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Projeção Estereográfica
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Curso de Difração de Raios-X
Esfera de Referência
Na figura (a) é representada uma amostra sob a forma de um paralelepípedo, onde um referencial
foi estabelecido com os eixos ortogonais normais às faces. Um plano qualquer, linhas tracejadas,
está indicado na figura. Para representar a orientação do plano de interesse com relação ao
referencial estabelecido imagina-se o plano localizado no centro de uma esfera de referência. A
interseção do plano com a esfera é um grande círculo (círculo cujo centro coincide com o centro
da esfera). Uma descrição equivalente é dada pela normal ao plano, tomada no centro, que
intercepta a esfera em dois pontos diametralmente opostos, chamados polos (P). Podem ser
atribuídos sinais mais e menos para distinguir os dois. Na figura (b) é mostrada uma perspectiva
da esfera, com círculos de latitude constante e meridianos. O polo norte coincide com o eixo Z e o
meridiano de referência é o grande círculo definido pelo plano XY. A localização do polo P é
completamente descrita pelas distâncias Θ e Ψ (α e β serão usados adiante), que são coordenadas
na superfície da esfera. A posição de P pode ser também descrita por duas rotações: Ψ no sentido
horária em torno de Z (positivo) e Θ e no sentido horária em torno de Y (positivo).
Um hemisfério pode ser mapeado no interior de um círculo. Em ( c ) a posição de P é localizada
em relação a XYZ. A representação de direções numa esfera de referência é conveniente quando
se tem muitos cristais num policristal. A posição relativa é facilmente evidenciada e a densidade
local de pontos reflete o número de grãos num dado intervalo, ou seja, a distribuição.
No segundo exemplo tem-se um cilindro onde existe um eixo A de interesse. Em (d), x,y,z são
eixos de referência do cristal. Deseja-se conhecer a orientação de A relativa aos eixos
cristalográficos de referência. Da mesma forma, em (e) é representada a posição do eixo A da
amostra, pelo polo A . Em (f) é mostrada a projeção num círculo. O polo norte coincide com z e
o meridiano de referência é o grande círculo definido pelo plano xy.
Em ambos os casos os polos dos dois hemisférios podem ser representados e recebem sinais mais
e menos, sendo descritos por vetores unitários.
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Projeção estereográfica
Plano de projeção
Círculo base
Esfera de
referência
Ponto de
projeção
Observador
Seção através de
AB e PC
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Curso de Difração de Raios-X
Rede de Wulff
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Curso de Difração de Raios-X
Medindo ângulos
Projeção
Projeção
Rede de Wulff
Ângulos entre dois polos são medidos sobre um grande círculo que passa pelos
polos. Se os polos não estão sobre um grande círculo a projeção é girada em
relação à rede de Wulff até que eles coincidam com um grande círculo.
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Curso de Difração de Raios-X
Traço de um plano
Um plano pode ser representado pelo seu polo ou por seu traço sobre a esfera de
referência. O traço se torna um grande círculo em projeção estereográfica. Como
cada ponto do grande círculo está a 90° do polo do plano, o grande círculo pode
ser encontrado pela rotação da projeção até que o polo caia sobre o equador da
rede de Wulff. O traço do plano será o meridiano a 90° do polo.
Obs: o ângulo entre dois planos pode ser também medido pelo ângulo de
interseção entre seus traços. Este método, porém, é menos preciso que a
determinação pelo ângulo entre os polos.
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Curso de Difração de Raios-X
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Curso de Difração de Raios-X
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Curso de Difração de Raios-X
Projeção Padrão
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Curso de Difração de Raios-X
Projeções
Rede de Wulff
Estereográfica
Rede de Schmidt
Áreas iguais
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Projeções
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Curso de Difração de Raios-X
Exemplos
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