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Futebol Feminino

História do Futebol feminino.

No Brasil, a história do futebol feminino se assemelha à europeia. Até a década


de 40, o futebol entre mulheres era longe de clubes ou grandes ligas, embora os
registros das primeiras partidas datem dos anos 20. Apesar de ainda não ser
proibida, a modalidade era considerada violenta e ideal apenas para homens.

O monopólio da elite branca e abastada só começou de nhar na década de


1930, quando o esporte foi pro ssionalizado (em 1933). Ainda assim, mulheres
se enquadravam na parte de minorias na busca por seu espaço na modalidade.

Em 1991, a Fifa, entidade máxima do futebol, realizou a primeira Copa do


Mundo Feminina e escolheu como país-sede a China.

Futebol Masculino
História do futebol masculino.

A história do futebol no Brasil começou em 1895, pelas mãos dos ingleses, assim
como na maioria dos outros países. Os primeiros clubes começaram a se formar neste
período. Assim como a fundação dos clubes, a prática também era restrita à elite
branca e apenas homens.

Somente na década de 1920, os negros passaram a ser aceitos ao passo que o futebol
se massi ca, especialmente com a pro ssionalização em 1933. Alguns clubes,
principalmente fora do eixo Rio de Janeiro e São Paulo, ainda resistiam à
modernização e continuavam amadores.

Existe a desigualdade entre o futebol feminino e masculino?


Não é de hoje que sabemos que existe o machismo no Brasil, não só no cotidiano, mas no mundo dos esportes também. Por ser
praticado por mulheres, o futebol acaba sendo qualificado e julgado como inferior. Pois há uma grande comparação com o futebol
masculino, gerando grandes julgamentos e conflitos no mundo dos esportes, gerando burburinhos se mulheres deveriam estar nesse
meio ou não. A falta de investimento é um grande problema que dificulta muito o crescimento do futebol feminino. A modalidade no
exterior é muito mais valorizada do que aqui em solo brasileiro. Isso se dá pela discrepância em relação aos investimentos feitos no
Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Espanha, entre outros.

discrepância : característica daquilo que discrepa; desigualdade, diferença, discordância.

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O MACHISMO E DESIGUALDADE NO FUTEBOL FEMININO.

O espaço de comentários do canal Cazé TV, no YouTube, foi desativado na partida


inaugural da Copa do Mundo Feminina, entre Nova Zelândia e Noruega (1 a 0), nesta
quinta-feira (20/7), por causa do preconceito de muitos internautas.
“Vai lavar louça” e “lugar de mulher é na cozinha” eram alguns dos comentários no
chat da transmissão.

Além da descriminação e desigualdade em parte das jogadoras, a desigualdade


também existe contra a arbitragem!

Dados de 2016 a 2020 revelaram que cerca de 77,5% das nomeações de árbitros
foram de homens, mais que o triplo do percentual de nomeações femininas, 22,5%.

A composição das indicações é mais desproporcional quando analisadas apenas as de


coárbitros. A pesquisa apontou que cerca de 82,3% das nomeações para atuar como
coárbitro foram de homens, contra 17,7% de mulheres. Já como presidente, a
diferença é de 70,3% ante 29,7%, na mesma ordem. (CBAr)

Os dados já comprovam o quão desigual é a arbitragem comandada por homens e


mulheres.

Sabe-se que a arbitragem é uma função durante os jogos alvo de muitas críticas, mas
quando se trata de uma mulher no comando, essas críticas parecem triplicar.

Quem acha que a discriminação no futebol acabou está enganado. Infelizmente ela
ainda existe e está bem explícita, inclusive em programa esportivo, como se pode
observar nas declarações do senhor Daniel Campelo na rádio Jovem Pan Ceará, em
outubro de 2019. Quando questionado sobre o que acha das mulheres estarem
tomando conta da arbitragem, respondeu: “Não acho uma boa não. Acho que mulher
tem que tomar conta da casa, e do marido e dos lhos.”

Futebol feminino proibido


o futebol feminino foi proibido no Brasil por uma lei assinada por Getúlio Vargas, em
1941. A absurda proibição durou até o ano de 1979, quando os ares da
redemocratização começavam a pairar em nosso país. De lá para cá, e lá se vão 44 anos,
a sonhada liberdade ainda não é plena e muito menos real. No texto da lei que proibiu a
prática do futebol pelas mulheres diz que “às mulheres não se permitirá a prática de
desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”.

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DESIGUALDADE SALARIAL:

Desigualdade salarial

Apesar de o dinheiro da FIFA direcionado a Copa do Mundo Feminina ter aumentado


nos últimos anos, a quantia ainda não chega nem perto do que é destinado à Copa
masculina. Enquanto as jogadoras competem pelo prêmio de US$4,29 milhões, em 2023
a seleção masculina da Argentina, campeã da Copa, levou para casa US$42 milhões –
dez vezes mais do que o prêmio final oferecido para as mulheres. Isso sem falar nas
premiações individuais.

Então, se nem a FIFA dá a mesma atenção ao futebol feminino na maior competição


mundial, o que acontece com as jogadoras?

Em geral, as mulheres ganham em média 17% menos que os homens para desempenhar
a mesma função segundo dados de 2022 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mas na elite do esporte esses números impressionam.

Entre as mulheres, Sam Kerr, a jogadora de futebol mais bem paga do mundo ganha
US$513 mil por ano. Em contraste, Cristiano Ronaldo ganhou, só em salários e bônus
em 2022, US$200 milhões, 390 vezes mais. Na verdade, a situação é bem pior quando
se percebe que o salário das cinco jogadoras mais bem pagas do futebol feminino
somam menos do que o salário de um único jogador entre o top 10 masculino.

Em 2018, a UN Women publicou uma comparação mostrando que apenas o salário


anual de Messi naquele ano – US$84 milhões – era duas vezes superior ao salário
combinado de 1693 jogadoras – US$42.6 milhões – das sete ligas principais de futebol
feminino.

O que o futebol feminino trouxe para o mundo?


O futebol feminino, mais do que um esporte, é um símbolo de resistência e superação
de preconceitos. A nal, quem nunca ouviu a frase "futebol não é coisa de menina"?
Pois é, a verdade é que o esporte pode ser de quem quiser, crianças, adultos e idosos
de todos os gêneros.
Somos conhecidos internacionalmente por abrigar os maiores talentos futebolísticos do
mundo. Como foi citado anteriormente, o esporte é resistência e luta. Mas a luta,
muitas vezes, não ca con nada apenas ao campo, ela está na sociedade como um
todo.

Quando uma menina ou mulher decide jogar futebol, ela ganha benefícios sem
precedentes, entre eles o autoconhecimento. Esse bom relacionamento que criamos
com a gente mesmo, acontece graças ao esporte e a interação social proporcionada

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pela modalidade. E é só ganhos para a saúde mental e física da jogadora. Quando
mulheres são reconhecidas e valorizadas no esporte, é possível construir uma cultura
de igualdade, onde mulheres têm oportunidades iguais em todos os aspectos da vida.
Isso inclui o acesso a recursos, treinamento, apoio nanceiro e oportunidades
pro ssionais no esporte. Estados Unidos e Inglaterra é onde o futebol feminino é mais
valorizado. O Brasil consta somente em nono lugar na lista. Ao longo dos últimos
anos, uma série de fatores contribuíram para a estruturação desses países como
potências na modalidade. Nos Estados Unidos, o futebol feminino é um dos principais
esportes há décadas.

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Links:

https://piaui.folha.uol.com.br/para-driblar-desigualdade-de-genero

https://pt.wikipedia.org/wiki/
História_do_futebol_do_Brasil#:~:text=Somente%20na%20década%20de%201920,com%20a%20pro ssionalização%20em%201933.&text=Alguns%20clubes%2C%20principalmente%20fora%20do,à%20m
odernização%20e%20continuavam%20amadores

https://atletasnow.com/futebol-feminino-no-brasil-destaques-e-desa os/#:~:text=O%20futebol%20feminino%20é%20uma,que%20os%20homens%20nesse%20esportes

https://ludopedio.org.br/arquibancada/do-amadorismo-a-pro ssionalizacao-de-1930-ate-hoje/#:~:text=A%20década%20de%201930%20marcou,a%20vida%20através%20do%20futebol
.

https://www.goal.com/br/notícias/a-pro ssionalizacao-do-futebol-feminino-pelo-mundo/blt54314bf302171779

https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/casimiro-desativa-comentarios-de-transmissao-da-copa-feminina-apos-ataques-machistas/

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