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Projeções Cartográficas
FEN08-05146
UERJ/FEN/Departamento de Cartografia
Prof. Sonia Maria Lima Silva
Projeções planas: características, lei da projeção, coeficientes de
deformação, exemplos
Sumário
Introdução
Características das projeções planas ou azimutais
Desenvolvimento da projeção plana
Lei da projeção
Coeficientes de deformação (meridiana, transversal e superficial)
Deformação angular e Deformação angular máxima
Projeções plana equidistante
Projeção plana equidistante azimutal
Projeção plana equidistante transversal
Projeção plana equivalente
Projeção plana conforme
Projeção plana gnomônica
Gráfico comparativo das projeções planas
Introdução
As projeções planas, também chamadas de azimutais são obtidas mediante a
projeção sobre determinado plano, dos feixes de retas que passam pelos pontos
correspondentes da superfície da Terra e um ponto fixo (ponto de vista).
Normal ou polar
Transversa ou equatorial
Oblíqua ou horizontal
Ortográfica polar
Estereográfica polar
Ponto de tangência
PN
R.sen m
dm
a
A b
Transformada
C do meridiano
d c
D B
d
R
Transformada
d
do paralelo
φ = latitude
Ponto de tangência
PN
R.sen m
dm
a
A b
C
d c
D B
d O ponto a, imagem do ponto A no
R
plano da projeção, o qual está
afastado do Polo PN de uma
d
distância m e que depende da co-
latitude do ponto A; portanto será
função de .
φ = latitude
Ponto de tangência
PN AC
R.sen m
dm
a ac
C A b
d c
D B
d
R
AB
d
ab
φ = latitude
Ponto de tangência
PN
R.sen m
dm
a
A b
C AC = R.sen.d
d c
D B
d ac = m. d
R
d AB = R. d
ab = dm
Por esse ponto traçam-se as transformadas dos meridianos, fazendo entre si ângulos
iguais as respectivas diferenças de longitude.
AC = R.sen.d
ac m.d m ac = m. d
= = =
AC R.sen .d R.sen
Compilado de Julia Strauch
Coeficientes de deformação
Coeficiente de deformação superficial
Considerando o ponto D da esfera modelo, situado no paralelo do ponto B e no meridiano de C.
Tem-se a figura ABCD a qual pode-se considerar um retângulo, pois admitindo que os pontos A, B, C e
D são infinitamente próximos.
A área ABCD será dada por ABxAC.
O coeficiente de deformação superficial será a relação entre as áreas dos retângulos abcd no plano
da projeção, e seu correspondente ABCD, na esfera modelo. Então pode-se escrever:
ab.ac m.dm
= = . = 2
AB. AC R .sen .d
m
== = 1 m = Rsen Esta é a lei da projeção
R.sen
Observações:
• Para não haver deformação no meridiano =1
• Para não haver deformação no paralelo =1
• Para não haver deformação em área = 1
P
C A
c a
u
B
u’
b
Círculo máximo
A condição para que não haja deformação angular é que os ângulos u e u’ sejam iguais.
Então u = u’ e tg u = tg u’.
𝑡𝑔𝑢´ 𝑎𝑐 𝐴𝐵 𝑡𝑔𝑢´ 𝑎𝑐 𝐴𝐵 𝛼
Dividindo-se tg u´ por tg u tem-se: = . 𝑜𝑢 = . =
𝑡𝑔𝑢 𝑎𝑏 𝐴𝐶 𝑡𝑔𝑢 𝐴𝐶 𝑎𝑏 𝛽
𝑠𝑒𝑛(𝑢′ − 𝑢) ∝ −𝛽
=
𝑠𝑒𝑛 ( 𝑢 ′ + 𝑢) 𝛼 + 𝛽
−
senu = .sen(u + u ' )
+
Mas como u, normalmente é muito pequeno e o seno e arco em radianos podem
ser considerados iguais, pode-se fazer:
−
umax = radianos
+
Superficial Equivalência: = 1
= .
Conformidade: =
Deformação angular
−
u =
+
Tangente
No tipo normal, o ponto de tangência representa um dos polos e os meridianos de
longitude são linhas retas radiais que partem deste ponto enquanto os paralelos de
latitude são círculos concêntricos
A distorção no mapa aumenta conforme se distância do ponto de tangência
Considerando que a distância é mínima perto do ponto de tangência, as projeções planas
são apropriadas para representar áreas que tem extensões aproximadamente iguais nas
direções Norte-Sul ou Leste-Oeste.
Secante
As projeções planas são frequentemente usadas para mapear regiões polares, mas podem
ser centralizadas em qualquer posição na superfície da Terra
Por causa do padrão radial de distorção (aumenta com o afastamento do ponto de tangência ), as
projeções planas são apropriadas para mapear áreas que tem extensão Norte-Sul e Leste-Oeste iguais
Todavia são frequentemente escolhidas por causa da representação correta da distância e relações
direcionais sobre o ponto de tangência
m = R.
Nesta expressão os afastamentos lineares m do polo P serão iguais aos comprimentos dos
arcos dos meridianos retificados
Essa projeção tem como propriedade conservar as O azimute (Az) será o azimute do ponto
distancias e os azimutes em relação ao ponto considerado, contado a partir do meridiano do
central ponto de tangencia.
Considerando uma projeção plana na sua modalidade
equatorial ou horizontal, a lei da projeção será O meridiano do ponto de tangência será uma
idêntica a da projeção equidistante meridiana reta.
Apenas a colatitude () e longitude() serão As outras retas concorrentes neste ponto
substituídas respectivamente pelo ângulo central representarão os círculos máximos que são os
subtendido pelo arco de circulo máximo (d) e vértices que passam pelo ponto de tangencia
azimute (Az)
Os azimutes são, portanto conservados
Colatitude → d
Longitude → Az
Os círculos concêntricos não mais
representaram os paralelos e sim os lugares
geométricos dos pontos equidistantes do
centro da projeção
Seja então:
cot g1.sen o = cot gAz.sen + cos . cos o
o e 1, a co-latitude do ponto de tangência O e a
do ponto a representar A, respectivamente
a diferença de longitude entre estes pontos
Pólo
d a distância ortodrômica entre os pontos
considerados 1
o
Az o azimute do ponto A em relação ao meridiano
do ponto O
Az
M
P
d
Calcula-se coordenadas locais horizontais
aplicando-se as fórmulas da trigonometria
esférica ao triangulo de posição
Para trabalhar com a latitude no lugar da co- As posições dos pontos podem também
latitude, as fórmulas anteriores se ser obtidas pelas suas coordenadas
transformam em: retangulares, utilizando-se das
cos d = seno . cos1 + seno .sen1. cos fórmulas:
x = m.senAz = R.d .senAz
tg1. coso − cos . coso
cot gAz = y = m. cos Az = R.d . cos Az
sen
Utilidade
Para mostrar as distâncias percorridas por uma aeronave a partir do ponto central da projeção.
Para trabalhos de sísmica.
Aspecto obliquo usado para mapas do atlas dos continentes e mapas do mundo para uso na
aviação.
A versão Polar é usada para mapas do mundo, dos hemisférios polares, e o emblema das Nações
Unidas.
Características
As distâncias e direções são verdadeira somente no ponto central da projeção.
Distâncias são corretas entre pontos ao longo de linhas retas, que passem pelo centro.
Todas as outras distâncias são incorretas.
Qualquer linha reta traçada através do ponto central está em um grande círculo.
As distorções de áreas e formas aumentam com o aumento da distância em relação ao ponto
central.
Azimutal matematicamente projetada sobre um plano tangente a qualquer ponto do globo.
Aspecto Polar é tangente apenas no polo.
dm
=
R.d mas m = R.sen logo dm = R. cos .d
R. cos .d
Então = = cos
R.d
𝛾 = 𝛼. 𝛽 = 1. cos 𝛿 = cos 𝛿
m dm m.dm
= . = . = 2 =1
R.sen R.d R .sen .d
− sen 2
Deformação angular máxima: umax = = 2
+ 1 + cos2
2
Construção de cartas(caso geral)
Procede-se como no caso da projeção equidistante azimutal, ou seja:
De posse das coordenadas geográficas (φ, ), transformando-as em coordenadas locais horizontais (d,
Az), onde:
d = distância ortodrômica entre o ponto de tangência e o ponto considerado
Az = azimute do ponto considerado em relação ao meridiano do ponto de tangência
Limitações:
Nesta projeção, as distâncias radiais m vão diminuindo com o afastamento do ponto central
= cos d 2
Aplicações:
É uma das projeções azimutais mais importantes, pois a propriedade de equivalência atende aos
problemas peculiares da geografia
É a mais indicada para a construção de Atlas
Para que não haja deformação nos ângulos em uma projeção, será necessário que os
coeficientes de deformação meridiana e transversal sejam iguais
m dm
= ou m = =
R.sen R.d
É uma projeção estereográfica, no qual o ponto de vista está situado na superfície da esfera modelo,
em uma posição diametralmente oposta ao ponto de tangência
A exceção dos círculos que passam pelo ponto de vista, cada circulo no globo é projetado como
circulo na carta, e quando os círculos contêm o ponto de vista, são projetados como linhas retas
= = sec2 d 2
Aplicações
É uma das projeções mais antigas e divulgadas
A origem da conformidade aliada à conservação dos círculos tornam essa projeção, a mais indicada
à plotagem e à medida das relações da esfera; daí, a sua aplicação na solução gráfica de diversos
problemas esférico, como, por exemplo, identificadores de astros.
Ela é muito empregada na construção das cartas dos hemisférios que frequentemente aparecem
nos Atlas
Na representação de áreas de dimensão moderadas, pois não só preserva a forma como também a
escala é variável dentro de limites aceitáveis ➔ Ela é utilizada em cartas de utilidade geral
É utilizada na cartografia de regiões polares
Projeção estereográfica
Tem como característica representar qualquer círculo máximo como reta (ortodrômica).
Esta projeção não admite a representação da linha polar ao ponto de tangência pois sua
representação seria deslocada ao infinito.
Todavia possui a propriedade exclusiva das perspectivas centrais que se torna interessante
para os navegantes: todos os círculos são projetados segundo linhas retas
m R.tg
= = = sec
R.sen R.sen
Coeficiente de deformação superficial
= . = sec3
Deformação angular máxima
umax = −tg
2
Aplicações
Utilizada para a confecção de cartas polares na sua modalidade polar
Tem utilização na navegação aérea e marítima no planejamento de rotas ortodrômicas
Na radiogoniometria: orientação de antenas e marcação de radio faróis
Radiolocalização: procura de estações clandestinas
Na radioengenharia: estudo de propagação de ondas de radio
Geologia: alinhamento de componentes da crosta terrestre
Cartas e portos e pequenas enseadas
m = 2 R.sen
Lei
m = R.d m = R.sen m = 2 R.tg
2
m = R.tg
2
d = 90-φ m m m m m
10º 17mm 17mm 17mm 17mm 17mm
30º 52mm 50mm 53mm 51mm 57mm
45º 78mm 70mm 82mm 76mm 100mm
60º 104mm 86mm 115mm 100mm 173mm
90º 157mm 100mm 200mm 141mm
60º
Gnomônica
45º
Eqüidistante
meridiana 30º
90º
60º 45º 10º
30º 10º 10º 30º 45º 60º
Conforme
10º
10º
30º 30º
45º
60º 45º
90º
60º
Eqüidistante Equivalente
transversal