determine matrizes X e Y tais que
6 12 11 −12 −19 −2
2𝑋 + 𝑌 = 𝐴
{
𝑋 − 2𝑌 = 𝐵
1 2 −2 1
10. Sendo A=[ ] e B=[3⁄ − 1⁄ ]. Calcule:
3 4 2 2
a) AB e BA. b) A ; A3 se são nilpotentes, determine o índice de cada uma.
2