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SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
A Comunicação Institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Referências Bibliograficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
INTRODUÇÃO
Comunicação organizacional é a troca de informações e ideias dentro e fora da organização.
Representa não apenas comunicação nos negócios, mas também nos hospitais, igrejas, agências
governamentais, organizações militares e instituições acadêmicas. Toda organização, seja de
negócios ou não comercial, tem metas específicas e partes interessadas. A realização desses
objetivos depende da comunicação bem-sucedida com os respectivos grupos de partes interessadas.
Portanto, a comunicação é considerada parte integrante de qualquer organização.
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do seu negócio para um grande grupo de público. Isso afeta sua reputação empresarial e aumenta
sua exposição em vários mercados prospectivos, levando a novas oportunidades de crescimento
e lucro.
Mas o foco não deve apenas estar voltado para criar uma boa imagem da empresa, mas também
em gerenciar e proteger sua reputação comercial, outra tarefa vital que requer atenção e dedicação.
Alternativas estão disponíveis em abundância para os consumidores neste mercado competitivo
e um pequeno erro pode destruir a reputação de sua empresa. A resposta rápida às consultas do
cliente, juntamente com a manutenção de um serviço de qualidade, irá ajudá-lo a ser ouvido e
permanecer consistente com a crescente concorrência no mercado, já que a imagem é o ativador
mais importante da empresa.
A COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
Segundo Kunsch (2003, p.151), a comunicação institucional compreende
A imagem que surge na sua cabeça quando mencionam o nome de uma empresa é a imagem
corporativa. É um composto psicológico que faz com que o público tenha uma percepção da empresa,
em vez de um reflexo do seu estado ou real posição. Ao contrário da identidade corporativa, ela
pode mudar de um dia para o outro de positivo para negativo ou para neutro.
A identidade corporativa é um símbolo duradouro de como uma empresa se vê, como ela deseja
ser vista por outros e como os outros a reconhecem e se lembram dela. Ao contrário de imagem
corporativa, que é uma impressão mental mutável, a identidade corporativa é a experiência sensorial
transmitida por seu comportamento, missão, valores, visão, edifícios, logotipo, nome, slogan, entre
outros. É amplamente afetada por seu desempenho financeiro. A identidade corporativa é forte ou
fraca, e não positiva, negativa ou neutra como a imagem corporativa. Também é permanente, a
menos que seja alterada deliberadamente.
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Identidade Imagem
Cultura Reputação
Existe uma interdependência da cultura e da identidade, porque uma necessita da outra como
fonte de significados. A cultura representa os mitos, ritos, histórias, visões do mundo. Já a identidade
é a construção de sentidos sobre o que se constitui a cultura das organizações.
A construção de sentido nas organizações sofre influências tanto dos grupos externos quanto
dos membros internos.
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Figura 2 – Construção de sentido nas organizações
Grupos
Identidade Membros da
externos
Corporativa Organização
(Públicos)
Propaganda institucional
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Fonte: <http://www.adonline.com.br/ad2005/upload/4001.JPG>.
Jornalismo empresarial
Assessoria de imprensa
A assessoria de imprensa representa uma organização como seu principal contato para a
mídia. Eles lidam com todo relacionamento com a imprensa. O papel implica uma vasta gama de
responsabilidades, desde a preparação de comunicados de imprensa, a organização de coletivas
de imprensa e entrevistas, os contatos dos meios de comunicação e o monitoramento da cobertura
midiática da organização. Os assessores de imprensa atuam em uma variedade de empresas
privadas, públicas, organizações não governamentais, entre outras organizações.
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Editoração multimídia
As organizações mudaram, mas o público também. A cultura organizacional inclui uma ampla
gama de artefatos ideológicos e materiais que caracterizam sua essência, que está relacionada
com as características de seus consumidores, sua marca, características dos seus produtos e
outros atributos de marketing exclusivos. Toda ação organizacional, seja aparentemente isolada
ou em conjunto com outros padrões comportamentais, é regida por influências culturais internas
e externas.
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Curiosidade
O McDia Feliz é um exemplo de marketing social. Criado pelo Instituto Ronald McDonald, o evento é a
campanha mais expressiva do país voltada às crianças e adolescentes com câncer. Anualmente, no
último sábado de agosto, os recursos obtidos com a venda dos sanduíches Big Mac são direcionados
a instituições que trabalham para melhorar a vida das crianças com câncer. Desde 1988, a campanha
já arrecadou mais de R$ 200 milhões.
Relações públicas
Mas a prática formal do que agora é chamado de relações públicas data do início do século XX.
No período relativamente breve que levou até hoje, as relações públicas foram definidas de muitas
maneiras diferentes, designação que muitas vezes evoluiu ao lado de mudanças nas atividades e
nos avanços tecnológicos.
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Fonte: Ditty_about_summer/Shutterstock
Saiba Mais
Para saber mais sobre a Associação Brasileira de Relações Públicas, acesse: <www.abrp.org.br>.
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Fonte: optimarc/Shutterstock
A comunicação se tornou uma estratégia central para muitas empresas, embora, em muitos
casos, essa comunicação costume ser direcionada para clientes, concorrentes e parceiros. Muitas
organizações negligenciam a importância das comunicações internas em seu plano estratégico
para o sucesso comercial. Sem dúvida, esse tipo de processo não só prejudica os funcionários,
mas também o negócio.
Para os funcionários no topo da escada corporativa, a missão está sempre à vista. Seja para
chegar à comunidade ou para se tornar um líder, todos os seus deveres se relacionam com essa
missão. No entanto, para os demais trabalhadores a missão pode não estar claramente conectada
com suas tarefas diárias. Uma estratégia de comunicação interna pode ajudar a ligar as tarefas dos
funcionários à missão da empresa, o que permite que os colaboradores se sintam mais conectados
à empresa e à sua missão.
Uma estratégia de comunicação interna também permite aos empregadores garantir que os
funcionários recebam informações atualizadas e corretas.
A comunicação é a chave no mundo dos negócios de hoje. As empresas que não conseguem
se comunicar perdem negócios e clientes, mas não basta apenas garantir a comunicação externa.
A comunicação começa internamente, porque os gerentes de mais alto nível e os trabalhadores
da linha de frente precisam usar a mesma linguagem quando falam com o público. Fomentar uma
cultura de comunicação com uma forte estratégia de comunicação interna permite que a informação
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passe de cima para baixo e de baixo para cima. Quando os funcionários se sentem ouvidos pela
alta administração, eles podem expressar tanto suas próprias preocupações quanto a dos clientes.
Avaliar e encorajar uma estratégia de comunicação interna oferece aos gerentes um caminho
para entender as frustrações e os desafios de seus funcionários com o processo de trabalho e
discutir essas preocupações. Uma estratégia de comunicação interna pode ajudar a melhorar os
processos cotidianos que melhoram negócios e satisfação. Uma estratégia de comunicação interna
dá à empresa um meio para se comunicar abertamente com todos os funcionários ao mesmo tempo
e receber entendimento sob a forma de uma política assinada.
Uma empresa é muito mais do que um conjunto mecânico e uma mobilização de forças
econômicas, como lembra Penteado (1969). É, acima de tudo, gente. Trata-se de uma comunidade
de trabalho. Nessa comunidade, o que conta, em primeiro lugar, são as pessoas que, de dentro das
estruturas, através de sua atividade, fazem a empresa viver. A empresa é um organismo vivo porque
é constituída de seres humanos. Não é possível pensar em relações com públicos externos sem,
antes, pensar no público interno.
Kunsch (2002) destaca a importância que tem o trabalho com o público interno das organizações,
reforçando ideia de que são, antes de empregados, cidadãos que merecem ser reconhecidos e
respeitados.
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grosseiros, que não representam a personalidade da empresa. Se a empresa é viva e formada por
gente, isso significa que o empregado é a empresa. Se não forem capazes de conquistar o respeito
e a confiança daqueles que trabalham na organização, como conseguir isso do público externo?
O processo de relações com os diferentes públicos deve ser autêntico. Por isso, não permitem a
utilização de dois pesos e duas medidas: uma ruim para o público interno e uma boa para o público
externo.
Aconteceu
Um case de sucesso na comunicação interna foi o da Pirelli, que passou por dificuldades em
sua comunicação com os colaboradores. Para saber mais sobre este case, acesse: <https://
comunicacaoinformal.wordpress.com/2012/05/04/case-pirelli/>.
Torquato (2002) explica que gerar consentimentos e produzir aceitação devem ser dois dos
principais objetivos da comunicação interna. O trabalho dever ser direcionado para obter consenso
sobre o sistema de valores da organização. Nesse sentido, a comunicação, em determinados
momentos, é vital para encaminhar soluções e para se atingir as metas programadas.
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Fonte: ASDF_MEDIA/Shutterstock
Cumprir essa missão depende da realização de alguns objetivos, entre os quais o autor destaca
os seguintes:
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Conceitos-chave envolvem essas ações, tanto na esfera emotiva quanto na esfera racional. Na
esfera emotiva, a relação envolvida é com a motivação, a integração, a criação de climas favoráveis,
de transformações, de energia, de agir como grupo, promovendo uma sensação de vitória, orgulho
e sucesso pessoal.
Pelo lado da esfera racional, os propósitos são: impulsionar vendas, meta principal, direcionar
ações, priorizar decisões, conceito de organização, apresentar produtos e abrir comunicações.
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A comunicação interna, para atingir a eficácia organizacional, deve ser utilizada em todos os
níveis hierárquicos, como um instrumento da administração estratégica. É preciso compreender a
importância desse processo de comunicação para que ele flua de forma eficiente e no momento
oportuno, voltado para que o objetivo pretendido seja atendido.
Há alguns anos, a comunicação empresarial era voltada apenas para produzir pequenos jornais
corporativos pouco direcionados e para enviar releases para as redações. Não havia a preocupação
em dar respostas para o consumidor, não havia a consciência da responsabilidade social, da
sustentabilidade, muito menos a preocupação com os membros internos das organizações.
Reflexiva
Hoje a tecnologia permite soluções baratas para comunicação. Um exemplo foi o uso de um
aplicativo pela Azul Linhas Aéreas. O aplicativo servia como rede social, mural de aviso e canal de
notícias para funcionários. Debata com seus colegas sobre outras possibilidades.
Mesmo hoje, questões como falta de verba, falta de foco, pouco conhecimento técnico, ingerência
política e, principalmente, falta de habilidade comunicacional da maioria dos gestores das empresas
ainda interferem no processo de comunicação eficiente. São eles os responsáveis pelo pensamento
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estratégico das organizações e por colocar a comunicação nesse patamar (estratégico), associando
o discurso com a ação.
Também cabe aos líderes atuar como avalistas de uma cultura de comunicação que deve permear
toda a organização. Deve vir deles o exemplo de transparência que é essencial para compor um
cenário para o desenvolvimento de ações. A comunicação é fundamental para gerar credibilidade
e confiança, mostrar o foco dos negócios, estimular posturas interativas, comprometimento e
mobilização para as metas, criar um espírito de pertencer e um clima favorável para o crescimento
e desenvolvimento das empresas.
Marchesi (2005) assegura que “quem não entende, não atende. Por isso é que a comunicação
interna assume um papel estratégico na gestão empresarial”. É dela a responsabilidade de promover
um fluxo de informações, de criar nas pessoas a sensação de pertencer a um grupo e de ajudar a
construir o futuro da organização.
Pesquisas realizadas por Elton Mayo, da Harvard Business School, entre 1924 e 1936, demonstraram
que funcionários mais integrados, que trabalham em ambientes desafiadores, onde existe o sentimento
de equipe, de grupo, são mais produtivos. Estudo do pesquisador revelou que a criação de valor para
a empresa pode-se dar permitindo o diálogo horizontal dentro das seções de trabalho. O diálogo entre
chefe e subordinado e entre subordinados. Nesse período, conforme Nassar (2005), é que surgiram
as publicações empresariais internas. Jornais e revistas foram criados privilegiando temas sociais
ligados aos funcionários, entretenimento e reconhecimento de realizações. Os estudos de Maslow,
de 1943, sintetizados em sua célebre pirâmide teórico, também contribuíram para o fortalecimento
da visão do trabalhador como homem social.
Cada pessoa, em uma empresa, tem um peso como gerador de opinião. Técnicas ou conceitos
de comunicação e marketing têm poucos resultados sem a compreensão de que cada membro da
organização é um formador de opinião e de imagem. A eficácia das mensagens na comunicação
com o público interno está cada vez mais dependente da consideração efetiva das expectativas
das pessoas em relação ao impacto das estratégias de negócio e de gestão da empresa no seu
trabalho e na sua vida.
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Figura 8 – Diferencial
Fonte: amasterphotographer/Shutterstock
Ruggiero (2002) lembra a comunicação adequada também é o primeiro passo para potencializar
os talentos e a força humana de uma equipe. Pouco adianta o uso de técnicas se o grupo não
estiver bem informado, se seus integrantes não se comunicarem. O autor explica que a qualidade
da comunicação é derivada de alguns pontos considerados essenciais, como a abertura da alta
direção para disponibilizar informações essenciais para os funcionários.
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Outros pontos levantados por Ruggiero (2002) são o foco em aprendizagem, que otimiza o processo
de comunicação com a garantia de efetiva aprendizagem; o processo de busca, compreendido como
a pró-atividade de cada colaborador na busca das informações que precisa para realizar bem o seu
trabalho; a individualização, que assegura melhor relacionamento na empresa considerando as
diferenças individuais e evitando estereótipo e generalizações; o desenvolvimento das competências
de base em comunicação, para assegurar qualidade nas relações internas; e adequação tecnológica,
que traz o equilíbrio entre a tecnologia e o contato humano, garantindo a evolução da qualidade da
comunicação e potencializando a forçado grupo.
Cultura organizacional
Cultura organizacional são os valores e comportamentos que contribuem para o ambiente social
e psicológico exclusivo de uma organização. A cultura organizacional inclui as expectativas,
experiências, filosofia e valores de uma organização. É expressa em sua autoimagem e mantém o
funcionamento interno, as interações com o mundo exterior e as expectativas futuras. Baseia-se em
atitudes, crenças, costumes e regras – escritas e não escritas – compartilhadas e desenvolvidas ao
longo do tempo e consideradas válidas.
Marchiori (2006, p.66) explica que “a cultura influencia os sistemas e comportamentos de uma
sociedade, assim como recebe influência destes. Na organização acontece o mesmo (...)”. A
autora considera a cultura organizacional “o reflexo da essência de uma organização, ou seja, sua
personalidade.”
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tem interfaces com todos os departamentos, especialmente com ações de relações públicas, de
assessoria de imprensa, de marketing, de tecnologia da informação e, especialmente, aquelas
ligadas ao departamento de recursos humanos. Inicialmente, é preciso conceituar a comunicação
mercadológica, a institucional e a administrativa.
Figura 9 – Interfaces
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por meio de uma confluência de fluxos e redes. Tem como objetivo melhorar a eficiência e o melhor
atendimento ao público, por meio do intercâmbio de informações. É um sistema de informações
que serve diretamente àqueles que ocupam funções administrativas nas organizações.
Considerando as ações descritas, qual seria o setor responsável pela comunicação interna? A
estrutura varia. Em algumas organizações, o departamento de RH é o responsável pela comunicação
interna da empresa, em outras, o marketing cuida dessas ações. No entanto, boa parte das organizações
tem um departamento de comunicação responsável pelas estratégias e ações de comunicação
na empresa. A comunicação interna também pode ser tarefa da assessoria de imprensa, que é
responsável por gerenciar a comunicação externa com a mídia.
Mas é inegável a tarefa da comunicação interna de mostrar para os funcionários que a empresa
é o melhor lugar para se trabalhar. Como o departamento de recursos humanos se encarrega de
colocar isso em prática, por meio de inventivos, benefícios, ambiente de trabalho adequado, entre
outras ações, é inegável a necessidade de interação entre as áreas. O trabalho em conjunto resulta
em uma amplitude muito maior das ações de interesse administrativo da instituição. Parceria entre
essas áreas faz com que atividades, informações sobre qualidade de vida e cursos, por exemplo,
tenham maior amplitude.
Por outro lado, as ações de comunicação na área do marketing também são importantes dentro
da organização. Muitas campanhas são elaboradas com o intuito de informar às pessoas da própria
organização de que existem novas estratégias, novos objetivos, novas metas e outras ações da
empresa. Diante dos possíveis ruídos que possam surgir em qualquer forma de comunicação,
percebe-se que a eficiência da comunicação direta, feita de pessoa para pessoa, ainda é a mais
efetiva, traz resultados melhores e permite a resposta mais rápida para possíveis dúvidas. Por isso,
os meios utilizados para realizar ações de comunicação interna nas empresas podem influenciar
diretamente na compreensão das mensagens. Cada público-alvo tem um desejo e necessidade.
Nesse sentido, mesmo dentro das organizações, a comunicação deve ser uma ferramenta que una
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Todas as ações da área de comunicação interna precisam estar alinhadas as estratégias gerenciais
e empresariais. Por isso, participam das ações voltadas para as metas, objetivos e aonde se quer
chegar. Dessa forma, a área de comunicação interna deve atuar em parceria comas demais áreas
e alinhada ao negócio. Assim poderá se tornar mais eficiente e estratégica.
Serviços
Boca
a Patrocínios
Boca
Imagem Propaganda
da Empresa
Cliente
Consumidor
Público
Promoções Publicidade
Produto
Merchandising Atendimento
Fonte: <http://www.espmjr.com/servicos.html>.
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Reflexiva
Programas de comunicação bem concebidos são essenciais para compartilhar o plano estratégico
de uma empresa e fornecer outras informações organizacionais importantes que comuniquem os
funcionários sobre as metas e objetivos da organização, prioridades de negócios, produtos e serviços.
Explicar o foco estratégico do negócio e como ele cria valor para o cliente e para o demais
públicos ajuda os funcionários a entender como seu trabalho se vincula diretamente ao sucesso da
organização. A comunicação estratégica que vincula os objetivos da organização com os seus valores
fundamentais e a missão mantém o impulso, aumenta a força pessoal e o orgulho na organização.
Kunsch (2003) mostra o planejamento se divide em três tipos: estratégico, tático e operacional.
O planejamento tático se volta para o curto prazo e para uma área mais restrita. Busca resultados
mais imediatos e geralmente é realizado por um setor ou uma área específica. Serve como instrumento
para realizar a implementação do plano estratégico, porque trabalha integrando os planejamentos
estratégico e operacional.
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Definidos os objetivos e os meios que serão utilizados, a comunicação entra como uma ação
chave. A comunicação interna tem a sua disposição diversos canais da comunicação social na
organização. São meios que devem ser utilizados por todos os serviços e áreas funcionais da
organização, como forma de difusão das informações. Como aponta Torquato (2002), devem ser
utilizados no reforço e eficácia dos programas de segurança e higiene; como instrumento de integração
interna; como auxílio nas relações trabalhistas; nas atividades de desenvolvimento organizacional
e de aperfeiçoamento dos recursos humanos; nas campanhas de produtividade e o no controle de
qualidade, entre outras tantas ações promovidas pela área de comunicação.
A decisão pelo canal (ou canais) que será utilizado depende de vários aspectos. Em primeiro
lugar, deve ser considerado o porte da organização e a distribuição geográfica de suas unidades.
Outro aspecto importante é o tipo de público que se pretende atingir. Outra questão essencial é a
periodicidade necessária para a circulação das mensagens. Essas opções devem ser consideradas
na fase do planejamento estratégico da comunicação, levando em conta a natureza dos canais
jornalísticos e sua integração aos canais das comunicações gerenciais e administrativas. Isto
representa considerar a estrutura da organização e todas as formas de comunicação disponíveis.
É preciso entender que as publicações internas – jornais, revistas, boletins – são utilizadas
unicamente para um processo de comunicação que atende ao fluxo descendente. Esses canais
devem ser utilizados para resolver questões associadas aos problemas gerados pela burocracia,
buscando atender a todos os componentes da empresa e considerando todos os fluxos – descendente,
ascendente e horizontal,conforme coloca Torquato (2002).
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Em primeiro lugar, o público interno é o grupo que está mais próximo à empresa.
O seu comportamento no ambiente desempenha um papel decisivo em sua vida.
Qualquer mensagem que diga respeito ao seu trabalho influencia seu comportamento.
A publicação interna é o único veículo de comunicação que traz mensagens cujas
fontes podem ser os próprios funcionários. Mensagens que interessam também
às famílias. Lendo a publicação, o trabalhador pode formar um estado psicológico
favorável ao bom desempenho de suas atividades operacionais. E a empresa tem
em mãos um instrumento para estímulo funcional, transformando-o no porta-voz
de benefícios, promoções, serviços sociais e no melhor meio para o estreitamento
das relações humanas (TORQUATO, 2002).
Outra questão é o tipo de mensagem que essas publicações devem abordar. Os conteúdos
podem variar de temas como educação e lazer, passando por matérias institucionais que tragam
informações, normas, regulamentos, avisos, notícias sobre novos produtos, serviços e projetos de
expansão, entre outras. É viável também considerar matérias de motivação, que podem abordar
planos assistenciais, benefícios, promoções, concursos e prêmios. Há ainda a vantagem de utilizar
esses canais para a divulgação de orientação profissional considerando segurança, higiene, saúde
e programas de treinamento, ou matérias ligadas ao desenvolvimento da área operacional, como
novas tecnologias. Outros temas apropriados são matérias associativas como esportes, festas,
concursos, bailes, casamentos, nascimentos, falecimentos, ou ainda interesses específicos como
culinária, beleza e moda.
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Figura 11 – Publicações
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock
Torquato (2002) lembra que a comunicação social funciona como grande alavanca das campanhas
internas. “A força irradiadora e persuasiva de suas linguagens é fundamental para o sucesso dos
projetos de mobilização da comunidade”. O autor indica que entre as áreas apropriadas para uma
ação direta da comunicação, estão as seguintes:
Essa ação está ligada à necessidade da organização de mudar práticas e costumes tradicionais.
Um exemplo pode ser a mudança da prática de utilização de papéis em abundância ou para
estimular a prática da reciclagem como uma ação institucional. Uma campanha de comunicação é
uma ferramenta eficaz para introduzir novos conceitos, introduzindo novos valores e princípios na
cultura organizacional. Trata-se de um empreendimento a ser desenvolvido em médio e longo prazo.
Os canais tradicionais de comunicação podem ser utilizados nesse tipo de ação, trazendo
informações, esclarecimentos, normas de conduta, assim como outros canais ligados à publicidade,
como cartazes, panfletos e spots publicitários. Esse tipo de campanha deve utilizar todas as
ferramentas possíveis para garantir a eficácia das ações.
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Esse tipo de campanha combate a tendência de criação de grupos isolados, “feudos”, organizações
dentro de organizações, trabalhando a integração dos funcionários com o apoio maciço da
comunicação. Outras ações de endomarketing também são bem-vindas nesse tipo de ação.
Campanhas de competitividade
São campanhas que despertam o interesse dos membros da organização para o desenvolvimento
de ações, projetos, atitudes criativas. Esse modelo de campanha estimula as equipes de trabalho
e volta os olhos dos membros para inovações.
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tradicionais continuam sendo utilizados. Entretanto, a maior parte das organizações passou a
mesclar os modelos de comunicação. Os meios mais utilizados são:
Informativo enviado por correio eletrônico (e-mail) a todos os usuários que tenham acesso ao
e-mail corporativo. Esse canal é utilizado para divulgar notícias da organização, negócios, fatos diários,
comunicados, novidades, entre uma gama de assuntos relacionados ao dia a dia da organização.
Tem a vantagem de levar a informação rapidamente a todos os funcionários, democratizando as
informações.
Jornal Corporativo
Canal que funciona como veículo de integração. Tem a vantagem de poder ser enviado para
a casa do funcionário e de trazer temas que podem ir além do dia a dia da empresa, como lazer,
eventos, entre outros.
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Fonte: <https://qpixcreative.files.wordpress.com/2009/12/guascor_em_foco_07.jpg>.
Jornal Mural
A vantagem do jornal mural é o apelo visual. Ele leva a informação para o universo da instituição
de forma rápida e simplificada. Deve ser disponibilizado em áreas de grande circulação na empresa.
No caso de empresas com sedes em diferentes regiões, uma parte do mural pode ser geral e outra
regional, buscando atender os assuntos daquele grupo específico de funcionários.
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Fonte: <https://andreadesigner.files.wordpress.com/2011/12/jm1.jpg>.
Intranet
O avanço da tecnologia propiciou canais mais universais. É o caso da intranet, que atinge
diferentes públicos simultaneamente. É um veículo essencial para disponibilizar dados, dar acesso
a informações gerais da organização, além de ser um instrumento que possibilita a interação entre
os usuários e a participação dos colaboradores em enquetes e campanhas.
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Figura 14 – Intranet
Hotline
Spam
Políticas de portas abertas: abre as portas da alta administração para qualquer funcionário,
independentemente do nível hierárquico. Trata-se de uma variação do programa Café com o Presidente
ou com executivos de diferentes áreas. Isso possibilita que o funcionário se aproxime do superior
sem o constrangimento de procurá-lo diretamente.
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Reflexiva
Programas de reclamações: permitem que as reclamações sejam enviadas para níveis superiores,
incluindo as que se referem ao superior imediato, a condições de trabalho, conflitos, assédio sexual,
métodos de trabalho, entre outras.
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Visual inadequado.
instituição.
Incompletos.
Desatualizados.
Exposições fracas.
Pouca motivação.
Conversas individuais Poder normativo e coercitivo são maiores que o poder expressivo.
com
Pouca empatia.
funcionários
Falta de credibilidade.
Pressão do macroambiente.
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Figura 15 – Imprensa
Fonte: Maxx-Studio/Shutterstock
No entanto, faltava a esse quarto poder legitimidade que justificasse sua crescente influência
na sociedade. Essa legitimação veio a reboque da teoria da opinião pública, produto das filosofias
liberais dos finais dos séculos XVII e XVIII e, sobretudo, das teorias democráticas do século XIX. A
opinião pública era um importante instrumento de controle social e a imprensa tinha uma função
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de destaque nesse quadro. A imprensa era considerada um elo fundamental entre a opinião pública
e as instituições governantes. A legitimidade da imprensa se assegurou na teoria democrática, que
se assentava numa postura de desconfiança em relação ao poder, e estruturada numa cultura de
adversidade entre o jornalismo e o poder.
Enquanto os governos destacavam que a imprensa fabricava a opinião pública, filósofos como
James Mills defendiam o jornalismo como sendo o principal instrumento de reforma da sociedade.
Foi nesse sentido que a imprensa e a democracia constituíram-se em simbiose. Sobre isso, Alexis
Tocqueville, em seu livro A democracia na América (1835-1840), escreveu que a soberania de um
povo e a liberdade de imprensa eram coisas absolutamente inseparáveis. No Brasil, Rui Barbosa
(1990) pregava que “a imprensa é a vista da nação”.
Danton Jobim (2003, p.87), discorrendo sobre o conceito de opinião pública, argumenta que ela
se forma pela informação, e pressupõe o conhecimento e a interpretação dos fatos. “Em contato
permanente com os semelhantes, os homens formam seus juízos mediante troca de notícias e de
ideias por meio da conversação, de que o jornal é a forma organizada”.
De acordo com Jobim, a segunda vai se sobrepondo à primeira na medida em que acentua a
urbanização e se desenvolvem os novos meios de comunicação, ampliando o número de informações
que circulam. A imprensa reflete as mutações da opinião dinâmica, ao mesmo tempo em que reage
sobre ela.
A imprensa influência, forma opinião e, por isso, deve ser cobrada em sua responsabilidade e
ética. Max Weber, precursor da sociologia da imprensa, distingue dois tipos possíveis de atitudes
que denomina éticas de responsabilidade e éticas de valores absolutos (ou da convicção).
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Em sua obra A política como profissão, Weber utiliza essa tipologia para analisar as ações de
políticos e jornalistas. No estudo, Weber propõe reflexões sobre os indivíduos inseridos no âmbito
do político e que se utilizam de discursos diversos para estabelecer relações de poder. Entre os
“tipos políticos” de Weber estão os demagogos que, segundo o autor, têm como maior representante
do gênero o jornalista. O sociólogo considera que esse profissional utiliza determinados discursos
com o único intuito de alcançar determinado fim – que nem sempre é o de bem informar.
Curiosidade
Karl Emil Maximilian Weber foi um intelectual, jurista e economista alemão considerado um dos
fundadores da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber.
Para Weber, o indivíduo que age de acordo com a ética da convicção, age e justifica suas ações
baseado muito mais em crenças e princípios pessoais de toda ordem, sem se preocupar com as
consequências de tais ações e tampouco considerar que outros indivíduos podem não apenas
discordar delas, como serem prejudicados. Uma pessoa cuja ética abriga unicamente os valores
absolutos, recusa-se a assumir a responsabilidade pelas consequências de suas ações. Já o indivíduo
que age e justifica suas ações com base na ética de responsabilidade, ao contrário, leva em grande
conta as consequências e os efeitos de tais ações e pensamentos, porque analisa o contexto em
que se desdobra determinada realidade e como tal prática pode transformar ou influenciar esta
realidade, positiva ou negativamente.
Cláudio Abramo (1998, p. 109), em A regra do jogo, imortalizou o conceito da ética do marceneiro,
quando escrevia que era jornalista, mas gostava mesmo é de marcenaria, e que sua ética como
marceneiro era igual à sua ética como jornalista:
Onde entra a ética? O que o jornalista não deve fazer que o cidadão comum não deva
fazer? O cidadão não pode trair a palavra dada, não pode abusar da confiança do outro,
não pode mentir. No jornalismo, o limite entre o profissional como cidadão e como
trabalhador é o mesmo que existe em qualquer profissão. É preciso ter opinião para
poder fazer opções e olhar o mundo da maneira que escolhemos. Se nos eximimos
disso, perdemos o senso crítico para julgar qualquer outra coisa. O jornalista não
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tem ética própria. Isso é um mito. A ética do jornalista é a ética do cidadão. O que é
ruim para o cidadão é ruim para o jornalista.
Abramo também ressalta que, assim como a ética, “o limite do jornalista é o limite do cidadão”.
Figura 16 – Imprensa
Fonte: 360b/Shutterstock
Danton Jobim (2003, p.56-57) também acreditava que a não existiam éticas diferentes. Mais
ainda duvidava do grande poder que era atribuído à imprensa:
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Jobim acredita que o jornalismo tem defeitos, sem dúvida. Mas acrescenta que a sociedade não
aceita a troca de uma imprensa imprecisa em um contexto livre por uma exata em um ambiente
de controle da informação. E destaca: “Na mente popular, o jornal tem um destino heroico a
cumprir. Em sua ingênua concepção, jornalismo não é um negócio, mas a empresa de um campeão
permanentemente em guarda contra a iniquidade” (JOBIM, 2003, p.68)
Vimos que, ao longo dos séculos XIX, o jornalismo passou por alterações significativas para
sua história. Traquina (2005) relaciona:
• O polo econômico ou comercial, vindo com a comercialização da imprensa no século XIX, onde
as notícias passaram a ser consideradas mercadorias de um negócio cada vez mais lucrativo;
• O polo ideológico ou intelectual, com a identificação da imprensa como elemento fundamental
da teoria democrática, no qual o jornalismo é visto como um serviço público em que as notícias
são o alimento de que os cidadãos precisam para exercer os seus direitos democráticos.
Foi por meio desse cenário que os jornalistas lutaram para ganhar um estatuto social comparado
aos das profissões liberais, constituindo-se numa “comunidade interpretativa”, em que novos agentes
especializados encontraram uma legitimidade social e uma identidade profissional, isto é, um ethos.
Segundo Traquina (2005), ser jornalista implica a partilha de um ethos construído ao longo de
150 anos, mas também implica a crença uma constelação de valores:
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• O rigor;
• A honestidade;
• A noção de equidistância;
• A objetividade.
Como disse o jornalista francês George Bourdon (apud RUELLAN, 1997, p. 87): “O jornalista não
é ninguém se não for ou não se esforçar por ser, na intimidade de sua consciência, um servidor
da verdade e da justiça, e se não dedicar toda a sua energia a defender honestamente o interesse
público”.
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-TQcy9wWQ7tE/TzKr6E7GV7I/
AAAAAAAABFY/ShQAdUVmdrU/s1600/capafndc.jpg>.
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Eu era amigo do Homem, que era amigo do povo. Logo, eu era amigo do povo, que
tinha, portanto, que comprar meus jornais. Da mesma forma, eu era amigo do Homem,
que era amigo dos industriais progressistas. Logo, eu era amigo dos industriais
progressistas, que tinham, portanto, de anunciar em meus jornais (WAINER, 1987,
p. 171).
A declaração de Samuel Wainer aponta para as relações de poder, especialmente sobre sua
relação com o presidente Getúlio Vargas, que possibilitou o financiamento do seu jornal Última Hora.
Por sua natureza, a imprensa no Brasil sempre esteve ligada a importantes grupos de poder: ora
governo, ora oposição. Como sua força de persuasão, a mídia sempre foi vista como instrumento
de formação da sociedade (a sociedade que se imaginou para agradar aos grupos de poder), desde
os primeiros jornais brasileiros.
Muitos foram os exemplos de jornais que, ao longo da história da imprensa brasileira, tomaram
uma posição política já a partir de sua criação. Mesmo hoje, é possível perceber como os jornais se
posicionam em relação ao poder político instituído. Embora os jornais de maior circulação nacional
– O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo – tenham liberdade para expor suas posições
em relação ao governo, sempre procuram fazer isso sempre sob a bandeira da imparcialidade,
utilizando o conceito democrático de “quarto poder”.
No âmbito político, é público e notório que o Estado também se tem envolvido com
a imprensa, inclusive através da censura direta, recusa de liberar informações,
rigorosas leis de imprensa, perseguição ou bajulação, criação de departamentos de
propaganda, suborno de editorialistas e disseminação de notícias enganosas. Com
frequência o Estado tem procurado usar a imprensa como meio de influenciar ou
controlar a sociedade.
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Os ataques citados por Smith partiram, principalmente, da Tribuna da Imprensa, jornal do também
político Carlos Lacerda, que, assim como Getúlio Vargas, que apostou na força da comunicação com
a criação do programa de rádio A hora do Brasil, criou seu jornal com o apoio popular. Também os
Diários Associados, de Assis Chateaubriand – dono, entre outras empresas, da Rádio e TV Tupi –,
teve total interferência na política da época.
Atualmente, os jornais esforçam-se por expor os dois lados da notícia, mas são seguidamente
criticados e acusados por determinadas posturas, posições e atitudes tomadas. Utilizando um
exemplo mais recente da luta entre o jornalismo e o poder, é possível lembrar as críticas que a
imprensa recebeu dos apoiadores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que chegaram a propor
o seu controle. O então ministro das Comunicações, Franklin Martins, depois de receber diversas
críticas, corrigiu o termo dizendo que o correto não era controle, mas regulação. Martins afirmou
que o governo Lula sofria críticas intensas e que, portanto, o presidente também tinha o direito de
criticar a atuação da imprensa. “A imprensa não está acima da crítica. (...) Liberdade de imprensa
não quer dizer que a imprensa é boa. A imprensa erra muito. Erra de boa fé e de manipulação”,
afirmou em um evento sobre liberdade de imprensa.
Figura 18 – Imprensa
Fonte: Sharomka/Shutterstock
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O mesmo Franklin Martins (2011, p. 17) escreveu no livro Jornalismo Político, comparando o
comportamento da imprensa dos anos 1950 com a atual o que segue:
Martins referia-se ao processo de modernização da imprensa, que fez com que muitos jornais
fechassem as portas, e também sobre a opção feita nesse momento de transformação de falar
com um público de preferências mais amplas, deixando de lado a partidarização.
Ainda Martins (2011, p. 23), referindo-se à cobertura política, afirma, numa clara oposição às
suas ideias como ministro:
A imprensa evoluiu muito em sua independência, desde os tempos em que a ligação entre
Getúlio Vargas e Samuel Wainer possibilitou o surgimento do jornal Última Hora. Mesmo assim,
dependendo do ponto de vista de quem analisa, os jornais são sempre acusados de uma ligação
forte com o poder ou com a oposição. O Estado de S. Paulo, por exemplo, é considerado um jornal
elitista, conservador e de tendência liberal. Ele surgiu como resultado da Convenção Republicana
de Itu, apoiado pela elite paulista que lutava pela República.
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Já a Folha de S. Paulo é tida como mais crítica, voltada para denúncias e apurações, especialmente
na política. É acusada pela esquerda de ser de direita e pela direita de ter uma tendência à esquerda.
Isso se deve à sua trajetória nem sempre bem contada ou colocada às claras. Embora sua história
recente seja mais ligada ao apoio das Diretas Já e à sua independência na área editorial, no período
da ditadura militar, o grupo foi acusado de colaborar com o regime.
Curiosidade
Diretas Já foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil
ocorrido em 1983-1984. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no
Brasil se concretizaria com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo
Congresso. Para saber mais, acesse: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Diretas_J%C3%A1>.
As linhas editoriais das revistas brasileiras como Veja e Carta Capital também são, de acordo
com seus próprios interesses, comprometidas com um lado ou outro. Afonso Albuquerque afirma
que nessas revistas “o material é inteiramente planejado de acordo com interesses políticos e/ou
econômicos; cabe ao repórter preencher os vazios do texto com declarações convenientes”.
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Além dos grandes veículos, existe a questão da chamada imprensa local. Esse tipo de imprensa
tem um comprometimento maior ainda com o poder e com as verbas públicas. Pior é a relação de
propriedade desses veículos, quase sempre nas mãos de políticos locais ou regionais. Isso porque
são veículos que geralmente tem forte influência sobre a opinião pública.
O antigo site Donos da Mídia, que representou um marco na história das pesquisas sobre
comunicação no Brasil, trazia estudos que apontavam a relação do meios de comunicação com a
política. Anualmente, postava mapas da concentração da mídia brasileira, especialmente a relação
de propriedade de políticos com grupos de mídia brasileiros. Sem nenhuma explicação, o site
saiu do ar. O modelo de dados publicados seguia o modelo a seguir, uma das últimas pesquisas
disponibilizadas:
Fonte: <www.donosdamidia.com.br>.
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Fonte: <https://i0.wp.com/www.jornaldocampus.usp.br/wp-content/
uploads/2014/07/Donos-da-M%C3%ADdia.jpg>.
A manipulação entre imprensa e poder tem como objetivo, de acordo com Afonso Albuquerque,
“a preservação de interesses políticos e econômicos dos donos de empresas jornalísticas ou, em
termos mais amplos, das elites do país”.
O jornalista e senador Danton Jobim afirmava que a imprensa tem defeitos, sem dúvida. Mas
acrescentava que a sociedade não aceita a troca de uma imprensa imprecisa num contexto livre,
por uma exata, num ambiente de controle da informação. E destaca:
Na mente popular, o jornal tem um destino heróico a cumprir. Em sua ingênua concepção,
jornalismo não é um negócio, mas a empresa de um campeão permanentemente em
guarda contra a iniqüidade (JOBIM, 2003, p. 68).
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Ainda de acordo com o Manual da Fenaj, o trabalho da assessoria de imprensa permite a criação
de um vínculo de confiança entre a empresa assessorada e os veículos de comunicação. Essa
seria a forma de sedimentar uma imagem positiva junto à sociedade. A Fenaj diz que esse tipo de
atividade, no Brasil, é geralmente prestada por profissionais formados em jornalismo, já que são eles
que possuem a capacidade de selecionar o que é ou não notícia para ser enviado para a imprensa.
Saiba Mais
Para mais informações sobre a Fenaj e para ter acesso a seus materiais, acesse: <http://fenaj.org.
br/>.
Além de selecionar, produzir e enviar a notícia para a imprensa, que poderá utilizar, ou não,
o texto para publicar notas, a assessoria terá a responsabilidade de agendar e dar suporte para
as entrevistas. Essas ações produzem o que se costuma chamar de mídia espontânea, já que a
divulgação não tem custo para a empresa. Embora utilizemos o termo empresa, é preciso destacar
que as assessorias de imprensa atendem pessoas jurídicas e físicas. Políticos, personalidades
públicas, artistas, entre outros, têm cada vez mais cuidado com suas imagens, principalmente com
maior exposição em razão da evolução tecnológica.
Também é importante deixar claro que, embora a Fenaj defenda que se trata de uma atividade
do jornalista – e essa é a realidade no Brasil –, em muitos países essa é uma função do profissional
de relações públicas. Independentemente dessa polêmica, as atividades se iniciaram com um
jornalista que se tornou o pai das relações públicas, como veremos a seguir.
Histórico
A origem da assessoria de imprensa data do final do século XIX, nos Estados Unidos. Surgiu
num momento em que o capitalismo vivia sua era de ouro com a expansão das ferrovias, e também
como resposta a pensamentos como o de um dos mais conhecidos construtores de ferrovias no
país, William Henry Vanderbil. Respondendo a jornalistas, quando perguntado sobre as razões para
fechar um ramal ferroviário que faria falta a uma determinada população, soltou uma frase que se
tornaria célebre e motivadora do surgimento das relações públicas: “the public be damned”, ou “o
público que se dane”, numa tradução livre para o português.
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Figura 21 – Jornalista
Fonte: 2p2play/Shutterstock
Em 1906, Ivy Lee, então jornalista experiente, fundou o primeiro escritório de assessoria de
imprensa ou relações públicas, como a atividade passou a ser chamada nos Estados Unidos. Seu
primeiro ato foi distribuir aos jornais norte-americanos sua Declaração de Princípios:
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Nossa informação é exata. Muitos pormenores sobre qualquer questão serão dados
prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer,
na verificação direta de qualquer declaração de fato.
Em resumo, nossos planos, com absoluta franqueza, para o bem da empresa e das
instituições públicas, são divulgar à imprensa e ao público dos Estados Unidos,
pronta e exatamente, informações relativas a assuntos com valor e interesse para o
público. (apud GURGEL, 1985, p.12)
Esse curto conjunto de regras estabelecido por Ivy Lee a favor da credibilidade é considerado
por muitos especialistas ainda como um excelente guia ético da profissão. Ele se comprometia
com respostas honestas, sempre que fosse solicitado. Essa não é, no entanto, uma opinião de
consenso. Outros teóricos da área acreditam que Ivy Lee criou fatos noticiáveis – os chamados
factóides, que trataremos mais à frente –, formando falsos valores para a boa imagem de seus
clientes perante a opinião pública.
Isso ocorreu, por exemplo, quando Ivy Lee foi contratado pelo odiado industrial americano John
D. Rockefeller em meio a uma grande revolta popular durante a greve sangrenta da Colorado Fuel
and Iron Co. Acusado de ter mandado atirar nos grevistas, Rockfeller só saía protegido por guarda-
costas. Trabalhando na mudança dessa imagem, Lee dispensou todos os seguranças e as demais
barreiras entre seu assessorado e o público. Fez com que Rockfeller fosse depor voluntariamente
no Congresso norte-americano, que investigava o fato, numa atitude que surpreendeu a todos.
Conseguiu transformar a imagem do magnata com o apoio da imprensa, que destacou a atitude
inesperada do industrial.
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Embora seja possível encontrar os princípios da assessoria de imprensa em todas essas ações,
é consenso afirmar que o modelo moderno de relações com a imprensa surgiu com Ivy Lee. Foi a
partir do seu trabalho que os grandes empresários, industriais e políticos passaram a compreender a
importância da comunicação no mundo empresarial e governamental, assim como sua capacidade
de trabalhar questões fundamentais para as organizações.
Lee não apenas trabalhou a informação, mas também a imagem pública de seus assessorados,
criando o primeiro modelo de escola de relações públicas. Esse modelo se expandiu dos Estados
Unidos para a Europa entre os anos de 1940 e 1950, período em que surgiram diversos escritórios
de assessoria de imprensa, e, logo a seguir, para o Brasil.
Em 1938, o governo de Getúlio Vargas criou o DIP, Departamento de Imprensa e Propaganda. Além
do atendimento à imprensa, o órgão tinha uma série de outras atividades, como a comunicação, a
divulgação, a publicidade e a censura, com o controle da informação servindo como instrumento
do autoritarismo durante o Estado Novo, instaurado por Vargas. O DIP foi extinto em 1945, com a
redemocratização do país.
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profissionais como José Rolim Valença, que teria sido o primeiro RP brasileiro, ofício aprendido na
J.W. Thompson, onde foi chefe de grupo, criador e diretor de relações públicas. O resultado foi a
abertura da primeira agência de Relações Públicas do país, a AAB – Assessoria Administrativa Ltda.
Nos anos 1960, praticamente todas as grandes companhias já possuíam suas assessorias. Elas
também eram encontradas nos órgãos governamentais e nas empresas de médio porte. Apesar desta
evolução, a assessoria de imprensa era um campo de atuação profissional visto com certo desprezo
pela categoria. Naquele período, jornalistas eram chamados para trabalhar na área, exatamente
pelo acesso que tinham aos jornais, acumulando a atividade com um ou mais empregos em órgãos
públicos. A disputa entre jornalistas e RPs – atividades que deveriam ser complementares – por
cargos de chefias nas empresas aumentou, na medida em que os salários nas organizações eram
muito mais atraentes do que os oferecidos pelas redações.
Com a implantação do regime militar, em 1964, o interesse das organizações públicas e privadas
pelos setores de assessoria de imprensa aumentaram. O controle da informação fez com que os
assuntos políticos fossem esvaziados e os temas econômicos passaram a ter importância maior
no noticiário, mesmo com o cuidado de se fazer promoção com o nome das empresas. No final da
década de 1960, com menor participação dos jornalistas nas assessorias, funcionários administrativos
com boa formação e com maior facilidade de relacionamento passaram a assumir as funções de
assessores ou relações públicas.
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Figura 22 – Censura
Fonte: <https://nerdnation.com.br/wp-content/uploads/2017/02/Regimes-ditatoriais-
e-distopias-como-a-cultura-pop-retrata-nossos-piores-pesadelos.jpg>.
A situação piorou a partir de 1968, com o AI-5, quando foi instalada a censura. A difícil relação
entre os órgãos governamentais e os jornalistas colaborou na fixação da imagem do assessor que
trabalhava contra a imprensa, bloqueando ou controlando a informação.
Com o enfraquecimento da ditadura militar, as organizações passaram a ter uma visão diferente.
Mais importante que ter boas relações no âmbito governamental era ter uma comunicação eficiente.
As primeiras empresas de assessorias de imprensa começam a surgir nesse período. Na década
de 1970, esse modelo se consolidou. A liberdade da imprensa e o prenúncio de maior exigência dos
direitos sociais e dos consumidores fez com que as empresas passassem a entender a necessidade
de se comunicar diretamente com a sociedade. Buscou-se, então, um melhor relacionamento coma
imprensa e a contratação de profissionais que tivessem qualificação e conhecimento da área.
O diferencial que traziam em relação a outros profissionais que atuavam na área, especialmente
as relações públicas, era o bom trânsito entre seus pares e a familiaridade do jornalista com a
linguagem dos meios de comunicação impressos e eletrônicos. Os jornalistas passaram a ser
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considerados os profissionais mais qualificados para assumir os trabalhos nas assessorias. Embora
não imprescindível, tornou-se desejável que um assessor de imprensa fosse um jornalista e tivesse
passado por grandes redações.
O fato é que nas últimas décadas todo o panorama mudou e cresceu muito. O desenvolvimento do
país, o aumento no número de indústrias, comércios e serviços foram fundamentais nesse cenário,
de acordo com Kunsch (2003), o fortalecimento da sociedade civil, a valorização do terceiro setor,
o crescimento do número de organizações não governamentais, além da existência de inúmeras
outras entidades com ou sem fins lucrativos.
Dados da Associação Brasileira de Relações Públicas apontam que, até 1985, existiam 35
agências de comunicação no Brasil. No ano seguinte, o número dobrou, totalizando 70 agências.
Em 2003, a Abracom tinha registro de mais de mil agências espalhadas no país, estando pelo menos
600 localizadas no estado de São Paulo.
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Figura 23 – Comunicação
Fonte: Kubko/Shutterstock
Para aprimorar essas relações com diferentes públicos surgiram as Assessorias de Comunicação
Social. As chamadas ACS, como define Kopplin e Ferraretto (2000, p. 21), elas prestam
Essa atividade conjunta, chamada também de comunicação integrada, produz resultados muito
mais abrangentes, embora seja possível utilizar apenas um dos serviços especializados das ACS.
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Atualmente, quase toda empresa privada de médio ou grande porte possui uma Assessoria de
Comunicação Social. As ACS também são encontradas nas administrações públicas, nas quais
são responsáveis pela criação e manutenção de políticas de comunicação social, tanto de caráter
interno quanto externo.
O Manual da Fenaj (2007, p.8) define como funções próprias das assessorias de comunicação:
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Por todas essas ações, fica evidente que a ACS deve estar o mais próximo possível da alta direção
das instituições. Segundo Boanerges Lopes (1995), o modelo de Assessoria de Comunicação Social
normalmente encontrado na maioria das administrações públicas do país e em muitas empresas
privadas é o seguinte:
Nesses casos é possível notar que a assessoria de imprensa fica ligada diretamente à presidência
ou ao executivo mais alto na hierarquia, em vez de estar subordinado à chefia da ACS.
No entanto, a estrutura considerada mais adequada para o funcionamento de uma ACS apresenta,
em seu organograma, um equilíbrio entre as três áreas (Assessoria de Imprensa, Publicidade e
Propaganda e Relações Públicas), possibilitando o estudo conjunto das melhores estratégias a
serem aplicadas numa política de comunicação social. Como se verá, no exemplo a seguir, a ACS
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Assessoria de Imprensa
A área da assessoria de imprensa já foi descrita anteriormente, mas podemos resumir que a
principal atividade da área é a intermediação entre a fonte e a imprensa. O setor deve administrar
informações jornalísticas das fontes para os todos os veículos de comunicação e vice-versa,
abastecendo a imprensa com informações do assessorado por meio de releases, press-kits, sugestões
de pautas, entre outros. Também deve estar disponível para atender as solicitações dos jornalistas.
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Mas a assessoria de imprensa também cuida de atividades que vão da edição de jornais,
revistas e vídeos destinados ao público externo ou interno, elaboração de fotografias e programas
de rádio e de TV, até o preparo de textos de apoio, súmulas e sinopses, passando pela organização
de entrevistas coletivas e individuais.
Outra atividade é o controle e arquivo das informações divulgadas por meio do clipping, assim
como a avaliação desse material e de outros que possam interessar ao assessorado. A AI é também
responsável pela organização e atualização de um mailing list. E participa com os setores de
Publicidade e Relações Públicas das decisões sobre as estratégias globais da administração.
Publicidade e Propaganda
A área de Publicidade e Propaganda, numa ACS, é responsável por planejar, coordenar, administrar
campanhas e supervisionar os serviços de agências contratadas. O setor, conforme Francisco
Gaudêncio Torquato do Rego (1986), “é um subsistema de comunicação que coloca em relação
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produtores e consumidores por meio dos distribuidores e dos mass media”. Também é a área que
deve executar estudos mercadológicos.
Figura 27 – Publicidade
Fonte: arthimedes/Shutterstock
Todo material impresso criado na ACS (cartazes, folhetos e faixas), a produção de spots
(comunicação breves em rádio ou TV) e de jingles devem aos seus cuidados. Tem sob sua
responsabilidade a escolha dos veículos de difusão mais adequados, assim como das agências de
intermediação. Deve participar, em conjunto com aAI, da produção dos vídeos institucionais, assim
como deve fazer parte, em conjunto com AI e RP, na definição das estratégias de comunicação.
Como se vê, a atividade de comunicação aos olhos da Publicidade e Propaganda contém ações
de caráter comercial. Busca, de forma direta, o consumo dos produtos e serviços oferecidos pela
instituição assessorada.
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Relações Públicas
Nas atividades voltadas para o público interno, o setor de RP é responsável por proporcionar
um clima de integração, promovendo reuniões técnicas da diretoria com todos os setores, além de
organizar festividades, cumprimentos funcionários por ocasião de aniversários, casamentos, datas
especiais, e promover atividades esportivas, culturais, concurso. Sua presença na elaboração de
programas de comunicação interna, em conjunto com a assessoria de Imprensa é imprescindível.
O setor também deve manter cadastros atualizados dos segmentos de interesse da instituição
e participar, junto com PP e AI, das definições das estratégias globais de comunicação.
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Por: Rawpixel.com/Shutterstock
Um assessor de imprensa que trabalhe com as redes sociais assume um papel de um gerente
de mídia social, que passa a ser responsável pela imagem da empresa nas redes.
Uma equipe organizada para as mídias sociais geralmente exige diferentes perfis. Entre eles, é
comum formar o grupo com os seguintes profissionais:
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Estrategista de Mídia Social: responsável pelo desenvolvimento e pela elaboração das estratégias
para alcançar os objetivos da organização.
Gerente de Comunidade: responsável por cuidar da marca, manter a lealdade e por apoiar do
cliente. É um personagem muito ativo nas redes sociais.
Analista de Mídias Sociais: responsável por analisar os dados, utilizando as métricas disponíveis
para acompanhar as atividades nas redes sociais.
Eles criam conteúdo, respondem comentários, respondem perguntas e tudo mais que envolvam
a organização. Os gerentes de mídia social, na maioria das vezes, lidam com pessoas que têm uma
relação com a empresa ou ouviram falar dela. Suas funções básicas são:
• Gestão diária da atividade de mídia social da empresa, inclusive em plataformas como Facebook,
Twitter e Instagram.
• Criar conteúdo original, de forma proativa, para engajar e atrair novos públicos, gerando o
tráfego entre o site da organização e feeds de mídia social.
• Liderar e gerenciar campanhas de redes sociais em torno de eventos específicos e de atividades
diárias.
• Promover o trabalho de mídia da empresa nas plataformas de redes sociais da empresa.
• Acompanhar o monitoramento e a agenda de notícias para garantir que as mensagens da
organização sejam apresentadas de forma oportuna e envolvente.
• Promover o diálogo com os principais interessados e formadores de opinião por meio das
redes sociais.
• Trabalhar com equipes multidisciplinares, especialmente de marketing digital, para produzir
conteúdo multimídia, como fotografias, infografias e material audiovisual.
• Gerenciar e treinar pessoas para atuar nas mídias sociais.
• Recomendar e aconselhar sobre oportunidades de desenvolvimento de mídia digital e social.
• Acompanhar e analisar regularmente a mídia social e a atividade do site, produzindo relatórios
mensais.
• Proteger a reputação da organização nos canais de mídia social e alertar sempre que necessário
sobre questões que possam trazer risco ou prejudicar a reputação da instituição.
Muitas vezes a atuação desse gerente é mais complexa. Ele assume o papel de “gestor de
uma comunidade”. Embora muitos achem que os dois termos representam a mesma coisa, já
que existe uma sobreposição de algumas funções, um gerente de comunidade é responsável por
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defender a organização nas redes sociais. Eles criam sua própria personalidade social e atuam
ativamente dentro de uma comunidade online para se conectar com potenciais clientes e defender
a imagem. A ideia é cultivar, nutrir e se envolver com uma determinada audiência, com a intenção
de transformar essa audiência de redes sociais em uma comunidade. Os gerentes da comunidade
geralmente lidam com aqueles que não ouviram falar do negócio para o qual trabalham e promovem
a conscientização da empresa.
Um gerente de mídias sociais utiliza a maior parte de seu tempo respondendo e ajudando clientes.
Outra parte significativa é dedicada a escrever conteúdo para a rede social. Outro processo que faz
parte da atividade diária são as atividades de estratégias e planejamento. Um tempo menor, mas
não menos importante, é voltado para analisar o desempenho social e colaborar com membros da
equipe.
Reflexiva
O papel do assessor está evoluindo. Não é um conceito totalmente novo, mas de urgência
crescente. Temos de ficar em sintonia com as tendências digitais emergentes para garantir que
oferecemos um novo valor aos nossos clientes de forma criativa e estratégica. Isso é particularmente
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importante, considerando que a evolução das tendências digitais criará desafios nunca antes vistos
para nossos clientes – e precisamos saber como abordá-los.
É importante ter uma visão holística da comunicação digital. À medida que as ferramentas e
técnicas digitais emergem, muitos podem vê-los como empreendimentos separados para serem
gerenciados por equipes separadas (internamente ou externamente). Mas, na maioria dos casos,
há mais valor a ser obtido em esforços e expertise integrados.
Estabeleça o acesso às métricas digitais o mais rápido possível. Tornou-se cada vez mais
difícil mapear as estratégias de comunicação tradicionais e as estratégias contemporâneas, como
as mídias sociais, para avaliar se atingem os objetivos globais dos clientes. Ao obter acesso às
métricas do Google Analytics e de mídias sociais, é possível mostrar de forma proativa e contínua
como as atividades contribuem para o tráfego do site e para despertar o interesse crescente em
seus produtos ou serviços.
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Para aumentar a visibilidade e a autoridade online da sua marca, a comunicação digital expande o
alcance do conteúdo apelando para a forma como os usuários se comportam online.
Conteúdo de divulgação
Para gerar a exposição digital que a sua marca precisa para crescer, aproveite as táticas tradicionais
de comunicação de novas maneiras. Mude sua percepção de conteúdo de uma ferramenta simples
usada para expressar valor em um meio digital para divulgação e amplificação. Com a estratégia
certa, o conteúdo pode aumentar a visibilidade através do alcance da publicação, conectando-se
com influenciadores e construindo relacionamentos que abrem novas oportunidades.
O conteúdo também pode ser usado para gerar autoridade, por meio do reconhecimento da
marca, e buscar visibilidade com posts otimizados, focados em palavras-chave de nicho.
Ao contrário da comunicação tradicional, a digital pode medir a mídia de forma mais efetiva,
atribuindo tráfego e novas oportunidades diretamente a campanhas individuais. Além disso, como a
comunicação digital oferece mais controle diretamente nas mãos do consumidor, também permite
o gerenciamento de respostas em tempo real que podem desenvolver relacionamentos, estimular
o engajamento e gerar melhores resultados com conteúdo focado no consumidor.
Desenvolvendo Relações
Para desenvolver um plano de comunicação digital que envolva os usuários, utilize os princípios
da teoria dialógica das relações públicas, caracterizada pela integração entre os públicos de uma
organização, e vice-versa, através da comunicação. O diálogo tem a capacidade de mudar a dinâmica
do relacionamento público da organização, colocando ênfase na palavra relacionamento. A criação
um relacionamento implica a existência de confiança e comunicação abertas entre as duas partes.
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Para desenvolver conteúdo, deve-se pensar no diálogo que se deseja criar para representar sua
marca.
Por: STILLFX/Shutterstock
1. Seja conversacional
Em vez do método mais tradicional de falar com os consumidores, envolva conversas com
os usuários para criar a defesa da marca e aumentar a confiança. Se os clientes expressarem
preocupações online, responda. As mídias sociais oferecem uma ótima oportunidade para que as
marcas façam isso e devem estar na vanguarda da sua estratégia.
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3. Mantenha-se relevante
A última coisa que os consumidores querem ver quando visitam seu site, páginas de mídia social
e blogs é o conteúdo desatualizado. Mantenha-se relevante e crie um calendário de conteúdo para
ajudar a manter sua marca ativa. Aproveite uma variedade de mídias e mantenha seu conteúdo
envolvente e visual.
4. Cative os usuários
Ao invés de ter um chamado tradicional de vendas para a ação, pense sobre o que os consumidores
realmente querem ver. Se livre da mentalidade “clique aqui para comprar” e faça chamadas mais
valiosas para ações que ofereçam informações e conteúdo mais relevantes.
Enquanto os métodos tradicionais, como releases e cobertura de mídia, ainda tenham seu lugar
no mundo do marketing, as marcas precisam adotar um plano de comunicação digital abrangente
para se tornar visível no mundo digital. Esteja comprometido com conversas abertas e significativas
com os consumidores para criar uma melhor experiência de usuário e retorno sobre seu investimento.
Marketing de Conteúdo
Uma das maiores tendências no mundo digital, de acordo com os especialistas, é o marketing
de conteúdo. Essa atividade ampliou o espaço dos assessores, que usam conteúdo original – como
postagens de blogs, e-books, apresentações e vídeos – para atrair clientes potenciais para o seu
site e aumentar o seu envolvimento com os canais de mídia social. Ter conteúdo forte e útil aumenta
a credibilidade da empresa junto aos clientes, melhora a sua classificação nos motores de busca
e faz a diferenciação com os concorrentes.
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Fonte: <http://www.timers.com.br/wp-content/uploads/2016/03/modelo-marketing-de-conteudo.jpg>.
Ter uma riqueza de bom conteúdo pode ajudar a converter referências em clientes. As empresas
devem incluir material de educação do consumidor em seus sites para ajudar as perspectivas que
chegam através dos mecanismos de pesquisa. Crie conteúdo que ajude as pessoas com os desafios
que estão enfrentando, escreva um guia, grave uma apresentação ou faça um vídeo que diga aos
consumidores coisas que precisam saber. Várias formas de mídia podem ser utilizadas para educar
o consumidor, desde vídeos, pequenos cursos online, e-books, blog e podcasts, entre outros.
Tal como acontece com as mídias sociais, o marketing de conteúdo por si só não irá ganhar
negócios, mas pode ajudar a atrair potenciais clientes para a sua órbita. Os consumidores encontram
as empresas por meio de pesquisas do Google, por exemplo.
Embora o marketing de conteúdo seja eficaz, não funciona como o marketing tradicional,
porque os contatos vêm através do site ou das redes sociais e nem sempre é possível saber como
o consumidor localizou a empresa.
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em direção a um alvo que irá mudar ao longo do tempo. Neste ambiente, o objetivo é criar uma
organização próxima ao mercado para detectar quando a mudança é essencial e ágil o suficiente
para responder rapidamente com a solução mais competitiva. Embora todas as empresas sintam
o impacto desse desafio digital de forma diferente, uma organização ágil tem a melhor chance de
encontrar o caminho correto e se adaptar conforme necessário.
Quando feito corretamente, o marketing digital pode ajudar a organização a se tornar mais forte
e mais focada. Para isso, é preciso entender o público: os serviços que eles precisam e querem,
o que os motiva, com o que eles preocupam e as palavras e imagens que falam com eles. E ao
definir quem são seus clientes ideais, provavelmente, você terá melhor compreensão do que é a
sua empresa. Mas o ponto fundamental é que não se pode construir uma marca sem saber quem
é a empresa.
O marketing digital é acessível a pequenas empresas: é mais fácil do que se pensa. Ele pode
ser mais rentável e menos trabalhoso do que as empresas pensam. Aqui estão dicas para expandir
suas práticas de marketing em um orçamento:
Websites
Poucas empresas ainda não têm um site. Se esse for o caso, agora é a hora de mergulhar
no projeto. Da mesma forma, um site desatualizado pode custar a perda de negócios. Pesquisa
realizada nos Estados Unidos mostra que cerca de 30% dos clientes descartaram uma empresa
em razão da qualidade do site. Para obter um site atualizado, você não precisa contratar uma
agência de marketing. Existem projetos pré-fabricados que podem ser personalizados pela equipe
de comunicação. Também existem plataformas gratuitas ou de baixo custo que auxiliam a criação
de sites a partir de um modelo, sem necessidade de codificação.
O importante é publicar novos conteúdos regularmente para evitar que o site fique estagnado
e para ajudá-lo a ser indexado pelos motores de busca. Um assessor de imprensa poder ser
fundamental nesse processo.
Mídia social
Se a empresa não tem uma equipe grande na área da comunicação ou especializada em mídia
social, uma oportunidade é utilizar ferramentas de gerenciamento de redes sociais gratuitas ou
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de baixo custo, como Buffer, Hootsuite e TweetDeck para agendar postagens em plataformas de
redes sociais.
Marketing de conteúdo
Encontre usuários para o conteúdo que você já produziu. Muitas empresas já enviam boletins
para seus clientes. Por que não enviá-los para outros possíveis consumidores? É oportuno incluir
uma caixa de inscrição em seu site, capturar seus e-mails e enviar-lhes atualizações. Você pode
atrair os clientes potenciais para se inscreverem no seu boletim informativo, oferecendo-lhes algum
tipo de bônus. O importante é criar conteúdo original e útil.
Concentre-se em uma ou duas táticas e execute-as bem: falando, escrevendo, fazendo vídeos ou
fazendo apresentações. Tenha um calendário de conteúdo e defina quando e com que frequência
você publicará conteúdo.
O autor lembra que os jornalistas que atuam na imprensa “não são apenas instrumentos, canais
úteis ao assessor de imprensa”, mas se constituem um de seus públicos. O profissionalismo e a
compreensão do interesse e necessidades do jornalista de redação – e/ou do público final – fez
com que a relação entre eles chegasse a um nível de importante colaboração, sabendo cada um
dos lados da impossibilidade de se trabalhar sem a parceria entre esses dois profissionais.
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Trate o assessor de imprensa com respeito e desconfiança. Ele pode ser uma fonte de
informação, mas atua também como lobista, defende os interesses da organização
em que trabalha. Nem sempre esses interesses são os mesmos que os dos leitores.
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/_qhTeNv1JO90/ShtXPwI807I/AAAAAAAAAvo/PdDTTliYZ9I/s400/jornalistas.jpg>.
Nessa relação, é importante o conhecimento que o assessor tem das atividades das redações.
Seu feeling deve se aproximar do feeling da redação, mantendo o faro da notícia, da observação e
da investigação. Também é preciso destacar que, dependendo da cultura da organização, haverá
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uma cultura comunicacional que se diferencia nas empresas públicas, privadas, ONGs, instituições
sem fins lucrativos, e mesmo entre o trabalho de assessoria para políticos e celebridades. A cultura
organizacional deve ser gerenciada com transparência na comunicação interna e externa.
Assim como a instituição assessorada tem sua própria cultura, a cultura do receptor não deve
ser desprezada. O uso de receitas prontas não permite a boa comunicação nem com o assessorado
nem com o jornalista, que constitui o público. É preciso lembrar que existe um interesse comum:
a divulgação da informação.
Também o jornalista tem requisitos para exercer sua profissão e se relacionar bem com os
assessores de imprensa. É necessário, em um primeiro momento, que tenha (ou procure ter) um
conhecimento mínimo sobre o assunto, caso contrário a atividade do assessor será muito mais
difícil. O jornalista deve manter-se informado sobre as notícias divulgadas em seu veículo e nos
demais, deve ter uma visão de mundo e capacidade crítica, precisa ter um arquivo pessoal de fontes e
informações relevantes. Deve, principalmente, não ser arrogante com o assessor, compreendendo os
limites de seu trabalho. Embora dificilmente isso ocorra, o jornalista deve entender que a fonte pode
não estar disponível para entrevista no momento desejado. E deve evitar a busca de atendimento
privilegiado. Isso costuma ocorrer com frequência, principalmente antes de coletivas.
O jornalista deve, ainda, obter telefones e e-mails de assessores e entrevistados para contato
posterior e esclarecimento de dúvidas, checar as informações e buscar fontes alternativas, e ver
o assessor como parceiro na busca pela informação, compreendendo que o interesse na notícia é
mútuo.
E o que esperar do assessor de imprensa? De uma forma geral, espera-se que o assessor possa:
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Embora essa seja uma relação básica das ações que se espera dos assessores, é importante
destacar que muito desses itens não são respeitados pelos profissionais de mercado. Falta,
principalmente, conhecimento mais amplo sobre o noticiário, sobre os acontecimentos, sobre os
profissionais do outro lado do balcão, enfim, conhecimento que daria a eles condições de exercer
sua profissão de forma muito mais digna e respeitosa. Como jornalista que é, o assessor precisa,
antes de tudo, ser bem informado. O assessor moderno deve estar atento à necessidade de ações
de comunicação e marketing criativas, que estimulem a mídia e o público-alvo, sem jamais esquecer
a área social.
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Por: OPOLJA/Shutterstock
Uma das ações concretas nesse sentido é procurar conhecer se os repórteres locais escrevem
sobre as questões relacionadas com o seu trabalho, buscando descobrir em que tipo de histórias
eles estão interessados. Assim, quando tiver uma história, poderá mandá-la diretamente para eles
e, depois, telefonar. Geralmente, essa é a melhor maneira de enviar matérias para a imprensa. Evite
generalizar, mandar longos e enfadonhos relatórios e documentos sobre políticas, a não ser que
eles sejam formalmente solicitados.
Tenha o mesmo cuidado em relação à entrevista coletiva com a imprensa. É preciso assegurar-
se de que ela seja curta e objetiva, com o cuidado necessário para que a mensagem que deve ser
transmitida seja clara.
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Embora seja uma boa ideia tomar a iniciativa de compartilhar informações, evite pedir
constantemente a atenção da mídia. A organização de entrevistas coletivas ou almoços desnecessários
com a imprensa, assim como a tentativa de atrair publicidade barata para a organização produzem
efeitos contrários. Os jornalistas passam a não levar a sério o material encaminhado, mesmo que
em algum caso seja realmente importante.
É adequado evitar que a organização seja forçada a uma situação em que seja preciso pagar
para ter suas informações publicadas. Tenha cuidado com qualquer presente que der aos jornalistas.
Responda com a maior rapidez e precisão possível às perguntas das organizações de mídia. Seja
honesto.
Em situações difíceis, não tenha medo de se recusar a responder a uma pergunta. Procure evitar
respostas inúteis como “sem comentários”. Quando estiver em dúvida, peça tempo para dar uma
resposta melhor e mais precisa. Seja firme, mas polido.
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As estratégias devem ser pensadas sob medida para cada cliente, de forma a encontrar os
melhores caminhos para estreitar o relacionamento entre a organização e a imprensa, ampliando
o interesse pela cobertura de determinados assuntos, com o objetivo de transmitir as mensagens-
chave para públicos específicos, fortalecendo a reputação das empresas e de seus líderes perante
a opinião pública.
Essa análise exige o acompanhamento das notícias publicadas nos jornais desde as primeiras
horas do dia, considerando as praças que sejam de interesse do cliente (capital ou interior). Nessa
atividade, chamada de clipping, todo material que esteja ligado direta ou indiretamente à empresa
deve ser separado para, em seguida, ser recortado e colado em um formulário próprio que também
deverá trazer todas as indicações da publicação (caderno, página, etc.). Geralmente, a clipagem é
feita por empresas especializadas terceirizadas. Existe, além dos veículos impressos, o clipping
eletrônico, que cobre a divulgação de notícias publicada no rádio e na TV.
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Outra ferramenta realiza pesquisas no mercado na base dos jornalistas. A utilização desse
serviço possibilita identificar a imagem da empresa no mercado, obter dados para a elaboração
de novos projetos e medir o grau de satisfação de produtos e serviços. Os resultados obtidos com
esse “termômetro” são essenciais na hora de traçar a estratégia ou rever as táticas adotadas pela
empresa, como explica Rivaldo Chinem (2003), já que o público que opina sobre o assunto de seu
interesse é predominantemente formador de opinião.
Figura 34 – Análise
Por: indypendenz/Shutterstock
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Os instrumentos de aferição
Assessores de imprensa são comunicadores, analistas e estrategistas que sempre estão fazendo
julgamentos que, para serem sólidos, precisam de informações válidas e confiáveis. Elas nos ajudam
a decidir se estamos “fazendo bem”. Para isso, é preciso definir objetivos mensuráveis. Eles nos
dizem de onde estamos começando e onde o programa de comunicação está indo, fornecendo a
base para o planejamento e validando os dados de feedback.
Existem etapas para configurar sua busca e utilizar plenamente as informações obtidas:
1. Definir objetivos.
2. Determinar os critérios.
3. Selecionar uma ferramenta de medição.
4. Comparar os resultados com os objetivos.
5. Modificar seu processo se comunicação, se for o caso.
A reunião das primeiras letras forma a palavra Impact (impacto). No entanto, a varredura e
retenção de informação não são lineares. A informação exibida em uma página de um jornal
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proeminente pode não ser necessariamente retida como poderia ser em uma pequena nota dirigida
a um público específico.
Para obter informações válidas, o responsável pela divulgação deve evitar julgar pessoalmente
o “tom” ou a favorabilidade de uma cobertura e interpretar as mensagens transmitidas pela mídia.
O ideal é que a avaliação seja feita por um grupo independente que pode dar uma opinião objetiva.
Esse grupo não deve ser composto por colegas da mesma organização ou consultoria, mas pessoas
de fora do negócio. Assim, o nível de interpretação subjetiva é reduzido.
Rivaldo Chinem (2003, p.119) cita o comunicólogo espanhol Joan Costa, que diz que a comunicação
no âmbito das empresas é o que estrutura sua realidade organizacional, sua cultura e sua conduta
corporativa: “A comunicação é o sistema nervoso central da organização”.
No entanto, Chinem (2003) questiona se é possível existir alguma forma objetiva de avaliar os
resultados avaliar, já que mensurar apenas pelo número de matérias publicadas pode induzir ao erro.
O autor considera que, nesse caso, é importante mudar o enfoque, voltando para o ponto central
que é a construção das marcas.
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Sem dúvida que manter um mailing atualizado é essencial. Muitas empresas oferecem esse
serviço, já que existe uma rotatividade grande de profissionais da imprensa nas redações, da
mesma forma em que sempre estão surgindo novos veículos, especialmente em tempos de internet.
Esses serviços de mailing geralmente têm um custo razoável. Em grandes capitais, é praticamente
impossível atualizar esses dados por meio da própria equipe de comunicação. Não entanto, essa
não é uma realidade de cidades menores, onde existe menor rotatividade de jornalistas e as pessoas
costumam se conhecer ou se relacionar mais proximamente.
Por: Aysezgicmeli/Shutterstock
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um serviço que faz projeção de imagem verificando a tiragem de cada veículo versus
fator multiplicador (quantas pessoas foram atingidas). Mensurar os resultados
obtidos é um trabalho que se faz avaliando a centimetragem ocupada pela mídia.
Algumas empresas ainda verificam a correlação entre o que foi publicado e o que
ela pagaria em dinheiro, caso se tratasse de matéria paga, comparando com gastos
em publicidade. É difícil estabelecer índices de rentabilidade nesse campo, pois há
uma série de variáveis apresentadas em cada edição de jornal ou revista. (CHINEM,
2003, p.121)
No entanto, o autor destaca que as tiragens não são exatas, existe a possibilidade de sobras e
o cálculo de leitores por número de exemplares é sempre aproximado. Não existem pesquisas que
façam esse acompanhamento com frequência.
Outra questão é que, no ambiente da web, as notícias se multiplicam e podem ser publicadas
– e lidas – em uma infinidade de sites. Portanto, não se trata de um cálculo simplista.
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que tabela é uma referência de preço, pois “fora do balcão de anúncios, a negociação
em cima da tabela oficial é sempre um exercício complicado”. (SCHMITZ, 2005, p.24)
CONCLUSÃO
A comunicação interna tem sido uma área de atenção primordial dentro das organizações,
porque o envolvimento dos funcionários passou a estar na vanguarda da agenda dos negócios. Por
isso, a importância de se discutir as melhores práticas e o que há de novo no setor. Os funcionários
são recursos de valor para qualquer organização. São únicos e, desse modo, são uma fonte de
competência central nas organizações, contribuindo para a vantagem competitiva que a organização
tem sobre seus concorrentes.
Da mesma forma, qualquer modelo de empresa – seja pública ou privada, grande ou pequena,
com ou sem fins lucrativos – pode se beneficiar com o trabalho positivo junto aos meios de
comunicação. A assessoria de imprensa é sempre o meio mais econômico de dar visibilidade à
empresa, especialmente por meio da mídia espontânea, ao invés da publicidade. Mas não apenas
isso. A assessoria pode trabalhar a imagem dos especialistas da organização, o que contribui para
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ganhar credibilidade não apenas da imprensa, mas do consumidor/cliente. Pode também ajudar a
contar boas histórias da organização, especialmente em períodos que as informações negativas
se destacam. É importante perceber que a imprensa é apenas um caminho, porque o foco final são
os públicos que se relacionam com as empresas, inclusive os investidores.
Enfim, a comunicação – interna ou externa – deve estar no foco central de atenção de qualquer
organização. E quem exerce essa atividade precisa ter em mente a importância do seu trabalho na
construção da imagem institucional.
GLOSSÁRIO
House organ – house organ é a denominação dada ao veículo (jornal ou revista) de uma empresa
ou entidade. Ele geralmente é concebido para divulgar os fatos e as realizações da empresa ou
entidade e pode assumir diferentes configurações, dependendo do público a que se destina.
Tiers état: Na monarquia tanto na França, até a Revolução Francesa, quanto no restante da Europa,
nomeadamente no Reino de Portugal, o termo Terceiro Estado (em francês: tiers état) indicava as
pessoas que não faziam parte do clero (Primeiro Estado) nem da nobreza (Segundo Estado).
Press trip – normalmente as press trips são justamente para fazer um press tour, ou seja, a trip (ou
viagem) é feita para a realização de um tour (visita guiada) na empresa.
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