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INSTITUTO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
PROF. PAULO LEONCIO, M.e.
IT127 – CARTOGRAFIA I

AULA 9 : PROJEÇÕES CÔNICAS


INTRODUÇÃO

Em se tratando de superfície desenvolvível no plano temos, ainda o cone e o


cilindro. Parece justo, portanto, a representação parcial da esfera ou do elipsoide de
revolução em tais superfícies que sofrerão posteriormente um desenvolvimento no plano.
INTRODUÇÃO

O contato do cone com relação à esfera modelo, pode ser:

a) tangente;

b) secante e;
INTRODUÇÃO

Dependendo da situação do vértice do cone, em relação ao eixo da esfera modelo,


poderemos ter as classes:

a) Normal: o vértice situa no prolongamento do eixo de rotação da Terra.

b) Transversa ou Equatorial: eixo do cone perpendicular ao eixo de rotação da Terra.

c) Horizontal ou oblíqua: eixo do cone inclinado em relação ao eixo de rotação da Terra.


INTRODUÇÃO

Como as projeções cônicas mais usadas são as normais, nosso estudo ficará restrito
a tal classe. Tem, essa projeção, como característica geral o fato de serem as transformadas
dos paralelos representados por arcos de circunferências com centro no vértice do cone e as
transformadas dos meridianos por retas concorrentes no vértice do cone.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIDISTANTE MERIDIANA COM UM PARALELO Padrão
(PROJEÇÃO DE PTOLOMEU)

Condição:

β – coeficiente de deformação meridiana.


α – coeficiente de deformação transversal.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIDISTANTE MERIDIANA COM UM PARALELO Padrão
(PROJEÇÃO DE PTOLOMEU)

Lei de projeção:

r’ – raio da projeção
r – raio da superfície de representação
δ – colatitude (90°- ϕ)
ϕ – latitude
δo – colatitude do paralelo padrão.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIDISTANTE MERIDIANA COM UM PARALELO Padrão
(PROJEÇÃO DE PTOLOMEU)

A propriedade marcante desta projeção é a equidistância meridiana e


conservação em verdadeira grandeza do paralelo de tangência.

À medida que se distancia do paralelo padrão a variação em escala vai se


acentuando, portanto, acentuada ampliação de escala sobre os paralelos e manutenção
em verdadeira grandeza nos meridianos, o que altera grandemente a forma das áreas
representadas.

Não serve para representação de regiões polares, pois representa o polo por um
arco de circunferência.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIDISTANTE MERIDIANA COM DOIS
PARALELOS PADRÕES (PROJEÇÃO EQUIDISTANTE DE L’ISLE)

Condição:

β – coeficiente de deformação meridiana.


α – coeficiente de deformação transversal.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIDISTANTE MERIDIANA COM DOIS
PARALELOS PADRÕES (PROJEÇÃO EQUIDISTANTE DE L’ISLE)

Lei de projeção:

r’ – raio da projeção
r – raio da superfície de representação
δ – colatitude (90°- ϕ)
ϕ – latitude
δo – colatitude do paralelo padrão.
n - Coeficiente de redução:
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIDISTANTE MERIDIANA COM DOIS PARALELOS
PADRÕES (PROJEÇÃO EQUIDISTANTE DE L’ISLE)

Conserva todos os meridianos em verdadeira grandeza e os dois paralelos


padrões. No interior dos paralelos de secância temos α < 1, ou seja, existe uma redução
de escala enquanto fora dos paralelos de secância ocorre o contrário, ou seja, α > 1
(ampliação).

Esta projeção é usada para representar regiões com pequena diferença de


latitude. Além disso, o polo é representado por um arco de circunferência, e assim não é
considerada apropriada para representar regiões polares.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIVALENTE COM DOIS PARALELOS PADRÕES
(PROJEÇÃO EQUIVALENTE DE ALBERS)

Condição:

𝛾 – Coeficiente de deformação superficial.


α – coeficiente de deformação transversal.
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIVALENTE COM DOIS PARALELOS PADRÕES
(PROJEÇÃO EQUIVALENTE DE ALBERS)

Lei de projeção:

r’ – raio da projeção
r – raio da superfície de representação
δ – colatitude (90°- ϕ)
ϕ – latitude
δo – colatitude do paralelo padrão.
n - Coeficiente de redução:
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIVALENTE COM DOIS PARALELOS PADRÕES
(PROJEÇÃO EQUIVALENTE DE ALBERS)

Esta projeção tem as características de equivalência e eqüidistância nos


paralelos de contato, aumentando assim a precisão se comparada às demais projeções.
Projeção muito importante na Cartografia em geral, com restrição na representação dos
polos. Uma das projeções cônicas mais usadas.
PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME COM DOIS PARALELOS PADRÕES
(PROJEÇÃO CONFORME DE LAMBERT)

Condição:

β – coeficiente de deformação meridiana.


α – coeficiente de deformação transversal.
PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME COM DOIS PARALELOS PADRÕES
(PROJEÇÃO CONFORME DE LAMBERT)

Lei de projeção:

r’ – raio da projeção
r – raio da superfície de representação
δ – colatitude (90°- ϕ)
ϕ – latitude
δo – colatitude do paralelo padrão.
n - Coeficiente de redução:
PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME COM DOIS PARALELOS PADRÕES
(PROJEÇÃO CONFORME DE LAMBERT)

Esta projeção tem a característica de conservar os ângulos, tendo uma


deformação igual para os meridianos e paralelos e fazendo com que as formas das figuras
sejam preservadas para pequenas áreas. Redução de escala no interior dos paralelos
padrõ e ampliação no exterior . Além disso, nesta projeção, o polo
é representado por um ponto.
PROJEÇÃO POLICÔNICA

Imagine diversos cones tangentes à esfera modelo, a representação destes cones


no plano chama-se de PROJEÇÃO POLICÔNICA.

Podemos classificá-las em três tipos diferentes:


a) Normal: quando o eixo é paralelo ao eixo da Terra;

b) Transversa: quando o eixo do cone é perpendicular ao eixo terrestre e;

c) Oblíquas: quando o eixo do cone é inclinado em relação ao eixo da Terra.


PROJEÇÃO POLICÔNICA

O caso mais comum é a projeção normal. Neste tipo, os cones tangenciarão os


paralelos, por consequente, na projeção as transformadas de cada paralelo será
representada por um arco de circunferência não concêntrica, pois cada um deles terá, como
centro, o vértice do cone que lhe deu origem.

Esses centros, no entanto, em virtude dos eixos dos cones serem coincidentes,
estarão situados sobre o mesmo segmento de reta.
PROJEÇÃO POLICÔNICA

As transformadas dos meridianos serão curvas de concavidade voltada para o


meridiano central, sendo este uma reta perpendicular ao Equador e consequentemente
formará um ângulo reto com os demais paralelos.

Como os paralelos não tem centro comum, deve-se procurar uma equação que
forneça as distâncias, comprimento sobre o meridiano central que serão os centros dos arcos
de circunferência.

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