Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
. a seu Neto G
DO TODO E DE TUDO
Primeira Série
G. L GURDJIEFF
Relatos de
Belzebu
a seu Neto
Crítica Objetivamente
Imparcial da Vida dos Homens
DO TODO E DE TUDO
Primeira Série
HORUS
EDITORA
São Paulo
Copyright : © 1976 by Triangle Editions Inc, NewYork.
G978r
Gurdjieff, George Ivanovitch
Relatos de Belzebu a seu Neto:
Crítica Objetivamente Imparcial da Vida dos Homens:
Do Todo e de Tudo - Primeira Série
Tradução: Lea P. Zylberlicht com a ajuda de
Gian B. Grosso e outros
16
DESPERTAR DO PENSAR,
tinha tempo diante de mim; mas hoje, hélas! isso não é mais
possível e, custe o que custar, “nem que eu me arrebente”, te
nho de começar.
. Mas, afinal de contas, com que começar?
Hurra!... Eureca!...
Quase todos os livros a cuja leitura tive acesso em minha
vida começavam por um prefácio. Portanto, será preciso, para
mim também, começar por algo desse gênero.
Digo bem “desse gênero”, porque jamais, em toda mi
nha vida, quase desde o momento em que soube distinguir uma
menina de um menino, nunca fiz nada, absolutamente nada,
como os bípedes meus semelhantes, destruidores dos bens da
Natureza; por isso devo eu agora — sou mesmo obrigado a isso
por princípio — escrever diferentemente do que o faria qual
quer escritor.
Em lugar do prefácio de praxe, começarei, portanto, por
uma simples advertência.
Começar por uma advertência será muito sensato de mi
nha parte, pela simples razão de que isso não contradirá ne
nhum de meus princípios, sejam orgânicos, psíquicos ou até
mesmo “extravagantes”. Ao mesmo tempo, isto será completa
mente honesto, objetivamente falando, naturalmente, porque
espero com absoluta certeza, como aliás todos aqueles que me
conhecem de perto, que meus escritos façam desaparecer na
maioria dos leitores, de uma vez por.todas — e não progressi
vamente como isso se passa para cada um, cedo ou tarde —,
todos os “tesouros” que eles possuem, tesouros transmitidos
por hereditariedade ou adquiridos por seu próprio labor, sob a
forma de “noções tranqüilizantes” que somente evocam ima
gens suntuosas de sua vida presente ou ingênuos sonhos de
futuro.
Os escritores profissionais começam ordinariamente suas
introduções dirigindo-se ao leitor com todo tipo de títulos pom
posos e frases empoladas, cheias de melosa ênfase.
17
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
Pois bem...
Meus mui queridos, mui honrados, mui decididos e cer
tamente mui pacientes Senhores, e minhas mui queridas, en
cantadoras e imparciais Senhoras... Desculpem-me! ia esque
cer o principal: e minhas nem um pouco histéricas Senhoras!
Tenho a honra de lhes declarar que, devido a certas con
dições que se impõem a mim nestas últimas etapas do processo
da minha vida, me preparo de fato a escrever livros, porém
sem ter escrito ainda até agora a menor obra, nem o menor
“artigo instrutivo”, nem mesmo uma dessas cartas nas quais
teria sido bem necessário observar aquilo que se chama a “gra
mática”; de modo que hoje, embora me torne um “escritor pro
fissional”, não tenho nenhuma prática das regras e procedi
mentos literários estabelecidos, nem da “linguagem literária de
bom-tom”, e me vejo forçado a escrever diferentemente do que
fazem os escritores comuns “reconhecidos”, à maneira dos quais
vocês estão há muito tempo tão acostumados quanto a seu pró
prio cheiro.
A meu ver, o fato lamentável para vocês nisso tudo é que,
desde a infância, lhes foi inculcado um automatismo que se
harmonizou perfeitamente com o seu psiquismo geral e que
funciona de maneira ideal para a percepção de toda impressão
nova, de sorte que este “benefício” os poupa desde então, du
rante sua vida responsável, de toda necessidade de fazer o mí
nimo esforço individual.
Para falar francamente, considero como o essencial desta
confissão não minha inexperiência das regras e das técnicas
literárias, mas minha ignorância da “linguagem de bom-tom”,
18
DESPERTAR DO PENSAR
19
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
20
DESPERTAR DO PENSAR
21
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
22
DESPERTAR DO PENSAR
23
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
24
DESPERTAR DO PENSAR
25
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
26
DESPERTAR DO PENSAR
27
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
28
DESPERTAR DO PENSAR
29
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
30
. DESPERTAR DO PENSAR
31
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
32
DESPERTAR DO PENSAR
33
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
34
DESPERTAR DO PENSAR
35
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
36
DESPERTAR DO PENSAR
37
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
38
DESPERTAR DO PENSAR
39
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
40
DESPERTAR DO PENSAR
41
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
42
DESPERTAR DO PENSAR
43
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
44
DESPERTAR DO PENSAR
45
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
46
DESPERTAR DO PENSAR
47
RELATOS DE BELZEBU.A SEU NETO
48
DESPERTAR DO PENSAR
49
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
50
DESPERTAR DO PENSAR
51
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
52
DESPERTAR DO PENSAR
53
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
54
DESPERTAR DO PENSAR
55
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
56
DESPERTAR DO PENSAR
57
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
O MESTRE DE DANÇA.
58
Capítulo 2
Prólogo
Por que Belzebu veio ao
nosso sistema solar
60
PRÓLOGO
61
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
62
PRÓLOGO
63
Capítulo 3
Causa de um atraso
na queda da Karnak
65
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
66
CAUSA DE UM ATRASO
67
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
68
CAUSA DE UM ATRASO
69
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
70
CAUSA DE UM ATRASO
Nessa “Lua”, o frio é por vezes tao intenso que tudo ali
gela de um extremo a outro, e se torna impossível respirar em
atmosfera aberta; depois, repentinamente, reina ali um tal ca
lor que um ovo cozinha num piscar de olhos.
Mas no curso de dois breves períodos, antes e depois do •
fim de uma volta completa ao redor de um planeta vizinho, faz
ali um tempo tào divino que ao cabo de algumas oscilações ela
fica em plena floração. Dá então aos seus habitantes uma quan
tidade de produtos que servem para primeiro alimento esseral
deles, bem mais do que o necessário para sua existência no
original império intraplanetário que eles organizaram para si
ao abrigo das intempéries desse “louco” clima, que jamais mo
difica harmoniosamente o estado de sua atmosfera.
71
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
72
CAUSA DE UM ATRASO
73
Capítulo 4
A lei de queda
que permite aos sóis e aos planetas manter suas posições res
pectivas.”
São Venóme expôs em seguida que todo corpo, onde quer
que se encontre, se é largado no espaço, tende a cair em um sol
ou outro, em um planeta ou outro, segundo o planeta ou o sol ao
qual pertence a região do espaço onde esse corpo é solto; por
que este sol, ou este planeta, é, nesse caso, a “estabilidade” ou
o “baixo” da região dada.
75
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
76
A LEI DE QUEDA
77
Capítulo 5
Sistema do Arcanjo Khariton
79
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
80
Capítulo 6
Perpetuum Mobile
82
PERPETUUM MOBILE
83
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
84
Capítulo 7
Do conhecimento
do verdadeiro dever esseral
86
DO VERDADEIRO DEVER ESSERAL
87
Capítulo 8
Onde este malandro
do Hassin, o neto de Belzebu,
ousa nos tratar de lesmas
Belzebu refletiu:
— Eu poderia lhe falar longamente sobre eles, já que fui
com freqüência a esse planeta; vivi muito tempo entre esses
seres terrestres tri-cerebrais, e até estabelecí amizade com um
grande número deles.
Seria realmente muito interessante para você aprender a
conhecê-los bem, pois sào bastante originais.
Você veria neles muitos traços que não encontrará em
nenhum outro ser, em nenhum planeta de Nosso Grande
Universo.
Eu os conheço muito bem, pois assisti a seu aparecimen
to e ao desenvolvimento de sua existência, que se desenrolou
sob os meus olhos durante longos, mui longos “séculos”, se
gundo o cálculo de tempo deles. .
E assisti não somente a seu aparecimento, mas à forma
ção definitiva de seu planeta.
Quando chegamos pela primeira vez a esse sistema solar
para nos fixarmos no planeta “Marte”, não existia nada ainda
nessa “Terra”; ela não tinha tido sequer tempo de se esfriar
inteiramente depois de sua concentração.
Se você quiser, começarei por lhe contar os acontecimen
tos de caráter cósmico geral dos quais esse planeta foi vítima, e
que causaram numerosas e graves preocupações à.Nossa
Eternidade.
— Sim, avô querido, conte. Será certamente muito inte
ressante, como, aliás, tudo o que você conta .”
89
Capítulo 9
Causa da gênese da Lúa
“Já lhe disse que naquele tempo esse sistema solar mal
acabara de se constituir, e não participava ainda plenamente
do que se chama “a harmonia de sustentação recíproca de to
das as concentrações cósmicas.”
CAUSA DA GÊNESE DA LUA
91
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
92
CAUSA DA GÊNESE DA LUA
93
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
modo que os seres dos tempos atuais não só não lhe dão ne
nhum nome, como nem mesmo suspeitam mais de sua existência.
E interessante notar a este respeito que os seres de um
continente desse planeta, o continente da Atlântida, que desa
pareceu depois, conheciam ainda este segundo fragmento de
seu planeta e o denominavam, eles também, Anúlios.
Mas os seres do último período de existência desse con
tinente, na presença geral dos quais já estavam cristalizados e
integrados os resultados das conseqüências das propriedades
do órgão chamado “kundabuffer”, deram-lhe o nome de “Ki-
mespáí”, literalmente: “Quem-não-deixa-dormir-em-paz”.
Os seres tri-cerebrais atuais desse estranho planeta igno
ram esse antigo fragmento, porque sua pequenez relativa e seu
afastamento o tornam inacessível à sua vista, e porque nenhu
ma “vovó” jamais lhes disse que nos bons e velhos tempos se
conhecia esse pequeno “satélite” do planeta deles.
E se um deles o percebe por acaso através desses brin
quedos excelentes, e no entanto bem infantis, que denominam
“telescópios”, não lhe presta nenhuma atenção, tomando-o sim
plesmente por um grande “aerolito”.
Os seres atuais, por outro lado, em breve não poderão
mais percebê-lo, porque se tornou próprio à sua natureza ver
somente a irrealidade.
Façamo-lhes justiça: durante os últimos séculos, eles se
mecanizaram “artisticamente” para não ver mais nada de real.
94
CAUSA DA GÊNESE DA LUA
95
Capítulo 10
Por que os “homens” não são homens
97
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
98
OS “HOMENS” NÃO SÃO HOMENS
99
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
100
OS “HOMENS” NÃO SÃO HOMENS
101
Capítulo 11
Um traço picante do original
psiquismo dos homens
103
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
104
UM TRAÇO PICANTE
105
Capítulo 12
Primeiros estrondos
Dito e feito.
Desde aquele dia, ele se pôs a “maquinar” um novo
“Evangelho”.
Mal este estava terminado e publicado, começou para ele
todo tipo de peripécias.
107
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
108
PRIMEIROS ESTRONDOS
109
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
110
Capítulo 13
Por que, na razão
do homem, o imaginário pode
ser percebido como real
112
O IMAGINÁRIO PERCEBIDO COMO REAL
113
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
114
Capítulo 14
Onde se entrevé urna perspectiva
que não promete nada de muito alegre
116
QUE NÃO PROMETE NADA DE MUITO ALEGRE
117
Capítulo 15
Primeira descida de Belzebu
à Terra
119
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
120
PRIMEIRA DESCIDA SOBRE A TERRA
121
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
122
PRIMEIRA DESCIDA SOBRE A TERRA
123
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
124
PRIMEIRA DESCIDA SOBRE A TERRA
125
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
126
PRIMEIRA DESCIDA SOBRE A TERRA
127
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
128
Capítulo 16
Relatividade da noção de Tempo
130
RELATIVIDADE DA NOÇÃO DE TEMPO
131
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
132
RELATIVIDADE DA NOÇÃO DE TEMPO
133
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
134
RELATIVIDADE DA NOÇÃO DE TEMPO
135
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
136
RELATIVIDADE DA NOÇÃO DE TEMPO
137
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
138
RELATIVIDADE DA NOÇÃO DE TEMPO
139
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
140
Capítulo 17
Arqui-absurdo:
Segundo as assertivas de Behebu,
nosso sol não ilumina nem aquece
142
ARQUI-ABSURDO
143
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
144
ARQUI-ABSURDO
145
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
146
ARQUI-ABSURDO
“Aqui, meu filho, penso que seria bom lhe assinalar en
tre outros, um fato interessante, referente à estranheza do psi
quismo dos seres tri-cerebrais ordinários do planeta que lhe
agrada tanto; esse fato tem relação com suas “especulações
científicas”, como eles dizem.
Durante meus longos séculos de observação e de estudo
de seu psiquismo — no curso dos quais, quase desde seu
aparecimento, nasceu sua ciência, que mais tarde devia alcançar
periodicamente, como todas as coisas lá, um nível mais ou menos
elevado de perfeição —, tive várias vezes a oportunidade de
constatar que se milhões e milhões de seres tri-cerebrais
147
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
148
ARQUI-ABSURDO
149
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
150
ARQUI-ABSURDO
131
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
152
ARQUI-ABSURDO
153
Capítulo 18
Arqui-fantástico
E Belzebu continuou:
— Meu primeiro encontro com o ser tri-cerebral que se
tornou o “amigo de minha essência”, e na casa do qual eu ia
assistir às experiências sobre o “Okidanokh onipresente”, ocor
reu nas circunstancias seguintes:
No início mesmo de meu exílio, alguns amigos da minha
essência, permanecidos alheios àos acontecimentos que tinham
causado minha desgraça, suscitaram a meu respeito, na pre
sença de certos seres tri-cêntricos qualificados desse sistema
solar, com a ajuda do processo cósmico denominado “Askal-
nuazar”, o impulso sagrado que existe no Universo sob o nome
de “Vznushlitzval sagrado” — impulso que a ciência objetiva
chama “ter confiança em seu semelhante como em si mesmo”.
Ora, meu filho, após minha chegada ao sistema solar Ors,
visitei seus diversos planetas; e na minha primeira descida à
superfície do planeta “Saturno” descobri que o “kha-
rakhrakhrukhri” de todos os seres tri-cêntricos que surgem e
existem nesse planeta tinha sido, ele também, submetido em
relação à minha pessoa à ação sagrada do Vznushlitzval.
Chama-se “kharakhrakhrukhri”, em Saturno, o chefe úni
co de todos os outros seres.
Existem seres-chefes em todos os planetas povoados por
seres tri-cerebrais, e em cada um eles têm um nome diferente;
na Terra, por exemplo, esses chefes levam o nome de “reis”.
A única diferença é que em todos os demais lugares,
ARQUI-FANTÁSTICO
155
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
156
ARQUI-FANTÁSTICO
157
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
158
ARQUI-FANTÁSTICO
159
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
160
ARQUI-FANTÁSTICO
161
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
162
ARQUI-FANTÁSTICO
163
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
164
ARQUI-FANTÁSTICO
165
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
166
ARQUI-FANTÁSTICO
167
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
168
ARQUI-FANTÁSTICO
169
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
170
ARQUI-FANTÁSTICO
171
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
172
ARQUI-FANTÁSTICO
E prosseguiu:
“Agora vou lhe mostrar de que maneira, e por quais com
binações de processos entre o djartklom e a “tendência das
partes do Okidanokh a fusionar de novo num todo”, surgem
em cada planeta os “minerais” que constituem sua presença
interna, assim como formações determinadas, de diversas den
sidades, tais como “mineralóides”, “gases”, “metaloides”, “me
tais” etc. Eu lhe mostrarei como estes últimos, graças a esses mes
mos fatores, se transmutam progressivamente uns nos outros, e
como as vibrações emitidas por estas transmutações constituem
“o conjunto de vibrações” que assegura aos planetas sua esta
bilidade no seio do processo chamado “movimento harmô
nico geral dos sistemas”.
“Para essa demonstração, precisarei, como sempre, fazer
vir de fora os materiais necessários; meus alunos vão transmiti-
los para mim por meio de dispositivos que previ igualmente.”
173
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
174
ARQUI-FANTÁSTICO
175
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
176
ARQUI-FANTÁSTICO
177
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
178
ARQUI-FANTÁSTICO
179
Capítulo 19
Belzebu relata
sua segunda descida
ao planeta Terra
181
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
182
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
efeito das medidas que eles haviam tomado para afastar as con
seqüências desse mal-entendido cósmico.
“E deseemos, continuou Sua Conformidade, porque, mes
mo tendo tomado todas as medidas necessárias e persuadido
todo mundo de que a ordem estava perfeitamente restabeleci
da, não estávamos, no entanto, de todo convencidos, quanto a
nós, de que o futuro não nos reservava alguma surpresa.
“Nossas apreensões se viram, aliás, em parte justificadas,
porém — que o acaso seja louvado — o novo desastre era sem
real gravidade e sem alcance cósmico geral, já que afetava o
planeta Terra somente.
“Esse segundo infortúnio do planeta Terra, prosseguiu
Sua Conformidade, foi devido à seguinte razão:
“Quando, durante a primeira catástrofe, dois grandes
fragmentos se desprenderam desse planeta, o “centro de gravi
dade” de sua presença inteira não teve o tempo de se transferir
para um novo ponto apropriado. De modo que esse planeta
existiu até o segundo cataclismo com um “centro de gravida
de” mal situado, o que, durante todo esse período, impediu
seu movimento de ser uniformemente harmonioso, e provo
cou, tanto em suas profundezas como em sua superfície, fre
qüentes sacudidelas e grandes deslocamentos.
“E quando o “centro de gravidade” foi enfim transferido
para o centro mesmo do planeta, o segundo cataclismo se
produziu.
“Mas de agora em diante, acrescentou Sua Conformida
de com um ligeiro tom de satisfação, a existência desse planeta
se desenvolverá de maneira completamente normal, do ponto
de vista da harmonia cósmica geral.
“O segundo cataclismo que transtornou o planeta Terra
nos tranqüilizou definitivamente, e nos convenceu de que, dali
em diante, ele não poderia ocasionar nenhuma catástrofe de
grande envergadura.
“Não só esse planeta recuperou agora um movimento
183
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
184
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
185
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
“Lua” e sua atmosfera, o que nos faz temer que essa atmosfera
se forme de maneira incorreta e que contrarie depois o movi
mento harmônico de todo esse sistema Ors, constituindo uma
nova ameaça de grande extensão cósmica.
“E por isso, Alta Reverência, que vim vos suplicar, posto
que vós adquiristes o hábito de ir freqüentemente aos diversos
planetas desse sistema solar, de fazerdes o favor de assumir a
tarefa de descer especialmente ao planeta Terra para ali incul
car no consciente desses estranhos seres tri-cerebrais a idéia do
absurdo de uma semelhante concepção.”
Sua Conformidade me dirigiu ainda algumas palavras,
depois se elevou pouco a pouco na atmosfera e, chegado a uma
certa altura, acrescentou com voz forte: “Agindo deste modo,
Alta Reverência, obsequiareis grandemente Nosso Eterno Uni-
Esseral Todo-Abrangente”.
186
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
187
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
188
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
189
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
190
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
191
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
192
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
193
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
194
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
195
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
196
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
197
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
198
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
199
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
que você levou anos para acumular e que lhe custaram tanto
esforço e sofrimentos.
“Pense, mas pense, eu o repito, sinceramente; represen
te-se o que acabo de lhe dizer e me responda: isso lhe seria
agradável? Você agradecería ao descarado bandido que hou
vesse se introduzido em sua casa?
“Não! Gertamente não! Mil e mil vezes não!
“Você se revoltaria, ao contrario, com todo o seu ser, iria
querer castigar esse celerado, e com todas as fibras de seu psi
quismo se esforçaria para encontrar uma maneira de se vingar...
“Você vai provavelmente me responder: é verdade, eu
sou apenas um homem...
“Sim, por certo, você é apenas um homem. Felizmente
que Deus seja Deus, e não vingativo e maldoso como o homem.
“É evidente que Ele não o castigará e não se vingará de
você, como você o teria feito com o bandido que tivesse des
truído seus bens acumulados no curso dos anos.
“Nem é preciso dizer: Deus perdoa tudo; isto até ganhou
força de lei no mundo.
“Mas nenhuma de Suas criaturas — o homem não mais
que as outras — deve abusar desta Bondade todo-misericor
diosa e por-toda-a-parte-penetrante, e é dever de todas elas
não somente velar por tudo o que foi criado por Ele, como
também mantê-lo.
“Nesta Terra, ao contrário, os homens chegam até a divi
dir todos os seres de outras formas em “puros” e “impuros”.
“Diga-me, como foram eles levados a fazer esta distinção?
“Por que, por exemplo, o carneiro é “puro” e o leão “impuro”?
“Por acaso não são ambos seres?
“Esta é mais uma invenção dos homens... Mas por que
esta invenção, por que esta distinção? Simplesmente porque o
carneiro é um ser fraco, além do mais estúpido, eos homens
podem fazer o que quiserem com ele.
200
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
201
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
202
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
203
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
204
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
205
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
206
SEGUNDA DESCIDA SOBRE A TERRA
207
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
208
Capítulo 20
Terceiro vôo de Belzebu
ao planeta Terra
210
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
211
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
212
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
213
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
214
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
215
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
216
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
outro meio mais eficaz de destruir esse mal, tão nefasto para
sua comunidade.
Como eu soube muito mais tarde, graças a um antigo mo
numento que ficou intacto, o grande imperador Koniutsion se
encerrou em seu quarto durante dezoito dias, sem beber nem
comer, apenas pensando e pensando.
O imperador Koniutsion, segundo minhas pesqui
sas ulteriores, estava tanto mais desejoso de encontrar esse
meio quanto os negocios de sua comunidade iam então de mal
a pior.
Os seres que se entregavam a essa paixão quase não tra
balhavam mais; as receitas do Tesouro tinham cessado e o co
lapso parecia inevitável.
Para terminar, o sábio imperador resolveu lutar contra
esse mal de uma maneira indireta, tocando os pontos fracos do
psiquismo dos seres de sua comunidade. Inventou com este
fim uma “doutrina religiosa” das mais originais, perfeitamente
adaptada ao psiquismo dos seres daquele tempo; ele usou de
pois de todos os meios a seu alcance para propagar essa inven
ção entre seus súditos.
Dizia-se, segundo essa doutrina religiosa, que longe do
continente de Ashhark havia uma grande ilha onde existia nos
so “Senhor Deus”.
Você deve saber que, nessa época, nenhum dos seres ter
restres ordinarios suspeitava que existissem outras concentra
ções cósmicas além de seu planeta.
Os seres do planeta Terra daquela época estavam até con
vencidos de que os “pequenos pontos brancos” dificilmente
perceptíveis, ao longe, no espaço, não eram outra coisa senão o
desenho do “véu do Universo”, quer dizer, do véu de seu pla
neta, já que, conforme suas concepções, o Universo inteiro se
limitava, como acabo de lhe dizer, a seu único planeta.
Acreditavam até mesmo que esse “véu” se mantinha como
217
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
218
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
219
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
220
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
221
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
222
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
223
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
224
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
225
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
226
TERCEIRO VÔO DE BELZEBU
227
Capítulo 21
Primeira visita de Belzebu
às índias
E Belzebu continuou:
— Um dia, num tchaïkhanê da pequena cidade de Ar-
guênia, ouvi alguns seres, sentados nào longe de mim, falarem
de ir em caravana para “Perlânia”.
Prestando ouvido à sua conversa, compreendí que queriam
ir lá para trocar suas “turquesas” pelo que se chama “pérolas”.
A este respeito, chamo sua atenção para o fato de que,
outrora como hoje, seus favoritos sempre adoraram empetecar-
se com essas pérolas e essas turquesas como, aliás, com tantas
outras “bugigangas preciosas”, com o único fim, dizem eles,
de “adornar” seu exterior. Mas se você quer minha opinião,
eles o fazem muito simplesmente por instinto, na esperança de
realçar o seu “valor interior, nulo por si mesmo”.
Durante o período a que se refere meu relato, estas “pé
rolas” eram das mais raras entre os seres do segundo grupo
asiático e atingiam preços muito altos. Em Perlânia, ao contra
rio, eram encontradas em abundância e vendidas ali a preço
mais baixo, pois, na época, só se apanhavam essas pérolas nas
extensões de água que rodeavam esse país.
A conversa dos seres sentados não longe de mim no
tchaïkhanê da pequena cidade de Arguênia despertou de ime
diato meu interesse, pois eu mesmo tinha a intenção de ir a
Perlânia, onde se havia constituído o terceiro grupo do conti
nente de Ashhark.
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
229
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
230
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
231
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
232
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
233
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
234
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
235
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
236
PRIMEIRA VISITA ÀS INDIAS
237
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
238
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
239
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
240
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
241
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
242
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
243
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
244
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
245
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
246
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
247
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
248
PRIMEIRA VISITA ÀS ÍNDIAS
249
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
250
Capítulo 22
Belzebu no Tibete
pela primeira vez
252
BELZEBU NO TIBETE
253
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
254
BELZEBU NO TIBETE
255
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
256
BELZEBU NO TIBETE
257
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
258
BELZEBU NO TIBETE
259
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
260
BELZEBU NO TIBETE
261
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
262
BELZEBU NO TIBETE
263
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
264
BELZEBU NO TIBETE
265
Capítulo 23
Quarta estada pessoal
de Belzebu
no planeta Terra
BELZEBU prosseguiu:
— Desci pela quarta vez ao planeta Terra a pedido do
amigo de minha essência, Gornakhur Kharkhar.
Devo lhe dizer que, urna vez que estabeleci amizade com
esse Gornakhur Kharkhar, adquiri o hábito, durante nossas
“trocas subjetivas de opiniões”, de lhe comunicar minhas im
pressões sobre o estranho psiquismo dos seres tri-cêntricos do
seu planeta.
E nossas conversas sobre seus favoritos o levaram a tam
bém se interessar por eles, a tal ponto que um dia me pediu,
muito seriamente, que o mantivesse a par — pelo menos em
linhas gerais — de minhas observações sobre eles. Desde então
lhe enviei, assim como a seu tio Tuilan, uma cópia de todas as
minhas anotações sobre as particularidades de seu psiquismo.
Vou agora lhe explicar como Gornakhur Kharkhar foi a
origem de minha quarta descida.
Após minha terceira descida ao seu planeta, acontecía
me às vezes, como já lhe disse, de subir até o planeta Saturno
para repousar na casa de meu amigo.
Durante as estadas que fiz em sua casa, me convencí da
extensão de seus conhecimentos, e me veio um dia a idéia de
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
267
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
268
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
269
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
270
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
271
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
272
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
273
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
274
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
275
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
276
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
277
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
278
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
ainda que, para terminar com esta questão, quer dizer, para
determinar quem descende de quem — o homem do macaco
ou o macaco do homem —, seus engraçados favoritos resolve
ram mesmo se dedicar a “experiências científicas”, e que al
guns deles foram para isso ao continente da Africa, onde abun
dam esses macacos, para trazer de lá o número necessário para
suas “investigações científicas”.
A julgar por este eterograma, esses seres do planeta Ter
ra que lhe interessam se entregam ali, uma vez mais, a uma de
suas habituais “excentricidades”.
De acordo com tudo que aprendí sobre eles por minhas
observações, já prevejo que esta “experiência científica” tam
bém interessará no mais alto grau, evidentemente, aos demais
favoritos seus de lá e servirá, por certo tempo, de matéria-prima
à sua estranha razão para discussões e disputas intermináveis.
O que está, aliás, perfeitamente na ordem das coisas de lá.
No que diz respeito á “experiência científica” que eles se
propõem fazer nos macacos trazidos da Africa, posso dizer de
antemão, com toda certeza, que a primeira parte dela se desen
volverá, em todo caso, “para honra deles”.
E se desenvolverá “inteiramente para honra deles” por
que os macacos, como seres oriundos do que se chama um “re
sultado titilariano”, têm uma forte tendência por natureza a se
ocupar de “titilação”, e podemos estar seguros de que eles con
tribuirão com a sua parte, a partir de agora, ajudando com todas
as suas forças a seus favoritos em suas “experiências científicas”.
Quanto aos seres de lá que se preparam para realizar essa
“experiência científica” e quanto ao proveito que podem tirar
disso os demais seres tri-cerebrais, seus semelhantes, pode-se
fazer uma idéia, ao sc lembrar desta profundamente sabia sen
tença do nosso venerável Mulá Nassr Eddin: “Feliz seja o pai
cujo filho se ocupa de assassinato e rapina: não terá tempo para
lhe dar uma lição sobre o capítulo da titilação”.
279
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
“De tato, meu filho, nào lhe disse aínda, me parece, por
que nem por quem sou às vezes informado por eterograma,
depois de minha partida do sistema solar Ors, dos aconteci
mentos importantes que se passam nos diversos planetas desse
sistema e, entre outros, naturalmente, no seu planeta Terra.
Você se lembra que eu lhe disse que o responsável por
minha primeira descida em pessoa à superficie do seu planeta
foi um jovem ser de nossa tribo que depois não quis mais per
manecer ali e voltou conosco para o planeta Marte, onde se
revelou mais tarde um excelente governador para todos aque
les de nossos semelhantes que residiam no planeta Marte, an
tes de vir a sê-lo para todos os seres de nossa tribo que existem
ainda, por diversas razões, em certos planetas do sistema Ors.
Ora, meu tilho, ao deixar esse sistema, lhe dei de presen
te meu famoso observatorio com tudo o que continha; em re
conhecimento, ele se comprometeu, por sua parte, a me man
ter a par, de ano em ano, segundo o cálculo de tempo do plane
ta Marte, de todos os acontecimentos de importância que se
produziam nos planetas desse sistema.
Ele me informa atualmente com a maior pontualidade
dos acontecimentos importantes que se passam em todos os
planetas onde prossegue uma existência esseral; e, conhecen
do meu profundo interesse pelos seres tri-cêntricos que povoam
seu planeta Terra, faz o melhor que pode, como vejo agora,
para me fornecer informações relativas a todas suas manifesta
ções, e me dar assim a possibilidade de manter-me a par de
todo o processo de existência ordinaria desses seres tri-cere
brais, embora eu me encontre, neste momento, a distâncias ina
cessíveis, até para seus pensamentos infinitamente leves.
Esse governador extrai ele mesmo as diversas informa
ções que me comunica sobre os seres tri-cerebrais do planeta
Terra, quer das observações a que se dedica sobre eles por meio
do grande tesskuano que lhe deixei, quer das informações
que lhe comunicam, por sua vez, os três seres de nossa tribo
280
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
281
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
282
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
283
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
284
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
285
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
286
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
287
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
288
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
289
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
290
QUARTA ESTADA SOBRE ATERRA
291
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
292
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
293
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
294
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
295
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
296
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
297
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
298
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
299
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
300
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
301
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
302
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
303
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
304
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
305
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
306
QUARTA ESTADA SOBRE A TERRA
307
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
308
QUARTA ESTADA SOBRE ATERRA
309
Capítulo 24
Belzebu voa para o planeta Terra
pela quinta vez
311
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
312
QUINTO VÔO PARA A TERRA
313
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
314
QUINTO VÔO PARA A TERRA
315
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
316
QUINTO VÔO PARA A TERRA
317
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
318
QUINTO VÔO PARA A TERRA
319
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
320
QUINTO VÔO PARA A TERRA
321
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
322
QUINTO VÔO PARA A TERRA
323
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
324
QUINTO VÔO PARA A TERRA
325
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
326
QUINTO VÔO PARA A TERRA
327
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
328
QUINTO VÔO PARA A TERRA
329
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
330
QUINTO VÔO PARA A TERRA
331
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
332
QUINTO VÔO PARA A TERRA
333
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
334
QUINTO VÔO PARA A TERRA
335
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
336
QUINTO VÔO PARA A TERRA
337
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
338
QUINTO VÔO PARA A TERRA
339
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
“Para ser justo, devo lhe dizer agora que a principal ini
ciativa da destruição dos Santos Trabalhos de Ashyata Sheyi
mash não vinha absolutamente dos sábios terrestres reunidos
naquele tempo na cidade de Babilonia, porém das invenções
de um ser “sábio”, muito conhecido lá, que existiu no conti
nente da Asia vários séculos antes dos acontecimentos babiló
nicos e que tinha o nome de “Lentrohamsanine”; este ser, cuja
parte suprema havia se revestido numa unidade determinada e
tinha se aperfeiçoado até o grau requerido de Razão objetiva,
tornou-se, ele também, um dos trezentos e treze “Individuuns
Hassnamuss Eternos” que existem atualmente num pequeno
planeta que tem o nome de “Expiaçâo”.
Eu lhe falarei igualmente deste Lentrohamsanine, pois
as informações que darei sobre ele poderão lhe servir muito
para compreender o estranho psiquismo dos seres tri-cerebrais
que existem naquele original e distante planeta.
Mas só falarei de Lentrohamsanine depois de ter acaba
do de lhe transmitir todas as informações que concernem hoje
ao Mui Grande Santo Individuum Ashyata Sheyimash e a sua
atividade em seu planeta; já que essas informações são de natu
reza a lhe fazer compreender de maneira mais profunda e mais
substancial a estranheza do psiquismo dos seres tri-cerebrais
que lhe interessam e que povoam o planeta Terra.
340
Capítulo 25
O Mui Santo Ashyata Sheyimash
Enviado d’O-Alto à Terra
342
O MUI SANTO ASHYATA SHEYIMASH
343
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
344
O MUI SANTO ASHYATA SHEYIMASH
345
Capítulo 26
Legamonismo relativo
às reflexões do Mui Santo
Ashyata Sheyimash com o título
“Horror da Situação”
BELZEBU prosseguiu:
— O legamonismo por meio do qual se transmitiam as
reflexões do Mui Santo Ashyata Sheyimash começava com a
seguinte oraçào:
347
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
348
“HORROR DA SITUAÇÃO"
349
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
350
“HORROR DA SITUAÇÃO”
sentar-se, por pouco que seja, este impulso esseral sagrado que
mais beatitude traz à presença de todo ser tri-cên trico do Uni
verso e que constitui em nos, em conformidade com a previ
dência divina da Grande Natureza, dados tais que, experimen
tando seus resultados, podemos, com toda felicidade, descan
sar dos esforços meritorios que cumprimos com vistas a nosso
próprio aperfeiçoamento.
“Em nossos dias, quando um desses seres tri-cerebrais
ama um outro, ele o “ama”, seja porque este sempre o aprova e
o elogia de maneira imerecida, seja porque o nariz deste outro
se parece muito com o nariz da fêmea ou do macho com o qual
se estabeleceu, segundo as leis cósmicas de “tipo” e de “polari
dade”, um contato que ainda nào foi rompido, seja enfim pela
simples razão de que o tio do ser que ele “ama” faz excelentes
negócios e poderia bem, um belo dia, ajudá-lo a fazer o mes
mo. E assim por diante...
“Porém nunca mais os seres-homens daqui amam com o
verdadeiro amor, imparcial e não egoísta.
“Por isso, graças a esta espécie de amor dos seres con
temporâneos, as predisposições hereditárias à cristalização das
consequências das propriedades do órgão kundabuffer se exer
cem hoje sem obstáculo e elas se fixam definitivamente em sua
natureza, da qual se tornam parte integrante.
351
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
352
“HORROR DA SITUAÇÃO”
353
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
A Fé da consciência é liberdade.
A Fé do sentimento é fraqueza.
A Fé do corpo é estupidez.
354
“HORROR DA SITUAÇÃO”
355
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
356
• HORROR DA SITUAÇÃO”
357
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
358
Capítulo 27
Da ordem de existência
que criou para os homens
o Mui Santo Ashyata Sheyimash
360
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
361
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
362
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
363
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
364
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
365
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
366
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
367
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
368
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
369
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
370
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
371
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
372
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
373
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
374
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
375
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
376
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
377
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
378
DA ORGANIZAÇÃO ASHYATIANA
379
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
380
Capítulo 28
O principal culpado
da destruição dos Santos Trabalhos
de Ashyata Sheyimash
382
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
383
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
384
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
385
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
386
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
387
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
388
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
389
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
390
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
391
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
392
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
393
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
394
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
395
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
396
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
397
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
398
A DESTRUIÇÃO DOS SANTOS TRABALHOS
Remorso de consciência
Arrependimento
Reprovação de si.
399
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
400
Capítulo 29
Os frutos
das antigas civilizações
e as flores das contemporáneas
402
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
403
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
404
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
405
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
406
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
407
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
408
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
409
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
410
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
411
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
412
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
413
RELATOS DE BELZEBU A SEU NE'l’O
414
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
415
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
416
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
417
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
418
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
tem costume de dizer: “Mais vale arrancar a cada dia dez cabe
los da cabeça de sua propria mãe que não ajudar à Natureza”.
419
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
de seu planeta tornou-se tal que nosso caro Mulá Nassr Eddin a
deline assim: “Isso nao é vida, é geléia gratuita”.
Os seres dessa comunidade hoje são, portanto, os benfei
tores dos demais seres atuais de seu planeta e deram provas,
como se diz, de “filantropia”, sobretudo no que diz respeito à
sua primeira obrigação esseral — a de efetuar de tempos em
tempos o processo de “destruição mútua”.
Graças a eles, o cumprimento desse dever esseral se tor
nou pouco a pouco, para seus favoritos atuais, simplesmente
uma “bagatela”.
Nos tempos antigos, sem a ajuda dessas invenções, seus
pobres favoritos tinham muita dificuldade para cumprir com
essa obrigação esseral e se viam forçados, para levá-la a cabo, a
derramar bastante suor.
Hoje, pelo contrario, graças a todos os acessórios que
inventaram os seres atuais da Inglaterra, eles se recostam, como
diz nosso venerável Mulá Nassr Eddin, “sobre uma verdadeira
cama de rosas”.
Os seres atuais não têm quase mais necessidade de fazer
o menor esforço esseral para destruir inteiramente a existência
de outros seres seus semelhantes.
Podem mesmo algumas vezes, sentados tranquilamente
na “sala de fumar”, destruir, como para passar o tempo, deze
nas e as vezes mesmo centenas de seus semelhantes.
420
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
421
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
422
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
423
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
424
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
1. A hereditariedade em geral.
2. As condições e o meio no momento da concepção.
3. A combinação da irradiação de todos os planetas de
seu sistema solar durante sua formação no seio de sua pro
criadora.
4. O nivel das manifestações esserais de seus procriado
res — enquanto eles mesmos não tenham alcançado a idade de
um ser responsável.
3. A qualidade de existência esseral dos seres de seu cír
culo imediato.
6. A qualidade das ondas de pensamento chamadas “te-
leokrimalnitchnianas” formadas na atmosfera que os rodeia —
e isto, igualmente, até sua maioridade; em outros termos, os
desejos e os atos cheios de bondade sinceramente manifesta
dos pelos “seres do mesmo sangue”. Finalmente:
7. A qualidade de seus próprios “egoplastikurs esserais”,
quer dizer, dos esforços esserais que eles cumprem para trans
mutar em si todos os dados necessários à obtenção de uma
Razão objetiva.
423
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
426
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
427
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
428
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
429
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
430
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
431
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
432
OS FRUTOS DAS CIVILIZAÇÕES
433
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
434
Capítulo 30
A arte
436
A ARTE
437
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
438
A ARTE
439
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
440
A ARTE
441
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
442
A ARTE
443
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
444
A ARTE
445
RELATOS DE BELZEBU A SEU NE'l’O
446
A ARTE
447
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
448
A ARTE
449
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
450
A ARTE
451
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
452
A ARTE
falando, fato dos mais aflitivos para seus favoritos, e que, dessa
vez ainda, se produziu em sua presença em razão da forma anor
mal que eles deram a sua existência cotidiana.
Este fato é a alteração progressiva que sofreram neles os
“órgãos perceptores” que se constituem na presença de todo
ser e, antes de tudo, o órgão que nos interessa particularmente
nesse momento, aquele que serve para perceber e distinguir o
que se chama a “fusão das vibrações, que são centros-de-
gravitação” e que chegam a seu planeta através dos espaços do
Universo.
Entendo com isto, de um lado, o que se designa como a
“resultante integral das vibrações de todas as fontes de realiza
ção”, quer dizer, aquilo que o grande sábio Aksharpantsiar cha
mava o “raio branco”, e, de outro lado, as distintas fusões des
sas “vibrações que são centros-de-gravitação” e que os seres
percebem e diferenciam como “tonalidades de cores”.
Você deve saber que, quando do aparecimento no plane
ta Terra desses seres tri-cerebrais e durante a primeira fase de
sua existência, antes do período em que lhes foi implantado o
órgão kundabuffer, e depois, quando este órgão foi extirpado
de sua presença, e mesmo bem mais tarde, depois da segunda
catástrofe transapalniana de lá, quase até nossa terceira desci
da pessoal à superfície desse planeta, o órgão da visão se for
mava neles com a mesma “sutileza de percepção” que na pre
sença geral de todos os seres tri-cerebrais ordinários de Nos
so Grande Universo.
Durante os diferentes períodos de que acabo de falar, em
todos os seres tri-cerebrais que surgiam nesse planeta, este ór
gão atingia um grau de sensibilidade que lhe permitia perceber
essas fusões de “vibrações centros-de-gravitação” isoladas do
“raio branco” e diferenciar um terço de todas as “tonalidades
de cores” que se encontram em geral na presença dos planetas,
assim como na de todas as demais concentrações cósmicas, gran
des e pequenas.
453
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
454
A ARTE
455
RELATOS DE BELZEBU A SEU NE'l’O
456
A ARTE
457
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
458
A ARTE
1. vermelho
2. alaran jado
3. amarelo
4. verde
5. azul-celeste
6. índigo
7. violeta
459
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
460
A ARTE
461
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
462
A ARTE
463
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
464
A ARTE
465
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
466
A ARTE
467
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
468
A ARTE
469
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
470
A ARTE
471
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
472
A ARTE
473
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
“Pois bem, meu filho, presumo que tudo o que lhe con
tei sobre essa famosa “arte” terrestre atual bastará para lhe fa
zer compreender por que e como me foi dado, durante o período
de minha quinta estada pessoal em seu planeta, de ser testemunha
474
A ARTE
475
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
476
A ARTE
477
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
Não seria mal, penso, lhe dar a este respeito algumas ex
plicações sobre o mal-entendido que se estabeleceu em relação
à palavra “artista”.
Esta palavra, que seus favoritos atuais receberam da épo
ca babilónica, não lhes chegou, contudo, como as demais, quer
dizer, como uma palavra oca, desprovida de qualquer signifi
cado, mas como o resíduo sonoro de uma palavra que então
estava em uso lá.
Naquele tempo, com efeito, os membros do clube dos
Adeptos do Legamonismo haviam recebido dos outros sábios
da época, que estavam bem dispostos em relação a eles, um
nome que tinham adotado para si mesmos e que seus favoritos
atuais teriam escrito “orpheísta”.
Este vocábulo era formado de duas raízes distintas, que
expressavam então duas noções que se traduziríam em nossos
dias pelas palavras “justo” e “essencial”; quando se chamava
alguém assim, isso significava que ele “experimentava a essên
cia com justeza”.
Após o período babilónico, esta expressão passou auto
maticamente, ela também, de geração a geração, conservando
quase o mesmo sentido; mas, há uns dois séculos, alguns seres
da época, afligidos por elementos hassnamussianos, tendo se
posto a “procurar meio-dia às duas da tarde” a respeito dessa
palavra oca “arte”, fundaram então diversas “escolas de arte” e
cada um se considerava como pertencente a uma ou outra des
sas escolas. Ora, como eles não compreendiam mais o verda
deiro sentido da palavra “arte” e como, entre estas escolas, havia
uma que havia tomado o nome de “Orpheu” — personalidade
478
A ARTE
479
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
480
A ARTE
481
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
482
A ARTE
483
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
484
A ARTE
485
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
486
A ARTE
487
RELATOS DE’BELZEBU A SEU NETO
488
A ARTE
489
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
490
A ARTE
491
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
492
A ARTE
493
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
494
A ARTE
495
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
496
A ARTE
497
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
498
A ARTE
499
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
500
A ARTE
501
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
502
A ARTE
503
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
504
A ARTE
505
LIVRO SEGUNDO
Capítulo 31
Sexta e última estada
de Belzebu
na superfície de nossa Terra
510
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
511
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
512
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
513
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
5H
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
515
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
516
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
517
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
518
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
519
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
520
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
521
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
522
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
523
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
524
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
525
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
526
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
527
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
528
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
529
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
530
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
531
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
532
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
533
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
534
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
535
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
536
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
537
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
538
SEXTA ESTADA SOBRE A TERRA
539
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
E eis por que, desde esse dia, detesto com toda minha
presença esse vocábulo “doutor”; e aconselharia a todo ser do
planeta Terra de só empregá-lo quando estiver verdadeiramente
furioso.
A fim de que você compreenda melhor o valor dos médi
cos atuais de seu planeta, preciso ainda fazê-lo conhecer a sen
tença que formulou a respeito deles nosso venerável Mulá Nassr
Eddin.
Ei-la:
“Deus, por nossos pecados, nos enviou dois tipos de médi
cos: uns para nos ajudar a morrer, outros para nos impedir de
viver”.
540
Capítulo 32
O hipnotismo
E Belzebu retomou:
— Assim então, quando de minha sexta e última estada
pessoal na superfície do planeta Terra, decidi me fixar ali por
um período mais longo e me tornar um de seus médicos profis
sionais. E tornei-me com eleito um médico, mas nào como a
maioria deles; escolhi ser o que eles chamam um “médico hip
notizador”.
Quis ser um desses médicos profissionais, primeiro por
que, nestes últimos séculos, eles são os únicos a ter acesso a
todas as “classes” ou “castas” de que lhe falei e, por outra par
te, porque, inspirando confiança e gozando de uma grande au
toridade, eles predispõem os seres ordinários à sinceridade, o
que lhes permite penetrar em seu “mundo interior”, como se
diz lá.
Escolhi ainda essa profissão porque ela me oferecia a pos
sibilidade, não somente de realizar minha meta, mas de levar
um alívio médico a alguns desses infelizes.
E verdadeiramente, meu filho, a necessidade de tais mé
dicos se faz cada vez mais sentir nesses últimos tempos, em
todos os continentes e em todos os seres, qualquer que seja a
classe a que pertençam.
Devo dizer que eu tinha então muita experiência nessa
especialidade, já que tivera de recorrer mais de uma vez aos
procedimentos ali empregados por essa espécie de médicos,
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
542
O HIPNOTISMO
543
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
544
O HIPNOTISMO
545
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
546
O HIPNOTISMO
547
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
548
O HIPNOTISMO
549
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
550
O HIPNOTISMO
551
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
552
O HIPNOTISMO
553
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
554
O HIPNOTISMO
555
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
556
O HIPNOTISMO
557
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
558
O HIPNOTISMO
559
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
560
O HIPNOTISMO
561
Capítulo 33
Belzebu hipnotizador
de profissão
563
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
564
BELZEBU HIPNOTIZADOR
565
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
566
BELZEBU HIPNOTIZADOR
567
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
568
BELZEBU HIPNOTIZADOR
569
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
570
BELZEBU HIPNOTIZADOR
571
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
572
BELZEBU HIPNOTIZADOR
57)
Capítulo 34
Belzebu na Rússia
575
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
576
A RÚSSIA
577
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
578
A RÚSSIA
579
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
580
A RÚSSIA
581
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
582
A RÚSSIA
583
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
584
A RÚSSIA
585
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
586
A RÚSSIA
587
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
588
A RÚSSIA
589
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
590
A RÚSSIA
591
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
592
A RÚSSIA
593
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
594
A RÚSSIA
595
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
596
A RÚSSIA
597
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
598
A RÚSSIA
599
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
600
A RÚSSIA
601
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
602
A RÚSSIA
603
RELATOS DE BELZEBU A SEU NET( )
604
A RUSSIA
605
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
em seu lugar, até esses esforços que todo ser deve absoluta
mente cumprir na existência esseral ordinaria.
E como, pelas mesmas razões, os outros seres desse gru
po também nao desejam mais cumprir pessoalmente esses es
forços esserais — sobretudo nao para outros —, mas ao mes
mo tempo têm medo desses “meios de intimidação”, eles re
correm a todo tipo de astúcia para se desembaraçar “sobre os
ombros do vizinho”, como se diz, desses esforços esserais ine
xoravelmente exigidos pelos seres da classe dirigente.
Disso resulta habitualmente que os seres de todos esses
grupos se selecionam pouco a pouco e se dividem em diferen
tes categorias, segundo o grau de habilidade de seus artifícios.
E a divisão dos seres em categorias desta espécie leva, nas gera
ções seguintes, a uma subdivisão em suas famosas castas.
O fato de se ligarem uns e outros a castas de toda espécie
cristaliza na presença de cada um deles, em relação aos seres
pertencentes a outras castas, o dado esseral chamado “odio”,
que não se encontra em parte alguma alias, em nenhum ser, cm
todo Nosso Cirande Universo, e que por sua vez engendra ine
vitavelmente em sua presença geral os impulsos, “vergonho
sos” para seres tri-cerebrais, que eles chamam “inveja”, “ciú
me”, “adultério”... e muitos outros do mesmo gênero.
Assim então, meu filho, esses terríveis processos de des
truição mútua e de aniquilamento de tudo o que eles haviam
adquirido se devem em grande parte a que, durante os perío
dos em que a ação da lei cósmica Soliunensius se faz sentir em
sua presença geral, suscitando neles uma necessidade de “li
berdade”, a intensidade da ação do dado que engendra sem
cessar o impulso de “timidez” diante dos detentores de poder
— dado já inerente a sua presença geral — começa a diminuir
automaticamente neles, enquanto aumenta a intensidade de
ação do estranho dado esseral que desencadeia o “odio” para
com os seres pertencentes a outras castas.
E por isso que eu disse que sua divisão em castas, que
606
A RÚSSIA
607
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
608
A RÚSSIA
fresco neles, visto que elas quase nunca alcançaram o grau re
querido de satisfação.
A esses seres terrestres, inopinadamente convertidos em
detentores de poder sem ter o menor dado hereditário corres
pondente, ainda que tosse apenas a faculdade automática de
governar, aplica-se muito bem uma das sentenças de nosso caro
Mestre, que ele formula assim:
“Nunca encontrei um idiota habituado a andar em ve
lhos chinelos e que tenha se sentido confortável em sapatos
novos da moda”.
E, realmente, meu filho, cada vez que a ação do Soliu
nensius cessa no seu planeta Terra, e que seus favoritos reto
mam sua existência “relativamente normal”, bem ou mal esta
belecida, os “detentores de poder de última tornada” execu
tam dessas “cabriolas assombrosas” que provocam a cada ano
nesse planeta uma recrudescência de natalidade do que cha
mam de “lesmas”, “caramujos”, “pulgas”, “baratas” e tantos
outros parasitas, destruidores dos bens da Natureza.
609
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
610
A RÚSSIA
611
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
612
A RÚSSIA
613
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
614
A RUSSIA
615
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
616
A RUSSIA
617
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
618
A RÚSSIA
619
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
620
A RÚSSIA
621
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
622
A RUSSIA
623
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
624
A RÚSSIA
625
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
626
A RÚSSIA
627
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
628
A RUSSIA
629
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
630
A RÚSSIA
631
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
632
Capítulo 35
Modificação no curso de queda
previsto para a nave
intersistemária “Karnak”
634
MODIFICAÇÃO NA QUEDA DA KARNAC
receber ali o que era para mim o mais caro e o mais precioso —
sua “bênção de criador”.
A este pedido de Belzebu, o capitão da nave Karnak
respondeu:
— As vossas ordens, Alta Reverência. Refletirei sobre os
meios de satisfazer vosso desejo. Ignoro quais obstáculos en
controu o capitão da nave Onipresente, mas em linha reta entre
o Santo Planeta do Purgatório e o planeta Deskaldino encon
traremos um sistema solar chamado “Salzmanino”, que con
tém numerosas concentrações cósmicas, destinadas, com vis
tas ao processo geral trogoautoegocrático, à transformação e á
radiação da substância zilnotrago. Em consequência, nossa nave
Karnak terá dificuldades de prosseguir sua queda cm linha reta
através desse sistema.
Em todo caso, de uma maneira ou de outra, me esforça
rei, Alta Reverência, para satisfazer o vosso desejo.”
Dito isto, o capitão levantou-se, saudou respeitosamente
Belzebu e saiu.
Quando o capitão deixou o lugar onde Belzebu conver
sava com seus próximos, seu neto Hassin correu para ele, sen
tou-se como de hábito a seus pés e, num tom carinhoso, lhe
pediu que prosseguisse seu relato sobre o que tinha lhe aconte
cido depois de sua viagem à capital da grande comunidade dos
seres do planeta Terra, capital chamada então São Petersburgo.
635
Capítulo 36
Ainda um nadinha
sobre os alemães
Blòdsinn, Blòdsinn,
Du mein Vergniigen,
Stumpfsinn, Stumpfsinn,
Du meine Lust...
637
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
em lugar de dizer “Eu nao quero isso”, dizem sempre “Eu que
ro isso nào”.
Devido a esta “regra gramatical”, aquele que escuta é,
antes de tudo, forçado a considerar cada proposição como pas
sível de realização, o que tem por efeito suscitar nele um certo
“diardukino esseral” ou, como eles mesmos o diriam, uma cer
ta “experiência”; e só mais tarde, quando aquele que fala, con
formando-se a essa regra gramatical, pronuncia enfim seu fa
moso “nicht”, é que disso resulta a cada vez em sua presença
geral alguma coisa que os leva lenta mas seguramente a esse
traço específico que apresenta seu psiquismo e cuja descoberta
constitui precisamente o original problema que lhe coloquei.”
638
Capítulo 37
A França
640
A FRANÇA
641
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
642
A FRANÇA
643
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
644
A FRANÇA
645
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
646
A FRANÇA
647
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
648
A FRANÇA
649
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
650
A FRANÇA
651
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
pelas areias que hoje não resta ali mais do que um deserto,
conhecido com o nome de “Saara”.
“De novo os séculos se passaram; seu centro se consti
tuiu em Tikliamuish. Que resta dele, a não ser o deserto deno
minado em nossos dias “as areias negras”?
“Talvez algum povo outrora célebre tenha sido então pou
pado, mas hoje, em sua milésima geração, ele vegeta em algum
lugar na mais completa nulidade, não longe do lugar onde ha
bitava antigamente.
“Os séculos sucederam-se aos séculos...
“Eu vi seu centro em Babilônia; o que restou dele, da
quela realmente grande Babilônia? Um punhado de pedras, no
lugar da cidade; e quanto aos grandes povos de antigamente,
deles não resta mais do que alguns sobreviventes, considera
dos por seus contemporâneos como completamente insigni
ficantes.
“E o que sobreviverá de seu centro de cultura atual, da
cidade de Paris e dos povos hoje poderosos que gravitam em
torno dela, tais como franceses, alemães, ingleses, holandeses,
italianos, americanos e assim por diante?
“Os séculos que virão o mostrarão.
“Enquanto isso, uma só coisa é certa: esses infelizes ger
mes de corpos esserais superiores que tinham aparecido e que
aparecem ainda em certos seres terrestres tri-cerebrais estão
condenados, como já o disse a você, a enlanguescer e enlan
guescer na presença de formações anormais de toda espécie —
formações que a esse desafortunado planeta Terra se tornou
próprio elaborar, em razão das conseqüências, não conformes
às leis, devidas à imprevidência de alguns de nossos Mui Gran
des e Mui Santos Individuuns cósmicos.”
652
A FRANÇA
653
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
654
A FRANÇA
655
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
656
A FRANÇA
657
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
658
A FRANÇA
659
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
660
A FRANÇA
661
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
662
A FRANÇA
663
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
6M
A FRANÇA
665
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
666
A FRANÇA
667
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
668
Capítulo 38
A Religião
670
A RELIGIÀO
671
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
672
A RELIGIÃO
1 Budismo
2 Judaísmo
3 Cristianismo
4 Islamismo
5 Lamaísmo
673
RELATÍ )S DE BELZEBU A SEU NETO
674
A RELIGIÃO
675
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
676
A RELIGIÃO
677
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
678
A RELIGIÃO
679
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
680
A RELIGIÃO
681
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
682
A RELIGIÃO
Ora...
A julgar pelo final desse eterograma, o processo de des
truição definitiva desta segunda grande religião está a ponto
de se desencadear — a menos que isto já tenha sido feito — em
conseqüência da ordem editada na comunidade da Turquia por
“detentores de poder”.
O fato é que esta comunidade da Turquia é a maior de
todas as comunidades onde os seres professam esta religião.
Devo lhe dizer antes de tudo que, desde o aparecimento
da religião muçulmana, certos seres dessa comunidade tinham
assimilado muito bem seu ensinamento sob sua forma original,
e o tinham pouco a pouco incorporado a sua existência co
tidiana — tal como o haviam feito os Irmãos Essênios com a
doutrina crista.
E, mesmo depois que essa religião foi pouco a pouco
modificada sob a influência dos seres “detentores de poder”
de lá, seu ensinamento, no entanto, foi transmitido de geração
a geração, sob uma forma inalterada, pelos seres de que acabo
de falar.
Por isso restava ainda uma pequena esperança, com a
condição de que esses estranhos seres se tornassem um dia um
pouco mais sérios, de ver esse ensinamento renascer e realizar
as metas em vista das quais ele fora criado pelo Todo-Esperan-
çoso Santo Maomé.
Hélas, meu filho, os seres que haviam assimilado esse
ensinamento levavam o nome de “dervixes”, e foi precisamen
te a seus mosteiros que foi dada a ordem de fechamento na
atual comunidade da Turquia.
Evidentemente com a destruição das confrarias de “der
vixes” desapareceram inteiramente as últimas centelhas que,
incubando sob as cinzas, poderiam um dia ou outro reanimar
o braseiro das possibilidades com que contava e nas quais de
positava esperança Santo Maomé.
Quanto ao segundo decreto promulgado na comunidade
683
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
684
A RELIGIÃO
685
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
686
A RELIGIÃO
687
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
688
A RELIGIÃO
689
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
690
A RELIGIÃO
691
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
692
A RELIGIÃO
693
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
694
A RELIGIÃO
695
RELATOS DE BELZEBU A SEU NEI’O
696
A RELIGIÃO
697
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
698
A RELIGIÃO
699
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
700
A RELIGIÃO
701
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
702
A RELIGIÃO
703
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
704
A RELIGIÃO
705
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
706
A RELIGIÃO
707
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
708
A RELIGIÃO
709
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
710
A RELIGIÃO
711
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
712
Capítulo 39
O Santo Planeta do Purgatorio
714
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
715
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
716
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
717
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
718
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
dizer, nas duas leis cósmicas sagradas originais que têm o nome de
“Heptaparaparshinokh sagrado” e de “Triamazikamno sagrado”.
Já lhe talei uma vez destas duas leis cósmicas sagradas
fundamentais; tentarei agora explicá-las a você um pouco mais
em detalhe.
Da primeira lei cósmica sagrada original, a lei de Heptapara
parshinokh sagrado, a ciência cósmica objetiva dá a fórmula
seguinte:
“O fluxo das forças segue uma linha que se quebra sempre
a intervalos regulares e cujas extremidades se juntam”.
A linha segundo a qual se expressa esta lei cósmica sa
grada apresenta sete pontos de deflexão ou, como também se
diz, sete “centros de gravidade”; e a distância que separa dois
pontos de deflexão ou “centros de gravidade” chama-se “sto
pínder do Heptaparaparshinokh sagrado”.
O processo completo desta lei sagrada, que se exerce so
bre toda coisa existente, desde seu aparecimento, comporta en
tão sempre sete “stopínders”.
Quanto à segunda lei cósmica original, a do Triamazi
kamno sagrado, a ciência cósmica objetiva a formula nestes
termos:
“Todo novo surgimento provém de surgimentos anterio
res pelo “harnel-miatznel”, quer dizer, por uma fusão cujo pro
cesso se cumpre assim: o que está no alto se une ao que está em
baixo, com o fim de realizar por esta união o que é mediano, o
qual se torna então, ao mesmo tempo, o superior para o inferior
seguinte e o inferior para o superior precedente”.
Já lhe disse que esse Triamazikamno sagrado comporta
três forças independentes que se chamam:
a primeira, “Surb-Otheos”,
a segunda, “Surb-Skiros”,
a terceira, “Surb-Athanatos”.
719
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
720
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
ou ainda:
“Deus Santo,
“Deus Forte,
“Deus Imortal,
“Tende piedade de nós.
E agora, meu lilho, escuta atentamente o que segue.
Como já lhe disse, Nosso Mui Santo Sol Absoluto se man
tinha, de início, unicamente com a ajuda dessas duas leis sagra
das originais; mas essas leis funcionavam então de maneira
independente, sem a ajuda de nenhuma força exterior, qual
quer que ela fosse. Este sistema se chamava “Autoegocrata”.
Depois, Nosso Eterno Todo-Poderoso resolveu modifi
car o princípio de funcionamento destas leis sagradas funda
mentais, fazendo depender seu funcionamento, até então autô
nomo, de forças vindas de fora.
Mas como esse novo princípio exigia fontes apropriadas
exteriores ao Mui Santo Sol Absoluto, de onde pudessem sur
gir forças suscetíveis de verter se n’ Ele, Nossa Todo-Poderosa
Eternidade se viu obrigada a criar nosso Megalocosmos, com
todos os Cosmos de escalas diferentes e todas as formações
cósmicas relativamente independentes que ali se encontram.
E, desde então, o sistema que mantém a existência do Sol
Absoluto leva o nome de “Trogoautoegocrata”.
721
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
722
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
723
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
724
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
725
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
726
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
Devo lhe fazer notar aqui que urna vez concluida essa
mui grande realização divina, nossos Querubins e Serahns triun
fantes deram, pela primeira vez, a todas essas formações novas,
nomes que subsistiram até nossos dias. Toda concentração re
lativamente independente foi designada pelo termo “cosmos”,
e para distinguir entre elas as diferentes ordens de aparecimento
desses cosmos, acrescentaram a esse termo uma denominação
correspondente.
Eles chamaram essa Mui Santa Eonte Original, que é Nos
so Sol Absoluto: “Protocosmos”.
Cada um dos “Sóis de Segunda Ordem” recentemente
surgidos, com o conjunto de seus resultados determinados:
“Deuterocosmos”.
E cada “Sol de Terceira Ordem”, que hoje chamamos
“planeta”: “Tritocosmos”.
Quanto às menores dessas formações “relativamente
independentes”, que surgem nesses planetas em conformida
de com a nova particularidade do quinto stopínder do Hep
taparaparshinokh sagrado, e que são as mais ínfimas das ana
logias do Todo, elas foram chamadas “microcosmos”.
Enfim, os “agregados de microcosmos” que se concen
traram igualmente nos planetas, em conformidade com a lei
cósmica de segunda ordem, chamada “de atração recíproca dos
semelhantes”, receberam o nome de “tetartocosmos”.
727
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
728
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
1. Protoekharis
2. Deuteroekharis
3. Tritoekharis
4. Tetartoekharis
5. Pentoekharis
6. Hexioekharis
7. Resulzarion
729
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
730
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
731
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
732
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
733
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
734
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
735
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
736
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
737
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
738
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
739
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
740
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
741
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
742
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
743
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
744
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
745
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
746
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
747
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
748
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
749
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
750
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
751
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
752
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
753
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
754
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
755
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
756
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
757
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
758
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
759
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
760
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
761
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
762
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
763
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
764
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
765
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
766
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
767
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
768
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
769
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
770
O SANTO PLANETA DO PURGATORIO
771
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
772
O SANTO PLANETA DO PURGATÓRIO
773
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
774
LIVRO TERCEIRO
Capítulo 40
Belzebu conta como os homens
conheceram e esqueceram
a lei cósmica fundamental
de Heptaparaparshinokh
778
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
779
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
780
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
781
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
782
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
783
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
784
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
785
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
786
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
787
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
788
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
789
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1. Erti-pikan-on
2. Ori-pikan-on
3. Sami-pikan-on
4. Okhti-pikan-on
5. Khuti-pikan-on
6. Epsi-pikan-on
7. Shvidi-pikan-on
os de segunda ordem:
1, Erti-nura-tchaka
2 Ori-nura-tchaka
3 Sami-nura-tchaku
4 Okhti-nura-tchaka
790
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
5 Khuti-nura-tchaka
6 Epsi-nura-tchaka
7 Shvidi-nura-tchaku
791
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
792
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
1. Hidrogênio
2. Fluor
3. Cloro
4. Bromo
5. Iodo
793
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
794
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
795
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
796
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
797
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
798
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
799
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
800
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
801
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
802
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
803
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
804
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
805
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1. Morfina
2. Protopina
3. Lantopina
4. Porfiroína
5. Opio ou narcotina
6. Paramortina ou tebaína
7. Formina ou pseudomorfina
8. Metamorfina
9. Gnoscopina
10. Oleopina
11. Atropina
12. Pirotina
13. Readina
14. Tiktutina
15. Kolotina
16. Xantalina
17. Zutina
18. Tritopina
19. Laudamina
20. Laudanosina
21. Podotorina
22. Arkhatosina
23. Tokitosina
24. Liktonosina
25. Meconidina
26. Papaverina
27. Criptonina
806
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
28. Kadminina
29. Kolomonina
30. Koilononina
31. Cotarmina
32. Hidrocotarmina
33. Opianina (meconina)
34. Meconoïozina
35. Listotorina
36. Fiktonosina
37. Codeina
38. Narceina
39. Pseudocodeina
40. Microparaïna
41. Microtebaïna
42. Messaïna
807
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
808
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
809
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
810
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
811
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
812
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
813
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
814
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
815
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
816
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
817
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
818
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
819
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
820
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
821
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
822
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
823
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
824
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
825
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
826
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
827
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
828
A LEI DE HEPTAPARAPARSHINOKH
829
Capítulo 41
O dervixe bukhariano
Hadji-Assvatz-Truv
831
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
832
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
833
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
834
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
835
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
836
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
837
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
838
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
839
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
840
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
841
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
842
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
843
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
844
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
845
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
846
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
847
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
848
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
849
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
850
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
851
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
852
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
853
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
velho que sou por ter esquecido de pôr um fim à dor que pro
vocaram em você as vibrações portadoras de mal deste piano.”
Dito isto, sentou-se ao piano e recomeçou a tocar as te
clas. Desta vez, só se ouviram duas notas, uma pertencente à
oitava mais alta, a outra à oitava mais baixa, que ele tocava
alternadamente, ao mesmo tempo que exclamava:
“E agora, graças às vibrações provenientes dos sons des
te mesmo piano, estas, porém, “portadoras de bem”, que os
sofrimentos de meu velho e fiel amigo tenham fim!”
E de fato, cinco minutos não haviam se passado e o rosto
do dervixe Boga-Eddin voltou a ficar sereno; do enorme e hor
rível furúnculo que até então ornara sua perna esquerda não
restava nem vestígio.
Então o dervixe Hadji-Assvatz-Truv voltou a sentar-se
perto de nós e, com ar completamente apaziguado, continuou:
“No quarto dia após a morte de minha querida mãe, eu
estava sentado em meu quarto e pensava com desespero no
que ia ser de mim.
“De repente, sob minha janela, um dervixe errante se pôs
a cantar seus cânticos sagrados.
“Olhei para a rua e, vendo que o dervixe que cantava era
idoso, e tinha um belo rosto, resolvi pedir-lhe conselho, e en
viei imediatamente meu criado para convidá-lo a vir me ver.
“Ele entrou. Quando, após as saudações de costume, ele
sentou-se no “mindari”, descrevi para ele meu estado de alma,
sem nada lhe esconder.
“Quando terminei, o dervixe recolheu-se profundamen
te, depois, após um longo silêncio, olhando-me fixamente, se
levantou e disse:
“Só há uma saída para você: é a de consagrar-se à religião.”
“Com estas palavras, ele saiu salmodiando uma oração e
deixou minha casa para sempre.
“Após sua partida, eu me pus de novo a refletir.
“Desta vez, o resultado de minhas reflexões foi que
854
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
855
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
tão fiel quanto havia sido minha mãe. E até este dia, só vivi e só
tui animado por suas verdades.
“Até este dia, nem um só caso se apresentou em que as
verdades que havia descoberto a respeito das leis das vibrações
não tenham dado, em suas manifestações, os resultados preci
sos que eu esperava delas.
“Mas hoje, pela primeira vez, os resultados que eu espe
rava com toda certeza não se produziram.
“O que há de mais terrível é que estive mais atento do
que nunca ao calcular exatamente as vibrações necessárias ao
presente caso, quer dizer, para que o furúnculo previsto se for
masse em seu corpo justo naquele lugar, e não em um outro.
“E eis que acontece uma coisa sem precedente. Não so
mente ele não está no lugar indicado, mas ele nem mesmo se
formou em outros lugares de seu corpo.
“Essa ciência, que me havia sido tão fiel quanto minha
mãe, me traiu há pouco pela primeira vez, e isto desperta em
mim uma tristeza indizível.
“Hoje, posso ainda me resignar a esta imensa desgraça,
mas o que acontecerá amanha?... Não posso nem mesmo me
representar.
“E se, pelo momento, chego a aceitá-la um pouco, é pela
única razão de que não esqueci as palavras de nosso grande
profeta dos tempos antigos, Esaí Nura, segundo as quais “um
indivíduo é irresponsável por suas manifestações durante sua
agonia — e durante sua agonia somente”.
“Com toda evidência, minha ciência, minha divindade,
minha segunda mãe, ela também está em agonia, já que ela agora
me trai.
“E sei muito bem que a agonia é sempre seguida pela morte.
“Quanto a você, querido amigo de meu amigo, você
desempenhou para mim, sem querer, o mesmo papel que os
médicos que me anunciaram, na véspera da morte de minha
mãe querida, que ela não passaria daquele dia.
856
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
857
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
858
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
859
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
860
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
861
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
862
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
863
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
864
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
865
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
866
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
867
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
868
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
869
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
870
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
871
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
872
O DERVIXE HADJI-ASSVATZ-TRUV
O AUTOR
873
Capítulo 42
Belzebu na América
875
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
876
BELZEBU NA AMÉRICA
877
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
878
BELZEBU NA AMERICA
879
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
880
BELZEBU NA AMÉRICA
881
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
882
BELZEBU NA AMERICA
883
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
outras coisas, que naquele dia se podia pedir setenta e oito pra
tos diferentes.
Isto me surpreendeu muito, e me perguntei que tipo de
fogão podiam bem ter esses americanos em sua cozinha, para
conseguir preparar num só dia setenta e oito pratos.
Devo dizer que eu tinha visitado todos os continentes, e
que neles tinha sido hospede de numerosos seres de castas di
versas. Tendo freqüentemente assistido à preparação das refei
ções, nas casas deles bem como na minha, eu já sabia mais ou
menos que, para preparar um prato, era preciso no mínimo
três ou quatro caçarolas. Calculei então que seria certamente
necessário a esses americanos, já que preparavam setenta e oito
pratos numa só cozinha, perto de trezentas caçarolas.
Tive vontade de ir me dar conta por mim mesmo como
era possível conseguir colocar trezentas caçarolas em um só
fogão, e resolvi dar o que eles chamam uma boa “gorjeta” ao
garçom que me servira a laranjada para que ele me deixasse ver
com meus próprios olhos a cozinha daquele restaurante.
O garçom arranjou a coisa e fui à cozinha.
Ao entrar... que é que você imagina? Que cena crê você
que eu vi? Um fogão com trezentos caldeirões e caçarolas?
Nada disso!...
Nada mais do que um mísero pequeno “embrião” de fo
gão a gás, tal como têm em seu quarto os “celibatários por prin
cípio” ou as “abominadoras de homens”, ou seja, as “solteiro
nas que não servem para nada”.
Ao lado desse “embrião de fogão” estava sentado um co
zinheiro com pescoço de touro, de origem escocesa, que lia o
jornal, como todo americano se sente obrigado a fazer; tratava-
se, creio, do “Times”.
Eu olhava com estupefação em torno de mim, e olhava
também o pescoço de touro daquele cozinheiro.
Enquanto permanecia assim, embasbacado, um garçom,
vindo da sala do restaurante, entrou na cozinha e, num estranho
884
BELZEBU NA AMÉRICA
885
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
886
BELZEBU NA AMÉRICA
887
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
888
BELZEBU NA AMÉRICA
889
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
890
BELZEBU NA AMÉRICA
891
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
892
BELZEBU NA AMÉRICA
893
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
894
BELZEBU NA AMÉRICA
895
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
896
BELZEBU NA AMÉRICA
897
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
898
BELZEBU NA AMÉRICA
899
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
900
BELZEBU NA AMÉRICA
901
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
902
BELZEBU NA AMÉRICA
903
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
904
BELZEBU NA AMÉRICA
905
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
906
BELZEBU NA AMERICA
907
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
908
BELZEBU NA AMÉRICA
909
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
910
BELZEBU NA AMERICA
911
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
912
BELZEBU NA AMÉRICA
913
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
914
BELZEBU NA AMÉRICA
915
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
916
BELZEBU NA AMERICA
917
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
918
BELZEBU NA AMÉRICA
919
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
920
BELZEBU NA AMÉRICA
921
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
922
BELZEBU NA AMÉRICA
923
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
924
BELZEBU NA AMÉRICA
925
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
926
BELZEBU NA AMÉRICA
927
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
928
BELZEBU NA AMÉRICA
929
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
930
BELZEBU NA AMERICA
931
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
932
BELZEBU NA AMERICA
933
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
934
BELZEBU NA AMÉRICA
935
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
936
BELZEBU NA AMERICA
937
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
938
BELZEBU NA AMÉRICA
têm em geral, além de sua única mulher legítima, não sete, mas
às vezes até sete vezes sete “mulheres ilegítimas”.
“E aqueles maridos europeus que não têm os meios de
manter várias “mulheres ilegítimas”, além de sua “legítima me
tade”, passam quase todo seu tempo a “babar de cobiça”, como
se diz; quer dizer que ao longo do dia eles seguem e “devoram
com os olhos” todas as mulheres que passam.
“Dito de outra forma, eles enganam o dia todo sua única
“mulher legítima”, em pensamento e em sentimento, um nú
mero incalculável de vezes.
“Entre nós, na Pérsia, se bem que os homens possam ter
até sete mulheres legítimas, seus pensamentos e seus sentimen
tos estão dia e noite ocupados em organizar o melhor possível
a vida interior e exterior de suas diferentes mulheres legítimas.
“Estas últimas, por sua vez, lhes são profundamente de
votadas, e esforçam-se noite e dia, com toda sua alma, para
ajudá-los em suas obrigações de vida.
“Aqui as relações interiores entre esposos se equivalem:
assim como a vida interior do marido é quase por inteira
monopolizada pela traição para com sua única mulher legíti
ma, por seu lado a vida interior desta única mulher legítima,
desde o primeiro dia de sua união, foge para sempre para lon
ge da família.
“Em geral, a mulher européia, desde o dia de seu casa
mento, considera seu marido, em seu foro íntimo, como seu
“bem pessoal”.
“Após a primeira noite, acreditando-se, daí em diante,
segura de sua propriedade, ela consagra toda sua vida interior
a perseguir essa “alguma coisa” que constitui o ideal incerto
do qual se enamoram desde a infância as senhoritas européias,
graças a essa famosa “educação” que imaginam em sua inten
ção, sempre com mais refinamento, certos escritores desones
tos de lá.
“Durante minha estada nesses países europeus, observei
939
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
que no ser das mulheres nào se forma mais nada do que deve
ria constantemente manter, tanto nelas como em nós, o que se
chama “pudor orgánico”, ou pelo menos uma tendência a este
pudor, sentimento sobre o qual repousa, a meu ver, o “dever
feminino”, e que as ajuda a se abster instintivamente das ações
que tornam as mulheres imorais.
“E por isto que, cada vez que a ocasião se apresenta, toda
mulher daqui pode facilmente, sem sofrer por isso e sem ne
nhum remorso de consciência, enganar seu marido.
“A meu ver, é a ausência desse pudor nas européias que
pouco a pouco aboliu a fronteira que separa a “mulher-mãe”
da “mulher-prostituta”; hoje em dia, estas duas categorias de
mulheres não fazem mais que uma há muito tempo, e os ho
mens não dividem mais as mulheres desta maneira, nem em
pensamento nem em sentimento, como o faz quase todo persa.
“Atualmente, aqui, só se pode distinguir a “mulher-mãe”
da “mulher-fêmea” quando se vê com os próprios olhos todas
as suas manifestações.
“Nas condições européias de vida familiar, a ausência da
instituição benéfica da poligamia — instituição que deveria, a
meu ver, ser introduzida aqui há muito tempo, nem que fosse
por esta simples razão que, segundo as estatísticas, o número
de mulheres aqui ultrapassa em muito o dos homens — dá lu
gar a milhares de outros aborrecimentos e inconvenientes que
poderiam muito bem não existir.
“Assim então, muito honrado doutor, a principal causa
do segundo de meus vícios é que cresci e fui educado segundo
tradições morais diametralmente opostas aos costumes daqui,
e vim para a Europa na idade em que as paixões animais sao
particularmente efervescentes no homem. Toda minha desgra
ça foi, em suma, chegar à Europa muito jovem e ser considera
do aqui como muito bonito. Meu tipo de levantino me valeu
ser o objeto de uma caça persistente por parte de muitas jovens
mulheres, para as quais eu representava um tipo de macho muito
original.
940
BELZEBU NA AMERICA
941
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
“Eis o que toi minha vida até boje. O que me espera mais
tarde, não o sei, e não quero sabe lo.
“Aliás, me esforço sempre em lutar contra mim mesmo
para nao pensar mais nisso.”
Dito isto, ele suspirou profundamente e baixou a cabeça
com ar abatido. Eu lhe perguntei:
— Mas, diga-me, por favor, você não teme ser infectado
pelas terríveis doenças de que estão atacadas a maioria das mu
lheres que perseguem os “mulherengos” tais como você?
A esta pergunta, ele deu um novo suspiro, calou-se por
alguns instantes, e disse:
— Pois bem, muito caro e muito estimado doutor, refleti
muito sobre esse problema durante estes últimos anos; ele até
mesmo se tornou para mim o objeto de um tal interesse que
graças a ele minha miserável vida interior pôde, apesar de tudo,
transcorrer de maneira mais ou menos suportável.
“Penso que, em sua qualidade de médico, lhe interessará
saber como e por que esta questão me cativou tanto há alguns
anos, e a que conclusões me levaram as observações e os es
tudos muito sérios que fiz, cada vez que voltava a um estado
mais ou menos normal.
“Há cinco anos, passei por uma tal depressão nervosa
que o álcool quase não agia mais em mim e não era mais
suficiente para apaziguar meu estado psíquico.
“Durante esse período, aconteceu-me encontrar com
frequência amigos e camaradas que discutiam muito entre si
sobre as doenças vergonhosas e a facilidade com que eram
contraídas.
“Essas conversas me puseram em guarda, e tornei-me
pouco a pouco tão medroso como certas mulheres histéricas.
“Eu me dizia que estando quase sempre em estado de
embriaguez, eu só tinha relações com essas mulheres contagio
sas, e que, se até então não apresentava ainda nenhum sintoma
942
BELZEBU NA AMÉRICA
943
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
944
BELZEBU NA AMÉRICA
945
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
946
BELZEBU NA AMÉRICA
947
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
pudesse sequer suspeitar quem eu era, nem qual era minha ver
dadeira natureza.
E lhe respondi:
“Você diz que a religião a que pertence uma das metades
da humanidade — você quer provavelmente lalar da “religião
cristã” — não comporta costumes tão Bons quanto a sua, a
religião muçulmana?
“Como assim? Ao contrário! Esta religião suscitou um
número Bem maior de Bons costumes do que todas as que exis
tem hoje: nem um só dos ensinamentos religiosos da Antigui
dade deu tantas regras excelentes para a vida cotidiana ordinária
quanto aquele soBre o qual loi lundada essa “religião cristã”.
“Mas que os adeptos dessa grande religião, soBretudo
aqueles que chamavam na Idade Média os “Padres da Igreja”,
tenham pouco a pouco tratado esse ensinamento como “BarBa
Azul” tratou suas mulheres — quer dizer, torturando-o a pon
to de lazer desaparecer dele todo o encanto e toda a Beleza —,
isto é uma outra questão.
“Devo lhe dizer que, em geral, todas as grandes religiões
autênticas existentes ainda em nossos dias — e que foram cria
das, como a historia mesma o atesta, por homens que haviam
todos alcançado o mesmo grau de aperfeiçoamento em relação
à razão pura — foram Baseadas soBre as mesmas verdades.
“As únicas diferenças entre estas religiões se atêm às in
dicações precisas que elas dão com vistas ao cumprimento de
certos detalhes relativos a seus ritos. E essas diferenças resul
tam da maneira pela qual cada um dos grandes fundadores
adaptou de propósito essas indicações ao nível de aperfeiçoa
mento intelectual dos homens de sua época.
“Na Base de toda doutrina soBre a qual se funda uma
nova religião, encontram-se sempre dogmas pertencentes às re
ligiões anteriores e já solidamente fixados anteriormente na vida
dos homens.
“Assim se encontra plenamente justificada uma sentença
948
BELZEBU NA AMÉRICA
que nos vem dos tempos mais recuados: “Não pode haver nada
de novo sob a lua”.
“Em cada doutrina religiosa, como acabo de dizer, as úni
cas coisas novas são os pequenos detalhes que seus fundadores
nela introduzem de propósito, adaptando-os ao nível de aper
feiçoamento intelectual dos homens de sua época.
“E assim que o ensinamento sobre o qual está baseada a
religião cristã repousa quase por inteiro em uma grande dou
trina anterior, que se chama hoje judaísmo, e que contava anti
gamente, ela também, com adeptos em uma grande parte do
mundo.
“Os grandes fundadores da religião cristã, tendo tomado
por base a doutrina judaica, só modificaram dela seus detalhes
exteriores, para conformados ao nível das mentes dos “con
temporâneos de Jesus Cristo”. E, de fato, previram com acerto
tudo o que era realmente necessário ao bem dos homens.
“Eles consideraram disposições tanto para a alma quan
to para o corpo e deram mesmo todas as indicações indispen
sáveis para uma existência sossegada e feliz. Tudo isto com uma
sabedoria sem precedente, a fim de que esta religião fosse sem
pre adaptada aos homens, até em um futuro distante.
“Se o ensinamento dessa religião não tivesse sido altera
do, ele poderia talvez até convir aos homens contemporâneos,
que nosso Mulá Nassr Eddin define assim: “Eles não pestane-
jarão a não ser que lhes crave uma viga no olho”.
“Com as novas instruções especialmente previstas para a
vida ordinária, que respondiam às necessidades dos contem
porâneos de Jesus Cristo, passaram na origem, para esta reli
gião cristã, grande número dc excelentes costumes, já solida
mente fixados na vida dos adeptos da religião judaica.
“Mesmo seus bons costumes, como o de “suniate” ou
“circuncisão”, que a religião muçulmana tomou emprestado
da religião judaica, existiam eles também na religião cristã pri
mitiva. Na origem, eles eram obrigatórios c todos os adeptos os
949
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
950
BELZEBU NA AMÉRICA
951
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
952
BELZEBU NA AMÉRICA
953
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
954
BELZEBU NA AMÉRICA
955
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
956
BELZEBU NA AMÉRICA
957
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
958
BELZEBU NA AMÉRICA
959
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
960
BELZEBU NA AMÉRICA
961
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
962
BELZEBU NA AMÉRICA
963
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
964
BELZEBU NA AMERICA
965
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
966
BELZEBU NA AMÉRICA
967
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
968
BELZEBU NA AMERICA
969
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
970
BELZEBU NA AMÉRICA
971
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
972
BELZEBU NA AMÉRICA
973
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
974
BELZEBU NA AMÉRICA
975
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
976
BELZEBU NA AMÉRICA
977
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
978
BELZEBU NA AMÉRICA
979
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
980
BELZEBU NA AMÉRICA
981
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
982
BELZEBU NA AMÉRICA
983
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
984
BELZEBU NA AMÉRICA
985
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
986
BELZEBU NA AMÉRICA
987
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
988
BELZEBU NA AMÉRICA
989
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
990
BELZEBU NA AMÉRICA
991
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
992
BELZEBU NA AMÉRICA
993
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
994
BELZEBU NA AMÉRICA
995
Capítulo 43
Belzebu expõe suas maneiras de ver
sobre o processo periódico
de destruição mútua
dos homens
997
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
998
DESTRUIÇÃO MÚTUA
999
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1000
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1001
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1002
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1003
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1004
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1005
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1006
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1007
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1008
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1009
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1010
DESTRUIÇÃO MÚTUA
tarde” ou, como se diz por lá, “de bancar o Dom Quixote”,
para obter, de uma só vez, a suspensão total desses processos,
eles se esforçariam por desenraizar a crença que se fixou cm
sua existência ordinaria acerca dos benefícios que trariam duas
de suas concepções; dito de outro modo, eles aboliríam o cos
tume de exaltar certos participantes desses processos, de lazer
deles “heróis” e de recompensá-los com honrarias distribuin
do-lhes “condecorações”, e eles suprimiríam pelo menos este
lamoso ramo de suas “ciências hassnamussianas”, inventado
por algum ser “espinhento”, no qual é negligentemente prova
do que a destruição recíproca periódica é de fato indispensá
vel na Terra, pois sem ela havería um intolerável acréscimo da
população ocasionando tão terríveis crises econômicas que os
seres-homens se devorariam entre si.
Se eles chegassem a lazer desaparecer a primeira dessas
concepções, já firmemente lixada no processo de sua anormal
existência esseral ordinária, aniquilariam para sempre mais da
metade dos “fatores automáticos” que predispõem o psiquis
mo dos adolescentes a ceder á esta propriedade singular de
sempre cair no estado particular que lhes é habitual durante
esses processos. Quanto à supressão da segunda, ela lhes per
mitiría poupar aos seres dos tempos futuros algumas dessas
inumeráveis idéias idiotas que não cessam de surgir lá, idéias
que, transmitidas de geração a geração como incontestáveis
artigos de fé, muito contribuem para a formação em sua pre
sença de propriedades, nenhuma das quais convém aos seres
tri-cerebrais de nosso Megalocosmos, e dentre as quais existe
uma que os faz “duvidar da existência da divindade”. E esta
dúvida que ocasiona para eles o desaparecimento quase total
de certos dados que deveriam absolutamente se depositar na
presença de todos os seres tri-cerebrais, e cuja totalidade en
gendra o impulso denominado “sensação instintiva” das ver
dades cósmicas, experimentadas por todos os seres, sejam eles
1011
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1012
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1013
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1014
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1015
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1016
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1017
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1018
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1019
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1020
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1021
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1022
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1023
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1024
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1025
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1026
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1027
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1028
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1029
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1030
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1031
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1032
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1033
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1034
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1035
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1036
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1037
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1038
DESTRUIÇÃO MUTUA
1039
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1040
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1041
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1042
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1043
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1044
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1045
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1046
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1047
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1048
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1049
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1050
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1051
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1052
DESTRUIÇÃO MÚTUA
1053
Capítulo 44
Segundo Belzebu, a concepção
que os homens se fazem
da justiça é, no sentido
objetivo, uma “miragem maldita”
1055
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1056
UMA MIRAGEM MALDITA
1057
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1058
UMA MIRAGEM MALDITA
tudo do que ele fazia com eles, até o dia em que fui informado
dos acontecimentos extraordinarios que se passavam no pla
neta do Purgatorio.
Aconteceu que o alto-governador do Santo Planeta do
Purgatorio, o Sustentáculo-de-Todos-os-Quartos, o Arqui-
Qtierubim Helkguemathius, soube por acaso que um dos as
sistentes do diretor da estaçào de eterogramas, Tuilan, recebia
periodicamente do sistema solar Ors mensagens muito longas
que lhe enviava seu pai. Ele manifestou o desejo de tomar co
nhecimento delas, e, após tê-lo feito, nào só se interessou mui
to por cias, mas até mesmo deu a ordem, a seu tio Tuilan, para
difundir seu texto no “tulukhtertzinek”* planetário geral, a fim
de que certos “corpos esserais supremos” que habitam o santo
planeta pudessem ouvir, para descansar, se o quisessem, as infor
mações relativas ao psiquismo dos estranhos seres tri-cere
brais que povoam um dos mais distantes planetas de nosso
Megalocosmos.
Seu tio Tuilan, desde então, fez como lhe fora ordenado.
Logo que recebia meus eterogramas, ele os difundia no “tu
lukhtertzinek” planetário geral, e, desse modo, todas as almas
justas que habitam o santo planeta eram mantidas a par de mi
nhas observações e pesquisas sobre esse estranho psiquismo.
Desde então, certos corpos esserais supremos do santo
planeta, que seguiam muito atentamente todas as minhas inves
tigações, se puseram, por sua vez, a refletir sobre a estranheza
desse psiquismo.
As reflexões desses bem-aventurados corpos esserais su
premos os levaram a compreender que havia algo de falseado
no psiquismo dos seres tri-cerebrais do planeta Terra, e eles
chegaram a discernir o que havia de suspeito na origem desse
“algo”; muitos deles acabaram mesmo por se indignar seria
1059
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1060
UMA MIRAGEM MALDITA
1061
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1062
UMA MIRAGEM MALDITA
1063
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1064
UMA MIRAGEM MALDITA
1065
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1066
UMA MIRAGEM MALDITA
1067
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1068
UMA MIRAGEM MALDITA
1069
UMA MIRAGEM MALDITA
1069
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1070
UMA MIRAGEM MALDITA
1071
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1072
UMA MIRAGEM MALDITA
1073
RELATOS DE BELZEBU A SËU NETO
1074
UMA MIRAGEM MALDITA
1075
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1076
UMA MIRAGEM MALDITA
1077
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1078
Capítulo 45
Segundo Belzebu,
o fato de que os homens
captam a eletricidade da Natureza
e a destroem ao utilizá-la
é urna das causas principais
de diminuição da duração
da vida humana
1080
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUÍDA
1081
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1082
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUÍDA
1083
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1084
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUIDA
1085
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1086
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUÍDA
1087
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1088
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUÍDA
1089
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1090
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUÍDA
1091
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1092
A ELETRICIDADE CAPTADA E DESTRUÍDA
1093
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1094
Capítulo 46
Belzebu explica a seu neto
a significação da forma
e da ordem que escolheu
para expor suas informações
sobre os homens
1096
ORDEM ESCOLHIDA POR BELZEBU
1097
RELATOS DE BELZEBU A SEU. NETO
1098
ORDEM ESCOLHIDA POR BELZEBU
1099
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1100
ORDEM ESCOLHIDA POR BELZEBU
1101
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1102
ORDEM ESCOLHIDA POR BELZEBU
1103
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1104
ORDEM ESCOLHIDA POR BELZEBU
mesma, esta deve sempre ser justa e só exigir dela o que está
dentro dos limites de suas possibilidades.
Sem falar de justiça, é necessário agir para com a parte
inconsciente do ser de maneira a permitir a certas lunções que
permaneçam inativas de vez em quando, e isto para que esta
parte inconsciente tenha sempre a possibilidade de fazer fusio
nar pouco a pouco, e no tempo requerido, seus ritmos subjeti
vos, recentemente adquiridos, com os ritmos objetivos de nosso
Megalocosmos.
Notemos a este respeito que, no Megalocosmos, a fusão
dos ritmos só ocorre “katznukitzkerno”, ou, como teriam dito
seus favoritos, “segundo uma progressão conforme às leis”.
Assim então, se quiser que seu pensar ativo trabalhe cor
reta e produtivamente, no curso de sua futura existência res
ponsável, você deve agora, uma vez que este pensar já come
çou a se efetuar em você, e que este processo interior tem con
sequências indesejáveis para seu corpo planetário, cessar com
pletamente de fazê-lo funcionar, durante um certo tempo, por
mais desejo que disso tenha, senão você sofrerá o “dezonakua-
sanz”, quer dizer que uma única parte de sua presença inteira
adquirirá um “ritmo” novo e, em conseqüência, você se tornará
um ser “unilateral”, como diriam seus favoritos.
Aliás, a maioria deles, e sobretudo os contemporâneos,
quando alcançam a idade responsável, se convertem precisa
mente nesses seres “unilaterais”.
Em suma, é só por uma modificação progressiva do ritmo
de cada parte do todo que é possível modificar o ritmo deste
mesmo todo sem lhe causar prejuízo.
Para concluir, acho necessário repetir que, num ser, a reali
zação do pensar ativo e das consequências úteis desse pensar
tem como condição exclusiva o funcionamento em igual grau,
em sua presença, das três concentrações de resultados espiritua
lizados que têm o nome de “centro pensador”, “centro emocio
nal” e “centro motor”.
1105
Capítulo 47
Resultado, conforme às leis
de um pensar imparcial
1107
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1108
RESULTADO DE UM PENSAR IMPARCIAL
1109
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1110
RESULTADO DE UM PENSAR IMPARCIAL
1111
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1112
RESULTADO DE UM PENSAR IMPARCIAL
1113
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1114
RESULTADO DE UM PENSAR IMPARCIAL
1115
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1116
Capítulo 48
Conclusões do Autor
1118
CONCLUSÕES DO AUTOR
que se, depois desse acidente, meu corpo ficou ferido e “escan
galhado” a ponto de oferecer, durante longos meses, um qua
dro que poderia ser intitulado: “um pedaço de carne vivente
em uma cama limpa”, nào obstante meu espírito (ou o que se
chama habitualmente assim), submetido há muito tempo a uma
justa disciplina, não ficou, de modo algum, deprimido, apesar
do estado físico de meu corpo, tal como deveria ter ficado se
gundo todas as noções deles. Muito ao contrario, seu poder até
se encontrava aumentado pela excitação intensa que haviam
feito surgir nele, justo antes do acidente, as repetidas decep
ções que me causaram os homens, sobretudo os que se consa
gram à ciência, como eles dizem, e a desilusão que me propor
cionou esse ideal, pouco a pouco, formado em minha presença
geral sob o efeito de um mandamento inculcado desde minha
infância, e que lembra que “a meta mais elevada e o sentido
mesmo da vida humana é o de se esforçar pelo bem de seu pró
ximo”, o que só é possível por uma renúncia consciente ao seu.
Assim, após ter relido com atenção esse capítulo de intro
dução à primeira série, escrito nas condições que disse, e ao me
lembrar por associação dos textos de numerosos capítulos se
guintes que, segundo minha convicção, eram de natureza a pro
duzir no consciente dos leitores impressões inabituais, “engen
drando sempre resultados substanciais”, eu decidi — “eu”, ou
mais exatamente, essa “alguma coisa” de dominante em minha
presença geral que representa hoje a soma dos resultados oriun
dos dos dados cristalizados durante minha vida, dados que sus
citam geralmente, no homem que se fixou como meta adquirir,
no curso de sua existência responsável, um “pensar ativo im
parcial”, a capacidade de penetrar e de compreender o psi
quismo dos mais diferentes tipos de homens —, eu decidi, digo,
sob o efeito do impulso chamado “amor ao próximo”, que no
mesmo momento surgia em mim, me limitar, para concluir essa
primeira série, a reproduzir o texto da primeira das numerosas
conferências lidas em público na época em que existia ainda o
1119
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1120
CONCLUSÕES DO AUTOR
antes, pois foram todos vistos “tremer por sua pele”, aterrori
zados com a idéia de perder seu bem-estar pessoal, do qual,
aliás, me eram devedores, depois, desertando a obra comum,
com o rabo entre as patas, regressar furtivamente a seus canis,
onde, aproveitando as migalhas caídas de meu “festim de
idéias”, eles abriram o que chamarei de seus “laboratórios de
falsificação”, e, com um secreto sentimento de esperança, e tal
vez mesmo de alegria, ao pensamento de se ver logo livres para
sempre de meu vigilante controle, começaram a fabricar, com
todo tipo de pobres ingênuos, “clientes para asilos de loucos”.
E escolhi esta conferência porque, desde o momento em
que empreendi propagar as idéias que eu queria fazer penetrar
na vida dos homens, ela foi especialmente concebida, aqui, na
Europa, para servir de introdução à série completa das confe
rências cujo conjunto era o único que podia pôr em evidência,
de uma forma acessível a todos, a necessidade e até mesmo a
imperiosa obrigação de uma colocação em prática efetiva das
verdades imutáveis que eu elucidara e estabelecera no decor
rer de meio século de trabalho ativo de dia e de noite, e provar,
ao mesmo tempo, que é realmente possível fazer estas verdades
servirem ao bem de todos. Por outro lado, encontrando-me no
auditório, quando da última leitura que se fez dela, acrescen
tei-lhe um suplemento que correspondia em todos os pontos
ao pensamento secreto inserido pelo sr. Belzebu, ele mesmo,
no que chamarei “seu acorde final”, e este suplemento, ao ilu
minar uma vez mais esta suprema verdade objetiva, permitirá,
a meu ver, ao leitor percebê-la e assimilá-la como convém a um
ser que se pretende “à imagem de Deus”.
1121
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
Primeira Conferência
1122
CONCLUSÕES DO AUTOR
1123
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1124
CONCLUSÕES DO AUTOR
1125
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1126
CONCLUSÕES DO AUTOR
1127
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1128
CONCLUSÕES DO AUTOR
1129
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1130
CONCLUSÕES DO AUTOR
1131
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1132
CONCLUSÕES DO AUTOR
1133
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1134
CONCLUSÕES DO AUTOR
1135
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1136
CONCLUSÕES DO AUTOR
1137
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1138
CONCLUSÕES DO AUTOR
1139
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1140
CONCLUSÕES DO AUTOR
1141
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1142
CONCLUSÕES DO AUTOR
ele será sincero consigo mesmo sem nenhuma reserva, que nào
fechará os olhos a nada, não se furtará a nenhum resultado,
aonde quer que ele o conduza, que nào terá jamais medo de
tirar conclusões e não fixará de antemão para si nenhum limi
te; por outro lado, a fim de que a explicação desses princípios
possa ser convenientemente captada e assimilada por cada um
daqueles que seguirão este novo ensinamento, é indispensável
instituir uma forma de “linguagem” apropriada, pois a forma
atual não convém em nada a tais elucidações.
No que se refere à primeira condição, é preciso, desde o
início, advertir o homem, que não está habituado a pensar e a
agir segundo linhas conformes com estes princípios de obser
vação de si, que lhe será necessária uma grande coragem para
aceitar sinceramente os resultados obtidos e não se deixar de
sanimar, mas submeter-se a eles e perseverar com a crescente
obstinação que exige este estudo.
As conclusões que ele deverá tirar serão de natureza a
pôr “de cabeça para baixo” todas as suas convicções e crenças
já profundamente enraizadas, assim como a inteira ordem de
suas maneiras de ver ordinárias; e, em semelhante caso, um
homem pode muito bem se ver despojado, talvez para sempre,
de todas as suas ilusões agradáveis, de todos os “valores caros a
seu coração”, que lhe haviam assegurado até então uma vida
tranquila e acolchoada.
Por uma observação de si correta, um homem pode, des
de os primeiros dias, compreender claramente e reconhecer,
sem dúvida possível, sua total impotência e sua completa falta
de recursos diante de tudo que o circunda.
Ele se convencerá assim com todo seu ser que cada coisa
o dirige, que cada coisa o governa. Ele mesmo não governa e
nem dirige nada em absoluto.
É atraído ou repelido, não somente por todas as coisas
animadas, que têm em si mesmas o poder de desencadear nele
1143
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1144
CONCLUSÕES DO AUTOR
1145
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1146
CONCLUSÕES DO AUTOR
1147
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1148
CONCLUSÕES DO AUTOR
1149
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1150
CONCLUSÕES DO AUTOR
SUPLEMENTO
Tal é o homem médio ordinário: um escravo inconscien
te, inteiramente a serviço de desígnios de ordem universal, que
não têm nada a ver com sua individualidade.
Ele pode permanecer tal qual é durante toda sua vida,
depois, como tal, ser destruído para sempre.
Entretanto, a Grande Natureza lhe deu a possibilidade
de não ser um simples instrumento cego a serviço desses desíg
nios objetivos dc ordem universal. Ele pode, mesmo servindo-a e
realizando o que lhe foi designado, já que este é o quinhão de
toda criatura, trabalhar ao mesmo tempo, “egoistamente”, para
sua própria individualidade.
Esta possibilidade lhe foi dada, ela também, para servir à
meta comum, pois o equilíbrio mesmo destas leis objetivas exi
ge tais homens, relativamente libertados.
Entretanto, se bem que esta libertação seja possível, não
é dito que todo homem tenha a chance de chegar a ela.
Um grande número de razões podem se opor a isto, as quais,
na maioria dos casos, não dependem nem de nós pessoalmente,
1151
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1152
CONCLUSÕES DO AUTOR
1153
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1154
CONCLUSÕES DO AUTOR
1155
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1156
CONCLUSÕES DO AUTOR
1157
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
que ele lhes havia dado até então, se o homem souber que a
morte virá, nem que seja em cinco ou dez anos.
Em suma, olhar sua própria morte “de trente”, o homem
ordinário não o pode, nem o deve. O chão desaparecerla de
repente sob seus pés, e com toda sua acuidade surgiria a per
gunta: “Para que serve esta vida, e por que sofrer?”
E é justamente para que uma tal pergunta não possa se
colocar que a Grande Natureza, convencida de que na maioria
dos homens não se constituía mais nenhum fator de manifesta
ções meritorias que convêm aos seres tri-cêntricos, favoreceu,
em sua sabedoria e sua previdência, o aparecimento, na pre
sença geral deles, das diversas consequências de propriedades
indignas deles, propriedades que, na ausência das realizações
requeridas, lhes permitem não perceber e não experimentar a
realidade.
E, se a Grande Natureza se viu obrigada a se adaptar a
essa anomalia, no sentido objetivo da palavra, foi porque em
razão das condições de vida ordinária estabelecidas pelos pró
prios homens, a queda de qualidade das radiações requeridas
para metas cósmicas elevadas exigia imperiosamente, para a
manutenção do equilíbrio, uma compensação baseada no nú
mero de nascimentos e na duração da existência.
Assim então, a vida não é dada aos homens para eles mes
mos, mas para servir à metas cósmicas elevadas e é por isso que
a Grande Natureza vigia para que ela possa transcorrer de uma
forma mais ou menos tolerável, e não termine prematuramente.
Nós outros homens, não engordamos nossos carneiros e
nossos porcos, não cuidamos deles, não estamos atentos para
lhes tornar a vida tão confortável quanto possível?
Mas fazemos tudo isso porque apreciamos suas vidas por
suas vidas mesmas?
Não! fazemos tudo isso para, um dia, degolá-los e tirar
deles a boa carne de que precisamos, com o máximo de gordura.
Da mesma forma, a Natureza toma todas as medidas para
1158
CONCLUSÕES DO AUTOR
que vivamos sem ser tomados pelo horror, e para que não nos
enforquemos, mas vivamos muito tempo; depois, assim que o
necessita, ela nos degola.
Nas condições de vida ordinária dos homens, tais como elas
estão estabelecidas, esta é uma lei inquebrantável da Natureza.
A vida nos é dada para uma meta elevada e somos todos
juntos obrigados a servi-la — e esta é nossa razão de ser, e o
sentido mesmo de nossa vida.
Todos os homens, sem exceção, são escravos desta “gran
deza”, todos devem submeter-se sem discutir, e cumprir sem
mentira nem compromisso de nenhuma espécie o que é deter
minado para cada um segundo seu ser, quer dizer, segundo o
que lhe foi transmitido por hereditariedade e o que adquiriu
conscientemente por si mesmo.
1159
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1160
CONCLUSÕES DO AUTOR
1161
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1162
CONCLUSÕES DO AUTOR
1163
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1164
CONCLUSÕES DO AUTOR
1165
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1166
CONCLUSÕES DO AUTOR
1167
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
toi dado pela Grande Natureza, deve se fixar como meta es
sencial a de chegar a ser um amo.
Não um amo segundo o sentido que esta palavra adqui
riu para os homens contemporâneos, dito de outra forma, al
guém que tem muitos escravos e muito dinheiro, e isto o mais
frequentemente por herança, porém um homem que, graças a
suas ações objetivamente virtuosas para com os que o cercam
— quer dizer, graças às ações manifestadas unicamente sob a
inspiração de sua razão pura, sem nenhuma participação dos
impulsos que engendram nele, como em todos os homens, as
consequências das propriedades do funesto órgão kundabu-
tter —, adquire em si essa “alguma coisa” que obriga todos os
que o cercam a se inclinar diante dele e a executar suas ordens
com devoção.
1168
CONCLUSÕES DO AUTOR
1169
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
1170
ÍNDICE
ÍNDICE
Livro Primeiro
Capítulo 1
Despertar do pensar. 15
Capítulo 2
Prólogo: Por que Belzebu veio ao nosso sistema solar. 59
Capítulo 3
Causa de um atraso na queda da Karnak. 64
Capítulo 4
A lei de queda. 74
Capítulo 5
Sistema do Arcanjo Khariton. 78
Capítulo 6
Perpetuum Mobile. 81
Capítulo 7
Do conhecimento do verdadeiro dever esseral. 85
Capítulo 8
Onde este malandro do Hassin, o neto de Belzebu,
ousa nos tratar de lesmas. 88
Capítulo 9
Causa da gênese da Lúa. 90
Capítulo 10
Por que os “homens” nao sao homens. 96
Capítulo 11
Um traço picante do original psiquismo dos homens. 102
Capítulo 12
Primeiros estrondos. 106
Capítulo 13
Por que, na razão do homem, o imaginario pode ser
percebido como real. 111
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
Capítulo 14
Onde se entrevê uma perspectiva que não promete
nada de muito alegre. 115
Capítulo 15
Primeira descida de Belzebu à Terra. 118
Capítulo 16
Relatividade da noção de Tempo. 129
Capítulo 17
Arqui-absurdo: Segundo as assertivas de Belzebu,
nosso sol nào ilumina nem aquece. 141
Capítulo 18
Arqui-fantástico. 154
Capítulo 19
Belzebu relata sua segunda descida ao planeta Terra. 180
Capítulo 20
Terceiro vôo de Belzebu ao planeta Terra. 209
Capítulo 21
Primeira visita de Belzebu às índias. 228
Capítulo 22
Belzebu no Tibete pela primeira vez. 251
Capítulo 23
Quarta estada pessoal de Belzebu no planeta Terra. 266
Capítulo 24
Belzebu voa para o planeta Terra pela quinta vez. 310
Capítulo 25
O Mui Santo Ashyata Sheyimash Enviado d’O-AIto à Terra. 341
Capítulo 26
Legamonismo relativo às reflexões do Mui Santo
Ashyata Sheyimash com o título “Horror da Situação”. 346
1174
ÍNDICE
Capítulo 27
Da ordem de existência que criou para oshomens o
Mui Santo Ashyata Sheyimash. 359
Capítulo 28
O principal culpado da destruição dos Santos
Trabalhos de Ashyata Sheyimash. 381
Capítulo 29
Os frutos das antigas civilizações e as flores das
contemporáneas. 401
Capítulo 30
A arte. 435
Livro Segundo
Capítulo 31
Sexta e última estada de Belzebu na superficie de
nossa Terra. 509
Capítulo 32
O hipnotismo. 541
Capítulo 33
Belzebu hipnotizador de profissão. 562
Capítulo 34
Belzebu na Rússia. 574
Capítulo 35
Modificação no curso de queda previsto para a nave
intersistemária “Karnak”. 633
Capítulo 36
Ainda um nadinha sobre os alemães. 636
Capítulo 37
A França. 639
Capítulo 38
A Religião. 669
1175
RELATOS DE BELZEBU A SEU NETO
Capítulo 39
O Santo Planeta do Purgatorio. 713
Livro Terceiro
Capítulo 40
Belzebu conta como os homens conheceram e esqueceram
a lei cósmica fundamental de Heptaparaparshinokh. 777
Capítulo 41
O dervixe bukhariano Hadji-Assvatz-Truv. 830
Capítulo 42
Belzebu na América. 874
Capítulo 43
Belzebu expõe suas maneiras de ver sobre o processo
periódico de destruição mútua dos homens. 996
Capítulo 44
Segundo Belzebu, a concepção que os homens se fazem
da justiça é, no sentido objetivo, uma “miragem maldita”. 1054
Capítulo 45
Segundo Belzebu, o lato de que os homens captam a
eletricidade da Natureza e a destroem ao utilizá-la é
uma das causas principais de diminuição da duração
da vida humana. 1079
Capítulo 46
Belzebu explica a seu neto a significação da íorma e da
ordem que escolheu para expor suas informações sobre
os homens. 1095
Capítulo 47
Resultado, conforme às leis, de um pensar imparcial. 1106
Capítulo 48
Conclusões do Autor. 1117
1176
tel ■ 25226368
Relatos de
Belzebu a seu Neto
Os Relatos de Belzebu a seu Neto constituem a primeira série de
uma obra monumental que deveria incluir três séries. O autor
destinava-lhe o papel “de extirpar do pensar e do sentir do leitor,
sem piedade e sem o menor compromisso, as crenças e opiniões
enraizadas há séculos no psiquismo dos homens a propósito de tudo
que existe no mundo”.
Nesta série, Gurdjieff expõe suas idéias sob a forma, comum às
grandes tradições, de um relato mítico “na escalado Universo”, porém
centrado em um problema essencial: o significado da vida humana.
“Seu objetivo é contar aos homens... a verdade sobre eles mesmos. Talvez
eu devesse dizer contar de novo, porque ele recolhe do passado filamentos extraviados
de conhecimento e os entrelaça em uma poderosa trama de exposição
contemporânea. Este é um livro estranho, excitante e perturbador, único em
seu gênero”.
P. L. Travers, World Review
ISBN 85-86204-07-2
’ HORUS
Editora
9’788586 204076