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RESUMO

RESUMO - AULA 01: OBESIDADE OU OBESIDADES?

OBESIDADE OU OBESIDADES?

A obesidade tem sido discutida e trabalhada cada vez mais, em qualquer tipo de
atendimento. Estamos sempre lidando com essa temática, e cada vez mais precisamos
desse olhar comportamental.

A obesidade vem sido discutida ao longo dos últimos 10 anos de um jeito um pouco
diferente. Temos alguns autores que levantaram o termo Obesidades. Ele entrega uma
diversidade muito grande para esclarecer o fenômeno da Obesidade. Essa diversidade
mostra que, vários fatores podem explicar as condições metabólicas desse paciente,
e isso está pouco compreendido apenas pelo IMC.

Por exemplo, vemos pessoas que mesmo com obesidade, possuem padrões metabólicos
muito diferentes. Não é apenas o IMC que consegue explicar a complexidade que é a
Obesidade.

A Obesidade é definida como um acúmulo progressivo de gordura corporal. Esse


acúmulo, quando está somado com outros elementos, pode conferir maior risco de saúde
às pessoas. Por isso, temos pessoas em situações muito diferentes.

Temos o termo Obesidade Metabolicamente Saudável, que fala sobre as pessoas com
IMC maior que 30, mas que não possuem problemas clínicos. Em contrapartida, temos
pessoas dentro do IMC considerado “Ideal”, e ainda assim possuem um quadro de saúde
metabólica com muitos mais riscos e complicações crônicas, ao longo prazo.

Por isso, o que difere essas pessoas não é o IMC e peso corporal, e sim a ausência ou
presença de fatores protetores. Mas como relacionar o comportamento com esses
fatores protetores?

Na Obesidade, temos a influência da alimentação, exercício físico e dos cuidados de saúde


como um todo, que são fatores protetores. Eles conseguem modificar a velocidade de
com que o tecido adiposo se acumula, visceralmente, a predisposição ao aumento das
citocinas pró inflamatórias...
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OBESIDADE OU OBESIDADES?

É a mudança de comportamento que representa a modificação desses fatores


protetores. No final das contas, quando falamos de saúde metabólica, não irá importar
tanto o peso. É mais importante nos preocupar com a manutenção do peso, do que
propriamente com a perda de peso. A oscilação do peso corporal se mostra muito mais
pró inflamatória - o efeito sanfona que as pessoas com obesidade, comumente passam.

Por isso, precisamos focar nos efeitos protetores, para que a pessoa tenha condições de
não oscilar o seu peso corporal. Quando focamos no comportamento, o peso corporal
se torna algo secundário. Pensamos primeiro naquilo que deve ser o foco: mudar o
comportamento. É a partir disso, que no médio e longo prazo, vemos as outras
mudanças - inclusive fisiológicas e bioquímicas.

Temos vários estudos que mostram que mesmo aqueles que se engajam em dietas
restritivas e outros tratamentos, muitas vezes possuem um resultado insuficiente de
perda de peso. É necessário ter a mudança de comportamento.

Quando colocamos o enfoque por completo no peso corporal, há uma associação


dele com o aspecto estético. Por isso, acabamos estigmatizando e pré-julgando o
paciente com Obesidade, a partir do seu peso. Inclusive a capacidade de superar os
obstáculos e de aderir ao tratamento. O profissional de saúde já chega para atender
essas pessoas com essa pré-concepção, e não consegue promover o vínculo, o que é
essencial na mudança comportamental. O vínculo com o paciente só acontece se existe
uma relação sem julgamentos, e consequentemente não há uma adesão.

A Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica)


possui um manifesto para obesidade publicado recentemente, além do documento
publicado em 2022, já considerando o estigma com a obesidade, como elemento a ser
monitorado pelos profissionais de saúde.

Saber se comunicar, dialogar de maneira neutra, para que o paciente não se sinta
afastado, é um aspecto importante para que haja adesão aos fatores protetores.
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OBESIDADE OU OBESIDADES?

É preciso realizar uma investigação nas questões do paciente, de maneira acolhedora e


cuidadosa. Dessa forma, conseguimos ver quais serão os pontos a serem trabalhados.

O comer restritivo não é meramente uma redução de calorias, mas envolve os


pensamentos que o indivíduo possui em relação a comida. Podemos elencar diversos
elementos, como as aflições, anseios em relação a imagem corporal... E quando tentamos
impor uma privação da alimentação, como método exclusivo, todas essas particularidades
não são consideradas. O paciente irá fazer algo que foi imposto por você para ele, e não
com ele.

Quando falamos de mudança de comportamento, vamos além apenas dessa limitação. A


primeira alternativa é aprender a se comunicar de uma maneira diferente com o
paciente. É importante conversar com o paciente, para ele entender a maneira como se
relacionava com a comida. É necessário promover cuidado, para construir o caminho
junto com ele.

Não são só os pacientes que precisam aceitar uma nova maneira de abordagem,
mas os profissionais da saúde também. Os pacientes precisam de uma educação
nutricional. Trabalhamos sempre com o fornecimento de opções - incluir mais e excluir
menos. O diário alimentar é uma grande estratégia para entender o comportamento
alimentar do paciente, além dos sinais de fome e saciedade, ao longo do dia a dia dele.

O paciente precisa da nossa ajuda no processo de mudança. Somos facilitadores do


processo de mudança.
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LIVROS:
https://nutricaocomportamental.com.br/livros/
Ciência do Comportamento Alimentar 1ª Edição:https://bit.ly/499xMdL

ARTIGOS:

https://drive.google.com/drive/folders/1AStT9VlqE_jioQ5oDcqhf_1R4WgPCS8C?usp=sharing

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