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Aula 15 - Soluções - parte I

Aprenda sobre ajuste de manipulação de umidades de concentração


das soluções e suas classificações.
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 4
1. CLASSIFICAÇÃO DAS DISPERSÕES. ........................................................................................................ 4
SOLUÇÃO ................................................................................................................................................................... 5
COLOIDE ..................................................................................................................................................................... 7
SUSPENSÃO .............................................................................................................................................................. 12

2. COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE. ........................................................................................................ 14


CLASSIFICAÇÃO DA SOLUÇÃO ..................................................................................................................................... 14
SOLUBILIDADE ENDOTÉRMICA E EXOTÉRMICA. ........................................................................................................... 17
ASPECTOS QUANTITATIVOS DO COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE ................................................................................... 21

3. CONCENTRAÇÕES. ........................................................................................................................... 28
DENSIDADE............................................................................................................................................................... 29
CONCENTRAÇÃO COMUM (C) E CONCENTRAÇÃO MOLAR (M) ...................................................................................... 30
CONVERSÃO DE CONCENTRAÇÃO COMUM EM CONCENTRAÇÃO MOLAR. ..................................................................... 31
TÍTULO ..................................................................................................................................................................... 35
FRAÇÃO MOLAR ........................................................................................................................................................ 42
CONCENTRAÇÃO MOLAL OU MOLALIDADE (W) ........................................................................................................... 42

4. SOLUBILIDADE DE GASES: LEI DE HENRY. ............................................................................................ 45


5. QUESTÕES FUNDAMENTAIS .............................................................................................................. 50
SOLUÇÕES ................................................................................................................................................................ 50
CONCENTRAÇÕES ..................................................................................................................................................... 50

6. JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES ............................................................................................. 51


COLOIDES ................................................................................................................................................................. 51
COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE ................................................................................................................................. 56
CONCENTRAÇÕES ..................................................................................................................................................... 67
LEI DE HENRY ............................................................................................................................................................ 85

7. GABARITO SEM COMENTÁRIOS ......................................................................................................... 89


8. RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS .................................................................................... 90
SOLUÇÕES ................................................................................................................................................................ 90
CONCENTRAÇÕES ..................................................................................................................................................... 93

9. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS ............................................................................................ 98


10. CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS............................................................................................... 166
11. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 166

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 2


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Introdução
Soluções é um dos assuntos encontrados em aulas de destaque dos principais pré-
vestibulares. Esse assunto é, frequentemente, exigido em questões objetivas numéricas e em
questões discursivas. Nesta aula intensiva de soluções, trataremos dos principais aspectos com
ênfase nos aspectos quantitativos.

Are you ready? Let’s go!

1. Classificação das Dispersões.


A dispersão de uma substância é o espalhamento dela por todo o volume de outro
material puro ou impuro. As dispersões são classificadas de acordo com o tamanho das
partículas dispersas:

*1nm = 10-9m e 1 µm=10-6m.

O material que se espalha é chamado disperso, enquanto o material que contém o


disperso é chamado de dispersante. O material disperso não é visto por microscópicos em
soluções, porém é capaz de ser visto em coloides. O material disperso em uma suspensão pode
ser visto a olho nu, por exemplo, areia em água.

Solução Coloide Suspensão

Material espalhado: Soluto ou disperso Disperso Disperso

Meio: Solvente ou dispersante Dispersante Dispersante

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Solução

sólida Ex: ligas metálicas.


Solução
ou líquida Ex: solução aquosa de cloreto de sódio.
mistura homogênea
gasosa Ex: qualquer mistura gasosa.

Soluções são misturas de duas ou mais substâncias que apresentam um único aspecto,
ou seja, são materiais homogêneos.

O que usar depois da atividade física: água de coco ou bebida isotônica?


A água compõe até 60% da massa em homens e 50%
da massa em mulheres. Uma pessoa, em média, elimina pela
urina 2,6 litros de água por dia, se não realizar atividade física
intensa. A sede é o principal meio de comunicação do corpo
humano com o cérebro para os primeiros sinais de pequena
desidratação. Resumidamente, o envio do sinal da sede quer
dizer que existem células desidratadas, ou seja, o seu volume
diminuiu. Ao realizar atividades físicas, um dos problemas a
ser evitado é a desidratação. Portanto, beba água, antes, Figura 1 - Hidrate-se. [fonte: Gary
durante e/ou após o exercício. Problemas encontrados pela Butterfield/Unsplah].

perda de água excessiva durante a prática de atividades físicas:

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Se o problema da atividade física fosse apenas a desidratação, a solução seria mais


simples: beber água mineral! Porém, após a atividade física a baixa em sódio e em carboidratos
pode ser um problema. Portanto, é comum substituir água mineral por água de coco ou
isotônico.

Dados para 100mL de produto.

Para praticantes de atividade física, o isotônico pode ser indicado devido à quantidade
de íons próximos aos níveis encontrados no suor. A ingestão de carboidrato por essa bebida
também é interessante para o gasto calórico durante ou após ao exercício físico. A Sociedade
Brasileira de Medicina Esportiva atribui que os isotônicos não podem conter mais de 6% de
carboidratos em sua composição. Pessoas que querem emagrecer devem prestar atenção no
gasto calórico e na ingestão dessas calorias provenientes pelos isotônicos. Consultar um
nutricionista é sempre a melhor opção. Não se esqueça que nos isotônicos são encontrados
corantes, conservantes e aromatizantes artificiais que interferem no metabolismo do indivíduo.
A água de coco é um produto natural de elevado valor nutricional e pode ser consumida
a partir dos 6 meses de vida. Apresenta baixa concentração de sódio, mas elevada concentração
de potássio, o que a torna uma bebida favorável para repor os eletrólitos. Mesmo apresentando

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pequenas quantidade de sódio, pessoas hipertensas devem fazer acompanhamento médico


para selecionar as bebidas apropriadas para repor os hidroeletrolíticos.
Portanto, o segredo na seleção da bebida repositora hidroeletrolítica não é o produto
em sim, mas: a atividade física realizada, as condições ambientes e o objetivo de vida do
indivíduo. Para um atleta, o consumo do isotônico é viável durante a atividade física,
principalmente se for acima de 1 hora de duração. Se o objetivo não for o desempenho da
atividade física, a água de coco pode ser uma opção mais saudável devido ao somatório de
nutrientes encontrados nela.

Coloide
Os coloides ou dispersões coloidais são materiais que, aparentemente, parecem
soluções, mas ao aplicar a centrifugação, por exemplo, é observado a separação de duas fases.
Fumaça e leite são exemplos desses materiais. Portanto, os coloides representam um estado
intermediário entre uma solução e uma suspensão.

aparência sólida Ex: Marshmallow.


Coloide
ou aparência líquida Ex: Leite.
dispersão coloidal
aparência gasosa Ex: Fumaça.

Outra técnica utilizada para a identificação de um coloide é o efeito Tyndall.

Figura 2 - Efeito Tyndall observado por uma lanterna no alto de uma Figura 3 - Efeito Tyndall observado pelo
montanha de Las Vegas, EUA. [fonte: Isaac Davis/Unsplash]. feixe de luz solar [fonte: Greg
Becker/Unsplash].

A luz, ao atravessar um coloide, sofre dispersão (espalhamento) da luz. Quando um feixe


de luz atravessa um meio diferente, sofre refração, ou seja, desvio de sua trajetória. A presença

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de partículas em um coloide desvia os comprimentos de onda em diferentes extensões, ou seja,


ocorre o espalhamento da luz por causa das diferentes refrações ou reflexões encontradas ao
longo do material heterogêneo.
O efeito Tyndall observado por um feixe de luz atravessando um bosque ou a neblina é
explicado, majoritariamente, pelas refrações diferentes que esse feixe sofre ao atravessar várias
partículas líquidas (gotas de água). A cada entrada e saída em uma gota de água, a luz é
desviada com trajetórias diferentes, por isso a sensação da luz sendo espalhada. Por sua vez, o
espalhamento do feixe de luz quando atravessa um ar empoeirado é explicado pelas inúmeras
reflexões das partículas sólidas dispersas no ar.
Tipos de coloides
Simplificadamente, coloide é um material heterogêneo que a olho nu parece
homogêneo, mas é heterogêneo. Ele é caracterizado pelos estados físicos da porção em menor
quantidade (fase dispersa) e da porção em maior quantidade (fase dispersante). Os tipos de
coloides são:

Coloide Aspecto Fase dispersa Fase dispersante Exemplos

Aerossol sólido Gasoso Sólido Gás Poeira e fumaça.

Aerossol líquido Gasoso Líquido Gás Neblina e desodorante.

Espuma líquida Líquido Gás Líquido Espuma de sabão e


chantilly.

Emulsão Líquido Líquido Líquido Leite, maionese e manteiga.

Sol Líquido Sólido Líquido Tinta e pasta de dente.

Espuma sólida Sólido Gás Sólido Isopor, esponja, pedra-


pomes e marshmallow.

Gel Sólido Líquido Sólido Geleia, gelatina (pronta),


Margarina e maisena em
água.

Sol sólido Sólido Sólido Sólido Rubi e safira.

Alguns exemplos comerciais:

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Partículas líquidas ou sólidas arrastadas


Spray por um gás. Esse gás pode ser chamado
de propelente ou propulsante.

Figura 2 - spray [fonte: Andrew


Magill/Flickr].

Porção lipídica (gordura) dispersa em uma


porção hidrofílica (aquosa). Leites
Leite
desnatados apresentam menor proporção
da fase lipídica.

Figura 3 - leite [fonte: Eiliv Sonas


Aceon/Unsplash].

A dispersão de um detergente ou sabão


Dispersão de contém estruturas chamadas de micelas,
sabão ou que são capazes de formar emulsões. Essa
detergente emulsão é obtida pela coexistência das
porções hidrofílicas e hidrofóbicas.
Figura 4 - porção líquida de um sabão
[fonte: Scott Webb/Unsplash].

A tinta quando dentro do recipiente é um


sol, ou seja, partículas sólidas dispersas em
um líquido. Quando ela é aplicada em uma
Tinta de parede
parede forma-se um gel. A tinta aplicada
na parede apresentará abundância da
parte sólida em relação à líquida.

Figura 5 - tintas de parede [David


Pisnoy/Unsplash].

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É uma mistura de peptídeos derivados da


Gelatina
hidrólise do colágeno, que é uma proteína.

Figura 6 - gelatina [Hans/pixabay].

Por que o sorvete derretido não volta ao que era antes quando colocado no congelador?

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Os sorvetes são basicamente formados por: leite,


creme e açúcar. O sorvete é uma emulsão, ou seja, uma
mistura de duas coisas que não se misturam. Oi? Isso
mesmo, sabe aquilo que você escutou uma vez “água e óleo
não se misturam?”, então, esquece isso. Calma que vou
explicar.
Em uma das etapas de produção do sorvete, a
gordura (porção lipídica) presente no creme escolhido é
forçada por uma pequena válvula de elevada pressão, que
despeja inúmeras gotas de gordura na mistura contendo
leite. As proteínas presentes no leite aderem a superfície
dessas gorduras, recobrindo a superfície. Esse
recobrimento da superfície impede que as gotas de gordura Figura 7 - Sorvete derretendo [fonte:
possam interagir novamente e acabem separando da mistura. Dana de Volk/unsplash].

Obteve-se uma emulsão: dispersão de gordura em água. A


olho nu aparenta-se um líquido branco, mas com microscópio é possível observar um líquido
branco com bolinhas amarelas. No processo de fabricação de sorvetes é comum adicionar
outros emulsificantes (substâncias que vão aumentar a eficácia da dispersão da fase lipídica em
água), sendo o mais utilizado em alimentos a lecitina de soja. A qualidade da gordura utilizada
no sorvete é muito importante, porque gorduras com moléculas muito compridas apresentam
dificuldade de sofrer fusão e fornecem a sensação cerosa na língua. Você já tomou algum
sorvete que deixava a língua com sabor rançoso? Por essa razão, bons sorvetes devem
apresentar gorduras de temperatura de fusão baixa e, assim, derretem na boca.
Outra etapa importante é a aeração do sorvete: injeção de ar. A presença da proteína,
do emulsionante e da gordura facilitam a incorporação de ar ao sorvete e, consequentemente,
diminuem a densidade do sorvete. Sorvetes de melhor qualidade apresentam menor
quantidade de ar, logo, são mais densos e derretem mais lentamente.
O congelamento é realizado a baixas temperaturas. Quanto menor a temperatura, mais
rápido o sorvete fica pronto. Geralmente, utiliza-se uma mistura de água e sal que atinge -21
°C ou amônia líquida a -30 °C.
Quando um sorvete derrete, a estrutura organizada entre a gordura, a proteína e o
emulsificante é desfeita em partes. Portanto, ocorre uma separação parcial da parte lipídica
(gordurosa) da parte aquosa; ou seja, a parte de cima fica com gosto rançoso, enquanto a parte
de baixo com gosto aguado. Ao colocar esse material que se separou em duas porções líquidas
de densidades diferentes no congelador, o novo material congelado continuará com as duas
fases sólidas separadas. O que fazer?
Algumas propostas para tentar ‘salvar’ o sorvete derretido:
1) Adicionar uns 100 a 150 mL de leite integral (INTEGRAL! Ter gordura é importante
para a formação do sorvete) fervido, bater na batedeira até ficar homogêneo e
colocar no congelador.

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2) Coloque em uma bacia 14 pedras de gelo e 6 colheres de sal. O sal diminuirá a


temperatura de fusão do gelo. Coloque o sorvete derretido em um recipiente. Insira
o recipiente dentro da bacia com gelo e sal. Claro que você não deve permitir que o
gelo com sal caia dentro do sorvete. Mexa muito, mas muito mesmo, até ficar bem
pastoso e, assim, coloque no congelador.
3) Tome assim mesmo, porque, afinal, é sorvete.

Suspensão
Suspensão é uma mistura heterogênea. Geralmente, as suspensões são formadas por
sólidos insolúveis em líquidos. Exemplos de suspensões: água e areia, água e cimento, água e
azeite e leite de magnésia.
Uma das suspensões importantes nas provas de vestibular é a suspensão leite de
magnésia. Esse material é formado por Mg(OH)2 em água.

(UNITAU SP/2017)
Sobre soluções químicas, assinale a alternativa CORRETA.

a) O soluto apresenta uma coloração diferente do solvente.


b) As soluções apresentam uma segunda fase precipitada, denominada soluto.
c) A solução é sempre uma mistura homogênea.
d) Todas as soluções apresentam efeito Tyndall.
e) Soluções são sempre péssimas condutoras de eletricidade.

Comentários:

Julgando os itens, tem-se:


a) Errado. O soluto e o solvente formam uma solução, ou seja, um sistema homogêneo (aspecto
único).
b) Errado. O soluto é a porção dissolvida na solução, portanto não está precipitado.
c) Certo. Solução ou mistura homogênea é um sistema monofásico.

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d) Errado. As soluções não apresentam efeito Tyndall. Esse efeito é observado, somente, em
sistemas heterogêneos: coloides e suspensões.
e) Errado. As soluções são classificadas em iônicas ou moleculares. As soluções iônicas
conduzem corrente elétrica, enquanto as soluções moleculares não conduzem.

Gabarito: C

(Centro Universitário São Camilo SP/2014)


A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, afetando tanto crianças quanto adultos.
A fumaça do cigarro é prejudicial aos asmáticos, mesmo se o doente não fumar. “Bombinha” é
como as pessoas chamam os dispositivos que contêm medicações inalatórias na forma líquida,
utilizadas no tratamento da asma.
(www.sbpt.org.br. Adaptado.)
A fumaça do cigarro e a medicação inalatória, na forma como é aplicada pelas bombinhas,
são coloides que recebem as classificações, respectivamente, de

a) aerossol e sol.
b) aerossol e gel.
c) sol e aerossol.
d) aerossol e aerossol.
e) sol e sol.

Comentários:

A fumaça é um coloide que apresenta partículas sólidas dispersas em um meio gasoso,


portanto, é classificada como aerossol sólido.
A medicação inalatória ou o spray líquido é formado por partículas líquidas dispersas em
um meio gasoso, portanto, é classificada como aerossol líquido.

Gabarito: D

(ACAFE SC/2013)
Sobre o sistema coloidal, analise as afirmações a seguir.
I. O diâmetro médio das moléculas de glicose em uma solução aquosa é maior que as
partículas dispersas em um sistema coloidal.
II. Creme de leite e maionese são exemplos de sistemas coloidais.

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III. Micelas podem ser representadas por um agregado de moléculas anfipáticas dispersas
em um líquido, constituindo uma das fases de um sistema coloidal.
IV. O Efeito Tyndall pode ocorrer quando há a dispersão da luz pelas partículas dispersas
em um sistema coloidal.

Todas as afirmações corretas estão em:

a) II - IV
b) III - IV
c) I - II – III
d) II - III – IV

Comentários:

Julgando os itens, tem-se:


I. Errado. O sistema coloidal é um sistema heterogêneo, enquanto a solução aquosa de glicose
é um sistema homogêneo. Assim, as partículas dispersas no coloide são maiores do que as da
solução.
II. Certo. Creme de leite e maionese são emulsões, porque apresentam duas porções líquidas:
porção lipídica (fase dispersa) e porção aquosa (fase dispersante).
III. Certo. Moléculas anfipáticas ou anfifílicas são moléculas que apresentam interação polar e
apolar, por isso, são capazes de formar micelas. As micelas são responsáveis pela formação de
emulsões, que é um sistema coloidal.
IV. Certo. O efeito Tyndall é o espalhamento da luz, quando um feixe luminoso atravessa
sistemas heterogêneos: coloides e suspensões.

Gabarito: D

2. Coeficiente de Solubilidade.

Classificação da solução
As soluções são misturas homogêneas. Especificamente neste tópico, a atenção será o
estudo de soluções líquidas, que são classificadas em:

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Solução Saturada Solução Insaturada Solução Supersaturada

• A máxima quantidade • Uma quantidade de • Uma quantidade de


de soluto dissolvida em soluto dissolvida, soluto dissolvida,
dada quantidade de inferior à máxima, em superior à máxima, em
solvente, a uma dada quantidade de dada quantidade de
determinada solvente, a uma solvente, a uma
temperatura. determinada determinada
• É o coeficiente de temperatura. temperatura.
solubilidade. • É um sistema instável e
específico para alguns
casos.

Quando a quantidade de soluto dissolvida é a máxima possível em um sistema líquido,


essa quantidade é denominada coeficiente de solubilidade.
Esse coeficiente é específico para cada soluto, solvente e temperatura. Observe o
gráfico de solubilidade do brometo de potássio (KBr) em 100 gramas de água em diferentes
temperaturas.

A cada temperatura, o coeficiente de solubilidade do KBr é alterado. A 30 °C, pode-se


concluir que a quantidade de dissolução máxima desse sal em 100 g de água é igual a 70 g.
Logo,
1. Quantidade de soluto inferior a 70 g: todo o soluto é dissolvido e o sistema é classificado
em solução insaturada.
2. Quantidade de soluto igual a 70 g: todo o soluto é dissolvido e o sistema é classificado
em solução saturada.
3. Quantidade de soluto superior a 70 g: 70 g de soluto são dissolvidos, a porção restante
é sedimentada (corpo de fundo) e o sistema é classificado em solução saturada com
corpo de fundo.

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A solução supersaturada somente é formada se for comprovada experimentalmente.


Somente será classificado uma quantidade de soluto dissolvido em um sistema como solução
supersaturada se a questão fornecer dados para se afirmar isso. Caso contrário, o sistema será
uma solução saturada com corpo de fundo.
A seguir analisa-se os pontos de um mesmo gráfico, porém com títulos diferentes.

Os pontos A, B e C referem-se às quantidades colocadas de soluto em uma quantidade


de água. Os pontos A’, B’ e C’ referem-se às soluções preparadas, ou seja, referem-se às
misturas homogêneas.
Conclui-se:

A B C A’ B’ C’

solução
saturada
solução solução Solução solução solução
+
saturada insaturada supersaturada saturada insaturada
corpo de
fundo

Quantidade Quantidade
colocada de Quantidade Solução com Solução com Solução com
colocada de
soluto colocada de concentração concentração concentração
soluto
superior à soluto igual à de soluto de soluto de soluto
inferior à
quantidade quantidade maior que a igual à menor à
quantidade
máxima de máxima de solução solução solução
máxima de
dissolução e, dissolução. máxima. saturada. saturada.
dissolução.
assim,

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formação de
decantado.

Portanto, muito cuidado ao interpretar gráficos. Gráficos com quantidades colocadas e


soluções preparadas podem gerar significados diferentes.

Solubilidade endotérmica e exotérmica.


Geralmente, as substâncias dissolvem-se mais depressa em temperaturas mais elevadas.
O que não significa dizer que se dissolvem em maior quantidade. Em quantidade, os gases, por
exemplo, são mais solúveis em sistemas líquidos de baixa temperatura, porém, a sacarose
dissolve mais em água quente. Portanto, classifica-se a dissolução em dois tipos: dissolução
endotérmica e dissolução exotérmica.

Dissolução endotérmica: absorve energia durante a dissolução do soluto. Quanto


maior a temperatura, maior a solubilidade do soluto na solução.
Dissolução exotérmica: libera energia durante a dissolução do soluto. Quanto menor
a temperatura, maior a solubilidade do soluto na solução.

Observe as curvas de solubilidade dos sais abaixo:

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Figura 10 - Curvas de solubilidade de diferentes sais [fonte: UFPEL 2014].

O único sal apresentado no gráfico que possui dissolução exotérmica é o sulfato de cério
(Ce2(SO4)3). Os demais sais aumentam a solubilidade em temperaturas mais altas.

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Por que as substâncias apresentam dissolução endotérmica ou exotérmica?


A dissolução de uma substância em outra envolve ruptura de interações e formação de
novas. É necessário romper as interações soluto-soluto e formar a interação soluto-solvente. As
rupturas são etapas endotérmicas, ou seja, precisam absorver energia para ocorrer. A formação
da interação soluto-solvente é exotérmica, ou seja, ocorre liberação de energia. Toda
dissolução envolve etapas que absorvem e liberam energia, porém a etapa majoritária é
específica ao tipo de soluto.
A energia envolvida na dissolução de uma substância é chamada de entalpia de solução
ou calor de solução (ΔHsolução). O cálculo da entalpia de dissolução de um composto iônico é
realizado pela análise de dois parâmetros:

Separação soluto-soluto Interação soluto-solvente


(etapa endotérmica) (etapa exotérmica)

• Quanto mais forte a atração soluto- • Quanto maior a atração soluto-


soluto, maior a absorção de energia solvente, maior a quantidade de
necessária para romper a atração energia liberada na interação. O
entre eles. soluto é solvatado pelo solvente.
Quando o solvente é a água, as
• A energia de atração entre os íons é moléculas de água orientam seus
chamada energia de rede ou energia polos e formam interações com o
reticular representado por ΔHrede. soluto sendo denominado hidratação.

• A energia reticular relaciona-se com a • A energia liberada quando um soluto


dificuldade de separar os íons, ou seja, é hidratado (ou solvatado pela água) é
transformar um retículo iônico sólido denominada energia de hidratação
em íons gasosos (livres). (ΔHHidratação).

Dissolução exotérmica
A dissolução exotérmica do sulfato de lítio (Li2SO4) é esquematicamente representada
por:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 19


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Neste caso, a intensidade da energia de hidratação é maior do que a energia reticular e,


por isso, a etapa de liberação de energia é maior do que a de absorção. Consequentemente, a
entalpia de dissolução é exotérmica.

Dissolução endotérmica
A dissolução endotérmica do iodeto de potássio (KI) é esquematicamente representada
por:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 20


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Neste caso, a intensidade da energia reticular é maior do que a energia de hidratação e,


por isso, a etapa de absorção de energia é maior do que a de liberação. Consequentemente, a
entalpia de dissolução é endotérmica.

Aspectos quantitativos do coeficiente de solubilidade


Organizam-se os cálculos de solubilidade em quatro parâmetros: quantidade de soluto,
quantidade de solvente/solução, coeficiente de solubilidade e temperatura.

Quantidade de
Quantidade de Coeficiente de
solvente/quantidade de Temperatura
soluto solubilidade
solução

? ? ? ?

A partir do valor do coeficiente de solubilidade abaixo, serão apresentados alguns


cálculos de solubilidade.

Caso 1 – cálculo de solvente para a saturação de uma solução.


Qual a massa, em gramas, de água necessária para saturar 120 g de KNO3 a 40 °C?
Primeiramente, identifica as quantidades dos seguintes parâmetros:

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Quantidade de Coeficiente de
Quantidade de soluto Temperatura
solvente solubilidade

60 g de KNO3/100 g de
120 g ? H2O 40 °C
(extraído do gráfico)

60 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂


120 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
x = 200 g de H2O
Caso 2 – calcular a quantidade de soluto a partir da massa da solução?
Qual a massa, em gramas, de NaNO3 necessária para saturar 200 g de solução a 10 °C?
Muito cuidado com a leitura desse tipo de item. A informação fornecida é que apresenta
200 g de solução. Solução é resultado da combinação soluto mais solvente. Portanto,
msolução = msolvente + msoluto

Quantidade de Coeficiente de
Quantidade de soluto Temperatura
solução solubilidade

80 g de NaNO3/100 g de
? ? H2O 10 °C
(extraído do gráfico)

A massa de solução para saturar 100 g de H2O é:


msolução = msolvente + msoluto
msolução = 100 g + 80 g
msolução = 180 g
Assim, a 10 °C, a cada 180 g de solução, temos: 100 g de solvente e 80 g de NaNO3.
80 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 180 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 −−−− 200 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
x = 88,8 g de soluto.

Caso 3 – calcular a quantidade de soluto cristalizado pela alteração da


temperatura.
Qual a massa, em gramas, de cloreto de amônio (NH4C) cristalizada quando uma solução
saturada com 400 g de H2O, a 30 °C, for resfriada a 10 °C?
Preenchendo os parâmetros necessários para cada temperatura, tem-se:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 22


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Quantidade de Coeficiente de
Quantidade de soluto Temperatura
solvente solubilidade

40 g de NH4C/100 g de
? 400 g H2O 30 °C
(extraído do gráfico)

30 g de NH4C/100 g de
? 400 g H2O 10 °C
(extraído do gráfico)

Percebe-se que a dissolução a 30 °C é maior que a dissolução a 10 °C, portanto calcula-


se a quantidade de soluto dissolvida em 400 g de água nas duas temperaturas. A diferença
entre as quantidades de soluto é igual a quantidade cristalizada ou também chamada de corpo
de fundo.

Quantidade de soluto a 30 °C. Quantidade de soluto a 10 °C.

40 g de NH4 Cl − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂 30 g de NH4 Cl − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂


𝑥 g de NH4 Cl − − − − 400 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂 𝑥 g de NH4 Cl − − − − 400 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
x = 160 g de NH4Cl dissolvidos inicialmente. x = 120 g de NH4Cl dissolvidos ao final.

Portanto, a quantidade precipitada é igual a:


Massa do precipitado = 160 g – 120 g = 40 g de NH4Cl

(IBMEC SP Insper/2019)
Em uma aula de laboratório de química, foi realizado um experimento que consistiu em
adicionar em um béquer 300 g de água, em temperatura ambiente, e certa quantidade do sal
sulfato de magnésio hexaidratado (MgSO4·6H2O) até formar uma solução saturada com corpo
de fundo. Essa mistura foi aquecida até completa solubilização do sal, que ocorreu quando a
temperatura atingiu 50 °C. Na sequência, deixou-se a solução resfriar até 20 °C e verificou-se
novamente a presença do sal cristalizado no fundo do béquer.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 23


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Foram fornecidos aos alunos os dados de solubilidade desse sal nas duas temperaturas
medidas.

Com as informações fornecidas, foram calculadas as massas do sal presente na solução a 50


°C e do sal cristalizado a 20 °C. Esses resultados são corretamente apresentados, nessa ordem,
em:

a) 53,5 g e 9,0 g.
b) 160,5 g e 9,0 g.
c) 294,0 g e 27,0 g.
d) 97,0 g e 9,0 g.
e) 160,5 g e 27,0 g.

Comentários:

Inicialmente, completa-se as informações importantes no quadro abaixo:


20 °C → 44,5 g de sal / 100 g de H2O
50 °C → 53,5 g de sal / 100 g de H2O
O experimento realizado utilizou 300 g de água, obtendo uma solução saturada a 50 °C.
Portanto, calcula-se a quantidade de soluto necessária para saturar 300 g de H2O a 50 °C e 20
°C:

A 50 °C, todo o soluto, 160,5g, estava dissolvido. Quando resfriado, apenas 133,5 g dos
160,5 g encontra-se dissolvido em solução.
Portanto, a massa do precipitado é de:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 24


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Mprecipitado = 160,5 g – 133,5 g = 27 g do sal.


Assim, a quantidade dissolvida do sal a 50 °C é de 160,5 g e a quantidade cristalizada a 20
°C é de 27g.

Gabarito: E

(FGV SP/2018)
Foram preparadas quatro soluções aquosas saturadas a 60 °C, contendo cada uma delas
100 g de água e um dos sais: iodeto de potássio, KI, nitrato de potássio, KNO3, nitrato de sódio,
NaNO3, e cloreto de sódio, NaC. Na figura, são representadas as curvas de solubilidade desses
sais:

Em seguida, essas soluções foram resfriadas até 20 °C, e o sal cristalizado depositou-se no
fundo de cada recipiente.
Considerando-se que a cristalização foi completa, a maior e a menor massa de sal
cristalizado correspondem, respectivamente, aos sais

a) KI e NaC.
b) KI e KNO3.
c) NaNO3 e NaC.
d) KNO3 e NaNO3.
e) KNO3 e NaC.

Comentários:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 25


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A questão deseja saber a maior quantidade de sal cristalizada e a menor quantidade cristalizada,
sabendo que todas as soluções a 60 °C eram saturadas. O sal que apresentará maior quantidade
cristalizada é aquele que apresentar maior variação entre os valores de saturação, ou seja, maior
inclinação na curva do gráfico.
A variação das saturações para as quantidades de sal, de 60 °C para 20 °C, de cada solução é:
NaC: massa dissolvida a 60 °C é próxima da massa dissolvida a 20 °C.
KNO3: massa dissolvida a 60 °C é próxima de 110 g e massa dissolvida a 20 °C é próxima de 35
g, portanto a massa cristalizada é, aproximadamente, 75 g.
NaNO3: massa dissolvida a 60 °C é próxima de 120 g e massa dissolvida a 20 °C é próxima de
85 g, portanto a massa cristalizada é, aproximadamente, 35 g.
KI: massa dissolvida a 60 °C é próxima de 230 g e massa dissolvida a 20 °C é próxima de 160
g, portanto a massa cristalizada é, aproximadamente, 70 g.
Logo, o sal de maior quantidade cristalizada é o KNO3 e o menos cristalizado é o NaC.

Gabarito: E

(FPS PE/2018)
Considere a curva de solubilidade do cloreto de amônio em água:

Um técnico de laboratório preparou uma solução saturada deste sal a 60 °C e removeu todo
o corpo de fundo. Após resfriamento, a temperatura chegou em 30 °C. O técnico filtrou o
NH4C sólido que havia precipitado e verificou que sua massa era igual a 60 g. Qual foi o volume
aproximado de água utilizada no preparo da solução?

a) 400 mL
b) 350 mL
c) 250 mL
d) 200 mL
e) 150 mL

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 26


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Comentários:

Inicialmente, será descrito dois momentos:

Gabarito: A

(UEFS BA/2018)
Considere a figura que representa a estrutura cristalina do sólido KC e o gráfico da curva
de solubilidade desse mesmo sólido.

Ao resfriar a 20 °C uma solução saturada de cloreto de potássio que contém 400 g de H2O
a 40 °C, a massa de KC cristalizado será igual a

a) 20 g.
b) 10 g.
c) 5 g.
d) 35 g.
e) 40 g.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 27


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Comentários:

Comparando a solubilidade do sal em 400 g de água, a 40 °C e a 20 °C, tem-se:

Portanto, a porção cristalizada é igual a 160 g – 140 g = 20 g.

Gabarito: A

3. Concentrações.
Existem várias maneiras de expressar as relações: soluto-solução, soluto-solvente e
solução-solução. A seguir serão apresentadas as principais expressões quantitativas das
soluções.

Densidade massa da solução por volume da solução.

Concentração
quantitativas das soluções

massa do soluto por volume da solução.


comum
Principais expressões

Concentração
número de mols do soluto por volume da solução.
molar

Título massa ou volume do soluto por massa ou volume da solução.

Fração
número de mols do soluto por número de mols da solução.
molar

Molalidade número de mols do soluto por massa do solvente.

Antigamente, os vestibulares exigiam as interpretações das concentrações por suas


classificações. Atualmente, os vestibulares indicam as unidades que exigidas nas questões. Por
exemplo, antigamente se dizia que a concentração comum de uma solução de KBr era igual a
50, entretanto, atualmente, é escrita por 50 g/L. Portanto, não se preocupe em decorar ou

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 28


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

expressar as concentrações com as exatas classificações, mas fique atento às unidades


expressas nas questões.

Densidade
Densidade é a razão da massa da solução pelo volume da solução, ou seja, a massa de
todo o sistema dividido pelo volume de todo o sistema.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Ou seja,
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
Em soluções líquidas com solutos sólidos, o volume do solvente é, aproximadamente,
igual ao volume da solução.
Portanto, para sistemas soluto sólido em solvente líquido:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
Exemplo 1 - cálculo da densidade da solução.
A 25 °C, ao misturar 100 gramas de iodeto de potássio (KI) em 100 mL de água e sabendo
que a densidade da água é igual a 1g/mL, a densidade da solução, em kg/L, é calculada por:
Primeiramente, observa-se que a densidade desejada deve ser expressa em g/L,
portanto, o volume do solvente, que é igual ao volume da solução, será apresentado por 0,1 L
e a massa será apresentada em kg.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
0,1 𝑘𝑔 + 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,1 𝐿
Sabendo que a densidade da água é igual a 1 g por 1 mL, logo, 100 mL de água possuem
100 g.
0,1 𝑘𝑔 + 0,1 𝑘𝑔
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
0,1 𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 2 𝑘𝑔/𝐿

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 29


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Logo, cada 1 L de solução apresenta 2 kg de soluto e solvente.


Exemplo 2 - cálculo da densidade de uma mistura de líquidos miscíveis.
O cálculo da densidade de uma mistura de líquidos miscíveis pode ser realizado por duas
maneiras:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
1) 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
2) Se não houver contração ou expansão de volume, pode ser realizado uma média
ponderada das densidades.
Calcule a densidade, em g/mL, da mistura formada por 70% de etanol e 30% de água,
sabendo que as densidades, em g/mL, de etanol e água são, respectivamente, iguais a 0,8 e 1.
70% · 0,8 𝑔/𝑚𝐿 + 30% · 1𝑔 /𝑚𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
100%
Densidade = 0,86 g/mL

Concentração comum (C) e Concentração molar (M)


Concentração, em sua forma geral, é a razão da quantidade do soluto dividido pelo
volume da solução.
Concentração comum ou concentração em g/L é a razão da massa do soluto pelo volume
da solução.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Concentração molar ou concentração em mol/L ou molaridade é a razão do número de
mols do soluto pelo volume da solução.
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
A diferença da densidade e a concentração é que para calcular a densidade de uma
solução divide-se a massa de tudo pelo volume de tudo, enquanto o cálculo da concentração
divide-se a massa do soluto pelo volume da solução.
Exemplo - cálculo da concentração do soluto.
A 25 °C, ao misturar 100 gramas de iodeto de potássio (KI) em 100 mL de água, calcula-
se:
a) concentração em g/L ou concentração comum do iodeto de potássio.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
100 𝑔
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,1 𝐿

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 30


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 1000 𝑔/𝐿

b) concentração em mol/L ou concentração molar do iodeto de potássio.


𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Para calcular o número de mols de 100 gramas de KI é necessário obter os dados das
massas molares dos elementos potássio e iodo na tabela periódica: 39 g/mol e 127 g/mol,
respectivamente. Portanto a massa molar do KI é igual a 166 g/mol.
166 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐼 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼
100 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐼 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼
x = 0,6 mol de KI
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,6 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐼
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,1 𝐿
Concentração molar é igual a 6 mol/L ou 6 molar ou 6 M.

Conversão de concentração comum em concentração molar.


A conversão da concentração em g/L para mol/L, ou vice-versa, é realizada a partir dos
dados da massa molar.
Exemplo – conversão entre as concentrações comum e molar.
a) Converter a concentração de 11,4 g/L para mol/L de NaOH.
Sabendo que a massa molar de NaOH é igual a 40 g/mol, converte-se 11,4 g para número
de mols.
40 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
11,4 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑂𝐻
x = 0,28 mol de NaOH.
Substitui-se o valor de 11,4 g para 0,28 mol na relação numérica inicial, assim:
11,4 g/L → 0,28 mol/L
b) Converter a concentração de 0,3 mol/L de Na2SO4 para g/L.
Sabendo que a massa molar do Na2SO4 é igual a 142 g/mol, converte-se 0,3 mol de
Na2SO4 para a massa em gramas.
142 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 − − − − 0,3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4
x = 42,6 gramas de Na2SO4.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 31


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Substitui-se o valor de 0,3 mol para 42,6 g na relação numérica inicial, assim:
0,3 mol/L → 42,6 g/L

c) Converter a concentração de 3,33 g/L de CaC2 para mol/L de C-.


Primeiramente, sabe-se que para cada uma fórmula de CaC2 são dissociados dois íons
C .
-

Sabendo que a massa molar do CaC2 é igual a 111 g/mol, converte-se a massa de 3,33
g de CaC2 para o número de mols de C-. Lembre-se que para cada 1 mol de CaC2,
apresentam 2 mols de C-.
111 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑙2 −−−− 2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙 −
3,33 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑙2 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙 −
x = 0,06 mol de C-.
Substitui-se o valor de 3,33 g para 0,06 mol na relação numérica inicial, assim:
3,33 g/L de CaC2 → 0,06 mol/L de C-

Inicialmente, não trabalharei os cálculos de soluções com fórmulas. O uso de fórmulas


será utilizado em um segundo momento com o intuito de acelerar a resolução, ou seja, somente
após o domínio dos cálculos básicos de soluções. Todavia, para que o material escrito seja o
mais completo possível, irei apresentar as fórmulas que podem ser utilizadas, mas não irei
apresentar resoluções das questões utilizando-as.
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚 (𝑔/𝐿) = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑚𝑜𝑙/𝐿) · 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑔/𝑚𝑜𝑙)
𝑔 𝑚𝑜𝑙 𝑔
= ·
𝐿 𝐿 𝑚𝑜𝑙

(PUC RS/2019)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 32


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

“Os íons de metais alcalinos têm importantes funções no nosso organismo, tais como
influenciar em contrações musculares e pressão arterial, manter a pressão osmótica dentro das
células e influenciar a condução dos impulsos nervosos. A diferença nas concentrações totais
de íon de metais alcalinos dentro e fora da célula produz um potencial elétrico pela membrana
celular, responsável, por exemplo, pela geração de sinais elétricos rítmicos no coração. As
concentrações de Na+ e K+ nas células sanguíneas vermelhas são de 0,253 g·L–1 e de 3,588 g·L–
1
, respectivamente”.
Rayner-Canham, G.; Overton, T.
Química Inorgânica Descritiva. LTC.

As concentrações aproximadas desses íons, em mol·L–1, são respectivamente

a) 23,0 e 39,0
b) 2,30 e 3,90
c) 0,011 e 0,092
d) 0,007 e 0,156

Comentários:

A partir das concentrações de sódio e potássio iguais a, respectivamente, 0,253 g·L –1 e 3,588
g·L–1, calcula-se a concentração em mol/L para cada íon.

Gabarito: C

(UEG GO/2016)
Considere 5 L de uma solução aquosa contendo 146 g de cloreto de sódio que será utilizada
como solução de partida para outras de mais baixa concentração. Uma quantidade de 2 mL
dessa solução contém uma massa de soluto, em miligramas, de aproximadamente

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 33


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) 3
b) 29
c) 58
d) 73
e) 292

Comentários:

A solução preparada apresenta 146 g (ou 146000 mg) de cloreto de sódio em 5 L (ou 5000 mL),
portanto, a quantidade em miligramas de soluto em 2 mL é de:
146000 𝑚𝑔 −−−− 5000 𝑚𝐿
𝑥 𝑚𝑔 −−−− 2 𝑚𝐿
x = 58,4 mg de soluto
Gabarito: C

(PUC Camp SP/2018)


Os xaropes são soluções concentradas de açúcar (sacarose). Em uma receita caseira, são
utilizados 500 g de açúcar para cada 1,5 L de água. Nesse caso, a concentração mol/L de
sacarose nesse xarope é de, aproximadamente,
Dado:
Massa molar da sacarose = 342 g/mol

a) 2,5.
b) 1,5.
c) 2,0.
d) 1,0.
e) 3,0.

Comentários:

A partir da massa de sacarose fornecida, converte-se essa quantidade em mols de sacarose.


342 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒
500 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒
x = 1,461988 mol de sacarose
A concentração em mol/L é igual a 1,461988 mol / 1,5 L = 0,97 mol/L de sacarose

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 34


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito: D

Título
Título é a fração ou proporção entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente.
Existem três tipos de título:

razão da massa do soluto pela massa da


título em massa
solução.

razão do volume do soluto pelo volume da


Título título em volume
solução.

título em massa por razão da massa do soluto pelo volume da


volume solução.

Título ou título em massa ou título (m/m)


O título em massa é calculado por:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 (𝜏) =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Exemplo: uma solução de 100 g apresenta 0,15 g de cloreto de sódio, determina-se o
título (m/m):
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 (𝜏) =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,15 𝑔
𝜏=
100 𝑔
τ = 0,0015
Formas de apresentar o título: porcentagem (%), partes por milhão (ppm) e partes por bilhão
(ppb).
No exemplo anterior, calculamos um título com valor de 0,15, porém poderia ser
representado pelas unidades:

Porcentagem (%) Partes por milhão (ppm) Partes por bilhão (ppb)

τ = 0,0015 τ = 0,0015 τ = 0,0015

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 35


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

τ (%) = 0,0015 x 100 τ (ppm) = 0,0015 x 106 τ (ppb) = 0,0015 x 109


τ (%) = 0,15 % τ (ppm) = 1.500 ppm τ (ppb) = 1.500.000 ppb

O título é calculado da mesma maneira, a mudança acontece na forma de expressar essa


grandeza. Quando o valor do título é pequeno, recomenda-se usar unidades como ppm e ppb,
porque são mais facilmente visualizáveis.

Título em volume ou título (v/v)


O título em volume é calculado por:
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑣/𝑣) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Exemplo: uma solução gasosa de 1 m3 apresenta 0,2 mL de argônio, determina-se o título
em volume:
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝜏 (𝑣/𝑣) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
0,0002 𝐿
𝜏 (𝑣/𝑣) =
1000 𝐿
Título (v/v) = 0,0000002 ou 0,00002% ou 0,2 ppm ou 200 ppb.
Percebe-se que nesse caso, expressar o título por 0,0000002 ou por 0,00002% não é tão claro
quanto por 0,2 ppm ou 200 ppb.

Ao olhar a embalagem de um álcool utilizado para limpeza, percebemos


o valor da concentração do álcool em °GL chamado de graus Gay-Lussac. Essa
unidade indica a porcentagem de álcool presente na solução. Um produto com
70 °GL possui 70% de etanol.
Nessas soluções também encontramos a unidade °INPM (Instituto
Nacional de Pesos e Medidas), que é a fração da massa do álcool. Uma solução
com 46 °INPM indica que 46% da massa da solução é de álcool.
Figura 11 - solução
alcoolica para
limpeza [fonte:
brasil.gov].
Título em massa por volume ou título (m/v)
O título em massa por volume (m/v) é utilizado para soluções aquosas diluídas, ou seja,
a densidade da solução aquosa é aproximadamente igual a densidade da água, a 25 °C, 1 g/mL.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 36


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

O título em massa por volume é calculado por:


𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑡í𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑚/𝑣) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Exemplo: a solução aquosa 5% (m/v), indica que apresenta 5 g/100 mL.

Dica para você. Quando uma questão fornecer o título em massa por volume e não
indicar a densidade da solução, subentende-se que a solução aquosa em questão é muito
diluída. Portanto, sugere-se fazer a substituição:

O título (m/v) é utilizado para expressar concentrações de soluções diluídas.

Relação título-concentração-densidade.
Concentração (g/L) = título · densidade (g/L) = concentração molar (mol/L) · massa molar
(g/mol)

C = τ · d = M · M’

C: concentração comum, τ: título, d: densidade, M: concentração molar e M’: massa


molar.

O que significa a água oxigenada 10 volumes, 20 volumes, 30 volumes e 40 volumes?


A água oxigenada é utilizada para fins domésticos e comerciais. Na utilização doméstica
é empregada para clarear pelos, clarear roupa, além de sua característica antisséptica

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 37


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

(bactericida e germicida) utilizada na limpeza de ferimentos e em gargarejos. A utilização da


água oxigenada para a limpeza de ferimentos tem sido advertida devido a ação tóxica do
peróxido de hidrogênio, que é o componente ativo da água oxigenada, nas células saudáveis
responsáveis pela cicatrização.

A principal utilização industrial do peróxido de hidrogênio é para o clareamento de


papel.
O H2O2 sofre fotólise, ou seja, decomposição por luz. Por isso,
esse composto é armazenado em frascos escuros ou opacos. A reação
de decomposição é representada por:
2 H2O2 () → 2 H2O () + O2 (g)
Ao utilizar um frasco de água oxigenada, observamos o
Figura 12 - a decomposição
borbulhar de oxigênio. Quanto maior a quantidade de água da água oxigenada é
oxigenada, maior a quantidade de gás oxigênio liberado. Portanto, a catalisada pela enzima
catalase presente no sangue
unidade volumes indica a concentração de peróxido no produto, a [fonte: diarodebiologia].
partir do volume de oxigênio gasoso liberado nas CNTP (0 °C e 1 atm).

10 volumes 20 volumes 30 volumes 40 volumes

1 L de produto 10 L de O2 (g) 20 L de O2 (g) 30 L de O2 (g) 40 L de O2 (g)

Comercialmente, encontram-se frascos identificados por 10 volumes, 20 volumes, 30


volumes e 40 volumes.

(UNITAU SP/2018)
Uma lata com 180 g de atum tem uma concentração de 0,20 ppm de mercúrio. A quantidade
de mercúrio presente nessa quantidade de atum é de

a) 3,6·10–5 g
b) 3,6·10–6 g
c) 3,6·10–3 g
d) 3,6·10–9 g
e) 3,6·10–2 g

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 38


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Comentários:

A quantidade de 0,20 ppm (0,20 partes por milhão) de mercúrio quer dizer que temos 0,2 de
mercúrio para 106 do material.
Portanto,

0,20 𝑔 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 −−−− 106 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑚


𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 −−−− 180 𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑚
x = 3,6·10-5 g de mercúrio

Gabarito: A

(UFGD MS/2016)
É muito comum a utilização de peróxido de hidrogênio (H 2O2) na
descoloração/branqueamento de tecidos e/ou cabelos. Uma solução aquosa 9,0% (m/v) de
água oxigenada, de densidade 1,0 g·mL–1, apresenta concentração aproximada, expressa em
volumes, de

a) 9
b) 12
c) 20
d) 30
e) 40

Comentários:

A água oxigenada compõe 9,0% da massa em volume. Aplicando-se essa porcentagem de


massa por volume do peróxido na densidade, que é a relação da massa e volume de tudo,
temos a concentração da água oxigenada.
Apresente duas formas de calcular a concentração da água oxigenada em g/L:
100 % − − − − 1 𝑔 · 𝑚𝐿−1 9% · 1 𝑔 · 𝑚𝐿−1
9,0 % − − − − 𝑥 𝑔 · 𝑚𝐿−1 = 0,09 · 1 𝑔
· 𝑚𝐿−1 =
x = 0,09 g·mL-1
0,09 𝑔 · 𝑚𝐿−1
O volume da água oxigenada é calculado pelo volume de oxigênio liberado, na CNTP, pela
decomposição da água oxigenada. Sabe-se que a decomposição da água oxigenada é expressa
pela equação:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 39


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

2 H2O2 → 2 H2O + O2
Sabe-se que 1mL de solução contém 0,09 g de H2O2, logo, 1 L da solução apresenta 90 g de
H2O2. Portanto, realiza-se o cálculo do volume de O2, nas CNTP, liberado pela decomposição
de 90 g de H2O2, sabendo que o volume molar é igual a 22,4 L/mol e que a massa molar do
H2O2 é igual a 34 g/mol.
2 · 34 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂2 −−−− 1 · 22,4 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2
90 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂2 −−−− 𝑥 𝐿 𝑑𝑒 𝑂2
x = 29,64 L
Assim, a água oxigenada é igual a, aproximadamente, 30 volumes.

Gabarito: D

(PUC SP/2019)
Uma solução saturada de NH4C em água, foi feita a 60 °C e utilizou-se 1000 mL de água.
Considere a densidade da água a 60 °C como 1,0 g/mL.
Sabendo que o título dessa solução a 60 °C é de aproximadamente 35,5%, qual o coeficiente
de solubilidade, aproximado, de NH4C em água na temperatura em questão?

a) 35,5 g de NH4C em 100 g de H2O a 60 °C


b) 55 g de NH4C em 1000 g de H2O a 60 °C
c) 55 g de NH4C em 100 g de H2O a 60 °C
d) 0,355 g de NH4C em 100 g de H2O a 60 °C

Comentários:

O título de 35,5% significa que 35,5% da massa total da solução é de cloreto de amônio (NH4C).
Portanto, a quantidade de água, em massa, corresponde a 64,5%. Sabendo que a densidade
da água é igual a 1g/mL, 1000 mL = 1000 g.
1000 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 −−−− 64,5%
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚ô𝑛𝑖𝑜 −−−− 35,5%
x = 550,38 g de cloreto de amônio em 1000 g de água.
Dividindo por 10, tem-se:
55,038 g de cloreto de amônio para cada 100 g de água.
Observação: não se pode aplicar os 35,5% na densidade 1 g/mL, porque os 35,5% é do sal e o
valor de 1,0 g/mL é da água pura. Se a questão tivesse fornecido o valor da densidade da
solução, aí sim seria possível esse cálculo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 40


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito: C

(IFBA/2018)
A solução de hipoclorito de sódio (NaOC) em água é chamada comercialmente de água
sanitária. O rótulo de determinada água sanitária apresentou as seguintes informações:
Solução 20% m/m
Densidade = 1,10 g/mL
Com base nessas informações, a concentração da solução comercial desse NaOC será:

a) 1,10 mol/L
b) 2,00 mol/L
c) 3,00 mol/L
d) 2,95 mol/L
e) 3,50 mol/L

Comentários:

A questão forneceu que a densidade da solução é igual a 1,10 g/mL, ou seja, para cada 1 mL
da solução temos 1,10 g de tudo. Desses 1,10 g, 20% é de hipoclorito de sódio.
Portanto,
NaOC: 20% · 1,10 g/mL = 0,20 · 1,10 g/mL = 0,22 g/mL
Adequando as unidades de volume para as unidades requeridas na questão, tem-se:
0,22 g/mL = 220 g/1000 mL = 220 g/1L = 220 g/L
Sabendo que a massa molar do NaOC é igual a 74,5 g/mol, converte-se a massa de 220 g de
NaOC em mol:
74,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
220 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙
x = 2,95 mol
Os 2,95 mols de sal são proporcionais à 1 L de solução, por isso, a concentração de NaOC é
igual a 2,95 mol/L.

Gabarito: D

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 41


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Fração molar
A fração molar (X) corresponde a razão entre o número de mols do soluto pelo número
de mols da solução.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 (𝑋) =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

Concentração molal ou molalidade (W)


A molalidade ou concentração molal é uma unidade pouco utilizada em questões de
vestibulares. A molalidade é a razão do número de mols do soluto pela massa, em kg, do
solvente.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑊) =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎, 𝑒𝑚 𝑘𝑔, 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

(UNITAU SP/2018)
Uma solução é composta por benzeno e tetracloreto de carbono, e 39% da massa dessa
solução é benzeno.
Qual a fração molar do benzeno na solução?

a) 0,56
b) 0,45
c) 0,65
d) 0,25
e) 0,35

Comentários:

O benzeno apresenta fórmula C6H6 e o tetracloreto de carbono CC4. Sabendo que a


porcentagem em massa de benzeno é de 39%, logo, a quantidade de tetracloreto de carbono
é igual a 61%.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 42


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A fim de determinar a fração molar, supõe-se uma massa total qualquer. Para que as contas
fiquem mais práticas, irei utilizar a massa inicial total de 100 g. Sabendo que as massas molares
de C6H6 e CC4 são 78 g/mol e 154 g/mol, respectivamente, calcula-se:
C6H 6 CC4

39% de 100 g = 61% de 100 g =


39 g 61 g

Convertendo 39 g de C6H6 para Convertendo 61 g de C6H6 para


mols: mols:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 −−−− 78 𝑔 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4 −−−− 154 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 −−−− 39 𝑔 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4 −−−− 61 𝑔
x = 0,5 mol de C6H6 x = 0,396 mol de CC4

A fração molar do benzeno é:


0,5 𝑚𝑜𝑙
𝑋𝑏𝑒𝑛𝑧𝑒𝑛𝑜 = = 0,558
0,5 𝑚𝑜𝑙 + 0,396 𝑚𝑜𝑙

Gabarito: A

Fator de Van’t Hoff


O fator Van’t Hoff é um fator de correção para a quantidade reais de partículas
dissolvidas em uma solução.
Por exemplo, ao adicionar 1 mol de NaCl em água, sabendo que o cloreto de sódio é
um sólido muito solúvel, tem-se que a solução apresenta 1 mol de Na+ e 1 mol de Cl-. Assim,
para cada 1 NaCl são formados 2 íons dissolvidos.
Porém, ao se adicionar 1 mol de HCN e supondo que apenas 10% dessas moléculas sofre
ionização em H+ e CN-, tem-se q dissolução do HCN em água é dividida em íons formados e as
moléculas de HCN não ionizadas.

Moléculas de HCN não ionizadas Íons formados

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 43


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Sabendo que 10% sofreram ionização, logo, HCN → H+ + CN-


90% não sofreram ionização. Para cada molécula de HCN ionizada, tem-se
Portanto, 1 mol · 90% = 0,9 mol de HCN dois íons gerados. Logo:
dissolvidos em água 10% de 1 mol de HCN ionizados:
10% · 1 mol de HCN = 0,1 mol de HCN
ionizados
0,1 HCN → 0,1 mol H+ + 0,1 mol CN-
Para cada 0,1 mol de HCN são formados 0,2
mol de íons

A quantidade de partículas dissolvidas na ionização de 10% de 1 mol HCN é de:


0,9 mol + 0,2 mol = 1,1 mol

A partir desse raciocínio, entende-se o trabalho de Van’t Hoff. Ele desenvolveu uma
fórmula para calcular a quantidade real de partículas dissolvidas em um sistema. (Esse
parâmetro se utiliza muito no Ensino Superior de Química, porém, no Ensino Médio, você só
deve utilizar esse parâmetro de Van’t Hoff, se a questão mencionar. Ok? A Química do Ensino
médio é mais easy, amém?).
Fator de Van’t Hoff
𝑖 = 1 + 𝛼 (𝑞 − 1)

𝑖 𝛼 𝑞

Número de íons gerados por


Fator de Van’t Hoff Grau de ionização
fórmula

Portanto, para o exemplo do HCN (grau de ionização 10%) e para o NaCl (100% de
dissociação), tem-se:

HCN (grau de ionização 10%) NaCl (100% de dissociação)

Cada HCN produz 2 íons (H+ e CN-) Cada NaCl produz 2 íons (Na+ e Cl-)
𝑖 = 1 + 𝛼 (𝑞 − 1) 𝑖 = 1 + 𝛼 (𝑞 − 1)
𝑖 = 1 + 0,1 (2 − 1) 𝑖 = 1 + 1 (2 − 1)
𝑖 = 1,1 𝑖 = 2

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 44


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Conforme o deduzido anteriormente, o fator Van’t Hoff para o HCN é 1,1 e para o NaCl
é 2.

4. Solubilidade de Gases: Lei de Henry.


A solubilidade de um gás em um líquido depende de 3 fatores:

Pressão exercida sobre o gás.

Solubilidade de gases Temperatura da solução.

Reatividade do gás.

Solubilidade: pressão exercida sobre o gás.


O inglês, farmacêutico e químico William Henry (12 de dezembro de 1775 – 2 de
setembro de 1836) estudou sobre a solubilidade de gases em líquidos. Henry elaborou sua lei
em 1802:

Lei de Henry: solubilidade e um gás dissolvido é diretamente proporcional à pressão


dele acima do líquido.

Um sistema formado por um gás e um líquido apresenta parte da porção gasosa


dissolvida no gás. Ao aumentar a pressão externa sobre o gás, dissolvem-se mais partículas.

A partir dessa observação, Henry elaborou a expressão de sua lei:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 45


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Solubilidade de um gás = constante x Pressão do gás


Sgás = kHenry · Pgás

Solubilidade: temperatura.
Quanto maior a temperatura, maior a agitação das partículas. O gás apresenta elevada
energia cinética média de suas partículas e baixa interação com outras partículas. Ao aumentar
a temperatura do sistema, prevalece a dispersão dos gases e, consequentemente, menor a
solubilidade do gás.

Quanto maior a temperatura do sistema, menor o valor da constante de Henry.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 46


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

↑Temperatura ↓kHenry

Solubilidade: reatividade do gás.


Alguns gases aumentam a solubilidade em água por causa de sua reatividade. A reação
produzida é reversível, por isso, pode ser relacionada à solubilidade. Exemplos de gases que
apresentam maior solubilidade em água:

CO2 (g) + H2O () ⇌ H2CO3 SO2 (g) + H2O () ⇌ H2SO3 SO3 (g) + H2O () ⇌ H2SO4
(aq) (aq) (aq)
H2S (g) + H2O () ⇌ H2SO4 HCN (g) + H2O () ⇌ H2SO4
(aq) (aq)

Aprendendo a apreciar um champanhe.


O champanhe ou champanha (champagne em
francês) é um vinho branco espumante produzido na
região da Champagne, que fica no nordeste da
França, a partir de uvas pretas. As uvas utilizadas são:
chardonnay, pinot noir e pinot meunier. Essa bebida
apresenta 6 classificações em relação ao teor de
açúcar: doux (doce), demi-sec (meio-doce), sec (seco),
extra-sec (extra-seco), brut (bruto), extra-brut (extra-
bruto) e nature (pas doce).
Além da composição das chuvas e a qualidade
da fermentação, o sabor refrescante do champanhe é Figura 8 - Champanhe servido nas taças do tipo
flute [fonte: Deleece Cook/Unsplash].
fortalecido pela presença do gás carbônico. Portanto,
a dissolução desse gás é fundamental para a apreciação da bebida, aproximadamente 5 milhões
de bolhas em cada taça. Quais os procedimentos utilizados para a manutenção do gás
dissolvido na bebida?
1) Resfriamento da bebida. Quanto maior a temperatura da solução, menos gás
dissolvido. Porém, quanto mais gelado, maior a sensação anestésica na língua e,
consequentemente, menor o paladar. Nem tão gelado e nem tão quente. Segundo o chef
Richard Geoffroy, o champanhe deve ser servido a 12 °C.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 47


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

2) Servir em taças do tipo flute, que no francês significa flauta. Essas taças possuem cabo
alto e bojo comprido e estreito. A boca estreita diminui a troca gasosa da bebida, diminuindo
a perda de gás do líquido. A qualidade do vidro é essencial para que não haja fissuras que
formem bolhas, essas fissuras são chamadas de pontos de nucleação.
3) Segurar a taça no cabo ou na base. O corpo humano apresenta temperatura média de
36 °C e esquenta a taça de vidro quando em contato. Quanto mais longe estiver o contato do
corpo humano do líquido, melhor a manutenção da temperatura.
4) Não chacoalhar a garrafa antes de abri-la. A não ser que você tenha ganho a copa do
mundo ou uma corrida de fórmula 1.
Portanto, você já está pronto para consumir devidamente uma garrafa de Dom Pérignon
Oenothèque 1996, que custa R$ 2.100,00. Se beber, não dirija.

(PUC SP/2018)
Em relação à solubilidade de substâncias gasosas e sólidas em líquidos, foram feitas as
seguintes afirmações:
I. Com o aumento da pressão de um gás sobre o líquido, a solubilidade do gás aumenta.
II. Quanto menor a temperatura, menor a solubilidade da maioria dos gases.
III. Todos os sólidos possuem maior solubilidade com o aumento da temperatura.
IV. Uma solução insaturada possui quantidade de soluto inferior ao coeficiente de
solubilidade.

Assinale as afirmativas CORRETAS.

a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.

Comentários:

Julgando os itens, tem-se:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 48


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

I. Certo. Quanto maior a pressão sobre o gás, maior a solubilidade dele em solução. O gás
apresentará maior dificuldade para sair da solução.
II. Errado. Quanto menor a temperatura, maior a solubilidade. O decréscimo de temperatura,
diminui a energia cinética média das partículas gasosas e favorece a sua solubilização.
III. Errado. Os sólidos apresentam dissolução endotérmica ou exotérmica. Portanto, alguns sais
aumentam a solubilidade em temperaturas menores.
IV. Certo. Uma solução insaturada não atingiu a quantidade de soluto que apresenta a solução
saturada.

Gabarito: C

(UNITAU SP/2018)
Considerando que o coeficiente de solubilidade (KH) de CO2 a 25 °C é 3,4·10–2 mol/atm, a
pressão para dissolver 0,17 mol de CO2, numa garrafa de refrigerante, a 25 °C, é de
(Para resolver esta questão, considere 1 atm = 100 kPa)

a) 500 kPa
b) 760 kPa
c) 250 kPa
d) 100 kPa
e) 50 kPa

Comentários:

A partir dos dados fornecidos pela questão, apresento duas resoluções:


Resolução 1 Resolução 2

Solubilidade = K · Pgás 3,4 · 10−2 mol − − − − 1 𝑎𝑡𝑚


0,17 𝑚𝑜𝑙 −−−− 𝑃𝑔á𝑠 𝑎𝑡𝑚
0,17 mol de CO2 = 3,4·10–2
mol/atm · Pgás Pgás = 5 atm
Pgás = 5 atm
A pressão do gás kPa:
5 atm · 100 kPa/atm = 500 kPa.

Gabarito: A

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 49


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

5. Questões Fundamentais

Soluções

Questão Fundamental 01 – A respeito da tabela abaixo, responda ao que se pede:

Temperatura (°C) 30 50 70

KBr (g/100 g de H2O) 70 80 90

a) Qual a massa de KBr para saturar 50 g de água, a 50 °C?


b) Qual a massa de KBr para saturar 50 g de água, a 30 °C?
c) Qual a massa de KBr para saturar 200 g de água, a 70 °C?
d) Um químico preparou uma solução: 300 g de KBr em 500 g de água, a 30 °C. Classifique
a solução em saturada ou insaturada.
e) Um químico preparou uma solução: 350 g de KBr em 500 g de água, a 30 °C. Classifique
a solução em saturada ou insaturada.
f) Um químico preparou uma solução: 8 g de KBr em 10 g de água, a 30 °C. Classifique a
solução em saturada ou insaturada.
g) Um químico preparou a seguinte solução: 15 g de KBr em 10 g de água, a 70 °C. Calcule
a massa do corpo de fundo, em gramas.
h) Um químico preparou a seguinte solução: 9 g de KBr em 10 g de água, a 70 °C, e depois
resfriou a 30 °C. Calcule a massa do corpo de fundo, em gramas.
i) Um químico preparou a seguinte solução: 10 g de KBr em 10 g de água, a 50 °C, e depois
resfriou a 30 °C. Calcule a massa do corpo de fundo, em gramas, durante todo o
processo.

Concentrações
Questão Fundamental 02 – Complete a tabela abaixo.

Concentração Concentração
Fórmula
(g/L) (mol/L)

Ca2+ (aq) 4

Na+ (aq) 1,5

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 50


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

CO32- (aq) 1,8

NO3- (aq) 2

A3+ (aq) 8,1

Questão Fundamental 03 – Calcule a massa de NaC, em gramas, que se deve adicionar


a 100 mL de água para preparar uma solução com concentração de 0,2 mol/L.

Questão Fundamental 04 - Calcule a massa de KNO3, em gramas, que se deve adicionar


a 50 mL de água para preparar uma solução com concentração de 0,1 mol/L.

Questão Fundamental 05 – A respeito de uma solução de 100 mL de ácido acético com


concentração de 1,05 g/mL, responda ao que se pede:
a) Calcule a quantidade de matéria, em mol, de ácido acético em 100 mL de solução.
b) Sabendo que a densidade da água é 1 g/mL, calcule a densidade da solução, em g/mL.
c) Calcule a nova concentração de ácido acético, em g/mL, ao se evaporar 25 mL de água
destilada.

Questão fundamental 06 – Uma solução foi preparada dissolvendo 200 g sacarose em 500
mL de água. A partir da solução preparada e sabendo que a densidade da água igual a
1g/mL, calcule:
a) A concentração, em g/L, de sacarose em solução.
b) A densidade, em g/L, da solução.

6. Já Caiu nos Principais Vestibulares

Coloides
1. (UEM PR/2020)
Assinale o que for correto.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 51


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

01. A formação da camada de solvatação aumenta a estabilidade de uma dispersão coloidal,


permitindo transformar o coloide em sol ou em gel, conforme se adiciona ou se retira
dispersante.
02. Pedras preciosas como o rubi e a safira são coloides classificados como sol sólido.
04. Uma dispersão coloidal apresenta composição constante em toda sua extensão.
08. Uma solução de ácido fosfórico com grau de ionização de 30% possui fator van’t Hoff (i)
igual a 1,9.
16. Uma solução 0,25 mol/L de CaCl2 totalmente dissociada é hipotônica em relação a uma
solução 0,6 mol/L de glicose, ambas na mesma temperatura.

2. (Faculdade Santo Agostinho BA/2020)


Aerossóis são partículas sólidas ou líquidas que se encontram suspensas em um meio gasoso
como o ar. Como exemplos de aerossol líquido, temos as nuvens, neblinas, desodorantes e
purificadores de ar. Como exemplos de sólidos, podemos citar a fumaça, a fuligem e a poeira.
O tamanho dessas partículas é medido em micrômetros (m) , podendo variar de 0,001 a 100,
em que 1 m equivale a 10–6 metros. Após a emissão para a atmosfera, essas partículas podem
ficar um longo período suspensas antes de se depositarem, podendo ser carregadas a longas
distâncias por correntes de ar, causando danos por onde passar.

De acordo com as informações dadas no texto, podemos afirmar corretamente que os


exemplos dados apresentam como características:

a) são misturas homogêneas apresentando uma única fase.


b) podem ser separadas por filtração.
c) são soluções gasosas.
d) são soluções líquidas.
e) possuem o efeito Tyndall.

3. (FGV SP/2020)
Granadas de fumaça são dispositivos usados pelas forças armadas em situações de combate,
com o objetivo de ocultar a movimentação das tropas. Nesses dispositivos, os reagentes
hexacloroetano ( (C2C 6 ) , alumínio em pó (A ) e óxido de zinco (ZnO) ficam em compartimentos

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 52


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

separados e, quando o detonador é acionado, ocorre a mistura desses reagentes, provocando


uma sequência de duas reações instantâneas, representadas pelas seguintes equações:

2A (s) + 3ZnO (s) → 3Zn (s) + A 2O3 (s)


3Zn (s) + C2C 6 (s) → 3ZnC 2 (s) + 2C (s)

A disseminação, no ar, dos produtos reacionais emitidos nessas reações resulta numa
fumaça intensa.

A fumaça produzida pela detonação da granada é quimicamente classificada como uma

a) mistura homogênea gasosa.


b) mistura homogênea sólido-gás.
c) dispersão coloidal sólido-líquido.
d) dispersão coloidal líquido-gás.
e) dispersão coloidal sólido-gás.

4. (UFRGS RS/2016)
Na gastronomia, empregam-se diversos conhecimentos provindos de diferentes áreas da
química. Considere os conhecimentos químicos listados no bloco superior abaixo e os
processos relacionados à produção e conservação de alimentos, listados no bloco inferior.

Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.

1. Propriedades coligativas
2. Coloides
3. Emulsões
4. Reversibilidade de reações

( ) Produção de charque
( ) Preparo de gelatina
( ) Preparo de maionese

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 53


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1, 2 e 3.
b) 1, 2 e 4.
c) 2, 3 e 4.
d) 2, 1 e 3.
e) 3, 4 e 2.

5. (Centro Universitário São Camilo SP/2014)


A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, afetando tanto crianças quanto adultos.
A fumaça do cigarro é prejudicial aos asmáticos, mesmo se o doente não fumar. “Bombinha” é
como as pessoas chamam os dispositivos que contêm medicações inalatórias na forma líquida,
utilizadas no tratamento da asma.
(www.sbpt.org.br. Adaptado.)

A fumaça do cigarro e a medicação inalatória, na forma como é aplicada pelas bombinhas,


são coloides que recebem as classificações, respectivamente, de

a) aerossol e sol.
b) aerossol e gel.
c) sol e aerossol.
d) aerossol e aerossol.
e) sol e sol.

6. (UFU MG/2012)
O grafitismo é um tipo de manifestação artística surgida nos Estados Unidos, na década de
1970. No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje, o estilo
desenvolvido pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do mundo.
A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata, que possuiu, até o final da década de
1980, o Clorofluorcarboneto como propelente.
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/artes/grafite.htm>. Acesso em: 14 jun. 2012.

O spray em lata, utilizado na arte do grafite,

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 54


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) possuía, em sua formulação, CFC, que colaborava para prevenir a degradação da camada de
ozônio.
b) deve ser armazenado em ambientes com incidência direta da luz solar.
c) é uma dispersão coloidal, mantida sob pressão, de um líquido em um gás liquefeito.
d) possui probabilidade de explodir diretamente proporcional à redução da temperatura.

7. (UFPR/2019)
Evidências científicas mostraram que a poluição produzida por navios de guerra durante a
Segunda Guerra Mundial interferiu no crescimento das árvores na Noruega. Embarcações da
Alemanha ficaram estacionadas boa parte da guerra na costa da Noruega, com a função de
impedir uma possível invasão dos inimigos. Para camuflar as embarcações, era produzida uma
névoa química, e foi essa névoa artificial a responsável por limitar o crescimento das árvores
nesse período. Uma estratégia muito comum para gerar essa névoa artificial era por meio da
queima incompleta de óleo combustível, mas também outros métodos foram empregados,
como o lançamento na atmosfera de misturas que produziam cloreto de zinco, óxido de titânio
ou pentóxido de fósforo.

Esses métodos capazes de produzir névoa artificial se baseiam em reações que:

a) geram gases irritantes.


b) formam líquidos imiscíveis.
c) produzem compostos voláteis.
d) formam precipitados suspensos na atmosfera.
e) sintetizam compostos que absorvem a radiação eletromagnética no espectro visível.

8. (ENEM/2015)
A obtenção de sistemas coloidais estáveis depende das interações entre as partículas
dispersas e o meio onde se encontram. Em um sistema coloidal aquoso, cujas partículas são
hidrofílicas, a adição de um solvente orgânico miscível em água, como etanol, desestabiliza o
coloide, podendo ocorrer a agregação das partículas preliminarmente dispersas.
A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 55


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.


b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.
c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.

Coeficiente de Solubilidade
9. (UNIFOR CE/2020)
A solubilidade é a quantidade máxima de um soluto que pode ser dissolvida em um
determinado volume de solvente. No laboratório, foram realizados experimentos para
avaliar o efeito da temperatura, em °C, e a massa solúvel de uma substância, em gramas.
Quanto à solubilidade desta substância, considere os pontos A, B, C da solução estudada.

Analise o gráfico acima e as afirmações que seguem:

I. A solução A está saturada pois o soluto está em quantidade superior ao seu coeficiente
de solubilidade;
II. A solução B está saturada e ao passar para T = 80 °C tem-se uma dissolução exotérmica;
III. A solução C está insaturada ao passar para T = 80 °C tem-se uma dissolução
endotérmica;
IV. A solução A está supersaturada pois o soluto está em quantidade superior ao seu
coeficiente de solubilidade;

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 56


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

É correto apenas o que se afirma em:

a) I e III.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) II e IV.

10. (FAMERP SP/2020)


Em um experimento sobre solubilidade, foram preparadas três misturas de 100 mL de água
(d = 1,00 g/mL) e 100 mL de hexano (d = 0,65 g/mL). Duas delas foram colocadas em dois funis
de separação e a terceira em uma proveta. Em seguida, adicionou-se a um dos funis alguns
cristais de iodo (I2), uma substância apolar, e, ao outro funil, cristais de permanganato de
potássio (KMnO4), uma substância polar. À proveta, adicionou-se 50 mL de butan-1-ol (d = 0,8
g/mL). Após agitação das misturas contidas nos funis de separação, foram obtidos os sistemas
apresentados na figura:

(http://pages.uoregon.edu)

Considere que o I2 e o KMnO4, em suas respectivas soluções, adquirem coloração violeta.

a) Indique as composições das fases A e B, respectivamente.


b) Considerando que a solubilidade do butan-1-ol em hexano seja infinita e que não ocorra
dissolução do soluto na água, calcule a porcentagem em massa do butan-1-ol no hexano
contido na proveta.

11. (UEL PR/2020)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 57


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A desmineralização do esmalte dos dentes, constituído principalmente pelo mineral


hidroxiapatita, Ca5(PO4)3OH, favorece a formação de cáries. Isso ocorre pela dissolução desse
mineral, liberando os íons cálcio, fosfato e hidróxido. A fim de prevenir a formação das cáries,
compostos fluorados são introduzidos na água potável e em cremes dentais. O íon fluoreto
reage com os íons cálcio e fosfato, presentes na saliva, formando um novo mineral, a
fluorapatita (Ca5(PO4)3F), que se deposita sobre os dentes, tornando o esmalte mais resistente
devido à menor solubilidade da fluorapatita, quando comparada à hidroxiapatita. íons
hidróxido e fluoreto não estão representados na figura.

íons hidróxido e fluoreto não estão representados na figura.

A partir dessas informações, apresente a equação balanceada da reação de formação da


fluorapatita e, considerando a solubilidade desse mineral, determine a massa mínima
necessária, em g, de íons fluoreto para que ocorra a saturação com fluorapatita de 2 mL de
solução (volume médio de saliva na boca).
Apresente os cálculos realizados na resolução desta questão.
Observação: mol L–1 corresponde à unidade de concentração mol/L ou M.
Dados: Solubilidade da fluoroapatita: 6,0  10–8 mol L–1; Massas atômicas: F = 19 u

12. (UEPG PR/2020)


Considerando o conceito de coeficiente de solubilidade, assinale o que for correto.

01. O coeficiente de solubilidade é a máxima quantidade de soluto que se solubiliza a uma


dada temperatura em uma dada quantidade de solvente.
02. Cada substância apresenta um valor específico de coeficiente de solubilidade.
04. Uma determinada substância apresenta, para diferentes solventes, valores diferentes de
coeficiente de solubilidade.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 58


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

08. Se o coeficiente de solubilidade de uma substância aumenta com o aumento da


temperatura, isso significa que é possível dissolver uma massa maior dessa substância, em uma
mesma quantidade de solvente, em temperaturas mais elevadas.
16. Há situações nas quais a massa de substância dissolvida em uma determinada
quantidade de solvente é maior do que a dada pelo coeficiente de solubilidade. Nesses casos,
a solução é classificada como solução supersaturada.

13. (UNIFESP SP/2020)


Considere o experimento:

Uma porção de iodeto de sódio sólido, radioativo, cujo ânion 131I– é radioativo, foi adicionada
a uma solução aquosa saturada, sem corpo de fundo, de iodeto de sódio (NaI) não radioativo,
formando uma solução saturada com corpo de fundo. Após algum tempo, a mistura foi filtrada
e a intensidade da radiação foi verificada no sólido retido no filtro e na solução saturada. Foi
constatado que a solução saturada, inicialmente não radioativa, tornou-se radioativa, e que o
sólido apresentou menor intensidade de radiação do que apresentava antes de ser adicionado
à solução.

a) Calcule o número de nêutrons e de elétrons do ânion I.


131 –

b) Escreva a equação química que representa o equilíbrio de solubilidade do iodeto de


sódio em água. Baseando-se no conceito de equilíbrio químico e no comportamento das
espécies químicas em nível microscópico, justifique por que a radioatividade do sólido diminuiu
e a solução saturada tornou-se radioativa.

14. (FUVEST SP/2019)


Em um experimento, determinadas massas de ácido maleico e acetona foram misturadas a
0 ºC, preparando-se duas misturas idênticas. Uma delas (X) foi resfriada a –78 ºC, enquanto a
outra (M) foi mantida a 0 ºC. A seguir, ambas as misturas (M e X) foram filtradas, resultando nas
misturas N e Y. Finalmente, um dos componentes de cada mistura foi totalmente retirado por
destilação. Os recipientes (marcados pelas letras O e Z) representam o que restou de cada
mistura após a destilação. Nas figuras, as moléculas de cada componente estão representadas
por retângulos ou triângulos.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 59


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Tanto no recipiente M como no recipiente X, estão representadas soluções __ de __, cuja


solubilidade __ com a diminuição da temperatura. A uma determinada temperatura, as
concentrações em M e N e em X e Y são __. Em diferentes instantes, as moléculas representadas
por um retângulo pertencem a um composto que pode estar __ ou no estado __.

As lacunas que correspondem aos números de I a VI devem ser corretamente preenchidas


por:

a)

b)

c)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 60


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

d)

e)

Note e adote:

Considere que não houve perda do solvente durante a filtração.

15. (IBMEC SP Insper/2019)


Em uma aula de laboratório de química, foi realizado um experimento que consistiu em
adicionar em um béquer 300 g de água, em temperatura ambiente, e certa quantidade do sal
sulfato de magnésio hexaidratado (MgSO4.6H2O) até formar uma solução saturada com corpo
de fundo. Essa mistura foi aquecida até completa solubilização do sal, que ocorreu quando a
temperatura atingiu 50 ºC. Na sequência, deixou-se a solução resfriar até 20 ºC e verificou-se
novamente a presença do sal cristalizado no fundo do béquer.

Foram fornecidos aos alunos os dados de solubilidade desse sal nas duas temperaturas
medidas.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 61


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Com as informações fornecidas, foram calculadas as massas do sal presente na solução a 50


ºC e do sal cristalizado a 20 ºC. Esses resultados são corretamente apresentados, nessa ordem,
em:

a) 53,5 g e 9,0 g.
b) 160,5 g e 9,0 g.
c) 294,0 g e 27,0 g.
d) 97,0 g e 9,0 g.
e) 160,5 g e 27,0 g.

16. (UEPG PR/2019)


Em um becker de um litro foi adicionado 80 g de Na2SO3 e 500 g de H2O a 20 ºC. A
solubilidade do Na2SO3 é 20 g/100 g de H2O à 20 ºC.
Dados:
Na = 23g/mol; S = 32 g/mol
O = 16 g/mol; H = 1 g/mol
Densidade da água a 20 ºC = 1 g/ml
Solubilidade do Na2SO3 à 10 ºC = 10 g / 100 g de H2O

Diante do exposto, assinale o que for correto.

01. O resfriamento da dispersão inicial para a temperatura de 10 ºC causa a precipitação de


50 g de Na2SO3.
02. A concentração do Na2SO3 no becker é aproximadamente 1,27 mol/L.
04. A adição de 30 g de Na2SO3 na dispersão inicial torna a solução supersaturada.
08. A dispersão formada no becker é uma solução insaturada.
16. O nome do sal utilizado para fazer a dispersão é sulfato de sódio.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 62


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

17. (UniCESUMAR PR/2019)


A identificação de gás carbônico em refrigerantes pode ser realizada borbulhando-se esse
gás em água de cal, que é uma solução saturada de hidróxido de cálcio, que pode ser obtida
por meio da seguinte reação:

CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2 (aq)

Considerando que a solubilidade do Ca(OH)2 é de 0,17 g/100 cm3 de água, a 20 ºC, a massa
de CaO, em gramas, necessária para preparar 1,0 L de água de cal, nessa temperatura, é de,
aproximadamente,

a) 0,6.
b) 1,3.
c) 2,0.
d) 3,1.
e) 4,5.

18. (Faculdade São Francisco de Barreiras BA/2019)


Sabe-se que a massa de um soluto se dissolve em uma determinada quantidade de solvente,
a pressão constante e determinada temperatura. O gráfico apresenta as curvas de solubilidade,
em g, do nitrato de potássio, KNO3(s), do nitrato de sódio, NaNO3(s), e do cloreto de sódio,
NaCl(s), em 100g de água.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 63


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A análise do gráfico, associada aos conhecimentos sobre soluções aquosas, permite afirmar:

a) A dissolução, em água, dos sais apresentados no gráfico é um processo químico


exotérmico.
b) O sistema formado pela mistura entre 150 g de nitrato de sódio e 200 g de água, a 80
ºC, é heterogêneo.
c) A adição de 250 g do nitrato de potássio a 300 g de água, à temperatura de 60 ºC, leva
à obtenção de uma solução insaturada.
d) O cloreto de sódio tem menor coeficiente de solubilidade em água do que o nitrato de
potássio, em temperatura abaixo de 20 ºC.
e) A variação do valor do coeficiente de solubilidade do KNO3 é menor com o aumento da
temperatura, quando comparada à variação do valor do coeficiente de solubilidade do NaNO 3.

19. (Santa Casa SP/2019)


Algumas pesquisas estudam o uso do cloreto de amônio na medicina veterinária para a
prevenção da urolitíase em ovinos, doença associada à formação de cálculos no sistema
urinário. O cloreto de amônio (massa molar = 53,5 g/mol) é um sólido cristalino que apresenta
a seguinte curva de solubilidade:

Uma solução aquosa saturada de cloreto de amônio a 90 ºC, com massa total de 1 360 g,
foi resfriada para 50 ºC. Uma segunda solução aquosa com volume total de 1 000 mL foi
preparada com o sólido obtido da cristalização da primeira solução.

Considerando que a cristalização foi completa no resfriamento realizado, a segunda solução


aquosa de cloreto de amônio tem concentração próxima de

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 64


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) 1,5 mol/L.
b) 2,5 mol/L.
c) 2,0 mol/L.
d) 3,0 mol/L.
e) 1,0 mol/L.

20. (UEPG PR/2017)


A 18 °C, a solubilidade do cloreto de magnésio é de 56 g por 100 g de água. Nessa
temperatura, 150 g de MgC2 foram misturados em 200 g de água. Sobre esta solução, assinale
o que for correto.

01. O sistema obtido é homogêneo.


02. A massa de sólido depositada foi de 38 g.
04. Se aquecermos essa solução, não haverá mudança na solubilidade da mesma.
08. A massa de MgC2 dissolvida na H2O foi de 112 g.
16. A solução obtida é insaturada.

21. (UFRGS RS/2017)


Observe o gráfico e a tabela abaixo, que representam a curva de solubilidade aquosa (em
gramas de soluto por 100 g de água) do nitrato de potássio e do nitrato de sódio em função
da temperatura.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem


em que aparecem.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 65


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A curva A diz respeito ao ........ e a curva B, ao ........ . Considerando duas soluções aquosas
saturadas e sem precipitado, uma de KNO3 e outra de NaNO3, a 65 °C, o efeito da diminuição
da temperatura acarretará a precipitação de ........ .

a) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de potássio


b) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de sódio
c) nitrato de sódio – nitrato de potássio – nitrato de sódio
d) nitrato de sódio – nitrato de potássio – ambas
e) nitrato de potássio – nitrato de sódio – ambas

22. (UNESP SP/2017)


A 20 °C, a solubilidade do açúcar comum (C12H22O11; massa molar = 342 g/mol) em água é
cerca de 2,0 kg/L, enquanto a do sal comum (NaC; massa molar = 58,5 g/mol) é cerca de 0,35
kg/L. A comparação de iguais volumes de soluções saturadas dessas duas substâncias permite
afirmar corretamente que, em relação à quantidade total em mol de íons na solução de sal, a
quantidade total em mol de moléculas de soluto dissolvidas na solução de açúcar é,
aproximadamente,

a) a mesma.
b) 6 vezes maior.
c) 6 vezes menor.
d) a metade.
e) o triplo.

23. (UERJ/2016)
A temperatura e a pressão afetam a solubilidade do oxigênio no sangue dos organismos.
Alguns animais marinhos sem pigmentos respiratórios realizam o transporte de oxigênio por
meio da dissolução desse gás diretamente no plasma sanguíneo. Observe a variação da
solubilidade do oxigênio no plasma, em função da temperatura e da profundidade a que o
animal esteja submetido, representada nos gráficos abaixo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 66


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Um estudo realizado sob quatro diferentes condições experimentais, para avaliar a


dissolução de oxigênio no plasma desses animais, apresentou os seguintes resultados:

O transporte de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo foi mais favorecido na condição


experimental representada pela seguinte letra:

a) W
b) X
c) Y
d) Z

Concentrações
24. (FUVEST/2022)
Para o monitoramento ambiental no entorno de um posto de gasolina, coletou-se uma
amostra de solo que foi submetida de forma integral à análise de naftaleno, um composto
presente na gasolina. A concentração encontrada foi de 2,0 mg de naftaleno por kg de solo
úmido. Sabendo que essa amostra de solo contém 20% de água, qual é o resultado dessa
análise por kg de solo seco?
A) 0,4 mg/kg
B) 1,6 mg/kg.
C) 2,0 mg/kg
D) 2,2 mg/kg
E) 2,5 mg/kg

25. (ENEM/2021)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 67


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

O alcoolômetro Gay Lussac é um instrumento destinado a medir o teor de álcool, em


porcentagem de volume (v/v), de soluções de água e álcool na faixa de 0 °GL a 100 °GL, com
divisões de 0,1 °GL. A concepção do alcoolômetro se baseia no princípio de flutuabilidade de
Arquimedes, semelhante ao funcionamento de um densímetro. A escala do instrumento é
aferida a 20 °C, sendo necessária a correção da medida, caso a temperatura da solução não
esteja na temperatura de aferição. É apresentada parte da tabela de correção de um
alcoolômetro, com a temperatura.

Manual alcoolômetro Gay Lussac. Disponível em: www.incoterm.com.br. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).

É necessária a correção da medida do instrumento, pois um aumento na temperatura


promove o(a)
A) aumento da dissociação da água.
B) aumento da densidade da água.
C) mudança do volume dos materiais por dilatação.
D) aumento da concentração de álcool durante a medida.
E) alteração das propriedades químicas da mistura álcool e água.

26. (UNCISAL/2020)
Um dos problemas ambientais decorrentes da combustão do petróleo e do carvão é a
geração de dióxido de enxofre. Um dos métodos empregados para minimizar esse problema
consiste em injetar, nos fornos das usinas, carbonato de cálcio, que se decompõe em óxido de
cálcio e dióxido de carbono. Assim, o dióxido de enxofre (SO2, 64,0 g/mol) reage com o óxido
de cálcio (CaO, 56,0 g/mol) para formar o sulfito de cálcio (CaSO 3, 120,0 g/mol), segundo a
reação a seguir, a partir da qual se forma um sólido que provoca menor prejuízo ambiental
quando descartado.

CaO(s) + SO2(g) → CaSO3(s)

Os métodos de remoção de poluentes empregados pelas usinas, tal como o descrito


anteriormente, podem ser classificados, em termos de sua eficiência, de acordo com as faixas
apresentadas na tabela a seguir.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 68


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Para avaliar o método de redução de dióxido de enxofre de determinada usina, foi utilizada
uma amostra de 1.000 m3 de ar contendo dióxido de enxofre a 20,0 mg/L, que, após o
tratamento descrito anteriormente, gerou uma massa de sulfito de cálcio igual a 24,0 kg. De
acordo com a tabela apresentada, o método de remoção de poluentes dessa usina é
classificado como de eficiência

a) baixa.
b) moderada-baixa.
c) moderada.
d) moderada-alta.
e) alta.

27. (PUC RS/2019)


“Os íons de metais alcalinos têm importantes funções no nosso organismo, tais como
influenciar em contrações musculares e pressão arterial, manter a pressão osmótica dentro das
células e influenciar a condução dos impulsos nervosos. A diferença nas concentrações totais
de íon de metais alcalinos dentro e fora da célula produz um potencial elétrico pela membrana
celular, responsável, por exemplo, pela geração de sinais elétricos rítmicos no coração. As
concentrações de Na+ e K+ nas células sanguíneas vermelhas são de 0,253 g.L–1 e de 3,588 g.L–
1
, respectivamente”.
Rayner-Canham, G.; Overton, T.
Química Inorgânica Descritiva. LTC.

As concentrações aproximadas desses íons, em mol L–1, são respectivamente

a) 23,0 e 39,0
b) 2,30 e 3,90
c) 0,011 e 0,092
d) 0,007 e 0,156

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 69


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

28. (UEG GO/2019)


Dipirona sódica é um conhecido analgésico antipirético cuja solução oral pode ser
encontrada na concentração de 500 mg/mL. Analisando as orientações da bula, conclui-se que
a quantidade máxima diária recomendada para crianças de certa faixa etária é de 100 mg por
quilograma de massa corporal.

Sabendo-se que 1 mL corresponde a 20 gotas, a quantidade máxima de gotas que deve ser
administrada a uma criança de massa corporal de 7 kg será

a) 60
b) 28
c) 40
d) 10
e) 20

29. (FM Petrópolis RJ/2020)


A ampicilina é um antibiótico indicado para infecções do trato urinário, respiratório,
digestivo e biliar e apresenta massa molar 349 g/mol, com a seguinte fórmula estrutural:

A reconstituição de um fármaco consiste em retornar o medicamento da forma de pó para


sua forma original líquida. No caso da ampicilina, segundo a Secretaria de Atenção à Saúde do
Ministério da Saúde, essa reconstituição é feita através da dissolução de 500 mg do
medicamento em 2 mL de água estéril.
Após sua reconstituição, esse antibiótico apresentará concentração em quantidade de
matéria, em mol.L–1, aproximadamente, igual a

a) 0,5

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 70


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

b) 0,9
c) 1,3
d) 0,7
e) 1,1

30. (UERJ/2020)
A produção e a transmissão do impulso nervoso nos neurônios têm origem no mecanismo
da bomba de sódio-potássio. Esse mecanismo é responsável pelo transporte de íons Na+ para
o meio extracelular e K+ para o interior da célula, gerando o sinal elétrico. A ilustração abaixo
representa esse processo.

Adaptado de researchgate.net.
Para um estudo sobre transmissão de impulsos nervosos pela bomba de sódio-potássio,
preparou-se uma mistura contendo os cátions Na+ e K+, formada pelas soluções aquosas A e B
com solutos diferentes. Considere a tabela a seguir:

Admitindo a completa dissociação dos solutos, a concentração de íons cloreto na mistura,


em mol/L, corresponde a:

a) 0,04
b) 0,08
c) 0,12

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 71


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

d) 0,16

31. (UEG GO/2020)


Líquidos de arrefecimento são utilizados para melhorar o sistema de refrigeração dos
motores dos carros. Geralmente são soluções aquosas de etilenoglicol, um diol, de fórmula
molecular C2H6O2 e massa molar 62,1 g/mol. O rótulo de uma determinada marca de líquido
de arrefecimento indica que há 50% de etilenoglicol em massa, o que corresponde a 530 g por
litro de solução. A concentração dessa solução aquosa de etilenoglicol, em mol/L, é
aproximadamente:

a) 10,3 mol/L
b) 9,7 mol/L
c) 50 mol/L
d) 8,5 mol/L
e) 5,3 mol/L

32. (UNIFOR CE/2020)


O sulfato de alumínio é um sal produzido pela dissolução de hidróxido de alumínio, Al(OH)3,
em ácido sulfúrico, H2SO4. Este sal é geralmente utilizado em processos de tratamento de água,
esgotos e na manufatura de papeis.
Considerando que uma solução 0,2 M deste sal foi produzida, as concentrações iônicas, na
solução, dos íons Al3+ e SO42– são, respectivamente:

a) 0,2M e 0,2M
b) 0,4M e 0,4M
c) 0,2M e 0,4M
d) 0,4M e 0,6M
e) 0,6M e 0,4M

33. (UFMS/2020)
Para a realização de um experimento, preparou-se uma solução contendo 35 g de sulfato
de alumínio dissolvidos em 10 litros de água. Qual a concentração molar dessa solução?
(Dados: Al=27; S=32,1; O=16)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 72


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) 0,001 M.
b) 0,05 M.
c) 0,005 M.
d) 0,1 M.
e) 0,01 M.

34. (UFSC/2020)
A fórmula da água e muitas de suas propriedades são amplamente conhecidas. A água,
considerada um “solvente universal”, é fundamental para a existência da vida e compõe uma
porção significativa do nosso planeta.

Sobre a água e suas características, é correto afirmar que:

01. devido ao caráter covalente das ligações entre oxigênio e hidrogênio na água, ela é
incapaz de solubilizar compostos com elevado caráter iônico.
02. a água é capaz de interagir por ligações de hidrogênio com substâncias como cloreto de
sódio, por isso é fácil dissolver sal de cozinha para preparar um saboroso alimento.
04. ao colocar uma garrafa com refrigerante no congelador, é possível que ela se rompa,
pois a água passa por uma expansão de volume entre 0 e 4 ºC.
08. a água não é capaz de interagir com substâncias de alta massa molar que possuem
grupos OH, como a sacarose (C12H22O11), por isso é tão difícil adoçar um cafezinho.
16. sob condições atmosféricas idênticas, ao adicionar sal de cozinha à água para o
cozimento de macarrão, a água entrará em ebulição em uma temperatura superior à da água
pura.
32. o cozimento de alimentos em água aquecida em uma panela de pressão é acelerado,
porque a água converte-se abundantemente em íons H3O+ e OH–, que facilitam a decomposição
dos alimentos.
64. em uma solução preparada pela mistura de 58,4 g de NaCl em 162 g de água, a fração
molar do soluto é 0,9 e a fração molar do solvente é 0,1.

35. (USF SP/2019)


A figura a seguir apresenta a curva de solubilidade de algumas substâncias químicas.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 73


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Considerando as observações que podem ser realizadas a partir da análise da variação da


solubilidade dos cinco sais em diferentes temperaturas nota-se que
• Dados valores de massa atômica em g/mol: N = 14,0; O = 16,0; Na = 23,0; S = 32,0; Cl =
35,5; K = 39,0 e Ce = 140,0.

a) todos os sais possuem sua solubilidade aumentada com a elevação da temperatura.


b) o nitrato de sódio é uma substância insolúvel em água na temperatura de 0 ºC.
c) a 60 ºC a concentração molal de uma solução saturada de cloreto de sódio deve ser
superior à concentração molal de uma solução saturada de cloreto de potássio.
d) na temperatura de 50 ºC, a porcentagem em massa de nitrato de potássio em uma
solução saturada é de aproximadamente 80 %.
e) na temperatura de 40 ºC, uma solução com 90 g de nitrato de sódio em 100 g de água
é classificada como saturada com corpo de fundo.

36. (UNITAU SP/2018)


Uma solução é composta por benzeno e tetracloreto de carbono, e 39% da massa dessa
solução é benzeno.
Qual a fração molar do benzeno na solução?

a) 0,56
b) 0,45

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 74


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

c) 0,65
d) 0,25
e) 0,35

37. (UNIFENAS MG/2020)


Analise os dados e marque a opção que indica o volume correspondente de uma solução
para que um cozinheiro prepare uma solução 0,8 mol/L de cloreto de sódio, sabendo que ele
adiciona 234 g de NaCl em um caldeirão.
Dados: (Na = 23u Cl = 35,5u).

a) 2 L.
b) 10 L.
c) 5 L.
d) 8 L.
e) 0,8 L.

38. (UNITAU SP/2019)


As diarreias intensas causam perda importante de eletrólitos corporais. Nesses casos, uma
solução de reposição oral deve ser oferecida ao paciente. A composição dessa solução é
apresentada na tabela abaixo.

Para preparar essa solução são utilizados cloreto de sódio, cloreto de potássio, citrato de
sódio e glicose.
Nota: mEq = miliequivalente, corresponde a um submúltiplo do número de equivalente-
grama de um soluto. A estrutura do ânion citrato é apresentada abaixo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 75


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) Quais as massas de cloreto de sódio, de cloreto de potássio e de citrato de sódio devem


ser adicionadas para preparar 1 L de uma solução contendo todos os eletrólitos acima, na
concentração descrita na tabela?
b) Calcule a concentração de glicose em mmol/L.

39. (UERJ/2019)
A CIÊNCIA, O BEM E O MAL

Em 1818, com apenas 21 anos, Mary Shelley publicou o grande clássico da literatura gótica,
1

2
Frankenstein ou o Prometeu Moderno. O romance conta a história de um doutor genial e
3
enlouquecido, que queria usar a ciência de ponta de sua época, a relação entre a eletricidade
e a 4atividade muscular, para trazer mortos de volta à vida.
Duas décadas antes, Luigi Galvani havia demonstrado que a eletricidade produzia
5

movimentos 6em músculos mortos, no caso em pernas de rãs. Se vida é movimento, e se


eletricidade pode 7causá-lo, por que não juntar os dois e tentar a ressuscitação por meio da
ciência e não da religião, 8transformando a implausibilidade do sobrenatural em um mero fato
científico?
Todos sabem como termina a história, tragicamente. A “criatura” exige uma companheira
9

de seu criador, espelhando Adão pedindo uma companheira a Deus. Horrorizado com sua
10

própria 11criação, Victor Frankenstein recusou. Não queria iniciar uma raça de monstros, mais
poderosos do 12que os humanos, que pudesse nos extinguir.
O romance examina a questão dos limites éticos da ciência: será que pesquisadores podem
13

ter 14liberdade total? Ou será que existem certos temas que são tabu, que devem ser
bloqueados, 15limitando as pesquisas dos cientistas? Em caso afirmativo, que limites são esses?
Quem os 16determina?
17
Essas são questões centrais da relação entre a ética e a ciência. Existem inúmeras
complicações: 18como definir quais assuntos não devem ser alvo de pesquisa? Em relação à
velhice, será que 19devemos tratá-la como doença? Se sim, e se conseguíssemos uma “cura”
ou, ao menos, um 20prolongamento substancial da longevidade, quem teria direito a tal? Se a
“cura” fosse cara, 21apenas uma pequena fração da sociedade teria acesso a ela. Nesse caso,
criaríamos uma divisão 22artificial, na qual os que pudessem viveriam mais. E como lidar com a
perda? Se uns vivem mais 23que outros, os que vivem mais veriam seus amigos e familiares

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 76


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

perecerem. Será que isso é uma 24melhoria na qualidade de vida? Talvez, mas só se fosse
igualmente distribuída pela população, e 25não por apenas parte dela.
26
Pensemos em mais um exemplo: qual o propósito da clonagem humana? Se um casal não
pode 27ter filhos, existem outros métodos bem mais razoáveis. Por outro lado, a clonagem pode
estar 28relacionada com a questão da longevidade e, em princípio ao menos, até da
imortalidade. 29Imagine que nosso corpo e nossa memória possam ser reproduzidos
indefinidamente; com isso, 30poderíamos viver por um tempo também indefinido. No momento,
não sabemos se isso é possível, 31pois não temos ideia de como armazenar memórias e passá-
las adiante. Mas a ciência cria caminhos 32inesperados, e dizer “nunca” é arriscado.
33
Como se observa, existem áreas de atuação científica que estão diretamente relacionadas
com 34escolhas éticas. O impulso inicial da maioria das pessoas é apoiar algum tipo de censura
ou restrição, 35achando que esse tipo de ciência é feito a Caixa de Pandora*. Mas essa atitude
é ingênua. Não é 36a ciência que cria o bem ou o mal. A ciência cria conhecimento. Quem cria
o bem ou o mal somos 37nós, a partir das escolhas que fazemos.
MARCELO GLEISER
Adaptado de Folha de S. Paulo, 29/09/2013.

* Caixa de Pandora - na mitologia grega, artefato que, se aberto, deixaria escapar todos os
males do mundo.

A condutividade elétrica está associada à presença de íons dissolvidos em fase aquosa.


Considere um experimento para o qual estão disponíveis soluções aquosas com concentração
de 0,1 mol.L–1 dos seguintes solutos: KF, CaBr2, NiSO4 e FeCl3.

Admitindo a dissociação completa, o composto que irá proporcionar maior condutividade


elétrica é:

a) KF
b) CaBr2
c) NiSO4
d) FeCl3

40. (UFSC/2019)
As substâncias proibidas na Europa e nos EUA usadas pela indústria de cosméticos no
Brasil

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 77


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Sabonete, desodorante, loção hidratante. Temos contato com vários produtos cosméticos
no dia a dia – e a lista aumenta para quem é fã de maquiagem. A fórmula dos cosméticos e
produtos de higiene pessoal que usamos não é – ou não deveria ser – a mesma hoje do que
era há 50 anos. Muitos dos ingredientes que eram usados livremente no passado hoje são
proibidos, já que ao longo do tempo foi se descobrindo que alguns fazem mal à saúde ou
causam alergias e irritações. A União Europeia tem uma lista de mais de 1,3 mil substâncias
proibidas que é atualizada de acordo com as últimas análises sobre segurança de ingrediente.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também tem uma lista extensa de
substâncias controladas, baseada na legislação europeia, mas que nem sempre incorpora os
últimos avanços imediatamente. Há, ainda, situações nas quais parte da indústria não respeita
as regras determinadas pelo órgão, apesar de poder ser responsabilizada por isso.
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-45376503>.
[Adaptado]. Acesso em: 27 out. 2018.

As substâncias discutidas no texto acima representam risco aos seres vivos por sua ação
potencialmente nociva. A exposição a essas substâncias pode ocorrer diretamente, pelo
contato com o produto em que se encontram ou pelo consumo de água, uma vez que as
cidades brasileiras não possuem sistemas de tratamento especificamente voltados para a
eliminação de compostos orgânicos na água de abastecimento. Algumas substâncias
controversas encontradas em cosméticos no Brasil estão descritas abaixo.

Dados: massas atômicas: C = 12,0 u; O = 16,0 u; H = 1,00 u

Considerando as substâncias citadas no quadro da página anterior, responda aos itens


abaixo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 78


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) Qual das substâncias poderia ser dissolvida em maiores quantidades em um efluente


aquoso?
b) Represente a fórmula molecular do ftalato de dibutila.
c) Calcule, explicitando as etapas de cálculo, a massa de triclosan presente em um
sabonete de 90 g, sabendo que a concentração dessa substância no sabonete é de 0,30%, em
massa.
d) Calcule, explicitando as etapas de cálculo, a concentração molar de isopropilparabeno
em um efluente aquoso que contém essa substância em sua concentração de saturação,
desprezando a influência de outras substâncias dissolvidas no efluente.

41. (UERJ/2019)
Para a remoção de um esmalte, um laboratório precisa preparar 200 mL de uma solução
aquosa de propanona na concentração de 0,2 mol/L. Admita que a densidade da propanona
pura é igual a 0,8 kg/L.
Nesse caso, o volume de propanona pura, em mililitros, necessário ao preparo da solução
corresponde a:

a) 2,9
b) 3,6
c) 5,8
d) 6,7

42. (UERJ/2018)
Em análises metalúrgicas, emprega-se uma solução denominada nital, obtida pela
solubilização do ácido nítrico em etanol.
Um laboratório de análises metalúrgicas dispõe de uma solução aquosa de ácido nítrico com
concentração de 60% m/m e densidade de 1,4 kg/L. O volume de 2,0 mL dessa solução é
solubilizado em quantidade de etanol suficiente para obter 100,0 mL de solução nital.
Com base nas informações, a concentração de ácido nítrico, em g·L –1, na solução nital é
igual a:

a) 10,5
b) 14,0
c) 16,8

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 79


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

d) 21,6

43. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)


O náilon 6,6 e o poliestireno são polímeros que apresentam diversas aplicações na indústria.
Um técnico misturou inadvertidamente amostras desses polímeros.
Dados:
densidade do náilon 6,6 = 1,14 g·cm–3
densidade do poliestireno = 1,05 g·cm–3
massa molar do NaC = 58,5 g·mol–1

Conhecendo a densidade desses materiais, ele decidiu preparar uma solução aquosa de
cloreto de sódio (NaC) para separar as amostras. Para tanto, ele utilizou um balão volumétrico
de 5,0 L.
A massa de NaC adequada para essa preparação é

a) 120 g.
b) 300 g.
c) 600 g.
d) 1300 g.

44. (UNESP SP/2018)


De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp,
a concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L,
limite mínimo, e 5,0 mg/L, limite máximo. Considerando que a densidade da água potável seja
igual à da água pura, calcula-se que o valor médio desses limites, expresso em partes por
milhão, seja

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 80


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) 5,2 ppm.
b) 18 ppm.
c) 2,6 ppm.
d) 26 ppm.
e) 1,8 ppm.

45. (UNICAMP SP/2017)


É muito comum o uso de expressões no diminutivo para tentar “diminuir” a quantidade de
algo prejudicial à saúde. Se uma pessoa diz que ingeriu 10 latinhas de cerveja (330 mL cada) e
se compara a outra que ingeriu 6 doses de cachacinha (50 mL cada), pode-se afirmar
corretamente que, apesar de em ambas as situações haver danos à saúde, a pessoa que
apresenta maior quantidade de álcool no organismo foi a que ingeriu

a) as latinhas de cerveja, porque o volume ingerido é maior neste caso.


b) as cachacinhas, porque a relação entre o teor alcoólico e o volume ingerido é maior neste
caso.
c) as latinhas de cerveja, porque o produto entre o teor alcoólico e o volume ingerido é maior
neste caso.
d) as cachacinhas, porque o teor alcoólico é maior neste caso.

Dados:
teor alcoólico na cerveja = 5 % v/v
teor alcoólico na cachaça = 45 % v/v

46. (FAMERP SP/2015)


O problema de escassez de água em São Paulo é um tema polêmico em discussão que
envolve governo e especialistas. O “volume morto”, que passou a ser utilizado em maio de
2014, é um reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das
comportas das represas do Sistema Cantareira.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 81


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

(http://g1.globo.com)

Considere um reservatório hipotético com água de densidade 1 g/mL e volume igual ao do


“volume morto” do Sistema Cantareira. Se a água desse reservatório encontra-se contaminada
com 20 ppm de chumbo, a massa total deste metal na água do reservatório hipotético é

a) 2 000 kg.
b) 8 000 kg.
c) 4 000 kg.
d) 8 000 t.
e) 2 000 t.

47. (UERJ/2017)
Na análise de uma amostra da água de um reservatório, verificou-se a presença de dois
contaminantes, nas seguintes concentrações:
Contaminante Concentração (mg/L)
benzeno 0,39
metanal 0,40

Em análises químicas, o carbono orgânico total é uma grandeza que expressa a


concentração de carbono de origem orgânica em uma amostra.
Assim, com base nos dados da tabela, a concentração de carbono orgânico total na amostra
de água examinada, em mg/L, é igual a:

a) 0,16
b) 0,36
c) 0,52
d) 0,72

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 82


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

48. (UERJ/2015)
A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria
deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que
consegue viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem
em concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais.
Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela
suas faixas de concentração de cloreto de sódio.
Concentração de NaCl
Trecho do rio
(mol.L-1)
W  0,01
X 0,1 - 0,2
Y 0,4 - 0,5
Z  0,6 *

*isotônica à água do mar

Um aquário com 100 L de solução aquosa de NaC com concentração igual a 2,1 g·L –1, será
utilizado para criar peixes que vivem no trecho Z do rio. A fim de atingir a concentração mínima
para a sobrevivência dos peixes, deverá ser acrescentado NaC à solução, sem alteração de seu
volume.
A massa de cloreto de sódio a ser adicionada, em quilogramas, é igual a:

a) 2,40
b) 3,30
c) 3,51
d) 3,72

49. (UERJ/2012)
Uma amostra de 5 L de benzeno líquido, armazenada em um galpão fechado de 1500 m 3
contendo ar atmosférico, evaporou completamente. Todo o vapor permaneceu no interior do
galpão.

Técnicos realizaram uma inspeção no local, obedecendo às normas de segurança que


indicam o tempo máximo de contato com os vapores tóxicos do benzeno.
Observe a tabela:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 83


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

CONCENTRAÇÃO DE
TEM PO M ÁXIM ODE
BENZENO
PERM ANÊNCIA
NA ATM OSFERA
(h)
(mg.L-1 )
2 4
4 3
6 2
8 1

Considerando as normas de segurança, e que a densidade do benzeno líquido é igual a 0,9


g·mL-1, o tempo máximo, em horas, que os técnicos podem permanecer no interior do galpão,
corresponde a:

a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

50. (UERJ/2019)
(...)
A condutividade elétrica está associada à presença de íons dissolvidos em fase aquosa.
Considere um experimento para o qual estão disponíveis soluções aquosas com concentração
de 0,1 mol·L–1 dos seguintes solutos: KF, CaBr2, NiSO4 e FeC3.
Admitindo a dissociação completa, o composto que irá proporcionar maior condutividade
elétrica é:

a) KF
b) CaBr2
c) NiSO4
d) FeC3

51. (UERJ/2018)
Para o tratamento de 60 000 L de água de um reservatório, foram adicionados 20 L de
solução saturada de sulfato de alumínio, sal que possui as seguintes propriedades:
Massa molar = 342 g·mol–1

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 84


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Solubilidade em água = 900 g·L–1


Desprezando a variação de volume, a concentração de sulfato de alumínio no reservatório,
em mol·L–1, corresponde a:

a) 8,8 · 10–4
b) 4,4 · 10–4
c) 1,1 · 10–3
d) 2,2 · 10–3

Lei de Henry
52. (UNICAMP SP/2017)
Bebidas gaseificadas apresentam o inconveniente de perderem a graça depois de abertas.
A pressão do CO2 no interior de uma garrafa de refrigerante, antes de ser aberta, gira em torno
de 3,5 atm, e é sabido que, depois de aberta, ele não apresenta as mesmas características
iniciais. Considere uma garrafa de refrigerante de 2 litros, sendo aberta e fechada a cada 4
horas, retirando-se de seu interior 250 mL de refrigerante de cada vez. Nessas condições, pode-
se afirmar corretamente que, dos gráficos a seguir, o que mais se aproxima do comportamento
da pressão dentro da garrafa, em função do tempo é o

a)

b)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 85


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

c)

d)

53. (Unimontes MG/2015)


Mergulhadores respiram ar comprimido (78% de nitrogênio, 21% de oxigênio). No entanto,
pequenas bolhas de nitrogênio são responsáveis pelos acidentes de pressão com
mergulhadores submarinos, quando essas bolhas escapam para o plasma sanguíneo,
bloqueando o fluxo de sangue. Esse risco pode ser minimizado substituindo-se nitrogênio por
gás hélio. A variação da solubilidade de um gás depende da pressão parcial, conforme
demonstrado no gráfico:

Em relação à situação descrita, é CORRETO afirmar:

a) O nitrogênio, em grandes profundidades, torna-se menos solúvel, permanecendo em solução


quando os mergulhadores voltam à superfície.
b) O aumento na pressão parcial de um gás é inversamente proporcional à sua solubilidade,
fator determinante para o acidente com o nitrogênio.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 86


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

c) A solubilidade dos gases oxigênio e nitrogênio no sangue é menor a pressões mais altas,
favorecendo a formação de bolhas.
d) O hélio é menos solúvel no plasma do que o nitrogênio e apresenta átomos pequenos que
atravessam as paredes da célula mais rapidamente, sem causar danos.

54. (UNITAU SP/2014)


O sangue arterial transporta oxigênio dissolvido com pressão parcial aproximada de 100
mmHg. Considerando um volume sanguíneo de 7 litros (coeficiente de solubilidade do oxigênio
(O2 = 0,0014 mmol · L–1 · mmHg–1), podemos afirmar que a quantidade de oxigênio dissolvido
no sangue é de aproximadamente:

a) 9,8 µmol.
b) 0,98 µmol.
c) 9,8 mmol.
d) 0,98 mmol.
e) 0,098 mol.

55. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2013)


A água para consumo humano deve ser inodora, insípida, incolor e agradável ao paladar
com uma certa quantidade de oxigênio dissolvido. Não deve ter acidez e nem micro-
organismos patogênicos.
As etapas do tratamento de água da cidade de Barretos, SP, estão indicadas na figura.

(www.novoguiabarretos.com. Adaptado.)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 87


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Águas de superfície, relativamente límpidas, apresentam-se saturadas de oxigênio


dissolvido. O gráfico relaciona a quantidade de oxigênio que se dissolve na água em função da
temperatura, à pressão normal.

(http://qnint.sbq.org.br)

A quantidade de oxigênio dissolvido em amostras da água de um manancial, coletadas pela


manhã, à temperatura de 20 °C e pressão de 1 atm, foi determinada como sendo igual a 7
mg/L.
Levando em conta as condições em que as amostras foram coletadas, é correto afirmar que
esse resultado decorre

a) do consumo de oxigênio na decomposição de matéria orgânica de efluentes.


b) da utilização do oxigênio na fotossíntese.
c) da menor concentração matinal do oxigênio atmosférico.
d) da queda da temperatura durante a noite.
e) do excesso de sais dissolvidos.

56. (UNICAMP SP/2011)


Cerca de 1/4 de todo o dióxido de carbono liberado pelo uso de combustíveis fósseis é
absorvido pelo oceano, o que leva a uma mudança em seu pH e no equilíbrio do carbonato na
água do mar. Se não houver uma ação rápida para reduzir as emissões de dióxido de carbono,
essas mudanças podem levar a um impacto devastador em muitos organismos que possuem
esqueletos, conchas e revestimentos, como os corais, os moluscos, os que vivem no plâncton,
e no ecossistema marinho como um todo.
Levando em conta a capacidade da água de dissolver o dióxido de carbono, há uma
proposta de se bombear esse gás para dentro dos oceanos, em águas profundas.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 88


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Considerando-se o exposto no texto inicial e a proposta de bombeamento do dióxido de


carbono nas águas profundas, pode-se concluir que esse bombeamento

a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás na água


para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a vida
marinha.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas aumentaria
o problema do efeito estufa.

7. Gabarito Sem Comentários

1. 11 17. B 33. E
2. E 18. C 34. 20
3. E 19. D 35. C
4. A 20. 10 36. A
5. D 21. D 37. C
6. C 22. D 38. Discursiva
7. D 23. A 39. D
8. C 24. E 40. Discursiva
9. C 25. C 41. A
10. Discursiva 26. A 42. C
11. Discursiva 27. C 43. C
12. 31 28. B 44. C
13. Discursiva 29. D 45. C
14. C 30. D 46. D
15. E 31. D 47. C
16. 10 32. D 48. B

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 89


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

49. B 52. B 55. A


50. D 53. D 56. B
51. A 54. D

8. Resoluções Das Questões Fundamentais

Soluções
Questão Fundamental 01 – A respeito da tabela abaixo, responda ao que se pede:

Temperatura (°C) 30 50 70

KBr (g/100 g de H2O) 70 80 90

a) Qual a massa de KBr para saturar 50 g de água, a 50 °C?


b) Qual a massa de KBr para saturar 50 g de água, a 30 °C?
c) Qual a massa de KBr para saturar 200 g de água, a 70 °C?
d) Um químico preparou uma solução: 300 g de KBr em 500 g de água, a 30 °C. Classifique
a solução em saturada ou insaturada.
e) Um químico preparou uma solução: 350 g de KBr em 500 g de água, a 30 °C. Classifique
a solução em saturada ou insaturada.
f) Um químico preparou uma solução: 8 g de KBr em 10 g de água, a 30 °C. Classifique a
solução em saturada ou insaturada.
g) Um químico preparou a seguinte solução: 15 g de KBr em 10 g de água, a 70 °C. Calcule
a massa do corpo de fundo, em gramas.
h) Um químico preparou a seguinte solução: 9 g de KBr em 10 g de água, a 70 °C, e depois
resfriou a 30 °C. Calcule a massa do corpo de fundo, em gramas.
i) Um químico preparou a seguinte solução: 10 g de KBr em 10 g de água, a 50 °C, e depois
resfriou a 30 °C. Calcule a massa do corpo de fundo, em gramas, durante todo o processo.

Comentários:

a) De acordo com a tabela, 80 g de KBr se dissolvem em 100 g de H2O numa temperatura de


50 ˚C. Sendo assim, a massa de KBr que se dissolve em 50 g de água é:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 90


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

80 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 50 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑥 = 40 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
b) De acordo com a tabela, 70 g de KBr se dissolvem em 100 g de H2O numa temperatura de
30 ˚C. Sendo assim, a massa de KBr que se dissolve em 50 g de água é:
70 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑦 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 50 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑦 = 35 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
c) De a cordo com a tabela, 90 g de KBr se dissolvem em 100 g de H2O numa temperatura de
70 ˚C. Sendo assim, a massa de KBr que se dissolve em 200 g de água é:
90 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑧 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 200 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑧 = 180 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟

d) Se a solução do químico tem 300 g de KBr em 500 g de H2O a 30 ˚C . Nessa mesma


temperatura, 100 g de H2O dissolve 70 g de KBr, então, a massa de KBr a ser dissolvida é:
70 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 500 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 350 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
Como 500 g de água consegue dissolver 350 g de KBr e o químico tem 300 g de KBr, que é um
valor menor, então, tem-se uma solução insaturada.
e) Se a solução do químico tem 350 g de KBr em 500 g de H2O a 30 ˚C . Nessa mesma
temperatura, 100 g de H2O dissolve 70 g de KBr, então, a massa de KBr a ser dissolvida é:
70 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 500 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 350 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
Como 500 g de água consegue dissolver 350 g de KBr e o químico tem 350 g de KBr, que é um
valor menor, então, tem-se uma solução saturada.
f) Se a solução do químico tem 8 g de KBr em 10 g de H2O a 30 ˚C . Nessa mesma temperatura,
100 g de H2O dissolve 70 g de KBr, então, a massa de KBr a ser dissolvida é:
70 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 10 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 7 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
Como 10 g de água consegue dissolver 7 g de KBr e o químico tem 8 g de KBr, que é um valor
maior, então, tem-se uma solução saturada.
g) Se a solução do químico tem 15 g de KBr em 10 g de H2O a 70 ˚C . Nessa mesma
temperatura, 100 g de H2O dissolve 90 g de KBr, então, a massa de KBr a ser dissolvida é:
90 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 −−−− 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 −−−− 10 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 91


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

𝑚 = 9 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
Como 10 g de água consegue dissolver 9 g de KBr e o químico tem 15 g de KBr, que é um valor
maior, então, tem-se uma solução saturada.
Além disso, a massa do corpo de fundo é a diferença entre a massa total (15 g) pela massa
dissolvida (9g). Com isso, tem-se:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑚𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 15 𝑔 − 9 𝑔
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 6 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟

h) Se a solução do químico tem 9 g de KBr em 10 g de H2O a 70 ˚C . Nessa mesma temperatura,


100 g de H2O dissolve 90 g de KBr, então, a massa de KBr a ser dissolvida é:
90 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 10 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 9 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
Como 10 g de água consegue dissolver 9 g de KBr e o químico tem 9 g de KBr, que é um valor
igual, então, tem-se uma solução no limite da sua saturação.
No segundo momento, essa substância é resfriada a 30 ˚C. Portanto, deve-se calcular quantos
gramas de KBr são dissolvidos a essa temperatura. Em 30 ˚C, 100 g de H2O dissolvem 70 g de
KBr, então, 10 g dissolvem:
70 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 10 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 7 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟

Portanto, o corpo de fundo tem massa dada pela diferença entre a massa dissolvida a 70 ˚C e a
massa dissolvida a 30 ˚C. Com isso, tem-se:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 𝑚70 ˚𝐶 − 𝑚30 ˚𝐶
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 9 𝑔 − 7 𝑔
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 2 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
i) Se a solução do químico tem 10 g de KBr em 10 g de H2O a 50 ˚C . Nessa mesma temperatura,
100 g de H2O dissolve 80 g de KBr, então, a massa de KBr a ser dissolvida é:
80 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 10 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 8 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
Como 10 g de água consegue dissolver 8 g de KBr e o químico tem 10 g de KBr, que é um valor
maior, então, tem-se uma solução saturada, precipitando:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎 50 ˚𝐶 = 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑚𝑑𝑖𝑠𝑠𝑜𝑙𝑣𝑖𝑑𝑎

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 92


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎 50 ˚𝐶 = 10 𝑔 − 8 𝑔
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 50 ˚𝐶 = 2 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
No segundo momento, essa substância é resfriada a 30 ˚C. Portanto, deve-se calcular quantos
gramas de KBr são dissolvidos a essa temperatura. Em 30 ˚C, 100 g de H2O dissolvem 70 g de
KBr, então, 10 g dissolvem:
70 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟 − − − − 10 𝑔 𝑑𝑒 𝐻2 𝑂
𝑚 = 7 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟

Portanto, o corpo de fundo tem massa dada pela diferença entre a massa dissolvida a 70 ˚C e a
massa dissolvida a 30 ˚C. Com isso, tem-se:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑚70 ˚𝐶 − 𝑚30 ˚𝐶
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 8 𝑔 − 7 𝑔
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 1 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟
No entanto, havia 2 g de KBr no fundo do recipiente à temperatura de 50 ˚C. Então, a massa
total é dada pela soma das massas do corpo de fundo nas duas situações.
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎 50 ˚𝐶 + 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 2 𝑔 + 1 𝑔
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 3 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐵𝑟

Concentrações
Questão Fundamental 02 – Complete a tabela abaixo.

Concentração Concentração
Fórmula
(g/L) (mol/L)

Ca2+ (aq) 4

Na+ (aq) 1,5

CO32- (aq) 1,8

NO3- (aq) 2

Al3+ (aq) 8,1

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 93


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

I. Cálcio (Ca): a massa molar é igual a 40 g/mol. Então, 40 g equivale a 1 mol, logo, para 1 L, 4
g equivale a:
40 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+ − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
4 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+ − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎2+
Então, a concentração é igual a 0,1 mol/L.
II. Sódio (Na): a massa molar é igual a 23 g/mol. Então, 23 g equivale a 1 mol, logo, para 1 L,
1,5 mol equivale a:
23 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎+ − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎 + − − − − 1,5 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 34,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎 +
Então, a concentração é igual a 34,5 g/L.
III. Carbonato (CO32-): a massa molar é igual a 60 g/mol. Então, 60 g equivale a 1 mol, logo, para
1 L, 1,8 g equivale a:
60 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂32− − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
1,8 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑂32− − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 0,03 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑂32−
Então, a concentração é igual a 0,03 mol/L.
IV. Nitrato (NO3-): a massa molar é igual a 62 g/mol. Então, 62 g equivale a 1 mol, logo, para 1
L, 2 mol equivale a:
62 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑂3− − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑂3− − − − − 2 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 124 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑂3−
Então, a concentração é igual a 124 g/L.
V. Alumínio (Al3+): a massa molar é igual a 27 g/mol. Então, 27 g equivale a 1 mol, logo, para 1
L, 8,1 g equivale a:
27 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙 3+ − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
8,1 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙 3+ − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 0,3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙 3+
Então, a concentração é igual a 0,3 mol/L.
Portanto, a tabela completa é:

Concentração Concentração
Fórmula
(g/L) (mol/L)

Ca2+ (aq) 4 0,1

Na+ (aq) 34,5 1,5

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 94


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

CO32- (aq) 1,8 0,03

NO3- (aq) 124 2

Al3+ (aq) 8,1 0,3

Questão Fundamental 03 – Calcule a massa de NaCl, em gramas, que se deve adicionar a


100 mL de água para preparar uma solução com concentração de 0,2 mol/L.

Comentários:

Como em 1 L há 0,2 mol de cloreto de sódio, então, em 100 mL (ou 0,1L), tem-se:
0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 1 𝐿
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 0,1 𝐿
𝑥 = 0,02 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
Como a massa molar do NaCl é 58,5 g/mol, então, a massa que se deve adicionar é de:
58,5 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 0,02 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 1,17 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
Gabarito:

Questão Fundamental 04 - Calcule a massa de KNO3, em gramas, que se deve adicionar a


50 mL de água para preparar uma solução com concentração de 0,1 mol/L.

Comentários:

Como em 1 L há 0,1 mol de nitrato de potássio, então, em 50 mL (ou 0,05L), tem-se:


0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 − − − − 1𝐿
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 − − − − 0,05 𝐿
𝑥 = 0,005 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3
Como a massa molar do KNO3 é 101 g/mol, então, a massa que se deve adicionar é de:
101 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3 − − − − 0,005 𝑚𝑜𝑙
𝑥 = 0,505 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝑁𝑂3

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 95


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito:

Questão Fundamental 05 – A respeito de uma solução de 100 mL de ácido acético com


concentração de 1,05 g/mL, responda ao que se pede:
Calcule a quantidade de matéria, em mol, de ácido acético em 100 mL de solução.
Sabendo que a densidade da água é 1 g/mL, calcule a densidade da solução, em g/mL.
Calcule a nova concentração de ácido acético, em g/mL, ao se evaporar 25 mL de água
destilada.

Comentários:

a) Se em 1 mL de solução há 1,05 g de ácido acético, então, em 100 mL, tem-se:


1,05 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 − − − − 100 𝑚𝐿
𝑥 = 105 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜
Como a massa molar do ácido acético (CH3COOH) é 60 g/mol, então, o número de mols em
105 g do ácido é:
60 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙
105 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 − − − − 𝑦 𝑚𝑜𝑙
𝑦 = 1,75 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑒𝑚 100 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

b) Como a densidade de água é 1 g/mL, então, em 100 mL, tem-se:


1 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − − − − 100 𝑚𝐿
𝑥 = 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑒𝑚 100 𝑚𝐿
A densidade da solução é dada por:
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Como a massa de ácido acético é de 105 g e a de água de 100 g, tem-se:
105 𝑔 + 100 𝑔
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
100 𝑚𝐿
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 2,05 𝑔/𝑚𝐿

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 96


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

c) Ao evaporar 25 mL de água, a solução passa a ter 75 mL. Sendo assim, tem-se 105 g de ácido
acético em 75 mL. Portanto, em 1 mL, tem-se:
105 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 − − − − 75 𝑚𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑥 = 1,4 𝑔 𝑑𝑒 á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑎𝑐é𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑒𝑚 1 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

Portanto, a concentração é de 1,4 g/mL.

Gabarito:

Questão fundamental 06 – Uma solução foi preparada dissolvendo 200 g sacarose em 500
mL de água. A partir da solução preparada e sabendo que a densidade da água igual a 1g/mL,
calcule:
A concentração, em g/L, de sacarose em solução.
A densidade, em g/L, da solução.

Comentários:

a) A concentração de uma solução (C) é dada pela razão da massa do soluto pelo volume do
solvente:
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝐶=
𝑣𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
200 𝑔
𝐶𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 =
500 𝑚𝐿
𝐶𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 = 0,4 𝑔/𝑚𝐿 = 400 𝑔/𝐿
b) Como a densidade de água é 1 g/mL, então, em 500 mL, tem-se:
1 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − − − − 500 𝑚𝐿
𝑥 = 500 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑒𝑚 500 𝑚𝐿
A densidade da solução é dada por:
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Como a massa de sacarose é de 200 g e a de água de 500 g, tem-se:
200 𝑔 + 500 𝑔
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
500 𝑚𝐿
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 1,4𝑔/𝑚𝐿 = 1400 𝑔/𝐿

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 97


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito:

9. Questões Resolvidas E Comentadas


1. (UEM PR/2020)
Assinale o que for correto.

01. A formação da camada de solvatação aumenta a estabilidade de uma dispersão coloidal,


permitindo transformar o coloide em sol ou em gel, conforme se adiciona ou se retira
dispersante.
02. Pedras preciosas como o rubi e a safira são coloides classificados como sol sólido.
04. Uma dispersão coloidal apresenta composição constante em toda sua extensão.
08. Uma solução de ácido fosfórico com grau de ionização de 30% possui fator van’t Hoff (i)
igual a 1,9.
16. Uma solução 0,25 mol/L de CaCl2 totalmente dissociada é hipotônica em relação a uma
solução 0,6 mol/L de glicose, ambas na mesma temperatura.
Comentários:
Analisando afirmativa por afirmativa, tem-se:
01. Certa. As moléculas do dispersante formam uma camada ao redor das micelas nos
coloides, impedindo o contato direto com as micelas. Sendo assim, há uma estabilidade para o
coloide, transformando-o em sol ou em gel.
02. Certa. A safira e o rubi são exemplos de sol sólidos, porque apresentam o disperso
sólido.
04. Errada. O tamanho das partículas varia por toda a extensão do coloide, indo de 1 a 1000
nm.
08. Certa. O fator de Van’t Hoff é dado por:
𝑖 = 1 + 𝛼 ⋅ (𝑞 − 1)
A quantidade de íons é q e o alfa é o grau de ionização (0,3). Sendo assim, tem-se:
𝐻3 𝑃𝑂4 → 3𝐻 + + 𝑃𝑂43−
𝑞 =3+1=4
𝑖 = 1 + 0,3 ⋅ (4 − 1) = 1,9
16. Errada. A solução de CaCl2 totalmente dissociada tem fator de Van’t Hoff igual a:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 98


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

𝐶𝑎𝐶𝑙2 → 𝐶𝑎2+ + 2𝐶𝑙 −


𝑞 =1+2=3
𝑖 = 1 + 𝛼 ⋅ (𝑞 − 1)
𝑖 = 1 + 1 ⋅ (3 − 1) = 3
Portanto, a pressão osmótica da solução de CaCl2 é igual a:
𝜋 = [𝐶𝑎𝐶𝑙2 ] ⋅ 𝑅𝑇 ⋅ 𝑖
𝑚𝑜𝑙
𝜋𝐶𝑎𝐶𝑙2 = 0,25 ⋅ 𝑅𝑇 ⋅ 3 = 0,75𝑅𝑇
𝐿
Como a glicose é uma substânica molecular, a pressão osmótica dela é dada por:
𝜋𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 = [𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒] ⋅ 𝑅𝑇 = 0,6𝑅𝑇
Portanto, uma solução 0,25 mol/L de CaCl2 totalmente dissociada é hipertônica em relação
a uma solução 0,6 mol/L de glicose, ambas na mesma temperatura, já que:
𝜋𝐶𝑎𝐶𝑙2 > 𝜋𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒

Gabarito: 11

2. (Faculdade Santo Agostinho BA/2020)


Aerossóis são partículas sólidas ou líquidas que se encontram suspensas em um meio gasoso
como o ar. Como exemplos de aerossol líquido, temos as nuvens, neblinas, desodorantes e
purificadores de ar. Como exemplos de sólidos, podemos citar a fumaça, a fuligem e a poeira.
O tamanho dessas partículas é medido em micrômetros (m) , podendo variar de 0,001 a 100,
em que 1 m equivale a 10–6 metros. Após a emissão para a atmosfera, essas partículas podem
ficar um longo período suspensas antes de se depositarem, podendo ser carregadas a longas
distâncias por correntes de ar, causando danos por onde passar.

De acordo com as informações dadas no texto, podemos afirmar corretamente que os


exemplos dados apresentam como características:

a) são misturas homogêneas apresentando uma única fase.


b) podem ser separadas por filtração.
c) são soluções gasosas.
d) são soluções líquidas.
e) possuem o efeito Tyndall.
Comentários:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 99


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

O texto descreve um tipo de coloide, o aerossol, que é uma dispersão. Sendo assim,
analisando alternativa por alternativa, tem-se:
a) Errada. O coloide é uma dispersão de um material que não se mistura com o dispersante.
b) Errada. A filtração retém as partículas sólidas, conseguindo separar a mistura.
c) Errada. O aerossol é uma dispersão de sólido ou líquido em gás.
d) Errada. Como visto anteriormente, tem-se uma dispersão do líquido no gás ou do sólido
no gás.
e) Certa. O efeito Tyndall é típico para diferenciar um coloide de uma solução, ou seja, há
o espalhamento da dispersão da luz provocado pelas partículas dispersas no coloide. Esse efeito
não ocorre nas soluções.
Gabarito: E

3. (FGV SP/2020)
Granadas de fumaça são dispositivos usados pelas forças armadas em situações de combate,
com o objetivo de ocultar a movimentação das tropas. Nesses dispositivos, os reagentes
hexacloroetano ( (C2C 6 ) , alumínio em pó (A ) e óxido de zinco (ZnO) ficam em compartimentos
separados e, quando o detonador é acionado, ocorre a mistura desses reagentes, provocando
uma sequência de duas reações instantâneas, representadas pelas seguintes equações:

2A (s) + 3ZnO (s) → 3Zn (s) + A 2O3 (s)


3Zn (s) + C2C 6 (s) → 3ZnC 2 (s) + 2C (s)

A disseminação, no ar, dos produtos reacionais emitidos nessas reações resulta numa
fumaça intensa.

A fumaça produzida pela detonação da granada é quimicamente classificada como uma

a) mistura homogênea gasosa.


b) mistura homogênea sólido-gás.
c) dispersão coloidal sólido-líquido.
d) dispersão coloidal líquido-gás.
e) dispersão coloidal sólido-gás.
Comentários:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 100


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Os produtos da explosão da granada são todos sólidos, ou seja, há uma dispersão dessas
partículas sólidas numa camada de gás, o que caracteriza essa fumaça. Sendo assim, tem-se
uma dispersão coloidal sólido-gás (ou aerossol).
Gabarito: E

4. (UFRGS RS/2016)
Na gastronomia, empregam-se diversos conhecimentos provindos de diferentes áreas da
química. Considere os conhecimentos químicos listados no bloco superior abaixo e os
processos relacionados à produção e conservação de alimentos, listados no bloco inferior.

Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.

1. Propriedades coligativas
2. Coloides
3. Emulsões
4. Reversibilidade de reações

( ) Produção de charque
( ) Preparo de gelatina
( ) Preparo de maionese

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1, 2 e 3.
b) 1, 2 e 4.
c) 2, 3 e 4.
d) 2, 1 e 3.
e) 3, 4 e 2.
Comentários:
Produção de charque – Propriedades coligativas (1)
Uma das etapas de produção da charque é o salgamento, ou seja, a adição de sal é útil para
retirar a umidade da carne por osmose, conservando-a por mais tempo.
Preparo de gelatina – Coloides (2)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 101


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A gelatina é um clássico exemplo do coloide tipo gel, em que o sólido é disperso na fase
líquida.
Preparo da maionese – Emulsões (3)
A emulsão é uma situação em que há dispersão entre dois líquidos que não se misturam.
Sendo assim, a maionese é composta por ovo e óleo.
No ovo tem água, mas também possui proteínas da gema que forma uma espécie de ponte
entre os líquidos, ou seja, essas proteínas envolvem as gotículas do óleo e, ao se ligarem com
a água também, conseguem distribuir essa gordura, estabilizando o coloide.
Gabarito: A

5. (Centro Universitário São Camilo SP/2014)


A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, afetando tanto crianças quanto adultos.
A fumaça do cigarro é prejudicial aos asmáticos, mesmo se o doente não fumar. “Bombinha” é
como as pessoas chamam os dispositivos que contêm medicações inalatórias na forma líquida,
utilizadas no tratamento da asma.
(www.sbpt.org.br. Adaptado.)

A fumaça do cigarro e a medicação inalatória, na forma como é aplicada pelas bombinhas,


são coloides que recebem as classificações, respectivamente, de

a) aerossol e sol.
b) aerossol e gel.
c) sol e aerossol.
d) aerossol e aerossol.
e) sol e sol.
Comentários:
A fumaça do cigarro é um aerossol, já que há uma dispersão de partículas sólidas (materiais
do cigarro) num gás. Já na bombinha, tem-se medicação na forma líquida dispersa num gás,
sendo um aerossol também.

Gabarito: D

6. (UFU MG/2012)
O grafitismo é um tipo de manifestação artística surgida nos Estados Unidos, na década de
1970. No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje, o estilo
desenvolvido pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do mundo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 102


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata, que possuiu, até o final da década de
1980, o Clorofluorcarboneto como propelente.
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/artes/grafite.htm>. Acesso em: 14 jun. 2012.

O spray em lata, utilizado na arte do grafite,


a) possuía, em sua formulação, CFC, que colaborava para prevenir a degradação da camada de
ozônio.
b) deve ser armazenado em ambientes com incidência direta da luz solar.
c) é uma dispersão coloidal, mantida sob pressão, de um líquido em um gás liquefeito.
d) possui probabilidade de explodir diretamente proporcional à redução da temperatura.

Comentários:

A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.


O spray em lata, utilizado na arte do grafite,
a) possuía, em sua formulação, CFC, que colaborava para prevenir a degradação da camada de
ozônio.
Errado. O CFC é um componente que contribui para a destruição da camada de ozônio.
b) deve ser armazenado em ambientes com incidência direta da luz solar.
Errado. A incidência da luz solar aumenta a reatividade desse material. A luz solar forma radicais
de cloro, que são as espécies reativas proveniente do gás CFC.
c) é uma dispersão coloidal, mantida sob pressão, de um líquido em um gás liquefeito.
Certo. O spray da lata é classificado como aerossol líquido, em que partículas líquidas estão
dispersas em um meio gasoso. O aerossol é uma mistura heterogênea do tipo coloide ou
dispersão coloidal.
d) possui probabilidade de explodir diretamente proporcional à redução da temperatura.
Errado. O aumento da temperatura de um gás, a um volume constante, aumenta a pressão.
Logo, esquentar uma lata de spray aumenta a probabilidade de estourar.

Gabarito: C

7. (UFPR/2019)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 103


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Evidências científicas mostraram que a poluição produzida por navios de guerra durante a
Segunda Guerra Mundial interferiu no crescimento das árvores na Noruega. Embarcações da
Alemanha ficaram estacionadas boa parte da guerra na costa da Noruega, com a função de
impedir uma possível invasão dos inimigos. Para camuflar as embarcações, era produzida uma
névoa química, e foi essa névoa artificial a responsável por limitar o crescimento das árvores
nesse período. Uma estratégia muito comum para gerar essa névoa artificial era por meio da
queima incompleta de óleo combustível, mas também outros métodos foram empregados,
como o lançamento na atmosfera de misturas que produziam cloreto de zinco, óxido de titânio
ou pentóxido de fósforo.
Esses métodos capazes de produzir névoa artificial se baseiam em reações que:

a) geram gases irritantes.


b) formam líquidos imiscíveis.
c) produzem compostos voláteis.
d) formam precipitados suspensos na atmosfera.
e) sintetizam compostos que absorvem a radiação eletromagnética no espectro visível.

Comentários:

A névoa artificial é produzida pela síntese de um sólido disperso em um sistema gasoso. A


névoa é classificada como uma dispersão coloidal do tipo aerossol sólido, em que apresentam
partículas sólidas dispersas em um gás.
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
Esses métodos capazes de produzir névoa artificial se baseiam em reações que:
a) geram gases irritantes.
Errado. Não formaria a névoa sólida. A mistura de gases é sempre homogênea.
b) formam líquidos imiscíveis.
Errado. Formaria uma dispersão de líquido em gás, ou seja, um aerossol líquido, que apresenta
aspecto de spray líquido. A aparência dessa transformação seria de chuva ao invés de névoa.
c) produzem compostos voláteis.
Errado. Os compostos voláteis formam vapores com mais facilidade, portanto, o produto seria
a mistura gasosa, que é homogênea.
d) formam precipitados suspensos na atmosfera.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 104


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Certo. A formação de sólidos em sistemas gasosos forma uma dispersão do tipo aerossol sólido
de aparência parecida com a névoa. A névoa natural é a formação de cristais de água (sólido)
disperso no ar (material gasoso). A porção sólida da névoa artificial é formada por cloreto de
zinco, óxido de titânio ou pentóxido de fósforo.
e) sintetizam compostos que absorvem a radiação eletromagnética no espectro visível.
Errado. A absorção da radiação eletromagnética interfere na coloração do material, mas esse
fato não gera materiais de estados físicos distintos.

Gabarito: D

8. (ENEM/2015)
A obtenção de sistemas coloidais estáveis depende das interações entre as partículas
dispersas e o meio onde se encontram. Em um sistema coloidal aquoso, cujas partículas são
hidrofílicas, a adição de um solvente orgânico miscível em água, como etanol, desestabiliza o
coloide, podendo ocorrer a agregação das partículas preliminarmente dispersas.

A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque

a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.


b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.
c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque
a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.
Errado. A polaridade das moléculas de água, somente, seria interferida se houve reação química
alterando as ligações covalentes da molécula. O álcool interage com a água por meio de
interações intermoleculares, logo, não ocorre reação química.
b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 105


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Errado. Mudar as cargas superficiais das partículas coloidais é alterar a polaridade das moléculas
do sistema. Não ocorre alteração de ligações nas moléculas, porque não ocorre reação química.
c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.
Certo. O álcool interage com as moléculas de água e diminui a solvatação das moléculas de
água com as partículas dispersas. Tendo menos moléculas de água interagindo com as partes
dispersas, estas interagem mais entre si e produzem uma fase hidrofóbica. A dissolução do
álcool em água auxilia na separação de duas fases e, assim, converte um coloide em uma
suspensão.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
Errado. A liberação de calor não justifica a formação dos aglomerados da porção insolúvel em
água.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.
Errado. Os movimentos brownianos reduziriam se houvesse mudança de estado líquido para
sólido, que não é o fato observado.

Gabarito: C

9. (UNIFOR CE/2020)
A solubilidade é a quantidade máxima de um soluto que pode ser dissolvida em um
determinado volume de solvente. No laboratório, foram realizados experimentos para
avaliar o efeito da temperatura, em °C, e a massa solúvel de uma substância, em gramas.
Quanto à solubilidade desta substância, considere os pontos A, B, C da solução estudada.

Analise o gráfico acima e as afirmações que seguem:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 106


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

I. A solução A está saturada pois o soluto está em quantidade superior ao seu coeficiente
de solubilidade;
II. A solução B está saturada e ao passar para T = 80 °C tem-se uma dissolução exotérmica;
III. A solução C está insaturada ao passar para T = 80 °C tem-se uma dissolução
endotérmica;
IV. A solução A está supersaturada pois o soluto está em quantidade superior ao seu
coeficiente de solubilidade;

É correto apenas o que se afirma em:

a) I e III.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) II e IV.
Comentários:
Analisando afirmativa por afirmativa, tem-se:
I. Errada. A solução é supersaturada, uma vez que o ponto A está acima da curva, mostrando
que se tem uma quantidade de soluto acima da capacidade do solvente.
II. Errada. A solução B está em cima da curva, ou seja, ela está saturada. No entanto, o
aumento da temperatura aumenta a solubilidade, mostrando que a dissolução é endotérmica.
III. Certa. A solução C é insaturada, porque o ponto está abaixo da curva, mostrando uma
quantidade de soluto menor do que a máxima que o solvente consegue suportar. Além disso,
como visto no comentário anterior, a dissolução é endotérmica.
IV. Certa. Como visto no comentário de I, A está supersaturada e, a redução de
temperatura, diminui a solubilidade, deixando a solução instável, podendo precipitar com
qualquer perturbação.

Gabarito: C

10. (FAMERP SP/2020)


Em um experimento sobre solubilidade, foram preparadas três misturas de 100 mL de água
(d = 1,00 g/mL) e 100 mL de hexano (d = 0,65 g/mL). Duas delas foram colocadas em dois funis
de separação e a terceira em uma proveta. Em seguida, adicionou-se a um dos funis alguns

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 107


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

cristais de iodo (I2), uma substância apolar, e, ao outro funil, cristais de permanganato de
potássio (KMnO4), uma substância polar. À proveta, adicionou-se 50 mL de butan-1-ol (d = 0,8
g/mL). Após agitação das misturas contidas nos funis de separação, foram obtidos os sistemas
apresentados na figura:

(http://pages.uoregon.edu)

Considere que o I2 e o KMnO4, em suas respectivas soluções, adquirem coloração violeta.

a) Indique as composições das fases A e B, respectivamente.


b) Considerando que a solubilidade do butan-1-ol em hexano seja infinita e que não ocorra
dissolução do soluto na água, calcule a porcentagem em massa do butan-1-ol no hexano
contido na proveta.
Comentários:
a) Como a água é mais densa do que o hexano, então, ela ocupa o fundo do recipiente.
Sendo assim, na primeira figura, a fase A é a solução de KMnO4, porque esta é solúvel em água,
então, ocupa o fundo do recipiente também. Já na outra figura, a fase B é o iodo, I 2, porque
este é apolar, sendo miscível no hexano, que também é apolar.
b) 50 mL de butanol se dissolve em 100 mL de hexano e, na fase inferior, tem-se 100 mL de
água. Como 0,8 g de butanol equivale a 1 mL, então, nos 50 mL tem-se uma massa de:
0,8 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 − − − − 50 𝑚𝐿
𝑥 = 40 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙
0,65 g de hexano ocupa 1 mL, logo, os 100 mL representam uma massa de hexano igual a:
0,65 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑥𝑎𝑛𝑜 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑦 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑥𝑎𝑛𝑜 − − − − 100 𝑚𝐿
𝑦 = 65 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑥𝑎𝑛𝑜
Portanto, a massa total de butanol e hexano é de:
65 𝑔 + 40 𝑔 = 105 𝑔
Portanto, o butanol representa uma porcentagem de:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 108


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

105 𝑔 − − − − 100%
40 𝑔 −−−− 𝑥%
𝑥 = 38,1%

Gabarito:
a) Como a água é mais densa do que o hexano, então, ela ocupa o fundo do recipiente.
Sendo assim, na primeira figura, a fase A é a solução de KMnO4, porque esta é solúvel em água,
então, ocupa o fundo do recipiente também. Já na outra figura, a fase B é o iodo, I2, porque
este é apolar, sendo miscível no hexano, que também é apolar.
b) 50 mL de butanol se dissolve em 100 mL de hexano e, na fase inferior, tem-se 100 mL de
água. Como 0,8 g de butanol equivale a 1 mL, então, nos 50 mL tem-se uma massa de:
0,8 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 − − − − 50 𝑚𝐿
𝑥 = 40 𝑔 𝑑𝑒 𝑏𝑢𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙
0,65 g de hexano ocupa 1 mL, logo, os 100 mL representam uma massa de hexano igual a:
0,65 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑥𝑎𝑛𝑜 − − − − 1 𝑚𝐿
𝑦 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑥𝑎𝑛𝑜 − − − − 100 𝑚𝐿
𝑦 = 65 𝑔 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑥𝑎𝑛𝑜
Portanto, a massa total de butanol e hexano é de:
65 𝑔 + 40 𝑔 = 105 𝑔
Portanto, o butanol representa uma porcentagem de:
105 𝑔 − − − − 100%
40 𝑔 −−−− 𝑥%
𝑥 = 38,1%

11. (UEL PR/2020)


A desmineralização do esmalte dos dentes, constituído principalmente pelo mineral
hidroxiapatita, Ca5(PO4)3OH, favorece a formação de cáries. Isso ocorre pela dissolução desse
mineral, liberando os íons cálcio, fosfato e hidróxido. A fim de prevenir a formação das cáries,
compostos fluorados são introduzidos na água potável e em cremes dentais. O íon fluoreto
reage com os íons cálcio e fosfato, presentes na saliva, formando um novo mineral, a
fluorapatita (Ca5(PO4)3F), que se deposita sobre os dentes, tornando o esmalte mais resistente
devido à menor solubilidade da fluorapatita, quando comparada à hidroxiapatita. íons
hidróxido e fluoreto não estão representados na figura.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 109


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

íons hidróxido e fluoreto não estão representados na figura.

A partir dessas informações, apresente a equação balanceada da reação de formação da


fluorapatita e, considerando a solubilidade desse mineral, determine a massa mínima
necessária, em g, de íons fluoreto para que ocorra a saturação com fluorapatita de 2 mL de
solução (volume médio de saliva na boca).
Apresente os cálculos realizados na resolução desta questão.
Observação: mol L–1 corresponde à unidade de concentração mol/L ou M.
Dados: Solubilidade da fluoroapatita: 6,0  10–8 mol L–1; Massas atômicas: F = 19 u
Comentários:
Segundo o texto, a formação da fluorapatita é dada por:
5𝐶𝑎2+ (𝑎𝑞) + 3𝑃𝑂43− (𝑎𝑞) + 𝐹 − (𝑎𝑞) ⇌ 𝐶𝑎5 (𝑃𝑂4 )3 𝐹 (𝑠)
A solubilidade da fluoroapatita é de 6 x 10-8 mol em 1 L (ou 1000 mL), logo, nos 2 mL de
solução, tem-se um número de mols igual a:
6 ⋅ 10−8 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑜𝑎𝑝𝑎𝑡𝑖𝑡𝑎 − − − − 1000 𝑚𝐿
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑜𝑎𝑝𝑎𝑡𝑖𝑡𝑎 −−−− 2 𝑚𝐿
𝑥 = 1,2 ⋅ 10−10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑜𝑎𝑝𝑎𝑡𝑖𝑡𝑎
Como 1 mol de fluoroapatita é formada com 1 mol de íons fluoreto, então, tem-se 1,2 x 10-
10
mol de F- também. Cada mol de F- tem 19 g/mol, então, esse número de mols de flúor tem
uma massa igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹 − − − − − 19 𝑔
−10 −
1,2 ⋅ 10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹 −−−− 𝑦𝑔
𝑦 = 2,28 ⋅ 10−9 𝑔 𝑑𝑒 𝐹 − 𝑒𝑚 2 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑖𝑣𝑎

Gabarito:
Segundo o texto, a formação da fluorapatita é dada por:
5𝐶𝑎2+ (𝑎𝑞) + 3𝑃𝑂43− (𝑎𝑞) + 𝐹 − (𝑎𝑞) ⇌ 𝐶𝑎5 (𝑃𝑂4 )3 𝐹 (𝑠)
A solubilidade da fluoroapatita é de 6 x 10-8 mol em 1 L (ou 1000 mL), logo, nos 2 mL de
solução, tem-se um número de mols igual a:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 110


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

6 ⋅ 10−8 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑜𝑎𝑝𝑎𝑡𝑖𝑡𝑎 − − − − 1000 𝑚𝐿


𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑜𝑎𝑝𝑎𝑡𝑖𝑡𝑎 −−−− 2 𝑚𝐿
𝑥 = 1,2 ⋅ 10−10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑜𝑟𝑜𝑎𝑝𝑎𝑡𝑖𝑡𝑎
Como 1 mol de fluoroapatita é formada com 1 mol de íons fluoreto, então, tem-se 1,2 x 10-
10
mol de F- também. Cada mol de F- tem 19 g/mol, então, esse número de mols de flúor tem
uma massa igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹 − − − − − 19 𝑔
−10 −
1,2 ⋅ 10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐹 −−−− 𝑦𝑔
𝑦 = 2,28 ⋅ 10−9 𝑔 𝑑𝑒 𝐹 − 𝑒𝑚 2 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑖𝑣𝑎

12. (UEPG PR/2020)


Considerando o conceito de coeficiente de solubilidade, assinale o que for correto.

01. O coeficiente de solubilidade é a máxima quantidade de soluto que se solubiliza a uma


dada temperatura em uma dada quantidade de solvente.
02. Cada substância apresenta um valor específico de coeficiente de solubilidade.
04. Uma determinada substância apresenta, para diferentes solventes, valores diferentes de
coeficiente de solubilidade.
08. Se o coeficiente de solubilidade de uma substância aumenta com o aumento da
temperatura, isso significa que é possível dissolver uma massa maior dessa substância, em uma
mesma quantidade de solvente, em temperaturas mais elevadas.
16. Há situações nas quais a massa de substância dissolvida em uma determinada
quantidade de solvente é maior do que a dada pelo coeficiente de solubilidade. Nesses casos,
a solução é classificada como solução supersaturada.
Comentários:
Analisando afirmativa por afirmativa, tem-se:
01. Certa. A quantidade máxima de soluto que, em certa temperatura, pode ser solubilizada
em determinada quantidade de solvente é o coeficiente de solubilidade.
02. Certa. Cada substância possui seu coeficiente de solubilidade específico.
04. Certa. Cada solvente interage de maneira diferente com o soluto. Então, há um
coeficiente de solubilidade diferente para cada situação.
08. Certa. Como a solubilidade aumentou devido ao aumento de temperatura, a solução
comporta mais soluto entre as partículas do solvente.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 111


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

16. Certa. Essa é a definição da solução supersaturada, que é uma solução instável, obtida
quando se aquece a solução para aumentar a solubilidade e, uma vez todo soluto dissolvido,
essa solução fica em repouso até ir diminuindo a temperatura. Como a solubilidade diminuiu,
mas o sistema ficou intacto, sob qualquer perturbação, ele precipita o sal.
Gabarito: 31

13. (UNIFESP SP/2020)


Considere o experimento:

Uma porção de iodeto de sódio sólido, radioativo, cujo ânion 131I– é radioativo, foi adicionada
a uma solução aquosa saturada, sem corpo de fundo, de iodeto de sódio (NaI) não radioativo,
formando uma solução saturada com corpo de fundo. Após algum tempo, a mistura foi filtrada
e a intensidade da radiação foi verificada no sólido retido no filtro e na solução saturada. Foi
constatado que a solução saturada, inicialmente não radioativa, tornou-se radioativa, e que o
sólido apresentou menor intensidade de radiação do que apresentava antes de ser adicionado
à solução.

a) Calcule o número de nêutrons e de elétrons do ânion I.


131 –

b) Escreva a equação química que representa o equilíbrio de solubilidade do iodeto de


sódio em água. Baseando-se no conceito de equilíbrio químico e no comportamento das
espécies químicas em nível microscópico, justifique por que a radioatividade do sólido diminuiu
e a solução saturada tornou-se radioativa.
Comentários:
a) O íon 131I- possui número atômico de 53, logo, tem 53 prótons. Sendo assim, o número
de nêutrons é dado por:
131 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 − 53 𝑝𝑟ó𝑡𝑜𝑛𝑠 = 78 𝑛ê𝑢𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
Como o íon possui 1 elétron a mais do que sua forma neutra, logo, o número de elétrons é
igual a:
53 + 1 = 54 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠
b) A equação química que representa o equilíbrio de solubilidade do iodeto de sódio é
dada por:
𝑁𝑎𝐼 (𝑠) ⇌ 𝑁𝑎+ (𝑎𝑞) + 𝐼 − (𝑎𝑞)
Como o 131I é radioativo, com o passar da reação, ele sai do sal iodeto de sódio e vai para
a solução, logo, o sólido diminui sua radioatividade. Por consequência, a solução torna-se
radioativa devida a presença de íons iodeto por causa desse movimento da espécie.
Gabarito:
a) O íon possui 78 nêutrons e 54 elétrons.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 112


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

b) A equação química que representa o equilíbrio de solubilidade do iodeto de sódio é


dada por:
𝑁𝑎𝐼 (𝑠) ⇌ 𝑁𝑎+ (𝑎𝑞) + 𝐼 − (𝑎𝑞)
Como o 131I é radioativo, com o passar da reação, ele sai do sal iodeto de sódio e vai para
a solução, logo, o sólido diminui sua radioatividade. Por consequência, a solução torna-se
radioativa devida a presença de íons iodeto por causa desse movimento da espécie.

14. (FUVEST SP/2019)


Em um experimento, determinadas massas de ácido maleico e acetona foram misturadas a
0 ºC, preparando-se duas misturas idênticas. Uma delas (X) foi resfriada a –78 ºC, enquanto a
outra (M) foi mantida a 0 ºC. A seguir, ambas as misturas (M e X) foram filtradas, resultando nas
misturas N e Y. Finalmente, um dos componentes de cada mistura foi totalmente retirado por
destilação. Os recipientes (marcados pelas letras O e Z) representam o que restou de cada
mistura após a destilação. Nas figuras, as moléculas de cada componente estão representadas
por retângulos ou triângulos.

Tanto no recipiente M como no recipiente X, estão representadas soluções __ de __, cuja


solubilidade __ com a diminuição da temperatura. A uma determinada temperatura, as
concentrações em M e N e em X e Y são __. Em diferentes instantes, as moléculas representadas
por um retângulo pertencem a um composto que pode estar __ ou no estado __.

As lacunas que correspondem aos números de I a VI devem ser corretamente preenchidas


por:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 113


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a)

b)

c)

d)

e)

Note e adote:

Considere que não houve perda do solvente durante a filtração.


Comentários:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 114


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Baseando-se nos pontos de fusão e ebulição das substâncias, nota-se que, em 0 ºC, o ácido
é sólido e a acetona é líquida. Em -78 ºC, o comportamento é o mesmo, ou seja, o ácido
continua sendo sólido e a acetona líquida.
Sendo assim, olhando para a figura, os retângulos estão localizados no fundo do recipiente,
traduzindo a presença de um sólido ali. Então, os retângulos são o sólido e os triângulos o
líquido:
Retângulo: sólido (ácido maleico)
Triângulo: líquido (acetona)
Pelas imagens, os retângulos estão lá no fundo e alguns distribuídos pelo recipiente,
mostrando que eles também formam o precipitado. Sendo assim, tanto em 0ºC quanto em -78
ºC, tem-se soluções saturadas do retângulo, ou seja, de ácido maleico:
I. Saturadas
II. Ácido maleico
Na imagem a -78 ºC, tem-se mais retângulos no fundo do recipiente do que na imagem a
0 ºC, o que leva a crer que o aumento da temperatura favorece a solubilidade do ácido. Sendo
assim, a solubilidade diminui com a diminuição da temperatura:
III. Diminui
Vendo as 3 figuras em 0 ºC, percebe-se que a quantidade de retângulos dissolvidos é a
mesma em M, N e O (igual a 6) e, em -78 ºC, tem-se o mesmo fenômeno: 3 retângulos nas
figuras X, Y e Z.
Portanto, as concentrações em M e N; e X e Y são iguais:
IV. Iguais
Como visto, anteriormente, o retângulo representa o ácido dissolvido no estado sólido:
V. Dissolvido
VI. Sólido
Gabarito: C

15. (IBMEC SP Insper/2019)


Em uma aula de laboratório de química, foi realizado um experimento que consistiu em
adicionar em um béquer 300 g de água, em temperatura ambiente, e certa quantidade do sal
sulfato de magnésio hexaidratado (MgSO4.6H2O) até formar uma solução saturada com corpo
de fundo. Essa mistura foi aquecida até completa solubilização do sal, que ocorreu quando a
temperatura atingiu 50 ºC. Na sequência, deixou-se a solução resfriar até 20 ºC e verificou-se
novamente a presença do sal cristalizado no fundo do béquer.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 115


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Foram fornecidos aos alunos os dados de solubilidade desse sal nas duas temperaturas
medidas.

Com as informações fornecidas, foram calculadas as massas do sal presente na solução a 50


ºC e do sal cristalizado a 20 ºC. Esses resultados são corretamente apresentados, nessa ordem,
em:

a) 53,5 g e 9,0 g.
b) 160,5 g e 9,0 g.
c) 294,0 g e 27,0 g.
d) 97,0 g e 9,0 g.
e) 160,5 g e 27,0 g.
Comentários:
A 50ºC, 53,5 g de soluto se dissolvem em 100 g de água, logo, nos 300 g de água, tem-se:
53,5 𝑔 𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙 − − − − 300 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 160,5 𝑔 𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙
Já em 20 ºC, 44,5 g de soluto se dissolvem em 100 g de água, então, nos 300 g, tem-se:
44,5 𝑔 𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑦 𝑔 𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙 − − − − 300 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑦 = 133,5 𝑔 𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙
Portanto, a massa de sal cristalizada é igual a:
160,5 𝑔 − 133,5 𝑔 = 27 𝑔

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 116


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito: E

16. (UEPG PR/2019)


Em um becker de um litro foi adicionado 80 g de Na2SO3 e 500 g de H2O a 20 ºC. A
solubilidade do Na2SO3 é 20 g/100 g de H2O à 20 ºC.
Dados:
Na = 23g/mol; S = 32 g/mol
O = 16 g/mol; H = 1 g/mol
Densidade da água a 20 ºC = 1 g/ml
Solubilidade do Na2SO3 à 10 ºC = 10 g / 100 g de H2O

Diante do exposto, assinale o que for correto.

01. O resfriamento da dispersão inicial para a temperatura de 10 ºC causa a precipitação de


50 g de Na2SO3.
02. A concentração do Na2SO3 no becker é aproximadamente 1,27 mol/L.
04. A adição de 30 g de Na2SO3 na dispersão inicial torna a solução supersaturada.
08. A dispersão formada no becker é uma solução insaturada.
16. O nome do sal utilizado para fazer a dispersão é sulfato de sódio.
Comentários:
Inicialmente, em 100 g de água, tem-se uma massa de Na2SO3 de:
80 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3 − − − − 500 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 16 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3
Logo, 16 g de Na2SO3 estão dissolvidos em 100 g de água. Portanto, analisando as
afirmativas, tem-se:
01. Errada. A 10 ºC, a solubilidade é de 10 g em 100 g de água, logo, em 500 g de água,
tem-se 50 g de soluto que são dissolvidos, mas, foi-se colocado 80 g. Sendo assim, o que
precipita é:
80 𝑔 − 50 𝑔 = 30 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3
02. Certa. Como se tem 16 g de Na2SO3 em 100 g de água (ou 100 mL, ou 0,1 L), então, o
número de mols é igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3 − − − − 126 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3 − − − − 16 𝑔
𝑥 = 0,127 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆𝑂3

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 117


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Se o volume é de 0,1 L, então, a concentração é dada por:


0,127 𝑚𝑜𝑙
[𝑁𝑎2 𝑆𝑂3 ] = = 1,27 𝑚𝑜𝑙/𝐿
0,1 𝐿
04. Errada. Como a solubilidade é de 20 g em 100 g de água, então, nos 500 g de água,
tem-se:
20 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 500 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 100 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 𝑒𝑚 500 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
Então, ao adicionar 30 g à solução inicial, tem-se:
80 𝑔 + 30 𝑔 = 110 𝑔 𝑒𝑚 500 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
Formando, então, uma solução saturada. A solução supersaturada é uma solução instável,
obtida quando se aquece a solução para aumentar a solubilidade e, uma vez todo soluto
dissolvido, essa solução fica em repouso até ir diminuindo a temperatura. Como a solubilidade
diminuiu, mas o sistema ficou intacto, sob qualquer perturbação, ele precipita o sal.
08. Certa. Como visto anteriormente, a solubilidade é de 20 g de sal para 100 g de água,
mas, tem-se 16 g de sal para 100 g água, caracterizando uma solução insaturada.
16. Errada. O nome do sal utilizado é o sulfito de sódio, Na2SO3.
Gabarito: 10

17. (UniCESUMAR PR/2019)


A identificação de gás carbônico em refrigerantes pode ser realizada borbulhando-se esse
gás em água de cal, que é uma solução saturada de hidróxido de cálcio, que pode ser obtida
por meio da seguinte reação:

CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2 (aq)

Considerando que a solubilidade do Ca(OH)2 é de 0,17 g/100 cm3 de água, a 20 ºC, a massa
de CaO, em gramas, necessária para preparar 1,0 L de água de cal, nessa temperatura, é de,
aproximadamente,

a) 0,6.
b) 1,3.
c) 2,0.
d) 3,1.
e) 4,5.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 118


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Comentários:
A solubilidade do Ca(OH)2 (74 g/mol) é de 0,17 g em 100 cm3 (ou 100 mL) de água. Sendo
assim, em 1 L (ou 1000 mL), tem-se uma massa de:
0,17 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 100 𝑚𝐿 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 1000 𝑚𝐿 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 1,7 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
Então, isso representa um número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 74 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 − − − − 1,7 𝑔
𝑥 = 0,023 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2
Pela estequiometria, tem-se, então, 0,023 mol de CaO (56 g/mol) também. Com isso, a
massa de CaO é igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂 −−−− 56 𝑔
0,023 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂 − − − − 𝑥𝑔
𝑥 ≅ 1,3 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂

Gabarito: B

18. (Faculdade São Francisco de Barreiras BA/2019)


Sabe-se que a massa de um soluto se dissolve em uma determinada quantidade de solvente,
a pressão constante e determinada temperatura. O gráfico apresenta as curvas de solubilidade,
em g, do nitrato de potássio, KNO3(s), do nitrato de sódio, NaNO3(s), e do cloreto de sódio,
NaCl(s), em 100g de água.

A análise do gráfico, associada aos conhecimentos sobre soluções aquosas, permite afirmar:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 119


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) A dissolução, em água, dos sais apresentados no gráfico é um processo químico


exotérmico.
b) O sistema formado pela mistura entre 150 g de nitrato de sódio e 200 g de água, a 80
ºC, é heterogêneo.
c) A adição de 250 g do nitrato de potássio a 300 g de água, à temperatura de 60 ºC, leva
à obtenção de uma solução insaturada.
d) O cloreto de sódio tem menor coeficiente de solubilidade em água do que o nitrato de
potássio, em temperatura abaixo de 20 ºC.
e) A variação do valor do coeficiente de solubilidade do KNO3 é menor com o aumento da
temperatura, quando comparada à variação do valor do coeficiente de solubilidade do NaNO 3.
Comentários:
Analisando alternativa por alternativa, tem-se:
a) Errada. A solubilidade é favorecida pelo aumento da temperatura, ou seja, ela é um
processo endotérmico.
b) Errada. 150 g nitrato de sódio e 200 g de água confere uma solubilidade de:
150 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 200 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 75 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 𝑒𝑚 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
Como a solubilidade do nitrato de sódio a 80ºC é 150 g em 100 g de água, tem-se uma
solução insaturada, diluída.
c) Certa. Em 60 ºC, a solubilidade do nitrato de potássio, KNO3, é de 125 g em 100 g de
H2O. Sendo assim, os 250 g do nitrato nos 300 g de água fornecem uma solubilidade de:
250 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 300 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 83,33 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 𝑒𝑚 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
Portanto, tem-se uma solução instaurada.
d) Errada. O cloreto de sódio (NaCl) tem solubilidade menor do que o nitrato de potássio
(KNO3) nas temperaturas acima de 20 ºC, que é o ponto que as curvas se encontram. Sendo
assim, em valores menores de 20 ºC, o comportamento se inverte.
e) Errada. A variação do valor do coeficiente de solubilidade do KNO3 é maior com o
aumento da temperatura, quando comparada à variação do valor do coeficiente de solubilidade
do NaNO3. Isso acontece porque a inclinação da curva KNO3 é mais inclinada, por exemplo, no
intervalo de 50 ºC a 60 ºC, a solubilidade de KNO3 varia 25 g, já com o NaNO3, tem-se uma
variação de 12,5 g.

Gabarito: C

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 120


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

19. (Santa Casa SP/2019)


Algumas pesquisas estudam o uso do cloreto de amônio na medicina veterinária para a
prevenção da urolitíase em ovinos, doença associada à formação de cálculos no sistema
urinário. O cloreto de amônio (massa molar = 53,5 g/mol) é um sólido cristalino que apresenta
a seguinte curva de solubilidade:

Uma solução aquosa saturada de cloreto de amônio a 90 ºC, com massa total de 1 360 g,
foi resfriada para 50 ºC. Uma segunda solução aquosa com volume total de 1 000 mL foi
preparada com o sólido obtido da cristalização da primeira solução.

Considerando que a cristalização foi completa no resfriamento realizado, a segunda solução


aquosa de cloreto de amônio tem concentração próxima de

a) 1,5 mol/L.
b) 2,5 mol/L.
c) 2,0 mol/L.
d) 3,0 mol/L.
e) 1,0 mol/L.
Comentários:
Em 90ºC, tem-se 70 g de sal dissolvidos em 100 g em água, então, tem-se uma
concentração de 70 g de soluto para 170 g de solução. Sendo assim, essa razão deve ser igual
quando se tem 1360 g de solução. Porntato, a massa de soluto é de:
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 70 𝑔
=
1360 𝑔 170 𝑔
170 𝑔 ⋅ 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 70 𝑔 ⋅ 1360 𝑔

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 121


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 560 𝑔
Sendo assim, a quantidade de solvente (água) é igual a:
1360 𝑔 − 560 𝑔 = 800 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
De maneira análoga, mas comparando a massa de soluto com a massa de água, em 50 ºC,
tem-se 50 g de sal em 100 g de água, logo, nos 800 g de água, tem-se uma massa de soluto
de:
50 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 100 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 − − − − 800 𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑥 = 400 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙
Sendo assim, a massa de sólido que precipita é a diferença entre as quantidades de soluto:
560 𝑔 − 400 𝑔 = 160 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎
Como 1 mol de cloreto de amônio tem massa molar de 53,5 g/mol, então, o número de
mols é igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 − − − − 53,5 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 − − − − 160 𝑔
𝑥 = 3 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝐻4 𝐶𝑙
Sendo assim, nos 1000 mL (ou 1L), tem-se uma concentração de 3 mol/L.
Gabarito: D

20. (UEPG PR/2017)


A 18 °C, a solubilidade do cloreto de magnésio é de 56 g por 100 g de água. Nessa
temperatura, 150 g de MgC2 foram misturados em 200 g de água. Sobre esta solução, assinale
o que for correto.

01. O sistema obtido é homogêneo.


02. A massa de sólido depositada foi de 38 g.
04. Se aquecermos essa solução, não haverá mudança na solubilidade da mesma.
08. A massa de MgC2 dissolvida na H2O foi de 112 g.
16. A solução obtida é insaturada.

Comentários:
A solubilidade do cloreto de magnésio, a 18 °C, é de 56 g para cada 100 g de água, ou seja,
em 200 gramas de água dissolve-se a quantidade máxima de 112 g. Mantidas as condições,
foram colocados 150 g de cloreto de magnésio em 200 g de água, portanto, 112 g foram
dissolvidos e o restante é sedimentado como corpo de fundo, que possui 38 g.
A partir dessas informações, julga-se os itens.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 122


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

01. O sistema obtido é homogêneo.


Errado. O sistema é heterogêneo bifásico porque apresenta solução líquida e material sólido
decantado.
02. A massa de sólido depositada foi de 38 g.
Certo. A massa do corpo de fundo é igual a 38 g, conforme a resolução apresentada acima.
04. Se aquecermos essa solução, não haverá mudança na solubilidade da mesma.
Errado. Todo composto iônico sofre alteração na solubilidade de acordo com a temperatura,
podendo ser mais ou menos solúvel na nova temperatura.
08. A massa de MgC2 dissolvida na H2O foi de 112 g.
Certo. A massa de cloreto de magnésio é igual a taxa de saturação, conforme os cálculos
realizados acima.
16. A solução obtida é insaturada.
Errado. Em um recipiente contendo 200 g de água, a solução seria insaturada se a quantidade
colocada de cloreto de magnésio fosse inferior a 112 g.

Gabarito: 10

21. (UFRGS RS/2017)


Observe o gráfico e a tabela abaixo, que representam a curva de solubilidade aquosa (em
gramas de soluto por 100 g de água) do nitrato de potássio e do nitrato de sódio em função
da temperatura.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem


em que aparecem.
A curva A diz respeito ao ........ e a curva B, ao ........ . Considerando duas soluções aquosas
saturadas e sem precipitado, uma de KNO3 e outra de NaNO3, a 65 °C, o efeito da diminuição
da temperatura acarretará a precipitação de ........ .

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 123


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de potássio


b) nitrato de potássio – nitrato de sódio – nitrato de sódio
c) nitrato de sódio – nitrato de potássio – nitrato de sódio
d) nitrato de sódio – nitrato de potássio – ambas
e) nitrato de potássio – nitrato de sódio – ambas

Comentários:
A partir dos valores fornecidos na tabela, sabe-se que a variação da solubilidade do KNO3 (130
– 115) é maior do que a do NaNO3 (130 – 125). Analisando o gráfico, observa-se a presença de
duas retas de diferentes inclinações. A reta de maior inclinação corresponde ao sal que
apresentou maior variação de solubilidade. Assim, a reta B que é mais inclinada corresponde
ao KNO3, que é o composto de maior variação de solubilidade. Concluindo, tem-se:
Reta A – NaNO3
Reta B – KNO3
A diminuição de temperatura, diminui a solubilidade de ambos compostos. Portanto, a
diminuição da temperatura provocará a precipitação de ambas soluções.

Gabarito: D

22. (UNESP SP/2017)


A 20 °C, a solubilidade do açúcar comum (C12H22O11; massa molar = 342 g/mol) em água é
cerca de 2,0 kg/L, enquanto a do sal comum (NaC; massa molar = 58,5 g/mol) é cerca de 0,35
kg/L. A comparação de iguais volumes de soluções saturadas dessas duas substâncias permite
afirmar corretamente que, em relação à quantidade total em mol de íons na solução de sal, a
quantidade total em mol de moléculas de soluto dissolvidas na solução de açúcar é,
aproximadamente,

a) a mesma.
b) 6 vezes maior.
c) 6 vezes menor.
d) a metade.
e) o triplo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 124


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Comentários:

Calculando a solubilidade em mol/L para os dois sais, tem-se:

C12H22O11 NaC
massa molar= 342 g/mol massa molar= 58,5 g/mol
2,0 kg/L = 2000 g/L 0,35 kg/L = 350 g/L

342 𝑔 − − − − 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶12 𝐻22 𝑂11 58,5 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 NaCl


2000 𝑔 − − − − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶12 𝐻22 𝑂11 350 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 NaCl
x = 5,84 mol em 1 litro de solução. x = 5,98 mol em 1 litro de solução.
Logo, 5,84 mol/L de C12H22O11 Logo, 5,98 mol/L de NaC

A questão quer comparar a quantidade de partículas dissolvidas, sabe-se que o açúcar se


dissolve na forma de moléculas e o cloreto de sódio sofre dissociação. Portanto, tem-se:
C12H22O11 (s) → C12H22O11 (s)
NaC (s) → Na+ (aq) + C- (aq)
Para cada 1 NaC formam dois íons: Na+ e C-.
Quantidade total de partículas dissolvidas:
C12H22O11: 5,84 mol/L de moléculas
NaC: 5,98 mol/L · 2 = 11,96 mol/L de íons
Portanto, o açúcar apresenta, aproximadamente, metade da quantidade de íons dissolvidos da
solução do cloreto de sódio.

Gabarito: D

23. (UERJ/2016)
A temperatura e a pressão afetam a solubilidade do oxigênio no sangue dos organismos.
Alguns animais marinhos sem pigmentos respiratórios realizam o transporte de oxigênio por
meio da dissolução desse gás diretamente no plasma sanguíneo. Observe a variação da
solubilidade do oxigênio no plasma, em função da temperatura e da profundidade a que o
animal esteja submetido, representada nos gráficos abaixo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 125


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Um estudo realizado sob quatro diferentes condições experimentais, para avaliar a


dissolução de oxigênio no plasma desses animais, apresentou os seguintes resultados:

O transporte de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo foi mais favorecido na condição


experimental representada pela seguinte letra:

a) W
b) X
c) Y
d) Z

Comentários:

De acordo com a Lei de henry, as condições favoráveis para aumentar a solubilidade de um gás
em um líquido são: alta pressão e baixa temperatura. Quanto maior a profundidade, maior a
pressão e, assim, maior a solubilidade do gás. Quanto menor a agitação molecular, maior a
facilidade da interação gás-solvente.

Gabarito: A

24. (FUVEST/2022)
Para o monitoramento ambiental no entorno de um posto de gasolina, coletou-se uma
amostra de solo que foi submetida de forma integral à análise de naftaleno, um composto
presente na gasolina. A concentração encontrada foi de 2,0 mg de naftaleno por kg de solo
úmido. Sabendo que essa amostra de solo contém 20% de água, qual é o resultado dessa
análise por kg de solo seco?
A) 0,4 mg/kg

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 126


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

B) 1,6 mg/kg.
C) 2,0 mg/kg
D) 2,2 mg/kg
E) 2,5 mg/kg
Comentários:
Segundo o texto, 2 mg de naftaleno estão presentes em 1 kg de solo úmido. No cenário
em que 20% da amostra tem água, então, 80% do solo é seco, logo, em 1 kg de solo úmido,
0,8 kg são de solo seco. Sendo assim, a quantidade de naftaleno por kg de solo seco é de:
2 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑓𝑡𝑎𝑙𝑒𝑛𝑜 − − − − 0,8 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑥 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑓𝑡𝑎𝑙𝑒𝑛𝑜 − − − − 1 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑥 = 2,5 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑓𝑡𝑎𝑙𝑒𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜

Gabarito: E

25. (ENEM/2021)
O alcoolômetro Gay Lussac é um instrumento destinado a medir o teor de álcool, em
porcentagem de volume (v/v), de soluções de água e álcool na faixa de 0 °GL a 100 °GL, com
divisões de 0,1 °GL. A concepção do alcoolômetro se baseia no princípio de flutuabilidade de
Arquimedes, semelhante ao funcionamento de um densímetro. A escala do instrumento é
aferida a 20 °C, sendo necessária a correção da medida, caso a temperatura da solução não
esteja na temperatura de aferição. É apresentada parte da tabela de correção de um
alcoolômetro, com a temperatura.

Manual alcoolômetro Gay Lussac. Disponível em: www.incoterm.com.br. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).

É necessária a correção da medida do instrumento, pois um aumento na temperatura


promove o(a)
A) aumento da dissociação da água.
B) aumento da densidade da água.
C) mudança do volume dos materiais por dilatação.
D) aumento da concentração de álcool durante a medida.
E) alteração das propriedades químicas da mistura álcool e água.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 127


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Comentários:
Nota-se que, ao passo que a temperatura aumenta, o teor de álcool reduz. Isso pode
ocorrer ou por uma redução da quantidade de álcool ou pelo aumento do volume da mistura.
Com isso, analisando alternativa por alternativa, tem-se:
a) Errada. O aumento da dissociação da água não guarda relação com essa quantidade de
álcool que é modificada.
b) Errada. O aumento da temperatura mexe com a agitação das moléculas, logo, as
moléculas tendem a se distanciarem, causando uma redução da densidade.
c) Certa. Ao passo que o material esquenta, ele sofre dilatação, interferindo, assim, no
volume da mistura.
d) Errada. Como foi visto, a quantidade de álcool está diminuindo, ou seja, há redução da
concentração com o aquecimento.
e) Errada. Água e álcool forma uma mistura homogênea e, apesar do aumento da
temperatura, essas interações são as mesmas, ou seja, não há alteração das propriedades
químicas.

Gabarito: C

26. (UNCISAL/2020)
Um dos problemas ambientais decorrentes da combustão do petróleo e do carvão é a
geração de dióxido de enxofre. Um dos métodos empregados para minimizar esse problema
consiste em injetar, nos fornos das usinas, carbonato de cálcio, que se decompõe em óxido de
cálcio e dióxido de carbono. Assim, o dióxido de enxofre (SO2, 64,0 g/mol) reage com o óxido
de cálcio (CaO, 56,0 g/mol) para formar o sulfito de cálcio (CaSO 3, 120,0 g/mol), segundo a
reação a seguir, a partir da qual se forma um sólido que provoca menor prejuízo ambiental
quando descartado.

CaO(s) + SO2(g) → CaSO3(s)

Os métodos de remoção de poluentes empregados pelas usinas, tal como o descrito


anteriormente, podem ser classificados, em termos de sua eficiência, de acordo com as faixas
apresentadas na tabela a seguir.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 128


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Para avaliar o método de redução de dióxido de enxofre de determinada usina, foi utilizada
uma amostra de 1.000 m3 de ar contendo dióxido de enxofre a 20,0 mg/L, que, após o
tratamento descrito anteriormente, gerou uma massa de sulfito de cálcio igual a 24,0 kg. De
acordo com a tabela apresentada, o método de remoção de poluentes dessa usina é
classificado como de eficiência

a) baixa.
b) moderada-baixa.
c) moderada.
d) moderada-alta.
e) alta.
Comentários:
A quantidade de dióxido de enxofre, SO2 (64 g/mol), utilizado numa amostra de 1.000 m3
(ou 106 L) foi igual a:
20 𝑚𝑔 − − − − 1𝐿
𝑥 𝑚𝑔 − − − − 106 𝐿
𝑥 = 20 ⋅ 106 𝑚𝑔 𝑜𝑢 20 𝑘𝑔

Sabendo que 1 mol de SO2 forma 1 mol de CaSO3 (120 g/mol), tem-se que os 20kg de
dióxido de enxofre deve produzir uma massa de sulfito de cálcio igual a:
64 𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑂2 − − − − 120 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑆𝑂3
20 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑆𝑂2 − − − − 𝑦 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑆𝑂3
𝑦 = 37,5 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑆𝑂3
No entanto, foi produzido uma quantidade de sulfito de cálcio foi de 24 kg, representando
uma porcentagem de:
37,5 𝑘𝑔 − − − − 100%
24 𝑘𝑔 − − − − 𝑧%
𝑧 = 64% (𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 − 𝑎𝑙𝑡𝑎)

Gabarito: D

27. (PUC RS/2019)


“Os íons de metais alcalinos têm importantes funções no nosso organismo, tais como
influenciar em contrações musculares e pressão arterial, manter a pressão osmótica dentro das
células e influenciar a condução dos impulsos nervosos. A diferença nas concentrações totais
de íon de metais alcalinos dentro e fora da célula produz um potencial elétrico pela membrana

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 129


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

celular, responsável, por exemplo, pela geração de sinais elétricos rítmicos no coração. As
concentrações de Na+ e K+ nas células sanguíneas vermelhas são de 0,253 g.L–1 e de 3,588 g.L–
1
, respectivamente”.
Rayner-Canham, G.; Overton, T.
Química Inorgânica Descritiva. LTC.

As concentrações aproximadas desses íons, em mol L–1, são respectivamente

a) 23,0 e 39,0
b) 2,30 e 3,90
c) 0,011 e 0,092
d) 0,007 e 0,156
Comentários:
Considerando 1 L de solução, tem-se 0,253 g de Na+ (23 g/mol), logo, um número de mols
de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎+ − − − − 23 𝑔
+
𝑛 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎 − − − − 0,253 𝑔
𝑛 = 0,011 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎+
Portanto, tem-se 0,011 mol/L de Na+.
De maneira análoga, em 1 L de solução, tem-se 3,588 g de K+ (39 g/mol), logo, tem-se um
número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾 + − − − − 39 𝑔
+
𝑛′ 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾 − − − − 3,588 𝑔
𝑛 = 0,092 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾 +
Portanto, tem-se 0,092 mol/L de K+

Gabarito: C

28. (UEG GO/2019)


Dipirona sódica é um conhecido analgésico antipirético cuja solução oral pode ser
encontrada na concentração de 500 mg/mL. Analisando as orientações da bula, conclui-se que
a quantidade máxima diária recomendada para crianças de certa faixa etária é de 100 mg por
quilograma de massa corporal.

Sabendo-se que 1 mL corresponde a 20 gotas, a quantidade máxima de gotas que deve ser
administrada a uma criança de massa corporal de 7 kg será

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 130


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) 60
b) 28
c) 40
d) 10
e) 20
Comentários:
Em uma criança de 7 kg, como a quantidade de dipirona é igual a 100 mg a cada kg, tem-
se uma massa máxima de dipirona de:
100 𝑚𝑔 − − − − 1 𝑘𝑔
𝑥 𝑚𝑔 − − − − 7 𝑘𝑔
𝑥 = 700 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑝𝑖𝑟𝑜𝑛𝑎
Como em 1 mL, tem-se 500 mg, o volume de medicamento é igual a:
500 𝑚𝑔 − − − − 1 𝑚𝐿
700 𝑚𝑔 − − − − 𝑦 𝑚𝑙
𝑦 = 1,4 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑝𝑖𝑟𝑜𝑛𝑎
Como a cada 1 mL, tem-se 20 gotas, então, nos 1,4 mL tem-se:
1 𝑚𝐿 − − − − 20 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠
1,4 𝑚𝐿 − − − − 𝑧 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠
𝑧 = 28 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑝𝑖𝑟𝑜𝑛𝑎

Gabarito: B

29. (FM Petrópolis RJ/2020)


A ampicilina é um antibiótico indicado para infecções do trato urinário, respiratório,
digestivo e biliar e apresenta massa molar 349 g/mol, com a seguinte fórmula estrutural:

A reconstituição de um fármaco consiste em retornar o medicamento da forma de pó para


sua forma original líquida. No caso da ampicilina, segundo a Secretaria de Atenção à Saúde do
Ministério da Saúde, essa reconstituição é feita através da dissolução de 500 mg do
medicamento em 2 mL de água estéril.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 131


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Após sua reconstituição, esse antibiótico apresentará concentração em quantidade de


matéria, em mol.L–1, aproximadamente, igual a

a) 0,5
b) 0,9
c) 1,3
d) 0,7
e) 1,1
Comentários:
Como a massa molar da ampicilina é de 349 g/mol e são 500 mg (ou 0,5 g) utilizados para
dissolução, tem-se um número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑝𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑎 − − − − 349 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑝𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑎 − − − − 0,5 𝑔
𝑥 = 0,0014 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑝𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑎
O volume é de 2 mL (ou 0,002 L) de água, ou seja, a concentração do antibiótico é igual a:
0,0014 𝑚𝑜𝑙
[𝑎𝑚𝑝𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑎] = = 0,7 𝑚𝑜𝑙/𝐿
0,002 𝐿
Gabarito: D

30. (UERJ/2020)
A produção e a transmissão do impulso nervoso nos neurônios têm origem no mecanismo
da bomba de sódio-potássio. Esse mecanismo é responsável pelo transporte de íons Na+ para
o meio extracelular e K+ para o interior da célula, gerando o sinal elétrico. A ilustração abaixo
representa esse processo.

Adaptado de researchgate.net.
Para um estudo sobre transmissão de impulsos nervosos pela bomba de sódio-potássio,
preparou-se uma mistura contendo os cátions Na+ e K+, formada pelas soluções aquosas A e B
com solutos diferentes. Considere a tabela a seguir:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 132


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Admitindo a completa dissociação dos solutos, a concentração de íons cloreto na mistura,


em mol/L, corresponde a:

a) 0,04
b) 0,08
c) 0,12
d) 0,16
Comentários:
Solução A
Tem-se 0,1 mol/L de KCl em 400 mL (ou 0,4 L), logo, tem-se um número de mols do sal
igual a:
0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙 − − − − 1 𝐿
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙 − − − − 0,4 𝐿
𝑥 = 0,04 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙
A formação de íons cloreto pela dissolução do sal é dada por:
𝐾𝐶𝑙 → 𝐾 + + 𝐶𝑙 −
Sendo assim, 1 mol de cloreto de potássio forma 1 mol de íons cloreto, logo, 0,04 mol de
KCl forma 0,04 mol de Cl-.
Solução B
Tem-se 0,2 mol/L de NaCl em 600 mL (ou 0,6 L), logo, tem-se um número de mols do sal
igual a:
0,2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 1 𝐿
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 0,6 𝐿
𝑦 = 0,12 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
A formação de íons cloreto pela dissolução do sal é dada por:
𝑁𝑎𝐶𝑙 → 𝑁𝑎+ + 𝐶𝑙 −
Sendo assim, 1 mol de cloreto de sódio forma 1 mol de íons cloreto, logo, 0,12 mol de NaCl
forma 0,12 mol de Cl-.
Sendo assim, o número de mols total dos íons cloreto é igual a:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 133


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

0,04 𝑚𝑜𝑙 + 0,12 𝑚𝑜𝑙 = 0,16 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑙 −


O volume total da mistura é de:
400 𝑚𝐿 + 600 𝑚𝐿 = 1000 𝑚𝐿 𝑜𝑢 1 𝐿
Portanto, a concentração total de íons cloreto é igual a:
0,16 𝑚𝑜𝑙
[𝐶𝑙 − ] = = 0,16 𝑚𝑜𝑙/𝐿
1𝐿
Gabarito: D

31. (UEG GO/2020)


Líquidos de arrefecimento são utilizados para melhorar o sistema de refrigeração dos
motores dos carros. Geralmente são soluções aquosas de etilenoglicol, um diol, de fórmula
molecular C2H6O2 e massa molar 62,1 g/mol. O rótulo de uma determinada marca de líquido
de arrefecimento indica que há 50% de etilenoglicol em massa, o que corresponde a 530 g por
litro de solução. A concentração dessa solução aquosa de etilenoglicol, em mol/L, é
aproximadamente:

a) 10,3 mol/L
b) 9,7 mol/L
c) 50 mol/L
d) 8,5 mol/L
e) 5,3 mol/L
Comentários:
Em 1 L de solução de etilenoglicol (62,1 g/mol) tem 530 g, logo, o número de mols é igual
a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑖𝑙𝑒𝑛𝑜𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑙 − − − − 62,1 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑖𝑙𝑒𝑛𝑜𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑙 − − − − 530 𝑔
𝑥 = 8,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑡𝑖𝑙𝑒𝑛𝑜𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑙
Como o referencila é 1 L de solução, tem-se uma concentração de 8,5 mol/L.
Gabarito: D

32. (UNIFOR CE/2020)


O sulfato de alumínio é um sal produzido pela dissolução de hidróxido de alumínio, Al(OH)3,
em ácido sulfúrico, H2SO4. Este sal é geralmente utilizado em processos de tratamento de água,
esgotos e na manufatura de papeis.
Considerando que uma solução 0,2 M deste sal foi produzida, as concentrações iônicas, na
solução, dos íons Al3+ e SO42– são, respectivamente:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 134


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) 0,2M e 0,2M
b) 0,4M e 0,4M
c) 0,2M e 0,4M
d) 0,4M e 0,6M
e) 0,6M e 0,4M
Comentários:
O sulfato de alumínio é o Al2(SO4)3, logo, sua dissolução é dada por:
𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 → 2𝐴𝑙 3+ + 3𝑆𝑂4
Sendo assim, como tem-se um volume único nessa situação, então, 1 mol de sal forma 2
mols de íons alumínio, logo, tem-se 0,4 mol de Al3+, consequentemente, 0,4 M.
Analogamente, como 1 mol de sal forma 3 mols de íons sulfato, logo, tem-se 0,6 mol de
SO , consequentemente, 0,6 M.
4
2-

Gabarito: D

33. (UFMS/2020)
Para a realização de um experimento, preparou-se uma solução contendo 35 g de sulfato
de alumínio dissolvidos em 10 litros de água. Qual a concentração molar dessa solução?
(Dados: Al=27; S=32,1; O=16)

a) 0,001 M.
b) 0,05 M.
c) 0,005 M.
d) 0,1 M.
e) 0,01 M.
Comentários:
35 g de sulfato de alumínio é o Al2(SO4)3, 342 g/mol representa um número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 − − − − 342 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 − − − − 35 𝑔
𝑥 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3
Sendo assim, em um volume de 10 L, tem-se uma concentração igual a:
0,1 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑜𝑙
[𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 ] = = 0,01 𝑜𝑢 0,01 𝑀
10 𝐿 𝐿
Gabarito: E

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 135


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

34. (UFSC/2020)
A fórmula da água e muitas de suas propriedades são amplamente conhecidas. A água,
considerada um “solvente universal”, é fundamental para a existência da vida e compõe uma
porção significativa do nosso planeta.

Sobre a água e suas características, é correto afirmar que:

01. devido ao caráter covalente das ligações entre oxigênio e hidrogênio na água, ela é
incapaz de solubilizar compostos com elevado caráter iônico.
02. a água é capaz de interagir por ligações de hidrogênio com substâncias como cloreto de
sódio, por isso é fácil dissolver sal de cozinha para preparar um saboroso alimento.
04. ao colocar uma garrafa com refrigerante no congelador, é possível que ela se rompa,
pois a água passa por uma expansão de volume entre 0 e 4 ºC.
08. a água não é capaz de interagir com substâncias de alta massa molar que possuem
grupos OH, como a sacarose (C12H22O11), por isso é tão difícil adoçar um cafezinho.
16. sob condições atmosféricas idênticas, ao adicionar sal de cozinha à água para o
cozimento de macarrão, a água entrará em ebulição em uma temperatura superior à da água
pura.
32. o cozimento de alimentos em água aquecida em uma panela de pressão é acelerado,
porque a água converte-se abundantemente em íons H3O+ e OH–, que facilitam a decomposição
dos alimentos.
64. em uma solução preparada pela mistura de 58,4 g de NaCl em 162 g de água, a fração
molar do soluto é 0,9 e a fração molar do solvente é 0,1.
Comentários:
Analisando afirmativa por afirmativa, tem-se:
01. Errada. A água consegue solubilizar os compostos de elevado caráter iônico, como os
sais NaCl, KCl, etc.
02. Errada. A água interage com substâncias como cloreto de sódio através da solvatação
ou relação íon-dipolo.
04. Certa. A água, quando está no estado sólido, ela forma um retículo cristalino com
espaços vazios, fazendo com que o volume aumente, rompendo essa garrafa.
08. Errada. A água se relaciona com as substâncias com grupos -OH por pontes de
hidrogênios.
16. Certa. A adição de sal na água diminui a pressão de vapor, logo, a água entra em
ebulição a uma temperatura superior à da água pura.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 136


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

32. Errada. A panela de pressão cria um ambiente pressórico interno maior, ou seja, a
temperatura de ebulição da água passa a ser maior, favorecendo com que se chegue a
temperaturas maiores sem evaporar a água. Com isso, o alimento cozinha mais rápido.
64. Errada. A fração molar é a razão entre o número de mols. 58,4 g do soluto, NaCl (58,5
g/mol), corresponde a, aproximadamente, 1 mol, já os 162 g de água, H 2O (18 g/mol),
corresponde a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − − − − 18 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − − − − 162 𝑔
𝑥 = 9 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
Sendo assim, a fração molar do soluto é a relação entre o número de mols do soluto (1 mol)
pelo número de mols da solução (1 mol + 9 mols). Com isso, tem-se:
1 𝑚𝑜𝑙
𝑥𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = = 0,1
1 𝑚𝑜𝑙 + 9 𝑚𝑜𝑙𝑠
E a fração molar do solvente é o que falta para completar a unidade:
1 − 0,1 = 0,9
Gabarito: 20

35. (USF SP/2019)


A figura a seguir apresenta a curva de solubilidade de algumas substâncias químicas.

Considerando as observações que podem ser realizadas a partir da análise da variação da


solubilidade dos cinco sais em diferentes temperaturas nota-se que
• Dados valores de massa atômica em g/mol: N = 14,0; O = 16,0; Na = 23,0; S = 32,0; Cl =
35,5; K = 39,0 e Ce = 140,0.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 137


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) todos os sais possuem sua solubilidade aumentada com a elevação da temperatura.


b) o nitrato de sódio é uma substância insolúvel em água na temperatura de 0 ºC.
c) a 60 ºC a concentração molal de uma solução saturada de cloreto de sódio deve ser
superior à concentração molal de uma solução saturada de cloreto de potássio.
d) na temperatura de 50 ºC, a porcentagem em massa de nitrato de potássio em uma
solução saturada é de aproximadamente 80 %.
e) na temperatura de 40 ºC, uma solução com 90 g de nitrato de sódio em 100 g de água
é classificada como saturada com corpo de fundo.
Comentários:
Analisando alternativa por alternativa, tem-se:
a) Errada. Nota-se que a curva do Ce2(SO4)3 é decrescente, ou seja, a solubilidade cai com
o aumento da temperatura.
b) Errada. Em 0ºC, segundo o gráfico, o NaNO3, nitrato de sódio, tem a maior solubilidade,
além de ser um sal muito solúvel.
c) Certa. A concentração molal ou molalidade é a razão do número de mols pela massa do
solvente. Como a massa do solvente é igual nas duas situações, basta ver quem possui o maior
número de mols a 60 ºC.
Em 100 g de água nos 60 º C, tem-se, aproximadamente, 37,5 g de NaCl (58,5 g/mol), logo,
um número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 58,5 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 37,5 𝑔
𝑥 = 0,64 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
Em 100 g de água nos 60 º C, tem-se, aproximadamente, 45 g de KCl (74,5 g/mol), logo,
um número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙 − − − − 74,5 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙 − − − − 45 𝑔
𝑦 = 0,6 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙
Sendo assim, a molalidade da solução de NaCl é maior do que KCl.
d) Errada. A 50ºC, a solubilidade do nitrato de prata, KNO3, é de 80 g em 100 g de água,
ou seja, os 80 g de soluto nos 180 g de solução representam uma porcentagem de:
80 𝑔 − − − − 100%
180 𝑔 −−−− 𝑧%
𝑧 = 44%
e) Errada. A 40 ºC, a solubilidade do nitrato de sódio, NaNO3, é de 100 g em 100 g de
água. Sendo assim, 90 g do sal na solução classifica-a como insaturada.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 138


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito: C

36. (UNITAU SP/2018)


Uma solução é composta por benzeno e tetracloreto de carbono, e 39% da massa dessa
solução é benzeno.
Qual a fração molar do benzeno na solução?

a) 0,56
b) 0,45
c) 0,65
d) 0,25
e) 0,35
Comentários:
Considerando 100 g de solução, tem-se 39 g de benzeno (C6H6 78 g/mol) e 61 g de
tetracloreto de carbono (CCl4 154 g/mol). Sendo assim o número de mols das espécies é dado
por:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 − − − − 78 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 − − − − 39 𝑔
𝑥 = 0,5 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4 − − − − 154 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4 − − − − 61 𝑔
𝑦 = 0,4 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝐶𝑙4
Sendo assim, a fração molar do benzeno é igual a:
0,5
𝑥𝑏𝑒𝑛𝑧𝑒𝑛𝑜 = = 0,56
0,4 + 0,5
Gabarito: A

37. (UNIFENAS MG/2020)


Analise os dados e marque a opção que indica o volume correspondente de uma solução
para que um cozinheiro prepare uma solução 0,8 mol/L de cloreto de sódio, sabendo que ele
adiciona 234 g de NaCl em um caldeirão.
Dados: (Na = 23u Cl = 35,5u).

a) 2 L.
b) 10 L.
c) 5 L.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 139


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

d) 8 L.
e) 0,8 L.
Comentários:
234 g de NaCl (58,5 g/mol) corresponde a um número de mols de:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 58,5 𝑔
𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 234 𝑔
𝑥 = 4 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
Para a concentração (razão entre número de mols e volume) ser igual a 0,8 mol/L, o volume
tem que ser igual a:
𝑚𝑜𝑙 4 𝑚𝑜𝑙𝑠
[𝑁𝑎𝐶𝑙] = 0,8 =
𝐿 𝑉
𝑉 =5𝐿
Gabarito: C

38. (UNITAU SP/2019)


As diarreias intensas causam perda importante de eletrólitos corporais. Nesses casos, uma
solução de reposição oral deve ser oferecida ao paciente. A composição dessa solução é
apresentada na tabela abaixo.

Para preparar essa solução são utilizados cloreto de sódio, cloreto de potássio, citrato de
sódio e glicose.
Nota: mEq = miliequivalente, corresponde a um submúltiplo do número de equivalente-
grama de um soluto. A estrutura do ânion citrato é apresentada abaixo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 140


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

a) Quais as massas de cloreto de sódio, de cloreto de potássio e de citrato de sódio devem


ser adicionadas para preparar 1 L de uma solução contendo todos os eletrólitos acima, na
concentração descrita na tabela?
b) Calcule a concentração de glicose em mmol/L.
Comentários:
a) I. KCl (cloreto de sódio)
O equivalente grama é razão entre a massa molar pela valência, logo, como a valência do
potássio e do cloro são iguais a 1, o equivalente grama é igual à massa molar. Sendo assim, 1
Eq do KCl é 74,6, logo, um mEq é 0,0746 g. Como tem-se 20 mEq de potássio, que é o íon que
vem apenas do KCl, então, a massa de KCl é igual a:
1 𝑚𝐸𝑞 − − − − 0,0746 𝑔
20 𝑚𝐸𝑞 − − − − 𝑥𝑔
𝑥 = 1,492 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙

II. Na3C6O7H5 (citrato de sódio)


O citrato de sódio tem valência 3, logo, o equivalente-grama é igual a:
258𝑔
= 86 𝑔
3
Sendo assim, 1 mEq é 0,086 g e 33 mEq equivale a:
1 𝑚𝐸𝑞 − − − − 0,086 𝑔
33 𝑚𝐸𝑞 − − − − 𝑦𝑔
𝑦 = 2,838 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶6 𝑂7 𝐻5

O equivalente total do sódio é de 90 mEq, segundo a tabela. Esse sódio, vem do cloreto
de sódio e do citrato de sódio. Como o citrato de sódio tem 33 mEq, o que vem do cloreto de
sódio apenas é:
90 𝑚𝐸𝑞 − 33 𝑚𝐸𝑞 = 57 𝑚𝐸𝑞
III. NaCl (cloreto de sódio)
Como a valência do sódio e do cloro são iguais a 1, o equivalente grama é igual à massa
molar. Sendo assim, 1 Eq é igual a 58,5 g, logo, 1 mEq vale 0,0585 g. Sendo assim, os 57 mEq
equivalem a uma massa de:
1 𝑚𝐸𝑞 −−−− 0,0585 𝑔
57 𝑚𝐸𝑞 −−−− 𝑧𝑔
𝑧 = 3,335 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
b) Glicose 2% se refere a 2 g de clicose em 100 mL (ou 0,1 L). Sendo assim, tem-se:
2 𝑔 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 −−−− 0,1 𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 −−−− 1𝐿

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 141


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

𝑥 = 20 𝑔 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒
A glicose, C6H12O6, tem massa molar de 180 g/mol. Com isso, os 20 g equivalem a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 − − − − 180 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 − − − − 20 𝑔
𝑦 = 0,111 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒
Portanto, tem-se 0,111 mol/L ou 111 mmol/L de glicose.
Gabarito:
a) I. KCl (cloreto de sódio)
1 Eq do KCl é 74,6, logo, um mEq é 0,0746 g. Como tem-se 20 mEq de potássio, que é o
íon que vem apenas do KCl, então, a massa de KCl é igual a:
1 𝑚𝐸𝑞 − − − − 0,0746 𝑔
20 𝑚𝐸𝑞 − − − − 𝑥𝑔
𝑥 = 1,492 𝑔 𝑑𝑒 𝐾𝐶𝑙

II. Na3C6O7H5 (citrato de sódio)


O citrato de sódio tem valência 3, logo, o equivalente-grama é igual a:
258𝑔
= 86 𝑔
3
Sendo assim, 1 mEq é 0,086 g e 33 mEq equivale a:
1 𝑚𝐸𝑞 − − − − 0,086 𝑔
33 𝑚𝐸𝑞 − − − − 𝑦𝑔
𝑦 = 2,838 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶6 𝑂7 𝐻5

O equivalente total do sódio é de 90 mEq, segundo a tabela. Esse sódio, vem do cloreto
de sódio e do citrato de sódio. Como o citrato de sódio tem 33 mEq, o que vem do cloreto de
sódio apenas é:
90 𝑚𝐸𝑞 − 33 𝑚𝐸𝑞 = 57 𝑚𝐸𝑞
III. NaCl (cloreto de sódio)
1 Eq é igual a 58,5 g, logo, 1 mEq vale 0,0585 g. Sendo assim, os 57 mEq equivalem a uma
massa de:
1 𝑚𝐸𝑞 −−−− 0,0585 𝑔
57 𝑚𝐸𝑞 −−−− 𝑧𝑔
𝑧 = 3,335 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙
b) Glicose 2%:
2 𝑔 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 −−−− 0,1 𝐿
𝑥 𝑔 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 −−−− 1𝐿
𝑥 = 20 𝑔 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 142


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

20 g de glicose equivalem a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 − − − − 180 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 − − − − 20 𝑔
𝑦 = 0,111 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒
Portanto, tem-se 0,111 mol/L ou 111 mmol/L de glicose.

39. (UERJ/2019)
A CIÊNCIA, O BEM E O MAL

Em 1818, com apenas 21 anos, Mary Shelley publicou o grande clássico da literatura gótica,
1

2
Frankenstein ou o Prometeu Moderno. O romance conta a história de um doutor genial e
3
enlouquecido, que queria usar a ciência de ponta de sua época, a relação entre a eletricidade
e a 4atividade muscular, para trazer mortos de volta à vida.
Duas décadas antes, Luigi Galvani havia demonstrado que a eletricidade produzia
5

movimentos 6em músculos mortos, no caso em pernas de rãs. Se vida é movimento, e se


eletricidade pode 7causá-lo, por que não juntar os dois e tentar a ressuscitação por meio da
ciência e não da religião, 8transformando a implausibilidade do sobrenatural em um mero fato
científico?
Todos sabem como termina a história, tragicamente. A “criatura” exige uma companheira
9

de seu criador, espelhando Adão pedindo uma companheira a Deus. Horrorizado com sua
10

própria 11criação, Victor Frankenstein recusou. Não queria iniciar uma raça de monstros, mais
poderosos do 12que os humanos, que pudesse nos extinguir.
O romance examina a questão dos limites éticos da ciência: será que pesquisadores podem
13

ter liberdade total? Ou será que existem certos temas que são tabu, que devem ser
14

bloqueados, 15limitando as pesquisas dos cientistas? Em caso afirmativo, que limites são esses?
Quem os 16determina?
17
Essas são questões centrais da relação entre a ética e a ciência. Existem inúmeras
complicações: 18como definir quais assuntos não devem ser alvo de pesquisa? Em relação à
velhice, será que 19devemos tratá-la como doença? Se sim, e se conseguíssemos uma “cura”
ou, ao menos, um 20prolongamento substancial da longevidade, quem teria direito a tal? Se a
“cura” fosse cara, 21apenas uma pequena fração da sociedade teria acesso a ela. Nesse caso,
criaríamos uma divisão 22artificial, na qual os que pudessem viveriam mais. E como lidar com a
perda? Se uns vivem mais 23que outros, os que vivem mais veriam seus amigos e familiares
perecerem. Será que isso é uma 24melhoria na qualidade de vida? Talvez, mas só se fosse
igualmente distribuída pela população, e 25não por apenas parte dela.
Pensemos em mais um exemplo: qual o propósito da clonagem humana? Se um casal não
26

pode 27ter filhos, existem outros métodos bem mais razoáveis. Por outro lado, a clonagem pode

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 143


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

estar 28relacionada com a questão da longevidade e, em princípio ao menos, até da


imortalidade. 29Imagine que nosso corpo e nossa memória possam ser reproduzidos
indefinidamente; com isso, 30poderíamos viver por um tempo também indefinido. No momento,
não sabemos se isso é possível, 31pois não temos ideia de como armazenar memórias e passá-
las adiante. Mas a ciência cria caminhos 32inesperados, e dizer “nunca” é arriscado.
33
Como se observa, existem áreas de atuação científica que estão diretamente relacionadas
com 34escolhas éticas. O impulso inicial da maioria das pessoas é apoiar algum tipo de censura
ou restrição, 35achando que esse tipo de ciência é feito a Caixa de Pandora*. Mas essa atitude
é ingênua. Não é 36a ciência que cria o bem ou o mal. A ciência cria conhecimento. Quem cria
o bem ou o mal somos 37nós, a partir das escolhas que fazemos.
MARCELO GLEISER
Adaptado de Folha de S. Paulo, 29/09/2013.

* Caixa de Pandora - na mitologia grega, artefato que, se aberto, deixaria escapar todos os
males do mundo.

A condutividade elétrica está associada à presença de íons dissolvidos em fase aquosa.


Considere um experimento para o qual estão disponíveis soluções aquosas com concentração
de 0,1 mol.L–1 dos seguintes solutos: KF, CaBr2, NiSO4 e FeCl3.

Admitindo a dissociação completa, o composto que irá proporcionar maior condutividade


elétrica é:

a) KF
b) CaBr2
c) NiSO4
d) FeCl3
Comentários:
Como todos possuem a mesma concentração, então, a dissociação completa do composto
que irá proporcionar maior condutividade é a daquele que fornece um número de mols de íons
maior. Sendo assim, tem-se:
𝐾𝐹 (𝑎𝑞) → 𝐾 + (𝑎𝑞) + 𝐹 − (𝑎𝑞)
2 mols de íons nos produtos
𝐶𝑎𝐵𝑟2 (𝑎𝑞) → 𝐶𝑎2+ + 2𝐵𝑟 − (𝑎𝑞)
3 mols de íons nos produtos
𝑁𝑖𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝑁𝑖 +2 (𝑎𝑞) + 𝑆𝑂42− (𝑎𝑞)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 144


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

2 mols de íons nos produtos


𝐹𝑒𝐶𝑙3 (𝑎𝑞) → 𝐹𝑒 3+ (𝑎𝑞) + 3𝐶𝑙 − (𝑎𝑞)
4 mols de íons nos produtos. Sendo assim, é a solução que melhor conduz corrente elétrica.

Gabarito: D

40. (UFSC/2019)
As substâncias proibidas na Europa e nos EUA usadas pela indústria de cosméticos no
Brasil

Sabonete, desodorante, loção hidratante. Temos contato com vários produtos cosméticos
no dia a dia – e a lista aumenta para quem é fã de maquiagem. A fórmula dos cosméticos e
produtos de higiene pessoal que usamos não é – ou não deveria ser – a mesma hoje do que
era há 50 anos. Muitos dos ingredientes que eram usados livremente no passado hoje são
proibidos, já que ao longo do tempo foi se descobrindo que alguns fazem mal à saúde ou
causam alergias e irritações. A União Europeia tem uma lista de mais de 1,3 mil substâncias
proibidas que é atualizada de acordo com as últimas análises sobre segurança de ingrediente.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também tem uma lista extensa de
substâncias controladas, baseada na legislação europeia, mas que nem sempre incorpora os
últimos avanços imediatamente. Há, ainda, situações nas quais parte da indústria não respeita
as regras determinadas pelo órgão, apesar de poder ser responsabilizada por isso.
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-45376503>.
[Adaptado]. Acesso em: 27 out. 2018.

As substâncias discutidas no texto acima representam risco aos seres vivos por sua ação
potencialmente nociva. A exposição a essas substâncias pode ocorrer diretamente, pelo
contato com o produto em que se encontram ou pelo consumo de água, uma vez que as
cidades brasileiras não possuem sistemas de tratamento especificamente voltados para a
eliminação de compostos orgânicos na água de abastecimento. Algumas substâncias
controversas encontradas em cosméticos no Brasil estão descritas abaixo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 145


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Dados: massas atômicas: C = 12,0 u; O = 16,0 u; H = 1,00 u

Considerando as substâncias citadas no quadro da página anterior, responda aos itens


abaixo.

a) Qual das substâncias poderia ser dissolvida em maiores quantidades em um efluente


aquoso?
b) Represente a fórmula molecular do ftalato de dibutila.
c) Calcule, explicitando as etapas de cálculo, a massa de triclosan presente em um
sabonete de 90 g, sabendo que a concentração dessa substância no sabonete é de 0,30%, em
massa.
d) Calcule, explicitando as etapas de cálculo, a concentração molar de isopropilparabeno
em um efluente aquoso que contém essa substância em sua concentração de saturação,
desprezando a influência de outras substâncias dissolvidas no efluente.
Comentários:
a) Nota-se que a solubilidade do formol é de 400 g por litro, muito maior do que os outros,
que possuem miligramas de solubilidade.
b) Contanto os carbonos do ftalato de dibutila, tem-se um total de 16. Os oxigênios estão
bem evidenciados na molécula e são em 4. Já os hidrogênios estão todos representados abaixo,
somando 22. Sendo assim, tem-se uma fórmula molecular: C6H22O4.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 146


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

c) Em 100 g de sabonete, tem-se 0,30 g de triclosan. Sendo assim, em 90 g do sabonete, a


massa de triclosan é igual a:
100 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑜𝑛𝑒𝑡𝑒 −−−− 0,3 𝑔 𝑡𝑟𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠𝑎𝑛
90 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑜𝑛𝑒𝑡𝑒 −−−− 𝑥 𝑔 𝑡𝑟𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠𝑎𝑛
𝑥 = 0,27 g de triclosan
d) Segundo a tabela, a solubilidade do isopropilparabeno (C10H12O3 180 g/mol) é de 690
mg (ou 0,69 g) por litro. Sendo assim, essa quantidade representa um número de mols igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒𝑛𝑜 −−−− 180 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒𝑛𝑜 −−−− 0,69 𝑔
𝑦 = 0,0038 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒𝑛𝑜
Portanto, tem-se 0,0038 mol/L de isopropilparabeno.
Gabarito:
a) Formol.
b) C16H22O4.
c) Em 100 g de sabonete, tem-se 0,30 g de triclosan. Sendo assim, em 90 g do sabonete, a
massa de triclosan é igual a:
100 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑜𝑛𝑒𝑡𝑒 −−−− 0,3 𝑔 𝑡𝑟𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠𝑎𝑛
90 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑜𝑛𝑒𝑡𝑒 −−−− 𝑥 𝑔 𝑡𝑟𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠𝑎𝑛
𝑥 = 0,27 g de triclosan
d) Segundo a tabela, a solubilidade do isopropilparabeno (C10H12O3 180 g/mol) é de 690
mg (ou 0,69 g) por litro. Sendo assim, essa quantidade representa um número de mols igual a:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒𝑛𝑜 −−−− 180 𝑔
𝑦 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒𝑛𝑜 −−−− 0,69 𝑔
𝑦 = 0,0038 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑜𝑝𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑏𝑒𝑛𝑜
Portanto, tem-se 0,0038 mol/L de isopropilparabeno.

41. (UERJ/2019)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 147


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Para a remoção de um esmalte, um laboratório precisa preparar 200 mL de uma solução


aquosa de propanona na concentração de 0,2 mol/L. Admita que a densidade da propanona
pura é igual a 0,8 kg/L.
Nesse caso, o volume de propanona pura, em mililitros, necessário ao preparo da solução
corresponde a:

a) 2,9
b) 3,6
c) 5,8
d) 6,7

Comentários:

A solução a ser preparada em 200 mL de água precisa ter concentração de 0,2 mol/L, ou seja,
para cada 1 litro de água deve ter 0,2 mol de propanona (C3H6O). Calcula-se a quantidade de
propanona a ser dissolvida em 200 mL (0,2 L) de água:
0,2 𝑚𝑜𝑙 −−−− 1𝐿
𝑥 𝑚𝑜𝑙 −−−− 0,2 𝐿
x = 0,04 mol de propanona
O preparo da solução será realizado com a dissolução de 0,04 mol de propanona em 200 mL
de água. A propanona pura é líquida e tem densidade de 0,8 kg/L (800 g/L), sabendo que a
massa molar da propanona (C3H6O) é igual a 58 g/mol, determina-se o volume do composto
orgânico que contenha 0,04 mol:
58 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜𝑛𝑎
𝑦𝑔 −−−− 0,04 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜𝑛𝑎
y = 2,32 g de propanona
800 𝑔 −−−− 1 𝐿 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜𝑛𝑎
2,32 𝑔 −−−− 𝑧𝐿
z = 0,0029 L = 2,9 mL

Gabarito: A

42. (UERJ/2018)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 148


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Em análises metalúrgicas, emprega-se uma solução denominada nital, obtida pela


solubilização do ácido nítrico em etanol.
Um laboratório de análises metalúrgicas dispõe de uma solução aquosa de ácido nítrico com
concentração de 60% m/m e densidade de 1,4 kg/L. O volume de 2,0 mL dessa solução é
solubilizado em quantidade de etanol suficiente para obter 100,0 mL de solução nital.
Com base nas informações, a concentração de ácido nítrico, em g·L –1, na solução nital é
igual a:

a) 10,5
b) 14,0
c) 16,8
d) 21,6

Comentários:

A solução final foi preparada com a dissolução de 2,0 mL de solução aquosa de ácido nítrico
em etanol. Inicialmente, calcula-se a quantidade de ácido nítrico presente na solução inicial:
Sabendo que a densidade é massa de toda a solução, determina-se a massa total utilizada da
solução aquosa de HNO3.
1,4 𝑘𝑔
· 0,002 𝐿 = 2,8 · 10−3 𝑘𝑔 = 2,8 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝐿
A massa de HNO3 corresponde a 60% da massa da solução aquosa, logo:
60
2,8 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 · = 1,68 𝑔 𝑑𝑒 𝐻𝑁𝑂3
100
A massa de HNO3 foi dissolvida em 100,0 mL (ou 0,1 L) de etanol. Logo, a concentração da
solução alcoólica é:
1,68 𝑔
= 16,8 𝑔/𝐿
0,1 𝐿

Gabarito: C

43. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2016)


O náilon 6,6 e o poliestireno são polímeros que apresentam diversas aplicações na indústria.
Um técnico misturou inadvertidamente amostras desses polímeros.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 149


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Dados:
densidade do náilon 6,6 = 1,14 g · cm–3
densidade do poliestireno = 1,05 g · cm–3
massa molar do NaC = 58,5 g · mol–1

Conhecendo a densidade desses materiais, ele decidiu preparar uma solução aquosa de
cloreto de sódio (NaC) para separar as amostras. Para tanto, ele utilizou um balão volumétrico
de 5,0 L.
A massa de NaC adequada para essa preparação é

a) 120 g.
b) 300 g.
c) 600 g.
d) 1300 g.

Comentários:
Para separar as amostras plásticas, utiliza-se uma solução com densidade intermediária entre
1,14 g·cm-3 e 1,05 g·cm-3. Olhando no gráfico, a concentração da solução que fornece uma
solução com densidade que esteja de acordo com essa separação é de 2 mol·L-1.
Para preparar uma solução com 5 L de concentração 2 mol·L-1, efetua-se os seguintes cálculos.
5 L · 2 mol· L-1 = 10 mol de NaC
Sabendo que a massa molar do cloreto de sódio é igual a 58,5 g/mol, converte-se a quantidade
em mol para gramas:
1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 − − − − 58,5 𝑔
10 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 −−−− 𝑥𝑔
x = 580,5 g.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 150


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Gabarito: C

44. (UNESP SP/2018)


De acordo com o Relatório Anual de 2016 da Qualidade da Água, publicado pela Sabesp,
a concentração de cloro na água potável da rede de distribuição deve estar entre 0,2 mg/L,
limite mínimo, e 5,0 mg/L, limite máximo. Considerando que a densidade da água potável seja
igual à da água pura, calcula-se que o valor médio desses limites, expresso em partes por
milhão, seja

a) 5,2 ppm.
b) 18 ppm.
c) 2,6 ppm.
d) 26 ppm.
e) 1,8 ppm.

Comentários:

O valor médio dos limites para a concentração de cloro é igual a:


0,2 𝑚𝑔/𝐿 + 5,0 mg/L
= 2,6 mg/L
2
Sabendo que a densidade da água potável é igual a densidade da água pura, que é igual a
1kg/L.
Portanto a relação de massa do cloro na água potável é:
2,6 𝑚𝑔 2,6 𝑚𝑔 2,6 𝑚𝑔 2,6 𝑚𝑔
= = = = 2,6 · 10−6
1𝐿 1 𝑘𝑔 1000 𝑔 106 𝑚𝑔
Expressando em ppm, tem-se:
2,6 · 10−6 · 106 = 2,6 𝑝𝑝𝑚
Gabarito: C

45. (UNICAMP SP/2017)


É muito comum o uso de expressões no diminutivo para tentar “diminuir” a quantidade de
algo prejudicial à saúde. Se uma pessoa diz que ingeriu 10 latinhas de cerveja (330 mL cada) e
se compara a outra que ingeriu 6 doses de cachacinha (50 mL cada), pode-se afirmar

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 151


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

corretamente que, apesar de em ambas as situações haver danos à saúde, a pessoa que
apresenta maior quantidade de álcool no organismo foi a que ingeriu

a) as latinhas de cerveja, porque o volume ingerido é maior neste caso.


b) as cachacinhas, porque a relação entre o teor alcoólico e o volume ingerido é maior neste
caso.
c) as latinhas de cerveja, porque o produto entre o teor alcoólico e o volume ingerido é maior
neste caso.
d) as cachacinhas, porque o teor alcoólico é maior neste caso.
Dados:
teor alcoólico na cerveja = 5 % v/v
teor alcoólico na cachaça = 45 % v/v

Comentários:

Quantidade de álcool presente em cada bebida:

Latinha de cerveja Dose de cachacinha

330 mL · 5% = 16,5 mL de álcool 50 mL · 45% = 22,5 mL de álcool

Calculando o consumo para cada bebida:


Cerveja = 10 latas · 16,5 mL = 165 mL
Cachaça = 6 doses · 22,5 mL = 135 mL

Gabarito: C

46. (FAMERP SP/2015)


O problema de escassez de água em São Paulo é um tema polêmico em discussão que
envolve governo e especialistas. O “volume morto”, que passou a ser utilizado em maio de
2014, é um reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das
comportas das represas do Sistema Cantareira.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 152


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

(http://g1.globo.com)

Considere um reservatório hipotético com água de densidade 1 g/mL e volume igual ao do


“volume morto” do Sistema Cantareira. Se a água desse reservatório se encontra contaminada
com 20 ppm de chumbo, a massa total deste metal na água do reservatório hipotético é

a) 2 000 kg.
b) 8 000 kg.
c) 4 000 kg.
d) 8 000 t.
e) 2 000 t.

Comentários:

Sabendo que a densidade da água é igual a 1 g/mL (ou 1 kg/L), em um reservatório de volume
igual a 400·106 m3 (ou 400·109), a massa de água é de:
1 kg/L · 400·109 L = 400·109 kg de água.
Sabendo que a quantidade de chumbo é de 20 ppm (20 partes por milhão), calcula-se a
quantidade de chumbo:
1
400 · 109 𝑘𝑔 · 20 𝑝𝑝𝑚 = 400 · 109 𝑘𝑔 · 20 6
= 8000 · 103 𝑘𝑔 = 8000 𝑡
10

Gabarito: D

47. (UERJ/2017)
Na análise de uma amostra da água de um reservatório, verificou-se a presença de dois
contaminantes, nas seguintes concentrações:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 153


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Contaminante Concentração (mg/L)


benzeno 0,39
metanal 0,40

Em análises químicas, o carbono orgânico total é uma grandeza que expressa a


concentração de carbono de origem orgânica em uma amostra.
Assim, com base nos dados da tabela, a concentração de carbono orgânico total na amostra
de água examinada, em mg/L, é igual a:

a) 0,16
b) 0,36
c) 0,52
d) 0,72

Comentários:
O benzeno e o metanal apresentam as fórmulas químicas e massa molares: C6H6 (78 g/mol) e
CH2O (30 g/mol), respectivamente. A proporção entre a massa de cada substância e a massa
de carbono é de:
Benzeno: 72 g de carbono para cada 78 g de benzeno.
Metanal: 12 g de carbono para cada 30 g de benzeno.
Sabendo dessas informações, calcula-se a massa de carbono que cada contaminante contribui
por litro de água:

Benzeno Metanal

Concentração: 0,39 mg/L Concentração: 0,40 mg/L


78 𝑔 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 − − − − 72 𝑔 𝑑𝑒 𝐶 30 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝐻2 𝑂 −−−− 12 𝑔 𝑑𝑒 𝐶
0,39 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶6 𝐻6 − − − − 𝑥 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶 0,40 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝐻2 𝑂 −−−− 𝑥 𝑚𝑔 𝑑𝑒 𝐶
x = 0,36 mg de C x = 0,16 mg de C

Massa total de carbono orgânico: 0,36 + 0,16 = 0,52 mg de carbono em 1 L


0,52 mg/L

Gabarito: C

48. (UERJ/2015)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 154


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria


deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que
consegue viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem
em concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais.
Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela
suas faixas de concentração de cloreto de sódio.

Concentração de NaCl
Trecho do rio
(mol.L-1)
W  0,01
X 0,1 - 0,2
Y 0,4 - 0,5
Z  0,6 *

*isotônica à água do mar

Um aquário com 100 L de solução aquosa de NaC com concentração igual a 2,1 g·L –1, será
utilizado para criar peixes que vivem no trecho Z do rio. A fim de atingir a concentração mínima
para a sobrevivência dos peixes, deverá ser acrescentado NaC à solução, sem alteração de seu
volume.
A massa de cloreto de sódio a ser adicionada, em quilogramas, é igual a:

a) 2,40
b) 3,30
c) 3,51
d) 3,72

Comentários:

O aquário apresenta concentração de 2,1 g/L e precisa ter a salinidade de 0,6 mol/L. A fim de
entender essa comparação, é necessário transformar para a mesma unidade de concentração.
Arbitrariamente, utilizei as concentrações em g/L. Sabendo que a massa molar do cloreto de
sódio é igual a 58,5 g/L, converte-se a concentração de 0,6 mol/L para g/L:
58,5 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙
𝑥𝑔 −−−− 0,6 𝑚𝑜𝑙
x = 35,1 g dissolvido em 1 L.
A concentração necessária para o aquário é de 35,1 g/L.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 155


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

O volume do aquário é de 100 L, logo a quantidade de cloreto de sódio que apresenta é de


2,1 g/L · 100 L = 210 g, porém precisa conter 35,1 g/L · 100 L = 3510 g.
A quantidade de cloreto de sódio que é necessário adicionar é:
3510 g – 210 g = 3300 g = 3,30 kg.

Gabarito: B

49. (UERJ/2012)
Uma amostra de 5 L de benzeno líquido, armazenada em um galpão fechado de 1500 m 3
contendo ar atmosférico, evaporou completamente. Todo o vapor permaneceu no interior do
galpão.
Técnicos realizaram uma inspeção no local, obedecendo às normas de segurança que
indicam o tempo máximo de contato com os vapores tóxicos do benzeno.
Observe a tabela:
CONCENTRAÇÃO DE
TEM PO M ÁXIM ODE
BENZENO
PERM ANÊNCIA
NA ATM OSFERA
(h)
(mg.L-1 )
2 4
4 3
6 2
8 1

Considerando as normas de segurança, e que a densidade do benzeno líquido é igual a 0,9


g·mL-1, o tempo máximo, em horas, que os técnicos podem permanecer no interior do galpão,
corresponde a:

a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

Comentários:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 156


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A fim de determinar o tempo máximo de permanência, calcula-se a densidade, mg/L, dos 5 L


(ou 5000 mL) de benzeno no galpão de 1500 m3 (ou 1500·103 L), sabendo que a densidade do
benzeno é de 0,9 g/mL.
0,9 𝑔 −−−− 1 𝑚𝐿
𝑥𝑔 −−−− 5000 𝑚𝐿
x = 4500 g = 4500 · 103 mg de benzeno
Calculando a densidade do benzeno disperso no galpão, tem-se:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 4500 · 103 𝑔
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = = = 3 𝑔/𝐿
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 1500 · 103 𝐿
Sabendo que a densidade do benzeno é de 3 g/L, logo, o tempo de permanência máximo é
de 4 horas, segundo a tabela apresentada na questão.

Gabarito: B

50. (UERJ/2019)
(...)
A condutividade elétrica está associada à presença de íons dissolvidos em fase aquosa.
Considere um experimento para o qual estão disponíveis soluções aquosas com concentração
de 0,1 mol·L–1 dos seguintes solutos: KF, CaBr2, NiSO4 e FeC3.
Admitindo a dissociação completa, o composto que irá proporcionar maior condutividade
elétrica é:

a) KF
b) CaBr2
c) NiSO4
d) FeC3

Comentários:
O composto que proporcionará maior condutividade elétrica será aquele que apresenta maior
quantidade de íons dissociados. Sabendo que todos os sais usados são solúveis em água e que
a concentração molar da fórmula é a mesma para todos, conclui-se: o sal que apresenta maior
quantidade de íons apresenta maior condutibilidade elétrica. Determina-se a quantidade de
íons de cada fórmula:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 157


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Quantidad Concentração iônica


Fórmula Íons
e de íons

1 fórmula KF 1 K+ + 1 F - 2 íons 2 · 0,1mol/L = 0,2 mol/L

1 fórmula CaBr2 1 Ca2+ + 2 Br- 3 íons 3 · 0,1mol/L = 0,3 mol/L

1 fórmula NiSO4 1 Ni2+ + 1 SO42- 2 íons 2 · 0,1mol/L = 0,2 mol/L

1 fórmula FeC3 1 Fe3+ + 3 C- 4 íons 4 · 0,1mol/L = 0,4 mol/L

Assim, o sal que apresenta maior concentração de íons é o cloreto de ferro III.

Gabarito: D

51. (UERJ/2018)
Para o tratamento de 60 000 L de água de um reservatório, foram adicionados 20 L de
solução saturada de sulfato de alumínio, sal que possui as seguintes propriedades:
Massa molar = 342 g·mol–1
Solubilidade em água = 900 g·L–1
Desprezando a variação de volume, a concentração de sulfato de alumínio no reservatório,
em mol·L–1, corresponde a:

a) 8,8 · 10–4
b) 4,4 · 10–4
c) 1,1 · 10–3
d) 2,2 · 10–3

Comentários:

Primeiramente, calcula-se a quantidade, em mol, de sulfato de alumínio adicionada no


reservatório:
20 litros · 900 g/L = 18000 g de sulfato de alumínio
Sabendo que a massa molar do sulfato de alumínio é igual a 342 g/mol, tem-se:

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 158


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

342 𝑔 −−−− 1 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3


18000 𝑔 −−−− 𝑥 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3
x = 52,63 mol de Al2(SO4)3
Os 52,63 mol de sulfato de alumínio foram dissolvidos em 60000 L de água, calcula-se a
concentração desse sal:
52,63 𝑚𝑜𝑙
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 8,77 · 10−4 𝑚𝑜𝑙/𝐿
60000 𝐿
Gabarito: A

52. (UNICAMP SP/2017)


Bebidas gaseificadas apresentam o inconveniente de perderem a graça depois de abertas.
A pressão do CO2 no interior de uma garrafa de refrigerante, antes de ser aberta, gira em torno
de 3,5 atm, e é sabido que, depois de aberta, ele não apresenta as mesmas características
iniciais. Considere uma garrafa de refrigerante de 2 litros, sendo aberta e fechada a cada 4
horas, retirando-se de seu interior 250 mL de refrigerante de cada vez. Nessas condições, pode-
se afirmar corretamente que, dos gráficos a seguir, o que mais se aproxima do comportamento
da pressão dentro da garrafa, em função do tempo é o

a)

b)

c)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 159


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

d)

Comentários:
Ao abrir uma garrafa com bebida gaseificada, o gás liberado diminui a pressão gasosa dentro
da garrafa. Ao fechar a garrafa, a pressão exercida dentro da garrafa no momento do
fechamento, força a solubilização de uma parte do gás retirado no momento da abertura, que
ainda se encontra dentro do recipiente. Interpretando todas as opções, tem-se:
a) Errado. a pressão diminui na abertura da garrafa, mas ao fechar não ocorre solubilização do
gás. Esse gráfico poderia representar uma garrafa contendo somente gás, ou seja, não seria
uma bebida gaseificada. A pressão dentro da garrafa diminui a cada abertura e permanece
constante quando fechada.
b) Certo. A pressão diminui no momento da abertura e quando fechada a garrafa, aumenta-se
a pressão. Observa-se que a pressão elevada após o fechamento da garrafa é menor do que a
pressão inicial, porque um pouco do gás saiu da garrafa.
c e d) Errado. Não ocorre diminuição da pressão, ou seja, não ocorre vazamento de gás. Esse
gráfico pode ser a interpretação do resfriamento e aquecimento de uma bebida gaseificada.
Ao resfriar, a quantidade de gás dissolvido aumenta, logo, a pressão diminui. Quando a
temperatura volta ao inicial, a quantidade dissolvida é liberada e retorna à pressão inicial. Dessa
forma não existe perda de gás para o meio.

Gabarito: B

53. (Unimontes MG/2015)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 160


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Mergulhadores respiram ar comprimido (78% de nitrogênio, 21% de oxigênio). No entanto,


pequenas bolhas de nitrogênio são responsáveis pelos acidentes de pressão com
mergulhadores submarinos, quando essas bolhas escapam para o plasma sanguíneo,
bloqueando o fluxo de sangue. Esse risco pode ser minimizado substituindo-se nitrogênio por
gás hélio. A variação da solubilidade de um gás depende da pressão parcial, conforme
demonstrado no gráfico:

Em relação à situação descrita, é CORRETO afirmar:

a) O nitrogênio, em grandes profundidades, torna-se menos solúvel, permanecendo em solução


quando os mergulhadores voltam à superfície.
b) O aumento na pressão parcial de um gás é inversamente proporcional à sua solubilidade,
fator determinante para o acidente com o nitrogênio.
c) A solubilidade dos gases oxigênio e nitrogênio no sangue é menor a pressões mais altas,
favorecendo a formação de bolhas.
d) O hélio é menos solúvel no plasma do que o nitrogênio e apresenta átomos pequenos que
atravessam as paredes da célula mais rapidamente, sem causar danos.

Comentários:
A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.
a) O nitrogênio, em grandes profundidades, torna-se menos solúvel, permanecendo em
solução quando os mergulhadores voltam à superfície.
Errado. Quanto maior a profundidade do mergulho, maior a pressão sobre o mergulhador e,
consequentemente, maior a solubilidade do gás.
b) O aumento na pressão parcial de um gás é inversamente proporcional à sua solubilidade,
fator determinante para o acidente com o nitrogênio.
Errado. O aumento da pressão sobre um gás é diretamente proporcional à sua solubilidade. A
pressão dificulta a saída do gás retido no líquido.
c) A solubilidade dos gases oxigênio e nitrogênio no sangue é menor a pressões mais altas,
favorecendo a formação de bolhas.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 161


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Errado. O aumento da pressão sobre um gás é diretamente proporcional à sua solubilidade. A


pressão dificulta a saída do gás retido no líquido e, por isso, a formação de bolhas é dificultada.
d) O hélio é menos solúvel no plasma do que o nitrogênio e apresenta átomos pequenos
que atravessam as paredes da célula mais rapidamente, sem causar danos.
Certo. Segundo o gráfico a solubilidade do hélio é menor que a solubilidade do nitrogênio, no
sangue. A reatividade do hélio é menor do que o nitrogênio. Como a massa molar do hélio é
menor que a massa molar do nitrogênio, o seu movimento de difusão (espalhamento) é maior
também.

Gabarito: D

54. (UNITAU SP/2014)


O sangue arterial transporta oxigênio dissolvido com pressão parcial aproximada de 100
mmHg. Considerando um volume sanguíneo de 7 litros (coeficiente de solubilidade do oxigênio
(O2) = 0,0014 mmol · L–1 · mmHg–1), podemos afirmar que a quantidade de oxigênio dissolvido
no sangue é de aproximadamente:

a) 9,8 µmol.
b) 0,98 µmol.
c) 9,8 mmol.
d) 0,98 mmol.
e) 0,098 mol.

Comentários:

O coeficiente de solubilidade do gás oxigênio é de 0,0014 mmol por litro por mmHg. Para uma
pressão de 100 mmHg e 7 litros de sangue, tem-se:
0,0014 mmol·L-1·mmHg-1 · 100 mmHg · 7 L = 0,98 mmol de O2

Gabarito: D

55. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2013)

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 162


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

A água para consumo humano deve ser inodora, insípida, incolor e agradável ao paladar
com uma certa quantidade de oxigênio dissolvido. Não deve ter acidez e nem micro-
organismos patogênicos.
As etapas do tratamento de água da cidade de Barretos, SP, estão indicadas na figura.

(www.novoguiabarretos.com. Adaptado.)

Águas de superfície, relativamente límpidas, apresentam-se saturadas de oxigênio


dissolvido. O gráfico relaciona a quantidade de oxigênio que se dissolve na água em função da
temperatura, à pressão normal.

(http://qnint.sbq.org.br)

A quantidade de oxigênio dissolvido em amostras da água de um manancial, coletadas pela


manhã, à temperatura de 20 °C e pressão de 1 atm, foi determinada como sendo igual a 7
mg/L.
Levando em conta as condições em que as amostras foram coletadas, é correto afirmar que
esse resultado decorre

a) do consumo de oxigênio na decomposição de matéria orgânica de efluentes.


b) da utilização do oxigênio na fotossíntese.
c) da menor concentração matinal do oxigênio atmosférico.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 163


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

d) da queda da temperatura durante a noite.


e) do excesso de sais dissolvidos.

Comentários:

A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.


Levando em conta as condições em que as amostras foram coletadas, é correto afirmar que
esse resultado decorre
a) do consumo de oxigênio na decomposição de matéria orgânica de efluentes.
Certo. A decomposição da matéria orgânica e a respiração celular consomem o oxigênio
dissolvido, enquanto, no início da manhã, a taxa de oxigênio produzido pela fotossíntese é
baixa.
b) da utilização do oxigênio na fotossíntese.
Errado. Considerando que no início da manhã a taxa de luz é baixa, portanto, a quantidade de
oxigênio produzido pela fotossíntese é baixo. Se a taxa de fotossíntese fosse significativa,
haveria aumento da quantidade de oxigênio dissolvido, o que não foi observado.
c) da menor concentração matinal do oxigênio atmosférico.
Errado. A taxa de oxigênio atmosférico é aproximadamente constante.
d) da queda da temperatura durante a noite.
Errado. A queda da temperatura aumenta a solubilidade do oxigênio nos líquidos, portanto,
isso não explica o fato da quantidade encontrada de 7 mg/L ser menor do que a quantidade
esperada de, aproximadamente, 9 mg/L.
e) do excesso de sais dissolvidos.
Errado. A solubilidade de sais não interfere na solubilidade do gás de maneira significativa.

Gabarito: A

56. (UNICAMP SP/2011)


Cerca de 1/4 de todo o dióxido de carbono liberado pelo uso de combustíveis fósseis é
absorvido pelo oceano, o que leva a uma mudança em seu pH e no equilíbrio do carbonato na
água do mar. Se não houver uma ação rápida para reduzir as emissões de dióxido de carbono,
essas mudanças podem levar a um impacto devastador em muitos organismos que possuem
esqueletos, conchas e revestimentos, como os corais, os moluscos, os que vivem no plâncton,
e no ecossistema marinho como um todo.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 164


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Levando em conta a capacidade da água de dissolver o dióxido de carbono, há uma


proposta de se bombear esse gás para dentro dos oceanos, em águas profundas.
Considerando-se o exposto no texto inicial e a proposta de bombeamento do dióxido de
carbono nas águas profundas, pode-se concluir que esse bombeamento

a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás na água


para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a vida
marinha.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas aumentaria
o problema do efeito estufa.

Comentários:

A partir das informações fornecidas, julga-se os itens.


a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás na
água para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
Errado. A dissolução do gás em um líquido não interfere no volume dele.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
Certo. O aumento da solubilização do gás carbônico, aumentaria a formação de ácido carbônico
e, consequentemente acidificaria o oceano, prejudicando a vida marinha. O aumento da
dissolução de gás carbônico, retiraria esse gás da atmosfera e, por isso, diminuiria o problema
do efeito estufa.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a vida
marinha.
Errado. A quantidade de CO2 não interfere na camada de ozônio. A camada de ozônio é
influenciada pela quantidade de CFC emitido na atmosfera.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas
aumentaria o problema do efeito estufa.
Errado. A dissolução de CO2 nos oceanos favorece os animais que apresentam estrutura de
carbonatos e a diminuição da taxa de CO2 na atmosfera diminui o problema do efeito estufa.

Gabarito: B

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 165


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

10. Considerações Finais das Aulas

Relaxe e celebre o fim de mais uma etapa. Respire e tenha orgulho do seu esforço. Tenha
certeza que muitos já desistiram até esse momento, mas estou feliz que você não. Mantenha o
foco e controle seus pensamentos pensando no seu esforço e na disciplina do seu estudo. Isso
facilita o seu empenho e controla um pouco a ansiedade, que é natural quando controlada.

“Só se pode alcançar um grande êxito quando


nos mantemos fiéis a nós mesmos.
Friedrich Nietzsche”

11. Referências
Figura 1 – Gary Butterfield/Unsplash. Disponível em
https://unsplash.com/photos/aaMsrtneIg0. Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 2 – Isaac Davis/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/rzCi3mD-6ho.
Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 3 – Greg Becker/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/-0_ww2ACIw8.
Acesso em 26 de abril de 2019.
Figura 4 – Andrew Magill\Flickr. Disponível em
https://www.flickr.com/photos/amagill/180202581/. Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 5 – Eiliv-Sonas Aceron\Unsplash. Disponível em
https://unsplash.com/photos/_8bnn1GqX70. Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 6 – Scott Webb/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/S_eu4NqJt5Y.
Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 7 – David Pisnoy/Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/46juD4zY1XA.
Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 8 – Hans/pixabay. Disponível em
https://pixabay.com/pt/photos/gummib%C3%A4rchen-gummi-bears-urso-gummi-318362/.
Acesso em 29 de abril de 2019.
Figura 9 – Dana DeVolk\Unsplash. Disponível em https://unsplash.com/photos/5-RS_ScO3X4.
Acesso em 26 de abril de 2019.

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 166


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – SOLUÇÕES - PARTE I

Figura 10 – UFPEL – vestibular 2014. Disponível em


http://ces.ufpel.edu.br/vestibular/pave/download/PAVE214.pdf. Acesso em 29 de abril de
2019.
Figura 11 – Brasil.gov. Disponível em http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2013/01/alcool-
liquido-sai-das-prateleiras-a-partir-de-fevereiro/alcool-liquido-com-mais-de-54b0-gl-sai-das-
prateleiras/view. Acesso em 30 de abril de 2019.
Figura 12 – Diario de Biologia. Disponível em https://diariodebiologia.com/2010/11/agua-
oxigenada-h2o2-espuma-em-contato-feridas/. Acesso em 30 de abril de 2019.
Figura 13 – Deleece Cook/Unsplash. Disponível em
https://unsplash.com/photos/znXmpb53QJU. Acesso em 02 de maior de 2019.

Bibliografia
Isotônico ou Água de Coco: Isso ou Aquilo? Disponível em:
http://www.cookie.com.br/isotonico-ou-agua-de-coco-isso-ou-aquilo/. Acesso em 25 de abril
de 2019.
Joe Schwarcz. Barbies, bambolês e bolas de bilhar. Editora Jorge Zahar LTDA. Sirvam o
borbulhante. Página 87

Folha de versão
20/01/2022– versão 1

AULA 15 – SOLUÇÕES – PARTE I 167

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