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COMUNICAÇÃO
SANTOS
2019
COMO A SOCIEDADE ENCARA O MITO DA BELEZA E A MELHOR
FORMA DE INCLUIR A REPRESENTATIVIDADE NA MODA
Orientado por:
SANTOS
2019
Cardozo, Felinto Alexandre dos Santos.
Como a sociedade encara o mito da beleza e a melhor forma de
incluir a representatividade na moda/ Felinto Alexandre dos
Santos Cardozo, Joyce Fernanda da Silva de Souza, Wilhan
Santos Rodrigues. - Santos, 2019. – 124 f.
Marketing e Comunicação.
E por fim, mas não menos importante, digamos até que mais importante,
agradecemos uns aos outros pela dedicação colocada nesse projeto.
Nosso corpo é antes de tudo um centro de informações para
nós mesmos.
A forma com que a sociedade lida com o mito da beleza? Com base nessa
primeira pergunta, será apresentado um cenário que tem seu início na pré-
história e perdura até os dias de hoje, e também tudo o que foi acrescentado ao
mito durante esses anos, todos os produtos que envolve ser belo e jovem.
The way society deals with the myth of beauty? Based on this first
question, it will present a scenario that has its beginning in prehistory and
continues to this day, and also everything that was added to the myth during
those years, all the products that involves being beautiful and young.
The myth is supported with a base failure, since there are different
combinations of height, weight and specific measurements - shoulders, bust
waist, hip.
Introdução ................................................................................................................ 16
1. História da Beleza........................................................................................................ 19
1.1. Linha do tempo da beleza ................................................................................. 20
1.2. A história que ninguém conta .......................................................................... 41
2. História da moda ......................................................................................................... 43
2.1. Linha do tempo da moda ................................................................................... 44
2.2. Nomes que revolucionaram o modo de se vestir .................................... 62
1. Vitrine ............................................................................................................ 94
1.1. Modelo de negócio .................................................................................. 94
1.2. Identidade da marca ............................................................................... 95
1.3. Os produtos da marca vitrine ................................................................ 97
INTRODUÇÃO
Na corrida pela perfeição, aqueles que são atingidos pelas pressões estéticas,
acabam correspondendo de diferentes formas e algumas delas, são prejudiciais à
saúde e podem até mesmo levar a morte. Nos caminhos seguidos para alcançar essa
beleza irreal, as pessoas podem fazer uso de substâncias vendidas de formas ilegais,
múltiplas cirurgias plásticas, exercícios físicos de forma excessiva e sem a orientação
de um profissional adequando, dietas que prometem fazer milagres e métodos
compensatórios que podem levar a desencadear transtornos alimentares.
PARTE I
História
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1. HISTÓRIA DA BELEZA
A escritora Naomi Wolf diz no livro O Mito da Beleza, “O mito da beleza tem a
seguinte história a contar. A qualidade chamada “beleza” existe de forma objetiva e
universal. As mulheres devem querer encarná-la, e os homens devem querer possuir
mulheres que a encarnem. Encarnar a beleza é uma obrigação para as mulheres, não
para os homens, situação está necessária a natural por ser biológica, sexual e
evolutiva. Os homens fortes lutam pelas mulheres belas, e as mulheres belas tem
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A intenção não é soar feminista, pelo contrário, mas antigamente a mulher tinha
como papel social, ser uma boa esposa, cuidar dos filhos, do marido e ser bonita, já o
papel do homem era prover. A seguir vera como era a beleza em cada década da
história começando pela Grécia Antiga até os dias atuais, mas afinal o que é esse
padrão de beleza?
Da pré-história vamos para o Egito antigo, na época em que faraós eram quem
comandavam a sociedades. Os egípcios acreditavam que a aparência estava ligada
a espiritualidade, - traços da beleza ligada ao sucesso - a maquiagem era parte
indispensável nos rituais diários de homens e mulheres para melhorar a aparência.
Os olhos eram destacados com kohl ou kajal1, índigo, malaquita, henna, açafrão, curry
e diversos outros pós coloridos que pudessem transformar em pigmentos. Outra
prática desse povo era raspar os pelos do corpo, da face e até mesmo os cabelos, por
motivos de higiene e do calor, era muito comum que os mais ricos fizessem a retirada
dos pelos a cada três dias, a permanência dos pelos era considerado um sinal de que
a pessoa não tinha dinheiro.
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Carvão usado para maquiar os olhos de homens e mulher.
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Partindo para a Grécia onde o ideal de beleza era mais ligada ao homem que tinha
uma grande preocupação com o corpo, eles praticavam exercícios físicos, dedicavam
boa parte do dia para manterem seus corpos musculosos, existem sinais históricos
que dizem que foi na Grécia antiga que as academias começaram a surgir, como foi
dito anteriormente que as artes são responsáveis por retratar os ideais de beleza, para
provar essa afirmação, temos as estátuas gregas, que retratavam homens
musculosos, lábios carnudos e maxilares definidos. Os gregos também mantinham a
prática de fazer banhos e massagens aromáticos. As mulheres apesar de não serem
o centro da beleza tinham suas vaidades, e algumas dessas são ligadas a status
social. Por exemplo, as gregas costumavam de manter a pele branca e pálida isso
significava que elas se dedicavam as tarefas domésticas e não iam para os campos,
elas também dedicavam parte de seu tempo para arrumar os longos cabelos.
Na idade média a vaidade passou a ser condenada pela igreja, preocupar-se com
a aparência era sinal de pecado, um habito pagão. Os rituais de higiene herdado dos
gregos e romanos, foram abandonados. Naquela época, a sociedade acreditava que
a beleza era consequência de uma vida dedicada a obediência, devoção e pureza.
Mesmo sendo pecado, existia alguns toques de vaidade, principalmente entre as
mulheres, que tinham o costume de clarear os cabelos com água de lixivia2 e
completava ficando sob o sol com a mistura nos cabelos, mas elas escondiam os
cabelos com uma touca que fazia parte da vestimenta para mulheres. Elas também
costumavam aumentar a testa raspando uma linha dos cabelos e depilavam as
sobrancelhas e por fim beliscavam as bochechas e mordiam os lábios para que
ficassem rosados.
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Mistura proveniente de cinza de borralho, misturado com água, as mulheres passavam nos cabelos
e ficavam ao sol para secar.
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O século XVIII foi marcado por muitas revoluções e guerras ao redor do mundo,
entre elas a revolução francesa que deu mais notoriedade ao país e como aquela
sociedade se comportava. A França teve forte influência na época para definir padrões
de beleza, o magro estava novamente em alta, o uso de espartilhos e corpetes para
afinar a cintura esse costume era um tanto prejudicial as mulheres pois, a falta de
oxigênio causava desmaios constantes e fratura nas costelas. A pele branca era sinal
de extrema beleza, então homens e mulheres usavam de maquiagem para parecerem
mais pálidos, as perucas brancas e enormes eram sinal não só de beleza, mas
também de riqueza.
No século seguinte, a era vitoriana dois padrões prevaleciam mais uma vez entre
as mulheres, de um lado tinha a simplicidade que voltou a ser referência de beleza,
pouca maquiagem, magreza, olhos fundo, em resumo uma beleza mais mórbida era
o ideal para a mulher que os poetas gostavam de descrever; já entre os ricos, mais
uma vez a mulher gorda era bom sinal, ter muitos filhos também significava sucesso
no casamento e também que o marido era bem sucedido em suas ocupações
financeiras.
Fonte: Pinterest
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A primeira guerra mundial nos anos 1910, provocou uma grande mudança de
comportamento na sociedade, a forma de agir foi altera e mudanças culturais foram
mais do que necessárias para a época. Com as mulheres ingressando no mercado de
trabalho, elas precisavam disfarça suas curvas para ficarem mais parecidas com os
homens que dominavam o mercado de trabalho, - mesmo o nível hierárquico ainda
sendo um problema – elas também passaram a usar os cabelos mais curtos. Para os
homens o modelo idealizado vinha de celebridades e também dos esportistas – assim
como na Grécia. Na década de 1910 também surgiu um padrão de beleza norte
americano que ficou conhecido como Gibson Girl 3; elas tinham que ser elegantes,
educadas, altas, magras, ter cintura finas e quadril grande, seios fartos, mantinham
os cabelos ondulados e vestir-se bem. Os homens também tinham seus padrões que
eram menos impostos e eles eram mais livres para seguir o que queriam, mas um
ideal de homem de 1910 era o musculo, que incluíam atletas, construtores civis e
artistas de circo que compunham o estilo com bigodes bem desenhados.
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Estilo criado pelo artista Charles Dana Gibson, esse ideal de beleza americana, incluía também a
forma que as mulheres se comportavam.
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O fim da guerra marca os anos 20 como uma época mais divertida, a música ganha
grande espeço e a beleza tem um novo ideal, surgem as melindrosas, novo status
para definis um tipo de mulher mais moderna; a maquiagem herança de Egito ganha
seu espeço novamente as mulheres passaram a marcar mais os olhos, adotaram o
habito de raspar as sobrancelhas e desenha-las com lápis, e os lábios ganharam cor,
com batom vermelho algumas mulheres passavam nos lábios desenhando o formato
de coração. Outro estilo relacionado a mesma época eram as mulheres bem-
sucedidas, independestes, com personalidade forte ao melhor estilo Coco Chanel que
ganhará notoriedade na época. Para o homem nenhuma mudança radical aconteceu
na aparência, mas sim no comportamento, os homens de 1920 eram bem diferentes
dos da década anterior, devido a popularização do jazz os homens musculosos foram
perdendo seu espaço para os que melhor atendesse ao sapateado e oratória, e o
bigode bem desenhando perdeu seu lugar.
Mais uma vez, um grande acontecimento marca o início de uma década. A quebra
da bolsa de valores de New York em 1929 tem forte influência nos anos 30. As curvas
que foram escondidas com a entrada da mulher no mercado de trabalho, foram
realçadas novamente, agora o ideal de corpo e rosto vinha sobre forte influência do
cinema, Hollywood estava em ascensão. Adotava-se um visual mais sofisticado, Greta
Garbo era a mais copiada entre as mulheres, sua maquiagem também era bem
popular. O cinema foi grande responsável pelo desenvolvimento da indústria dos
cosméticos. Os homens e algumas mulheres adotavam o estilo magro, bronzeado e
esportista. Também por causa do cinema para os homens surgiu o estilo Clark Cable,
composto por um bigode mais falo e fino, cabelos bem penteados e roupas alinhada.
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Termo era usado para definir as garotas que apareciam nos calendários e anúncios de lingeries, elas
eram mais sensuais e atraentes.
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Uma época marcada pela liberdade que alguns grupos sociais demonstravam ter,
os anos 1970 foram marcados principalmente pelo o movimento hippie espalhou pelo
mundo trazendo referencias de outras etnias, os cabelos afros, crespos e com volume,
também o corpo magro e atlético estava em alta, a maquiagem era mais forte com
sombras coloridas e blush nas maçãs do rosto. As pessoas almejavam a aparência
de atores como Farrah Fawcett considerada um ícone de beleza da época assim como
no brasil, a atriz Sonia Braga fazia o maior sucesso com seus cabelos negros
volumosos e corpo magro. Alguns homens desejavam se parecer com John Travolta
que sempre aparecia nos filmes conquistando garotas com sua dança, os
fisiculturistas também era algo que algumas pessoas buscavam alcançar o ator
Arnold Schwarzenegger eleito Mister Olympia sete vezes era um dos mais citados na
época.
Fonte: Veja
A era dos exageros visuais e como os anos 1980 firam conhecidos. O culto ao
corpo começou a se intensificar, com a popularização dos exercícios aeróbicos, o que
dava início a geração saúde. O estilo da cantora Madonna que estava no auge, não
só suas roupas eram copiadas, mas também sua maquiagem e cabelos; no final da
década surgiu as supermodelos nomes como Naomi Campbell e Cindy Crawford
ocupavam o imaginário das pessoas que desejavam ter as mesmas medidas delas.
Para os homens o bonito mesmo era ser malhado e bronzeado como o astro David
Hasselhoff que interpretava do salva vidas Mitch Buchannon na série americana
Baywatch e começou a ser exibida no final dos anos 80.
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Aparência que era a palidez, olheiras e magreza excessiva.
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A década atual pode ser considerada a que existe mais padrões de beleza, tanto
para o homem quanto para a mulher. Em seus primeiros anos os mais buscados eram
a magreza ou os músculos que ainda é o que muitas pessoas buscam alcançar, mas
existem outros, como a empresaria Kim Kardashian, não só ela mais também as
irmãs, são mundialmente conhecidas por serem protagonistas de uma série de
televisão que mostra o dia a dia se sua família, mas as socialites também são
populares pelo padrão de beleza que seguem, lábios volumosos, cintura fina, quadril
largo e bunda grande, nem todas essas características são naturais, elas não negam
que já passaram pelas mãos de cirurgiões plásticos, e nem poderiam, já que existem
diversos registros de antes e depois da família na internet. Os homens ficam cada vez
mais preocupados com a aparência e surgem produtos para cuidar do corpo
diariamente, a busca por músculos e magreza os levam as academias, ser
metrossexual, não é mais motivo para se envergonhar.
Os anos de 2010 tem sua segunda faze estabelecida com as redes socias, hoje é
fácil achar conteúdo de pessoas mais parecidas com quem segue ou não na busca
sem fim por uma beleza inatingível. Os chamados influenciadores digitais, mostram
em seus perfis sua vida, teoricamente sem seguir os padrões que as mídias mais
antigas seguem, como as revistas femininas que vendem a dieta da moda para o
corpo do verão. Sem dúvidas ainda existe a cobrança para esta dentro de um grupo
social que se encaixa no belo que continua sendo o corpo magro ou malhado, mas
existem pessoas que decidiram sair desse praticar de padronizar e seguir o que
realmente é, sem tentar atingir algo que está longe de sua realidade e pode causar
danos a sua saúde. Essa geração tem a aceitação como uma espécie de estilo de
vida.
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Fonte Purebreak
Na história da beleza existem fatos que são raramente mencionados, mas que
fazem muita diferença para entender como o mito da beleza funciona e como a
sociedade o encara na prática, no dia a dia.
“Desde que os homens passaram a usar a “beleza das mulheres como moeda de
troca entre eles, ideais acerca da “beleza” evoluíram a partir da Revolução Industrial
lado a lado com ideias relacionadas ao dinheiro, de tal forma que as duas nações são
praticamente paralelas em nossa economia de consumo. Uma mulher linda como US$
1 milhão, uma beleza de primeira classe, seu rosto é sua fortuna. No mercado dos
casamentos burgueses do século passado, as mulheres aprenderam a considerar sua
beleza como parte desse sistema econômico.” (Wolf, p. 39, 1991)
Em 1971, a justiça norte americana condenou uma mulher a perder 1,5 quilo por
semana ou seria presa. No ano seguinte, ficou estabelecido que a beleza era um fator
que podia, sob o ponto de vista legal, determinar se mulheres eram ou não
qualificadas para ocupar uma vaga de emprego. (Wolf, p.55, 1991)
A partir desse momento vários casos foram julgados sob tal determinação legal,
garçonetes, jornalistas, aeromoças todas as mulheres que estavam no mercado de
trabalho, eram submetidas a situações em que sua aparência física era
menosprezada por homens que usavam de uma certa meritocracia referente a
sexualidade para dizer que elas eram boas ou não no que faziam.
Nos filmes é comum ver nos programas de TV americanos um homem mais velho
ao lado de uma moça bem jovem com cara de modelo, para apresentar um jornal ou
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Outro fato que acontecia nos locais de trabalha era o assédio, só que na época,
os casos que chegavam ao tribunal, o assediador podia dizer que a vítima foi receptiva
ao ato, pela roupa que estava usando, ou por alguma característica física. – Tamanho
dos seios, cor do cabelo, cor dos olhos, etc.
2. HISTÓRIA DA MODA
Algumas pessoas acreditam que moda é algo superficial, sem utilidade e que serve
somente para quem tem dinheiro ou para desfiles que ninguém entende o que os
modelos estão vestindo, mas pouca gente sabe que a moda ao longo dos anos tornou-
se parte da história tanto para marcar a época como forma de expressão, a moda
tornou-se algo que tem um papel de destaque no desenvolvimento da sociedade.
Muitos grupos e movimentos sociais coexistiram ao mesmo tempo e graças à moda,
pode-se identificar esses movimentos e grupos, como as melindrosas dos anos 20, os
hippies dos anos 70, os punks dos anos 80, assim como já foi usada para destacar
personalidades da sociedade. O termo moda passou a ser uma forma de expressão
de valores diversificados, em virtude das relações e aspirações sociais, sedução e
encanto.
Ao decorrer dos tópicos que aqui serram descritos, iramos pontuar fatos e
conceitos importantes para a moda através dos séculos e suas principais influências
dentro da sociedade e o que lê trouxe de positivo e o que trouxe de negativo para o
avanço da nossa sociedade, desde da idade média até a atualidade.
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Túnica de linho usada na época.
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Fonte: Pinterest
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Figura 33: Moda feminina no Renascimento Figura 34: Moda masculina no Renascimento
Fonte: Livro Tudo sobre moda Fonte: Livro Tudo sobre moda
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O Século XVII, se caracteriza pelo estilo Barroco, que tinha em suas veias os
grandes excessos, com roupas volumosas, e pelo uso de rendas. No século XVIII, no
período do Iluminismo, com a arte Rococó, as roupas se encheram de babados,
lacinhos e flores. As roupas femininas tinham a marca de serem carregadas de
volume, e babados e dando novas silhuetas as mulheres e homens. Após a Revolução
Francesa, no final do Século XVIII, as roupas passaram a ser mais práticas e
confortáveis. Ricos e pobres se vestiam da maneira mais despojada. O gosto pelo
retorno à natureza passou a ser comum na Europa.
Figura 35: Moda feminina século 18 Figura 36: Moda século XVIII
Fonte: Livro tudo sobre moda Fonte: Livro Tudo sobre moda
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A moda nos anos 20 era a dos vestidos mais curtos, leves e elegantes,
geralmente em seda, deixando sempre amostra os braços e costas. O chapéu, foi uma
das grandes tendências da moda no período, até então era um acessório obrigatório
para os homens. Esse período também foi marcado pela acessão da estilista Coco
Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e
cabelos curtos. - Como já mencionando anteriormente, as mulheres adotaram esse
estilo para o ingresso no mercado de trabalho.
Figura 38: Moda feminina anos 1920 Figura 39: Moda masculina anos 1920
Passando pelos anos 30, que em meio à crise do período, o consumo de moda
foi reduzido, a tornando mais comportada, feminina e acessível surgindo novas
matérias primas e com isso as peças de algodão, os shorts para a prática esportes e,
nas festas, os vestidos com decote cavados nas costas. Diferentemente dos anos 20,
que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da
mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias e simplicidade para
os homens.
A moda dos anos 40, teve muita influência militar, devido a Segunda Guerra
Mundial, com isso acabou surgindo os Trench Coats7, além dos casaquinhos de
tweed, que acabavam deixando as mulheres mais elegantes e quando voltam ao
mercado de trabalho por causa da Segunda Guerra Mundial.
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Casaco criado por Thomas Burberry para proteger os soldados da britânicos da chuva e do frio na
Primeira Guerra Mundial; O termo trench significa trincheira.
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Nos anos 60 o que marcou esta época foram as grandes revoluções não só
econômicas, políticas e sociais, principalmente quando se fala em moda. Estavam
cheios da opressão e por meio da música que houve a libertação. Aspecto esse
comprovado pelo início da cultura rock and roll e o grande nome desse movimento o
cantor Elvis Presley, o maior símbolo de beleza masculina dos anos da década. Os
jovens buscavam imitar o seu estilo usando jaquetas de couro, topete e calça jeans
em motos e lambretas. As mulheres começam a arregaçar as mangas e mostrar sua
atitude com mais vigor com as suas roupas comportadas, vestidos e saias rodadas
começavam a dar lugares as calças cigarette, as minis saias e vestidos tubinhos.
Já nos anos 70, foi onde surgiu os mais diversos estilos entre foram vários estilos,
os jovens da época que queriam seguir seus objetivos. Os jovens tentaram seguir
seus objetivos era o marco da geração da década de 70, esses jovens se baseavam
em outras etnias como por exemplo o indiano, usando materiais simples como o
algodão e a lã. E eles seguiam vários artistas, com base nos princípios da época e
assim criaram o movimento Flower Power hippie., foi daí que a febre das flores na
cabeça e estampadas nas suas sais e vestidos e camisetas de botões, e assim ditando
tendências para todas as mulheres que viviam naquele período. Nesta década já não
se preocupavam tanto com a elegância, mas sim com o conforto. Passaram a usar as
roupas unissex, que tanto os homens como as mulheres poderiam usar, as famosas
roupas sem gêneros que conhecemos e ouvimos falar ainda hoje.
Figura 49: Estilo anos 1970 Figura 50: Estilo anos 1970
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Tecido com elasticidade.
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Já nos anos 90, a moda foi influenciada por um mix de tendências dos anos
anteriores. Nessa década, as calças jeans coloridas, as famosas blusas segunda pele
que trouxe o boom das lingeries amostra, fazendo com que a moda intima ganhasse
grande destaque. Marcado como a década da diversidade de estilo, onde todos
conviviam em harmonia, a moda foi capaz de lançar diversas tendências para atender
os diversos perfis de consumidores e para as mais diferentes ocasiões. As
modelagens marcos da época que estão voltando com grande força, como por
exemplo as camisas xadrez, calças mais despojadas e pantalonas, bermudas mais
largas também, as estampas de bichos como zebra, onça e cobra que é tão desejada
dos dias de hoje, sapatos com bico quadrado e blazers mais acentuados. A moda nos
anos 90 se caracteriza pela sua liberdade de expressão, os preconceitos foram sendo
deixado de lado e desaparecendo de uma forma geral.
A moda era inspirada nas divas do cinema ou da música, hoje isso muda e as
influências começam a surge através das Drag-Queens, que tem grande poder sobre
o mundo fashion. Isso se comprova através dos lançamentos de grandes marcar, com
o famoso conceito moda sem gênero, as marcas mais fortes dentro deste conceito
são “ZARA, Sixty-Nine, Not Equal, Ben entre muitas outras que abraçaram esta causa,
que hoje em dia não se rotula o que homens e mulheres podem usar, hoje por mais
contraditório que seja o livre escolha no quesito vestuário existi com uma grande
potência. Os conceitos dos séculos passados foram cada vez mais sendo extinto, e
surgindo novas mentalidades, como o romantismo, a poesia a ingenuidade, uma
filosofia baseada no movimento hippie.
Fonte: Instagram
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Conjunto de saia e paletó.
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Em tradução livre: Estupro na Montanhas.
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Prêmio Britânico de Designer.
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a ser o foco principal de uma obra que não só ultrapassava as regras como as
redefinia. Alexander McQueen estava a tornar-se numa força da natureza cuja
imaginação selvagem só era ultrapassada pelo talento sobrenatural de a tornar
realidade. Sarah Burton chegou a recordar que bastava a equipe dizer-lhe que algo
era tecnicamente impossível para, na manhã seguinte, chegarem ao atelier e no
manequim estar a prova de que estavam enganados. Os desfiles tornavam-se
espetáculos, e cada coleção era tão pejada de pormenores que as ideias-base dariam
inspiração para quinze estações. Estivéssemos a falar de qualquer outro criador, e
não do que construiu próteses para Aimee Mullins e a colocou para desfilar, do que
enjaulou modelos em celas, do que trouxe um holograma de Kate Moss para
a passarela.
Essas marcas/estilistas revolucionaram o conceito da moda sem gênero e
quebraram paradigmas conservadores da sua época, e também fizeram cair outros
conceitos ultrapassados, que hoje são os mais procurados dentre os
condicionamentos impostos pela sociedade.
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PARTE II
Saúde e Obsessão
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1. CULTO AO CORPO
As diversas maneiras que surgem através dos anos para manter o corpo da forma
desejada, podem ser nocivas à saúde física, social e psicológico. Os problemas físicos
podem ser decorrentes da prática excessiva de exercícios de forma errada ou de
procedimentos de cirurgias plásticas realizados de maneira errada por pessoas não
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Por muito tempo, doenças silenciosas vêm espalhando-se pelo mundo, elas não
veem cor, raça, religião, classe social, sexo, – elas procuram mais pelas mulheres,
mas os homens também sucumbem a elas – idade – prefere os jovens, mas ninguém
está livre.
Ao falar sobre o assunto a mídia se dividi em dois lados, um lado segue falando
sobre dietas e exercícios milagrosos e na página seguinte conta sobre algum caso de
meninas que sobrevivem de forma nada saudável. Fazem reportagens mostrando os
efeitos dos transtornos, mas produzem reality e competições que o vencedor é aquele
que perder mais peso. – Esses programas são mais comuns nos Estados unidos, mas
o Brasil já teve sua cota de vender a realização pessoal, através da perda de peso,
nas principais emissoras do país.
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“... Por mais materialmente bem-sucedidas que estejamos, não podemos esta
satisfeitas ou felizes, a menos que também estejamos magras” (Gay p.74, 2017)
Neste trecho do livro Fome da escritora Roxane Gay ela fala sobre a dimensão
das mensagens culturais sobre o corpo e como elas tem a tendência de serem
direcionas as mulheres de forma que elas se sintam inferiores mesmo sendo ricas,
inteligentes, tenha seu trabalho dos sonhos e etc. A escritora também conta sobre a
facilidade com que encontro blogs na internet onde meninas ensinavam técnicas para
comer e vomitar. Ainda hoje facilmente encontra-se grupos que falam sobre como
manter os mais populares a anorexia e a bulimia, eles são chamados pelos
frequentadores de pró-mia e pró-ana. Apesar de se falar muito em bulimia nervosa e
anorexia nervosa ainda existem outros transtornos ligados a alimentação que são
mais difíceis de serem notados. Mas existem outros transtornos ligados a
alimentação, que podem estar muito bem disfarçados de estilo de vida saudável.
Muitas pessoas não sabem, mas comer em grandes quantidades pode não ser
somente gula, mas sim a compulsão alimentar. Esse transtorno faz com uma pessoa
ingira grandes quantidades de comida e não usar métodos compensatórios para não
se sentirem culpados. Existe também o Transtorno da Compulsão Alimentar
Periódica, – TCAP – ela é semelhante a compulsão alimentar, mas a diferença é que
no TCAP acontece o consumo de alimentos em grande quantidade em um período de
tempo, um dos sintomas é a ingestão de grandes quantidades de comida em pouco
tempo, outra diferença alguns portadores de bulimia nervosa, podem ter TCAP.
Existem árticos e reportagem que colocam a obesidade como um transtorno, mas ele
seria mais o resultado da compulsão alimentar e do TCAP. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (2017), cerca de 4,7% da população brasileira sofre de compulsão
alimentar, a frequência é de 2,6%, o que torna o Brasil o país uma das maiores taxas.
Outro dado alarmante é que 60% das pessoas com TCA são obesos e dentro desse
grupo, 15% são obesos mórbidos.
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A Hipergafia geralmente aparece depois sofre de algum trauma que impactou sua
vida, - perder o emprego, a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento,
violência – física e/ou mental. Na Hipergafia, a pessoas pode ter ganho de peso
rápido, ansiedade, também depressão, isolamento do convívio social e sentimento de
culpa.
Vigorexia faz com que a pessoa enxergue a distorção da sua imagem, mas nesse
transtorno mais comum em homens, a distorção e relacionada a massa muscular o
oposto do que ocorre no anoréxico que enxerga o excesso de gordura. O portado
segue uma rígida rotina de exercícios de musculação para ganhar músculos e pode
fazer uso de substancias proibidas – anabolizantes – para que a mudança aconteça
de forma mais rápida.
A Ortorexia Nervosa mostra que até mesmo o saudável pode tornar-se nocivo ao
ser humano. Apesar de não ser oficialmente classificada como um transtorno, devido
a não possuir critério de diagnostico pela Organização Mundial de Saúde e pelo
Manual Diagnostico e Estético de Transtornos Alimentares. Esse “transtorno” leva a
pessoa a desenvolver a compulsão por alimentos saudáveis e nutritivos o que leva a
uma dieta muito restritiva deixando de ingerir não somente alimentos com açúcar e
gordura, mas também industrializados, agrotóxicos, aditivos e outras substancia. A
principal causa desse transtorno pode ser a insatisfação com o corpo como a outras.
Por ser algo que não causa nenhum mal físico, mas a compulsão é algo psicológico
que pode colocar a vida dessa pessoa em risco. Um estudo realizado em 2017, com
seguidores de perfis no Instagram sobre estilo de vida saudável revelou que 49% dos
usuários apresentam sintomas de Ortorexia e que o uso intenso das redes socias
maior são os sintomas associados a síndrome alimentar.
Outro caso que repercutiu, foi o da youtuber Camilla Uckers que no ano de
2017 realizou três procedimentos de uma vez, lipoaspiração, roniplastia e implante de
prótese nas nádegas. 25 dias depois da realização da plásticas ela teve que retirar as
próteses colocadas nas nádegas devido a complicações, caso não realizasse a
retirada poderia morrer. As cirurgias de Camilla foram realizadas em forma de
barganha muito comum nas redes socias, em troca ela deveria divulgar o trabalho do
médico Danilo Dias, responsável pelos procedimentos. Danilo alegou que as
complicações aconteceram por ela não ter seguido as orientações de repouso, mas
ela afirma que foi erro médico. As consequências para Camilla foram a inflação do
nervo ciático e a perda temporária do movimento das pernas.
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Os dois casos levantaram discursões na internet de até onde vai a busca pelo
corpo perfeito, até onde uma pessoa pode se arriscar para chegar de forma rápida a
uma imagem que ela acredita ser o ideal para ela. Lilian pagou 20 mil reais para
realizar a sua cirurgia plástica, mas sua vida se foi antes mesmo dela poder ver os
resultados. Camilla não pagou, mas teve um processo longo e dolorido para se
recuperar.
mas devido ao preço ser mais baixo do que um material adequado para fins cirúrgicos,
e a facilidade com que é possível encontrar a substancia, não é levado em
consideração os perigos que a aplicação do silicone industrial tem; quando injetado
no corpo, ele pode causar deformações, deslocamento da substancia que pode
causar trombose, dificuldade para andar e até infecção generalizada que em muitos
casos, leva a morte por septicemia.
Já a harmonização fácil que promete deixar o rosto mais simétrico, vem caído
no gosto de muita gente como a cantora Gretchen que no início do ano fez a
harmonização facial e compartilhou o antes e depois nas redes sociais. A técnica usa
substancias que reagem ao rosto deixando-o com uma aparência mais jovem,
normalmente usa-se botox nas rugas, ácido hialurônico para preenchimento, fios de
elevação facial para lifting, microagulhamento, - perfura superficialmente a pele para
promover o rejuvenescimento – além de outros procedimentos que estimulam a
produção de colágeno contra o envelhecimento. A aplicação errada dessas
substancias pode fazer com que o produto caia nos vasos sanguíneos, podendo
causar necrose, cegueira ou até mesmo um AVC.
74
Esse capitulo, não pode ser finalizado antes de falar dos exageros que algumas
pessoas acabam cometendo na busca pela perfeição, algumas chegam a ficar
irreconhecíveis após a realização de tantos procedimentos. Como Rodrigo Alves, -
mais conhecido como Ken humano – que já realizou cerca de 70 cirurgias entre
plásticas e reparações de erros médicos. Aos 35 anos de idade ele é mundialmente
famoso devido a sua aparência diferente, mas nem tudo são flores, Rodrigo já teve
vários problemas devido ao seu gosto por cirurgias plástica, um dele foi perder o olfato
e sua respiração também ficou comprometida durante 4 anos, após contrai uma
bactéria que “comeu” o seu nariz por dentro, para consertar o problema ele teve que
passar por mais uma cirurgia no mês de janeiro de 2019. Em entrevista para o site da
Revista QUEM, ele disse que já fez 11 plásticas no nariz e agora finalmente ele atingiu
o seu objetivo: um nariz esteticamente bonito e que funciona.
75
A mesma ideia de corpo como forma de comunicação também é vista por Oliveira
e Castilho: “O corpo é considerado o primeiro veículo de comunicação e expressão
utilizado pelo ser humano para a produção, reflexão e análise do conhecimento. Ao
longo da existência humana, as diferentes culturas entenderam e utilizaram o corpo
como meio de produção de linguagem assumindo, ora a função de objeto
representado, ora de signo em processo de representação.
Nestes trechos, fica claro que há muitos anos a sociedade foi condicionada a
aceitar um único sistema de beleza imposto, visto que, mesmo sabendo que não
somos iguais, deve-se aceitar um só modelo como corpo ideal e saudável, onde
mesmo assim, podemos entender que a palavra “saudável” não está em sua
conjugação natural, sendo que muitas pessoas acabam submetendo-se a hábitos
nada nocivos como foi abordado nos capítulos sobre transtornos alimentares e
procedimentos estéticos.
Podemos ver esta confirmação, Segundo Wilton Garcia “Os possíveis artifícios
enunciados nessa dimensão de corpo-mídia investem nos traços predominantemente
universais, que simulam a idealização de corpo para a comunicação de massa. Um
corpo ressaltado de plasticidade, mas comum, para todos!”.
Como a mídia é a maior forma de persuasão que temos nos últimos tempos, a
visão de um corpo perfeito acaba chegando em todos os públicos, principalmente no
sexo feminino. Os exemplos mostrados em filmes e novelas, ainda coloca sob as
mulheres de cuidar da casa, dos filhos, trabalhar fora e ainda ser bonita.
3. ESTEREÓTIPOS
O termo surgiu em 1922 e deriva de duas palavras que vem do grego, stereos –
sólido - e typos – impressão ou molde - que em livre interpretação, significa “impressão
sólida”. O termo é usado para rotular e generalizar grupos sociais com a intenção de
incentivar um modelo de imagem e/ou estilo, muitas vezes de maneira preconceituosa
e sem muito fundamento.
A seguir, será mostrado de forma breve, quais são os estereótipos mais comuns
no dia a dia.
3.1.2. Gênero
Pode-se dizer que esse é o mais antigo dos estereótipos que é imposto a um a
pessoas antes mesmo de ela nascer, quando se determina a cor do enxoval do bebê
assim que o médico diz a mãe se o filho que ela espera é menino, ou menina.
Acontece quando se consegue determinar o que é assunto de homem e o que é
assunto de mulher, quando na verdade não se existe um modelo fixado e
propriamente dito para se determinar algo como gosto pessoal. Encontrasse mais
exemplos ao comprar um brinquedo para uma criança, na cor da roupa, modo de se
vestir, ou com quem deve ou não se relacionar, propagandas de detergente que só
utilizam mulheres ou nos comerciais de cerveja que possuem mais homens e
mulheres de biquini. É encontrado no machismo, na homofobia e na misoginia. A
algum tempo a ministra Damares Alves, – Responsável pelos ministério da mulher, da
família e dos direito humanos – causou grande polemica ao dizer que menina usa rosa
e menino usa azul; essa declaração acarretou em um movimento na internet onde
anônimos e famosos postaram fotos usando roupas das cores contrarias as que a
ministra declarou ser o certo para cada gênero – homens postavam fotos usando rosa
e mulheres vestindo azul. Mas não é somente essas questões que fomentam os
estereótipos de gênero, a rede social Facebook reconhece 56 opções de gêneros para
os usuários dos Estados Unidos.
3.1.4. Beleza
Não se pode esquecer do estereotipo que deu origem a toda essa pesquisa, sem
dúvidas este pode ser classifica como o mais vivenciado por boa parte da população
todos os dias. Por ser ligado ao modelo de corpo perfeito, saudável e com um físico
sedutor, determinado pelo ambiente cultural. - Considerando que o padrão do que é
belo determinado no Brasil é totalmente diferente do que é belo na China, por
exemplo. Por mais que beleza seja um gosto individual, o padrão intuído no Brasil
pede para que o corpo ideal seja sarado, alto na medida certa e magro, mas não
muito, fazendo com que as academias e clínicas de estética lotem, com todos em
busca da perfeição baseada no gosto pessoal de outra pessoa. Um grande exemplo
desta procura são as vitrines de grandes lojas de roupas e suas ausências de
manequins que vistam mais que o 36 almejado por muitas pessoas e por esse motivo
e também por conta as passarelas, é adotado como o ideal, como já foi descrito nos
capítulos anteriores.
81
PARTE III
Moda e Publicidade
83
1. MERCADO ATUAL
Para o ano de 2019, o IBGE já consegue nos mostrar análises dos meses de
DEZEMBRO, JANEIRO E FEVEREIRO, referente ao volume de vendas. Na tabela a
seguir, o comparativo, com o ano de 2018, onde teve-se a primeira elevação do PIB
depois de cinco anos em declínio, de acordo com o IBGE e noticiado do portal G1.
Consegue-se visualizar que, comparado ao ano anterior, houve evolução, uma
mudança de cenário que não se via por tempos.
84
Fonte: IBGE
2. METODOLOGIA DE ANÁLISE
Devido a isto, realizamos uma pesquisa quantitativa com questões que visam
entender melhor a falta de determinadas numerações no mercado de varejo, como
determinado público se sente com esta realidade e quais são os seus impactos.
Pergunta: Você encontra roupas, com facilidade e no seu tamanho, nas lojas
consideradas mais abrangentes (grande varejo e Fast fashion)?
Péssimo Indiferente
Pergunta: Você se sente excluído por não encontrar roupas no seu tamanho?
Ao afirmarem que tal fato social acontece em seu cotidiano, é inevitável que
essa informação se torne preocupante, principalmente quando se trata de saúde
90
emocional e psicológica deste público, por esta, pode-se entender que é necessário
que o mercado reavalie os conceitos de público e inclusão.
Pergunta: Qual tamanho você procura e não encontra para a parte inferior?
53 60
Numeração máxima das roupas
52
52 52 52 56 50
51
50 40
49
48 30
47 48
46 20
45 46 46
10
44
43 0
C&A LOJAS RENNER Necessidade do Público
PERNAMBUCANAS
40 40
35 38 38 38 38 38 38 35
30 34 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
C&A LOJAS PERNAMBUCANAS RENNER Necessidade do Público
Parte IV
Solucionando a problemática
94
1. VITRINE
Para uma melhor visualização de como a marca trabalhará, foi criado uma
tabela com base no Modelo de Negócios Canvas de Planejamento, como forma
simplificada de mostrar a ideia da marca e quais passo serão seguidos para o seu
desenvolvimento.
95
Email, SAC
disponíveis nas
Produção de peças
redes sociais como
inclusivas
Trazer peças de Instagram e
Pessoas.
Lojas para vestuário que tenha Facebook
Somos uma família que
revenda, estilo, mas que
respeita e aceita qualquer
fornecedores de também, seja
tipo de corpo e essência.
matérias-primas e Recursos-chave inclusiva e respeite Canais Todos são bem vidos à
influenciadores as pessoas como
Maquinário e mão de Venda: e-commerce nossa VITRINE.
elas são.
obra (profissionais de e lojas parceiras.
atendimento e Divulgação:
comunicação, de Instagram, Facebook
produção de vestuário, e revistas
modelos...) especializadas.
Maquinário para produção das peças, pagamento de recursos Vendas através do e-commerce, pop up e lojas
humanos, manutenção do site, marketing, divulgações e eventos. parceiras.
R: 110, R: 0, R: 255,
G: 82, G: 0, G: 200,
B: 209 B: 0 B: 78
O Preto foi escolhido para ficar no meio de todas as cores e mostras que até
mesmo aquele “pretinho básico” pode ser utilizado em qualquer lugar. Já a cor Ouro
possui o significado inteligência, abrindo espaço para a VITRINE conseguir trabalhar
97
Cores de suporte:
Azul Light Laranja Rosa Claro
Para que o objetivo de ser uma marca sustentável seja cumprido, é de estrema
importância que a matéria prima das peças, sejam bem selecionadas e que também,
sejam feitas de modo sustentável. - Sem uso excessivo de água, descarte correto de
resíduos e durabilidade das roupas. Após uma pesquisa profunda, chegamos a uma
seleção de dez matérias primas que cumprem os requisitos da marca VITRINE.
Qmilk é uma fibra natural e renovável 100% derivada de uma proteína de leite
coalhado, - Sim, assim como o leite em sua geladeira – pela empresa alemã Qmilch
GmbH O resultado é um tecido semelhante a seda, mas com os custos mais baixos,
ao mesmo tempo que é durável para suportar lavagens. Qmilk é naturalmente
99
O Econyl é um tecido reciclado da Aquafil que utiliza 100% dos resíduos das
redes de pesca feitas de nylon, produzido pela empresa italiana Aquafil. A inovação
tem sido muito comemorada por quem procura uma opção de nylon reciclado desde
que o poliéster reciclado se tornou disponível. O estilista Kelly Slater usa o tecido
Econyl para sua marca Outerknown da mesma forma que a marca espanhola Ecoalf e
a italiana Wave-O.
S. Café é uma nova fibra fabricada de Taiwan que utiliza a borra do café que
foi desenvolvido pelos fundadores de uma empresa esportiva chamada Singtex.
Grandes nomes como North Face, Puma e Timberland já estão usando o tecido,
enquanto empresas como Starbucks são alguns dos fornecedores. Aparentemente
o café tem propriedades para mascarar os odores naturais do corpo sem deixar cheiro
nas roupas. A vantagem desse tecido, é que ele utiliza menos energia no processo de
fabricação, tornando-se uma alternativa mais sustentável aos tecidos tradicionais.
EcoCircle é um tecido feito de PET à base de plantas, crido pela Teijin. A nova
fibra contém 30% de cana-de-açúcar, que substitui 30% do óleo necessário para o
poliéster tradicional. Teijin, a empresa por trás da fibra, disse que o tecido tem um
sistema de reciclagem em circuito fechado no final da sua vida útil. A fabricante de
automóveis Nissan foi uma das primeiras empresas a usar o tecido para o estofamento
do seu carro elétrico Nissan Leaf em 2014.
1.5. CROQUIS
Figura: 65 Modelo 4
105
Parte V
Tríade:
Outra coisa bem comum no jornalismo que foi muito utilizado aqui foi a checagem
das informações, o profissional sempre verificar várias vezes a mesma informação em
fontes diferentes, para assim ter certeza da veracidade do fato e dos dados que serão
divulgados.
109
[...] você vai até seu armário e digamos que você resolve escolher este
suéter horroroso, que está usando, para dizer ao mundo que se leva muito
a sério, para se importa com o que vai vestir; mais o que você não sabe e que
a cor deste suéter não é um simples azul, não é azul turquesa, não e azule,
e azul celeste e você ignora o fato de que em 2002, Oscar De La Renta, fez
uma coleção de vestidos azuis celeste, acho que foi Yves Saint Lourent que
fez jaquetas militares azul celeste, então o celeste apareceu em coleções de
80 outros estilistas, depois passou para as lojas de departamentos, depois
daí foi parar em lojas populares onde você sem dúvidas comprou este em
uma liquidação; o azul representa milhões de dólares e incontáveis trabalhos,
cômico como você pensa que fez uma escolha na eximida indústria da moda,
está usando um suéter feito para você por pessoas dessa sala de um monte
de coisa [...]
Como exemplo podemos observar a seguir as campanhas feitas pelas lojas Marisa
e a marca de produtos de beleza Avon;
Fonte: Propmark
112
No ano de 2015 a Lojas Marisa divulgou pela primeira vez uma campanha voltada
especificamente para o segmento Plus Size, ganhando de imediato a atenção deste
público não muito procurado pelas marcas e passarelas, aumentando a procura e
conscientizando a todos que a marca se importa com diversos tipos de roupas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS
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mulheres. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.
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2017
MONOGRAFIAS
ARTIGOS
SITES
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História da moda
Estereótipos
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FILME
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