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ENDOMARKETING
ENSINO A
DISTÂNCIA
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca do
Centro Universitário Avantis - UNIAVAN
Maria Helena Mafioletti Sampaio CRB 14 – 276
Assanti, Fernando.
A844c Comunicação e endomarketing/EAD/ [Caderno pedagógico].
Fernando Assanti. Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019.
117p. il.
Inclui Índice
ISBN: 978-85-5456-094-2
ISBNe:978-85-5456-093-5
ENSINO A
DISTÂNCIA
PLANO DE ESTUDO
EMENTA
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO DO AUTOR
FERNANDO ASSANTI
Graduado em Comunicação Social – Jornalismo (Univali)
Especialista em Economia e Meio Ambiente (UFPR)
Especialista em Docência no Ensino Superior (Avantis)
Mestre em Administração (Unisul)
PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO,
LEITURA E ESCRITA
INTRODUÇÃO A UNIDADE I
Seja bem-vindo(a) à primeira unidade desta disciplina. Nesta fase, vamos entender
juntos alguns temas que darão base para todos os próximos módulos de estudo. Como o
próprio título da disciplina indica, vamos começar aprendendo de maneira mais ampla
o que é comunicação e quais os elementos necessários para que ela aconteça de maneira
efetiva e alinhada com os objetivos do emissor.
Passaremos depois a compreender como esse processo de comunicação pode acontecer
com linguagens e formas de textos adequados para cada público, canal e objetivo. É a
partir deste aprendizado que poderemos seguir para o módulo 2 aptos a adequar os
conceitos básicos aos desafios das organizações.
Bons estudos!
Nesta unidade vamos falar de comunicação, leitura e escrita. Para que esses conceitos
fiquem mais claros, vamos tratar dos elementos que compõem o processo de comunicação
e conhecer os tipos e gêneros textuais. Ao final desta seção você estará apropriado destes
conceitos e mais familiarizado com alguns tipos de texto para prosseguir com os estudos
e entender de que forma poderá usar esses conhecimentos na prática.
1.1 A COMUNICAÇÃO
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pode ser parecer de diversas formas. Para Andrade e Henriques:
Temos, então, que a comunicação se dá além das palavras, mas também por meio de
gestos, sons, formas de se vestir, expressões faciais, posição do corpo, símbolos, entre
outros. Para deixar esta informação mais clara, leia com a atenção do quadro que segue.
PARA REFLETIR
Ao ler o quadro que mostra as formas de existir da comunicação, liste mental-
mente pelo menos dez exemplos de como a comunicação está presente em um
dia da sua vida. Tente achar exemplos das 4 formas: pessoal, impessoal, verbal e
não verbal.
Muito bem. Agora que já entendemos de forma bastante prática que a comunicação
está presente em todas as ações do nosso cotidiano, precisamos conhecer quais os
elementos necessários para que ela aconteça. Para isso, observe a figura que segue.
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Figura 01: Elementos da comunicação.
Temos, portanto, que a comunicação precisa de seis elementos para que possa
acontecer. Sem a presença deles, não temos de fato a comunicação. Imagine por exemplo,
que o receptor (destinatário da mensagem) não entenda o que foi comunicado. Neste
caso, não temos a comunicação acontecendo de forma efetiva, concorda?
Para ficar mais fácil de entender este processo, vamos esclarecer o que representa cada
um dos seis elementos da figura.
• Emissor: é aquele que emite ou transmite a mensagem. Pode ser uma pessoa, um
símbolo, um grupo. Também é chamado de remetente.
• Receptor: aquele que recebe a mensagem transmitida. Também pode ser
conhecido como destinatário.
• Mensagem: é o conteúdo transmitido pelo emissor e recebido pelo receptor. É o
objeto da comunicação.
• Canal: é o meio pelo qual a mensagem é repassada. Pode ser uma mensagem
escrita, repassada por meios físicos, como carta, jornal, até mesmo este caderno
de estudo. E também pode ser um canal sonoro ou visual, como música, fala, luzes
e quadros.
• Código: É a modo com a mensagem é transmitida. O conjunto de signos utilizados
para repassar o conteúdo.
• Referente: Também chamado de contexto, o referente é o assunto, o objeto ou a
situação a que a mensagem se refere.
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(emissor) é russa e só sabe se comunicar em russo (código). Você fica desesperado, mas a
pessoa é extremamente solícita e tenta se comunicar escrevendo, falando devagar (canal),
mas mesmo assim você não entende nada de russo. Mesmo você sabendo que ele estava
falando sobre o tema da reunião (referente) o final da história é óbvio. Sem conseguir se
comunicar, você não resolve nada durante o encontro e volta frustrado para o trabalho.
SAIBA MAIS
Para fixar ainda mais este conteúdo, veja o vídeo que explicita a importância
de todos os elementos da comunicação.
• https://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ
Como você acabou de estudar na primeira parte deste módulo, a comunicação precisa
de diversos fatores alinhados para acontecer de forma efetiva. De maneira geral, o
processo de comunicação dentro das organizações ou nas relações pessoais se dá pelo
uso da língua portuguesa (código) a partir de mensagens faladas ou escritas.
Para que você se destaque pessoal ou profissionalmente e consiga se comunicar
bem com todos os públicos, é fundamental dominar as formas de uso da língua. Para te
ajudar a desenvolver esta habilidade, estudaremos agora os níveis de linguagem e depois
passaremos aos gêneros e tipos textuais. Vamos lá!
Você vai perceber, ao longo da disciplina, que todos os tipos e gêneros de textos
descritos aqui não representam somente a forma de linguagem verbal escrita. O texto
falado também segue a mesma linha de classificação e pode ser aprimorado usando as
dicas aprenderemos a partir de agora. Além delas, temos ainda algumas características
que distinguem a fala da escrita que são importantes.
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Quadro 02: diferença linguagens
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concordância, regência, etc. (Andrade e Henriques, 2010, p. 25)
Platão e Fiorin (2007) nos explicam que a coerência deve ser entendida com a unidade
do texto. Segundo os autores, um texto coerente é um conjunto harmônico, em que
as partes se encaixam perfeitamente. Fávero (2009) nos ajuda a entender a coerência
indicando que ela se trata de uma característica macro do texto, uma vez que se refere
ao modo como os componentes textuais – os conceitos e relações – se unem de maneira
relevante e acessível. Certamente você já ouviu alguém dizer que fulano não está sendo
coerente, porque faz uma coisa, mas diz outra. É isso! Para ser coerente, é preciso que as
ideias dentro do texto componham um sentido macro com harmonia.
Por sua vez, a coesão é caracterizada pelos autores como a conexão entre as orações
que compõem o texto. Para Fávero (2009) a coesão nada mais é do que o modo em que as
palavras que vemos ou ouvimos estão ligadas entre si dentro de uma sequência. Para ficar
mais fácil de entender, lembre-se que você já deve ter ouvido algum técnico de futebol
dizer que está formando um time “coeso”. Ou seja, um time unido, com conexão entre os
jogadores.
Agora que você já conhece algumas regras gerais para a comunicação falada ou escrita,
vamos conhecer os gêneros e tipos de textos onde devemos empregar o que acabamos de
aprender:
Mesmo que já esteja meio fora de moda, é possível que você já tenha recebido uma carta
que expressasse algum carinho de alguém próximo a você. Ao receber esse documento,
você não esperava encontrar nada além de palavras harmoniosamente dispostas para te
emocionar. A mesma coisa acontece quando lemos uma bula de remédio, uma receita
de bolo ou uma notícia de jornal. Em todos os casos, sabemos o que esperar destes
documentos. Eles têm uma estrutura comum, com um fim próprio de comunicar alguma
mensagem que será entendida em um determinado contexto social.
Essas “formas” de textos são chamadas de gêneros textuais. São padrões, com várias
características em comum, que circulam de fato na vida social. Mas quais características
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seriam essas?
Podemos concluir, portanto, que cada uma das “famílias” de textos apresenta
determinadas características. Por exemplo, um Ofício emitido pelo Governo para que
determinada empresa melhore a prestação de serviços. Espera-se que este ofício seja
escrito em um tom formal (linguagem) uma vez que será lido por executivos (realidade
social) e que possua o destinatário e data no início do texto, seguido por parágrafos
curtos e objetivos (estrutura), tratando da má qualidade do serviço prestado atualmente
e exigindo melhorias imediatas (tema).
Por conta destas características – principalmente o contexto social em que são
inseridos – os gêneros textuais são dinâmicos e podem mudar com o tempo. Isso mesmo,
são as práticas sociais com a nossa língua falada e escrita que estabelecem os gêneros.
Para entender melhor esta afirmação, basta lembrarmos dos telegramas usados há alguns
anos para comunicados rápidos. Este era um gênero comum de textos e que foi substituído
por outros como o e-mail ou as mensagens por celular. Veja que cada um destes gêneros
apontados tem características próprias que o uso cotidiano foi estabelecendo de forma
natural.
CURIOSIDADE
As cartas são consideradas o meio de comunicação mais antigo do mundo.
Não se sabe ao certo quando elas surgiram, mas os reis do antigo Oriente Médio
já escreviam cartas. Por ser também um dos registros mais antigos, alguns estudiosos apontam,
inclusive, que a carta é a mãe de todos os gêneros textuais, ao lado dos mitos e contos popula-
res. Já no Egito, mais de 4 mil anos antes da Era Cristã, já existiam os sigmanacis, mensageiros
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que levavam recados escritos a pé ou montados em cavalos e camelos. Entre os livros que
formam a Bíblia, estão publicadas 21 cartas, escritas por Paulo e outros seguidores de Cristo,
direcionadas a povos como os romanos e os habitantes da cidade de Corinto, na Grécia Antiga.
No Brasil, as cartas chegaram junto com os primeiros portugueses. Assim que a esquadra
de Cabral aportou, Pero Vaz de Caminha enviou uma correspondência ao rei, comunicando o
descobrimento das novas terras. O escrito foi levado a Portugal por um dos navios, que retornou
dez dias depois. Em 25 de janeiro de 1663, o rei de Portugal nomeou João Cavalheiro Cardozo
como “correio” — o responsável por enviar informações da Colônia. O primeiro serviço postal se-
melhante ao que conhecemos hoje, com pagamento de selos para o envio da correspondência,
surgiu na Inglaterra em 1840. O Brasil foi o segundo país do mundo a utilizar o selo, em 1843.
Antigamente, a base das comunicações eram as cartas. Cartas de amor, cartas oficiais, car-
tas dramáticas. Depois, veio o telefone. Todo mundo se ligava, por mais cara (e pior) que fosse a
ligação. Agora, com a evolução tecnológica, tudo se resolve através do computador.
Fonte: Correio Popular de Campinas (14/01/2008). Disponível em sites.google.com/site/evo-
lucaodacarta/carta. Acesso em 05 de janeiro de 2017
Diferentemente dos gêneros, que são muitos e mutáveis, os tipos de textos apresentam
umas características definitivas. Segundo Marcuschi, usamos a expressão tipo textual
para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de
sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas}. Em geral,
os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração,
argumentação, exposição, descrição, injunção. (2002)
Para deixar ainda mais clara a diferença entre gênero e tipo, vamos ler com atenção os
quadros que seguem:
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Quadro 03: Gêneros e Tipos Textuais
Tipos Textuais Gêneros Textuais
1. Realizações linguísticas concretas definidas por
propriedades sociocomunicativas.
Vimos até aqui que existem inúmeros gêneros textuais e que os tipos se resumem a
Narrativo, Argumentativo, Expositivo, Descritivo e Injuntivo. Na sequência, veremos as
características de cada tipo e entenderemos como eles fazem parte da nossa vida pessoal
e profissional. Ao final desta seção, você estará apto a identificar os textos dentro da
sua tipologia e a produzir conteúdo levando em conta os principais elementos de cada
categoria.
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1.3.1 Texto Narrativo
A Narração é o relato de fatos ordenados em sequência lógica, com inclusão de
personagens, segundo Andrade e Henriques (2010). É também importante, no tipo
narrativo, que se dê movimento aos fatos, expondo os acontecimentos de forma rápida,
mantendo o interesse do leitor.
Para Medeiros (2014) a narração envolve:
• Quem? Personagens
• O Que? Fato
• Quando? Época do acontecimento
• Onde? Lugar onde acorreu o fato
• Como? O modo em que o acontecimento se desenvolveu
• Por quê? A causa do ocorrido
Andrade e Henriques (2010), por sua vez, defendem que nem sempre todos os
elementos descritos acima são essenciais para se obter uma narração de qualidade. Os
autores dão como exemplo o seguinte texto:
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• Por quê?
Perceba que duas das questões restaram sem resposta no texto, o que não impede que
ele seja caracterizado como uma narração. Mas para ficar mais claro, vamos aprender
juntos qual a estrutura de um texto narrativo, segundo Andrade e Henriques (2010).
Acredito que esteja ficando mais tranquilo para você entender como uma narração
é construída. Mas para ajudar ainda mais, Medeiros (2014) nos indica algumas técnicas
que servem tanto para identificar um texto narrativo, quanto para produzirmos os nossos
próprios escritos. Vamos a elas:
• Escrever parágrafos curtos, com frases curtas.
• Manter o leitor em suspense, apresentando os fatos num crescente, até chegar ao
clímax da história.
• Falar somente do que se conhece bem.
• Dividir as ações em partes.
• Ter presente e claro o objetivo da narração
• Sugerir soluções, mais do que explicar os acontecimentos.
Agora que já temos muitas informações sobre o tipo Narrativo, vamos experimentar
alguns exemplos para trabalharmos juntos na identificação das características.
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E nem deixou-a só num canto
Pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
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Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua.
Nos exemplos, temos uma crônica de Chico Buarque e um poema de Jorge de Lima.
Porém, fora dos versos é muito comum encontrarmos textos narrativos. Entre os gêneros
mais comuns estão a biografia, os romances, os relatos pessoas, as notícias, piadas e as
tão famosas narrações de jogos de futebol.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Identifique ao menos dois textos narrativos, independentemente do gênero e
faça uma postagem no Fórum de discussão online.
2. Escolha um dos textos e identifique os elementos essenciais da Narração. Como esta
análise, faça uma segunda postagem no Fórum.
Pense um pouco sobre quantas vezes ao dia você precisa usar argumentos para defender
alguma ideia. Ao falar com seus pais ou filhos para convencê-los a te acompanhar a uma
ida ao shopping, ao conversar com seus colegas de trabalho para que eles lhe ajudem com
uma tarefa, ou até mesmo com os amigos, discutindo política ou futebol.
Apresentar ideias e sustentá-las para defender um ponto de vista é a alma do texto
dissertativo (argumentativo). Medeiros (2014) reforça que dissertar é apresentar ideias,
analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos, é criar
relações de causa e efeito. Segundo o autor, para se ter uma dissertação não é necessário
apenas expor, narrar, descrever, é preciso explicar o que está se dizendo por meio do
texto.
Andrade e Henriques (2010) complementam, lembrando que a dissertação é o
exercício da razão, exige raciocínio e um maior preparo intelectual, tudo isso porque é
importante que, ao produzir um texto argumentativo, você consiga convencer o leitor a
confiar na sua tese sobre o tema exposto.
Para ficar mais claro, vamos conhecer melhor a estrutura dos textos dissertativos. Veja
a figura que segue.
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Figura 03: Estrutura do texto dissertativo.
a. Introdução: é a seção onde você deve colocar a ideia central do texto visando
situar o leitor. Na introdução, é preciso que você apresente o problema/assunto
que será discutido e já uma ideia ao leitor de qual tese você defenderá acerca do
tema escolhido. A introdução, em regras gerais, pode ter um ou dois parágrafos.
b. Desenvolvimento: é aqui que você demonstra seu poder de argumentação e
apresenta ao leitor a sua defesa da tese inicial. É preciso ter coerência e consistência
para convencer a todos de que a sua argumentação tem credibilidade. É a hora de
discutir as ideias, tentar influenciar e conquistar o leitor. Nesta seção, dados e fatos
que auxiliem na argumentação são muito bem-vindos. Você pode desenvolver
dois ou três parágrafos para isso, e dividir os argumentos por parágrafo.
c. Conclusão: listados os argumentos, é necessário retomar uma síntese do tema
central do texto para apresentar a sua proposta de intervenção que ajude a
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solucionar o problema/assunto tema. Lembre-se que o desfecho deve sempre se
apoiar na argumentação que o antecedeu. Use um parágrafo para isso.
SAIBA MAIS
É preciso deixar claro aqui que o texto dissertativo é apenas um dos gêneros
do tipo argumentativo. Porém, como é o mais comum, a literatura acaba tratando-
-os como sinônimos. Relembre quadro com tipos e gêneros textuais.
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1.3.3 Texto descritivo
TIPOS DE DESCRIÇÃO
a. Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, são apresentadas no seu
sentido real. Exemplo: “Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70Kg. Aparência atlética,
ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos”.
b. Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja, quando
o objeto, o ser, a cena, a paisagem são apresentados em sentido figurado. Além
das características exteriores, encontramos elementos que nos permitem
compreender algumas características interiores ou psicológicas da pessoa ou
personagem da qual se está falando.
ESTRUTURA DO TEXTO
a. Introdução: o observador olha atenciosamente para o ser ou objeto e identifica
seus aspectos gerais.
b. Desenvolvimento: descreve os elementos numa ordem coerente com a disposição
em que eles se encontram no espaço. Neste momento é importante levar em conta
as características objetivas e subjetivas, físicas e psicológicas.
c. Conclusão: O texto estará concluído quando a caracterização do objeto estiver
completa.
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TEXTO DESCRITIVO
Presença de Substantivos e Adjetivos.
Vejamos exemplos:
“Chão verde e mole. Cheiros de relva. Babas de lodo.
A encosta barrenta aceita o frio, toda nua.
Carros de bois, falas ao vento, braços, foices.
Os passarinhos bebem do céu pingos de chuvas.
Casebres caindo, na erma tarde. Nem existem na história do mundo. Sentam-se à porta
as mães descalças.
É tão profundo, o campo, que ninguém chega a ver que é triste.
A roupa da noite esconde tudo, quando passa...
Flores molhadas. Última abelha. Nuvens gordas. Vestidos vermelhos, muito
longe, dançam nas cercas. Cigarra escondida, ensaiando na sombra rumores de
bronze. Debaixo da ponte, a água suspira, presa...
Vontade de ficar neste sossego toda a vida:
Para andar à toa, falando sozinha,
Enquanto as formigas caminhavam nas árvores...”
Cecília Meireles
“Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à
margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas,
brancas e enormes como ovos pré-históricos. ”
Trecho de “cem anos de solidão” de Gabriel Garcia Marquez
LEITURA COMPLEMENTAR
Imagine que você está no mercado de trabalho e precisa vender um produto
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COMUNICAÇÃO E
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novo para algum cliente ou investidor. Quem sabe uma descrição bem feita pode de ajudar nes-
ta tarefa, não é mesmo? Veja esta lista de perguntas que podem ser um guia para a sua descri-
ção de produtos, visando fazer negócios com mais segurança e tranquilidade.
Quais as características específicas do produto/serviço?
Quais as vantagens?
Qual problema o produto/serviço resolve?
Tem vantagem monetária?
Maior segurança?
Garantia, a forma de entrega e como proceder em caso de devolução?
Quais materiais o compõem?
Duração, tamanho, peso, funções, qualidade, procedência, acessórios, cores disponíveis,
voltagem e outras?
Possui informações relevantes para o cliente?
Como usar este produto/serviço?
Alguém pode dar depoimento sobre ele?
FÓRUM
Exercícios de Fixação
– Vamos colocar a mão na massa? Então redija um texto, levando em conta os aspectos
físicos e psicológicos, que descreva a imagem que segue e poste a descrição do fórum.
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1.3.4 Texto Expositivo
Medeiros (2014) nos explica que Narração, descrição e dissertação – tipos de texto que
acabamos de estudar – em geral, não se apresentam de forma pura.
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Aproveite a visita ao canal para pensar sobre como é a forma de linguagem usada por eles. Deixe
sua opinião no Fórum de discussão.
Vamos tratar agora de um gênero que será muito comum em toda a sua jornada
acadêmica na faculdade Avantis. A Resenha Crítica é um formato de texto em que, a
partir de um conteúdo base (texto, filme, peça de teatro), o autor expõe a obra e tece uma
análise profunda do pensamento teórico do autor original. Além disso, é necessário que
se faça a relação do conteúdo do texto com a produção teórica da área e que se deixe claro
para o leitor que juízo de valor é feito sobre a qualidade do texto.
Ou seja, a Resenha Crítica é um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação
sobre ele, apontando os aspectos positivos e negativos. Por ser em geral um resumo
crítico, este gênero exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma
vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.
São requisitos necessários para a elaboração de uma resenha crítica:
É importante destacar que a resenha crítica não deve ser vista como um simples
resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação. A postura crítica deve estar presente
desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo da obra e a opinião de
quem elabora a resenha estejam permeados.
Para ajudar na estruturação do texto, é imprescindível que você inclua estas
informações na sua resenha crítica:
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COMUNICAÇÃO E
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Tendo como base o conteúdo indicado pelo do tutor da disciplina, elabore uma
resenha crítica, levando em conta todos os ensinamentos da apostila acerca da
construção textual.
1.4.1 – Ofício
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COMUNICAÇÃO E
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veja a lista de itens que devem compor o documento e compare com a figura abaixo, que
explicita o layout.
1- Marca do remetente
2- Nome da organização remetente
3 – Número do ofício expedido (importante para arquivamento)
4 – Local e data da expedição
5 - Assunto (resumo do teor do documento)
6 – Nome e cargo do destinatário (atente-se ao pronome de tratamento correto)
7 - Texto
8 – Assinatura do remetente (nome e cargo)
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1.4.2 – Memorando
1.4.3 – E-mail
• Revise as mensagens antes de enviá-las. O fato de ser mais informal não o autoriza
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a ser incorreto.
• Nas mensagens eletrônicas, letras maiúsculas são assimiladas a gritos. Só use,
portanto, maiúsculas em títulos, ou para dar intencional destaque a alguma
palavra ou trecho de texto. Lembre-se que existem outros modos de enfatizar
alguma declaração, como os recursos de negrito, itálico ou sublinhado.
• Abreviaturas (vc, tb) bem como emoticons ( :-) , :D) e outros semelhantes só
devem ser usados entre pessoas muito íntimas e que tenham pleno domínio dos
respectivos significados.
• Tal como cumprimentamos as pessoas falando “bom-dia” e “até logo” quando
chegamos e quando saímos, inicie sempre seus e-mails com uma saudação ao
destinatário, encerre com outra e nunca deixe de assinar no final.
• Prefira textos curtos. Mas se a mensagem precisar ser longa, divida o texto em
parágrafos.
• Guarde e-mails importantes. Mensagens de pedidos, autorizações e orientações
podem se tornar importantes instrumentos de comprovação algum tempo depois.
• Seja objetivo. Deixe emoções e considerações pessoais para uma hora mais
apropriada e para seu e-mail pessoal.
• Seja sóbrio. Não há problema em ser adepto de letras coloridas, fundo musical e
margens, mas não use esses recursos em e-mails profissionais.
• O empregador tem direito a monitorar e-mails. Por isso, cuidado com piadas,
textos e imagens de teor pornográfico.
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COMUNICAÇÃO E
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INDICAÇÃO DE LIVRO
Nesta unidade tratamos da introdução da disciplina que, a
partir do próximo módulo entrará mais afundo nos processos de
comunicação empresarial e em como o marketing interno pode
colaborar na gestão. Para que você siga em frente entendendo
também como as transformações digitais impactam neste cená-
rio a sugestão de leitura é o livro “Marketing 4.0” de Philip Kotler,
considerado o pai do marketing. Na obra, Kotler e seus colegas
autores examinam as importantes transformações na passagem
do marketing tradicional para o digital (4.0). Eles mostram não
só como a conectividade alterou o modo como vivemos, mas
como entender a jornada do consumidor nesta era e adotar um conjunto novo de métricas e
práticas de marketing.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ufa, encerramos este primeiro módulo onde estudamos como a comunicação acontece
e quais elementos são necessários para que tenhamos sucesso com ela. Vimos também a
importância da linguagem falada e escrita e conhecemos os tipos e gêneros textuais. Por
fim, aprendemos alguns padrões de documentos utilizados nas organizações e que serão
muito úteis no seu dia-a-dia.
Como tratamos de muitos conteúdos, a sugestão é que você volte ao começo e repasse
rapidamente todas as seções estudadas até aqui. Você vai precisar destas habilidades
para seguir em frente e vencer o próximo capítulo.
Até lá.
ATIVIDADE AVALIATIVA
QUESTÃO 1
Para a construção de um bom texto descritivo é importante considerar:
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(A) Se o texto traz informações suficientes para o leitor criar uma imagem abstrata da
cena descrita, sem se importar com tempo e ordem dos elementos;
(B) Se o texto traz argumentos suficientes para convencer o leitor a acreditar na
descrição feita;
(C) Se o autor incluiu aspectos pessoais na narrativa, preocupando-se com o tempo
verbal subjetivo;
(D) Se a ordem do texto é marcada por construções elaboradas, com verbos adequados.
(E) Se o texto capta os elementos numa ordem coerente com a disposição em que
eles se encontram no espaço, caracterizando-os objetiva e subjetivamente, física e
psicologicamente.
QUESTÃO 2
“Um documento interno das organizações, que tem a função de formalizar e agilizar a
comunicação entre os departamentos e setores de uma mesma empresa”. Esta descrição
se refere a:
(A) Ofício
(B) Ata
(C) Memorando
(D) Dissertação
(E) E-mail
QUESTÃO 03
Para passar a mensagem ao interlocutor, os quadrinhos costumam utilizar a linguagem
mista. Identifique, entre as opções abaixo, qual indica as características desta forma de
expressão:
Fonte: Armandinho
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(E) Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem de sinais com gírias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PLATÃO, E. F., & FIORIN, J. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
2007.
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2
unidade
ESTRUTURAS DA
COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL,
FERRAMENTAS E
PÚBLICO ALVO
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COMUNICAÇÃO E
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INTRODUÇÃO À UNIDADE 2
Olá! Você lembra que no módulo I vimos de forma genérica como se dá o processo de
comunicação e como a linguagem possui formas diferentes para nos ajudar a estabelecer
a conexão com o receptor?
Agora, vamos debater de forma mais técnica como a comunicação deve ser pensada
nas organizações e essa discussão começa na diferença entre assessoria de imprensa
e assessoria de comunicação, uma vez que a utilização destes termos muitas vezes se
confunde.
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COMUNICAÇÃO E
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Figura 01: Ilustração dos setores de uma empresa
Foi no final da década de 80 que os profissionais que atuavam nessa atividade viram
ampliadas as suas possibilidades de atuação. “As grandes organizações valorizaram e
ampliaram as atividades de comunicação, prevendo a atuação conjunta das diversas áreas
do sistema” (DUARTE, 2006, p. 236). A prática de assessoria de imprensa, que poderia ser
definida pela gestão dos fluxos de informação e relacionamento entre fontes e jornalistas,
passou a ser apenas uma parte desse modelo. O autor cita como outras possibilidades a
atuação de relações-públicas, publicitários, pessoal de marketing e recursos humanos,
que atuam em conjunto, dentro de diretrizes e políticas estabelecidas previamente. “Entre
as soluções para articular esse sistema integrado, a mais típica costuma ser a criação
de superestruturas chamadas assessorias de comunicação, muitas vezes resultantes da
ampliação das próprias assessorias de imprensa” (IDEM, p. 236).
Torquato (2002) defende que os principais programas de comunicação social estão
circunscritos às áreas de jornalismo empresarial, assessoria de imprensa, relações
públicas, articulação institucional, relações corporativas e lobby, marketing cultural e
eventos, publicidade institucional e comercial/industrial, editoração e identidade visual.
O autor explica que a terminologia pode mudar de acordo com as visões de pesquisadores
e profissionais.
Para Kopplin e Ferraretto (2001), a Assessoria de Comunicação engloba:
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1 - Jornalismo (Assessoria de Imprensa)
2 - Relações Públicas
3 - Publicidade e Propaganda
“Embora seja possível utilizar os serviços de uma destas três áreas isoladamente [...],
somente com sua aplicação conjunta e integrada uma instituição poderá sentir resultados
mais abrangentes e eficazes (IDEM, 2001, p. 11) ”.
Kopplin e Ferraretto (2001) defendem que cada uma das áreas que integram a assessoria
de comunicação possui tarefas e responsabilidades bem distintas. Vamos conhecer quais
são elas:
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COMUNICAÇÃO E
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com políticas bem definidas é a possibilidade de trabalhar a comunicação como processo
multidisciplinar e abrangente, como descrito por Torquato (2002). Seria a forma também
de caracterizá-la e entendê-la nos espaços específicos abrangidos por suas diferentes
formas, processos e canais. Uma vez que
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
gerenciar conflitos, trabalhar bem os climas interno e externo, saber
fazer planejamento, dominar as áreas clássicas da comunicação e
possuir a compreensão de que, sob o seu comando, deve haver um
grupo de operadores eficazes (IDEM, 2002, p. 95).
Palma (1994) diz que, antes de tudo, é preciso que a política de informação na empresa
seja planejada e executada por profissionais especializados.
Faria (2006) aponta que há um valor adicional no assessor de imprensa que, além de
atuar diretamente na interface com a mídia, destina ações para um trabalho pedagógico
interno. Alberto Dines aponta na introdução de Duarte (2002, p. 24) que
Martinez (2006) segue a mesma linha. Para ela, nem todo o jornalista é um assessor.
Já para Mafei (2004), o assessor tem muito do bom repórter, já que apura criteriosamente
informações sobre o assessorado e, na hora de divulgar, tem que selecionar o que é de
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
interesse público. A autora defende que em meio às estratégias, o bom assessor é aquele
que estabelece e executa práticas que levam à veiculação de informações corretas. Ela
defende que, ainda que a assessoria de imprensa seja exercida por um jornalista, ele
deverá desenvolver competências em outros terrenos. Ele deve ser, enfim, um gestor por
inteiro.
Para os profissionais de relações públicas, Amaral (2006) também aponta outros
atributos importantes, além dos conhecimentos específicos: “[...] conhecimentos de
artes, comunicação, psicologia social, sociologia, ciência política, economia e princípios
de administração e ética” (IDEM, 2006, p. 66).
Mafei (2004) explica que o assessor de imprensa poderá fazer o trabalho sozinho em
uma organização de pequeno porte, se tiver formação multidisciplinar para tanto. Para
Bueno (2003), ele precisa estar apto a planejar e viabilizar oportunidades de divulgação,
a conhecer profundamente o processo de produção jornalístico e a entender a dinâmica
de mercado e da sociedade.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
SAIBA MAIS
Como acabamos de ver, o profissional que for trabalhar com comunicação nas
empresas precisa ser ágil, ter visão sistêmica, se atualizar constantemente, se
relacionar bem com as pessoas. Para aprimorar seus conhecimentos sobre o perfil de profis-
sionais para o futuro – para todos os segmentos – veja esse vídeo do palestrante e professor de
Criatividade, Murilo Gun: https://www.youtube.com/watch?v=TqjUSOzYAtM
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
que lhes proporcionem melhores condições para o desempenho de suas funções [...]
(PALMA, 1994, p. 47).
Como explica Kunsch (1997), a Assessoria de Comunicação Integrada
Bueno (2003) aponta que a comunicação empresarial agora caminha para assumir esta
perspectiva por inteiro e que, para isso, é necessário que o mix global de comunicação
seja definido com base em uma política comum.
Kunsch (2003) fala também em atuação sinérgica: a convergência de todas as
atividades, com base numa política global, claramente definida, e nos objetivos gerais da
organização, possibilitará ações estratégicas e táticas de comunicação mais pensadas e
trabalhadas com vistas na eficácia.
Bueno (2003) aponta que a integração seria responsável ainda por economia de
recursos e esforços. Isso aumenta a vantagem competitiva da empresa ou entidade diante
de seus concorrentes e consolida sua imagem, ou reputação, perante a opinião pública.
Curvelho (2006, p. 122) ressalta, entretanto, que “as relações entre as especificidades
(jornalismo, relações públicas, publicidade e propaganda e marketing, sobretudo) é muito
complexa – marcada pela mudança de enfoque de cada subárea – e a referida integração
pouco se tem refletido na prática”. O autor esclarece que, muitas vezes, a comunicação
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
integrada está presente como discurso e até orienta as estruturas formais, mas poucas
vezes insere-se como política, como filosofia e como ação (IDEM, 2004). Bueno (2003)
também aponta essa diferença na prática: É bem verdade que a comunicação integrada
ainda hoje se constitui em mais um discurso apropriado pelos especialistas e gestores de
comunicação, do que uma prática efetiva no quotidiano das organizações.
Curvello (2006) defende que uma das razões para o fato de serem poucos os resultados
das assessorias de comunicação integradas podem estar na própria gênese do conceito.
Para o autor em referência,
O fato é que, mesmo o conceito sendo debatido por vários autores e estar bem
elaborado, a prática é outra, principalmente quando se fala de pequenas organizações. A
implantação de uma efetiva Assessoria de Comunicação Integrada requer uma estrutura
adequada, com diversos profissionais de muitas formações, o que é inviável quando se
leva em conta os orçamentos de muitas organizações para a comunicação. Além disso,
deve ser precedida por uma política da área, o que normalmente emperra já na diretoria.
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COMUNICAÇÃO E
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2.5 FERRAMENTAS E CANAIS DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
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COMUNICAÇÃO E
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2.5.2 Artigos
Para Kopplin e Ferraretto (2001), o artigo é um texto opinativo, cuja redação final é
dada pelo jornalista com base em um esboço elaborado pelo assessorado e que se destina
à publicação nos espaços reservados às editorias de opinião dos veículos. Mas eles
destacam que “é preciso ter claro que o assessor vai dar apenas um tratamento jornalístico
ao texto, mas as ideias e estrutura básica são criadas pelo assessorado. Caso contrário,
recai-se em uma prática que vai de encontro à ética profissional” (IDEM, 2001, p. 61).
Mafei (2004) destaca que a publicação de um artigo mostra que, como autor, esse porta
voz da organização está credenciado para dar importantes contribuições à discussão de
determinado assunto de interesse público, relacionado à atividade.
2.5.4 Clipping
De acordo com Kopplin e Ferraretto (2001, p. 116), “coletar e arquivar todo o material
publicado sobre o assessorado, ou que possa interessá-lo, é a função principal da taxação,
também conhecida como clipagem ou clipping”. Para os autores, “além de manter o
cliente informado, constitui-se em uma forma de prestar contas, mostrando o resultado
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COMUNICAÇÃO E
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do trabalho de divulgação” (IDEM, 2001, p. 116). Eles sugerem uma classificação para
o material de acordo com o interesse do assessorado: de interesse direto, indireto ou
secundário. Já Viveiros e Eid (2007, p. 81) estabelecem apenas uma diferenciação: o clipping
impresso – “levantamento, recorte e organização, em ordem cronológica ou remissiva,
de todas as matérias publicadas em jornais e revistas, sobre uma divulgação, um tema
específico, a empresa ou setor de atividade”- e o clipping eletrônico – “levantamento e
gravação de matérias veiculadas em rádios, televisões e webmídia”.
2.5.5 Comunicado
Palma (1994) diz que o comunicado contém uma informação para o uso do jornalista e
não para ser noticiada. “Seja a indicação de novo telefone ou endereço para contatos, seja
uma informação para facilitar a cobertura de um assunto que está sendo acompanhado
pelos veículos (IDEM, 1994, p. 210). Segundo Kopplin e Ferraretto (2001), em geral é a
indicação das formas de contato com uma fonte - endereço e números de telefone e fax.
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COMUNICAÇÃO E
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e aquisição, comunicado sobre desempenho financeiro e comercial de grandes
conglomerados, contratação de importantes jogadores de futebol, entre outros. Para a
autora, a regra é simples: merece entrevista coletiva o assunto que mobiliza as atenções e
têm impacto sobre a vida da população.
2.5.7 Fotos
Lemos e Gaudio (2006) explicam que house organ é o termo mais comum para designar
os veículos jornalísticos empresariais.
Os autores que tratam dos house organs se concentram mais na utilização como
veículos internos. Isso se deve às características que as publicações têm, sendo as
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COMUNICAÇÃO E
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externas mais semelhantes às do jornalismo nas redações. De acordo com Lemos e Gaudio
(2006), o noticiário traduz as políticas empresariais para uma linguagem mais acessível
e as conecta aos acontecimentos do cotidiano. Desse modo, as publicações contribuem
para constituir uma espécie de agenda da instituição, em que mesmo os temas mais
conflituosos podem ser tratados em abordagem que privilegie os aspectos unificadores.
Os autores destacam que, para ser lida pelos empregados, a publicação, além de tratar
dos assuntos que efetivamente interessam a eles, precisa adotar uma postura adequada.
Eles defendem que é preciso atitude respeitosa, assim como honesta, aberta, oportuna
e receptiva. E apontam como veículos empresariais: informativo/boletim, informativo
digital, jornal, newsletter, mural, intranet, revista, programa de TV, programa de rádio,
outdoor.
Para Torquato (2002), entre as escolhas dos canais de comunicação interna estão a
dimensão espacial de suas unidades centrais e periféricas, os tipos de público que se quer
atingir e a periodicidade das mensagens. O planejamento estratégico da comunicação
levará em conta a natureza dos canais jornalísticos e sua integração aos canais das
comunicações gerenciais e administrativas. Torquato (2002) tem uma visão otimista do
veículo de comunicação interno. Para o autor, “é o instrumento mais apropriado para
resolver problemas gerados pela burocratização, estabelecendo portas informais entre
os empregados. Suas vantagens podem ser medidas sob diversos ângulos (2002, p. 58). E
completa:
Bahia (1995) aponta que os objetivos do jornal interno são recrear, educar e orientar
os empregados; estimular a sociabilidade e o espírito de compreensão entre empregados
e empregadores; aproximar uns e outros, inspirados pelo sentimento de integração;
divulgar as atividades sociais e produtos da empresa.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
reconhecimento da sua dignidade pessoal (IDEM, 1995, p. 38).
Fonte: http://blog.unimed.coop.br/blog/fiquepordentro/resource/Fotos_Materias_Imagem_Jornal_mu-
ral___Fique_por_Dentro.jpg. Acesso em Novembro 2017
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COMUNICAÇÃO E
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podem passar informações que gerem pautas interessantes. “Entre os procedimentos de
rotina é essencial manter-se informado sobre agendas, projetos, iniciativas, campanhas,
ações dos diversos departamentos” (IDEM, 2006, p. 247).
2.5.11 Mailing
2.5.12 Manuais
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COMUNICAÇÃO E
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formatados dentro da própria empresa. Os manuais mais comuns são de redação – que
orienta sobre a padronização de títulos, textos, siglas, para uso de releases e publicações
-, editoração – que define as características que deem uniformidade às publicações
jornalísticas de uma organização -, e relações com a imprensa – que dão aos dirigentes e
funcionários noções sobre a imprensa e como se relacionar com os jornalistas, podendo
ter ainda dicas de posicionamento e explicações sobre o próprio funcionamento da
Assessoria de Imprensa.
Mafei (2004) aponta que o media training é um treinamento específico oferecido pelas
assessorias aos clientes para prepará-los para atender à imprensa. “Durante o media
training, os assessorados passam por aulas teóricas e práticas. Aprendem a lidar com
microfones e câmeras, a identificar o que é notícia, a serem objetivos, claros e diretos.
Enfim, aprendem a falar com o jornalista em linguagem jornalística” (IDEM, 2004, p.
71). Estes treinamentos podem ser pontuais, realizados pela própria assessoria, ou mais
elaborados e completos, ministrados por profissionais especializados (IDEM, 2004).
De acordo com Kopplin e Ferraretto (2001, p. 63), a nota oficial é o “texto distribuído em
situações críticas que requerem um posicionamento forte e definido do assessorado. Pode ser
enviada aos jornais e/ou publicada como matéria paga”. Os autores esclarecem que, apesar
de não ser um texto nitidamente jornalístico, a nota oficial deve ser redigida sem chavões,
clichês, lugares-comuns, frases feitas, vícios de linguagem ou expressões excessivamente
empoladas. Palma (1994, p. 211) defende a utilização da nota oficial como último recurso: “Seu
uso, de maneira geral, restringe-se a circunstâncias, fatos ou assuntos excepcionais”.
Como explica Eid (2003), notas para os colunistas de jornais e revistas são um canal
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
excelente para divulgação. Mas é preciso levar em conta a exclusividade nestes casos.
“Ferir o compromisso de exclusividade, principal marca dos colunistas, além de antiético,
praticamente fecha as portas desse importante segmento da imprensa, que se alinha
entre os campeões de leitura da mídia impressa” (IDEM, 2003, p. 18). Viveiros e Eid (2007)
destacam que as colunas têm altos índices de leitura e grande visibilidade.
2.5.16 Press-kit
Lima (1985) aponta que press kit se trata de um envelope contendo fotos e textos
suficientes para que o jornalista de redação tenha condições de editar um material
completo sobre o assunto. O autor esclarece que essa peça normalmente é elaborada
com antecedência e utilizada para divulgar o lançamento de um novo produto ou uma
inauguração, ou seja, um evento de grande porte. Lima (1985, p. 107) destaca ainda que “[...]
o press kit deve ser praticamente igual, em termos de conteúdo jornalístico, à cobertura
que seria feita pelo jornalista se estivesse no local do evento”.
Mafei (2004, p. 67) esclarece ainda que os dois lados saem ganhando: “a imprensa,
porque tem informações mais completas em mãos e pode investir em questões que
julga prioritárias durante a entrevista; e a organização, porque tem mais chance de ter
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
informações corretas veiculadas sobre si nos meios de comunicação”. Lima (1985, p. 90)
cita a importância da comunicação integrada para a realização deste produto: “O press kit
exige a sensibilidade de um editor, a criação de um publicitário, o planejamento de umas
relações públicas e a redação jornalística apurada”.
2.5.17 Publieditorial
Duarte (2003, p. 251) descreve o publieditorial como “material pago veiculado sob a
forma de matéria jornalística e muitas vezes produzido por assessores de imprensa sob
encomenda de agências de publicidade”. É conhecido como Informe Publicitário. Sobre
ele, Duarte (2003) ainda diz que a forma de apresentação pode criar no leitor desatento
uma fronteira imperceptível entre o conteúdo editorial e a publicidade. “É papel do
assessor, orientar no sentido da caracterização do material como publicidade, não apenas
em respeito ao público, mas também para manutenção da credibilidade da organização
em que atua nas redações” (IDEM, 2003, p. 251).
2.5.18 Release
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COMUNICAÇÃO E
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ter os nomes de empresas, porta-vozes e locais escritos corretamente;
destacar os contatos da assessoria de imprensa; trazer o logotipo da
assessoria e da organização; ser datado (MAFEI, p. 70, 2004).
Já Monteiro (2006, p. 141) explica com esta produção de notícias para serem divulgadas
pela mídia, “as instituições inserem-se no espaço público, construindo não apenas uma
representação de si mesma (mais conhecida por ‘imagem institucional’), como também
a realidade do campo e que atuam”. Todas estas recomendações se encaixam melhor
quando os destinatários destas informações forem os veículos impressos. Com relação
à rádio e televisão, Kopplin e Ferraretto (2001) destacam que são mais comuns quando
há divulgação de eventos. “Isso porque o assessor de imprensa não pode ter a pretensão
de atingir com relises os principais noticiários [...] que vivem do fato extremamente atual
[...]” (p. 62). Nestes casos, sugerem os autores, é interessante que sejam utilizados contatos
telefônicos para sugestões de agendamento de entrevistas.
O mais usual hoje é que os releases cheguem às redações através de e-mails. Sobre o
release eletrônico, Penteado Filho (2006) diz que é preciso identificá-lo bem para poupar
o tempo do jornalista, fazendo com que o título já tenha um resumo do que se trata.
“Em geral, no final vêm as orientações sobre como contatar a organização e o autor da
mensagem e – importante – como fazer para ser retirado da lista de destinatários se não
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COMUNICAÇÃO E
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quiser mais receber os releases” (p. 350). Essa caracterização é muito importante, já que,
assim como a Internet facilitou o envio destes materiais, as redações recebem centenas
de e-mails, muitos deles com assuntos que não lhes interessam.
2.5.19 Site
62
COMUNICAÇÃO E
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de aproximar jornalistas da organização. Estas visitas - individuais ou em grupo –
estimulam o acesso às fontes e aumentam o conhecimento sobre a organização. “Um
programa deste tipo talvez não busque a veiculação imediata de uma notícia, mas a
melhoria do relacionamento [...] (p. 254). O autor aponta que é preciso ter cuidado com
as regalias, que podem não ser bem vistas pelas redações, apesar de muitas vezes serem
aproveitadas. Torquato (2002) aponta que há pouco engajamento neste tipo de esforço de
comunicação, assim como em cursos organizados para jornalistas, principalmente pela
pequena disponibilidade de tempo destes profissionais.
Com a grande adesão das mídias sociais pela população brasileira nos últimos anos,
elas se tornaram ferramentas importantes na para a comunicação. Com acesso fácil e
possibilidades de interação, as redes online ganham cada dia mais espaço e precisam
fazer parte das estruturas de comunicação das organizações. Sobre a importância da
comunicação em redes, Capra (2002, p.267), diz que:
FÓRUM
Exercício
Agora que você conhece diversas ferramentas de comunicação. Identifique ao
menos uma delas que seja usada por uma empresa da sua escolha. Poste a ferramenta no fórum
de discussão com o registro do exemplo e para qual público está destinada esta comunicação.
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COMUNICAÇÃO E
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2.6 PÚBLICO ALVO
Figura 06: Ilustração: seleção de público
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COMUNICAÇÃO E
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Público externo: clientes, concorrentes, governo, imprensa, fornecedores,
comunidade em geral.
Ao definir quais destes públicos a comunicação quer atingir, fica mais fácil de escolher
como fazê-la, escolhendo o canal, a ferramenta e a forma de linguagem a ser utilizada.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Se você se interessou por este mundo da
comunicação organizacional, uma excelente
obra para aprofundar os conhecimentos acerca do tema é
o “Tratado de Comunicação Organizacional e Política”, de
Gaudêncio Torquato. O autor é referência na área e o livro se
destaca pelo cunho profissional ao apresentar um referencial
prático para utilização dos conceitos relacionados à comu-
nicação em empresas privadas, órgãos da administração
pública e entidades do terceiro setor, valendo-se de uma
abordagem ampla e clara.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade você viu que a Assessoria de imprensa trata basicamente do fluxo de
informação entre a empresa e a mídia, e que ela pode ter uma estrutura mais robusta,
passando a ser chamada de assessoria de comunicação, que agrega à assessoria de
imprensa profissionais de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda.
Vimos ainda que a Assessoria de Comunicação Integrada soma ainda as estruturas
de Marketing e Endomarketing e que, independentemente do tamanho da estrutura, os
profissionais que trabalham na área de comunicação precisam ser dinâmicos e atentos às
mudanças do mundo.
Para finalizar, você aprendeu que os públicos alvo podem ser internos e externos e
subdivididos em vários grupos e que existem muitas ferramentas de comunicação para
as empresas utilizarem a seu favor. A partir daqui, trataremos de forma prática como
estes conhecimentos se desdobram em um plano de comunicação.
ATIVIDADE AVALIATIVA
QUESTÃO 1
Existem diversas formas de estrutura empresarial para trabalhar a comunicação
interna e externa. Com base nos estudos desta unidade, assinale a alternativa que
consiste nas áreas que devem formar uma assessoria de comunicação empresarial.
(A) Jornalismo; Marketing; Publicidade e Propaganda
(B) Marketing; Relações Públicas; Publicidade e Propaganda
(C) Recursos Humanos; Jornalismo; Relações Públicas; Publicidade e Propaganda
(D) Jornalismo; Relações Públicas; Publicidade e Propaganda
(E) Jornalismo; Marketing; Diretoria
QUESTÃO 2
Qual das ferramentas de comunicação abaixo têm como função principal chamar
a atenção dos jornalistas para um assunto que pode virar notícia, dando visibilidade à
organização nos meios de comunicação em massa:
(A) Release
(B) Jornal Mural
(C) Nota oficial
(D) Site
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
(E) House Organ
QUESTÃO 3
Na comunicação empresarial há dois grupos que precisam ser conhecidos e pensados
cotidianamente: o público interno e o público externo. Assinale a alternativa que
contempla integrantes do público externo:
(A) Clientes, colaboradores, governo, imprensa, fornecedores, comunidade em local
(B) Familiares, concorrentes, governo, fornecedores, comunidade.
(C) Clientes, concorrentes, governo, imprensa, fornecedores, comunidade em geral.
(D) Funcionários, diretores, fornecedores e seus familiares
(E) Clientes, concorrentes, diretoria, imprensa, fornecedores, comunidade em geral.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
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68
COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
3
unidade
COMUNICAÇÃO
INTERNA E
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INTRODUÇÃO À UNIDADE 3
Nossos estudos até aqui caminharam de forma a apresentar para você a parte estrutural
dos processos de comunicação, principalmente como eles devem ser organizados e que
ferramentas existem para colocá-los em prática.
Você certamente se lembra que ao final do módulo II estudamos os públicos alvo da
comunicação organizacional, que podem ser divididos em dois grandes grupos: o público
interno e o externo. Vimos também uma série de ferramentas que devem ser usadas para
operacionalizar essa comunicação. São meios para fazer com que a sua mensagem chegue
no público alvo, alguns mais apropriados para os públicos externos (releases, entrevistas,
site) e outros para o interno (mural, house organ).
Nesta seção, vamos aprofundar os conhecimentos sobre a comunicação interna nas
empresas, pensando em como acontece seu planejamento e quais conteúdos podem e
devem ser tratados para mobilizar o público interno.
O intuito desta unidade é que você consiga enxergar de maneira prática como o
endomarketing e todas as suas ferramentas podem contribuir com a gestão de uma
organização. A comunicação interna, a identidade visual e tudo mais que envolve a
cultura da empresa aparecem neste capítulo de forma a compreendermos como usar
estes conceitos para motivar o púbico interno e melhorar a imagem da corporação.
É impossível pensar a comunicação de hoje sem fazer uma breve reflexão sobre
o momento que vivemos. É imprescindível pensarmos na relação da comunicação
70
COMUNICAÇÃO E
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empresarial com a evolução da sociedade nas últimas décadas e como mudaram as
relações do consumidor e dos colaboradores com as empresas e com as marcas.
PARA PENSAR
Você deve se lembrar de quando era criança e seus pais ou responsáveis
resolviam comprar um eletrodoméstico novo. Uma geladeira, por exemplo. Com a
decisão, começava uma jornada que incluía colocar a família no carro em um sábado e passar
por diversas lojas anotando preços, formas de pagamento e se informando com os vendedores
sobre as características de cada produto. Só depois desta jornada é que finalmente a geladeira
era escolhida e comprada.
Há alguns anos este processo mudou drasticamente e transformou por completo o processo
de compras no mundo tudo. Quer saber como? Pare agora e pense no último bem de valor que
você comprou. Pense como foi a jornada. Certamente você pesquisou tudo sobre as caracterís-
ticas deste bem, os preços dentro e fora do Brasil e só foi à loja física para conhecer o produto
pessoalmente ou fugir do custo do frete. Lá, na loja, você não precisa mais do vendedor para lhe
dar muitas informações, seu celular pode fazer isso para você.
Esta mudança na forma de relação com o mundo também se faz presente dentro das empre-
sas. Você trabalharia, por exemplo, em uma empresa que utiliza mão de obra escrava? Que polua
o Meio Ambiente? Ou que esconda a origem da matéria prima que dá base aos seus produtos?
Para atender a este novo momento da sociedade, a comunicação deverá estar adequada
aos nossos tempos e passar aos públicos interessados, mensagens de transparência e respeito,
com a agilidade, simplicidade e clareza exigidas pela era digital. É neste contexto que precisa-
mos pensar a comunicação interna das organizações.
71
COMUNICAÇÃO E
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1. Em primeiro lugar, o público interno é o mais próximo à empresa. Logo, seu
comportamento no ambiente desempenha um papel importante na sua vida.
Qualquer mensagem que influencie seu trabalho influencia também na vida
pessoal.
2. A publicação interna pode ter como fonte de informação os próprios colaboradores,
dando para eles reconhecimento e valorização do conhecimento.
3. A comunicação interna pode ter também mensagens que interessam às famílias
dos colaboradores, aproximando todos da empresa, criando vínculos.
4. Lendo a publicação, o trabalhador poder formar um estado psicológico favorável
ao bom desempenho de suas atividades.
5. Com conhecimento das atividades, os colaboradores se transformam em porta-
vozes dos benefícios, promoções e serviços relevantes que a organização possui.
72
COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
PARA PENSAR
Evite temas políticos, religioso e demais assuntos que possam causar desconfor-
tou ou discussão entre pessoas com pensamentos opostos.
Abuse em contar histórias e fatos curiosos da vida de colaboradores. Todos gostamos de ser
reconhecidos e de falar sobre nós mesmos.
Cahen (1990) apresenta em sua obra diversas indicações de como construir conteúdos
que contribuam com a construção da imagem da empresa. Estas dicas podem ser
utilizadas tanto em mensagens externas (público externo), quanto para o público
interno. Vamos conhecer na sequencia algumas das mensagens que o autor chama de
“mensagens preferenciais”, que nada mais são do que informações que devem estar
subliminarmente em todas as formas de comunicação. Como neste capítulo estamos
tratando dos conteúdos para dentro da organização, o desafio é pensar de que forma
estas mensagens podem ser comunicadas nos canais internos. Vamos a elas, conforme o
quadro 2:
73
COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
8 – Somos bons clientes: há compromisso com os fornecedores e processos de qualidade na esco-
lha de quem pode fornecer insumos à empresa.
9 – Somos bons patrões: pagamos salários alinhados com o mercado, valorizamos as pessoas,
investimos no crescimento pessoal e profissional dos colaboradores.
10 – É bom trabalhar nesta empresa: há oportunidade de crescimento e ambiente que proporciona
qualidade de vida a todos. Além disso, contratamos gestores técnicos e com excelente nível profissio-
nal.
Fonte: Cahen (1990)
PARA PENSAR
O quadro 2 indica dez mensagens que podem ser incorporadas nas comunica-
ções de toda organização. Entretanto, é preciso ter claro que vivemos – cada dia
mais – a era da informação e da transparência. Por isso, é necessário que as mensagens propa-
gadas tenham base em fatos reais, que realmente façam parte da cultura da organização. Caso
contrário, a mensagem transmitirá uma mentira que facilmente será descontruída pelo mercado
e gerará uma crise de imagem. Resultado inverso do que buscamos ao trabalhar a comunicação
empresarial.
FÓRUM
Agora que você conhece características mais técnicas das publicações
internas, o desafio é encontrar materiais internos de empresas que você conhece
e publicar no fórum de discussão ressaltando algum aspecto que você aprendeu neste módulo
e achou interessante. Faça uma pequena análise do material que você escolher, levantando
críticas e/ou qualidades da publicação que for postar.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
3.3 ENDOMARKETING
75
COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
Segundo Kotler (2000),
Para ficar mais claro, é importante ressaltar que Endomarketing ou marketing interno
são sinônimos, e a origem do termo endomarketing é atribuída ao pesquisador Saul
Faingaus Bekin. Criado em 1975, o termo só se difundiu no Brasil na década de 1990
quando as empresas buscam melhorar seus processos de comunicação interna.
Segundo Bekin (2004), considerado pioneiro do conceito, a definição de endomarketing
se dá na seguinte maneira:
O professor Bekin difundiu este conceito porque concluiu que as pessoas não estavam
devidamente comprometidas com seus trabalhos e tampouco conheciam as empresas
onde trabalhavam. Ele percebeu que eram necessárias ações para comprometer os
colaboradores, promover uma integração entre as pessoas e departamentos e também
melhorar os produtos e serviços a partir da motivação e participação de todos os
envolvidos na organização.
Neste sentido, Pimenta (2002) resume que o endomarketing envolve ações de marketing
para o público interno, reforçando a importância de cada colaborador nos processos
internos e levando em conta a condição humana de todos, com suas potencialidades e
dificuldades. Ainda segundo a autora, um programa de endomarketing deve seguir três
premissas:
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
1 – Clientes merecem serviços de excelência
2 – Funcionários são um ativo valioso
3 – Para se conseguir é excelência é necessário ter motivação
Perceba que o colaborador é a peça central na aplicação do endomarketing. Ele deve ser
o público prioritário das ações desenvolvidas, que precisam ter como objetivo promover
a motivação e a busca pela excelência. Sobre isso, Kotler (2000) reforça que
Para conseguir esta motivação, há uma série de fatores que precisam ser trabalhados.
Entre eles, Pimenta (2002) destaca alguns:
A autora traz ainda alguns requisitos que precisam ser considerados para a criação de
um programa de endomarketing que realmente seja exitoso:
• Ter bom senso e admitir que a organização tem problemas a serem superados
• Reconhecer a necessidade de envolver os colaboradores na resolução de problemas
• Manter os colaboradores informados sobre tudo que acontece na empresa
• Ter persistência e determinação
• Avaliar constantemente os processos e os envolvidos neles
• Enfrentas os conflitos e as resistências naturais às possíveis mudanças
• Demonstrar honestidade de propósito
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
PARA PENSAR
“Empresas de serviços gerenciados com excelência acreditam que as rela-
ções entre os funcionários afetam as relações com os clientes. A gerência realiza
o marketing interno e recompensar os funcionários pelo bom desempenho, além de apoiá-los. A
gerencia pesquisa regularmente a satisfação dos funcionários com relação ao trabalho. ” (Kotler,
2000, p.464)
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
O “Valeu!” funciona da seguinte forma: todos os colaboradores, do chão de
fábrica à diretoria, a cada dois meses, ganham uma raspadinha, que contém um
dos valores da empresa. Ao raspar, eles devem indicar um colega que se destaca
pela prática deste valor e depositar o voto em uma urna. No final do período de
votação, a equipe de Comunicação Institucional, responsável pelo programa,
soma os votos e os válida. Na justificativa, só valem ações relacionadas ao am-
biente de trabalho e devem ser plausíveis, caso não sejam, o voto não é compu-
tado no ranking.
O ranking é bimestral e tem também o acumulado do ano. Os três colaborado-
res mais votados do bimestre participam de um evento de reconhecimento com
a presença da diretoria, gerentes e gestores, com direito a brinde com espu-
mante sem álcool. Eles ganham um kit com camisetas que passam a ser usadas
como uniforme, sendo reconhecidos no dia a dia pelos colegas como “gente que
faz a diferença”, estimulando ainda mais o comportamento e as atitudes positi-
vas. O diretor-geral da empresa faz questão de reconhecer publicamente aqueles
que mais ouviram a expressão “Valeu!”. “O elogio e o clima agradável sempre
foram marcas da Brandili e esse tipo de programa aponta para os colaborado-
res que nós pretendemos seguir neste caminho. Nosso desafio é manter essa
cordialidade sempre, mesmo com os desafios do crescimento previsto para os
próximos anos”, comenta o Diretor Geral da Brandili, Eduardo Bertoldi de Salvo.
Além da votação do “Valeu!”, os gestores de todas as áreas receberão nesta
edição, cujas votações começaram no fim de março, um material de treinamen-
to sobre como elogiar mais e praticar feedbacks positivos. A ideia é que todos
saibam como valorizar os colaboradores e as equipes, aproveitando várias situ-
ações do dia a dia. “Às vezes, a rotina nos impede de identificar oportunidades
valiosas de reconhecermos alguém e não podemos esquecer que essas atitudes
são fundamentais e contribuem para a satisfação com a empresa e com a produ-
tividade individual e das equipes”, finaliza Claudia.
Você já deve ter percebido que o processo de endomarketing exige uma série de ações
para ser colado em prática com resultados reais para a organização. Na primeira parte
deste capítulo, estudamos a comunicação interna e como ela pode ser materializada em
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
publicações com temas importantes. Estas publicações são uma das ferramentas dentro
de um processo de endomarketing. Agora, na seção a seguir, veremos outra destas
ferramentas: identidade visual, marca e a forma de gerir tudo isso, que chamamos de
branding.
Figura 02: como a identidade visual pode ser comunicada em vários canais.
Kotler (2000) nos lembra que vivemos em uma sociedade marcada por uma sobrecarga
de estímulos sensoriais, onde as empresas competem para obter atenção em um mundo
de pessoas cada vez mais dispersas e atarefadas. Por isso, as organizações precisam de uma
identidade visual para que o público possa reconhecê-las imediatamente. Esta identidade
visual deve ser transmitida ao público por diversos meios. Entre eles, logotipos, marcas,
cartões e papéis timbrados, folhetos, cartazes, formulários, cartões de visita, instalações,
uniformes e vestuário, cores, formatação de site e redes sociais, etc.
Mas antes de avançarmos é importante ressaltar que a palavra “identidade” tem grande
importância neste processo. Porque é a “identidade” que dá base para a construção da
marca visual da empresa. É a “identidade” da organização que dá a direção, o propósito e
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
que aponta o norte para onde o “visual” deve levar os clientes e todos os demais públicos.
É com o “visual” que deixamos a “identidade” clara para todos os públicos.
É muito comum que a marca seja o principal elemento a ser gerido para representar
esta identidade corporativa que tratamos no último estudo. É por meio da marca que
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
as corporações transmitem seus valores, suas crenças, sua forma de relação com a
comunidade, suas tradições e cores. Para o pai do Marketing, “talvez a habilidade mais
característica dos profissionais de marketing seja sua capacidade de criar, manter,
proteger e melhorar uma marca. ” (Kotler, 2000, p. 426).
Mas uma marca é um símbolo ainda mais complexo. Ela pode trazer
até seis níveis de significado: 1. Atributos: uma marca traz à mente
certos atributos. 2. Benefícios: os atributos devem ser traduzidos
em benefícios funcionais e emocionais. O atributo ‘durável’ poderia
traduzir o benefício funcional “não terei de comprar outro carro por
muitos anos”. O atributo ‘caro’ traduz o benefício emocional “o carro me
faz sentir importante e admirado”. 3. Valores: a marca também diz algo
sobre os valores da empresa. 4. Cultura: a marca pode representar certa
cultura. 5. Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade.
6. Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que compra ou usa
o produto.
Por isso, é fundamental ter em mente que os significados mais permanentes de uma
marca são os valores, cultura e personalidade que ela representa. São essas características
que trazem a essência da corporação para identidade visual.
Essa reflexão é importante porque ainda há muitos profissionais que entendem que
marca é apenas um símbolo gráfico que dá “a cara” da empresa, mas precisamos reforçar
que uma marca envolve tudo aquilo que representa o negócio.
Por exemplo, o ronco característico de uma moto Harley Davidson é parte da sua marca.
Prova disso é que a empresa patenteou o barulho e, desde a década de 90, nenhuma outra
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
motocicleta pode se arriscar a copiá-lo.
Pense também no toque do seu celular, dependendo da fabricante há um toque padrão
bastante característico que faz parte da marca. E esses atributos não envolvem apenas
sons, como também cores, tipografia e formas: como as três listras da Adidas ou o sabor
da coca-cola.
Podemos entender, então que marca é um conjunto de elementos que nos faz
diferenciar determinado produto ou serviço dos demais.
CURIOSIDADE
Conheça como foi a construção da marca das Olimpíadas do Rio de
Janeiro
Por agência Tátil
Imagine o desafio de criar uma marca para 7,5 bilhões de pessoas e traduzir, em um
único símbolo, o encontro do espírito olímpico com a alma da nossa cidade. Nosso projeto
não tinha um único target. Nosso target era o mundo todo.
DESAFIO
Imagine o projeto dos sonhos. A marca não comercial mais valiosa do mundo. O
sistema de identidade visual mais complexo do planeta. E a missão de traduzir em um
único símbolo o encontro da alma carioca com o espírito dos Jogos Olímpicos. Uma marca
que precisava expressar união, despertar superação e otimismo. Impactar milhões de
pessoas no mundo todo. E ainda cumprir os 12 itens de um briefing bastante desafiador:
– Ser inovadora
– Refletir a cultura local
– Evitar estereótipos
– Estar alinhada com os Valores Olímpicos
– Inspirar e emocionar os diversos públicos
– Ser dinâmica
– Ser alegre
– Refletir o jeito apaixonante de celebrar do brasileiro
– Refletir o jeito carioca de viver e receber
– Ter entendimento universal
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
– Gerar alto valor agregado
– Manter-se atual até 2016
Um projeto tão importante e desejado que reuniu 139 agências em torno da maior
concorrência de design do mercado brasileiro: a criação da marca dos Jogos Olímpicos
Rio 2016.
SOLUÇÃO
Mais do que a forma, era preciso desenhar a estratégia. Mergulhar nos contextos das
edições anteriores, investigar a nossa própria alma. Definir uma essência e um propósito
de marca capazes de demarcar um território único e diferenciador, que garantisse não
apenas a originalidade da solução de design, mas também a riqueza de conceitos e o
alinhamento ao longo do tempo de todas as expressões.
Mais de 100 pessoas participaram do processo, entre estrategistas, designers e
redatores, com as melhores referências e ideias sendo trocadas e trabalhadas de forma
coletiva. O resultado é uma marca humana, feita da mistura de povos, atletas e culturas.
Uma marca que acolhe com um abraço e tem um jeito apaixonante de celebrar. Uma
forma que revela o Pão de Açúcar e é espelho vivo da natureza exuberante do carioca e da
cidade. Uma marca-escultura, infinita, tridimensional, que ganha texturas, vira forma,
objeto. Feita para ser experimentada. A primeira marca tridimensional da história dos
Jogos Olímpicos. Um convite e uma inspiração para o Rio e para o mundo.
RESULTADO
A marca mais bem avaliada de toda história dos Jogos. Apenas no lançamento, foram
mais de 25 mil referências nas redes sociais, com transmissão de TV por satélite para
mais de 50 países. Desenhamos ferramentas estratégicas que orientaram o trabalho de
parceiros, garantiram a gestão da marca e o alinhamento de todas as suas expressões. O
resultado é a construção de uma marca forte e consistente. Uma marca relevante para o
contexto e para seus públicos ao longo do tempo. Uma MARCA VIVA.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
Figura 04: Evolução da marca
3.6 BRANDING
Seria ótimo que nós pudéssemos vencer todos os desafios de comunicar uma empresa
para o mercado interno e externo apenas criando uma identidade visual e uma marca.
Mas esse é apenas o começo do trabalho. Depois disso, gerir esta marca é que surge como
o grande desafio atual e é exatamente essa gestão de marca que conceitua o Branding.
O Branding, então, nada mais é que uma estratégia de gestão da marca envolvendo
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
todas as ações que objetivam torná-la mais forte e mais presente no mercado, sendo
reconhecida por todos os públicos, e, mais do que isso, sendo admirada e desejada.
Como você já deve ter imaginado, esse é um trabalho que não para nunca. O Branding
precisa ser um esforço permanente para que – a médio e longo prazo – a marca crie
uma reputação de mercado. Logo, o maior intuito de uma estratégia de Branding é fazer
com que a marca construa uma aura positiva na cabeça do consumidor, tornando-a
inesquecível.
SAIBA MAIS
Brand é a tradução de “marca” para o inglês; logo, brand e marca são a mesma
coisa. Branding, por sua vez, diz respeito a um grupo de atividades que visam
gerir, divulgar e criar uma identidade para a marca. A variação de Brand e Branding é similar
à de Bench e Benchmarking, na qual Bench significa referência e Benchmarking é o processo de
fazer uma avaliação comparativa.
• Fonte: https://neilpatel.com/br/blog/branding/
Neil Patel, referência em marketing digital, explica em seu site que dentro do Branding
estão incluídas atividades como:
• Definição de valores e como trabalhar esses valores;
• Criação de personalidade da marca;
• Estratégias de divulgação;
• Design;
• Produção de conteúdo;
• Entre outros.
Ele diz ainda que é fundamental fazer com que o público se conecte com a sua
marca e alerta a necessidade de lembrarmos sempre que as pessoas estão cada vez mais
comprando “por que” você vende, e não “o que” você vende. Sendo assim, destacar
seu valor econômico é importante, mas a gestão de marca tem como maior finalidade
destacar seu valor simbólico.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
3.6.1 Branding na pratica
Ok. Você chegou até aqui e pensou: e agora, por onde começar? Para clarear um pouco
a insegurança de partir para a prática, leia com atenção o quadro da sequência. Nele,
estudaremos sete estratégias que podem ser adaptadas para a realidade de qualquer
organização.
Posicionamento
• Valores: indicam o que é importante para a marca, sendo através deles que ela
espera se conectar com o público
• Tom de voz: define a maneira de se dirigir às pessoas, se mais formal ou des-
contraída, por exemplo
• Linguagem: estabelece e adota palavras e expressões cujo objetivo é ampliar a
sensação de identificação do público
• Canais: reconhece e prioriza os canais de comunicação que melhor represen-
tam a personalidade da marca
• Conteúdo: assim como os canais, a escolha da mensagem transmitida neles
deve atender aos valores e à personalidade da marca.
O ponto de venda, ou PDV, é o local onde o público tem contato com a empresa e
seus produtos e serviços. Lembre-se que no mundo atual, conectado, o PDV pode ser
um site. Então não pense somente em espaço físico como lojas próprias.
2. Ponto de venda
Seja como for, é preciso cuidar da aparência e garantir um ambiente que atenda à
sua identidade visual, que reforce o seu posicionamento e que favoreça os objetivos
traçados para a estratégia.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
A oferta de conteúdo de valor que ser usado para reforçar seus valores, como em
ações de marketing social, ambiental ou institucional são muito importantes para
3. Marketing de
envolver o público e construir uma imagem positiva em torno da marca.
conteúdo
Esse conteúdo pode ser apresentado a partir de textos em blog ou redes sociais,
também e-book, audiobooks, infográficos, etc.
Você pode pensar que esses canais são usados mais para a interação entre
amigos e familiares, mas não se engane, há muita gente seguindo, interagindo
(reclamando também) e consumindo marca através deles. Seguem algumas
dicas:
• Usar as publicações para reforçar sua identidade visual, com destaque
para o logo e as cores.
4. Redes sociais
• Usar as publicações para reforçar seu posicionamento, dando ênfase aos
valores e à personalidade da marca
• Entregar conteúdo de qualidade para que as pessoas se sintam atendidas
em suas necessidades
• Interagir com a audiência, respondendo a todos os comentários, especial-
mente os negativos.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
As ações de marketing de experiência tem por objetivo mexer com os sentidos do
consumidor, despertar sentimentos, provocar ações e pensamentos.
Pense se você gosta de ser surpreendido com alguma relação de experiência com
marcas. Geralmente as pessoas gostam disso e se identificam com a marca, desde
que a estratégia venha acompanhada dos seus 3 Vs – verdade, vontade e valor.
6. Marketing de
O tradicional test drive em concessionárias de veículos é um bom exemplo de marke-
experiência
ting de experiência.
Espaços temáticos também são exemplo, como um restaurante mexicano em que
você tem comida, música e decoração típicas.
Levar uma campanha às ruas promovendo alguma ação pública é sempre uma
possibilidade interessante, se bem planejada.
Veja que voltamos a tratar aqui do Endomarketing, mas agora para ressaltar a
importância dele neste processo de gestão da marca. Isso é fundamental porque
tudo o que você definiu como posicionamento da marca, seus valores, linguagem e
as próprias ações que planeja adotar precisam fazer sentido dentro da sua cultura
organizacional.
Isso significa que se um colaborador da organização não se identifica com a sua
marca (seus valores e atributos), ele poderá causar ruídos para fora dos muros da
7. Endomarketing empresa. Por vezes, basta uma oportunidade para esta falta de alinhamento se tornar
pública.
Por exemplo, se um cliente procura atendimento descontente com a marca, ele pre-
cisa ser compreendido em sua queixa, mas não descobrir através de um colaborador
insatisfeito que a empresa fala uma coisa, mas faz outra.
Também as redes sociais são um terreno fértil para algo diferente da personalidade
da marca acabar escapando.
Sendo assim, lembre-se sempre de transmitir para dentro tudo que for transmitido
para fora da organização.
Fonte: https://neilpatel.com/br/blog/branding/, acesso em maio de 2019
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
Por isso, as ações de marketing interno que passam a fazer parte do dia a dia da empresa
são maneiras de comunicação para o público alvo mensagens claras de que: somos assim,
trabalhamos assim, fazemos esta diferença. Sendo assim, o endomarketing permite à
empresa a promoção de valores culturais que devem melhorar o comprometimento e o
desejo dos colaboradores de fazerem parte da organização.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Escrito por Kevin Lane Keller, professor
de Marketing que já lecionou em instituições
renomadas como Stanford e Berkeley, o livro é referência
sobre o tema que tratamos nesta unidade. Nesta obra, o Keller
adaptou os temas para a realidade do mercado brasileiro ofe-
recendo uma ferramenta mais completa de gestão de marcas
especial para nós, o que tornou o livro uma referência para a
área. Não deixe de ler!
INDICAÇÃO DE FILME
Nesta unidade falamos muito da comu-
nicação como ferramenta para a construção
de marca para fora e para dentro das organizações. O filme
Fome de Poder conta a história do surgimento do MCDonalds
e, deixando de lado os maus exemplos de falta de ética, mos-
tra de forma interessante como foram sendo pensados os
diferenciais que tornam a marca reconhecida no mundo todo.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade você viu que a comunicação precisa estar alinhada com os tempos
atuais e como mudaram as relações do consumidor e dos colaboradores com as empresas
e com as marcas. Para isso, é importante pensar quais conteúdos são relevantes e como
eles estão conectados com a cultura da organização.
Vimos que as mensagens na publicação interna não precisam se limitar a
acontecimentos e fatos de interesse da direção da organização, mas sim do público a que
se referem e que o endomarketing consiste em ações de marketing dirigidas ao público
interno.
Ao final, estudamos que a Identidade visual é a forma gráfica utilizada pela empresa
para demonstrar seu conjunto de valores e crenças e que a Marca é um símbolo que deve
remeter esses valores.
Englobando tudo que você leu nesta unidade, vimos que a cultura organizacional é
um conjunto de crenças, costumes, sistemas de valores, normas de comportamentos e
formas de fazer negócios, que são peculiares a cada empresa.
ATIVIDADE AVALIATIVA
QUESTÃO 1
Qual a diferença entre identidade visual e imagem da corporação?
(A) A imagem é o que é apresentado de maneira gráfica, refletindo os valores da
organização. Já a identidade visual é como as pessoas enxergam a empresa, como os
públicos imaginam que ela é a partir dos estímulos visuais.
(B) A identidade visual é o que é apresentado de maneira gráfica, refletindo os valores
da organização. Já a imagem é como as pessoas enxergam a empresa, como os públicos
imaginam que ela é a partir dos estímulos visuais.
(C) A imagem corporativa é o que reflete os valores da organização. Já a identidade
visual é como os públicos imaginam que ela é a partir dos estímulos visuais.
(D) Os estímulos visuais fazem com que o público externo reconheça a imagem da
organização e possa construir a identidade visual de acordo com o que cada um enxerga.
(E) A identidade visual é o que é apresentado de maneira gráfica, refletindo os o que
as pessoas imaginam de cada organização. Já a imagem é como as pessoas enxergam a
empresa a partir dos estímulos visuais.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
QUESTÃO 2
O endomarketing ou marketing interno se difundiu no Brasil apenas na década de
1990. Este conceito, que deve fazer parte da estratégia de qualquer organização, tem
como objetivo:
(A) comprometer os colaboradores, promover uma integração entre as pessoas e
departamentos e também melhorar os produtos e serviços a partir da motivação e
participação de todos os envolvidos na organização
(B) comprometer os colaboradores a aumentar o lucro das empresas, fazendo com que
todos conheçam os produtos e serviços para vender mais
(C) promover uma integração entre clientes e fornecedores para melhorar os produtos
e serviços a partir da motivação e participação de todos
(D) melhorar os produtos e serviços a partir da motivação e participação de todos os
envolvidos interna e externamente na organização
(E) comprometer os colaboradores e clientes para promover uma integração entre as
pessoas e departamentos e também melhorar os produtos e serviços a partir da motivação
e participação de todos os envolvidos
QUESTÃO 3
Ao final deste capítulo é importante que você busque identificar na prática como os
conceitos estudados até aqui podem ser aplicados nas organizações. Agora, sob orientação
do tutor, junte-se em grupo e apresente uma empresa de sua escolha demonstrando
como a identidade visual dela e utilizada para comunicar seus valores e crenças. Estude
se a empresa escolhida tem algum programa de endomarketing e que canais usam para
motivar e engajar seus colaboradores. Faça uma apresentação em powerpoint e apresente
aos colegas da turma. Boa sorte!
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing: Como praticá-lo com sucesso. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004.
CAHEN, Roger. Tudo que seus gurus não lhe contaram sobre comunicação empresarial.
Best Seller/Nova Cultural, 1990.
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ENDOMARKETING
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
4
unidade
PLANO DE
COMUNICAÇÃO E
ORATÓRIA
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
INTRODUÇÃO À UNIDADE 4
Desde o início desta disciplina você já teve acesso a diversos conceitos e práticas de
elementos que compõem o processo de comunicação e endomarketing. Desde o conceito
básico de comunicação até estratégias para motivação de colaboradores a partir da
definição de temas para a comunicação interna. Agora, no último capítulo desta jornada,
vamos entender como todos estes elementos podem ser pensados para integrar um plano
de comunicação.
Planejar, você sabe, é o primeiro passo para alcançar qualquer objetivo. Até porque,
é planejando que você consegue saber onde está, onde quer chegar e qual o melhor
caminho para atingir o objetivo proposto. Este será o nosso desafio nas próximas lições.
Vamos em frente.
Ao final deste capítulo você estará apto a construir um plano de comunicação levando
em conta todos os canais, públicos e formas de linguagem. Além disso, a comunicação
oral também será tema desta seção. Você conhecerá as técnicas de oratória que facilitarão
a sua comunicação pessoal, pois vencer o medo de falar em público com técnicas simples
pode ser fundamental para que as estratégias descritas no Plano de Comunicação sejam
implementadas com sucesso.
Kunsch (2003) nos convida a pensar que planejar é, sobretudo, um ato de inteligência.
Ela defende que trata-se de um modo de pensar sobre determinada situação, questionando,
estudando as possibilidades, definindo estratégias e estabelecendo objetivos.
Podemos entender, então, que planejar é o processo de decidir o que e como fazer, antes
de fazê-lo, estimulando a organização a tomar uma atitude proativa, sem improvisações.
Por se tratar de um processo, Corrêa (2004) defende que o planejamento é algo
dinâmico, que demanda atualização constante durante o período planejado. É, desta
forma, a determinação de objetivos e meios eficazes para alcançá-los, sendo um processo
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
de análise contínua do futuro.
Para complementar, Oliveira (2006) aponta que o planejamento serve para reduzir a
incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento
da probabilidade de alcance dos objetivos e dos desafios estabelecidos. Drucker (1962)
resume que o planejar é importante para avaliar as implicações futuras de decisões
presentes.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
Figura 01: Níveis de planejamento
a) Planejamento Estratégico
O Planejamento Estratégico ocupa o todo da pirâmide organizacional. Ele é
responsável pelas grandes decisões estratégicas que envolvem as organizações como
um todo. Caracteriza-se como de longo prazo, em constante sintonia e interação com o
ambiente. O Planejamento Estratégico visa buscar as melhores formas para gerenciar as
ações estratégicas das organizações, tendo por base as demandas sociais e competitivas,
as ameaças e oportunidades do ambiente, para que a tomada de decisões no presente
traga os resultados mais eficazes possíveis no futuro.
b) Planejamento Tático
O Planejamento Tático atua numa dimensão mais restrita e em curto prazo. Restringe-
se a certos setores ou áreas determinadas das organizações. É, portanto, mais específico
e pontual, buscando dar respostas às demandas mais imediatas, por meio de ações
administrativas e técnicas eficientes. Serve de meio ou instrumento para implementação
do Plano Estratégico, mediante a correta utilização dos recursos disponíveis com vistas
na obtenção dos objetivos propostos ou pré-fixados. Ocupa na hierarquia organizacional
um nível inferior ou intermediário à base operacional. Faz, portanto, a integração entre
os planejamentos estratégico e operacional.
c) Planejamento Operacional
O planejamento operacional é responsável pela instrumentalização e formalização,
por meio de documentos escritos, de todo o processo de planejamento, bem como das
metodologias adotadas. Controla toda a execução e procura corrigir os desvios em relação
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
às propostas sugeridas. Permite visualizar as próximas ações num contexto operacional.
Analisa mais detalhadamente os aspectos das Parte do pressuposto de que já exista um planeja-
variáveis externas às empresa, realiza o diagnóstico mento de marketing. E, com base neste, será ela-
e pode prever possíveis cenários, como resultado borada a estratégia de comunicação para auxiliar a
dessa análise. atingir os objetivos mercadológicos.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
4.3 PLANO DE COMUNICAÇÃO
Agora que você entendeu a diferença, vamos aprender juntos como se constrói, na
prática, um plano de comunicação. Ao final desta seção, você estará pronto para exercitar
e construir um plano adequado às necessidades de qualquer corporação. Vamos lá!
PARA PENSAR
É importante saber que existem vários modelos/metodologias para construir
um Plano de Comunicação. Estes modelos podem variar de acordo com os objeti-
vos empresariais e o porte da organização. O importante aqui é entender o processo de planeja-
mento e desenvolver a competência de adaptar este entendimento para as diversas realidades
possíveis.
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COMUNICAÇÃO E
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4.3.1 Defina o perfil da organização
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COMUNICAÇÃO E
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um diagnóstico do que já foi vencido pela organização.
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Figura 04: Análise Swot
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COMUNICAÇÃO E
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4.3.3 Definição de objetivos
Para Kunsch (2003) a determinação dos objetivos deve servir de referencial para todo o
processo de planejamento. Portanto, é na definição dos objetivos que precisamos pensar
no resultado que queremos alcançar com o plano.
Há algumas perguntas que podem ser usadas para ajudar na definição dos objetivos.
Veja algumas:
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
4.3.4 Identificação dos públicos
Para quem a comunicação da empresa se destina? Quais públicos eu preciso atingir com
as ações descritas no documento? Ao responder estas perguntas, é possível caracterizar
o público e vencer mais uma questão chave do plano.
O plano de ação é a parte tática do seu plano de comunicação. É nesta etapa que você
define as ações que levarão a sua equipe ao sucesso. Defina os recursos, responsáveis,
meios de execução e os indicadores de resultados, que dirão se o seu plano de comunicação
está se desenvolvendo como o planejado.
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COMUNICAÇÃO E
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Figura 08: Exemplo fase Plano de Comunicação.
Mídia Tradicional
- Rádio
- Televisão
- Jornal impresso
- Revistas
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
- Carro de som
Mídia Impressa
- Folder
- Flyer
- Cartaz
- Adesivos
- Outdoor
Mídia Eletrônica
- Redes sociais
- Site
- Blog
- Anúncios em sites e buscadores
Mídias alternativas
- Exposição de marca em elevadores
- Bandeiras
- TVs em espaços alternativos
Ao decidir quais caminhos seguir (você pode escolher todos) é fundamental relacionar
com a frequência de inserções, o número de pessoas impactadas, o formato das peças
publicitárias, a cobertura da mídia, etc.
Por exemplo: se seu público está apenas em uma cidade, não faz sentido investir
em uma mídia de TV em uma emissora que atinge todo o estado. Quem sabe seja mais
estratégico investir apenas na rádio de maior audiência local. Mas se o grande atrativo do
seu produto precisar ser comunicado de forma visual, a rádio pode ser ruim para atingir
os objetivos de comunicação. Quem sabe um outdoor? É com este raciocínio que vamos
definindo as ações do plano.
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COMUNICAÇÃO E
ENDOMARKETING
fazer adequações caso necessário.
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4.3.8 Avaliação dos resultados
FÓRUM
Agora que você já sabe como construir um Plano de Comunicação, vá ao
Fórum de discussão e aponte quais das fases parece mais desafiadora para você.
Diga se tem dificuldades específicas em alguma área e interaja com a publicação dos colegas.
Quem sabe alguém da turma possa ajudar a suprir alguma necessidade que você tenha e/ou
você possa colaborar com alguém. Compartilhe conhecimento! Assim todos crescemos juntos.
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4.4 ORATÓRIA
Como vimos no primeiro capítulo desta disciplina, a utilização da linguagem faz parte
do nosso cotidiano. É só a partir dela que conseguimos alguma interação com os outros e
construímos a evolução social.
Dentre as formas de linguagem, a forma de expressão oral, pela fala, é uma das
ferramentas mais importantes para as pessoas. É a partir da fala que convencemos, que
demonstramos nosso conhecimento e domínio de um determinado assunto.
Você certamente não tem dúvidas sobre a importância de conseguir falar em público
com segurança. Mas é natural que ao pensar nesta possibilidade, o primeiro sentimento
que surja seja o medo ou a vergonha. Se é isso mesmo que acontece, está na hora de
mudar!
Carnegie (2012) nos convida a perder o medo de falar em público quando reflete
sobre as quatro formas que temos de fazer contato com o mundo: o que fazemos, o que
parecemos, o que dizemos e como dizemos. O autor nos apresentar algumas dicas para
aprimorarmos o quarto item: como dizemos. Vamos a elas.
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4.4.1 – Saia do seu acanhamento
Neste ponto, o autor nos ensina que é fundamental – a pesar de não ser fácil – falar de
forma natural em frente a um auditório. Normalmente, é o nervosismo que faz com que
as ideias não saem de forma fluída na fala, o que passa uma imagem de “não humano”.
Então, a principal dica para se comunicar de forma natural é tentar manter a calma para
passar a mensagem de forma livre, sem inibições.
É comum ter medo de falar em público e, por isso, tentar se espelhar e imitar outras
pessoas. Sobre isso, Carnegie (2012) diz que
Não existe no mundo qualquer outro ser humano que seja igual a
você. Centenas de milhões de pessoas têm dois olhos, um nariz e uma
boca; no entanto, nenhuma delas se parece exatamente com você
e nenhuma delas tem exatamente seus traços característicos, seus
métodos, suas inclinações. Poucas pessoas falam e se expressão
exatamente como você, quando você está falando naturalmente. Em
outras palavras, você tem uma individualidade. Como orador, é o seu
bem mais precioso. Agarre-se a ela. Desenvolva-a. É a centelha quem
emprestará força e sinceridade a sua fala. (CARNEGIE, p. 162, 2012)
Neste ponto, a dica mais importante é tratar uma fala em público como se fosse um
diálogo com uma única pessoa. Imagine como seria se você estivesse em frente a apenas
uma pessoa da plateia. Como você se comunicaria com ela? Como faria perguntas? Que
eloquência utilizaria? Lembre-se apenas que um grupo de pessoas nada mais é do que
um ser humano, ao lado de mais um, mais um e mais um.
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4.4.4 – Ponha o coração na fala
SAIBA MAIS
Você certamente já foi impactado, enquanto navegava pela internet, por uma
palestra no estilo TED. Se ainda não teve oportunidade de conhecer, vale uma
busca rápida na rede de computadores para conhecer o modelo e perceber suas características
em comum. Segundo Chris Anderson, curador do TED, não existe fórmula para dar uma ótima
palestra TED, mas existe um ingrediente secreto que todas as melhores palestras TED têm em
comum.
Veja o vídeo em que ele compartilha esse segredo.
• https://www.ted.com/talks/chris_anderson_teds_secret_to_great_public_speakin-
g?language=pt-br#t-464454
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Quadro 02: 100 dicas para falar bem em público
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frase 78. A apresentação foi feita para
53. Fale as palavras corretamente informar e persuadir
54. Fale com fluência 79. Mantenha postura ereta
55. Treine em voz alta 80. Não se apresente humilde
56. Treine na frente do espelho 81. Resposta as perguntas com
57. Treine com ênfase naturalidade
58. Acredite e confie em você 82. Não perca o controle
59. Não titubeie ou fique em dúvida 83. Gesticule de forma moderada
60. Não interrompa o pensamento 84. Não fale com braços cruzados
61. Pense positivamente 85. Não fale com as mãos no bolso
62. Evite desperdício de linguagem 86. Mantenha-se tranquilo, equilibrado
63. Tom de voz apropriado para o 87. Aproxime-se do ouvinte
número de pessoas 88. Escolha o nível de linguagem para o
64. Varie o som da voz (ritmo e tom) momento
65. Fale com entusiasmo 89. Respeite sempre a plateia
66. Não esqueça de se movimentar 90. Cuidado para não ser muito
67. Sua expressão facial é importante repetitivo
68. Seja o mais natural possível 91. Conclua com eficiência
69. Observe o comportamento do 92. Seja breve na conclusão
público 93. A emoção deve permear o seu
70. Não transmita arrogância discurso
71. Não seja preponderante 94. Agradeça quem o ajudou
72. Posicione-se no mesmo nível da 95. Sua mensagem deve instigar
plateia 96. Pergunte, questione
73. A sua aparência influencia no 97. Crie expectativas
discurso 98. Dê algum depoimento próprios para
74. Vista-se adequadamente ilustrar
75. Cuidado com os acessórios 99. Faça a plateia refletir
76. Não distraia a plateia 100. Tenha cuidado com o tempo.
77. Use frases curtas
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INDICAÇÃO DE LIVRO
Como falar em público e influenciar pessoas no mundo
dos negócios é certamente um clássico da arte da oratória.
Dale Carnegie foi um dos maiores especialistas nas técnicas de oratória e
persuasão do século XX. Seus conhecimentos e métodos foram adotados
por centenas de organizações. Por isso, fica a recomendação de leitura
para aprimorar esta habilidade primordial no mundo da comunicação e
endomarketing.
INDICAÇÃO DE FILME
O discurso do rei (2010) –O filme conta a história
do rei Jorge VI, da Inglaterra, que contrata Lionel
Logue, um fonoaudiólogo, para lhe ajudar a superar a gagueira e
o medo de falar em público. Ao longo filme é claro perceber que
quando você começa a falar bem, as portas se abrem. Não é dom
ou sorte. É encontrar a pessoa certa e se expor. É uma grande
metáfora para quem está começando a falar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade você aprendeu o que é um planejamento e quais são os níveis em que
eles podem acontecer dentro de uma organização. Na Sequência, refletimos sobre Plano
de Marketing e Plano de Comunicação, que estão no mesmo nível tático, mas apresentam
diferenças entre sim.
Boa tarde desta unidade está dedicada a compartilhar os passos que devem ser
seguidos para a construção de um Plano de Comunicação, desde a apresentação da
empresa até o cronograma de execução das ações pensadas para atingir cada um dos
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objetivos e públicos listados no documento.
Ao final, e não menos importante, introduzimos a oratória nesta disciplina,
compartilhando técnicas para que você consiga vencer o medo e aprimore esta habilidade
fundamental para a evolução pessoal.
ATIVIDADE AVALIATIVA
QUESTÃO 1
Nesta unidade estudamos duas importantes ferramentas de comunicação e
endomarketing: Planejamento e a Oratória. Com os conhecimentos obtidos, você deve
construir um planejamento de comunicação para uma organização de seu interesse. Pode
ser empresa, ONG, ou qualquer outro coletivo. Após a conclusão do trabalho, você deverá
apresenta-lo para seus colegas, levando em conta as noções de oratória que estudamos.
Boa sorte!
QUESTÃO 2
“Os objetivos estão relacionados a ampliar ou manter o market share, conquistar novos
mercados e clientes, atingir ou manter a liderança de mercado, elevar as vendas, ampliar
as linhas de produtos”. Esta descrição está relacionada a que tipo de planejamento?
(A) Planejamento Estratégico
(B) Planejamento de Comunicação
(C) Planejamento Tático
(D) Planejamento de Marketing
(E) Planejamento de Endomarketing
QUESTÃO 3
Levando em conta que o planejamento serve para reduzir a incerteza envolvida no
processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de
alcance dos objetivos estabelecidos, assinale a alternativa correta:
(A) O Planejamento precisa ser acompanhado periodicamente e, por ser dinâmico,
demanda atualização constante durante o período planejado
(B) O Planejamento precisa ser revisado a cada cinco anos e neste período deve ser
mantido sem alterações para que se consiga atingir os resultados planejados
(C) Planejar é um ato solitário, que deve ser feito pela alta direção da empresa e
comunicado aos colaboradores para atingimento das metas
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(D) A atualização de um Planejamento pode atrasar o atingimento dos objetivos da
organização e ser um empecilho para o crescimento da mesma
(E) O Planejamento não precisa ser acompanhado periodicamente e demanda
atualização somente no final do período planejado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNEGIE, Dale; CARNEGIE, Dorothy; DA COSTA, Carlos Evaristo Marques. Como falar
em público e influenciar pessoas no mundo dos negócios. Record, 2012.
SOUZA, José Henrique. Perca o medo de falar em público. Editora Humaitá, 2011.
Tubarão, SC, 2011.
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uniavan.edu.br
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