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APOSTILA OFERENDAS – Teologia de Umbanda – Turma Presencial – Sábados 201

OFERENDAS PARA OS ORIXÁS


Por IASSAN AYPORÊ PERY
Ditada pelo Caboclo Pery em 07/10/2002 Centro Espiritualista Caboclo Pery

Muitos médiuns vem nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado Orixá. Estaremos
agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.

 um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto
ou longe de você;
 um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
 algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
 um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, para não "desandar" a massa.

Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro. Coloque
em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico
para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."
Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou
precisar... Você se dispôs a ser um MÉDIUM!

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OFERENDAS NA UMBANDA
Uma visão mágica dos seus fundamentos
Por RUBENS SARACENI
Texto extraído do livro “A Magia Divina das Sete Ervas Sagradas” - Editora Madras.

Eu sou umbandista e sou médium de incorporação, caso o leitor não saiba. Pois bem! Eu era um médium
dedicado e aplicado e fazia ao pé da letra o que meus guias espirituais determinavam. Quando determinavam um
banho de pétalas de rosas brancas, eu corria para comprar algumas e, antes de ir ao centro que eu freqüentava,
preparava meu “banho de rosas”.
Se determinavam que eu tomasse um banho de canjica (milho de canjica fervido até a água ficar toda branca e
leitosa), eu tomava meu banho de canjica sem questionar nada.
Se determinavam que eu tomasse banho com folhas ( alecrim, espada-de-são-jorge, guiné, arruda, erva-
cidreira, boldo, folhas de louro, manjericão, etc) eu tratava de adquirir aquela(s) recomendada(s) e tomava meu
“banho de ervas”.
Se recomendavam que eu fosse à natureza e fizesse uma oferenda para um orixá ou um guia espiritual e
levasse velas de determinada cor, certas bebidas, certas frutas, certas flores, etc., eu procurava fazer tudo certo
eu não deixava faltar nada, às vezes, até exagerava. Até aqui nada demais, porque é assim que procedem todos
os médiuns umbandistas dedicados e aplicados.
Portanto, não é mérito algum meu proceder assim, pois esse é nosso dever: obedecer às orientações dos nos-
sos guias, que nos amam e querem o melhor para nós, mesmo não sabendo como eles nos ajudam.
O fato é que eu, um curioso incorrigível, comecei a prestar atenção às oferendas e conversava com outros mé-
diuns sobre elas.
E, em nossas ingênuas e bem intencionadas conversas sobre as “coisas” que colocávamos em nossas oferen-
das, não atinávamos com o poder mágico dos “elementos” mágicos que “entregávamos” aos nossos guias espiri-
tuais e aos nossos orixás.
Inclusive, as formas de indicá-las obedeciam a uma linguagem própria, pois às vezes diante de um guia para
uma consulta, ele dizia:
- Filho, você precisa dar uma oferenda para orixá tal ou para o guia tal porque precisa fortalecê-lo.
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Outra vez outro guia espiritual recomendava isto:


- Filho, você precisa firmar uma vela de sete dias para o seu orixá; seu caboclo; seu anjo da guarda; etc.,
porque ele está fraco e só assim ele poderá ajudá-lo.
Outra vez outro guia espiritual dizia isto:
- Filho, esta pessoa está com uma demanda, e para cortá-la, você precisa dar uma oferenda para um orixá, um
guia da direita ou um guia da esquerda para ele cortá-lo e descarregá-lo.
Outra vez um guia espiritual dizia isto:
- Filho, esta pessoa está com uma demanda muito forte e só levando-a no ponto de força do orixá tal e fazendo
uma oferenda para ele é possível ajudá-la, porque não podemos mexer nesse trabalho aqui no terreiro.
Pois bem, nós médiuns, obedecíamos e tudo ficava bem. Mas, em nossa ignorância e ingenuidade (no bom
sentido, é claro) ficava a impressão de que só seriamos ajudados se “déssemos” algo em troca.
E, para complicar ainda mais o nosso aprendizado, a comunicação dos Exus e Pombagiras colocava uma pá de
cal sobre o assunto, pois diziam em alto e bom som:
- De graça, Exu não faz nada!
Aí dava um nó cego em nossa religiosidade porque, em nossa ignorância e ingenuidade, eles deixavam claro
que só trabalhariam em nosso beneficio se fossem “pagos”.
Para piorar as coisas, ainda tinha algum Exu que dizia isto:
- Quero uma oferenda assim e assim para ajudá-lo a conseguir isso (um emprego, saúde, um relacionamento,
etc.) e, depois que conseguir, aí você me dará outra oferenda de agradecimento assim e assim, certo? E se não
der, aí você perderá tudo o que eu lhe dei, ouviu?
Esse era o alerta extremo e fez com que muitos “pagassem” rigorosamente o que “deviam”.
Isso era assim, isso é até hoje e sempre será assim, não porque as entidades espirituais precisam ser pagas de
fato, e sim porque as oferendas (ou despachos ou ebós) fornecem-lhes os recursos energéticos que precisam porá
poderem auxiliar-nos. Apenas a forma como pedem esses recursos deixava (e ainda deixa) uma indagação no ar:
- Por que preciso pagar ou dar algo em troca para ser ajudado?
Na verdade, essa é a grande verdade jamais revelada, mesmo sendo “guias espirituais” eles precisam (em
certos casos) de que lhes forneçamos os “recursos elementais” para, manipulando-os magisticamente, ajudarem-
nos.
Até certo ponto, eles nos auxiliam com o que possuem em si como seus “poderes pessoais”. Mas, dali em
diante, ou recebem numa oferenda ritual mágico-religiosa os elementos que precisam ou não têm como trabalhar
em nosso benefício, porque só ativando os elementos magisticamente conseguirão fazer por nós o que só a “magia
elemental” consegue fazer.
Talvez, se tudo tivesse sido colocado de outra forma, tudo teria sido muito mais fácil para as pessoas que
precisavam de auxilio e teriam entendido que na verdade não estavam pagando nada, e sim fornecendo só os
recursos elementais (ou energia dos elementos) para que as entidades pudessem trabalhar seus problemas, pois
na criação tudo é energia nos mais variados graus vibratórios e “sem energia não se produz nada”.
Os elementos colocados dentro de um espaço mágico (ou em uma oferenda ritual mágico-religiosa em um
ponto de forças na natureza) são as fontes naturais geradoras das energias mais “densas” que existem. Elas,
quando ativadas corretamente, realizam coisas que nenhuma outra energia consegue realizar.
Hoje, olhando com outros olhos o meu passado e o que acontece por aí afora com as “oferendas”, sinto uma
imensa tristeza por não ter tido um guia espiritual ou ao menos uma só pessoa que nos explicasse essas coisas e
foi preciso que um espírito mensageiro cujo nome simbólico é “Pai Benedito de Aruanda” começasse a nos ensinar
por meio dos livros psicografados por mim, fornecendo-nos gradualmente a resposta para muitas das nossas
práticas “mágico-religiosas” umbandistas.
E foi preciso a vinda de um espírito mensageiro chamado “Mestre Seiman Hamiser Yê” para nos abrir
parcialmente os fundamentos divinos da magia, permitindo-nos uma compreensão do que já fazíamos, mas não
conhecíamos seus fundamentos ocultos.
Dali em diante, tudo assumiu seu real significado.
Dar forças a um guia, não era porque ele estava fraco, e sim era fornecer-lhe os recursos elementais magísticos
para que ele pudesse trabalhar em nosso beneficio.
Dar determinadas frutas, bebida, velas, etc., em uma oferenda, não é porque o guia ou o orixá precise “comer
e beber”, e sim porque são recursos elementais mágicos com os quais nos ajudam na solução dos nossos proble-
mas.
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OFERENDAS
Por Rubens Saraceni
Texto do Livro “Rituais de Umbanda”, Rubens Saraceni Ed. Madras

O que são? As oferendas são atos magísticos-religiosos e os assentamentos são concentrações de forças e
poderes magísticos dentro de um espaço limitado. As oferendas podem ter várias finalidades, tais como:

1) Oferenda de agradecimento;
2) Oferenda de pedido de ajuda;
3) Oferenda de desmagiamento negativo;
4) Oferenda de descarrego;
5) Oferenda propiciatória;
6) Oferenda purificadora
7) Oferenda ritual de firmeza de forças na natureza;
8) Oferenda ritual de assentamento de forças e poderes espirituais e dignos.

Comentemos cada uma dessas formas de oferendas:


1) OFERENDA DE AGRADECIMENTO
Esta oferenda é feita em função do auxílio já recebido. Muitas vezes estamos envoltos em dificuldades de tal
importância que nos ajoelhamos e ali, em nossa fé, invocamos Deus e algum dos seus mistérios ou divindades e
pedimos-lhes que nos ajudem, que depois lhes ofertaremos algo em agradecimento.
Uns fazem promessas; outros prometem uma oferenda na natureza; outros prometem dar algum auxílio aos
necessitados, etc.
Quando são promessas, seu cumprimento é uma questão de foro íntimo e, após cumpri-las, as pessoas
sentem-se melhor e em paz com Deus e com a divindade invocada.
Quando são oferendas, a pessoa que as prometeu deverá fazê-las, pois também se sentirá melhor, e com a
grata sensação do dever cumprido.
Em ambos os casos, o não-cumprimento do que foi prometido acarretará cobranças cons cientes que, a longo
prazo, acarretarão transtornos a quem prometeu e não cumpriu.
Saibam que Deus e suas divindades são oniscientes e, por saberem as causas dos nossos desequilibrios e das
nossas dificuldades exigem de nós atitudes que nos reequilibrem e nos livrem das nossas dificuldades.
Portanto, cumprir o que foi prometido não é dar ou fazer algo por Ele e elas, mas é fazermos algo para e por
nós mesmos.
Deus e as divindades não comem, mas, ao lhes ofertarmos uma “ceia ritual” estamos compartilhando nosso
sucesso e nossa vitória, atribuindo-lhes o apoio para que elas acontecessem. Ali, no momento de “comemoração”,
estamos dizendo de forma simbólica que sem o seu auxílio e delas não teríamos tido sucesso; estamos
agradecendo-lhes; e estamos dando prova de nossa fé em seus poderes, reverenciando-os com o que lhes
prometemos.

2) OFERENDA DE PEDIDO DE AJUDA


Esta oferenda vai desde uma vela acesa em um castiçal, pedestal ou altar até a ida a um ponto de forças da
natureza, onde abrimos um espaço mágico e depositamos dentro dele os elementos mais afins com as forças e os
poderes que serão invocados. Esse tipo de oferenda é muito comum entre os umbandistas que, por terem muitas
forças e poderes à disposição, Ás vezes a fazem para mais de uma divindade, para obterem mais rápido a ajuda
solicitada. Ela é em si um ato de fé no poder de realização das forças e dos poderes das entidades de Umbanda
Sagrada.
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• Forças são espíritos hierarquizados.


• Poderes são as divindades de Deus.
As forças estão assentadas nos pontos de forças da natureza e estão à nossa direitas e à nossa esquerda.
Os poderes estão assentados no alto e, nos pontos de forças da natureza, quando invocados ficam de frente
para nós ouvindo e anotando mentalmente os nossos pedidos que, se forem justos e do nosso merecimento, com
certeza serão realizados a nosso favor e benefício.
Esse ato mágico encerra-se em si mesmo e a pessoa que o fez, só precisa aguardar.

3) OFERENDA DE DESMAGIAMENTO
Esta oferenda deve ser feita sempre que estivermos magiados por trabalhos pesados, difíceis de serem dês-
manchados e anulados dentro do centro de Umbanda.
Há trabalhos de magia negativa que são fáceis de ser cortados, desmanchados e anulados. Mas há outros de
tal monta que, se forem mexidos, desencadeiam reatividades incontroláveis.
Nesses casos, a ação recomendada é a pessoa magiada ir até a natureza e, dentro de um ponto de forças, in-
vocar alguma(s) força espiritual ou algum(s) poder divino e confiar-lhe a neutralização e a anulação dessas magias
complicadíssimas e muito perigosas.
Na natureza, a força ou o poder invocado cria um campo neutralizador ao redor da magia negativa, isolando-a
e envolvendo-a de tal forma que, caso aconteçam reatividades, são contidas e neutralizadas dentro do próprio
campo que as envolvem.
Não são poucos os médiuns ainda inexperientes ou os guias espirituais iniciantes que, no afã de ajudarem as
péssoas magiadas, acabam desencadeando essas reatividades e complicando-se de tal forma que são obrigados a
irem até a natureza e fazerem uma oferenda descarregadora para se livrarem dos efeitos negativos acarretados.
Muitos guias espirituais e médiuns já tarimbados recomendam à pessoa magiada que ela vá direto ao ponto de
forças e poderes da natureza e ali, dentro dele, faça a oferenda e invoque uma força espiritual ou um poder divino
para que se tome conta da magia negativa, neutralizem-na e a desmanchem.
Isso é correto, pois a explosão de uma reatividade muito intensa dentro de um centro pode afetar seus campos
protetores de dentro para fora, fato este que abre buracos nele, pelos quais começam a entrar hordas de espíritos
perturbadores.
Há centros de Umbanda cujos campos protetores estão totalmente esburacados e seu interior é “pesadíssimo”.

4) OFERENDA DE DESCARREGO
Esta oferenda deve ser feita nos pontos de forças e de poderes da natureza para que ali aconteçam os mais
variados tipos de descarregos, que vão desde espíritos desequilibrados até quebrantos e mau olhado.
O descarrego não se refere só aos que projetam contra nos mental ou magisticamente, mas pode ser usado
para nos livrar do que atraímos com pensamentos de baixa qualidade.
Quando estamos vibrando em nosso íntimo sentimentos negativos e nossos pensamentos tornam-se confusos,
nosso magnetismo mental se negativa e baixamos nossas vibrações, imediatamente começamos a nos ligar por
finíssimos cordões com espíritos desequilibrados, também vítimas dos seus sentimentos negativos.
Essas ligações acontecem devido à lei das afinidades, que nos ensina que semelhantes se atraem.
Uma pessoa que estiver vibrando negativamente se ligará automaticamente a outras e a espíritos com o
mesmo padrão vibratório. E isto só a enfraquece ainda mais porque passa a fazer parte de uma imensa rede de
mentais interligados pela baixa qualidade dos seus sentimentos.
É impossível transportar para dentro de um centro de Umbanda milhares de espíritos desequili brados. Então os
guias recomendam que as pessoas nessas condições negativas sejam levadas por um médium bem preparado e
que, após fazer uma oferenda às forças e aos poderes do ponto de forças da natureza, faça ali, no campo de uma
divindade, um descarrego completo, livrando-a de encostos e obsessores espirituais.
O que é possível ser feito dentro dos centros de Umbanda os guias espirituais fazem, mas há situações tão
complexas que somente descarregando tudo na natureza a pessoa ficará livre de todas as suas “ligações” com o
baixo astral, e sem tumultuar o bom andamento dos trabalhos realizados dentro dos centros de Umbanda.
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Oferendas às Divindades
Por RUBENS SARACENI
Texto do Livro “Rituais Umbandistas – Rituais, firmezas e assentamentos”, Ed. Madras

Oferendar as Divindades é um recurso de todas as religiões e cultos naturais, que tem o objetivo de levar seus
adeptos e simpatizantes aos sítios da natureza, para lá estabelecerem sintonia com as Divindades Naturais. São
inúmeros os benefícios, pois “de frente” para a força de Deus regente do ponto de força, passamos a absorver de
forma direta as qualidades e essências ali emanadas. Os elementos materiais em oferenda (flores, frutos e
bebidas), são recebidos por guardiões da natureza (encantados e naturais) e utilizados para o beneficio da pessoa,
suas emanações envolvem nosso corpo energético limpando e descarregando as energias negativas. Também são
levados em essência como um agrado para os tronos localizados nas dimensões paralelas habitadas por eles. Uma
oferenda funciona como apresentação, onde as divindades passam a reconhecer o individuo como filho querido e
amado, estabelecendo um vinculo maior, de forma a beneficiá-lo em sua atual encarnação. Todas estas divindades
naturais e tronos localizados são conhecidos por nomes diferentes em culturas diversas aqui abordaremos sua
manifestação como Orixás, oferecendo informações simples e práticas de como e onde oferendar.

Obs: Caso suas oferendas sejam feitas em locais em que não há uma supervisão nem limpeza periódica,
devem ser utilizados apenas materiais biodegradáveis e se certificar que não há o risco de incêndio (acendendo
suas velas sem o contato direto com a folhagem seca), lembrando que ali estamos com amor a natureza e nunca
para degrada-la.

OXALÁ
Oxalá é o Orixá da fé, da paz e harmonia, pedimos a ele que nos fortaleça em suas qualidades. Podemos
oferendar Oxalá em todos os lugares, onde sentimos a paz no contato com a natureza, assim como em campos
abertos, bosques, praias limpas e jardins floridos.
Oferenda: Faça um circulo com sete velas brancas e coloque ao centro: frutas diversas, coco verde (abérto),
mel e flores tudo bem arrumado e faça seus pedidos em oração e cantos a este amado Orixá.

OYÁ-TEMPO (LOGUNAN)
Esta amada mãe do tempo atua sobre nossa religiosidade, nos ajudando a manter a ética religiosa e
protegendo contra as emanações negativas provindas de sacerdotes desequilibrados e “magia negra”, na matéria
e no astral. Devemos oferendar a céu aberto em locais tranqüilos da natureza, pois ela age em todos eles, seu
campo de atuação é o próprio “espaço-tempo” onde tudo acontece.
Oferenda: sete velas brancas, sete velas roxas e sete velas pretas, com cada uma das cores formando o
vértice de seu triângulo de forças, que deve estar com o vértice branco voltado para vocês enquanto a oferenda.
Após acender as velas e firmar seu triângulo de forças, deve-se partir um coco seco e colher sua água. Depois
deposite a água dentro de uma das partes do coco e acrescenta-se licor de anis, que é sua bebida ritual. Também
deve-se partir ao meio um maracujá maduro e colocá-lo ao lado do coco, pois esta é sua fruta ritual.

Após firmar esta oferenda e cobrir a cabeça com um pano branco, diz-se o seguinte:
“Amada e divina mãe Oyá, aceite esta minha oferenda como do despertar consciente de minha religiosidade e
fé em nosso Divino Criador. Solicito que me receba em seu amor e me ampare em todos os sentidos durante esta
minha jornada evolucionista no plano material, e que me livre das tentações, me cubra com seu véu cristalino da
fé em Olorum e me conduza pelo caminho reto que conduz todos os seus filhos na direção da Luz e do nosso Pai
Eterno”.
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Apresento-me como “fulano de tal” e solicito seu amparo e sua guia luminosa para que eu me conduza, tanto
nos campos luminosos, quanto nos campos escuros, sempre iluminado pela sua luz cristalina e amparado por
minha fé no nosso Divino Criador.
Salve, Mãe Divina da Fé! Salve minha Mãe Oyá, Senhora do Tempo!

Após proferir com amor e fé esta oração, levantar a cabeça (coberta) e estender as mãos para o alto,
absorvendo as irradiações cristalinas de amor e fé que ela estará enviando.
OXUM
Oxum representa o aspecto feminino do amor de Deus e suas qualidades de concepção. Pedimos a ela que nos
ajude a equilibrar nossos sentimentos, ajuda para nos encontrar no amor e também a prosperidade que nos
envolve em todos os sentidos.
Oferenda: faça um circulo com 7 velas brancas, 7 azuis e 7 amarelas intercaladas; ponha dentro flores do
campo, maçãs com outras frutas e essência de rosas; champagne e licor de cereja, cravos e canela. Ofereça a esta
mãe do amor e faça seus pedidos. Oferenda feita ao lado de uma cachoeira ou rio cristalino.

OXUMARÉ
Oxumaré também é um Orixá do amor, em seu aspecto masculino e renovador. Pedimos a ele que ajude a
renovar nossas emoções e que ampare em nossas mudanças de situações e relacionamentos para evitar magoas,
este amado orixá nos ajuda a ver mais alegria na vida, ele é a serpente do amor, da kundaline, também visto
como um arco íris. A exemplo de Oxum se oferenda nas cachoeiras.
Oferenda: Faça um circulo de velas coloridas com uma vela branca, uma vela azul, uma vela verde, uma vela
dourada, uma vela vermelha, uma vela roxa, uma vela rosa e uma vela marrom terroso. Colocar no centro um
melão aberto numa das pontas e derramar dentro dele um pouco de champagne rose, circundado com flores do
campo e mel. Acender uma vela branca no centro do circulo. Deve-se evocar Oxumaré, solicitando dele o que se
deseja, mas que seja justo para que acelere suas evoluções, já que se pedirem coisas tortas, uma serpente
começará a segui-los e, mais dias menos dias, serão “picados” por ela de forma que os paralisarão.

OXOSSI
Oxossi é o caçador, Orixá da “busca”, estimula e irradia o conhecimento. Nos ajuda na arte da comunicação, na
expansão em todos os sentidos. Dominando o elemento vegetal também o pedimos auxilio para a cura através das
ervas.
Oferenda: Faça um circulo com sete velas brancas, sete velas verdes e sete velas rosa; ofereça dentro do
circulo cerveja e vinho doce; flores do campo e frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas. Nos ajudará
a expandir nossos conhecimentos e empreitadas.

OBÁ
Obá é a senhora da terra que dá sustentação ao vegetal, ela nos ajuda a concentrar nosso emocional nos
tornando mais objetivos e diretos saindo da dispersão e nos tornando mais “pé no chão”.
Oferenda: Faça um circulo com sete velas brancas, sete velas verdes e sete velas magenta (ou marrom).
Dentro do circulo deposite um coco verde, vinho licoroso tinto, água com hortelã macerada, mel ou açúcar e flores
do campo. O coco verde deve ser aberto em uma de suas pontas e o mel deve ser derramado dentro da água em
seu interior, assim como, deve-se abrir um buraco no solo para que pelo menos metade do coco fique dentro da
terra. Portanto, deve-se levar uma ferramenta para abrir um pequeno buraco na terra.
Ao oferendar Obá solicita-se amparo e proteção nos trabalhos espirituais, que será concedido, mas de forma
silenciosa e discreta, pois assim é a natureza cósmica dessa nossa amada mãe divina da terra. Sempre que se
desejar saudá-la, deve-se derramar três vezes um pouco de água na frente do altar e três vezes na frente do
templo, pronunciando mentalmente ou vocalizando, esta saudação mãntra: “Akirôobá-yê!” (Eu saúdo o seu
conhecimento, Senhora da Terra!) ou (Eu saúdo a terra, Senhora do Conhecimento!). Esta oferenda deve ser feita
próximo a matas e em contato direto com a terra.

XANGÔ
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Xangô nos ajuda em todas as questões judiciais e desequilíbrios emocionais, lembrando que ele traz em si estas
qualidades divinas, não devemos utilizar da sua força a nosso bel prazer, em detrimento aos direitos de outrem,
pois Xangô é imparcial. Devemos nos colocar de frente para ele como quem se coloca de frente para a própria
justiça do Criador.
Oferenda: Fazer um circulo com sete velas brancas, sete vermelhas e sete marrom; depositando dentro
cerveja escura, vinho tinto doce e licor de ambrósia; flores diversas, tudo depositado em uma cachoeira, montanha
ou pedreira.
IANSÃ
Esta amada mãe é um orixá dos ventos, aplicadora da lei na vida dos seres emocionados pelos vícios. Ela nos
ajuda a encontrar a melhor direção a seguirmos em nossa jornada. Guerreira, nos ajuda a vencer as dificuldades
do caminho.
Oferenda: faça um circulo com sete velas brancas, sete amarelas e sete vermelhas; depositando ao centro
champagne branca, licor de menta e de anis ou de cereja; rosas e palmas amarelas, tudo depositado em uma
pedreira, campo aberto, beira mar, cachoeiras...

OGUM
Um dos Orixás mais conhecidos e cultuados, Ogum é o grande vencedor das demandas, nos traz a coragem e
determinação. Manifesta-se em ordenação na nossa vida, muitas vezes tirando a imagem erronia que temos de
nós mesmos e daqueles que nos cercam. Torna as pessoas mais “retas” e justas. É muito evocado para ajudar nas
dificuldades materiais.
Oferenda: Faça um circulo com sete velas brancas, sete azuis e sete vermelhas; depositando em seu interior
cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc.

EGUNITÁ
Amada mãe do fogo que purifica, aplicadora da Justiça Divina na vida dos seres racionalmente desequilibrados.
Purifica os excessos emocionais, desvirtuados e viciados. Solicitamos muito o amparo desta mãe para cortar
“magia negra” e descarregar energias negativas.
Oferenda: sete velas vermelhas, sete velas douradas, sete velas azuis, sete velas amarelas e treze velas
brancas; um copo com água, um copo com licor de menta; uma pemba vermelha e uma pemba branca.

Observem que as 13 velas brancas formam duas linhas, uma vertical e outra horizontal, dentro do losango.
Após firmar este ponto de forças de Egunitá no solo, deve-se, então, colocar dentro do losango um copo com licor
de menta e outro com água, uma pemba branca e outra vermelha.
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Depois se deve cercar a oferenda com flores de palmas vermelhas, para só então se apresentar a ela,
solicitando que ela atue a seu favor com seus aspectos (qualidades, atributos e atribuições) positivos, que são os
que a Umbanda permite, aceita e a eles recorre para anular os aspectos negativos utilizados pelos magos negros
que pululam na periferia da Umbanda e do Candomblé, mas em uma faixa sombria e negativa, totalmente fora da
Lei, mas dentro da faixa vibratória onde Egunitá atua com seus aspectos negativos, executando seres que atuam
de forma contrária aos princípios luminosos da Lei Maior.
Sempre que se oferendar à orixá Egunitá, deve-se oferendar à senhora Pombagira do Fogo com rosas
vermelhas, velas vermelhas e champanhe rosé.

OBALUAYÊ
Orixá que rege a estabilidade e evolução dos seres tem qualidades mobilizadora e transmutadora. Como evoluir
é crescer mentalmente, passar de um estagio para o outro, este amado Orixá nos ajuda a passar pelos momentos
difíceis, sempre com calma, resignação e perseverança. Orixá curador por excelência nos ajuda a passar do estado
de doença para a cura.
Oferenda: faça um circulo com sete velas brancas; e deposite dentro vinho rosé licoroso, água potável; coco
fatiado coberto com mel e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, à
beira-mar ou à beira de um lago.

NANÃ
Nanã é o arquétipo da velha senhora, rege a maturidade, atua preferencialmente no racional dos seres. Tem
facilidade de decantar nosso emocional nos preparando para uma nova vida mais equilibrada.
Precisando de suas qualidades força e atuação em nós ou em terceiros basta oferendar e pedir sua ajuda e
proteção.
Oferenda: faça um circulo com sete velas brancas, sete roxas e sete rosa; colocando ao centro do circulo
champagne rosé, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um
lago ou mangue.

YEMANJÁ
Amada mãe da geração da vida e da maternidade. Sempre pedimos sua proteção para começar algum projeto
novo, para nos amparar e dar condições de sermos melhores mães e pais para nossos filhos. Sua força e proteção
abrange muitos outros campos através de suas qualidades, atributos e atribuições.
Oferenda: faça um circulo com sete velas brancas, sete azuis e sete rosas; colocando no centro champagne,
calda de ameixa ou de pêssego, manjar de coco , arroz-doce e melão; rosas e palmas brancas, tudo depositado à
beira-mar.

OMULÚ
Omulú rege os términos, o fim, a morte e o desencarne. Atua paralisando os seres, desequilibrados e
desvirtuados no sentido da Vida, e atuações negativas. Também é um Orixá curador, visto que podemos entender
a cura como o fim da doença, assim o pedimos que nos ajude também neste aspecto divino.
Oferenda: sete velas brancas, sete pretas e sete vermelhas, água, coco, vinho doce licoroso, mel, pipoca e um
pouco de sal grosso dentro de um pires.
As velas podem ser acesas em um triangulo com a vela branca no Norte, a vermelha no Leste e a preta no
Oeste. Ou podem ser acesas em círculos, com as brancas no interior, as vermelhas no círculo do meio e as pretas
no círculo mais externo. Só depois de acendê-las é que se coloca dentro do circulo, e diretamente sobre a terra, os
alimentos e bebidas que recomendamos.
A água deve ser colocada em um copo; o vinho deve ser colocado em uma taça; o coco ralado ou fatiado deve
ser colocado em um prato; o mel deve ser colocado em um pires ou pratinho de plástico; o sal grosso deve ser
colocado em um pires ou pratinho de plástico; a pipoca deve ser colocada em um prato, que também pode ser de
plástico branco.
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OFERENDAS BÁSICAS UMBANDISTAS


Por RUBENS SARACENI
Texto do Livro “Rituais Umbandistas – Rituais, firmezas e assentamentos”, Ed. Madras

OFERENDA AO ORIXÁ OXALÁ


• Toalha ou pano de cor branca; • velas brancas; • frutas brancas (melão, goiaba, etc); • vinho branco doce ou
suave; • flores brancas (todas); • fitas brancas; • linhas brancas; • comidas brancas (canjica, arroz doce,
coalhada adocicada, etc.); • pães; • mel; • farinha de trigo (para circular e fechar por fora as oferendas); • co-
co seco e sua água colocada em copos; • coco verde com uma tampa cortada e um pouco de mel derramado
dentro da sua água; • água em cálices ou copos; • pedras de cristais de quartzo branco (se for solicitado); •
pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em espiga, cru e ainda leitoso.

OFERENDA AO ORIXÁ OXUMARÉ


• Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azul celeste; • fitas brancas e fitas azul celeste (ou
todas as cores); • linhas brancas e linhas azul celeste; • frutas sementeiras (melão, maracujá, mamão, pinha,
etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água adocicada com açucar ou mel; • flores coloridas; •coco
verde; • licor ou suco de maracujá; • farinha de arroz (para circular e fechar a oferenda); • semente de feijão
branco semicozidas e misturadas ao mel de abelhas; • açúcar, colocado em um prato branco e regado com mel
de abelhas; • pembas coloridas.

OFERENDA AO ORIXÁ OXÓSSI


• Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e verde; • frutas de
qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e cozido, maçã cozida e regada com mel
ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto; cerveja branca; • sucos de frutas; • pembas brancas e verdes;
• fubá (para circular e fechar a oferenda).

OFERENDA PARA O ORIXÁ XANGÔ


• Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas branca e marrom; •
frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha); • vinho tinto seco; cerveja
preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e levemente cozido, rabada cozida com cebolas cortadas em
rodelas); • pembas branca, marrom e vermelha; • licor de chocolate.

OFERENDA AO ORIXÁ OGUM


• Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas branca e vermelha; •
cordões branco e vermelho; • flores (cravo e palmas vermelhas); • frutas (melancia, laranja, pêra, goiaba
vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de gengibre; • cerveja branca; • pembas branca e vermelha; •
comida (feijoada).

OFERENDA PARA O ORIXÁ OBALUAIÊ


• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas • flores (crisântemos brancos,
quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca estalada, batata doce roxa cozida e regada
com mel de abelha, beterraba cozida e re-gada com mel; mandioca cortada em “toletes” cozida e açucarada; •
bebidas (vinho branco licoroso, água em copos, licor de ambrósia); • pembas brancas.

OFERENDA PARA O ORIXÁ OIÁ-LOGUNAN (TEMPO)


APOSTILA OFERENDAS – Teologia de Umbanda – Turma Presencial – Sábados 201
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• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas branca e azul
escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de anis; • frutas (laranja, uva, caqui,
amora, figo, romã, maracujá azedo); flores (do campo, palmas brancas, lírios brancos).

OFERENDA PARA O ORIXÁ OXUM


• Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e azul; • linhas rosa,
amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas, amarelas e vermelhas); • frutas (cereja,
maçã, pêra, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego, etc); • bebidas (champagne de maçã, de uva e licor
de cereja).

OFERENDA PARA O ORIXÁ OMULU


• Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas branca, preta e
vemelha; • fitas branca, preta e vemelha; • linhas branca, preta e vemelha; • pembas branca, preta e vemelha
• flores (crisântemos, flores do campo, rosas brancas); frutas (maracujá, ameixa preta, ingá, figo); • comidas
(pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado com mel, batata doce roxa cozida e regada
com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho
branco licoroso, licor de hortelã).

OFERENDA PARA O ORIXÁ OBÁ


• Toalha ou pano vermelho ou magenta; • velas vermelha ou magenta; • fitas vermelha ou magenta; • linhas
vermelha ou magenta; • pembas vermelhas; • frutas (todas); bebidas (licor); • flores (do campo, jasmim, rosas
vermelhas).

OFERENDA PARA O ORIXÁ EGUNITÁ


• Toalha ou pano laranja; • velas laranja e vermelha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pembas laranja; • frutas
(laranja, abacaxi, pitanga, caqui); bebidas (licor de menta, champagne de sidra); • flores (palmas vermelhas).

OFERENDA PARA O ORIXÁ IANSÃ


• Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas amarelas; • pembas
amarelas; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão amarelo, pêssego e
goiaba vermelha); • bebidas (champagne de uva ou de sidra; • flores amarelas; • comidas (acarajé; abacaxi em
calda, arroz-doce com bastante canela em pó por cima).

OFERENDA PARA O ORIXÁ NANA BURUQUÊ


• Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores (do campo,
lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa, amora, figo); • bebidas
(champagne rosé, vinho tinto suave, licor de amora, licor de framboesa, licor de morango).

OFERENDA PARA O ORIXÁ IEMANJÁ


• Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas branca ou azul
claro; • pembas branca ou azul claro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio branco) frutas (melão em
fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas (cham-pagne de uva e licor de ambrósia); •
comidas (man-jares; peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó).

OFERENDA PARA O ORIXÁ EXU


• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas preta e
vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravo vermelho); • frutas (manga, mamão, limão); • bebidas
(aguardente de cana de açúcar, whisky, conhaque) • comidas (farofa com carne bovina ou com miúdos de
frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com cebolas, bifes de carne ou de fígado
bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida).

OFERENDA AOS PRETOS VELHOS


• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas; • pembas brancas; • frutas de
todas as espécies; • bebidas (café, vinho doce, cerveja preta, água de coco, vinho branco licoroso); • flores
(crisântemos brancos, margaridas, lírios brancos); • comidas (arroz doce, canjica, bolo de fubá de milho, milho
cozido, doce de coco, doce de abóbora, doce de cidra, coco fatiado, quindim).
APOSTILA OFERENDAS – Teologia de Umbanda – Turma Presencial – Sábados 201
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OFERENDA AOS BAIANOS


• Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; • linhas branca e
amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva pêra, laranja, manga, mamão); •
bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada com água de coco); • flores (flor do campo, cravo,
palmas); • comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com cebola fatiada, quindim).

OFERENDA AOS BOIADEIROS


• Toalha ou um pano (branco, vermelho, amarelo, azul-escuro, marrom); • velas branca, vermelha, amarela,
azul-escura, marrom; • fitas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • linhas branca, vermelha,
amarela, azul-escura, marrom; • pembas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • frutas (todas); •
bebidas (vinho seco, aguardente, batidas, conhaque, licores); • flores (do campo, palmas, cravos); • comidas
(feijoada, charque bem cozido, bolos).

OFERENDA AOS MARINHEIROS


• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul claro; • fitas branca e azul claro; • linhas branca e azul claro; •
pembas branca e azul claro; • flores (cravos brancos, palmas brancas); • frutas (várias); • comidas (peixes
assados, peixes fritos, peixes cozidos, camarões, farofa com carne); • bebidas (rum, aguardente);

OFERENDA PARA OS ERÊS


• Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas branca, cor-de-rosa e
azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); • frutas (uva, pêssego, pêra, goiaba,
maçã, morango, cerejas, ameixa ); • comidas (doces de frutas, arroz doce, cocadas, balas, bolos açucarados,
quindins); • bebidas (refrigerantes, água de coco, suco de frutas);

OFERENDA PARA OS EXUS MIRINS


• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas bicolores preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas
preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravos); • frutas (manga, limão, laranja, pêra, mamão);
• bebidas (licores, cinzano, pinga com mel) • comidas (fígado bovino picado e frito em azeite de dendê, farofas
apimentadas).

OFERENDA PARA POMBAGIRA


• Toalha ou pano vermelho; • velas vermelhas; • fitas vermelhas; • linhas vermelhas; • pembas vermelhas; •
flores (rosas vermelhas); • frutas (maçãs, morangos, uvas rosadas, caqui); • bebidas (champagne de maçã, de
uva, de sidra, licores).

OFERENDAS PARA CABOCLOS (AS)


As oferendas para os Caboclos e as Caboclas são iguais às dos Orixás que os regem. No geral, são iguais às
dos Orixás; no particular, são acrescentados elementos indicados por eles.

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OFERENDAS AOS ORIXÁS


E GUIAS ESPIRITUAIS – Por quê fazê-las?
Por RUBENS SARACENI

É muito comum ouvirmos os Guias Espirituais recomendando aos consulentes que façam algum tipo de
oferenda em algum campo vibratório da natureza para que possam ser ajudadas nas mais diversas necessidades,
sendo que nem sempre dão qualquer explicação sobre elas.
Também são comuns as pessoas que não sabem nada sobre o assunto deixarem de fazê-las, seja porque não
sabem, seja porque têm vergonha de serem vistos fazendo-as ou porque não acreditam no poder delas auxilia-los.
E a isto ainda devemos acrescentar que muitos, por nunca terem feito uma oferenda, acabam fazendo-as de
forma errada e de pouca valia.
APOSTILA OFERENDAS – Teologia de Umbanda – Turma Presencial – Sábados 201
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Antes de prosseguirmos vamos retornar no tempo e ver como era o campo das oferendas há alguns milênios
atrás, pois sem isto não é possível fundamentar esse procedimento atualmente, quando já “evoluímos” tanto,
certo?
Estudando as religiões antigas, muitas das quais já desaparecidas, o hábito de se fazer oferendas a Deus, a
Divindades, a Poderes e Forças da Natureza era comum a todas e cada uma delas possuía seus ritos próprios para
realizá-las, sendo que eram acompanhados de cantos sacros durante suas feituras, assim como, seus realizadores
se submetiam a atos de purificação corpórea e espiritual antes de fazê-las.
Jejuns, banhos de purificação, rezas e defumações, abstinências e recolhimentos em algum local sagrado, tudo
isto era feito, sendo que algumas possuíam ritos elaboradíssimos que eram seguidos à risca por aqueles que iriam
realiza-las e por todos que delas se beneficiariam.
Cada religião e povo do passado possuía seu formulário de oferendas e tinham à disposição muitos tipos de
oferendas, cada uma para uma finalidade, mas com todas desenvolvidas pelos responsáveis por estas antigas
religiões.
Estudando a história das religiões e dos povos antigos, vemos que certas práticas ou ritos ofertatórios eram
datas nacionais respeitadíssimas e algumas duravam vários dias, durante os quais não se trabalhava e todos se
resguardavam, corporal e espiritualmente, para o momento tão esperado, quando, finalmente, estariam diante de
Deus ou de alguma de suas Divindades, muitas vezes representada por um sacerdote ou sacerdotisa, paramentado
como havia sido descrita a partir da visão dela por algum clarividente, pois eles também existiram no passado, não
sendo privilégio recente da humanidade.
Estes ritos ofertatórios elaboradíssimos perduraram por milênios e só foram deixados de lado parcialmente,
porque as religiões que substituíram as antigas os reaproveitaram e, depois de algumas alterações e substituições,
continuaram a servir-se deles.
Isto já foi descrito por diversos estudiosos das antigas religiões, que encontraram similaridades em praticamen-
te todos os ritos cristãos e judaicos, com estes tendo assimilado vários deles da antiga Religião Egípcia, praticada
no tempo dos Faraós.
É claro que ninguém cita onde se inspiraram para elaborar seus próprios ritos e todos atribuem eles a uma co-
municação com os mensageiros divinos, certo?
Mas, mesmo que isto seja verdade (e porque não?), o fato é que existe uma espinha dorsal, uma linha mestra
mesmo, para a formação das religiões e o “roteiro” seguido por todas vem se repetindo sempre, com uma pessoa
iluminada responsabilizando-se pela nova religião, confiada a eles por mensageiros divinos ou espirituais, e isto
não é novidade para os estudiosos das religiões e de como cada uma começou aqui no plano material.
Reconhecemos que assim tem sido e que pessoas realmente iluminadas, incumbidas de fundá-las por mensa-
geiros divinos ou espirituais, cumpriram seus compromissos renovadores da religiosidade dos seus “rebanhos”.
Assim foi e sempre será, pois sem o amparo divino e espiritual nenhuma religião subsiste no tempo e no
espaço.
Aqui, não queremos escrever um texto erudito e nem dar uma aula de história das religiões para ninguém e,
por isso mesmo recomendamos aos interessados no assunto que estudem nos livros específicos, muito importantes
para o nosso aprendizado e compreensão dessa espinha dorsal formadora de novas religiões, pois o nosso
propósito inicial é comentarmos sobre as oferendas.
Pois bem! O fato é que cada religião possui seus ritos ofertatórios, e ponto final!
A Umbanda, criada a partir de outras religiões e recebendo a influência delas até pela formação religiosa dos
guias espirituais, oriundos de quase todas as que já existiram ou ainda estão atuando na face da terra,
desenvolveu todo um formulário de oferendas aos Orixás, aos Guias espirituais da Direita e da Esquerda, cobrindo
boa parte das necessidades dos seus seguidores nesse campo.
Vários autores já escreveram em seus livros vários tipos de oferendas para as mais diversas forças espirituais
ou poderes divinos, e isto não é novidade, certo?
Se o ato de se fazer oferendas é um habito ou procedimento religioso tão antigo quanto a humanidade, porque
ainda hoje esta prática desperta polêmicas ou celeumas calorosas entre os prós os contra tais hábitos, com muitas
pessoas fazendo esta pergunta:

Será que Deus, uma Divindade,


ou um Espírito iluminado precisa comer?
APOSTILA OFERENDAS – Teologia de Umbanda – Turma Presencial – Sábados 201
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Aí está o X da questão, pois, se precisam ser alimentados por nós, então são tão fracos ou frágeis quanto,
certo?
Errado! Respondemos nós, que conhecemos o fundamento existente por traz de cada oferenda ou ato ofer-
tatório, muitos dos quais mentais ou comportamentais. Ou não é verdade que a recomendação de um Guia espi-
ritual para que uma pessoa mude algum habito para ser ajudado exige dessa pessoa uma oferenda, que é justa-
mente a oferenda sem volta do habito a ser mudado?
Renunciar a um hábito já arraigado no ser é uma oferenda caríssima e difícil de ser feita, sendo que muitos se
recusam a fazê-la e preferem continuar sofrendo para não mudar seus hábitos.
É muito mais fácil ser ajudado através de uma oferenda constituída de elementos entregues em algum lugar do
que através da renuncia de um hábito, não?
O fato é que determinados auxílios, só são possíveis se houver mudança de hábitos e outros auxílios são pos -
síveis só com o fornecimento de alguns elementos, que serão manipulados energeticamente por quem os receber
e que irá usar das energias elementares para realizar diversas coisas em beneficio de quem faz a oferenda.
De fato, Deus, as Divindades e os Espíritos não precisam que lhes alimentemos porque não vivem no plano da
matéria, mas precisam que lhes forneçamos, através de um rito ofertatório, portanto magico, os elementos espe-
cíficos que manipularão energeticamente em nossos próprios benefícios, nos suprindo com um padrão energético
etéreo com as mais variadas finalidades, a maioria delas desconhecidas por nós.
Comidas, bebidas, flores, frutas, sementes, doces, pós, etc., são manipulados através da alquimia espiritual,
realizando a limpeza e purificação do nosso corpo energético ou espiritual, regenerando-o e devolvendo-lhe o equi-
líbrio e o bem estar, a saúde e a vitalidade, removendo de dentro dele as sobrecargas energéticas negativas, os
miasmas e larvas astrais, a maioria delas atraídas e internalizadas por nós, devido nossas quedas vibracionais ou
pela baixa qualidade dos nossos pensamentos e sentimentos íntimos, a maioria prejudiciais ao nosso corpo e
espirito.
Só ser a favor ou contra as práticas ofertatórias sem conhecer os fundamentos energéticos existentes por traz
delas não é recomendável.
Para ser a favor é preciso conhecer os seus fundamentos porque, aí sim, quando for fazer alguma delas, o fará
com respeito, zelo e concentração, obtendo um benefício ainda maior.
E ser contra só porque Deus, Suas Divindades e os Espíritos iluminados não precisam comer é abdicar de um
poderosíssimo recurso magístico, que é o que toda ação ofertatória é!
Concordar porque acredita que só dando umas flores, frutas, bebidas e outros elementos, irá “comprar” os fa-
vores de Deus, de uma Divindade ou de um Espírito Iluminado e que será ajudado por causa dessa troca extre-
mamente favorável aos necessitados de auxilio é burrice, porque eles não são corruptos como muitos seres en-
carnados são e que só fazem algo para alguém se receber algo em troca.
Colocar um ato ofertatório desta maneira para as pessoas é proceder como os “médiuns” que só ajudam seus
semelhantes se forem bem remunerados. E como os há!
Mas discordar desse recurso, inspirado por Deus e por todas as Suas Divindades e recomendados pelos Es-
píritos no decorrer dos tempos através das religiões é ignorar os fundamentos existentes por trás de cada ato ofer -
tatório e nada saber como as Forças da Natureza e os Poderes Divinos atuam em nosso benefício manipulando
energias as elementares, tal como os médicos ou farmacêuticos manipulam os remédios que curam nossas
doenças físicas.
Para ser a favor ou contra alguém, contra algo ou alguma prática, antes é preciso conhecer seus fundamentos,
pois, não os conhecendo, não se esta apto a posicionar-se ou a emitir juízos, justamente porque os desconhece.
E falar por falar é pura “achologia”, que até pode servir para conversas fiadas, mas não serve para nada e
ainda presta um desserviço porque confunde quem não tem uma posição, mas acaba sendo influenciado por juízos
sem fundamentações corretas.
Não saber que este nosso corpo plasmático ou energético é todo constituído por energias elementares em
diversos padrões vibracionais, que pode ser afetado de diversas formas, a mais comum é por nós mesmos, é
aceitável.
Mas um umbandista não saber que, através de uma oferenda elementar, ele pode ser regenerado pelas ener -
gias elementares manipuladas pelas foças da natureza ou espirituais em nosso beneficio quando as oferen damos
em seus campos vibratórios na natureza é desconhecer um dos mais poderosos recursos colocados à nossa
disposição pela espiritualidade.
E, só porque desconhece isso, ser contra o trabalho realizado através delas por muitos milhares de Guias
Espirituais que têm dedicado suas vidas a socorrer os encarnados, suprindo-lhes muitas vezes com curas que nem
APOSTILA OFERENDAS – Teologia de Umbanda – Turma Presencial – Sábados 201
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a medicina consegue explicar e muito menos aceitar, pois provém do trabalho desses abnegados trabalhadores
astrais, que nada pedem em troca do auxilio que prestam, nas tão somente pedem que os necessitados lhes
forneçam os recursos “magisticos” ou energéticos elementares que precisam para poderem ajuda-los, aí já é igno -
rância mesmo!
Que ninguém faça uma oferenda só por fazer, mas que também não se fique contra elas se não conhecem seus
fundamentos ou seus benefícios.

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