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Universidadade Federal do Paraná

Setor de Ciências da Saúde

Curso de Farmácia

Disciplina de Farmacotécnica III

Professora: Marilis Dallarmi Miguel

QUADRO 1. PLANEJAMENTO 02/2022

Farmacotécnica 1- MB084
Cronograma segundo semestre 2022

Data Assunto
17- outubro Introdução-conceitos orientações
18- outubro Introdução a prática
24- outubro Soluções
25- outubro Soluções
31- novembro Xaropes
O1- novembro Xaropes
07-novembro Suspensões
08- novembro Suspensões
14- novembro Prova
21 -novembro SIEP
22- novembro SIEP
28-novembro Gel
29- novembro Gel
05-dezembro Emulsão
06-dezembro Emulsão
12-dezembro Emulsão
13-dezembro Emulsão
19- dezembro Emulsão
20- dezembro Emulsão
16- janeiro Emulsão
17- janeiro Emulsão
23 - janeiro Supositório e óvulo
24- janeiro Supositório e óvulo
30- janeiro Pomadas
31- janeiro Pomadas
06- fevereiro Prova teórica
07- fevereiro Prova prática
13- fevereiro Prova prática
14- fevereiro Prova prática

Obs; poderá haver mudança no cronograma conforme necessidade de inversão de


conteúdos

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OBS: o planejamento dos conteúdos pode sofrer alteração de datas conforme
evolução das respectivas turmas.

As provas serão teórico- práticas e práticas, com conteúdo cumulativo, a princípio


serão 03 provas .

A disciplina de farmacotécnica é dividida em três etapas: (tempo de conhecer; tempo


compreender os conteúdos e tempo de construir seu conhecimento).

As aulas práticas serão realizadas em equipe, esta deverá seguir por todo o semestre,
cada aluno (qdo solicitado) realizará a ficha de manipulação (individual), durante a aula
prática qual será rubricada pelo professor, após as equipes realizarão a prática
respectiva e confecção do POP (um por equipe), ficha de manipulação , relatório ou
similar, conforme combinado com o professor. Este deverá ser entregue na aula
seguinte juntamente com a discussão respectiva. Esta será apresentada pelas equipes
sempre na aula prática seguinte. Quando coincidirem os temas em discussão, serão
realizados sorteios de uma equipe para apresentação e a nota será coletiva. O modelo
do POP será apresentado em sala de aula. Todos os POPs devem representar no total,
03 pontos na nota da prova prática, estes deverão ser entregues em uma pasta com o
nome da equipe, sempre na aula seguinte, qual deverá permanecer no laboratório por
todo o semestre. O trabalho referente ao Desenvolvimento de produto será
apresentado no dia durante aula teórica ou prática conforme combinado.

As datas de entrega das atividades deverão ser respeitadas. Não será permitido a
realização de aulas Práticas sem os equipamentos de segurança individual ( EPI) .

As provas de segunda chamada: o pedido deverá ser feito no departamento de


Farmácia até 72 horas após a mesma, somente serão aceitos os pedidos cujo atestado
seja anexado junto ao pedido. ( RES. 37/97)

As faltas todo aluno tem direito a faltar 25% da aulas, portanto Farmacotécnica I (23
Faltas), lembrando teórica vale 2 faltas e prática 4 faltas.

Os alunos que tiverem que se ausentar no meio da aula teórica devem comunicar o
professor anteriormente, evitando atrapalhar a dinâmica. Quanto as ausências e saídas
da sala de aula ou laboratórios e intervalos, seguem as normas da UFPR RES. 37/97.

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Todas as aulas poderão ser interrompidas para perguntas e discussões. O professor
atenderá fora do horário de aula (á combinar) todos que acharem necessário. (Caso a
equipe deseje repetir alguma aula prática deverá agendar no laboratório com uma
semana de antecedência)

O material de apoio será deixado no Teams .

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Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica III

Professora: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No 01: Soluções Orais

Aluno:

1.0 Definição de Soluções: Quando uma ou mais substâncias encontram-se no estado


molecular ou iônico dissolvido em um solvente ou em uma mistura de solventes
miscíveis, o soluto é geralmente não volátil. As soluções são utilizadas devido o efeito
terapêutico do soluto, servem tanto para via interna quanto externa sólidos.

FIGURA 1 MODELO FÍSICO QUE REPRESENTA O PROCESSO DE DISSOLUÇÃO.

Sol.
do
dod
camada odo
estagnante Massa da
C1 solução

1.2 Tipos: solução oral, tópica, ótica, nasal, oftálmica, auditiva, odontológica,
parenteral, espírito, água aromática (PSEUDOHIDROLATO), extrativas (alcoolaturas,
tinturas, extratos, infusos, decoctos e águas aromáticas estas (HIDROLATO).

1.3 Solubilidade características: Equação de ( NOYWES- WHITNEY)

dC/dT =K.S.(Cs-Ct)

dC/dT= velocidade de dissolução K= constante de velocidade de


dissolução

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S= área de superfície das partículas Ct=concentração do fármaco

Cs=concentração do fármaco na
proximidade da partícula

Quanto maior a diferença entre Cs e Ct mais rápida a dissolução.

1.3.1) Discussão:

o Quanto maior a superfície da partícula/ maior a velocidade de dissolução.


o Quanto menor a superfície (+ difícil molhar a partícula), menor a velocidade de
dissolução.
o Porém a medida que o líquido vai umedecer a partícula, vai ocorrer uma tensão
de deslocamento do ar que envolve a partícula, tal fenômeno diminui a
superfície de contato do mesmo com o líquido, portanto diminui a velocidade de
dissolução. Então têm-se que considerar a vel. de dissol. real e a vel. de dissol.
aparente. Ex: um comprimido que para ocorrer a dissolução necessita da
formação de canalículos, porém mesmo que a área pareça aumentada o líquido
não consegue penetrar nesses orifícios antes de vencer a tensão de superfície
deslocando o ar.
o Além da área de superf. o tamanho das partículas pode influenciar na
solubilidade. Ex: (insulina forma amorfa, insulina semi-lenta, ou ( Prompt Insulin
Zinc susp. de ação imediata) e (insulina forma cristalina, insul. ultralenta, extend
insulin zinc susp. de liberação lenta).
o Para obter a dissolução de uma subst. é necessário vencer as forças
intermoleculares. (forças de Van der Waals, lig eletrovalentes, lig. de
hidrogênio....)

Mistura de solventes: é necessária para aumentar o poder de dissol. do veículo, ou


diminuir a irritação que um solvente pode causar. Pode-se utilizar adjuvantes para
auxiliar na dissolução e ou estabilidade dela.

1.4 Fatores que influenciam na solubilidade

o A forma amorfa é mais solúvel que a cristalina ex: insulina


o As moléculas hidratadas apresentam menor solubilidade que as anidras. ex:
penicilina anidra (sol. 10,1 mg/mL H2O), amp. Tri-hidratada (7,6 mg/mL H2O).
o Tamanho das partículas e agitação: quanto menor a partícula e maior agitação,
maior dissol.
o Constante di elétrica: quanto mais polar, maior cte dielétrica, mais solúvel.

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o pH: alguns compostos dentro de limites definidos podem assumir a forma de
íons solúveis.
o A temperatura na maioria dos casos aumenta a sol.
o Adição de hidrótopo: com auxílio de outra substância ocorre a dissolução da
outra. Ex: iodo/iodeto de sódio; AAS/ cafeína; ácido bórico/glicerina.
o Agentes tensoativos: utilizados como substâncias anfifílicas para aux. a
hidrodissol. ex: CMC/ TWEEN 20

1.5 Procedimento magistral para obter uma solução

o Calcular quantidade do soluto.


o Escolher o solvente ou sistema de solventes para solubilizar o soluto.
o Verificar a faixa de pH, temperatura de dissol., degradação com aquecimento....
o Verificar possibilidade de interação (fármaco-fármaco, fármaco-solvente).
o Verificar a necessidade de adjuvante: antioxidantes, tampão, corretivo de sabor,
corante etc...
o Verificar a ordem de adição de cada componente.
o Determinar a técnica de manipulação.
o Após concluída a ficha de manipulação proceder a execução das tarefas e
posteriormente, construir o POP.

1.6 Dicas para solubilidade, com a água

o Compostos orgânicos que possuem grupos polares capazes de formar pontes de


hidrogênio com a água são solúveis nesta. (OH, CHO, COH, CH2OH, COOH, NO2,
CO, NH2, SO3H). Quanto maior o no de Carbonos na molécula mais baixa é a
solubilidade.
o Introdução de átomos de halogênio em uma molécula tende, em geral, a
diminuir a solubilidade por aumento do peso molecular sem aumento
proporcional da polaridade.
o Quanto maior o no de grupos polares, maior a solubilidade de um composto,
sempre que o resto do composto não se altere.
o As posições dos grupos substituintes na molécula também influem na
solubilidade. Resorcinol (m-dibromobenzeno) > Pirocatecol (O-
dihidroxibenzeno) > Hidroquinona ( p-dihidroxibenzeno) .
o Os polímeros e compostos de alto peso molecular são geralmente insolúveis ou
pouco solúveis.
o Alto ponto de fusão indica pouca solubilidade.
o A forma cis de um composto é mais solúvel que a forma trans.

OBS: um bom solvente deve ser inerte, não irritar as mucosas, não ser tóxico.
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QUADRO1. TERMOS USUAIS EM SOLUÇÕES

Termos Quantidade relativa de solvente, em


volume, para 1 parte do soluto, em
massa.
Muito solúvel Menos de 1 parte
Facilmente solúvel De 1-10 partes
Solúvel De 10-30 partes
Ligeiramente sol. De 30-100 partes
Pouco solúvel De 100-1000 partes
Muito pouco solúvel De 1000-10000 partes
Praticamente insolúvel Mais de 10000 partes

1.7 MODO DE EXPRIMIR A CONCENTRAÇÃO DAS SUSTÂNCIAS EM SOLUÇÃO

o p/v- xg do soluto/100mL da solução


o p/p- xg do soluto/100g da solução
o v/v- 100mL do soluto/100mL da solução
o v/p-xmLdo soluto/100g da solução
o ppm
o mEq

1.8 Solventes usuais: água, acetona, álcool etílico, álcool Isopropílico, propilenoglicol,
glicerina, sorbitol, dietileglicol, polietilenoglicol 400 e 600, clorofórmio, éter, óleos
fixos, óleo mineral..

1.9 Para manipular

a) Água Conservante : ( Farmacopéia Suíça).

Metil parabeno (nipagin) .............................. 700mg

Propil parabeno ( nipazol) ............................. 300mg

Água purificada q.s.p. .................................. 1000mL

USO: veículo de preparações medicamentosas.

Classificação:

Técnica: Preparação OFICINAL

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Prazo de Validade: 03 anos (sob refrigeração).

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOLUÇÃO


CONSERVANTE

DISCUSSÃO: Metilparabeno (% de uso, aplicabilidade, incompatibilidade e


características fis-quím.)

b) Para a menor: Rafaela Uso: interno

Cloreto de sódio ............................................ 8,0%

Cloreto de potássio .......................................0,10%

Cloreto de cálcio ............................................0,40%

Bicarbonato de sódio .....................................0,10%

Água purificada q.s.p. ................................... 100 mL

Posologia: Dar á vontade

Dr. Tiago Andrada CRM 5890

Classificação:

Técnica:

Prazo de Validade: 14 dias (sob refrigeração).

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOLUÇÃO DE


RINGER E LOCK

DISCUSSÃO: descrição da água purificada, métodos de obtenção.

c) Para a menor: Mariana Uso: externo

Violeta de Genciana ...................................... 2,0%

Lidocaína ...................................................... 2,0%

Sacarina sódica .............................................. 0,1%

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Água purificada q.s.p. ....................................30 mL

Posologia: Aplicar 2 vezes ao dia após higiene do local

Dr. Pedro Altamires CRM 7479

Técnica: (Preparação Oficinal Farm. Bras.)

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO...

DISCUSSÃO: adstringente, anti-séptico, lesões mucosa bucal, Violeta genciana ( nome


químico, toxicidade, aplicabilidade e característica do fármaco).

d) Para a Sra: Mariza Uso: interno

Polietilenoglicol........................................... l236,00g

Sulfato de Na ............................................... 22,74g

Bicarbonato de Na ......................................... 6,74g

Cloreto de Na ................................................ 5,86g

Cloreto de Potássio ....................................... 2,97g

Água purificada q.s.p. .................................. 4800 mL

(Manipular para 200 mL)

Posologia: Tomar 240 mL a cada 15 min. Até consumir 4,0 L

A ingestão deve ser rápida, a evacuação deve ocorrer após 1 hora de ingestão.

Dr. Pedro Altamires CRM 747

Técnica: prep. utilizada antes de cirurgia ou intervenção ecográfica, para lavagem do


cólon

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


preparações Manipuladas
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POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DA SOL. DE
LAVAGEM DO COLON.

DISCUSSÃO: colonoscopia, bisacodil, citrato de sódio, modo de ação, classificação


farmacológica, sintomas que o paciente deverá sentir, procedimentos para dieta.

e) Exercícios pós-prática

Para a menor: Isabela Uso: interno

Cloreto de sódio ............................................ 0,9%

Água destilada q.s.p. .................................... 100 mL

Dar á vontade

Dr. Tadeu Andrade CRM 5690

Técnica: Deve ser registrado na ficha de manipulação (relatório), qual será realizada em
equipe sob supervisão do professor e visto do mesmo (ao final de cada aula), de modo
que todos tenham subsídios para construir o POP (este deve ser entregue na aula
posterior à prática).0bs: quando solicitado

Prazo de Validade: 14 dias (sob refrigeração). Deve ser realizada de acordo com POP
para determinação do Prazo de Validade

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOLUÇÃO


FISIOLÓGICA (deve ser entregue um POP por equipe, somente da formulação
realizada em aula prática, este deve conter os itens abaixo).

Modelo de POP

LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA EXTRAÇÃO
CÓDIGO POP – 10
ALCCÓLICA POR PERCOLAÇÃO
EXTRAÇÃO ALCOÓLICA POR PERCOLAÇÃO FOLHA 5 DE 5

TÍTULO: (letra maiúscula, arial 14), os demais arial 12.

OBJETIVO: APLICABILIDADE:LOCAL: RESPONSABILIDADE: CÁLCULOS: FÓRMULA:


EQUIPAMENTOS: EPIs: CONFERÊNCIA DA

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FORMULAÇÃO:DISPENSAÇÃO:PROCEDIMENTO: (técnica clara, objetiva e precisa) e
REFERÊNCIAS:

Todas as folhas do POP devem conter cabeçalho e número de página. Todo POP
deverá vir acompanhado de uma discussão em anexo sobre o produto que está sendo
manipulado

OBS: DISCUSSÃO: Milhões de crianças morrem de diarréia, trata-se de uma resposta


fisiológica a intoxicações decorrentes de infecções virais (rotavírus, vibrio col.) ou
enterobactérias.

(Escherichia coli, Staphylococcus sp). A referida formulação atua como repositor de


eletrólitos. A diarréia crônica pode evoluir para diminuição progressiva do vol.
Sanguíneo, acidose metabólica, síncope, vômito e desnutrição. As formas
farmacêuticas mais usuais são soluções, suspensões e pós para reconstituição
extemporânea. A conduta Farmacêutica é indicar um hidratante de uso oral e
encaminhar o mais rapidamente possível ao posto de saúde ou Hospital infantil.

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Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica III

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No02: Soluções/ Preparações Antissépticas

Aluno:

2.0 Antisséptico: toda substância que aplicada sob germes, os torna inócuos, pela sua
destruição ou impedimento de sua proliferação. Refere-se especialmente à aplicação
externa em tecidos vivos. Quando utilizados internamente quimioterápico).

Germistático: Propriedade de inibir os microorganismos.

Germicida: Propriedade de destruir os microorganismos.

• Propriedades: (Antissépticos)
• Poder germicida;
• Conservar atividade na presença de líquidos orgânicos;
• Indíce terapêutico adequado.

2.1 Desinfetante: Substância ou preparação que tem o poder de destruir


microorganismos patogênicos. Aplicado a objetos inanimados. Ex ( bancadas,
equipamentos...)

Asséptico: caracteriza-se pela ausência de microorganismos patogênicos.

• Propriedades: (Desinfetantes)
• Alta eficiência germicida;
• Largo espectro antimicrobiano: ( bactérias, fungos, esporos, vírus, protozoários);
• Capacidade de penetração em cavidades;
• Compatível com sabões e com outras subst. químicas;
• Alto grau de estabilidade química;
• Não corrosivo;
• Cor e odor agradáveis;

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• Baixo custo.

Estéril: livre de qualquer forma de vida, toxinas e ou partículas provenientes de


microorganismos (pirogênio ).

2.2 Forma de uso: ao se usar uma solução tópica deve-se limpar bem a área, limpar
os dedos que vão promover a massagem. Após aplicar 2-3 gotas sobre a área e
massagear delicadamente, os pós devem ser colocados em todas as áreas necessárias e
no caso de pé de atleta também nas meias e sapatos.

a) Para a menor: Julieta Uso: externo

Ácido bórico ..................................................... 3,0%

Metilparabeno ................................................. 0,1%

Carvão ativo ...................................................... 0,2%

Água purificada q.s.p. ...................................... 100 mL

Posologia: Aplicar uma vez ao deitar-se

Dr. Tiago Andrada CRM 7777

Indicação: antisséptico

Classificação:

Técnica:

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE Água


Boricada

DISCUSSÃO: Pirogênios

b) Para a menor: Juliana Uso: externo

Äcido salicílico .............................................. 0,1%

Ácido benzóico .............................................. 1,0%


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Tintura de iodo à 10% ....................................10,0%

Glicerina .......................................................10,0%

Álcool 70o GL q.s.p. ........................................50 mL

Indicação: antifúngico

Aplicar uma vez ao dia, após higiene local, por doze meses.

Dr. Tiago Andrade CRM 7774

c. Tintura de Iodo:

Iodo ressublimado ......................................... 6,5%

Iodeto de sódio ............................................. 2,5%

Água purificada .............................................10,0%

Álcool absoluto q.s.p .................................... 100mL

I + NaI Na I ( essa reação impede que ocorra a formação de iodeto etílico a partir da
interação iodo álcool, que inibe ação antibacteriana da tintura. O triiodeto de sódio é
solúvel em água característica positiva caso este seja dil. em água para uso doméstico
ou em clínicas.

Classificação:

Técnica I; Técnica II eTécnica III

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE FÓRMULA


PARA MICOSE DE UNHA.

DISCUSSÃO: tíneas que produzem micoses de unha, características da patologia modo


de identificação.

d. Para o menor: Julio Uso: externo

Äcido salicílico .................................................. 0,1%


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Ácido benzóico .................................................. 1,0%

Ácido bórico ...................................................... 3,0%

Álcool 60o GL q.s.p............................................ 50mL

Indicação: antifúngico

Posologia: Aplicar uma vez ao dia, após higiene local, por doze meses.

Dr. Tiago Andrade CRM 7774

Classificação:

Técnica I

Técnica II

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE FORMULA


PARA MICOSE DE UNHA.

DISCUSSÃO: Micose de unha, fungos mais freqüentes, fármacos utilizados no


tratamento, forma de ação sobre o metabolismo do agente patógeno, formas de
investigação clínico laboratorial, conduta farmacêutica. ( 3 fármacos).

e. Para a menor: Judite Uso: externo

Gluconato de clorexidina ...............................3,12%

Tintura de malva ...........................................10,0%

Propilenoglicol ..............................................10,0%

Álcool diluído q.s.p. .......................................50 mL

Posologia: Aplicar uma vez ao dia, após higiene local, por 15 dias.

Dr. Tiago Andrade CRM 7774

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Indicação: antisséptico de amplo espectro, bactérias Gram + e - inclusive Pseudomonas
aeruginosa. 4 % utilizado como produto de limpeza para instrumentos cirúrgicos, para
lavar as mãos, como agente de limpeza de feridas.

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA SOL. GLUCONATO DE


CLOREXIDINE.

DISCUSSÃO: Gluconato de Clorexidine para combate a gengivite e Placa bacteriana,


dose usual, estrutura química, características fis-químicas, espectro de ação, sobre
dose pode causar que sintomas nos dentes.

e. Para a menor: Jair Uso: externo

Äcido salicílico .............................................. 0,1%

Ácido benzóico .............................................. 1,0%

Tintura de iodo à 10% ....................................10,0%

Glicerina .......................................................10,0%

Álcool 70o GL q.s.p. ........................................50 mL

Indicação: antifúngico no tratamento de halopécia

Posologia: Aplicar uma vez ao dia, após higiene local, por 60 dias.

Dr. Tiago Andrade CRM 7774

f. Para a menor: Josué Uso: externo

Minoxidil ...................................................... 2,0%

Propilenoglicol ..............................................10,0%

Álcool 600 GL q.s.p. ....................................... 100mL

Classificação:

Técnica I
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Técnica II

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE FÓRMULA


PARA MICOSE DE COURO CABELUDO.

DISCUSSÃO: Micose de couro cabeludo, fungos mais freqüentes, fármacos utilizados no


tratamento, forma de ação sobre o metabolismo do agente patógeno, formas de
investigação clínico laboratorial, conduta farmacêutica. (3 fármacos). Que tipo de
agente patógeno é reconhecidamente causador da “frieira”?

g. SOLUÇÃO DE HIPOSSULFITO DE SÓDIO

Hipossulfito de Sódio ...................................... 40g

Água destilada q.s.p. .................................... 100mL

h. SOLUÇÃO ALCOÓLICA DE IODO - Fórmula da Farmacopéia Brasileira II e III

Iodo ............................................................... 20g

Iodeto de sódio ou potássio ............................ 25g

Álcool 70% .................................................. 1000mL

I. SOLUÇÃO DE POLIVINILPIRROLIDONA IODO (PVPI)

PVPI (10% de iodo ativo) ................................. 10g

Água destilada q.s.p ..................................... 100 mL

j. SOLUÇÃO DE D-PANTENOL

D – pantenol .................................................. 5,0g

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Álcool 70% q.s.p. .......................................... 100 mL

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Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica III

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No03

Aluno:

3.0 Preparações Oftálmicas, otorrinolaringológicas e odontológicas:

Destinam-se à aplicação nas mucosas, gengiva, faringe, nariz, ouvido e olhos.


Apresentam-se em sua maioria líquidos, aerossóis, sólidos e semi-sólidos. Podem
apresentar ação sistêmica ou local.

3.1. Soluções: Cavidade bucal e garganta incluindo-se odontológicas

• Colutórios: medicamentos viscosos ou semilíquidos usados sobre a mucosa bucal ou


gengival. (polialcoois: glicerol, sorbitol, CMC, propilenoglicol e polietilenoglicol)
• Gargarejo: medicamentos líquidos empregados em lavagens antissépticas da boca e
garganta sem serem deglutidas.
• Preparações para garganta: (soluções, suspensões, emulsões, géis, melitos, pirulitos,
pastilhas, aerosóis)

Relembrando: Antisséptico: Toda substância que aplicada sob germes, os torna


inócuos, pela sua destruição ou impedimento de sua proliferação. Refere-se
especialmente à aplicação externa em tecidos vivos.

Quando utilizados internamente, (quimioterápico).

Germistático: Propriedade de inibir os microorganismos.

Germicida: Propriedade de destruir os microorganismos.

• Propriedades: (Antissépticos)
• Poder germicida;
• Conservar atividade na presença de líquidos orgânicos;
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• Índice terapêutico adequado.

3.2 Exercícios:

a. Para a menor: Gabriela Uso: externo

Fenosali ....................................................... 1,0%

Borato de sódio ............................................ 0,6%

Ácido tânico .................................................. 0,2%

Água de menta ..............................................10,0%

Água purificada q.s.p. ................................... 100 mL

Fazer gargarejo duas vezes ao dia

Dr. Arquimedes CRM 74077 Indicação: antisséptico

Classificação: (Prep. Extemporânea)

Técnica:

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL. DE


FENOSSALIL.

DISCUSSÃO: Afecções da boca e garganta, causa provável, agentes agressores,


fármacos utilizados, conduta farmacêutica.

b. Para a menor: Renata Uso: externo

Lisofórmio ........................................................ 1,0%

Mentol ............................................................. 0,3%

Timol ................................................................ 0,3%

Álcool absoluto ................................................ 10,0%

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Água purificada q.s.p. ....................................... 100mL

Fazer gargarejo após escovação

Dr. Arquimedes CRM 74077

Indicação: antisséptico, problemas endodônticos (listerine)

Classificação: (Prep. Extemporânea)

Técnica:

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL. DE


LISTERINE.

DISCUSSÃO: Afecções da gengiva, causa provável, placa dentária causas e


conseqüências, agentes agressores, fármacos utilizados, problema periodontal e
conduta farmacêutica.

c. Preparações da cavidade auditiva: (OTOLÓGICAS)

Utilizadas na forma de anestésicos local, agentes de limpeza (peróxidos),


antimicrobianos, antifúngicos, soluções de limpeza e remoção do cerúmen, soluções de
aquecimento e secagem do ouvido externo. São introduzidos no canal auditivo como
gotas otológicas, soluções irritantes pomadas e insuflações. Os pós são pouco utilizados
em insuflações no ouvido, devido pequena quantidade de líquidos no ouvido estes
podem promover o aumento de cerúmen.

d. Para a menor: Rafael Uso: externo

Carbonato de sódio ...................................... 3,0%

Glicerol ........................................................10,0%

Água purificada q.s.p. ................................... 100mL

Indicação: remoção do cerúmen, (ouvido). Aplicar 2 gotas ao deitar-se.

Dr. Pedro CRM 7147

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Indicação:

Classificação:

Técnica:( incluir como se obtém a glicerina sua fórmula química, ação na form, PM e
densidade.

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL.


GLiCEROCARBONATA.

DISCUSSÃO: Otite, agentes agressores, fármacos utilizados, e conduta farmacêutica.


Ocorrência maior, podendo estar associado a gripes e ou infecções de garganta.
Formas farmacêuticas mais usuais.

e. Para a menor: Cristina Uso: externo

Fosfato monosódico ..................................... 0,6%

Fosfato dissódico ........................................... 0,5%

Cloreto de sódio ............................................ 0,4%

Cloreto de benzalcônio ..................................0,02%

Água purificada q.s.p. ................................... 100mL

Indicação: Aplicar 2 gotas ao deita, antisséptico.

Dr. Miguel CRM 7197

Classificação:

Técnica: (essa prep. deve ser autoclavada, podendo ser preparada na forma de
suspensão)

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL.


ANTISSËPTICA.
23
DISCUSSÃO: Otite, agentes agressores, fármacos utilizados, e conduta farmacêutica.
Ocorrência maior, podendo estar associado a gripes e ou infecções de garganta.
Formas farmacêuticas mais usuais.

3.3 Preparações da cavidade Nasal: Errinos ou Gotas nasais

Destinadas ao uso local sobre a mucosa nasal respiratória ou pituitária, como


antiinfecciosos, vasoconstrictores, anticongestivos. Em sua maioria são preparadas com
água purificada e ou propilenoglicol que apesar deste possuir viscosidade e elevada
ação hemolítica, apresentam sintomas de agressividade contra a mucosa nasal. Dentre
as características farmacotécnicas de uma preparação nasal espera-se:

• Possuir pH situado entre 6,5-8,3


• Isotonia (tonicidade que não interfira com a motilidade dos cílios)
• Não modificar a viscosidade normal do muco nasal.
• Ter certa capacidade tampão (fosfato)
• Ser compatível com a atividade dos cílios e com os constituintes iônicos da
secreção nasal
• Ser compatível com os fármacos
• Possuir estabilidade
• Conter agentes antimicrobianos em quantidade suficiente para inibir o
crescimento das bactérias que nele sejam introduzidas pelo conta gotas
utilizado para adminstrar o medicamento ( clorobutanol 0,5% ou cloreto de
benzalcônio 0,01%)
• Ser estéril

a) Para a menor: Cibelle Uso: externo

Ácido bórico ..................................................10,0%

Eucaliptol ...................................................... I gota

Polisorbato 60 ............................................... 0,4%

Água purificada q.s.p. ...................................30,0mL

Indicação: Aplicar 2 gotas ao deitar, antisséptico, fluidificante do muco nasal e


descongestionante..

24
Dr. Miguel CRM 7397

Classificação:

Técnica: ( essa prep. deve ser autoclavada, podendo ser preparada na forma de
suspensão)

Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para


Preparações Manipuladas

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL. NASAL.

DISCUSSÃO:Congestão nasal, fármacos utilizados, e conduta farmacêutica. Ocorrência


maior, podendo estar associado a gripes e ou infecções de garganta..... Formas
farmacêuticas mais usuais.

b) Para a menor: Magali Uso: externo

Fosfato de potássio monobásico ................... 40mg

Fosfato de potássio dibásico .......................... 90mg

Cloreto de sódio ........................................... 630mg

Cloreto de benzalcônio .................................. 10mg

Água estéril para injetáveis q.s.p. ................... 15mL

Indicação: Aplicar 2 gotas ao deitar-se, antisséptico e descongestionante.

Dra.Margarete CRM 1512

Classificação:
Técnica: (essa prep. deve ser autoclavada)
Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para
Preparações Manipuladas.
POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL.
DESCONGESTIONANTE.
DISCUSSÃO: Rinite alérgica, agentes causadores, fármacos utilizados, e conduta
farmacêutica. Ocorrência maior, podendo estar associado a época do ano, hábitos de
higiene ambiental, profissão e outras patologias.... Formas farmacêuticas mais usuais.

25
c)Para a menor: Viviam Uso: externo

Cloridrato de atropina ...................................... 0,5%

Cloreto de sódio ............................................... 0,05 %

Água para injetáveis q.s.p. .............................. 30,0mL

Indicação: Aplicar 2 gotas ao deitar-se.

Dr. Miguel CRM 7397

Classificação:
Técnica: descrição da atropina, ação farmacológica, toxicidade
Prazo de Validade: de acordo com POP: Atribuição do Prazo de Validade para
Preparações Manipuladas.
POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE SOL. NASAL.
DISCUSSÃO:Congestão crônica das vias aéreas, implicações do uso continuado de
fármacos descongestinantes. Fármacos e formas farmacêuticas usuais, conduta
farmacêutica.

26
Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica I

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No04 e 05

4.1 Definição

a) Xarope: b) elixir: c) melito: d) oximelito

4.2 Tipos: Simples, compostos, p/ diabéticos

a) Xarope Simples: ( Farm. Brasileira) b) Xarope para diabéticos:

Sacarose 850,0g CMC 1-2%

Água purificada q.s.p. 1000,0mL Ciclamato/sacarina q.s. 0,1%

Conservante q.s.

Água purificada q.s.p. 100,0 mL

4.3 orientações para manipulação do xarope:

a) temperatura de dissolução: 65C°

b) verificação da quantidade de água A= 0,033X S X D

A= quantidade de água

S= peso do xarope aquecido

D= número de graus Be que excede 35° Be

c) determinação do pH

27
d) determinação da viscosidade

e) determinação da densidade

4.4 Procedimento magistral para obter uma solução açúcarada:

o Calcular quantidade do soluto.


o Escolher o solvente ou sistema de solventes para solubilizar o soluto.
o Verificar a faixa de pH, temperatura de dissol., degradação com aquecimento....
o Verificar possibilidade de interação (fármaco-fármaco, fármaco-solvente).
o Verificar a necessidade de adjuvante: antioxidantes, tampão, corretivo de sabor,
corante etc...
o Verificar a ordem de adição de cada componente.
o Determinar a técnica de manipulação.
o Após concluída a ficha de manipulação proceder a execução das tarefas e
posteriormente, construir o POP.

Observar dicas para solubilidade, em água.

5) Exercícios

a) Para a menor: Isabela Uso: interno

Maleato de clorfeniramina 0,4%

Glicerina 25mL

Xarope Simples 83mL

Solução de sorbitol 282mL

Benzoato de sódio 1,0g

Álcool abs. 60,0mL

Corante e flavorizante q.s.

Água purificada q.s.p. 1000mL

Dar 5mL a cada 12 horas.

28
Dr. Tiago Andrada CRM 5678

Classificação:

Indicação: anti-histamínico

Prazo de Validade. Deve ser realizada de acordo com POP para determinação do Prazo
de Validade

DISCUSSÃO: Uso de conservantes, p/ prep. orais ( benzoato de sódio, metile propil


parabeno e associção destes .

b) Xarope de iodeto de potássio:

Para o menor Jair uso int

KI 150mg

Tintura de guaco 1,0%

Flavorizante q.s.

Corante q.s

Xarope simples q.s.p. 100mL

Posologia: adulto: 1 collher de sopa (3 vezes ao dia)

USO: expectorante e antitussígeno.

Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE

DISCUSSÃO: Padrões microbiológicos p/ prep. farmacêuticas.

29
c) Para a menor: Rafaela Uso: interno

Cacau em pó 18,0g

Sacarose 45,0g

Glicose líquida` 8,0g

Glicerina 5,0g

Benzoato de sódio 0,2g

Vanilina 0,02g

Água purificada q.s.p. 100mL

Tomar 5 ml 3x ao dia

Dr. Tiago CRM 5676

Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE

DISCUSSÃO: Combinação de conservantes

d) Para a menor: Mariana Uso: interno

Mel 50,0g

Xarope simples 40,0 ml

Água purificada 50,0mL

Caulin 4,0g

Tintura de agrião 10,0 mL

Água purificada q.s.p. 100mL

Posologia: 3 mL (2 vezes ao dia.)

30
Dr. Pedro Altamires CRM 747

Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE......

DISCUSSÃO: Mel, legislação ANVISA sobre a presença de álcool na preparação


medicamentosa, qualidade sanitária do mel, características físico-químicas do mel para
prod. de medicamentos.

e) Para a Sra: Maria Uso: interno

GOMA adraganta 1,5 %

Tintura de Cephaelis ipecacuanha 0,1%

Glicerina 6,0%

Metil parabeno 0,1%

Água purificada q.s.p. 100mL

Tomar 2,0mL a cada 12 horas

Dr. Pedro Ramires CRM 747

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO ......

DISCUSSÃO: edulcorantes permitidos p/ uso farmacêutico.

6 .0 Exemplos:

a) Xarope de goma Xantana:

Goma xantana 0,5%

Sacarina sódica 0,10%

Aspartame 0,20%

Propilenoglicol 5,0%

Xarope simples q.s.p. 100mL

31
Indicação veículo POP 336 em sala

b) Xarope de sorbitol

Benzoato de Na 0,35%

Sorbitol pó 70%

Äcido cítrico 0,14g

Água purificada q.s.p. 100mL

Indicações: imcorporar quelatos e minerais.POP 337

c)Xarope tamponado de fosfato 5,5

Sacarose 65%

Nipagin 0,20%

Solução Tampão Fosfato pH 5,5 q.s.p. 100mL

Indicação : veículo POP 349

d) Xarope Suspensor

Carmelose sódica 0,30%

Silicato de alumínio e magnésio 1,0%

Sacarose 70%

Benzoato de Na 0,50%

Nipagin 0,15%

Água purificada qsp. 100mL

32
33
Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica III

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No :06

Aluno:

6.0 Definição suspensão:

6.1 classificação:

6.2. Componentes: fármacos, agentes umidificantes do fármaco (surfactante EHL (7 e


9)), agentes de viscosidade, agentes de ajuste de pH, agentes aromatizantes,
adoçantes, corantes e conservantes.

6.3 Métodos de obtenção:

a) sólido + líquido víscoso

b) (sólido + suspensor) + líquido

c) (sólido + molhante)+ ( líquido +suspensor)

QUADRO I- PROPRIEDADES DAS SUSPENSÕES

Propriedades Floculadas Defloculadas


Vel de sedimentação Rápida Lenta
Sobrenadante Límpido Turvo
Sedimento Volumoso Compacto
redispersibilidade Fácil difícil

34
6.3 Controle de Qualidade: fotomicroscopia ( determinação da forma das partículas,
seu tamanho e floculação), contador de Coulter (determina a distribuição de tamanho),
estabilidade física e o grau de sedimentação ou floculação, viscosidade do produto
final, densidade, controle microbiológico e testes de envelhecimento.

6.4 Classificação:

a) Magmas ou leite: são suspensões aquosas de fármacos insolúveis e inorgânicas,


diferem dos géis principalmente em relação ao tamanho das partículas em suspensão.
São espessos e viscosos de comportamento tixotrópico.

Ex.: Magma de Bentonite preparado por hidratação simples.

-- Modo de preparo: espalhar 50g de bentonite aos poucos em H 2O purificada quente


(800g), esperar 24h, adicionar até 100g e misturar.

b) Mistura: são líquidos para uso oral contendo 1 ou mais substâncias ativas
dissolvidas, suspensas ou dispersas em um veículo adequado, preparado por agitação
mecânica. Rótulo (agite a mistura).

Ex.: Cloreto de Amônia 100g

Sol. de Amônia Aromática 50ml

Extrato líquido 100ml

H2O q.s.p. 1000ml

6.5 Mistura de Caulim com Pectina

Veegum 0,85g

CMC sódica 0,22g

H2O purificada 79,12g


35
Caulim 17,50g

Pectina 0,44g

Sacarina 0,09g

Glicerina 1,75g

Loções: são preparações líquidas ou semilíquidas que contem um ou mas substâncias


ativas em um veículo apropriado, antimicrobianos, estabilizantes. Estas devem ser
aplicadas sobre a pela integra sem fricção. As partículas devem estar finamente
divididas. Loções são consideradas suspensões de sólido em meio aquoso e algumas
loções são na verdade emulsões ou soluções.

a. Loção de Calamina I

Óxido de zinco 80g

Glicerina 20g

Magma de Bentonite 250ML

Sol. Tópica de Ca(OH)2 q.s.p. 1000ml

b. Loção de Calamina II

Calamina 8g

Òxido de Zinco 8g

Glicerina 2ml

Gel de avicel ® 2ml

(Celulose microcristalina)
36
CMC 2g

Sol. de CaOH2 q.s.p. 100ml

Técnica : misturar 45 g de avicel mais 55g de H2O em misturador elétrico.

6.6) Exercícios:

a) Para a menor: Isadora Uso: interno

Ampicilina Xxxxg
Aroma 0,5g
Benzoato de Na 0,15g
Sacarina Na 0,3g
CMCNa 0,5g
Açúcar Cristal pulverizado 40,0g

Mde suspensão Extemporânea 250mg/5mL

Dar 5mL a cada 8 horas

Dr. ALVARO CRM 5678

Classificação:

Indicação: antibiótico

Prazo de Validade. Deve ser realizada de acordo com POP para determinação do Prazo
de Validade
37
DISCUSSÃO: Amoxicilina e Ampicilina, espectro de ação, indicação de uso, esclarecer a
diferença entre antibióticos de primeira e segunda escolha.

b) Suspensão de Hidróxido de Magnésio

Sulfato de magnésio 30g


Hidróxido de sódio 10g
Água purificada q.s.p. 100mL
Aroma de Anis q.s.

Pesquisa de sulfatos: sobrenadante acidificado com Hcl diluído e acrescido de


1mL com cloreto de bário. (precipitado branco)

c) Suspensão para Queimaduras (CALAMINA)

Para: Cláudia Uso externo

Calamina 8,0 g
cânfora 0,1g
Extrato fluido Camomila 2,0g
Glicerina 8,0g
CMC 1,5g
Polisorbato 80 0,2g
Benzoato de sódio 0,2g
Água destilida q.s.p 100g

Dra. Luiza CRM 9999

Aplicar sobre a pele (3 vezes ao dia)

38
Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE DISCUSSÃO:


fisiologia da epiderme, Como ocorre a cicatrização? fármacos utilizados em
queimaduras. Filtro solar e fator de proteção.

d) Para a menor: Rafaela Uso: externo

ÓXIDO DE ZINCO 18%


Amido 18%
CMC 5%
Água de cal com Glicerina 90:18mL 50mL
q.s.p

Aplicar 5 ml 3x ao dia

Dr. Tiago CRM 5676

Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE ......

DISCUSSÃO: indicação de uso da Pasta d’agua, modo de ação, fármacos associados,


modo de aplicação sobre a pele, especificidade no armazenamento, queimadura solar.

e) Para a menor: Mariana Uso interno

Gel MC 2% 50%
Gicerina 10%
Sacarina 0,2%
Extrato liofilizado de espinheira 0,1%
santa
39
Água q.s.p. 100,0

Posologia: 3 mL (2 vezes ao dia.)

Dr. Pedro Altamires CRM 747

Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO

DISCUSSÃO: úlcera gástrica, bactérias envolvidas, exame clínico, fármacos usuais.

40
Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica III

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No07

Aluno:

7.1 PREPARAÇÕES TÓPICAS SEMI-SÓLIDA

Segundo a F. Bras IV, preparações tópicas semissólidas são aquelas previstas para
aplicação na pele ou em certas mucosas para ação local ou penetração percutânea de
medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora. As preparações
destinadas ao uso oftálmico, ao tratamento de feridas ou à aplicação sobre lesões
extensas da pele devem satisfazer às exigências do teste de esterilidade.
Distinguem-se 4 categorias de preparações semissólidas:

pomadas cremes
géis pastas

7.2GEL

Géis são preparações farmacêuticas constituídas por uma dispersão bicoerente e fase
sólida em fase líquida.
Géis hidrofílicos são preparações obtidas pela incorporação de agentes gelificantes -
tragacanta, amido, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e silicatos duplos
de magnésio e alumínio - a água, glicerol ou propilenoglicol. Dependendo do tipo e
concentração de gelificante temos géis para diversos usos como: lubrificantes de
catéter e instrumentos cirúrgicos, em oftalmologia, como base dermatológica etc.

a.GEL DE NATROSOL

Natrosol HHR....................................................3,0%

Propilenoglicol..................................................5,0%

41
Nipagin.............................................................0,15%

Germall 115.......................................................0,3%

Água destilada.... q.s.p....................................100,0%

b. Gel DE CARBOPOL

Carbopol 940 ....................................................................1%

Propilenoglicol...................................................................5%

Nipagin ........................................................................ 0,15%

Germall 115................................................................... .0,3%

Trietanolamina....ou sol. de NaOH (10,0%) ...q.s.p. pH 6 ~7

Água destilada q.s.p................................................. 100%

c) GEL REDUTOR CRIOGÊNICO

Mentol......................................................1,0g

Cânfora.....................................................0,4g

Álcool etílico......................................... 15 mL

Polissorbato 80 (Tween 80 )........... .6,5 g

Corante................................................... q.s.

Gel de Carbopol 940 ......... q.s.p. 100 mL

d) GEL COM ÁCIDO GLICÓLICO

42
Ácido Glicólico.........................................................5,0%

Gel de Natrosol®.........q.s.p..............................100,0%

7.3 POMADAS

Pomadas são preparações tópicas constituídas de base monofásica na qual podem


estar dispersas substâncias sólidas ou líquidas.

a) Pomada Branca
(USP XXI)

Cera branca...............................................5g

Vaselina sólida.......................................95g

b) POMADA DE NITROFURASONA

Nitrofurasona......................................... 0,2g

Polietilenoglicol 4000............................. 20g

Polietilenoglicol 1500............................. 24g

Polietilenoglicol 400............................... 16g

Propilenoglicol.......q.s.p..........................100g

POMADA DE ÓXIDO DE ZINCO


(USP 21 ed.)

Óxido de zinco................................................200g

Vaselina líquida.............................................150g

43
Pomada branca.............................................650g

Para obter.....................................................1000g

PASTAS

Pastas são pomadas contendo grande quantidade de sólidos em dispersão. Em geral


contém mais de 20% de pós finamente pulverizado na formulação. Apresentam
consistência macia e firme, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de
água ou de exsudados.

Em geral, as preparações semi-sólidas são obtidas em duas etapas. Inicialmente, são


preparadas as bases, conhecidas como excipientes, e, numa segunda fase, os fármacos
são incorporados. Os excipientes devem ter certas características como não serem
irritantes ou sensibilizantes, devem ser neutros em relação ao pH (ou aproximar-se ao
pH da pele), compatíveis com os fármacos que lhe serão incorporados, ter plasticidade
e liberar, eficientemente, o fármaco na dose especificada.

Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica I

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No 08,09,10,11 e 12.

Aluno:

1) Definição emulsão: sistema que consiste em duas fases líquidas imiscíveis, uma das
quais encontra-se dispersa no meio da outra na forma de finas gotículas. Um terceiro
agente estabilizador chamado agente emulsificante. Fase dispersa – descontínua, fase
dispersante – contínua. A maioria possui gotículas c/ diâmetro entre 0,1-100 μm.
Glóbulos peq. Exibem comportamento coloidal e estabilidade de uma dispersão
coloidal. O interesse consiste em tornar alguns óleos mais palatáveis e poder

44
administrar simultaneamente subst. imiscíveis., tanto uso oral, tópico como parenteral
(infusão parenteral). Além de possuir larga aplicação na dermatocosmética.

2) classificação:

3)Componentes:

4) Tipo:

O/A, A/O,

A/O/A, O/A/O (emulsões múltipas, interesse liberação e retardada de fármacos)

Microemulsões: sistemas transparentes homogêneos e estáveis


termodinamicamente, podendo se formar de forma espontânea qdo os
componentes são misturados na proporção apropriada. Estas podem ser
dispersões de água em óleo ou óleo em água, mas o tamanho das gotículas é
muito menor que 5-140nm do que nas emulsões grosseiras. Deve possuir uma
conformação micelar com uma tensão interfacial bastante baixa, tal fato se
consegue com auxílio de um agente anfifílico secundário o co-tensoativo
geralmente um álcool de cadeia média. Embora as microemul. Sejam mais
transparentes, apresentem boa estabilidade do que as emulsões ditas grosseiras
elas necessitam de muito mais tensoativo, o que pode restringir seu uso.

5) Finalidade: Oral ou Tópico

6)Métodos de obtenção:

White, determinou que para a obtenção de uma emulsão tem-se que inserir trabalho
no sistema para reduzir a fase interna em pequenas gotículas e dispersa-las através da
fase externa.( almofariz, graal ou emulsificador de alta velocidade).

a) Goma seca: adição da fase externa à fase interna:

Primeiro faz-se a adição da fase externa (água) sobre a fase interna (óleo),
promove a emul. A/O devido haver maior qtidade da fase oleosa, adiocionando-
se mais água há uma inversão de fases formando O/A. Este método incorpora ao

45
óleo, os emulsificantes hidrofílicos como acácia, g. arábica e MC, posteriormente
se incorpora a água. (4p óleo/ 2p água/ 1p goma)

b) Goma úmida: esse é geralmente o método mais satisfatório de preparação


das emulsões, desde que exista excesso da fase externa. Se for O/A ( externa
água, interna óleo), as substâncias hidrossolúveis são dissolvidas em parte da
água e as lipossolúveis em óleo. A mistura oleosa é misturada a fase aquosa
em pequenas porções com cte agitação, para que se tenha um cisalhamento
adequado, lembrando que após a formação da emulsão primária, coloca-se o
restante d’água.
c) Misturar ambas as fases após aquecimento: esse método é utilizado quando
ceras, emulgentes solúveis em óleo e os óleos devem ser fundidos e
completamente misturados. Os componentes hidrossolúveis devem ser
dissolvidos em água e aquecidos a uma temperatura superior aos óleos, então
deve-se verter a fase aquosa sobre a oleosa agitando cerca de 5 minutos
ainda sob calor ou após mistura devem ser tamisadas ainda quente.
d) Adição alternada das duas fases ao agente emulgente.; uma porção de óleo
acrescido de Ag. emulsificantes sol em óleo e reservar então preparar uma
porção de água e agentes emulsificantes sol. em água. Então com auxílio de
um tamís adicionar fase Aq sobre fase Oleosa, até que a emulsão esteja
formada. Então porções adicionais são acrescentadas. ( alta conc de agentes
emulsificantes na primeira fase torna a emulsificação mais fácil e alta
viscosidade proporciona uma ação de cisalhamento efetiva, produzindo
pequenas gotas na emulsão, esse método é usado muitas vezes vem sabões).

7) Exercícios:

7.1) Para a menor: Isabela Uso: interno

Óleo mineral 50mL


Goma arábica 12,5g
Xarope 10mL
Vanilina 4,0mg
Álcool absoluto 6,0mL
Água purificadaq.s.p. 100mL

Mde 50mL
46
Dar 5mL a cada 8 horas

Dr. ALVARO CRM 5678

Classificação:O/A

Indicação:fórmula base

Prazo de Validade. Deve ser realizada de acordo com POP para determinação do Prazo
de Validade

DISCUSSÃO: Tipos de gelatina (ácida e alcalina) e suas características de uso.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE:

7.2) Para menor Bárbara Uso: int

Óleo de fígado de bacalhau 12 mL


Goma arábica 7,5 g
Xarope dietético 40mL
Água purificada q.s.p. 100mL
Nipagin 0,3g

Mande 50mL
Tomar 5 mL , 1X ao dia.

CLASSIFICAÇÃO:

DISCUSSÃO: Características do óleo, aplicabilidade do mesmo. Atenção farmacêutica


para esta prep. Uso de vitaminas A ; E; B12

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE

7.3) Para: Cláudia Uso: externo

Monoestearato de Glicerila (MEG) A 16%


Álcool cetoestearílico etoxilado A 03%
Oleato de decila ( cetiol V ) A 10%
EDTA A 0,05%
Glicerina B 5,0%
Nipagin + nipazol B 0,15% e 0,05%
Água purificada q.s.p. B 100g
47
Extrato Glicólico XXXX C 2,0%

Dra. Luiza CRM 5499

Aplicar sobre a pele (3 vezes ao dia)

9.0 CLASSIFICAÇÃO:

DISCUSSÃO:Tipos de homogenizadores para manipulação de emulsões. Emulsões


Múltiplas.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE

1)Estabilidade das Emulsões:

Emulsão estável é aquela em consegue manter os glóbulos dispersos de forma


homogênea na fase dispersante. O agente emulsificante mantêm um filme interfacial
entre as gotículas dispersas exercendo uma barreira física que impede a coalescência e
se este filme possuir cargas eletrônicas (barreira química), vão se formar forças
repulsivas que vão contribuir + ainda p/ estabilidade da emulsão. Porém caso ocorra
separação de fases, a destruição do filme interfacial deverá promover a quebra da
emulsão.

2)Fatores que propiciam a quebra de uma emulsão:

# adição de uma subst. incompatível c/ agente emulsificante, c/o por exemplo


tensoativos de carga iônica contrária, ou adição de íons grandes de carga oposta ou
adição de eletrólitos.

#crescimento bacteriano

#mudança de temperatura, congelamento ou aquec. Acima de 70oC.

3)A Instabilidade se apresenta:

48
# FLOCULAÇÃO: DIFERENÇA ENTRE AS FORÇAS DE ATRAÇÃO E REPULSÃO E
DENSIDADE ENTRE AS FASES.

#CREAMING: OCORRE QDO AUMENTO DO TAMANHO DOS GLOBULOS; PELO


AUMENTO NA DIFERENÇA DE DENSIDADE ENTRE AS FASES; PELA DIMINUIÇÀO DA
VISCOSIDADE DA FASE CONTÍNUA. (SEGUE A LEI DE stokes)

#INVERSÃO DE FASES: A PROPORÇÃO EQUIVALENTE ENTRE VOL DE FASES É


BENÉFICO A ESTABILIDADE, MAS EXISTEM EMULSÕES CONTENDO MAIS DE 50% DA
FASE DISPERSA , O QUE PODE GERAR QUEBRA DA EMULSÃO OU INVERSÃO DE FASES.
As vezes esta pode ser induzida por interesse do manipulador.

4- Exercício: Creme base p/ incorporação ativos ( POP 28)

Ac esteárico 6,0%

MEG 6,0%

Álcool cetílico 0,80%

Álcool cetoestearílico 0,7%

Lanolina anidra 1,0%

Óleo mineral 10,0%

Miristato de Isopropila 2,0%

Nipagin 0,10%

Nipazol 0,05%

BHT 0,05%

Edetato Dissódico 0,10%

Propilenoglicol 12%

Trietanolamina 0,6%

Água Purificada q.s.p. 100mL


49
É possível aquecer uma emulsão p/ esterilizar? Explique (creaming)

Teoria de estabilização das emulsões (filmes interfaciais, colóides hidrófilos,


partículas sólidas na estabilização das emulsões).

Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica I

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No 10

Aluno:

1)Componentes de uma emulsão ( cremes e loções):

COMPONENTES PROPORÇÃO
Água 5-9%
Emolientes 2-3%
Emulsionantes 0,1-5%
Espessantes/ agentes de consistência 0,5-5%
Umectantes 2-10%
Ativos q.s.
ESTABILIZANTES
Sequestrantes 0,001-0,05%
Antioxidantes 0,001-0,05%
Conservantes 0,1-0,7%
MODIFICADORES DE ASPECTO ORGANOLÉTICO
Essências,corantes, perolizantes e opacificantes q.s.

“Seg. W. D. Bancroft o que determina se uma emulsão é O/A ou A/O não é o tipo ou a
qtidade relativa de componentes hidro ou lipossolúveis, mas: A FASE EM QUE O
EMULSIONANTE É PREFERENCIALMENTE SOLÚVEL É A FASE CONTÍNUA DA
EMULSÃO”, Ou seja, uma emulsão O/A o agente emulgente é hidrossolúvel.

2) Características da água:

50
Purificada, nesta são dissolvidos os componentes hidrossolúveis, mantém o
equilíbrio físico-químico da emulsão e do agente umectante.

3) Características e função dos Emolientes:

Livres de contaminantes, compõe a fase oleosa, responsáveis pela


espalhabilidade, absorção, viscosidade e sensação lubrificante, influenciam no toque,
elasticidade e maciez, que conferem a derme.

Regulam teor de umidade da derme, formando camada protetora, evitando a


perda da água.

São bons veículos de incorporação de antioxidantes, vitaminas e ativos


lipossolúveis, conservantes, agentes de consistência...

3.1) Critérios na escolha dos componentes oleosos:

a)a função a que se destina o produto

b)as características do produto final

c)facilidade de incorporação

d)compatibilidade com outros componentes

3.2) Função:

a) emoliente pode ser um solubilizante dos ativos

b)os melhores são aqueles que se apresentam líquidos a temp. ambiente ou que
fundem perto da temp. do corpo

c) emoliente é responsável pela sensação táctil ou toque deixado pela emulsão


após aplicação.

3.3) Grau de Comedogenicidade:

a) miristato e palmitato de isopropila apresentam maior grau de


comedogenicidade.

3.4) Exemplos de Emolientes:

51
a) Hidrocarbonetos derivados de petróleo, gorduras, ceras, triglicérideos de
origem animal ou vegetal, álcoois graxos saturados ou insaturados, ácidos graxos e
ésteres`de álcoois e ácidos graxos, ésteres graxos, silicones.

Os ésteres de álcoois e ácidos graxos, constitui o principal grupo de emolientes


utilizados nas emulsões, pois apresentam as melhores respostas qto ao espalhamento,
sensação não oleosa, absorção na pele.....

O álcool de menor cadeia é o isopropilico que possui toque seco, alta capacidade
de espalhamento, altamente comedogênico e irritante

CH3CH(OH)CH3

Os ésteres de cadeia longa, (ester butílico CH3CH2CH2 CH2OH), (ester octílico


CH3(CH2)6CH2OH ) e ( alcool estearílico CH3(CH12)16CH2OH )tem em comum
hidrorepelência, podendo ser utilizados como protetores solares a prova d’água.

Normalmente o aumento na cadeia carbônica do álcool diminui a característica


do toque, espalhamento, comedogenicidade e irritabilidade.

Este grupo de matérias primas requer o uso de antioxidante nas formulações,


pois podem conter insaturações que causam o escurecimento do produto. Em pH
menor que 4 podem sofrer hidrólise, retornando aos respectivos ácidos e álcoois.

2.0) Emulgentes

2.1) Tensoativos: substâncias que, mesmo em peq. Conc., reduzem de forma


considerável a tensão superficial d’agua ou a tensão interfacial de dois líquidos
imiscíveis.

a) quanto menor a tensão interfacial entre dois líq imiscíveis, maior a facilidade
de emulsioná-los

b) quanto maior a tensão interfacial entre e.es maior o suprimento de energia


mecânica deve ser fornecida ao sistema.

c)como a tensão interfacial entre dois líquidos puros imiscíveis é sempre maior
que zero, a dispersão de um líq. Em outro produz um aumento na área interfacial,
resultando no correspondente aumento na energia livre interfacial do sistema;

52
d) a emulsão produzida é consequentemente, termodinamicamente instável,
tendendo á separação de fases p/ atingir um mínimo de área interfacial. ( por essa
razão que líq. Imiscíveis puros qdo misturados não formam emulsão).

“sendo portanto necessário a presença de uma terceiro componente c/ afinidade


por cada uma das fases, e a propriedade de migrar, adsorver e acumular na interface
para reduzir a tensão interfacial entre as fases e facilitar a formação da emulsão, este
chamado de agente surfactante ou de superfície-tensoativo ou emulsificante.

3.0) Tensoativos Como atuam?

São Anfifílicos, possuem Grupos hidrófilos (grupos ácidos ou básicos) e


hidrófobos (cadeias de hidrocarbonetosalifáticos, lineares, ramificados e radicais
aromáticos) na mesma molécula, assim apresentam afinidade pela fase aquosa e
oleosa, reduzindo a tensão interfacial entre as fases imiscíveis.

O balanço entre as partes fílica e fóbica da molécula de tensoativo é chamado de


EHL, onde estes são classificados de com a hidrofilidade.

3.1) Classif. dos tensoativos

a) Quanto constituição química: aniônico, catiônico e anfótero e não iônico.

b) Quanto a aplicação: emulsionante, detergente, umectante, dispersante e


solubilizante.

3. 2) A estabilidade das emulsões deve-se principalmente ao uso de tensoativos na sua


preparação, compostos anfifílicos em cuja molécula existem grupamentos hidrófilos e
lipófilos, que posicionam-se entre as duas fases da emulsão (aquosa e oleosa),
originando a película interfasial que diminui a tensão entre elas estabilizando o
sistema. O balanço entre as duas porções moleculares com características opostas
dessas substâncias, é denominado EHL - equilíbrio hidrófilo-lipófilo. Este representa um
sistema de classificação dos tensoativos, tendo como base os parâmetros de
solubilidade desses compostos em solventes polares e/ou apolares2,3.

Neste sistema, introduzido por Griffin em 1949 2, uma escala numérica


adimensional de valores entre 1 e 20 é usada para descrever a natureza do agente
53
tensoativo, sendo que os valores de EHL aumentam de acordo com a hidrofilia da
molécula. O equilíbrio hidrófilo-lipófilo de um tensoativo é uma propriedade
importante no processo de emulsificação, posto que determina o tipo de emulsão que
tende a produzir. Agentes emulsivos de EHL baixo tendem a formar emulsões
água/óleo, ao passo que aqueles com EHL alto formam emulsões óleo/água 3. Portanto,
o conhecimento dos valores de EHL permite predizer o tipo de comportamento
esperado do composto, fornecendo desta forma orientação para suas aplicações
práticas conforme demonstrado a seguir:

TABELA - valores de EHL

Emulsionantes hidrófilo/lipófilo 3a 6
Molhantes 7a 9

Antiespumantes < (8 principalmente 1,5 a 8

Emulsionantes lipófilo/hidrófilo 8 a 18
Detergentes 13 a 15
Solubilizantes 15 a 18
Os métodos de determinação do EHL são classificados em três categorias,
sendo elas (1) o método teórico, relacionando o EHL de um tensoativo com sua
estrutura molecular; (2) o método direto, comparando visualmente o
comportamento de tensoativos com padrões de EHL conhecidos e (3) métodos
indiretos, relacionando componentes físico-químicos mensuráveis com o EHL dos
compostos.

Representando a metodologia teórica, calcula-se o EHL dos compostos pelo


método de Davies, que se baseia na atribuição de valores para grupamentos presentes
na molécula de tensoativo, na soma desses valores e na aplicação dos mesmos em
equação que fornece o EHL e no método de Griffin, que propõe o cálculo do EHL para
produtos nos quais o grupo hidrofílico é composto apenas por derivados do óxido de
etileno2,3,4.

Os números correspondentes ao EHL de alguns produtos são freqüentemente


indicados em literatura como “valores compreendidos em uma faixa entre dois
pontos”, muitas vezes não próximos, como para a família dos óleos de origem vegetal
em que a referência de EHL fica compreendida entre 6 e 12 3. Esta situação dificulta de
maneira significativa a elaboração de sistemas emulsionados estáveis. Demonstra-se,
portanto, a importância de resgatar técnicas que possam ser realizadas com
54
instrumental comumente disponível em laboratório, possibilitando a obtenção de
valores críticos de EHL de muitas substâncias4, facilitando a escolha do tensoativo ideal
na prática da emulsificação.

4.0) Exercícios

4.1) Sabonete cremoso de caráter aniônico preparado com LESS

MEG 3,0g

LESS 30,0mL

Álcool cetoestearílico 6,0g

Dietanolamina de ác. Graxo de côco 2,0g

Conservantes q.s.

Água purificada q.s. 100mL

Classificação:

Prazo de Validade. Deve ser realizada de acordo com POP para determinação do Prazo
de Validade

DISCUSSÃOI: LESS e IRGASAM (características, conc. de uso, aplicabilidade)

5.0) Creme Lanette

Creme base aniônico auto - emulsionante

LanetteN 15,0g

Cetiol 8,0mL

Vaselina Líquida 2,0mL

Nipazol 0,1%

BHT 0,05%

55
Glicerina 8,0mL

Nipagin 0,150g

EDTA 0,1%

Água purificada q.s.p. 100g

Classificação:

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE

DISCUSSÃO: EDTA(características, conc. de uso) , montar formulário (3 fórmulas) com


creme base. Uréia, ac. Salicílico,e alantoína cada uma respectivamente.

6.0. COLD CREAM


(F. BRAS. I)

Cera de abelhas......................................................15%

Óleo mineral.............................................................50%

Borato de sódio.........................................................1%

Águadestilada..........q.s.p....................................100%

7.0. CREME NÃO-IÔNICO


(Emulsão O/A)

Polawax .......................................................................10%

Óleo Mineral....................................................................2%

Propilenoglicol................................................................5%

Nipagin ..................................................................... 0,15%

Nipazol .................................................................... .0,05%

Água destilada................q.s.p.................................. 100%

56
8.0 LOÇÃO LANETTE
(Emulsão O/A)

Lanette N ....................................................................5g

Cetiol V .......................................................................5g

Óleo Mineral...................................................................5g

Propilenoglicol...............................................................5g

Nipagin ................................................................. .0,15g

Nipazol ................................................................. .0,05g

Água destilada......................q.s.p...........................

9.0 CREME BASE COM SILICONE


Polawax ................................................................................12%

Miristato de Isopropila...........................................................1%

Óleo de Silicone.....................................................................1%

Propilenoglicol........................................................................5%

Germall 115......................................................................... 0,6%

Nipagin ............................................................................... .0,1%

Nipazol............................................................................... .0,05%

Água destilada.... q.s.p..................................................... 100%

10.LOÇÃO LANETTE COM MENTOL E CÂNFORA

Mentol......................................................0,3g

Cânfora.....................................................0,6g

57
Loção Lanette.................q.s.p............100mL

11.CREME COM ALANTOÍNA E URÉIA

Uréia.........................................................9%

Silicone....................................................2%

Alantoína.............................................. .0,2%

Creme base.........q.s.p...................... .100g

12 CREME NÃO-IÔNICO COM URÉIA E ÁCIDO SALICÍLICO

Uréia...............................................................................15%

Ácido salicílico................................................................ 4%

Creme não-iônico....q.s.p.............................................100%

13 CREME NÃO-IÔNICO COM ÁCIDO LÁCTICO

Ácido láctico............................................................................10%

Creme não – iônico .......................q.s.p..............................100%

Uma emulsão é um sistema coloidal consistindo de dois líquidos imiscíveis, um dos


quais está disperso no outro na forma de pequenas gotículas. As gotículas, que
normalmente apresentam diâmetros entre 0,1 e 20 µm, possuem uma estabilidade
mínima devida às forças elétricas e tal estabilidade pode ser incrementada pela adição
de agentes emulsificantes. Com respeito ao sistema óleo-água, dois tipos de emulsão
podem existir: uma emulsão água em óleo (água-óleo), na qual a água é a fase dispersa
e o óleo é a fase contínua; ou uma emulsão óleo em água (óleo-água), na qual o óleo é
a fase dispersa e a água é a fase contínua. Ambos os tipos são extensivamente
utilizados em diversas aplicações.

58
Uma emulsão “estável” é aquela que não irá se separar em suas duas fases em um
período de tempo “razoável”. Esse pode variar de minutos a anos, dependendo da
emulsão em questão. Agentes superficialmente ativos podem ser adicionados a uma
emulsão para aumentar sua estabilidade e esses são conhecidos como emulsificadores
ou agentes emulsificantes.

Em conseqüência do pequeno tamanho das gotículas na dispersão, a aparência


macroscópica da emulsão é aquela de um líquido homogêneo, embora essa mistura
seja na realidade um sistema heterogêneo.

Outros aspectos da formação de emulsões também têm que ser considerados: tipo e
concentração do agente emulsificante, modo de adição do emulsificador, modo de
adição das duas fases, tempo e intensidade da agitação e temperatura. Esses
parâmetros afetam fortemente muitas das propriedades das emulsões e eles podem
ser manipulados para produzir uma emulsão com características particulares (Becher,
1965; Magdich, 1988).

1. Agentes emulsificantes

Agentes emulsificantes são adicionados a uma emulsão para assegurar certa


estabilidade. Três tipos de agentes emulsificantes são utilizados: (1) agentes
superficialmente ativos; (2) compostos que ocorrem naturalmente e (3) sólidos
finamente divididos. Os compostos superficialmente ativos são de longe os
emulsificadores mais comumente utilizados. Eles podem ser iônicos ou não-iônicos e
estabilizam as gotículas dispersas adsorvendo-se fortemente na interface óleo-água.

Agentes emulsificantes de ocorrência natural, os quais incluem proteínas, gomas,


amidos e derivados dessas substâncias, também estabilizam emulsões pela adsorção
sobre a interface óleo-água. Por causa de suas naturezas macromoleculares e suas
multiplicidades de grupos hidrofóbicos e hidrofílicos, eles podem ser mantidos
fortemente e produzir emulsões muito estáveis.

Sólidos finamente divididos prendem-se à interface óleo-água pelas forças de tensão


superficial e ajudam a estabilizar emulsões pela formação de uma monocamada
protetora ao redor das gotículas dispersas. As exigências para estabilização suficiente
são que os sólidos apresentem um tamanho de partícula muito menor do que as
gotículas de óleo e um ângulo de contato substancial na fronteira óleo-água-sólido.
Essa última é para assegurar que os sólidos acumulem-se na interface óleo-água e não

59
entrem nas fases óleo ou água. Uma diversidade de materiais diferentes pode ser
utilizada, incluindo argilas, sílica pulverizada e sais básicos de metais.

Sherman (1968) resumiu as características desejáveis de um agente emulsificante: (1)


tem que reduzir suficientemente a tensão interfacial; (2) tem que adsorver-se
rapidamente sobre as gotículas dispersas para formar um filme que não irá destruir-se
quando duas gotas colidirem; (3) tem que apresentar uma estrutura molecular
específica com a extremidade polar atraída para a água e a extremidade não-polar
atraída para o óleo; (4) tem que ser mais solúvel na fase contínua para estar
prontamente disponível para adsorção; (5) tem que apresentar um potencial
eletrocinético adequado e (6) tem que afetar a viscosidade da emulsão. Além disso, ele
deve ser eficiente em baixas concentrações e relativamente barato.

Existem inúmeros agentes emulsificantes e a seleção de um em detrimento de outros


para uma aplicação particular não é uma tarefa simples. Agentes diferentes podem ser
mais efetivos, dependendo da emulsão em questão e das condições existentes. O
melhor meio de selecionar um emulsificador é testar diversos agentes para determinar
qual fornece uma emulsão estável com as propriedades físicas desejadas em um custo
razoável. Esse método nem sempre é factível, entretanto, uma vez que demanda
tempo e esforço, e um modo alternativo de seleção de emulsificador é o método do
balanço hidrófilo-lipófilo (HLB) (Griffin, 1949; Magdich, 1988).

No método HLB, um número está relacionado a um agente emulsificante, baseado em


seu comportamento emulsificante, o qual está relacionado ao balanço entre as porções
hidrofílicas e lipofílicas da molécula. O conceito sobre o qual esse método baseia-se é
que qualquer emulsificador contém ambos os grupos hidrofóbico e hidrofílico e a
relação entre seus respectivos pesos deve influenciar o comportamento de
emulsificação. Os números especificados estão relacionados a uma escala de aplicação
adequada, conforme apresentado na tabela. Pode ser visto que surfatantes com
elevados números HLB tendem a formar emulsões óleo/água, ao passo que aqueles
com baixos números HLB formam emulsões água/óleo. O sistema HLB indica apenas o
tipo de emulsão que será produzido e não fornece qualquer indicação da eficiência de
emulsificação.

60
1. OBJETIVOS

Identificar a classe de emulsão existente em alguns alimentos, observar a microscopia


de uma emulsão e verificar o poder estabilizante de alguns emulsionantes.

1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1. IDENTIFICAÇÃO DA CLASSE DE EMULSÃO

• Enumerou-se de 1 a 3, três vidros de relógio;

• Colocou-se, em cada vidro de relógio, uma pequena quantidade dos alimentos


indicados:

1) leite

2)margarina

3)maionese

• Colocou-se uma ponta da espátula (uma pitada) da mistura de corantes (Sudan


III e azul de metileno) sobre cada um dos alimentos;

• Observou-se a cor desenvolvida na superfície de emulsão e caracterizou-se o


alimento em emulsão O/W ou W/O.

3.2. ESTRUTURA MICROSCÓPICA DE UMA EMULSÃO

61
• Adicionou-se 2mL de leite em tubos de ensaio;

• Adicionou-se uma pitada da mistura dos dois corantes e agitou-se bem;

• Colocou-se uma gota de leite sobre uma lâmina de microscópio e cobriu-se com
lamínula;

• Colocou-se ao microscópio com objetiva de 40X;

• Anotaram-se as observações feitas;

• Repetiu-se o procedimento com margarina líquida.

3.3. PODER ESTABILIZANTE DE ALGUNS EMULSIONANTES

• Identificou-se 5 tubos de ensaio, com números 1 a 5;

• Colocou-se em cada tubo 3mL de óleo de cozinha e 3mL de água;

• Agitou-se vigorosamente;

• Deixou-se descansar por 2 minutos;

• Observou-se a separação, quase imediata, dos dois líquidos;

• Adicionou-se a seguir, os cinco tubos;

• Deixou-se descansar por 10 minutos;

• Anotou-se a ordem decrescente do poder emulsionante das substâncias


testadas.

1. RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. IDENTIFICAÇÃO DA CLASSE DA EMULSÃO

Com a adição da mistura de corantes Sudam III e azul metileno pode-se classificar a
emulsão em água- óleo ou óleo-água. O corante Sudam III colora lipídeos e como sua
62
coloração avermelhada predominou na amostra de margarina concluiu-se que se trata
de uma emulsão óleo-água. As amostras de leite e maionese sem colesterol ficaram
azuis, coloração do azul de metileno que colora soluções aquosas, portanto tratam-se
de emulsões óleo-água.

Figura 1 - (1) leite; (2) margarina; (3) maionese 0% colesterol.

1. ESTRUTURA MICROSCÓPICA DE UMA EMULSÃO

No microscópio foi possível observar as gotículas da fase dispersa e devido à mistura de


corantes foi possível diferenciar a água e o óleo. O que foi observado em laboratório
pode ser assemelhado a figura abaixo:

63
Figura 2 - Fotomicrografias de diferentes tipos de emulsões.

1. PODER ESTABILIZANTE DE ALGUNS EMULSIONANTES

O poder emulsionante de algumas substâncias testadas é em ordem decrescente:


Lecitina de Soja, gema de ovo, detergente, clara de ovo e sal.

Figura 3 - (1) lecitina de soja; (2) sal; (3) gema de ovo; (4) clara de ovo; (5) detergente.

1. QUESTÕES

1. O que são emulsificantes?

Emulsificantes são componentes anfipáticos que alteram as propriedades de alguns


alimentos para que eles possam ser misturados, formando uma emulsão.

1. Quais propriedades químicas devem ter um bom emulsificante?

Tensão superficial baixa: a adsorção de surfactantes nas interfaces óleo-água diminui a


energia interfacil, facilitando o desenvolvimento e aumentando a estabilidade das
grandes áreas interfaciais associadas com as emulsões;

64
Filme interfacial mecanicamente forte e elástico: a estabilidade das emulsões é
favorecida pela proteção mecânica dada pelo filme adsorvido ao redor da gota. A
elasticidade do filme também é importante para permitir a recuperação após
distúrbios locais;

Repulsão das duplas camadas elétricas: a repulsão entre as partículas diminui os


choques evitando a floculação. Quando agentes emulsificantes iônicos são usados, a
repulsão da dupla camada elétrica lateral pode prevenir a formação de filmes
compactos. O efeito de expansão dos filmes pode ser minimizado usando uma mistura
de um filme iônico com um não-iônico e/ou aumentando a concentração eletrolítica na
fase aquosa

3) Por que os detergentes são ótimos agentes de limpeza?

Detergentes são substâncias que apresentam a propriedade de baixar a tensão


superficial da água, facilitando-lhe a penetração nos tecidos e auxiliando a remover e
manter em suspensão as sujeiras. Os sabões e detergentes sintéticos são constituídos
de uma longa cadeia hidrocarbônica, que em média contém de 12 a 20 átomos de
carbono, sendo, portanto hidrofóbica ou lipofílica (solúvel em óleos e gorduras),
acompanhada de uma extremidade polar (hidrofílica). As principais características do
uso de detergentes certamente são devidas aos tensoativos, os quais estão
relacionados à formação de ambientes organizados, também conhecidos como
ambientes micelares (micelas), que auxiliam na remoção de sujidades.

1. CONCLUSÃO

As emulsões podem ser classificadas em água-óleo e óleo-água de acordo com as suas


fases dispersa e contínua. Leite e maionese sem coloesterol são exemplos de emulsões
óleo-água e margarina é uma suspensão água-óleo. Os emulsificantes são substâncias
que estabilizam emulsões e dois exemplos de bons emulsificantes são lecitina de soja e
gema de ovo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0511146_08_cap_02.pdf]

[http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_grad2005_2/detergent
es/detergentes.htm]

65
Formulações:

1)Para tratamento da epiderme:

a)Creme para uso diário: O/A


Monoestearato de glicerila..............15%
Álcool ceto-estearílico etoxilado........3%
Oleato de iso-decila.....................5%
Vaselina líquida.........................3%
Glicerina................................5%
Água qsp............................. 100ml
Conservante, perfume.................... qs

b) Creme nutritivo- Noturno: O/A


Monoestearato de glicerila..............16%
Álcool ceto-estearílico etoxilado........3%
Oleato de iso-decila....................10%
Vaselina líquida.........................5%
Glicerina................................5%
Agua, perfume, conservante.............. qs

c) Creme Umedecedor 0/A:


Monoestearato de glicerila..............16%
Álcool ceto-estearílico etoxilado........1%
Miristato de isopropila..................8%
2-Octadodecanol.........................12%
Parafina líquida.........................4%
FNH......................................5%
Agua, perfume, conservante.............. qs
66
d) Creme protetor com Silicone - O/A:
Álcool ceto-estearílico..................8%
Álcool oleil-cetílico etoxilado..........3%
Oleato de iso-decila....................10%
Vaselina líquida........................10%
Óleo de silicone.........................5%
Glicerina................................6%
Agua, perfume, conservante.............. qs

e)Creme de Limpeza - O/A:


Álcool cetoestearílico...................2%
Monoestearato de glicerila.............14%
Álcool oleil-cetílico etoxilado..........3%
Oleato de iso-decila....................10%
Vaselina líquida........................15%
Agua, perfume, conservante.............. qs

f)Creme Nutritivo(Galena)O/A:
Vaselina líquida.........................3%
Álcool ceto-estearílico..................8%
Monoestearato de glicerila...............2%
Álcool cetílico..........................2%
Lauril sulfato de sódio...............1,70%
Óleo de amêndoas.........................2%
p-Hidroxibenzoato de propila..........0,05%
Sorbitol.................................5%
p- Hidroxibenzoato de metila..........0,15%
Água qsp..............................100ml
Fosfato de ascorbil magnésio.............1%
Citrato de sódio.........................1%
Água destilada..........................20%
Essência................................ qs

Preparação:
Aquecer as fases A e B, separadamente, a 80-90'C.
Adicionar B sobre A, sob agitação.
Dissolver C a 45'C e adicionar C e D à emulsão formada pôr A+B, entre 45-50'C, sob
67
agitação.
Interromper a agitação quando a temperatura atingir 40'C.

g)Loção Hidratante Pós-Sol O/A:


Fase A
Cera auto-emulsionante...................4%
Óleo de Calêndula.......................3%
Miristato de isopropila..................2%
Óleo de silicone.........................2%
Trietanoalamina........................0,3%
Propilparabeno........................0,05%

Fase B
Carbomero 940(sol.2%)...................10%
Propilenoglicol..........................2%
Alantoína.............................0,25%
Metilparabeno.........................0,15%
Água destilada qsp..................... 100

Fase C
Álcool...................................2%
Mentol................................0,20%

Fase D
Glicirrizinato dipotássico............0,20%
Álcool...................................2%

Fase E
Vitamina E...............................3%
D-pantenol...............................2%
Aloe vera ext............................3%
Conservante de amplo espectro........... qs
Essência................................ qs

Preparação:
Aquecer as fases A e B, separadamente, a 75-80'C.
Adicionar a fase B sobre a fase A com agitação.
Iniciar o resfriamento. Adicionar a fase C e D.
Misturar bem.

68
Adicionar a fase E.
Misturar bem.

69
Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica I

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática No13

Aluno:

1) Definição óvulo e supositório:

2) Método de preparo (Supositório): Compressão á frio ou por fusão.

3)Fator de Deslocamento: M=F- (f1.S1+f2.S2+.....fn.Sn)

M=qtidade total de excipiente a ser utilizado em gramas

F= capacidade do molde para o número de supositório a serem fabricados em g

f= fator de deslocamento do fármaco.

S= quantidade de medicamento p/ o número de supositórios a serem fabricados.

4) Exercícios

4.1) Para a sra: Isabela Uso: externo

GELATINA EM PÓ 15,0g

METILPARABENO 0,2g

70
ÁGUA PURIFICADA 30,0g

GLICERINA Q.S.P. 100,0g

TINTURA DE CALENDULA 2%

Mde 6 ÓVULOS 5-6g

Dr. Tiago Andrada CRM 5678

Classificação:

Observasões especiais: especificidades da formulação, acondicionamento,


administração.

Prazo de Validade. Deve ser realizada de acordo com POP para determinação do Prazo
de Validade

DISCUSSÃO:

Especifique cada componente da fórmula.

4.2 Para Sr. Adriano : uso ext.

Acetato de tocoferol 100mg

Base p/supositório manteiga de cacau q.s.p 2,0g

Posologia: adulto: 1 supositório por três dias.

71
USO: expectorante .

Classificação:

Observasões especiais: especificidades da formulação, acondicionamento,


administração.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE DISCUSSÃO:

4.3) Para a menor: Rafaela Uso: interno

Glicerina 91,0g

Estearato de Na 9,0g

Água purificada 5,0g

Aplicar 1supositório ao deitar-se por 3 dias

Dr. Tiago CRM 5676

Classificação:

Observações especiais: especificidades da formulação, acondicionamento e


administração.

POP: PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA MANIPULAÇÃO DE

DISCUSSÃO

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Universidade Federal do Paraná

Curso de Farmácia

Disciplina Farmacotécnica I

Professor: Marilis Dallarmi Miguel

Aula Prática álcool gel : 14

Aluno:

Preparação de Álcool em Gel.

. Os pontos importantes a serem assimilados pelos alunos são:

• Diluição de soluções;

• Aplicação de polímeros no espessamento de amostras;

• Desenvolver conceitos de ácido‐base e escala de pH;

• Preparação o álcool em gel.

Discussão:

Devido ao recente surto do vírus H1N1, causador da gripe suína, surgiu uma
grande preocupação da polução para se prevenir de tal mal. Uma das formas de preven
ção é usar o álcool em gel. O que acarretou a uma grande procura por este
produto, acarretando um grande aumento em seu preço. Na
verdade, o álcool em gel é composto de uma solução de álcool etílico em água a 70%, p
ois somente nesta concentração o álcool etílico tem sua função esterilizante maximizad
a. A alguns anos atrás o álcool etílico a 70% era facilmente comprado em
qualquer
farmácia, no entanto, por decisão do governo federal, o álcool 70% dever ser comercial
izado na forma de gel, com a intenção de reduzir risco de incêndio, já que na forma de
gel o álcool torna‐se menos inflamável.Neste contesto, polímeros amplamente
empregados nas mais diversas áreas.
Na indústria de cosméticos, por exemplo, é bastante utilizado como agente espessante,

73
ou seja, aumenta a viscosidade do meio agregando a consistência característica de cad
a produto.

4. Pré-laboratório

1. Faça uma pesquisa sobre os polímeros e sua capacidade de aumentar a viscosidade

do meio;

2. Faça uma pesquisa sobre diluição de soluções;

3. Faça os cálculos necessários para saber qual a quantidade de álcool etílico a 96%

necessário para preparar 100 mL de solução de álcool etílico a 70%.

4. Procedimento Experimental II (Preparo do Álcool em Gel)

5. Pese 0,5 g de carbobol;

6. Em seguida, transfira o carbobol (peneirado) para o becker contendo o álcool

etílico a 70%, agitando vigorosamente, com bastão de vidro, até a completa

dissolução;

7. Meça o pH da solução com papel indicador;

8. Adicione, lentamente e sob agitação vigorosa, ao becker 0,6 mL de trietanolamina

(neutralizante);

9.. Continue agitando vigorosamente, com bastão de vidro, por mais 3 minutos;

10. Observe o aumento da viscosidade do meio;

11. Meça novamente o pH do gel com papel indicador. O pH deve estar neutro,
em

torno 7. Se ainda não estiver com pH 7 adicione mais 0,1 mL de trietanolamina;

12. Adicione 0,5 mL de glicerina (umectante);

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OBSERVAÇÃO: O carbopol deve ser peneirado antes da pesagem para facilitar sua disso
lção.

13. Pós-laboratório

1. O carbopol, a trietanolamina e a glicerina foram utilizados para a formulação


do

álcool em gel. Destes, quem reagiu como ácido, base e umectante. Explique
suas

funções detalhadamente?

2. Por que, quando adicionou a trietanolamina à solução de álcool etílico e carbopol,

ocorreu um grande aumento na viscosidade do meio?;

3. O que aconteceria se fosse adicionado um grande excesso de trietanolamina?

4. Quanto de álcool etílico 92,8% seria necessário para preparar 2 L de solução


de

álcool etílico 70%?

As formulações serão executadas em aula prática de acordo com a disponibilidade e


diversidade de matéria prima.

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