Copa do mundo Feminina 2023

Quando começou e quando termina?

A partida de abertura do Mundial foi disputada no dia 20 de julho, com o duelo

entre Nova Zelândia e Noruega. Já a grande final está agendada para 20 de agosto de
2023.
Regulamento
O confronto será disputado por 90 minutos, com dois tempos de prorrogação de
15 minutos em caso de empate. Caso o placar permaneça igualado, o destino do troféu
será definido em uma disputa de pênaltis.
O Mundial, que começou em 20 de julho, teve 32 equipes sonhando em chegar a esse
momento e, entre outras, ficou pelo caminho do atual bicampeão dos Estados Unidos,
que tinha como objetivo a conquista do tricampeonato inédito do torneio -- tanto no
masculino quanto no feminino.
Nascida como uma competição de 12 equipes em 1991, a Copa do Mundo
passou a contar com 16 países nos Estados Unidos em 1999 e, depois, com 24
escolhidos no Canadá em 2015.
A Copa do Mundo Feminina de 2023 é a maior de todos os tempos e também a
primeira com 32 seleções. O formato será igual ao torneio masculino: oito grupos de
quatro países, com os dois primeiros se classificando para o mata-mata.

História
A primeira vez que o mundo assistiu as mulheres disputarem um título mundial
de futebol foi em 1991, na China – 60 anos depois da primeira Copa do Mundo
masculina. Mais de 30 anos depois, a Copa do Mundo feminina chega a 9ª edição e com
uma visibilidade que já está fazendo história.
Segundo a Fifa, o mundial feminino de 2023 já registrou recorde antes do início
do torneio: foram vendidos 1,4 milhão de ingressos contra 950 mil da edição de 2019,
na França. Seis dias depois da abertura do mundial, o número ultrapassou 1,5 milhão.
Pela primeira vez, a Copa do Mundo feminina reuniu 32 seleções em busca do
título. O mundial, que aconteceu na Nova Zelândia e na Austrália, começou no dia 20
de julho e terminou no domingo, dia 20 de agosto, com a vitória da Espanha, que
ganhou da Inglaterra por 1 a 0.
Neste mundial, o Brasil se despediu do torneio cedo, ainda na fase de grupos.

Relembre a participação do Brasil

O Brasil se despediu do mundial no terceiro lugar do grupo F, com quatro

pontos.
 A eliminação precoce do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina
de 2023, a colocou a Seleção Brasileira na 18ª posição.
O desconfortável lugar é a pior colocação da Seleção em Mundiais adultos, tanto
masculinos quanto femininos.
A nível de comparação, nas primeiras edições dos mundiais femininos, em 1991
e 1995, quando o Brasil também caiu na fase de grupos, a Seleção ficou em nono lugar.
Mas há uma explicação: é a primeira vez que o torneio feminino tem 32 clubes.

Qual o melhor resultado da seleção brasileira em uma Copa do Mundo?

Apesar de ter participado de todas as oito edições da Copa do Mundo Feminina,

a seleção brasileira só foi alcançar a final em 2007, no torneio disputado na China. Após
se classificar para as quartas com facilidade, passando invicta pelo grupo com China,
Dinamarca e Nova Zelândia, a seleção bateu a Austrália nas quartas (3x2) e os Estados
Unidos nas semis (4x0).
Na grande decisão contra a Alemanha, o Brasil de Marta, Cristiane e Formiga foi
superado por 2x0, com gols de Prinz e Laudehr, e terminou com o vice-campeonato.
Essa foi a melhor colocação da seleção, que ainda foi terceira colocada na Copa de
1999, com a geração comandada por Sissi.

Marta como artilheira histórica

 Considerada a grande referência do futebol feminino brasileiro na história, Marta
tinha apenas 17 anos quando fez sua estreia em Copas do Mundo, em 2003. Desde então
foram 20 partidas disputadas e 17 bolas na rede, que colocam a alagoana no topo do
ranking de artilheiras da competição.
Hoje os 37 anos, a experiente atacante do Orlando Pride (EUA) vem de uma
série de lesões, mas é esperança de gols para o Brasil na copa da Austrália e Nova
Zelândia, que começa no dia 20 de julho deste ano.
A Seleção Brasileira deixou o top 10 do ranking de futebol feminino da Fifa
nesta sexta-feira, quando a entidade fez a última atualização do ano na classificação.
Antes nona colocada, caiu para o 11º lugar e viu a Coreia do Norte se tornar a nova
integrante do grupo de 10 melhores seleções do mundo, com a nona posição, acima do
Canadá, que fecha a disposição do topo em décimo em lugar. A primeira posição é da
campeã do mudo Espanha, líder pela primeira vez.
O Brasil não ficava fora do top 10 desde 2019, ano em que também ocupou a 11ª
posição, sua pior colocação desde a criação do ranking feminino, em 2003. A melhor
situação foi registrada em 2009, quando a seleção terminou a temporada em terceiro
lugar, mas chegou a ocupar a vice-liderança ao longo do ano.
Depois de conquistar a Copa América em 2022, auge sob o comando da
treinadora sueca Pia Sundhage, a equipe brasileira teve como um dos momentos mais
importantes de 2023 a disputa da Finalíssima, contra a campeã europeia Inglaterra.
Após empate por 1 a 1 no tempo normal, as inglesas venceram a decisão nos pênaltis e
ficaram com o título.
Na Copa do Mundo, as comandadas de Pia foram eliminadas na fase de grupos,
ao terminarem a disputa na terceira colocação do Grupo F, com quatro pontos, um atrás
da segunda colocada Jamaica, e a três da líder França. Pouco depois da Copa, a sueca
foi demitida e deu lugar a Arthur Elias, protagonista de um trabalho multicampeão com
o Corinthians nos últimos anos. Sob o comando dele, foram três vitórias e duas derrotas
em amistosos.
Copa feminina tem 83% de receita de patrocínio a menos que a masculina
Os valores de patrocínio da Copa do Mundo feminina de 2023 estão bastante
atrás da Copa do Mundo de 2022, com uma diferença de 83% no investimento feito
pelas empresas.

O que aconteceu
A receita de patrocínio da Copa feminina é estimada em faturamento de US$
300 milhões (R$ 1.4 bilhões), enquanto o Mundial do Qatar gerou US$ 1,7 bilhão (R$
8,3 bilhões). Os dados são da empresa "Omdia", fornecidos aos jornais Time e
Blooming.
Embora esta Copa da Austrália e Nova Zelândia tenha batido um recorde de
arrecadação financeira dos patrocinadores, as parcerias ainda não estão gerando o
retorno esperado. A receita representa uma fatia de 18% em relação ao Mundial
masculino.
A pesquisa também indica que as marcas subestimam o alcance que as jogadoras
têm nas redes sociais. Embora tenham menos seguidores do que os atletas do futebol
masculino, elas geralmente possuem maior engajamento.
Um exemplo é a jogadora Alisha Lehmann, da seleção suíça, que tem quase 14
milhões de seguidores no Instagram e uma taxa de engajamento de 6,99%. Isso
traduziria um valor de mídia de US$ 300 mil dólares (R$ 1,4 milhão) em decorrência da
"publi".
Ainda assim, esta é a maior e mais frequentada Copa do Mundo feminina da
história, com aumento na premiação, publicidade e altos índices de audiência nas
partidas.
As jogadoras da Copa do Mundo de 2023 não são apenas esportivas
excepcionais, mas também potências das mídias sociais, capazes de promover conexões
genuínas com seus seguidores. Jon Stainer, diretor administrativo da Nielsen Sports
(empresa que colhe dados esportivos globais)
Os principais patrocinadores desta Copa são Unilever, Budweiser e McDonald's.

Jogos
Dia 30 da Copa 2023: fala polêmica da Fifa

A Copa do Mundo feminina chegou ao 30º dia, e o presidente Gianni Infantino,

da Fifa, polemizou ao afirmar que as jogadoras têm de escolher "as lutas certas" por
igualdade. Ele estacou ainda que este é o "maior Mundial de todos os tempos".
 Enquanto isso, os ingleses ganharam mais um motivo para torcer, no domingo,
pelo título inédito. Isso porque alguns bares de Liverpool resolveram oferecer bebidas
alcoólicas de graça para os torcedores.

A fala de Infantino

O dirigente da Fifa afirmou que as mulheres precisam escolher "as batalhas

certas" na busca por igualdade. Ele abriu a segunda edição da Convenção de Futebol
Feminino em Sydney, na Austrália.
“Vocês, mulheres, têm o poder de mudar. Escolham as batalhas certas, as lutas
corretas. Vocês têm o poder de convencer os homens sobre o que fazer ou não. Comigo,
com a Fifa, vocês têm portas abertas, só empurrem e abram. ”
A fala incomodou a jogadora norueguesa Ada Hegerberg: "Trabalhando em uma
pequena apresentação para convencer os homens. Quem está dentro?", ironizou no
Twitter.
Infantino também falou sobre "maior Copa de todos os tempos" e enumerou os
investimentos feitos pela Fifa no futebol feminino: "O melhor está por vir. É a melhor e
maior Copa feminina da história. E fizemos graças a todos vocês. Disseram que não
funcionaria, e funcionou. Paguem o preço justo, mostrem que respeitam o futebol
feminino e verão o resultado”.

Premiação da Copa do Mundo Feminina 2023: quanto ganha a campeã?

A campeã feminina este ano ganhará US$ 4,29 milhões (R$ 20,6 milhões),
enquanto a vice vai ficar com US$ 3 milhões (R$ 14,4 milhões).
Serão distribuídos US$ 110 milhões (R$527,9 milhões) às federações de futebol.
Na Copa do Mundo 2022, no Qatar, a Fifa distribuiu US$ 440 milhões
(aproximadamente R$ 2,11 bilhões) às equipes masculinas.

Copa do Mundo Feminina 2023: Desigualdade salarial entre homens e mulheres

O tema da desigualdade salarial entre homens e mulheres no futebol, é discutido

há anos e denunciado por jogadoras como a brasileira Marta e a estadunidense Megan
Rapinoe.
As atuais campeãs mundiais, as jogadoras dos Estados Unidos processaram seu
empregador, a Federação Nacional de Futebol (USSF), por discriminação de gênero,
após eles se negaram pagar salários iguais para as mulheres.
Segundo o jornal El País, as jogadoras da liga profissional dos Estados Unidos
têm salário mínimo de US$ 16.538 (79.372 reais) e os jogadores ganham U$ 70.250
(337.157 reais).
Em maio de 2022, depois de disputas judiciais, as seleções feminina e masculina
fecharam um acordo com a Federação de Futebol para receberem pagamentos e bônus
iguais, incluindo nas Copas do Mundo. Assim, a Federação Norte-Americana se tornou
a primeira do mundo a igualar a premiação da Copa do Mundo da Fifa direcionada aos
times feminino e masculino.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a mesma medida para os
jogadores brasileiros, em 2020. O presidente do órgão na época, Rogério Caboclo disse
que “agora as jogadoras ganham a mesma coisa que os jogadores durante as
convocações".
"Aquilo que eles recebem por convocação diária, as mulheres também recebem.
Aquilo que elas vão ganhar pela conquista ou por etapas das Olimpíadas ano que vem
será o mesmo que os homens vão ter", afirmou Caboclo.

Final

O jogo final aconteceu no domingo, dia 20 de agosto de 2023, às 7h (horário de

Brasília). O jogo será disputado no Accor Stadium, localizado em Sidney, na Austrália.
A competição de 2023 foi disputada em conjunto com a Nova Zelândia.

E foi com um jogaço!

Os dois tempos trabalham bem a bola, cada um à sua maneira. A Espanha, por
exemplo, segue bem a escola de futebol do país e a troca passa com qualidade, em estilo
tão vertical (ou mais) quanto a seleção masculina que foi campeã do mundo em 2010.
A Inglaterra costuma ser eficiente ao avançar em blocos, mas seu jogo depende
muito de erros do adversário. O problema é que isso ocorreu um pouco nesta final, e as
inglesas ainda esbarraram na boa atuação da goleira Cata Coll.
Quando conseguiu finalizar de maneira quase indefensável para a arqueira
espanhola, a Inglaterra teve azar e carimbou o travessão. Para piorar, a marcação da
Espanha pressionava no campo de ataque e forçava os Leoas a tentarem ligações diretas
– não é o forte de um tempo que costuma fazer a bola passar pelos meio-campistas

E quase houve outra celebração espanhola ainda no primeiro tempo, quando

Salma Paralluelo (que estava acostumada a entrar na reta final dos jogos e fazer gols
decisivos, mas desta vez foi titular) finalizou com categoria. Mary Earps saltou bem e
contornou com uma ajuda providencial da travessia à sua esquerda.
 Uma curiosidade sobre esta edição da Copa do Mundo Feminina é o número
recorde de pênaltis assinalados pela arbitragem: foram 27, superando os 26 apitados em
2019. A última sequência a tendência do restante do torneio e entrou para a estatística.
Afinal, a arbitragem foi ao monitor do VAR e constatou toque de mão de Keira Walsh
dentro da área. Jenni Hermoso teve em seus pés a chance de ouro de ampliar a
vantagem da Espanha e diminuir o sufoco diante das inglesas, mas Mary Earps, gigante,
impediu o gol.

O número
Com o título, a Espanha se tornou a segunda seleção da história a vencer a Copa
do Mundo da FIFA nas versões masculina e feminina (2010 e 2023, respectivamente).
A primeira a conquistar este feito havia sido a Alemanha, que é tetracampeã no
masculino (1954, 1974, 1990 e 2014) e bicampeã no feminino (2003 e 2007).
O título comprova a hegemonia recente da Espanha em diferentes categorias do
futebol feminino: a seleção é a atual campeã da Copa do Mundo no sub-17 e no sub-20,
além do fato de que o Barcelona – base desta equipe espanhola – ganhou a Liga dos
Campeões Feminina da UEFA nas temporadas 2020/2021 e 2022/2023.
 A atual campeã mundial Espanha conquistou o primeiro lugar pela primeira e se
tornou a quarta equipe na história do futebol feminina a alcançar a cobiçada posição,
depois dos Estados Unidos, Suécia e Alemanha, atuais segundo, quinto e sexto
colocados, respectivamente. O atual top 3 é fechado pela França. A vice-campeão do
mundo, Inglaterra está em quarto, à frente da ex-líder Suécia, que caiu quatro posições
para ficar em quinto. Holanda (7º), Japão (8º), Coreia do Norte (9º) e Canadá (10º)
completam o top 10.

Fontes:

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q=copa+do+mundo+feminina+2023&oq=copa+do+mundo+fe&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqBwgCEA
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