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Laboratório de Química Geral I

Preparação
de
Soluções Químicas

ÍNDICE:

Universidade Estadual Paulista – UNESP Campus da Faculdade de Ciências - Bauru


Laboratório de Química Geral I

1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 3

2. Objetivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 3

3. Introdução Teórica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 4

3.1. Conceito de dispersão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 4


3.2. Estudo de soluções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 5
3.3. Concentrações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 5
3.4. Diluição de soluções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 6
3.5. Solubilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 6

4. Experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 7

4.1. Material e Reagentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 7


4.2. Procedimento para as práticas em laboratório. . . . . . . . . . . . . Página 7
4.3. Para soluções com soluto líquido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 8
4.4. Diluição de soluções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 9

5. Resultados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 9

5.1. Quanto à solubilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 9


5.2. Quanto ao aquecimento/resfriamento na reação. . . . . . . . . . . Página 9

6. Discussão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 10

7. Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 10

8. Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 11

1. INTRODUÇÃO:
Neste primeiro experimento, “Preparações de Soluções Químicas”, veremos
como se preparam soluções em um laboratório para análise química.

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É importante saber que, nas práticas de química, as reações geralmente ocorrem


quando os reagentes estão em solução, e consequentemente, devemos conhecer a
proporção existente entre as quantidades de soluto e solvente ou ainda de soluto e de
solução. A este procedimento chamamos de concentração das soluções.
Existem diversas maneiras de determinar a concentração de uma solução.
Iremos preparar soluções com o auxilio de uma balança analítica, vidrarias e
materiais de laboratório em geral, utilizando cálculos como, titulo, concentração
comum, molaridade, fração molar, normalidade, entre outros, que expressam as
concentrações das soluções.

2. OBJETIVOS:
Preparar soluções de concentração 1 molar em 50,0 ml, e diluir para uma
concentração de 0,1 molar em 50,0 ml, dos seguintes reagentes:

o HCl(aq) (Ac. Clorídrico)

o NaOH (Hidróxido de Sódio)

o NaCl (Cloreto de Sódio)

o Na2CO3 (Carbonato de Sódio)

o CH3COONa (Acetato de Sódio)

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA:
3.1. Conceito de dispersão

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Quando adicionamos uma substância (A) a outra substância (b), a substância A


distribui-se no interior da substância B, sob forma de pequenas partículas que se
denominam partículas dispersas. A substância A chama-se disperso e a substância B
dispergente ou dispersante. Ao conjunto disperso mais dispergente chamamos de
dispersão.

3.1.1. Classificação das dispersões:

As dispersões classificam-se em dispersões grosseiras, colóides e soluções. A


diferença entre os três tipos reside, basicamente, nas características das partículas
dispersas.
Angstrom (Å) Nanômetro (nm)
1Å = 10−8 cm = 10-10 m 1nm = 10-9 cm = 10Å

- Dispersão grosseira:
As dispersões grosseiras apresentam partículas dispersas com diâmetro médio
superior a 10000Å (100nm), permitindo a visualização das partículas a olho nu ou
através de microscópio comum. Este grupo de dispersões tem o nome de suspensão
quando um sólido está disperso em um líquido. Exemplo: areia em água.

- Colóide:
Os colóides apresentam partículas dispersas bem definidas quimicamente, com
diâmetro médio inferior a 10000Å (100nm) e superior a 10Å (1nm), somente
visualizadas com ultramicroscópio. O colóide tem o nome de emulsão quando um
líquido está disperso em outro líquido. Exemplo: Maionese (azeite e vinagre).

-Solução:
As soluções apresentam as menores partículas dispersas, íons e/ou moléculas
com diâmetro médio inferior a 10Å (1nm), invisíveis a qualquer instrumento de
pesquisa. Exemplo: Qualquer mistura de gases, Ouro 18K (solução sólida).

3.1.2. Classificação das soluções quanto à relação: soluto x solvente.


- Diluída: Pouco soluto em relação ao solvente.
- Concentrada: Mais soluto em relação ao solvente.

3.2. Estudo das soluções

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A solução pode ser conceituada como sendo uma mistura homogênea entre duas
ou mais substâncias. Neste caso, o disperso recebe a denominação de soluto e o
dispergente a de solvente, termos que se aplicam exclusivamente às soluções
verdadeiras, para diferenciá-las de pseudo-soluções que se refere a colóides.

3.2.1. Soluções quanto ao tipo de partícula:


As soluções podem ser moleculares e iônicas. As moleculares contêm somente
moléculas dispersas, exemplo: glicose, sacarose e uréia em água. As iônicas são aquelas
que apresentam íons dispersos, exemplos: ácidos, bases e sais em água.

3.2.2. Classificação das soluções:


-Insaturada: é a solução que contém quantidade de soluto inferior à capacidade
máxima de dissolução do solvente, sendo, portanto, capaz de dissolver nova adição de
soluto.
-Saturada: é aquela que não é capaz de dissolver nova adição de soluto; na
prática, é reconhecida pela presença de corpo de fundo podendo ser saturada sem corpo
de fundo.
-Supersaturada: é uma solução instável que contém dissolvida uma quantidade
de soluto superior à necessária para a saturação.

3.2.3. Classificação das soluções quanto ao estado de agregação:


- Soluções sólidas: O solvente é sempre sólido.
- Soluções líquidas: O solvente é sempre líquido.
- Soluções gasosas: O solvente é gasoso e o soluto gasoso.

3.3. Concentrações

Existem diversas formas de se exprimir a concentração de uma solução, pois, de


acordo com o tipo de solução, uma forma poderá adaptar-se melhor do que outra.

3.31. Resumo geral das unidades de concentração.

Nome Solução Soluto Unidade

Densidade Massa Volume g/L

Nome Soluto Solução Unidade

Concentração Massa Volume g/L

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Molaridade Quantidade de matéria (n) Volume mol/L

Fração Molar Nº de mols Nº de mols -

Normalidade Número de equivalentes Volume mol/L

Título Massa Massa -

3.4. Diluição de soluções.

Diluir uma solução é diminuir a sua concentração por adição de solvente. Isto é
facilmente entendido, posto que concentração relaciona quantidade de soluto e
quantidade de solução; o aumento da quantidade do solvente puro provoca um aumento
na quantidade de solução (denominador) e quantidade de soluto permanece constante
(numerador), acarretando uma diminuição no valor da relação que é a concentração.

A partir deste fundamento surgem as relações:


M1V1 = M2V2 C1V1 = C2V2 N1V1 = N2V2

3.5. Solubilidade.

3.5.1. Conceito:
Pode ser conceituada como a capacidade de uma substância de se dissolver em
outra. Esta capacidade, no que diz respeito à dissolução de sólido em líquido, é limitada,
ou seja, existe um máximo de soluto que podemos dissolver em certa quantidade de um
solvente. Esta capacidade máxima de dissolução denomina-se coeficiente de
solubilidade (C.S.) ou solubilidade

3.5.2. Coeficiente de solubilidade:


“O coeficiente de solubilidade pode ser definido como sendo a maior
quantidade de substância capaz de se dissolver, a dada temperatura e pressão, em uma
quantidade padrão de solvente (1000g ou 100g ou 1 litro).”

4. EXPERIMENTAL:
4.1. Material e Reagentes:

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- balança analítica,
- béquer de 100 ml,
- balão volumétrico de 50,0 ml
- bastão de vidro
- Carbonato de sódio: N2CO3
- Acetato de sódio: CH3COONa
- Cloreto de sódio: NaCl
- Ácido clorídrico HCl, d=1,19 g/cm3 a 25°C e verificar no frasco a % em massa
- Hidróxido de sódio: NaOH (lentilhas).

4.2. Procedimentos para as práticas em laboratório:

Inicialmente, são necessários alguns procedimentos para as práticas em laboratório,


sendo eles:
 Separar o material a ser utilizado, lavar as vidrarias e secar bem. Conhecer as
soluções a serem preparadas, neste caso 50,0 ml de solução 1 molar, e diluir 5,0
ml da solução preparada em um balão volumétrico de 50,0 ml, utilizando como
solvente água destilada.
 Verificar a pureza dos reagentes no frasco, assim como sua hidratação, para
efetuar os cálculos necessários da massa ou volume a ser utilizado no
experimento. Utilizando a fórmula mais adequada para cada caso. Usamos
molaridade (M = n/V ) para todos os reagentes citados com exceção do HCl , em
que foi utilizado diluição (M1V1 = M2V2)

Reagentes Massa (g) V (ml)

NaOH 2,00 -

HCl - 4,13

NaCl 2,92 -

N2CO3 5,29 -

CH3COONa 4,10 -

 Por o béquer na balança e tarar (Zerar a balança, descontando a massa do


recipiente). Colocar a massa de soluto no béquer rapidamente (pois dependendo

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do soluto ele pode reagir com o ar, ex: NaOH que começa a cristalizar), com
uma espátula devidamente limpa.
 Adicionar 20,0 ml de água destilada no béquer, para realizar a dissolução. Agitar
com bastão de vidro até dissolução total. Soluções aquecidas deixar esfriar.
 Transferir para um balão volumétrico de 50,0 ml, utilizando o funil. Lavar bem
com água destilada (bastão de vidro, béquer e funil), para não sobrar resíduos da
solução, até completar a marca de 50,0 ml. Agitar o balão volumétrico para
homogeneizar a solução.
 Armazenar a solução em um recipiente de material adequado, após lavar o
frasco inserir um pouco da solução para retirar o restante das possíveis
impurezas. Identificar o frasco com data, tipo de solução, concentração e se
necessário o volume.
 Lavar as vidrarias utilizadas e organizar o material.
 Repetir os passos para outras soluções com solutos sólidos.

4.3 Para soluções com soluto líquido:


 Ao manusear substâncias voláteis, deve-se utilizar a capela (Compartimento
fechado e envidraçado, nos laboratórios, no qual se realizam as reações químicas
que desprendem gases deletérios.), com luz e ventilação ligadas. Utilizar a massa
ou volume calculado anteriormente.
 Colocar uma quantidade de soluto em um béquer para não contaminar o frasco.
Utilizar uma pipeta e um pipetador para coletar o volume necessário do reagente
a ser usado (HCl).
 Colocar água destilada no béquer antes de adicionar o ácido para que não haja
reação com riscos de acidentes imprevistos. Retirar o pipetador da pipeta para
que a substância não escorra pela vidraria e danifique o instrumento (pipetador
de borracha). Deixar esfriar caso aqueça.
 Transferir para um balão volumétrico de 50,0 ml , utilizando o funil. Lavar bem
com água destilada (bastão de vidro, béquer e funil), para não sobrar resíduos da
solução, até completar a marca de 50,0 ml. Agitar o balão volumétrico para
homogeneizar a solução.
 Armazenar a solução em um recipiente de material adequado, após lavar o
frasco inserir um pouco da solução para retirar o restante das possíveis
impurezas. Identificar o frasco com data, tipo de solução, concentração.
 Lavar as vidrarias utilizadas e organizar o material.

4.4. Diluição de Soluções

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 Pipetar 5,0 ml da solução preparada anteriormente de concentração 1 molar e


transferir para um balão volumétrico de 50,0 ml.
 Completar até a marca de 50,0 ml com água destilada. Agitar o balão
volumétrico para homogeneizar a solução.
 Armazenar a solução em um recipiente de material adequado, após lavar o
frasco inserir um pouco da solução para retirar o restante das possíveis
impurezas. Identificar o frasco com data, tipo de solução, concentração. Repita
para todas as soluções.

5. RESULTADOS:
5.1. Quanto à solubilidade:

Reagente Solubilidade Aquecimento necessário?


HCl Não
Alta

NaOH Não
Alta

NaCl Alta Não

Na2CO3 Baixa Não

CH3COONa Alta Não

5.2. Quanto ao aquecimento/resfriamento na reação:

Reagente Houve aquecimento? Houve resfriamento?


HCl Não
Alto

NaOH Alto Não

NaCl Não Não

Na2CO3 Baixo Não

CH3COONa Não Não

6. DISCUSSÃO:

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Foi possível observar que as reações se comportaram de maneira esperada, com


base na teoria e conceitos apresentados no roteiro, em relação à solubilidade.
HCl, NaCl, CH3COONa e NaOH: mostraram uma alta solubilidade em água
como previsto no roteiro.
Na2CO3: assim como mostrado no item 7 do tópico 2.3 do roteiro, o carbonato de
sódio mostrou baixa solubilidade em água, porém não se fez necessário o aquecimento
da solução.
Na reação de HCl e NaOH com água houve liberação de calor.
A balança mostrou se um instrumento muito preciso e necessário para os experimentos,
porém são requeridos diversos cuidados em sua utilização (POP).

7. CONCLUSÃO:
Portanto, ao realizar o experimento “Preparação de Soluções Químicas”,
adquire-se conhecimento para utilização de instrumentos de laboratório corretamente,
assim como o armazenamento das soluções preparadas com o seu respectivo preparo.

Aprende-se a utilizar a balança corretamente através das normas do POP


(Procedimento Operacional Padrão), a pipetar usando o pipetador de borracha assim
como utilizar a capela e vidrarias (béquer, balão volumétrico, pipeta).

A limpeza e organização do material utilizado são tão importantes quanto os


outros procedimentos. Uma ressalva para o armazenamento das soluções, frascos de
vidro possuem silicato em sua composição, que por sua vez reagem se entram em
contato com substâncias do tipo Bases Forte. O mesmo pode se dizer para recipientes de
plástico que possuem polímeros e podem reagir com ácidos. Concluindo, o ideal é
armazenar substâncias ácidas em recipientes de vidro e substâncias básicas em
recipientes de plástico.

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8. BIBLIOGRAFIA:

– Texto:
SALLES, Antônio Mário. Química Inorgânica. São Paulo: Coleção Objetivo CERED,
2007.243p.

– Dados:
ATKINS, Peter; JONES. Loretta. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna
e o Meio Ambiente. 3ªedição. Bookman, 2006. 965p.

– Imagens:
http://www.virtualquimica.hpg.com.br/misturas.htm

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