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Aula 13. Geometria Plana - Parte 1
SUMÁRIO
1. GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA 5
1.2. Ponto 5
1.3. Reta 5
1.4. Plano 5
2. RETAS 6
3. SEGMENTO DE RETA 8
4. ÂNGULOS 11
5. MEDIDAS ANGULARES 17
5.1. Grau 17
5.2. Grado 18
5.3. Radiano 18
5.5. Bissetriz 21
6. TRIÂNGULOS 26
7. CEVIANAS 27
7.1. Altura 27
7.2. Mediana 28
8. CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS 29
10.1. Circunferência 45
10.2. Mediatriz 45
10.3. Bissetriz 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS 68
INTRODUÇÃO
Começamos aqui uma série de aulas destinadas ao estudo das Geometrias.
Nesta aula, veremos muitos tópicos da Geometria Plana que estão todos interligados.
Ao fortalecer sua base teórica, você terá, ao final, mais condições de enfrentar os exercícios de
geometria – tanto plana quanto espacial ou analítica – pois o entendimento de forma ampla e prática
ajuda muito na hora de interpretar o enunciado e, consequentemente, encontrar um caminho para a
solução.
Nosso foco é na aplicação dos teoremas, postulas e base dentro dos problemas que você irá
enfrentar no vestibular.
Você perceberá que estudar Geometria tem suas peculiaridades e a estratégia de resolução é um
pouco distinta da que utilizamos até agora com a Álgebra. Não que a Geometria não se apodere de
elementos algébricos, muito pelo contrário, mas estes acabam sendo, por si só, não suficientes para as
resoluções geométricas.
Por fim, deixe que os exercícios orientem você sobre o que deve ou não ser memorizado. A aula é
longa e, se você ficar preso em memorizar tudo o que veremos, pode comprometer seu cronograma de
estudos sem que isso seja um diferencial competitivo no vestibular.
Por ser um assunto muito longo, dividiremos o tema em duas aulas, Parte 1 e Parte 2.
Até lá, teremos uma concentração maior de questões de fixação durante a teoria, para que você
consiga absorver paulatinamente as características peculiares da Geometria Plana.
Dúvidas? Já sabe, não as deixe sem solução. Se precisar de ajuda com elas, poste-as no fórum.
Estamos aqui para auxiliá-lo.
Boa aula!
A geometria euclidiana, também conhecida como geometria plana, é a parte da matemática que
estuda a construção e propriedades de figuras planas como triângulos, circunferência, quadriláteros etc.
Antes de iniciar, devemos aprender as noções primitivas de ponto, reta e plano e os postulados
que relacionam esses entes geométricos.
1.2. Ponto
Representamos o ponto por letras maiúsculas do alfabeto: 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸, … Devemos
entender o ponto como a menor parte dos entes geométricos. Ele é adimensional.
1.3. Reta
Usamos as letras minúsculas do alfabeto para representar uma reta: 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, … A reta é o
ente geométrico cujas extremidades não possuem limites, ela é contínua em ambos os lados. Por esse
motivo, podemos usar setas para indicar a continuidade da reta nos dois sentidos.
1.4. Plano
Usualmente, representamos o plano com letras minúsculas gregas: 𝛼, 𝛽, 𝛾, … Assim como
a reta, ele deve ser entendido como um plano ilimitado sem bordas que o limite.
Postulados de Euclides:
Postulado I: Dados dois pontos distintos, existe uma única reta que os une.
Postulado II: Qualquer segmento de reta pode ser prolongado a uma reta.
Postulado III: Dados um ponto qualquer e uma distância qualquer, pode-se
construir uma circunferência cujo centro é o ponto dado e o raio é a distância dada.
Postulado IV: Todos os ângulos retos são iguais.
Postulado V: Se uma reta, interceptando duas outras, forma ângulos internos
de um mesmo lado cuja soma é menor do que dois ângulos retos, então estas duas
retas, se prolongadas indefinidamente, se encontram no lado onde estão os ângulos
cuja soma é menor do que dois ângulos retos.
2. Retas
Já vimos o que é uma reta e como essa ideia e aceita como uma noção primitiva. Vejamos, a partir
de agora, algumas situações especiais e a nomenclatura correspondente.
𝑟 ∩ 𝑠 = {𝑃}
1) 𝑟 e 𝑠 são coincidentes:
2) 𝑟 e 𝑠 são distintas:
Perceba que retas reversas não se interceptam e não podem ser paralelas entre si.
3. Segmento de Reta
Vimos que um segmento de reta é uma parte de uma reta e que a reta é infinita por
definição. Vamos estudar as notações usuais para os diferentes tipos de retas:
⃡ :
Reta 𝐴𝐵
̅̅̅̅:
Segmento de reta 𝐴𝐵
Semirreta 𝐴𝐵 :
Semirreta 𝐵𝐴:
Exemplo:
̅̅̅̅ ≡ 𝐶𝐷
𝐴𝐵 ̅̅̅̅
Exemplo:
Exemplo:
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ são consecutivos
𝐴𝐵 e 𝐵𝐶
Exemplo:
̅̅̅̅ e 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ são adjacentes, pois possuem apenas o ponto 𝐵 comum:
̅̅̅̅ ∩ 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ = {𝐵}
̅̅̅̅̅ ∩ 𝑁𝑃
𝑀𝑁 ̅̅̅̅ = 𝑁𝑃
̅̅̅̅
̅̅̅̅ é único.
Atenção, o ponto médio do segmento 𝐴𝐵
1)
𝑃𝑅 = 20 + 12 = 32
2)
𝑃𝑅 = 20 − 12 = 8
Gabarito: 𝑷𝑹 = 𝟑𝟐 𝒐𝒖 𝟖
4. Ângulos
dentro fora
4.1. Região Convexa e Região Côncava
Um conjunto de pontos é convexo se, e somente se, para todo par de pontos 𝐴 e 𝐵 do
̅̅̅̅ está inteiramente contida no conjunto. Caso contrário, esse conjunto de pontos
conjunto, o segmento 𝐴𝐵
é côncavo.
Exemplos:
̅̅̅̅ ⊄ 𝑹)
𝑹 é 𝒄ô𝒏𝒄𝒂𝒗𝒂 ⇔ (∃𝑨, 𝑩 ∈ 𝑹 𝒆 𝑨 ≠ 𝑩 → 𝑨𝑩
Perceba que, caso as semirretas não sejam opostas, o ângulo determina duas regiões angulares,
um convexo e um côncavo.
A região interna do ângulo 𝑅1 é convexa e a região externa 𝑅2 é côncava. 𝛼 é a notação usada para
representar o ângulo da região convexa e 𝛽 é o ângulo da região côncava. Também podemos usar a
notação 𝛼 = 𝐴Ô𝐵 = Ô.
Exemplos:
𝐴Ô𝐵 e 𝐴Ô𝐶 não são adjacentes, pois 𝐴Ô𝐵 possui pontos internos comuns com 𝐴Ô𝐶
Exemplos:
𝐴Ô𝐷 e 𝐵Ô𝐶 não são consecutivos, pois não possuem lado em comum
Exemplos:
𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷 não são opostos pelo vértice, pois o lado 𝑂𝐷 não é a semirreta oposta de 𝑂𝐵
5. Medidas angulares
Atualmente, temos três unidades de medidas mais famosas: grau, grado e radiano. Vamos
estudar cada uma delas:
5.1. Grau
Um grau (1°) é a unidade de medida determinada pela divisão de uma circunferência em
360 partes iguais. Assim, se dividimos uma circunferência no meio, cada arco que obtemos terá a medida
de 180°.
1° 1′
1′ = 𝑒 1′′ =
60 60
5.2. Grado
Um grado (1 𝑔𝑟) é a unidade de medida determinada pela divisão da circunferência em
400 partes iguais. Dessa forma, se dividimos a circunferência no meio, cada arco terá a medida de 200 𝑔𝑟.
5.3. Radiano
Um radiano (1 𝑟𝑎𝑑) é a unidade de medida igual ao comprimento do raio da
circunferência. O comprimento total de uma circunferência é dado por:
𝐶 = 2𝜋𝑟
𝜋 ≅ 3,14
̂
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝑩
̂ =
𝑨𝑩
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
2𝜋𝑟
̂ =
𝐴𝐵 = 2𝜋
𝑟
Assim, o arco de uma volta completa corresponde a 2𝜋 𝑟𝑎𝑑.
Veja o exemplo:
Vimos os três principais tipos de medidas usadas para os ângulos. Podemos estabelecer a
seguinte equivalência entre elas:
360° − 400 𝑔𝑟
𝐺−𝑔
360𝑔 = 400𝐺
10
𝑔= 𝐺
9
Para converter graus em radianos, podemos usar a mesma ideia. Sendo 𝑟 a medida em
radianos:
360° − 2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝐺−𝑟
360𝑟 = 2𝜋𝐺
𝜋
𝑟= 𝐺
180
Vejamos um exemplo:
360° − 2𝜋 𝑟𝑎𝑑
240° − 𝑥
360𝑥 = 240 ∙ 2𝜋
4
𝑥= 𝜋 𝑟𝑎𝑑
3
Analogamente para grados:
360° − 400𝑔𝑟
240° − 𝑦
800
𝑦= 𝑔𝑟
3
5.5. Bissetriz
Uma semirreta 𝑂𝐶 interna ao ângulo 𝐴Ô𝐵 é bissetriz de 𝐴Ô𝐵 se, e somente se, 𝐴Ô𝐶 ≡
𝐵Ô𝐶. Na prática, a bissetriz é a semirreta localizada internamente na metade do ângulo.
Exemplo:
𝑦 = 60 ∙ 0,875′ = 52,5′
1′ − 60′′
0,5′ − 𝑧
𝑧 = 60 ∙ 0,5′′ = 30′′
⇒ 𝑥 = 25°52′30′′
Seja 𝛼, o complemento de 𝑥, então:
𝛼 = 90° − 25°52′ 30′′
𝛼 = 89°59′ 60′′ − 25°52′ 30′′
𝛼 = 64°7′ 30′′
Seja 𝛽, o suplemento de 𝛼:
𝛽 = 180° − 64°7′ 30′′
𝛽 = 179°59′ 60′′ − 64°7′ 30′′
𝛽 = 115°52′ 30′′
Gabarito: 𝟏𝟏𝟓°𝟓𝟐′ 𝟑𝟎′′
O ponteiro das horas percorre 30° quando completa 1 hora e o ponteiro dos
minutos percorre 360° quando o ponteiro das horas completa 1 hora. Então, quando o ponteiro
360
das horas percorre 1°, o ponteiro dos minutos percorrerá ( ) ° = 12°.
30
𝜃 é o ângulo que o ponteiro das horas percorre quando o ponteiro dos minutos
percorre 60°.
Usando uma regra de três, temos:
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 − 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
1° − 12°
𝜃 − 60°
60
𝜃=(
) ° = 5°
12
O menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio é dado por:
𝜃 + 90° = 95°
Gabarito: 𝟗𝟓°
06) 𝑂𝑋 e 𝑂𝑌 são as bissetrizes de dois ângulos adjacentes, 𝐴Ô𝐵 e 𝐵Ô𝐶 ambos agudos, e
tais que 𝐴Ô𝐵 − 𝐵Ô𝐶 = 36°. 𝑂𝑍 é a bissetriz do ângulo 𝑋Ô𝑌, calcular o ângulo 𝐵Ô𝑍.
Comentários:
Supondo que 𝑂𝑋 seja bissetriz de 𝐴Ô𝐵 e 𝑂𝑌, bissetriz de 𝐵Ô𝐶, temos:
(Poderia ser o contrário, com 𝑂𝑋 , bissetriz de 𝐵Ô𝐶 e 𝑂𝑌, bissetriz de 𝐴Ô𝐵. O
resultado seria o mesmo.)
6. Triângulos
Dados três pontos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 não colineares, os segmentos ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , 𝐵𝐶 𝐴𝐶 definem o triângulo
𝐴𝐵𝐶.
7. Cevianas
Definimos como ceviana qualquer reta que passa pelo vértice do triângulo.
7.1. Altura
Usualmente, usamos a letra ℎ para denotar a altura de um triângulo. Ela é um segmento
que passa pelo vértice do triângulo e forma um ângulo reto com o lado oposto desse vértice.
̅̅̅̅
𝐴𝐻 é a altura do vértice 𝐴.
7.2. Mediana
A mediana de um triângulo é o segmento que passa pelo vértice e pelo ponto médio do
lado oposto ao vértice.
̅̅̅̅̅
𝐴𝐵𝑖 é a bissetriz interna do Δ𝐴𝐵𝐶 e ̅̅̅̅̅
𝐴𝐵𝑒 é sua bissetriz externa.
𝑎 <𝑏+𝑐
|𝒃 − 𝒄| < 𝒂 < 𝒃 + 𝒄
8. Congruência de Triângulos
Podemos afirmar que dois ou mais triângulos são congruentes se, e somente se, todos os
lados e ângulos internos deles forem congruentes na mesma ordem.
 ≡ Â′
𝐴𝐵 ≡ ̅̅̅̅̅̅
{̅̅̅̅ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
𝐴𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐴′𝐶′
̅̅̅̅ ≡ ̅̅̅̅̅
𝐴𝐶 𝐴′𝐶′
{̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝐴𝐵 ≡ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ ≡ 𝐵′𝐶′
𝐵𝐶
 ≡ Â′
𝐴𝐵 ≡ ̅̅̅̅̅̅
{̅̅̅̅ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̂
𝐵̂ ≡ 𝐵′
 ≡ Â′
{ 𝐵̂ ≡ 𝐵′̂ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ ≡ 𝐵′𝐶′
𝐵𝐶
𝐵𝐷 ≡ 𝐷𝐶
̂ 𝐴 ≡ 𝐶𝐷
{𝐵𝐷 ̂ 𝐴 ⇒ Δ𝐵𝐷𝐴 ≡ Δ𝐶𝐷𝐴 ⇒ 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶
𝐷𝐴 ≡ 𝐷𝐴
Um ângulo externo de um triângulo é maior do que qualquer um dos ângulos internos não
adjacente.
𝛾′ > 𝛼
𝛾′ > 𝛽
𝒂>𝒃>𝒄⇔𝜶>𝜷>𝜸
𝛼1 ≡ 𝛼2 ≡ 𝛼3 ≡ 𝛼4
𝛽1 ≡ 𝛽2 ≡ 𝛽3 ≡ 𝛽4
𝜶 + 𝜷 + 𝜸 = 𝟏𝟖𝟎°
II) O ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não
adjacentes a ele.
𝜽=𝜶+𝜷
(𝐼) 𝑏 2 = 𝑎𝑛
(𝐼𝐼) 𝑐 2 = 𝑎𝑚
(𝐼𝐼𝐼) ℎ2 = 𝑚𝑛
(𝐼𝑉) 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
(𝑉) 𝑏ℎ = 𝑐𝑛
(𝑉𝐼) 𝑐ℎ = 𝑏𝑚
(𝑉𝐼𝐼) Pitágoras 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
1 1 1
(𝑉𝐼𝐼𝐼) 2
= 2+ 2
ℎ 𝑏 𝑐
Comentários:
Usando a propriedades dos ângulos de retas paralelas e ângulos opostos pelo
vértice, temos:
Comentários:
Podemos traçar a reta 𝑡 tal que 𝑡//𝑠//𝑟:
Comentários:
2𝑥 + 3𝑥 + 100° = 360°
5𝑥 = 260°
𝑥 = 52°
Gabarito: 𝟓𝟐°
10) Determine 𝑥 e 𝑦:
a)
b)
Comentários:
a)
b)
Δ𝐴𝐵𝐷 é retângulo
Usando o Teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝐵𝐷:
82 = 𝑥 2 + 𝑦 2 ⇒ 𝑥 2 + 𝑦 2 = 64 (𝐼)
Δ𝐴𝐵𝐷~Δ𝐵𝐷𝐶
𝑥 𝑦
= ⇒ 𝑦 2 = 12𝑥 (𝐼𝐼)
𝑦 12
Substituindo (𝐼𝐼) em (𝐼):
𝑥 2 + 12𝑥 − 64 = 0
𝑥 = (−6 ± √100) = −16 𝑜𝑢 4
Como 𝑥 > 0, temos 𝑥 = 4.
Substituindo 𝑥 em (𝐼𝐼):
𝑦 2 = 12 ∙ 4
𝑦 = 4√3
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟓 𝒆 𝒚 = 𝟏𝟐/𝟓 b) 𝒙 = 𝟒 𝒆 𝒚 = 𝟒√𝟑
11) Determine 𝑥:
a)
b)
Comentários:
a)
b)
Comentários:
Fazendo 𝐴𝐵 = 𝑏 e 𝐵𝐷 = 𝑎, temos 𝐶𝐷 = 2𝑎. Perceba que os triângulos 𝐴𝐵𝐷 e 𝐴𝐵𝐶
são semelhantes, pois possuem todos os ângulos internos congruentes:
𝑎 𝑎 √3
𝑡𝑔𝑥 = = =
𝑏 √3𝑎 3
𝑥 = 30°
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎°
Essa definição de LG também será muito explorada quando estudarmos a Geometria Analítica,
então, fique atento.
10.1. Circunferência
Circunferência é o lugar geométrico dos pontos 𝑃 de um plano que distam 𝑅 de um ponto fixo 𝑂.
Sejam 𝜆, 𝛼, 𝑂 e 𝑅, a circunferência, o plano, o centro e o raio, respectivamente. Em símbolos, o LG da
circunferência pode ser escrito como:
𝜆 = {𝑝 ∈ 𝛼|𝑂𝑃 = 𝑅}
10.2. Mediatriz
Mediatriz é o lugar geométrico dos pontos de um plano que equidistam das extremidades de um
segmento.
10.3. Bissetriz
É o lugar geométrico dos pontos de um plano que equidistam de duas retas concorrentes.
Consequentemente, esse LG divide o menor ângulo entre as retas concorrentes em duas partes iguais.
Todos os pontos 𝑃 pertencentes à região vermelha da circunferência são pontos do arco capaz.
Perceba que quando 𝑃 ≡ 𝐴 ou 𝑃 ≡ 𝐵, temos que os segmentos de reta 𝐴𝐴′ e 𝐵𝐵′ tangenciam a
circunferência nos pontos 𝐴 e 𝐵, respectivamente. Nesses pontos, eles também enxergam o segmento
̅̅̅̅
𝐴𝐵 sob um ângulo 𝛼.
Outro ponto a se notar é que toda reta tangente a uma circunferência forma um ângulo reto com
o segmento de reta que liga o ponto de tangência ao centro da circunferência.
̂.
Podemos encontrar uma relação entre 𝛼 e o menor arco de 𝐴𝐵
̂.
Sabemos que o ângulo do centro da circunferência é igual ao ângulo formado pelo arco 𝐴𝐵
̂.
Já o ângulo do ponto da circunferência é igual ao ângulo formado pelo arco 𝐴𝐵
̂
𝑨𝑩
𝜶=
𝟐
Além desse caso, temos outros dois:
̂ + 𝐵𝐸
𝐴𝐵 ̂
𝛼=
2
̂ + 𝑪𝑫
𝑨𝑩 ̂
∴𝜶=
𝟐
Para o caso de 𝑃 externo à circunferência:
̂ − 𝐴𝐸
𝐴𝐵 ̂
𝛼=
2
̂ − 𝑪𝑫
𝑨𝑩 ̂
∴𝜶=
𝟐
𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝒏−𝟏
= =⋯= =𝒌
𝒚𝟏 𝒚𝟐 𝒚𝒏−𝟏
Quando dois triângulos são congruentes, seus lados têm, além de ângulos internos congruentes,
também seus lados, e na mesma ordem.
Para a semelhança, não há a necessidade referente aos lados e estes passam a ser, em vez de
iguais, proporcionais.
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os ângulos internos são congruentes e os lados
opostos a esses ângulos congruentes são proporcionais entre si. Usamos o símbolo ~ para indicar que
dois triângulos são semelhantes.
𝑨 ≡ 𝑨′ , 𝑩 ≡ 𝑩′ , 𝑪 ≡ 𝑪′
′ ′ ′
𝚫𝑨𝑩𝑪~𝚫𝑨 𝑩 𝑪 ⇔ { 𝒂 𝒃 𝒄
= = = 𝒌 ∈ ℝ∗+
𝒂′ 𝒃′ 𝒄′
𝒓//𝑩𝑪 ⇔ 𝜟𝑨𝑫𝑬~𝜟𝑨𝑩𝑪
Se a reta 𝑟 for paralela a um dos lados de um triângulo 𝐴𝐵𝐶, o Δ𝐴𝐷𝐸 que ele determina é
semelhante ao Δ𝐴𝐵𝐶.
𝐴𝐷 𝐴𝐸
=
𝐴𝐵 𝐴𝐶
Aplicando o Teorema de Tales nas retas paralelas 𝑠 e 𝐴𝐵:
𝐴𝐸 𝐵𝐹
=
𝐴𝐶 𝐵𝐶
Como 𝐵𝐷𝐸𝐹 é um paralelogramo, temos 𝐵𝐹 = 𝐷𝐸, desse modo:
𝐴𝐷 𝐴𝐸 𝐷𝐸
= =
𝐴𝐵 𝐴𝐶 𝐵𝐶
Portanto, os lados correspondentes dos triângulos são proporcionais e os ângulos internos são
ordenadamente congruentes. Logo, são semelhantes.
′
{ Â ≡ Â ′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′ 𝐵 ′ 𝐶 ′
𝐵≡𝐵
̂
̂ ≡ 𝐵′
Supondo que 𝐴𝐵 > 𝐴′𝐵′, podemos construir um triângulo 𝐴𝐷𝐸 no triângulo 𝐴𝐵𝐶 tal que 𝐷
e 𝐴𝐷 ≡ 𝐴′𝐵′:
 ≡ Â′
{𝑐 𝑏 ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′ 𝐵 ′ 𝐶 ′
=
𝑐 ′ 𝑏′
Supondo 𝐴𝐵 > 𝐴′𝐵′, vamos traçar o segmento de reta ̅̅̅̅
𝐷𝐸 no triângulo 𝐴𝐵𝐶 tal que 𝐴𝐷 ≡ 𝐴′𝐵′ e
𝐴𝐸 ≡ 𝐴′𝐶′:
𝑐 𝑏
Pelo Teorema de Tales, como 𝑐 ′ = 𝑏′ , temos que ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ . Então, 𝐷
𝐷𝐸 //𝐵𝐶 ̂ ≡ 𝐵̂ e 𝐸̂ ≡ 𝐶̂ .
̂ e 𝐸̂ ≡ 𝐶′
̂ ≡ 𝐵′
Usando o critério de congruência LAL, temos Δ𝐴𝐷𝐸 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′. Logo, 𝐷 ̂.
̂ e 𝐵̂ ≡ 𝐵′
Portanto, pelo critério de semelhança AA, podemos ver que 𝐴̂ ≡ 𝐴′ ̂ implica
′ ′ ′
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴 𝐵 𝐶 .
𝑎 𝑏 𝑐
′
= ′ = ′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′𝐵′𝐶′
𝑎 𝑏 𝑐
𝑐 𝑏
′
= ′ ⇒ 𝐷𝐸//𝐵𝐶
𝑐 𝑏
Então:
̂ ≡ 𝐵̂ e Ê ≡ 𝐶̂ ⇒ Δ𝐴𝐷𝐸~Δ𝐴𝐵𝐶
𝐷
𝑎 𝑏 𝑐
= ′= ′
𝑥 𝑏 𝑐
Da hipótese, temos:
𝑎 𝑏 𝑐
′
= ′= ′
𝑎 𝑏 𝑐
Portanto:
𝑎′ = 𝑥
Δ𝐴𝐷𝐸 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
∴ Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴′𝐵′𝐶′
𝐴𝑀 𝐴𝑁
= ⇒ 𝑀𝑁//𝐵𝐶
𝑀𝐵 𝑁𝐶
Desse modo:
𝑀 ≡𝐵e𝑁 ≡𝐶
Δ𝐴𝑀𝑁~Δ𝐴𝐵𝐶
𝐴𝑀 𝐴𝑁 𝑀𝑁 1
= = =
𝐴𝐵 𝐴𝐶 𝐵𝐶 2
Se 𝐵𝐶 é a base do triângulo 𝐴𝐵𝐶, então 𝑀𝑁 é chamado de base média do triângulo 𝐴𝐵𝐶.
Vimos que 𝑀𝑁 é paralelo ao lado 𝐵𝐶, analogamente, para os outros lados, podemos provar que
𝑁𝑃//𝐴𝐵 e 𝑀𝑃//𝐴𝐶. Então, o triângulo 𝑀𝑁𝑃 é semelhante ao triângulo 𝐴𝐵𝐶 e possui razão igual a 1/2.
- suas alturas é 𝑘;
- suas medianas é 𝑘;
- seus perímetros é 𝑘;
Chamamos de perímetro a soma de todos os lados de um triângulo, então para um triângulo 𝐴𝐵𝐶:
2𝑝 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐
Perceba que os segmentos de reta que ligam o centro da circunferência aos pontos de tangência
sempre formam um ângulo reto.
Uma circunferência circunscrita a um triângulo é uma circunferência que passa por todos os
vértices do triângulo:
Dizemos que dois elementos são homólogos quando ambos são correspondentes um ao outro.
Por exemplo, tomando-se dois triângulos semelhantes, podemos afirmar que os lados opostos aos
ângulos congruentes são homólogos.
b)
Comentários:
a)
3 𝑥
=
4 𝑥+3
3𝑥 + 9 = 4𝑥
𝑥=9
Gabarito:
a) 𝒙 = 𝟑/𝟐
b) 𝒙 = 𝟗 c) 𝒙 = 𝟏𝟐
Comentários:
Aplicando o teorema de Tales:
𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐶
𝑥 3
=
8 5
24
𝑥=
5
Gabarito: 𝒙 = 𝟐𝟒/𝟓
Comentários:
20 𝑥
=
10 15
𝑥 = 30
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎
Comentários:
Como 𝑀𝑁//𝐵𝐶, temos que Δ𝐴𝑀𝑁~Δ𝐴𝐵𝐶:
𝐴𝑁 𝐴𝐶
=
𝑀𝑁 𝐵𝐶
2 2+3
=
𝑥 𝑥+4
2𝑥 + 8 = 5𝑥
8
𝑥=
3
Gabarito: 𝒙 = 𝟖/𝟑
Admita que 𝐴1 𝐵1 = 𝐵1 𝐶1 = 7 e 𝐴1 𝐶1 = 4.
Assim, (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑝3 ) define a seguinte progressão:
a) aritmética de razão −8.
b) aritmética de razão −6.
c) geométrica de razão 1/2.
d) geométrica de razão 1/4.
Comentários:
Como os vértices dos triângulos internos são os pontos médios de outros triângulos, temos
que cada triângulo terá razão igual a 1/2 do triângulo externo. Desse modo, temos:
𝑝1 = 7 + 7 + 4 = 18
𝑝1 18
𝑝2 = = =9
2 2
𝑝2 9
𝑝3 = =
2 2
Portanto, a sequência (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑝3 ) é uma PG de razão 1/2.
Gabarito: c)
19) (IFCE/2016) O triângulo 𝐴𝐵𝐶 tem lados medindo 8 cm, 10 cm e 16 cm, enquanto o
triângulo 𝐷𝐸𝐹, semelhante a 𝐴𝐵𝐶, tem perímetro 204 cm. O maior e o menor dos lados de 𝐷𝐸𝐹
medem, respectivamente,
a) 64 cm e 32 cm.
b) 60 cm e 48 cm.
c) 48 cm e 24 cm.
d) 96 cm e 48 cm.
e) 96 cm e 64 cm.
Comentários:
O enunciado nos diz que os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐷𝐸𝐹 são semelhantes, logo, os lados e os
seus perímetros possuem a mesma razão de proporção. Vamos calcular o perímetro 𝑝𝐴𝐵𝐶 do
Δ𝐴𝐵𝐶:
𝑝𝐴𝐵𝐶 = 8 + 10 + 16 = 34
Vamos calcular a razão de proporção entre os triângulos:
𝑝𝐴𝐵𝐶 34 1
= =
𝑝𝐷𝐸𝐹 204 6
Logo, a razão de proporção entre os triângulos é 1/6. Os lados do triângulo 𝐷𝐸𝐹 são dados
por:
8 𝑐𝑚 ⇒ 48 𝑐𝑚
10 𝑐𝑚 ⇒ 60 𝑐𝑚
16 𝑐𝑚 ⇒ 96 𝑐𝑚
Portanto, o maior lado é 96 cm e o menor é 48 cm.
Gabarito: d)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossa, vimos muita coisa nesta aula, não?
No entanto, muito do que vimos você já trazia como bagagem, como definições de algumas figuras
planas e área.
Em nossa próxima aula, daremos seguimento a estes conceitos dentro da Geometria Plana.
Até mais!
Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma mudança no conteúdo
for necessária, uma nova versão da aula será disponibilizada.