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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE – MARIA AUGUSTO

QUÍMICA

SOLUÇÕES TAMPÃO, SUA IMPORTÂNCIA E OS PRINCIPAIS TIPOS


DE SOLUÇÕES TAMPÃO

Grupo: 3
Sala: 3
Período: Tarde
Classe: 11ª
Curso: Enfermagem

Docente
_____________________

Viana, Fevereiro de 2023

III
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE – MARIA AUGUSTO

QUÍMICA

SOLUÇÕES TAMPÃO, SUA IMPORTÂNCIA E OS PRINCIPAIS TIPOS


DE SOLUÇÕES TAMPÃO

Integrantes do grupo
1. Abednego Cardoso
2. Áida Pinge
3. Benedita Estevão
4. Marlene Miguel
5. Neide Teca
6. Paula da Silva
7. Joana Sangombe

Viana, Fevereiro de 2023

IV
EPÍGRAFE

«O senhor é o meu pastor, nada me faltará». (Salmos 23)

III
DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho as nossas famílias por todas as novenas que têm feito na
nossa intenção nos momentos em que nós estávamos muito cansados e com vontade de
desistir.

IV
AGRADECIMEMTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos abençoado até aqui, e nunca ter nos
abandonado nos momentos de dificuldade. Agradecemos as nossas famílias pelas palavras de
força e incentivo.

A realização desse trabalho é o resultado da colaboração e apoio das pessoas que nos
cercam, que de alguma forma contribuíram positivamente para sua concrectização.

V
EPÍGRAFE...............................................................................................................................III
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................IV
AGRADECIMEMTOS..............................................................................................................V
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
OBJECTIVOS DA PESQUISA..................................................................................................2
Objectivo geral............................................................................................................................2
Objectivos específicos................................................................................................................2
1. SOLUÇÃO TAMPÃO.....................................................................................................3
1.1. FORMAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO..............................................................3
1.1.1. Ácidos fracos...................................................................................................................3
1.1.2. Bases fracas.....................................................................................................................4
1.2. COMPORTAMENTO E PH DE UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO......................................4
1.2.1. Solução-tampão ácida.....................................................................................................4
1.2.2. Adição de uma base forte................................................................................................5
1.2.3. Composição e pH de uma solução-tampão básica..........................................................5
1.3. FÓRMULAS NA SOLUÇÃO-TAMPÃO........................................................................7
1.4. IMPORTÂNCIA DAS APLICAÇÕES DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO............................8
1.4.1. Solução-tampão e Bioquímica........................................................................................8
1.4.2. Biológicas........................................................................................................................8
1.4.3. Químicas.........................................................................................................................8
1.4.4. Biotecnológicas...............................................................................................................9
1.4.5. Solução-tampão e o sangue.............................................................................................9
1.4.6. 6Situação de acidez.........................................................................................................9
1.4.7. Situação de basicidade....................................................................................................9
CONCLUSÃO..........................................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................11

VI
INTRODUÇÃO

Neste trabalho vamos abordar sobre a solução tampão – sua importância e os principais
tipos de soluções tampão, antes porém, salientamos que, a solução-tampão é uma solução que
contém, geralmente, um ácido fraco com um sal desse ácido, ou uma base fraca com o sal
dessa base, com a finalidade de evitar que o pH varie.

A principal característica de uma solução-tampão é o facto de seu pH manter-se


praticamente inalterado, mesmo que acrescido de uma certa quantidade de solução contendo
um ácido ou uma base forte.

1
OBJECTIVOS DA PESQUISA

Objectivo geral

 Conhecer as soluções tampão, sua importância e os principais tipos de soluções tampão.

Objectivos específicos

 Identificar os principais tipos de soluções tampão;


 Descrever a importância de soluções tampão.

2
1. SOLUÇÃO TAMPÃO
Recebe o nome de solução tampão uma mistura constituída por um ácido ou por uma
base fracos inorgânicos e um sal inorgânico com o mesmo cátion da base ou com o mesmo
ânion do ácido. Como mencionado, a característica principal da solução tampão é manter seu
pH quase inalterado, mesmo diante da adição de uma quantidade de soluções com ácido ou
base fortes. 

1.1. FORMAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO

Segundo Fiorucci (2012, p. 54), electrólitos são substâncias que, quando


adicionadas em água, sofrem dissociação (liberam íons) ou ionização (produzem íons).
No caso da solução-tampão, além dos sais, são utilizados outro eletrólito: um ácido ou
uma base fracos. Abaixo, aprenderemos como reconhecer esses electrólitos fracos.

1.1.1. Ácidos fracos

1.1.1.1. Hidrácidos fracos

Segundo Fiorucci (2012, p. 55), são todos os ácidos que não apresentam oxigênio na
sua composição e que não têm os ânions cloreto (Cl-), brometo (Br-), iodeto (I-) ou o fluoreto
(F-).

1.1.1.1. Oxiácidos fracos

Segundo Fogaça (2023, p. 66), são todos os ácidos que apresentam oxigênio na sua
composição. Nesses compostos, a subtração da quantidade de oxigênios pela quantidade de
hidrogênios deverá resultar em zero. Observe o exemplo do ácido bórico (H3BO3):

oxigênio – hidrogênio
O3 – H3
3–3
0

3
Obs.: o ácido carbônico (H2CO3), apesar de não seguir a regra proposta, é um oxiácido
fraco.

1.1.2. Bases fracas

Uma base é considerada fraca quando não apresenta metal alcalino (elemento


pertencente à família IA da tabela periódica) ou metal alcalinoterroso (elemento pertencente à
família IIA da tabela periódica).

Obs.: o elemento magnésio (Mg), apesar de ser um metal alcalinoterroso, forma uma
base fraca.

1.2. COMPORTAMENTO E PH DE UMA SOLUÇÃO-TAMPÃO


Segundo Marconato, Franchetti e Pedro (2004, p. 89), as soluções-tampão podem ser
ácidas ou básicas, característica associada ao seu pH (potencial hidrogeniônico ou
concentração de íons H+ de um meio).

Na teoria do pH, meio ácido é aquele que apresenta pH menor que 7, enquanto meio
básico é aquele que apresenta pH maior que 7. Essas referências são também utilizadas para
as soluções-tampão.

1.2.1. Solução-tampão ácida


Segundo Marconato, Franchetti e Pedro (2004, p. 94), uma solução-tampão ácida é
aquela constituída por um ácido fraco, como o ácido sulfídrico (H 2S), e por um sal que
apresente o mesmo ânion do ácido, como o sulfeto de potássio (K2S).
Equação 1: Ionização e de dissociação da solução-tampão ácida.

Segundo Fiorucci (2012, p. 66), Analisando as equações, observa-se que o ácido, por
ser fraco, ioniza pouco (seta menor), enquanto o sal, por ser solúvel, dissocia bastante (seta
maior).

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O valor do pH de uma solução-tampão ácida é sempre menor que 7. Por apresentar um
ácido fraco, no entanto, o pH dessa solução não será muito abaixo desse valor. Ao receber
ácido ou base fortes, seu pH não sofrerá grandes alterações.

1.2.1.1. Adição de ácido forte

Suponhamos, por exemplo, que o ácido bromídrico (HBr) seja adicionado na solução-
tampão ácida H2S/K2S:

Equação 2: Ionização de um ácido forte.

Segundo Fiorucci (2012, p. 69), quando se adiciona ácido bromídrico na solução-


tampão, há um acréscimo do íon H+, que já existe no meio. Esse íon irá interagir com o ânion
Br-, formando HBr. O aumento da quantidade de bromídrico desencadeará o aumento de sua
ionização e a reposição dos íons Br-. Por isso, o pH permanece inalterado.

1.2.2. Adição de uma base forte


Suponhamos que o hidróxido de sódio (NaOH) seja adicionado na solução-tampão
ácida H2S/K2S:
Equação 3: Dissociação de uma base forte.

Quando essa base é adicionada nessa solução-tampão, há também a adição do íon


hidróxido (OH-), o qual tem afinidade com o hidrônio H+, existente no meio. Esses íons unem-
se, formando água (H2O). Esse fato amplia a ionização do ácido, repondo os hidrônios gastos
e mantendo o pH inalterado.

5
1.2.3. Composição e pH de uma solução-tampão básica

Uma solução-tampão básica é aquela constituída por uma base fraca, como o hidróxido
de alumínio [Al(OH)3], e por um sal que apresente o mesmo ânion do ácido, como o cloreto
de alumínio (AlCl3).

Equação 4: Dissociação da solução-tampão básica

Segundo Fiorucci et al. (2012, p. 91), o valor do pH de uma solução-tampão básica é


sempre maior que 7. Por apresentar uma base fraca, essa solução não terá um pH muito acima
desse valor. Ao receber ácido ou base fortes, seu pH não sofrerá grandes alterações.

1.2.3.1. Adição de ácido forte

Suponhamos, por exemplo, que o ácido bromídrico (HBr) seja adicionado na solução-
tampão básica Al(OH)3/AlCl3:
Equação 5: Ionização de um ácido forte

Quando essa base é adicionada nessa solução-tampão, há o acréscimo do íon hidrônio


(H+), o qual tem afinidade com o hidróxido (OH -), existente no meio. Esses íons unem-se,
formando água (H2O). Esse fato amplia a dissociação da base, repondo os íons hidróxido e
mantendo o pH inalterado. (Fiorucci, et al. 2012)

1.2.3.2. Adição de uma base forte

Suponhamos, por exemplo, que o hidróxido de sódio (NaOH) seja adicionado na


solução-tampão básica Al(OH)3/AlCl3:
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Equação 6: A dissociação de uma base forte.

Quando essa base é adicionada nessa solução-tampão, adiciona-se também uma


quantidade do íon hidróxido (OH-), o qual já existente no meio. Esses íons unem-se ao cátion
alumínio (Al+3), formando hidróxido de alumínio [Al(OH)3]. Esse fato amplia a dissociação da
base, repondo os cátions alumínio gastos e mantendo o pH inalterado. (Fiorucci, et al. 2012)

1.3. FÓRMULAS NA SOLUÇÃO-TAMPÃO


No estudo de solução-tampão, as fórmulas utilizadas têm como objetivo a determinação
seu valor de pH. Existem três fórmulas usadas para o cálculo do pH de soluções-tampão:
fórmula para solução-tampão ácida, fórmula para solução-tampão básica e fórmula geral.

Fórmula do pH de solução-tampão ácida:

pKa = -log [constante de ionização do ácido]


[sal] = concentração mol/L do sal na solução
[ácido] = concentração mol/L do ácido na solução

Fórmula do pH de solução-tampão básica:

pKb = -log [constante de ionização da base]


[base] = concentração mol/L da base na solução

Obs.:para calcularmos o pH de uma solução-tampão a partir do valor do pOH,


basta utilizarmos a expressão abaixo:

pH + pOH = 14

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Fórmula geral do pH de solução-tampão

pKw = -log (constante de ionização da água ou 10-14, a 25oC)

1.4. IMPORTÂNCIA DAS APLICAÇÕES DAS SOLUÇÕES-TAMPÃO


1.4.1. Solução-tampão e Bioquímica
A Bioquímica estuda as estruturas (vitaminas, proteínas, carboidratos, etc), a
organização e as transformações moleculares que ocorrem na célula (metabolismo) e no meio
onde as células estão inseridas. Esses factores são fundamentais para garantir a sobrevivência,
o crescimento e a reprodução dos organismos vivos. (Fiorucci, et al. 2012)

Nas células e fora das células, ocorrem várias reações químicas para a manutenção do
organismo vivo. Essas reações, porém, só ocorrem em uma faixa de pH adequada.

As soluções-tampão têm um papel importante na manutenção do pH, tanto intracelular


quanto do meio extracelular, para o funcionamento de todo o sistema biológico. Existem
várias soluções-tampão em um organismo vivo:

 Solução-tampão formado por ácido carbônico e bicarbonato de sódio, substâncias


presentes no sangue;
 Solução-tampão com a mistura tris-acetato, usada para separar o DNA do RNA;
 Solução-tampão de histidina, de glicina e de citrato, soluções-tampão enzimáticas
que participam do metabolismo.

1.4.2. Biológicas
 O sangue é uma solução-tampão formada, principalmente, por substâncias como ácido
carbônico (H2CO3) e ânion bicarbonato (HCO3-).
 Os sistemas enzimáticos relacionados com a proteína histidina também são soluções-
tampão. (Fiorucci, et al. 2012)

1.4.3. Químicas
 Reações de precipitação, nas quais os produtos formados precipitam na forma de um sólido
em virtude da variação no pH do meio, são soluções-tampão.

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 Reações eletródicas, que ocorrem em uma pilha ou em uma eletrólise, são também
soluções-tampão. (Fiorucci, et al. 2012)
1.4.4. Biotecnológicas
 Eletroforese: solução-tampão com a presença da substância tris-acetato, que permite a
separação do RNA e do DNA da célula.
 Quebra do DNA: durante a extração e quebra do DNA, deve haver uma solução-tampão
capaz de mantê-lo íntegro.
 Lavagem de células: solução-tampão formado por sal e fosfato que tem a função de manter
o meio onde as células estão com condições próximas àquelas encontradas no corpo
humano. (Fiorucci, et al. 2012)

1.4.5. Solução-tampão e o sangue


O sangue apresenta uma solução-tampão denominada bicarbonato. Nela temos a presença
de duas substâncias: o ácido carbônico (H2CO3) e o bicarbonato de sódio (NaHCO3)

1.4.6. 6Situação de acidez

Uma situação de acidez pode ocorrer quando os pulmões não conseguem eliminar o
dióxido de carbono (CO2) produzido na respiração celular ou quando ocorre uma maior
produção de ácidos por processos metabólicos. (Fiorucci, et al. 2012)

Em presença de maior acidez, ou seja, maior concentração de H+, o equilíbrio 1 é


deslocado para a esquerda, formando o H 2CO3. Imediatamente, esse ácido, que é instável, é
transformado em CO2 e H2O. Para tentar corrigir essa acidez no sangue, o corpo aumenta a
frequência respiratória para eliminar o CO2, enquanto os rins retêm parte do bicarbonato para
interagir com o excesso de H+.

1.4.7. Situação de basicidade

A situação de basicidade ou alcalose ocorre quando há um excesso de base, provocado


por uma hiperventilação pulmonar, eliminando um maior volume de dióxido de carbono.
Pode ser provocada ainda pelo metabolismo em virtude de alterações em íons importantes,
como cloreto e potássio.

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Em presença de maior basicidade ou alcalose, ou seja, em menor concentração de H +, o
equilíbrio 1 é deslocado para a direita, ionizando o H2CO3. O corpo diminui a frequência
respiratória para eliminar menos CO2, enquanto os rins liberam mais bicarbonato.

CONCLUSÃO

Em virtude dos factos narrados, chegou-se a conclusão que, além de saber reconhecer
quando temos uma solução-tampão, devemos conhecer a sua característica fundamental, que é
a chamada capacidade tamponante.

Define-se capacidade tamponante como a capacidade da solução-tampão de não sofrer


mudanças significativas no seu pH ao receber soluções formadas por bases ou ácidos fortes.

É importante lembrar que existe um limite para as quantidades de ácido ou de base


adicionadas a uma solução-tampão antes que um dos componentes seja totalmente
consumido. Esse limite é conhecido como a capacidade tamponante de uma solução-tampão e
é definido como a quantidade de matéria de um ácido ou base forte necessária para que um
litro da solução-tampão sofra uma variação de uma unidade no pH.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fiorucci, A. R. et al. (2012). O conceito de solução tampão. São Paulo: Atlas.

Fogaça, J. R. V. (2023). O que é uma solução-tampão?"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/o-que-uma-solucao-tampao.htm. Acesso em 22 de
fevereiro de 2023.

Marconato, J.C.; Franchetti, S.M.M. e Pedro, R.J. (2004). Solução tampão: uma proposta
experimental usando materiais de baixo custo. Química Nova na Escola, n. 20, p. 59-62.

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