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Universidade Agostinho Neto

Faculdade de Ciências
Departamento de Geologia

Disciplina de Cristalografia
2º Ano

Makutulu Dongala
makd80@hotmail.com
Tlm:937953639/997235345
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
 Dados Preliminares
Disciplina: Cristalografia
Área: Geoquímica
Ano lectivo: 2º
Semestre: Iº
Pré-requisito: Geol. Ger. I, Química I e Geometria descritiva
Duração: 100 Horas
 Problema
A necessidade de conhecer as formas cristalinas,
sua origem e importância que as referidas formas
podem ter na identificação das espécies minerais.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
 Objecto de estudo

As formas geométricas e estruturas internas com


que as substâncias cristalinas se podem apresentar.
Objectivo instrutivo

I. Reconhecer as principais formas cristalinas que


os minerais podem apresentar;

II. Identificar através das características de


simetria dos cristais, a estrutura interna dos
cristais.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Objectivo educativo

I. Sentir a importância de desenvolver as


capacidades cognoscitivas e aplicar de maneira
criativa os conhecimentos sobre substâncias
cristalinas na identificação das espécies minerais.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Conteúdo
I. Conhecimentos
 Tema I – Noções de Cristalografia;
 Tema II – Simetria cristalina;
 Tema III – Formas cristalinas;
 Tema IV – Projecções dos cristais;
 Tema V – Radiocristalografia.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Conteúdo
II. Habilidades
Conhecer os conceitos e leis da Cristalografia;

Determinar a simetria das substâncias cristalinas;

Reconhecer as formas simples que podem estar


presente numa substância cristalina;

Representar num estereograma as formas cristalinas;

Conhecer os métodos e usos da Radiocristalografia.


Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Conteúdo
III. Valores
 Responsabilidade;
 Profissionalismo.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Metodologia de ensino

I. Aulas teóricas (expositivo, demonstrativo e ilustrativo);


II. Aulas prácticas (uso dos modelos cristalográfico para a
simulação dos cristais reais), as aulas práticas terão
trabalhos individuáis e em grupo com a
orientação e acompanhamento dos docentes.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Critérios de avaliação da aprendizagem
Instrumentos de Avaliação Formas de Avaliação Quem Avalia
Aulas teóricas Formativa Co-avaliação
Aulas práticas Formativo Co-avaliação
Trabalhos individuais Formativa Auto-avaliação
Trabalho em grupo Formativa Co-avaliação
Avaliação continua Sumativo Co-avaliação
1ª Prova de Frequência Sumativo Co-avaliação
(teórica e prática)
2ª Prova de Frequência Sumativo Co-avaliação
(teórica e prática)
Exame Final Sumativo Heteroavalição
(teórica e prática)
Exame de recurso Sumativo Heteroavalição
(teórica e prática)
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Critérios de avaliação da aprendizagem
1ª Frequência: …./…./2019
Teórica (temas I, II e III)
Prática correspondente aos temas I, II e III
2ª Frequência: …./…./2019
Teórica (temas III, IV e V)
Prática correspondente aos temas III, IV e V
Exame final: …./…./2019
Teórica ( todos os temas)
Prática
Exame de recurso: …./…./2019
Teórica ( todos os temas)
Prática
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Padrão de Referência
Suficiente
O estudante deve saber:
• Reconhecer e definir as substâncias cristalinas;
• Identificar e classificar as substâncias sólidas através das
propriedades diagnósticas.

Bom
Além do padrão anterior
O estudante deve:
• Ser pontual nas actividades académicas;
• Aplicar correctamente os métodos e as técnicas para a
identificar as substâncias cristalinas;
• Possuir o espírito de trabalhar em grupo.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Padrão de Referência
Excelente
Além do padrão anterior
O estudante deve:
• Ser assíduo e respeitar o direito dos colegas e do docente
nas aulas;
• Descrever os processos de formação das substâncias
cristalinas.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Recomendação bibliográfica

Texto básico:
 Sodré Borgues, F.: Elementos de Cristalografia. Editorial
Fundación Calouste Gulbenikian. 624p. 1996.
 Hurlbut C.S.; Klein C. : Manual de Mineralogía de Dana. Edición
revolucionaria. 564 p. 1985.
 Flint E. : Principios de Cristalografía. Editorial Mir. 330 p. 1970.
Programa analítico da disciplina de Cristalografia
Recomendação bibliográfica
Textos de consultas:
 Berry L.G.; Mason B.: Mineralogía. Editorial Aguilar. 690 p. 1966.
 Klockmann F., Ramdohr P.: Tratado de Mineralogía. Editorial
Gustavo Gili. 736 p. 1961.
 Milovski O.V.; Kononov V. : Mineralogía. Editorial Mir. 460
p.1988.
 Rojas Purón, A.: Apuntes de Cristalografía. Departamento de
Geología. Luanda, Angola.
52 p. 2014.
 Phillips W. J.; Phillips P.: Fundamentos de Mineralogía para
geólogos. 440 p. 1989.
Muito obrigado
Tema I – Noções de Cristalografia
Tema II – Simetria Cristalina
Tema III – Formas Cristalinas
Tema IV – Projecções dos Cristais
Tema V – Radiocristalografia
Tema I – Noções de Cristalografia

Objectivo instructivo:
Conhecer os conceitos e leis da Cristalografia

Objectivo educativo:

Sentir a importância das substancia cristalina na identificação


das espécies minerais.

Sistema de habilidades:

Determinar as substâncias cristalinas e amorfas; Definir as


estruturas cristalinas e fazer cálculos cristalográficos.
O conhecimento é um produto de socialização da
actividade humana, ele cresce a medida das
pesquisas efectuadas e se consolida quando é
partilhada. A partilha e o debate na academia
produzem o crescimento intelectual e técnico-
científico das partes intervenientes.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Histórico

A Cristalografia é uma ciência relativamente recente. Foi


Rene-Just Hauy, que viveu nos finais do século XVIII,
princípios do século XIX, quem conseguiu que a
cristalografia se tornasse uma ciência matemática
exacta, a partir da classificação de cristais de
determinadas formas. Christian Westfeld (1746-1823)
definiu o conceito de célula unitária. Christian Weiss
(1780-1856) classificou os cristais nos diferentes sistemas
cristalográficos que são actualmente utilizados.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
A Cristalografia é a ciencia que estuda os cristais ou corpos
cristalinos em todos seus aspectos: origem, desenvolvimento,
forma exterior, estructura interna e as propriedades físicas e
químicas dos cristais.

Solidificafição

Cristalização Não Cristalização

Corpo cristalino Corpo amorfo


(Cristais) (Mineralóides)
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia

Temperatura (T)

Temperatura (T)
A B

Tempo (t) Tempo (t)


a) Curvas de arrefecimento da c) Curvas de arrefecimento da
substância cristalina substância amorfa

b) Arranjo atómico na substância d) Arranjo atómico na substância


cristalina cristalina
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
A cristalização é o processo (natural ou artificial) da formação
de cristais sólidos de uma solução uniforme. Ela consiste de dois
principais eventos, a nucleação e o crescimento dos cristais.

A substância cristalina pode formar-se de diferentes maneiras:

A partir de uma solução;

A partir de uma substância fundida (massa em fusão);

A partir de um gás (Vapor).


Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Cristalização a partir de uma solução
Pode ocorrer por:
Evaporação lenta e gradual do solvente tornando-se as soluções
supersaturadas e conduzindo à cristalização das substâncias
dissolvidas.
Precipitação de soluções saturadas devido à diminuição da
temperatura e/ou à diminuição da pressão.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Cristalização a partir da massa em fusão

Quando um magma arrefece os diferentes íons são atraídos uns


pelos outros formando "núcleos cristalinos" dos diferentes
minerais. A cristalização ocorre pela aproximação de íons, nas
mesmas proporções em que formam as partículas constituintes
da rocha sólida resultante.

Exemplos: minerais silicatados (Olivina, Quartzo, Moscovite,


Biotite, Feldspatos
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Cristalização a partir de vapor

Átomos dos elementos dissociados agrupam-se lentamente


quando se dá o arrefecimento de um gás, até formar um sólido
com uma estrutura cristalina bem definida. Esta cristalização é
menos comum que os casos anteriores.
Exemplo : formação de cristais de enxofre por arrefecimento das
fumarolas vulcânicas e vapores carregados de enxofre.

fumarolas vulcânicas de enxofre cristais trigonais bipiramidais de enxofre


Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Cristalização é condicionada por fatores externos, tais como:

Agitação do meio (); Espaço disponível; Temperatura e Tempo.

É importante realçar que, em ambiente mais calmo, maior


espaço disponível, menor temperatura e processlento: forma-se
cristais mais desenvolvidos e perfeitos.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Corpo cristalino (Cristal):
É Sólido homogéneo e anisótropo;
Formado em condições naturais ou de laboratório, cujas
partículas constituintes estão dispostas ordenadamente e
tridimensional no espaço, possuem uma estructura reticular, isto
é uma estructura cristalina;
Apresentam uma temperatura de solidifição ou fusâo fixa e
característica para cada espécie cristalina;
Tem a faculdade de formar faces por sí mesma quando as
condições do meio são favoraveis;
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Corpo cristalino (Cristal):

 Nem sempre os corpos cristalinos se apresentan com faces


bem formadas, pois nem sempre existem as condições
favoraveis durante a solidificação para que se formem
cristais;
 A maioría dos minerais são corpos cristalinos, mas poucos
apresentam-se como cristais.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia

Arranjo interno pode


traduzir-se externamente
no aparecimento de uma
forma poliédrica com
faces, arestas e vértices.
No entanto, na maioria
dos cristais essa forma
poliédrica não é visível.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Os elementos fundamentais de um cristal

Aresta

Vértices
Faces
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Teoria de Hauy
 René Just Hauy nas suas experiencias com cristais
de calcita, verificou que qualquer que fosse o
hábito do cristal de calcita, ao partir segundo os
seus planos de clivagem dava sempre origem a
romboedros as quais por sua vez podiam dividir-se
em romboedros de dimensões cada vez menor.

 Esta passou a ser uma das evidências


mais contudente de que os minerais
possuiam estrutura interna regular e
ordenado.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Isto levou-o a estabelecer a noção de molécula integrante isto, é a
unidade mais pequena, que por repetição segundo as três
direcções do espaço originaria o cristal.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Posteriormente, em 1912, Max von Lauee, demonstrou por meio de
raios x, a existência da estrutura interna dos minerais.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Teoria reticular de Bravais
 O físico Francês Auguste Bravais baseando-se na teoria
de Hauy e introduzindo-lhe modificações chega a noção
de cristal como um meio triperiodico e homogéneo. De
acordo com ele todos os corpos cristalinos estão
formados por pontos ou nós. Esses pontos ou nós
Auguste Bravais
(1811-1863) representam a posição dos centros de gravidades dos
átomos, iões ou moléculas que se repetem
periodicamente em três direcções no espaço.

 Para o Bravais os pontos ou nós


da rede representam as
moléculas integrantes de Hauy.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
 Uma célula unitária é a menor parte do cristal que contém
as suas características, e que repetido tridimensionalmente
forma um mineral.
Parámetros da célula unitária
Parámetros lineares: a, b, c.
Parámetros angulares: a. b. g.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia

Cristal
Conjunto de célula
unitario

Atómos
Molécula Célula unitario
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Exemplos Cristalográficos
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
 Da combinação dos eixos e ângulos resultam os seguintes sete
sistemas básicos de cristalização.
. Sistema de cristalização Eixos Ângulos entre os eixos

Ortorrômbico ou rômbico a≠b≠c≠a α = β = γ = 90º

:
Tetragonal a=b≠c α = β = γ = 90º

Romboédrico ou Trigonal a=b ≠ c α = β = 90º; γ = 120º

Hexagonal a=b≠c α = β = 90º; γ = 120º

Cúbico a=b=c α = β = γ = 90º

Monoclínico a≠b≠c≠a α = γ = 90º; β ≠ 90º

Triclínico a≠b≠c≠a α ≠ β ≠ γ (todos ≠ 90º)


Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
Para que um arranjo espacial possa ser classificado como uma rede de
Bravais tem de obedecer às seguintes condições:

1ª - A estrutura que constitui uma célula unitária, sendo assim a menor


subdivisão de uma rede cristalina que conserva as características gerais
de todo o retículo, permitindo por simples repetição a reconstituição do
sólido cristalino completo;

2ª - Planos que contenham pontos sitos em faces opostas são paralelos;

3ª - As arestas da célula unitária ligam pontos equivalentes na estrutura.


Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
P — célula unitária primitiva, ou simples, onde
todos os pontos reticulares estão localizados nos
vértices do paralelepípedo que constitui a célula;

F — célula unitária centrada nas faces,


apresentando pontos reticulares nas faces para
além dos localizados nos vértices. Quando
apresentam somente pontos reticulares nas
bases são designadas pelas letras A, B ou C. Se as
faces forem (100) a malha é do tipo A, se as faces
forem (010) a malha é do tipo B e se as faces
forem (001) a malha é do tipo C.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
I — célula unitária centrada no corpo tendo,
para além dos pontos que determinam os
vértices, um ponto reticular no centro da
célula.
Tema I – Noções de Cristalografia
Conceitos fundamentais de Cristalografia
As 14 redes de Bravais dos cristais
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Constância dos ângulos diedro dos cristais
Também conhecida por lei de constância dos ângulos interfaciais, esta
proposição foi estabelecida no século XVIII pelo francês Romeu de L'Isle,
tendo como base deduções de Nicolau Steno.

Nicolaus Steno, desenhando os contornos de secções realizadas em


cristais de quartzo, verificou que os polígonos obtidos tinham ângulos
internos iguais.

Figuras de Steno obtidas por seccionamento do prisma hexagonal, corrente nos cristais de quartzo.
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Constância dos ângulos diedro dos cristais
 A lei de constância dos ângulos diedros, que se aplica às faces dos
cristais e a todas as suas propriedades direccionais, estabelece que,
faces correspondentes em diferentes cristais da mesma substância,
independentemente da sua forma e desenvolvimento, a temperatura
constante, definem ângulos diedros iguais.

 A lei implica que uma forma cristalográfica é caracterizada pelos


ângulos que as suas faces definem e não pela sua forma geométrica.
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Constância dos ângulos diedro dos cristais
A medição do ângulo entre as faces de um cristal constitui uma
parte da cristalografia denominada GONIOMETRIA e os
GONIÓMETROS são os instrumentos que se usam para medir
os ângulos. Os três Goniómetros mais conhecido são:
 Goniómetro de contacto
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Constância dos ângulos diedro dos cristais
 Goniómetro de reflexão de um limbo ou de Wollaston

Este é um Goniómetro óptico que permite realizar medidas


mais precisas.
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Constância dos ângulos diedro dos cristais
 Goniómetro teodolítico ou de dois limbos

Este Goniómetro tem sobre os outros a vantagem de dar as


coordenadas esférica (φ ; ρ) da posição no espaço de cada
normal à face em vez de dar os ângulos entre essas normais.
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Constância dos ângulos diedro dos cristais
 Os valores φ e ρ para cada uma das normais as faces de um cristal
define perfeitamente a posição das mesmas pois estas são as
coordenadas esféricas de diferentes direcções do espaço.

 As coordenadas (φ ; ρ), na rede de


Wulff são marcadas da seguintes
maneiras:

- A coordenada esférica φ marca-se no


círculo de projecção a partir do ponto
zero no sentido horário.

- A coordenada esférica ρ mede-se do


centro da rede para a periférica.

Rede de Wulff
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Hauy ou da racionalidade
Está lei foi formulado primeiro por Hauy, segundo por Weiss.

A face unitária ABC


definem OA=a; OB=b e
OC=c. a face arbitraria
A´B´C´ define OA´=a´ ;
OB´=b´ e OC´=c´.

A lei diz que a´/a: b´/b: c´/c= m:


n: p onde m, n e p são números
racionais simples inteiros e
pequenos.
Tema I – Noções de Cristalografia
Lei da Hauy ou da racionalidade
Parâmetros de Weiss
Da primeira lei deduz-se que os segmentos determinados por
uma face qualquer do cristal sobre os eixos coordenados estarão
na relação:
a´: b´: c´= m.a : n.b : p.c
A relação m n p denomina-se coeficientes de derivação ou de
Weiss de uma face.

Índices de Miller (hkl)


Para o Miller os inversos de m n p neste caso 1/m 1/n 1/p são os
índices de Miller isto é 1/m =h; 1/n =k e 1/p =l.
Tema I – Noções de Cristalografia
Parametros de Weiss e índices de Miller para as faces
Principais
ma :∞b: ∞c ; ∞ a :nb: ∞c ; ∞.a :∞b: pc

1/m : 1/ ∞ : 1/ ∞ ; 1/ ∞ :1/n: 1/ ∞ ; 1/ ∞ : 1/ ∞ : 1/p

h:0:0 ; 0: k:0 ; 0:0:l

(h00) = (100) (0k0) = (010) (00l) = (001)


Tema I – Noções de Cristalografia
Parametros de Weiss e índices de Miller para as faces
Principais
Face (110)
Face (111)

Face (210)
Tema I – Noções de Cristalografia
Parametros de Weiss e índices de Miller para as faces
Principais
Outras notas:
a) em alguns casos, os índices de Miller são multiplicados ou
divididos por um número comum, a fim de simplificá-los, por
exemplo, removendo um factor comum. Esta operação de
multiplicação simplesmente gere um plano que é paralela a
uma distância diferente a partir da origem de determinada
unidade de células a ser considerado.

Ex: (200) é transformado em (100), dividindo por meio de 2.


Tema I – Noções de Cristalografia
Parametros de Weiss e índices de Miller para as faces
Principais
b) Se qualquer das intercepcões está em valores negativos sobre
os eixos, em tais casos, o sinal negativo é, posto por cima do
número, Por exemplo: (00 -1) é denotado por

c) No sistema trigonal e hegonal existem quatro eixos principais,


o que leva a quatro Índices de Miller (h k ī l). É de notar, contudo,
que o intercepção sobre os três primeiros eixos estão
necessariamente relacionadas e não completamente
independentes; consequentemente, os valores dos três primeiros
índices de Miller também são ligados por uma relação
matemática simples.
Tema I – Noções de Cristalografia
Índices de uma aresta

Para indicar que a sequência das três arestas representa uma


fila ou aresta deve escrever-se dentro de parentes recto.

[u v w]

Leis das zonas

Zona: é o conjunto de faces de um cristal cujas arestas de


intersecção sejam paralelas a uma direcção.

Quando faces pertencem a mesma zona diz-se que são


tautozonais.
Tema I – Noções de Cristalografia
Leis das zonas
Notas:
1º uma face (h k l) pertence a uma zona [u v w] se a soma dos
produtos dos índices da face pelos correspondentes índices da
zona for nula.
h.u + k.v +l.w = 0
2º duas faces (h1 k1 l1) e (h2 k2 l2) definem uma zona comum ou
aresta comum [u v w].
Tema I – Noções de Cristalografia
Leis das zonas
Tema I – Noções de Cristalografia
Leis das zonas
3º duas zonas ou aresta [u1 v1 w1] e [u2 v2 w2] definem uma
face(h k l )
Tema I – Noções de Cristalografia
Leis das zonas
Tema I – Noções de Cristalografia
Principio da complicação de Goldschmidt

(hkl) (φ ; ρ ) Exp : Face (321)


(100) (90°; 90°) (111) + (210)
(010) (0°; 45°) (321)
(211) + (110)
(001) (Ind; 0°) (210) e (211)
(111) (45°; 45°)
(110) + (100)
(110) (45°; 90°) (210)
(211) - (001)
(101) (90°; 45°)
(011) (0°; 45°) (111) + (100)
(211)
(101) + (110)
Tema I – Noções de Cristalografia
Principio da complicação de Goldschmidt

Estereograma dos pólos de faces das mais importantes formas simples cúbicas e das zonas que tais
faces definem.
Muito obrigado

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