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Divisão da Engenharia

Engenharia Hidráulica

Quimica Aplicada

Química Aplicada 1o Ano 2o Semestre H12

Tema: Soluções

Discente:

Ussumane Alberto

Docentes:

Dr. Abelizio Mutondo

Enga. Isabel Zunguze

Songo, Setembro de 2022


Divisão de Engenharia

Engenharia Hidráulica

Química Aplicada

Tema: Soluções

Este trabalho foi proposto, no âmbito da cadeira de


Discente: Química Aplicada, no curso de Engenharia
Hidráulica no Instituto Superior Politécnico de
Ussumane Alberto Songo, pelo docente da cadeira, e é de carácter
avaliativo e individual, para ser entregue e
apresentado em sala de aula.

Docentes:

Dr. Abelizio Mutondo

Enga. Isabel Zunguze

Songo, Novembro de 2022


Resumo
As soluções são misturas homegêneas, ou seja, quando se fala de soluções,
fala se de algo usado no nosso dia a dia, seja para misturar água e açucar, água e
leite em pó, etc. Ou sejam tudo que nós podemos misturar e nos resultar em
solução de uma fase, aí estamos perante a uma mistura homogênea, ou podemos
dizer uma solução. Quando falamos de solução, estamos perante a mistura de um
solvente e um soluto, por exemplo se tivessemos mistura de água e leite em pó,
nesse caso o nosso solvente seria a água e o leite em pó o solvente, se formos a
prestar a atenção, iremos perceber que é o leite que entra em contacto com a
água e se dissolve na água, nesse caso o nosso solvente seria a água e o nosso
soluto o leite em pó. Nesse caso seria muito importante ter o conceito de soluções,
assim pelo menos compreendemos o que é, como é, porque é, quando se trata de
misturas ou soluções, porque não basta só vivermos no nosso dia a dia
misturando sem saber do que se trata as tais misturas e como que elas servem.
Índice
1. Introdução ..................................................................................................... 6

1.1. Objectivos ..................................................................................................... 6

1.1.1. Geral ....................................................................................................... 6

1.1.2. Específicos .......................................................................................... 6

1.2. Justificativa.................................................................................................... 6

2. Revisão Bibliográfica ........................................................................................... 7

2.1. Conceitos de Dispersão e Solução ............................................................... 7

2.1.1. Dispersão: ............................................................................................... 7

2.1.2. Solução: .................................................................................................. 8

2.2. Classificação das soluções. .......................................................................... 8

2.3. Regras de Solubilidade ............................................................................... 11

2.4. Concentração das soluções ........................................................................ 12

2.4.1. Definição: .............................................................................................. 12

2.4.2. Tipos e formas de calcular a concentração .......................................... 12

2.5. Mistura de soluções .................................................................................... 14

2.5.1. Mistura de soluções do mesmo soluto: ................................................. 14

2.5.1. Mistura de soluções de diferentes solutos que reagem entre si: .......... 15

2.6. Propriedades Coligativas ............................................................................ 17

3. Metodologia ....................................................................................................... 22

4. Conclusão ......................................................................................................... 23

5. Referências Bibliográficas ................................................................................. 24


Indice de figuras
1. Concreto a cerca de dispersão............................................................................ 7

2. Classificação das soluções ................................................................................ 8

3. Equações químicas ........................................................................................... 10

4. Dissociação iônica ............................................................................................. 10

5. Propriedades coligativas ................................................................................... 18


1. Introdução
O presente trabalho de Quimica Aplicada com o tema nasce das necessidades
dos Estudantes visto que o tema visa trazer e adquirir conhecimentos para a
carreira estudantil e profissional nesta área de Engenharia Hidráulica e para a
sociedade em geral. Tem como:

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

• Abordar a cerca de conceitos de Dispersão e Solução.


• Abordar a cerca de Classificação, Concentração e Mistura de soluções.
• Abordar a cerca Regras de Solubilidade e Propriedades Coligativas.

1.1.2. Específicos

• Descrever cada tópico e o devido procedimento.

1.2. Justificativa
As evidências recentes sugerem que ter conhecimento a cerca de Soluções é
muito importante para a sociedade pois as Soluções fazem parte do nosso dia a
dia, ou seja, solução é o resultado de um soluto e um solvente e ter esse tipo de
conhecimento pode nos ajudar a saber do que se trata no que usamos no nosso
dia a dia e vivemos com ele.
2. Revisão Bibliográfica

2.1. Conceitos de Dispersão e Solução

2.1.1. Dispersão:

Chama-se Dispersão a qualquer disseminação de uma substância ao longo de


todo o volume de outra substância, ou seja, toda a mistura é chamada de
Dispersão. Uma Dispersão é formada pela combinação de um dispergente com
um disperso (soluto ou disseminado). As dispersões se referem às misturas em
geral. Por exemplo, quando misturamos sal com água ou sal e areia obtemos duas
dispersões. A substância que se encontra espalhada, de maneira homogênea
(como o sal na água) ou de maneira heterogênea (como a areia na água), é
denominada “disperso”. Já a água faz o papel de dispersante, nesses casos.

Exemplo:

Disperso + Dispergente = Dispersão

Fig. 1. Um exemplo concreto a cerca de dispersão (brasilescola.uol.com.br).

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2.1.2. Solução:

Chama-se Solução a misturas homogêneas formadas por duas ou mais


substâncias, isto é, que tenha apenas uma fase. Isso acontece mesmo ao se olhar
em um microscópio, pois as suas partículas dispersas têm o diâmetro menor que 1
nm (10-9 m). Os componentes de uma solução são denominados de soluto
(representa a substância dissolvida) e solvente (é a substância que dissolve).
Geralmente, o soluto de uma solução está presente em menor quantidade que o
solvente. Um exemplo de solução é a mistura de água e açúcar, tendo a água
como solvente e o açúcar como soluto, a água é considerada o solvente universal,
devido ao fato de dissolver uma grande quantidade de substâncias.

Exemplo:

Fig. 2. Um exemplo concreto a cerca da classificação das soluções, soluto e solvente


(todamateria.com.br).

Porém, esses dois componentes podem apresentar diferentes quantidades e


características. Como resultado, existem diversos tipos de soluções e cada uma
delas baseia-se em uma determinada condição.

2.2. Classificação das soluções.


As soluções podem se classificar quanto ao seu estado físico, quanto à
condutividade eléctrica e quanto à proporção soluto/solvente:

• Quanto ao seu estado físico:

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1. Soluções sólidas: formadas por solutos e solventes em estado
sólido. Por exemplo, a união de cobre e níquel, que forma uma
liga metálica.
2. Soluções líquidas: formadas por solventes em estado líquido e
solutos que podem estar em estado sólido, líquido ou gasoso.
Por exemplo, o sal dissolvido em água.
3. Soluções gasosas: formadas por solutos e solventes em
estado gasoso. Por exemplo, o ar atmosférico.
• Quanto à proporção do soluto/solvente:
1. Solução diluída: a quantidade de soluto é muito pequena em
relação à de solvente, sendo assim, a solução se encontra
completamente diluída.
2. Solução concentrada: quando a quantidade de soluto é grande
em relação à de solvente, ou seja, a solução não se encontra
dissolvida.
3. Solução saturada: neste caso, a quantidade de soluto é a
máxima permitida para uma certa quantidade de solvente, em
determinada temperatura.
4. Solução supersaturada: este é um sistema instável, pois a
quantidade de soluto é maior que a máxima permitida.
• Quanto a condutividade eléctrica:
1. Solução iônica ou eletrolítica: esse tipo de solução conduz
eletricidade, em razão da presença de íons (átomos ou grupos
de átomos de elementos químicos com carga elétrica). Esses
íons com carga negativa (ânion) e positiva (cátions) fecham o
circuito elétrico conduzindo a corrente.
A solução iônica ou eletrolítica pode ser obtida de duas formas:
1.1. Ionização: é a formação de íons em virtude do
rompimento de ligações covalentes. Por exemplo, se
diluirmos ácido clorídrico (HCl), que é um composto formado
por moléculas, em água; ocorrerá a quebra dessas

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moléculas pela água, originando íons. As equações químicas
abaixo demonstram como isso ocorre:

Fig. 3. Equações químicas que demostram o processo(preparaenem.com)

1.2. Dissociação iônica: no caso da primeira solução


citada no exemplo acima, temos a dissolução do sal de
cozinha (NaCl – cloreto de sódio), que é um composto
iônico, isto é, que já era formado por íons. A água apenas
separou os íons já existentes no aglomerado iônico:

Fig. 4. Uma imagem que permite exclarecer como ocorre a dissociação


iônica(preparaenem.com).

Observe na figura acima que o sal (NaCl) estava na forma de retículo cristalino,
porém, por ser uma substância polar, seu polo negativo, que é o Cl -, é atraído pelo
polo positivo da água, que é o H+. E o polo positivo do sal, que é o Na+, é atraído
pelo OH-, que é o polo negativo da água. Assim, os íons que antes estavam
ligados pela ligação iônica são separados.

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2. Solução Molecular ou não electrolítica: esse tipo de solução
não conduz eletricidade. É o segundo caso que citamos, da
solução de água e açúcar. O açúcar (sacarose – C12H22O11) é
um composto molecular que sofre dissociação sem formar íons.
As suas moléculas, que antes estavam agrupadas, são apenas
separadas. Assim, por não conter carga, essa solução não
conduz corrente elétrica.

2.3. Regras de Solubilidade


➢ Compostos solúveis (com exceções):
• Todos os componentes dos metais alcalinos (Grupo IA) são solúveis;
• Todos os sais contendo os ânions NO3– , ClO3–, ClO4– e C2H3O2– são
solúveis; (AgC2H3O2 e KClO4 são pouco solúveis);
• Todos os sais de metais alcalinos e de Amônio são solúveis;
• Todos os cloretos, brometos e iodetos são solúveis exceto os de Ag +,
Hg22+ Pb2+. O PbCl2 é pouco solúvel;
• Todos os sulfatos são solúveis, exceto os de Pb 2+, Sr2+ e Ba2+. Os de
Ca2+ e Ag+ são pouco solúveis.
➢ Compostos insolúveis:
• Todos os sulfetos, sulfitos, carbonatos e fosfatos são insolúveis, exceto
os de metais alcalinos e amônio;
• Todos os hidróxidos são insolúveis, exceto os de metais alcalinos,
Sr2+ e Ba2+. O Ca(OH)2 é pouco solúvel;
• Todos os óxidos metálicos são insolúveis, exceto os dos metais
alcalinos e de Ca2+, Sr2+e Ba2+ são insolúveis. Os oxidos metálicos
quando dissolvem, reagem com o solvente para formar hidróxidos.

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2.4. Concentração das soluções

2.4.1. Definição:

A concentração das soluções corresponde a quantidade de soluto presente em


uma determinada quantidade de solvente. Quando nos referimos à concentração,
estamos interessados em descobrir a relação entre a quantidade de soluto e
solvente em uma solução. Existem diversas formas de calcular a concentração de
uma solução e diferentes unidades de medidas podem ser utilizadas.

2.4.2. Tipos e formas de calcular a concentração

• Concentração comum ou concentração em massa (C): é a relação


estabelecida entre a massa do soluto e o volume da solução. Sua unidade
no SI é gramas por litro (g/𝑙):

𝐦
𝐂=
𝐕

Onde:

C = concentração comum, em g/𝑙

m = massa do soluto, em g

V = volume da solução, em 𝑙

• Concentração molar ou Molaridade: é a relação existente entre a massa


de soluto em número de mols e o volume de uma solução. Sua unidade no
SI é mols por litro (mols/l).
𝐧𝟏 𝐦
𝐌= 𝐨𝐮 𝐌 =
𝑽 𝐌𝟏× 𝐕

Onde:

M = molaridade, em mol/𝑙

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n1 = número de mols do soluto, em mol

m = massa de soluto, em g

M1 = massa molar, em g/mol

V = volume da solução, em 𝑙

• Conentração em Título: O título ou porcentagem em massa da solução


consiste na relação entre a massa do soluto e a massa da solução. O título
não possui uma unidade de medida, sendo expresso, na maioria dos casos,
em porcentagem. Para isso, deve-se multiplicar por 100 o resultado
alcançado: % = 100 . T

𝐦𝟏 𝐦𝟏
𝐓= 𝐨𝐮 𝐌 =
𝐌 𝐦𝟏 + 𝐦𝟐

Onde:

T = Título

m = massa da solução, em g

m1 = massa da soluto, em g

m2 = massa da solvente, em g

• Partes por milhão: Em alguns casos, a massa de soluto presente na


solução é extremamente pequena, sendo inviável calcular a porcentagem.
Uma possibilidade é calcular a quantidade de soluto, em gramas, presente
em 1 000 000 (106) gramas de solução. A fórmula para este cálculo é a
seguinte:
𝟏 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐬𝐨𝐥𝐮𝐭𝐨
𝟏 𝐩𝐩𝐦 =
𝟏𝟎𝟔 𝐝𝐞 𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨
• Molalidade: é a quantidade de número de mols de soluto presente no
solvente. E a sua unidade em SI é mol por kilogramas (mol/Kg).

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𝟏𝟎𝟎𝟎 × 𝐦𝟏
𝐖=
𝐦𝟐 × 𝐌𝟏

Onde:

W = Molalidade, em mol/Kg

m1 = massa da soluto

m2 = massa da solvente, em Kg

M1 = massa molar do soluto

• Relação entre as concentrações: é possível calcular a concentração a


partir da relação entre a concentração comum, densidade e título.
𝐂 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 × 𝐝 × 𝐓
Onde:
C = Concentração comum
d = densidade
T = título

2.5. Mistura de soluções

2.5.1. Mistura de soluções do mesmo soluto:

Na mistura de soluções de mesmo soluto, não há reação química entre estas


soluções. Neste caso, o valor do volume final é a soma das soluções.

Solução 1 + Solução 2 = Solução Final

𝐂1 × 𝐕1 + 𝐂2 × 𝐕2 = 𝐂f × 𝐕f

𝐌1 × 𝐕1 + 𝐌2 × 𝐕2 = 𝐌f × 𝐕f

Onde:

C = concentração comum (g/𝑙)

M = molaridade (mol/𝑙)

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V = volume (𝑙)

Exemplo1:

1. Qual a molaridade de uma solução de NaOH formada pela mistura de 60𝑚𝑙 de


solução a 5𝑚𝑜𝑙/𝑙 com 300𝑚𝑙 de solução a 2𝑚𝑜𝑙/𝑙?

Cálculo para achar molaridade: Cálculo para achar volume final

M1 × V1 + M2 × V2 = Mf × Vf Vf = V1 + V2

5.60 + 2.300 = Mf × 360 Vf = 60 + 300𝑚𝑙

300 + 600 = 360 × Mf

900
Mf = 360

𝐌𝐟 = 𝟐. 𝟓𝒎𝒐𝒍/𝒍

2.5.1. Mistura de soluções de diferentes solutos


que reagem entre si:

Ocorre reação entre as substâncias que compõem a mistura. Para que a reação
seja completa entre os solutos, os volumes misturados devem obedecer a
proporção estequiométrica que corresponde à reação química. Veja as fórmulas
usadas:

Reação de Neutralização:

HCl + NaOH → NaCl + H2 O

1mol 1mol 1mol 1mol

nácido = nbase (no ponto final)

𝐌𝐚 × 𝐕𝐚 = 𝐌𝐛 × 𝐕𝐛

H2 SO4 + 2KOH → K 2 SO4 + 2H2 O

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1mol 2mol 1mol 2mol

2nácido = nbase (no ponto final)

𝟐𝐌𝐚 × 𝐕𝐚 = 𝐌𝐛 × 𝐕𝐛

Pode-se usar a seguinte fórmula:

𝐌𝐚 × 𝐕𝐚 × 𝐱 𝐚 = 𝐌𝐛 × 𝐕𝐛× 𝐱 𝐛

Onde:

xa = número de H+

xb = número de OH-

Estes cálculos também podem ser feitos por regra de três e utilizando as outras
fórmulas.

Exemplo2:

1. Juntando-se 300mL de HCl 0,4mol/𝑙 com 200𝑚𝑙 de NaOH 0,6𝑚𝑜𝑙/𝑙, pergunta-


se quais serão as molaridades da solução final com respeito:

a)ao ácido.
b)à base.
c)ao sal formado.

Montar a reação química:

1HCl + 1NaOH → 1NaCl + 1H2 O

300𝑚𝑙 200𝑚𝑙

0,4𝑚𝑜𝑙/𝑙 0,6𝑚𝑜𝑙/𝑙

Calcular n (número de mol) do ácido e da base:

𝐻𝐶𝑙: 𝑁𝑎𝑂𝐻:
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0,4 𝑚𝑜𝑙 − 1000𝑚𝑙 0,6 𝑚𝑜𝑙 − 1000𝑚𝑙
{ {
𝑥 (𝑚𝑜𝑙) − 300𝑚𝑙 𝑥 (𝑚𝑜𝑙) − 200𝑚𝑙

𝑥 = 0,12 𝑚𝑜𝑙 𝑥 = 0,12 𝑚𝑜𝑙

Se forma 0,12mol de ácido e também de base e a proporção estequiométrica é


1:1, então a molaridade final de ácido e de base é zero, porque reagiu todo o
soluto.

Para calcular a molaridade do sal (antes achar o volume final):

Vf = 300 + 200

Vf = 500𝑚𝑙 = 0.5𝑙

n
Msal =
V

0,12
Msal =
0,5

Msal = 0,24 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜

2.6. Propriedades Coligativas

2.6.1. Definição:

As propriedades coligativas são aquelas que percebemos quando é adicionado


um soluto não volátil a um solvente. A intensidade com que essas propriedades
apresentam-se dependendo somente da quantidade de partículas do soluto na
solução, mas não depende da natureza do soluto.

Os solutos não voláteis podem ser moleculares ou iônicos. Um exemplo de soluto


não volátil molecular é o açúcar (sacarose – C12H22O11) que vemos na forma de
cristaizinhos brancos porque milhares e milhares de moléculas estão bem unidas,
formando, assim, esses cristais. Mas quando dissolvemos o açúcar em água, suas

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moléculas separam-se e ficam isoladas, por isso não conseguimos visualizá-las,
mas as moléculas de C12H22O11 estão lá dissolvidas na água.

Um exemplo de soluto não volátil iônico é o sal (cloreto de sódio – NaCl), cujas
fórmulas unitárias estão também unidas, formando aglomerados iônicos de
estrutura geométrica bem definida, que são chamados de retículos cristalinos. Mas
ao ser colocado em água, o sal reage com as moléculas dela, tendo os seus íons
separados (ocorre uma dissociação iônica). Assim, os íons Na + e Cl- ficam
dispersos na água e também não são visíveis a olho nu.

Fig. 5. O sal na água sofre dissociação, formando uma solução única


(mundoeducacao.uol.com.br).

Assim, essas partículas (moléculas ou íons) que ficam dispersas no solvente,


que geralmente é a água, são as responsáveis por mudanças em determinadas
propriedades do solvente.

As quatro propriedades coligativas são:

• Tonoscopia ou tonometria: O efeito tonoscópico é a diminuição da


pressão de vapor de um líquido quando um soluto não volátil é adicionado
a ele.

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Quando preparamos uma mistura de água e açúcar, por exemplo, as
moléculas de açúcar dissolvem-se porque são polares como as moléculas
de água. Elas interagem umas com as outras por meio de forças
intermoleculares, o que dificulta que as moléculas de água da superfície do
líquido passem para o estado de vapor e escapem do solvente.
O abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é representado pela
relação DeltaP/P2 e pode ser calculado por meio da fórmula:
Soluções moleculares: ∆𝐏/𝐏𝟐 = 𝐊 𝐭 × 𝐌
Soluções iônicas: ∆𝐏/𝐏𝟐 = 𝐊 𝐭 × 𝐌 × 𝐢
Em que:
∆𝐏/𝐏𝟐 = abaixamento relativo da pressão máxima de vapor;
∆𝐏 = abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor;
𝐏𝟐 = pressão de vapor do solvente;
𝐊 𝐭 = constante tonoscópica;
𝐌 = concentração em mol/L (em quantidade de matéria da solução);
i = fator de Van’t Hoff.
• Ebuluioscopia ou ebuliometria: O efeito ebulioscópico é o aumento do
ponto de ebulição de um líquido quando adicionamos um soluto não volátil
a ele.
Por exemplo, quando temos água fervendo, ou seja, que já atingiu o seu
ponto de ebulição (100 ºC ao nível do mar), e adicionamos açúcar, a água
para de ferver na hora, ou seja, a temperatura de ebulição aumentou. Isso
acontece pelo mesmo motivo mencionado para o efeito tonoscópico, isto é,
a interação entre as moléculas do solvente e do soluto dificulta que a
molécula passe para o estado de vapor, por isso, é necessário adicionar
mais energia na forma de calor para que a solução entre em ebulição.
O aumento do ponto de ebulição pode ser calculado por meio da fórmula:
Soluções moleculares: ∆𝐭 𝐄 = 𝐊 𝐄 × 𝐖
Soluções iônicas: ∆𝐭 𝐄 = 𝐊 𝐄 × 𝐖 × 𝐢
Onde:
∆𝐭 𝐄 = elevação do ponto de ebulição;

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𝐊 𝐄 = constante ebulioscópica;
𝐖 = molalidade (massa molecular do solvente / 1000). No caso de soluções
aquosas diluídas, é igual à molaridade.

• Crioscopia ou crometria: O efeito crioscópico é a diminuição do ponto


de congelamento de um líquido quando um soluto não volátil é adicionado
a ele.

Por exemplo, em lugares frios, as águas dos mares formam uma camada de
gelo somente na superfície, porque ela é formada somente por água. Já a
parte líquida que fica abaixo do gelo não se congela porque, além de o gelo ser
um isolante térmico natural, essa água possui vários sais dissolvidos que
diminuem o ponto de congelamento.

A diminuição do ponto de congelamento pode ser calculado por meio da fórmula:

Soluções moleculares: ∆𝐭 𝐜 = 𝐊 𝐜 × 𝐖

Soluções iônicas: ∆𝐭 𝐜 = 𝐊 𝐜 × 𝐖 × 𝐢

Onde:

∆𝐭 𝐜 = diminuição do ponto de congelamento;

𝐊 𝐜 = constante crioscópica.

• Osmoscopia: O fenômeno da osmose ocorre quando colocamos um


solvente puro e uma solução (ou duas soluções com concentrações
diferentes) separados por uma membrana semipermeável e ocorre a
passagem de solvente pela membrana no sentido do solvente para a
solução (ou da solução menos concentrada para a mais concentrada).
Por exemplo, se colocarmos ameixas secas em água, com o tempo,
notaremos que as ameixas incharão. Isso ocorre porque a pele da ameixa
seca funciona como uma membrana semipermeável e o solvente (água)
passa por ela e vai para o interior da ameixa.

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A pressão osmótica (π) pode ser calculada por meio da fórmula:

Soluções moleculares: π = M × R × T

Soluções iônicas: π = M × R × T × i

Onde:

𝐌 = concentração em quantidade de matéria (molaridade) da solução (mol/L);

𝐑 = constante universal dos gases perfeitos, que é igual a 0,082 atm . L. mol -1. K-
1 ou 62,3 mm Hg L. mol-1. K-1;

𝐓 = temperatura absoluta, dada em Kelvin;

𝐢 = fator de Van’t Hoff.

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3. Metodologia
A metodologia usada para a elaboração do trabalho foi a de pesquisa bibliográfica.
Quanto a abordagem da pesquisa foi qualitativa pois buscamos compreender os
fenômenos a partir de sua explicação e motivos. Quanto a natureza a pesquisa foi
aplicada pois além de gerar novos conhecimentos, tem como o foco de aplicar
esses conhecimentos para solucionar problemas específicos.Quanto ao objectivo
a pesquisa foi descritiva. E quanto aos procedimentos de pesquisa, a pesquisa foi
a de estudo de caso.

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4. Conclusão
Em virtude do que foi mencionado, foi concluido que soluções são o resultado de
uma mistura homogêne de um solvente e um soluto que podem ser de duas ou
mais substâncias formando uma solução de uma fase. E que a solução poderia
ser classificada quanto ao seu estado físico, a quanto à condutividade eléctrica e
quanto à proporção soluto/solvente. Também temos que nas regras de
solubilidade, as regras são divididas para compostos solúveis e compostos
insolúveis. Na concentração das soluções tinhamos tipos e formas de calcular as
concentrações que poderiam ser através de concentração em massa,
concentração molar, concentração em títulos, entre outros. Na mistura de
soluções existem dois casos, mistura de solução do mesmo soluto e mistura de
solução de diferentes solutos que reagem entre si. E por fim nas propriedades
coligativas, existem 4 propriedades que são, tonoscopia, ebulioscopia, crioscopia
e osmoscopia.

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5. Referências Bibliográficas
Acessado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispers%C3%A3o_(qu%C3%ADmica),
aos 05 de Novembro de 2022.

Acessado em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-dispersoes.htm, aos 05


de Novembro de 2022.

Acessado em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/solucoes-.htm, aos 05


de Novembro de 2022.

Acessado em: https://www.todamateria.com.br/solucoes-quimicas/, aos 05 de


Novembro de 2022.

Acessado em: https://www.preparaenem.com/quimica/condutividade-eletrica-das-


solucoes.htm, aos 05 de Novembro de 2022.

Acessado em:

Acessado em: http://graduacao.iqsc.usp.br/files/Tabela-de-Solubilidade.pdf, aos 05


de Novembro de 2022.

Acessado em: https://agracadaquimica.com.br/regras-de-solubilidade/, aos 05 de


Novembro de 2022.

Acessado em: https://www.soquimica.com.br/conteudos/em/solucoes/p9.php, aos


05 de Novembro de 2022.

Acessado em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/propriedades-


coligativas.htm, aos 05 de Novembro de 2022.

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