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A leitura poderá ser como numa frase com: 1) sujeito, 2) verbo e 3) complemento.
É muito importante aplicar variações com a finalidade de adaptar a função de cada carta ao
assunto que será tratado pela a tiragem. Por exemplo:
• 1. o positivo; 2. negativo; 3. a síntese.
• 1. a causa; 2. o desenvolvimento; 3. os efeitos ou as conseqüências.
• 1. uma alternativa; 2. a outra; 3. a avaliação final.
• 1. a meta, a intenção; 2. os meios para alcançá-la; 3. as conseqüências.
• 1. eu, 2. o outro, 3. as perspectivas.
• o que o consulente poderá esperar se: 1. for em frente, 2. recuar. A terceira carta poderá
indicar um conselho ou um terceiro caminho.
Lembre-se que, do ponto de vista da técnica, o mais importante para quem dirige a jogada
é definir ele próprio qual ângulo, qual aspecto do assunto, que espera ser elucidado pela
carta. Desse modo, com a questão claramente definida, ficará muito mais compreensível o
recado de cada carta.
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maço em três montes antes da leitura, como uma forma de trazer a energia do consulente
para o agora.
Muitos tarólogos e cartomantes complementam essa abertura virando os maços que se
formam para cima, e lendo as primeiras cartas ou arcanos que passam a representar o
Corpo, a Mente e o Espírito do cliente naquele momento! Como uma síntese do que ele está
vivendo e trazendo para a consulta. Técnica usada por minha querida tia Lourdes
Crippa que foi uma grande cartomante, e que certa vez aos meus catorze anos abriu suas
cartas para mim dizendo que eu ia trabalhar com cartas, mas que ela dizia não serem
cartas como as que ela usava (um baralho Lenormand). Ela nunca tinha visto até então um
jogo de tarot, e dizia intrigada que eu ia palestrar sobre essas cartas, escrever e ensinar a
outros, e que ia viver disso... Trinta e dois anos depois eis eu aqui...! Faço desse texto
minha homenagem saudosa à minha querida e altamente intuitiva, tia e amiga, Lourdes.
O baralho Lenormand
Ilustração de www.lifeofhimm.wordpress.com
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11. A Força, 6. Os Namorados e 9. O Eremita
Ao somarmos as cartas aos pares a interpretação pode ficar mais clara ou confirmar o que
já foi dito. Ao somar o 6 de Os Amantes com o 9 de O Eremita, obtemos o 15 de O
Diabo. O que confirma que a compenetração do meu amigo tinha a ver com sua
necessidade de reunir recursos e não com as outras “paixões” deste arcano.
Ao somarmos 6 de Os Amantes com o 11 de A Força obtemos o 17 de A Estrela. O que
me fez pensar que seu empenho em se desdobrar teria muito a ver com sua preocupação
com os seus anseios sobre o futuro! Ao somarmos, por fim, o 9 de O Eremita com
o 11 de A Força obtemos o número 20 de O Julgamento, o que demonstra que seu foco
aliado à sua vontade aguerrida de vencer traria vitória certa em seu objetivo!
Somando agora todas as três cartas do jogo, 6 + 9 + 11 = 26 = 2 + 6 = 8. O 8 é o arcano
de A Justiça. O que fecha muito bem o esquema simbólico, representando um momento
de retidão, decisões racionais, e de esforço consciente para manter o equilíbrio pessoal
diante das demandas que se apresentam. Entendi também que A Justiça alertava para
que o equilíbrio fosse mantido no sentido de não se prolongar essa retirada da vida afetiva
e interior para além do necessário.
Nesse ponto da nossa leitura meu amigo balançou a cabeça dizendo que estava se
perguntando justamente isso, se já não era hora de “tirar o pé do acelerador” e voltar a
viver um pouco!
Vejam só como a leitura de três cartas pode ser mais profunda do que se imagina, e é claro
que isso não se dá por acaso. O complexo simbolismo dos arcanos do tarot, e sua imensa
flexibilidade arquetípica, proporcionam essas viagens fascinantes pela vida e a alma
humana.
Tiragem em Cruz
Na Tiragem em Cruz contamos com um maior número de ângulos para
examinar uma questão. Retiramos do maço cinco lâminas, que são colocadas
de face para baixo, na seqüência de posições indicadas no quadro ao lado.
Há também quem costuma, para conhecer a quinta carta, adicionar os
números das quatro já sorteadas. Neste caso:
(a) se o resultado for menor que 22, tiramos do maço a lâmina que tem esse
número e a colocamos no centro da cruz;
(b) se o resultado for igual a 22, colocamos o Louco. (Ele, porém, quando se
encontra entre as quatro primeiras cartas já sorteadas, é contado com valor
zero na adição para se achar a quinta lâmina; é o "Arcano Sem Número");
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(c) se o resultado for maior que 22, somamos os dois algarismos e esse novo resultado,
denominado redução, será o número da quinta lâmina (por exemplo, se o valor total das
quatro cartas sorteadas for 37, somamos 3 + 7 = 10, isto é, a quinta carta será a Roda da
Fortuna);
(d) se a quinta lâmina já tiver saído na tiragem, imaginamos que ela se encontra duplicada
no centro.
Variações, entre muitas outras, que podemos atribuir para a função de cada carta:
• 1. a pessoa, 2. o momento, 3. os prognósticos, 4. os desafios a superar, 5. o conselho
para lidar com a situação;
• 1. o fato, 2. o que ele causa, 3. onde e quando ocorre, 4. como ocorre, 5. porque ocorre;
• 1. o consulente, 2. o outro, 3. o que os aproxima, 4. o que os separa, 5. a tendência para
o futuro ou a estratégia a seguir;
• 1. o aspecto interno da questão, 2. o aspecto externo, 3. o que é superior ou favorável,
4. o que é inferior ou desfavorável, 5. a síntese ou resposta.
Tiragem Péladan
Joséphin Péladan (1858-1918), escritor e ocultista francês, divulgou uma
técnica de tiragem bastante utilizada. Trata-se de um esquema simples e útil,
idêntico à tiragem em cruz.
A quinta carta é obtida pela soma do valor das quatro primeiras retiradas do
maço. Se o resultado ultrapassar 22, será feita a redução numerológica
(teosófica). Veja os detalhes dessa operação na "Tiragem em cruz", logo
acima.
Tiragem Kairallah
É o modelo que costumo utilizar em minhas consultas, na complementação da análise do
mapa natal e dos trânsitos astrológicos.
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Na primeira tiragem de uma seção, para dar uma visão de conjunto do
momento vivido pelo consulente, as cartas podem ter as seguintes
funções:
1. o consulente; como ele se encontra;
2. o seu momento de vida; suas condições atuais;
3. prognósticos, o rumo que sua vida tende a tomar ou o que esperar nos
próximos meses;
4. qual a melhor conduta diante da situação definida pelas cartas
anteriores. Conforme a tiragem, a carta pode ser definida como
o conselho estratégico para lidar com o assunto em exame.
5. o cenário geral que envolve a questão e dá o tom às demais cartas.
Usualmente, neste modelo, é a carta de corte e que pode ser a primeira
desvirada após o sorteio, junto com o maço de cartas que restou.
O mesmo modelo pode ser aplicado às sucessivas questões que o cliente colocar. As
funções atribuídas as cartas 1, 2 e 3 são então adaptadas a cada assunto. As duas outras
cartas mantêm o padrão: 4 – indica o conselho, o caminho oportuno para ser seguido pelo
consulente; 5 - (a carta de corte ou uma carta que for retirada especificamente com esse
propósito), delineia o cenário geral, o pano de fundo, as forças que circunscrevem o
assunto.
É o praticante, aquele que conduz a tiragem, quem deve definir previamente a função que
a carta terá na jogada. Veja alguns exemplos de variações para as cartas de 1 a 3,
conforme o assunto e o interesse do consulente:
• 1. o consulente; 2. o outro (parceiro ou sócio); 3. o desenrolar da relação.
• 1. os pontos fortes ou positivos do tema (trabalho, saúde, projetos, estudos, etc.); 2.
seus pontos fracos ou negativos; 3. tendências ou caminho a percorrer.
• 1. pessoa; 2. a situação específica (relacionamento, trabalho, projeto, etc.); 3. o que
esperar.
• 1. o que favorece o projeto (ou a intenção); 2. o que ainda precisa ser trabalhado,
melhorado; 3. quais são as perspetivas.
É sempre importante refletir sobre a harmonização entre os prognósticos ou tendências
(carta 3) e os conselhos (carta 4). Por vezes a perspetiva é otimista e o conselho é o de
cuidados e reservas. Em outras situações, o prognóstico pode ser modesto e o conselho
indicar a aplicação de energia e empenho. Como acontece com as demais correlações
importa aqui, mais do que conhecer os significados das cartas, a experiência de vida e a
maturidade do consultor, o quanto ele trabalhou a delicada questão de dar
aconselhamento.
O templo de Afrodite
Uma tiragem bem interessante para fotografar a relação de um casal, nos seus planos
racional, emocional e físico (ou melhor, “químico”). Sete cartas são escolhidas e colocadas
em duas colunas, como mostrado abaixo, sendo a última carta – síntese ou prognóstico da
relação – colocada na posição central.
Ele Ela
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Plano mental ou os pensamentos
O resultado ou o futuro
A Ferradura
Designada "horse" na língua inglesa, a tecnica da Ferradura ajuda a avaliar a sequência, o
desenvolvimento de uma situação ou relacionamento. As cartas são dispostas numa curva
que lembra uma ferradura de cavalo.
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1. O Passado. Os eventos passados que afetam a questão ou
situação do consulente.
2. O presente. Sentimentos, pensamentos ou acontecimentos
reais que influem decididamente sobre o assunto em questão.
3. O futuro imediato. Eventos próximos que irão afetar essa
situação e que até mesmo poderão surpreender o consulente.
4. Obstáculos. O que preocupa o consulente. Dificuldades a
superar, que podem ser atitudes mentais ou dificuldades de
ordem prática.
5. As atitudes dos outros. O ambiente, atitudes e pensamentos
que as pessoas ao redor do consulente têm sobre a situação.
6. O caminho de superação. O que deve ser feito para o melhor encaminhamento da
situação. Trata-se de uma sugestão prática par o consulente.
7. O resultado final. O resultado mais provável. O que se pode esperar se o consulente
seguir o conselho dado pela sexta carta.