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MARTINA GATTI

Copyright © 2021 Martina Gatti

O CEO E A ESTRANGEIRA

1ª Edição | Criado no Brasil

Autora: Martina Gatti


Diagramação: Luana Souza
Capa e artes: AB designer

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL DESTA OBRA, DE


QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO ELETRÔNICO OU
MECÂNICO, INCLUSIVE POR MEIO DE PROCESSOS XEROGRÁFICOS,
INCLUINDO AINDA O USO DA INTERNET, SEM A PERMISSÃO EXPRESSA
DA AUTORA (LEI 9.610 DE 19/02/1998).

ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. NOMES, PERSONAGENS, LUGARES


E ACONTECIMENTOS DESCRITOS SÃO PRODUTOS DA IMAGINAÇÃO DA
AUTORA.

QUALQUER SEMELHANÇA COM ACONTECIMENTOS REAIS É MERA


COINCIDÊNCIA. TODOS OS DIREITOS DESTA EDIÇÃO SÃO RESERVADOS
PELA AUTORA.
SUMÁRIO
Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Epílogo
Susan, uma garota sonhadora e linda realizou um
sonho muito importante para a sua carreira. Uma modelo
em ascensão, viu uma ali uma oportunidade de ter
visibilidade no mercado da moda.
Aos dezoito anos ela venceu um concurso de miss na
sua cidade.
Seu sonho de ser uma modelo conhecida começava a
dar seus primeiros passos.
Ao receber o convite do seu primo que morava no
exterior para arriscar uma carreira internacional.
O sonho de ser uma modelo reconhecida foi mais
forte que o medo de se lançar rumo ao desconhecido!
Juntou suas economias e deixou a sua pacata cidade
para trás.
Susan só não sabia que o seu primo tinha um segredo
terrível que envolvia a sua mudança financeira tão
apresentável.
Ao se ver em outro país e vendida para a prostituição
ela nunca poderia imaginar que a vida ainda poderia
surpreendê-la de um modo mágico.
Nos olhos de Adam ela encontrou o verdadeiro amor,
mesmo que o primeiro encontro onde o conhecera pudesse
ter sido particularmente odioso para ele.
Teria o destino conspirado para que os dois se
encontrassem naquela tarde?
Adam estava muito nervoso! A hora do confronto
estava chegando.
Sabia que o pai era falso e dissimulado. Estava
fingindo uma mudança para impressionar Briana.
Adam sabia do grande amor que a mãe nutria por ele
e temia que ela caísse nas garras dele novamente.
Por sorte o posto que era de enfeite que Briana dera a
ele, não o permitia ter acesso às coisas que Adam estava
fazendo às escondidas.
Adam na reta final precisou se afastar de Susan.
Era um perigo os paparazzis descobrirem o
esconderijo dela.
Ficavam por horas conversando sobre os seus planos
futuros.
Algumas vezes a conversa esquentava, a temperatura
subia e acabavam fazendo amor por telefone.
— Su! Já sabe como irei comemorar a sua entrada
triunfal como modelo exclusiva da nossa agência. Vai ser
aqui nessa cama enorme, que vai ficar linda com o seu
corpo nu sobre ela!
— Credo, Adam! Parece um tarado. — Ela riu já se
sentindo excitada de imaginar o seu corpo sob o de Adam.
— Hum... falou a puritana, a que não gosta de falar
besteiras! Já fazer... — Ele riu alto.
Estava muito feliz com aquela garota que a cada dia
se revelava uma mulher intensa e apaixonada.
Ficaram por um bom tempo conversando besteiras.
Estavam apaixonados.
O barulho dos saltos ecoou na alameda escura.
Dentro do carro de vidros escuros Adam teve um
súbito arrepio.
A Susan por quem suspirava desde que a viu
dançando sensualmente na sala do escritório do pai estaria
ali à sua mercê dentro de alguns minutos.
Sentiu-se envergonhado de estar rendido daquela
forma por uma puta.
Adam teve dois sentimentos distintos ao ver a cena
insólita naquela noite.
Estava comprovado: o pai era mesmo um sacana! As
traições de que sua mãe se queixava não eram fantasias
de uma neurótica. Era tudo verdade. O sentimento de
decepção era doloroso!
O outro sentimento era ainda mais perturbador: sentiu-
se imediatamente atraído pela garota que dançava
graciosamente sobre a mesa do escritório.
Susan tirou a última peça de roupa com um gracioso
gesto sedutor e quando se virou seus olhos se depararam
com os de Adam a contemplando com um misto de raiva e
curiosidade.
Percebeu imediatamente que se tratava do filho do
homem que a contratava todas as quintas feiras para um
programa ora no seu escritório, ora no apartamento que
tinha apenas para fins sexuais. A semelhança entre os dois
era inegável.
Tampou os seios em um repentino gesto de
autoproteção.

Adam riu com escárnio ao lembrar-se da cena. A vadia


tinha vergonha!
Não permitiu que seu pai falasse uma palavra naquele
momento. Ele mentiria e tentaria virar o jogo a favor dele.
Era um manipulador.
Girou em direção à saída sem olhar para a cara dele e
saiu batendo a porta.
O estrondo fez com que a garota se encolhesse de
susto e saísse em busca das suas roupas.
Dias depois obcecado com as lembranças de Susan,
Adam descobriu a agência em que ela trabalhava. Agora
estava ali igual um adolescente que ficaria pela primeira
vez com uma garota.
O barulho dos saltos se aproximava do carro e ele não
conseguiu conter o seu pau que ficou duro, causando um
desconforto.
Susan bateu levemente no vidro do carro o alertando
da sua chegada.
Adam respirou fundo. Desejo e ódio dominavam o seu
ser. Desejo e culpa se misturavam dentro dele!
Ele abriu a porta e foi tomado pela a presença da
garota. O perfume dela era tão bom!
Ela era cara. Uma das putas mais caras de San
Francisco. Ela sabia gastar bem o seu dinheiro.
Ela sentou-se e esperou pelo comando dele.
Adam estremeceu. Queria-a. Odiava-a.
— Para onde vamos? — Susan tentou quebrar o
silêncio.
— Para uma vadia do seu tipo uma foda no banco
traseiro do carro está perfeita!
Susan o temeu. A voz dele baixa e controlada não
escondia a raiva por trás das sílabas cuidadosamente
pronunciadas.
— Aqui é perigoso! Vai se expor a um escândalo?
Arriscar as nossas vidas? — Ela estava realmente
assustada.
— Vou ter que calar essa sua maldita boca!
Adam a puxou em um beijo feroz, voraz, duro e
enraivecido.
Um beijo que mordia seus lábios e invadia sua boca.
Adam a segurou pelos cabelos e o beijo foi se
tornando mais intenso. Selvagem e avassalador. Susan
ficou surpresa de como tinha desejado aquilo desde que os
seus olhos se cruzaram naquela noite no escritório de
Fernand.
— Adam, é perigoso! — Sussurrou entre excitada e
aterrorizada.
— Não... podemos...
Mesmo assim sua mão deslizou pela coxa dele
enquanto ele intensificava o beijo.
A rigidez do pau dele ainda contido pela calça
apertada não deixava dúvidas de que ele a desejava, tanto
quanto ela a ele.
Adam não estava disposto a parar.
O carro blindado e com os vidros fechados garantia a
privacidade e segurança para o que faria a seguir.
Toda sua raiva se esvaiu quando Susan gemeu
manhosa sob os seus dedos enfiados por dentro da sua
blusa e acariciava os mamilos rijos.
— Não tenha medo! Eu... não posso mais esperar nem
mais um minuto para ter você!
Susan o queria e o temia.
— Não vai me machucar, Adam? — Sua voz era um
misto de choro e sussurro.
— Não! Eu, só quero aplacar esse desejo que me
queima. Não consegui parar de pensar em você desde a
noite em que a vi dançando para o meu pai!
— Não falemos nisso! — Ela colocou os dois dedos
selando os seus lábios.
Algumas palavras eram de difícil entendimento para
ela. Era brasileira.
Adam percebeu que ela era estrangeira e tinha
dificuldades com o inglês e começou a falar mais
pausadamente.
— Desculpe-me. Não falo mais.
A puxou em um beijo menos raivoso, mas igualmente
intenso.
Susan sentia uma atração irresistível pelo Adam.
Por alguns dias fantasiou o toque dele na sua pele.
No entanto o que estava acontecendo não tinha como
descrever.
Arrepiou-se quando a língua quente dele lambeu a sua
orelha, se enfiando ali a fazendo gemer.
As mãos grandes e fortes a despiram completamente
da blusa.
As mãos dela desceram para o meio das coxas dele,
sentindo a sua ereção poderosa e enorme na palma da sua
delicada mão.
Aquilo era tão louco!
Abriu a calça e puxou aquele pau que já imaginava ser
avantajado. Não esperava que fosse tanto. Desceu
beijando a peito dele, a barriga trincada e ouviu os seus
gemidos antecipando o prazer que sabia ela iria dar-lhe.
A língua de Susan desceu lambendo e mordiscando a
pele nua de Adam.
Ao chegar no pau o beijou e lambeu a cabeça e pode
ouvir o gemido de Adam que segurava os seus cabelos
forçando delicadamente a entrada do pau na sua boca.
— Susan! — Suspirou em êxtase.
As mãos dele desceram pelo meio das pernas as dela.
A calcinha minúscula desceu para os pés dela sob a as
mãos firmes de Adam.
Relutou em interromper o boquete incrível da garota
no seu pau, no entanto a queria. Queria estar dentro dela,
senti-la em toda a sua intensidade.
Colocou o preservativo rapidamente e a encaixou no
seu pau sentada no seu colo, a bocetinha úmida e
apertada acolheu-o com uma voracidade faminta como se
tivesse esperado por ele toda sua vida.
— Oh, Adam! — Foram as últimas palavras de Susan
antes dos lábios de Adam calá-la.
Enquanto a beijava com desejo voraz suas mãos
exploravam seu corpo a fazendo soltar gemidos de prazer.
Ele estava tomado de desejo com a enlouquecida
Susan quicando no seu pau, com a respiração ofegante,
Susan se perdia em um beijo intenso em língua experiente
de Adam intensificava o prazer que ela sentia.
Afastou se um pouco do seu beijo apenas para
implorar:
— Adam, me fode fundo. Forte! Forte!
Ele estocou mais fundo e a viu estremecer no orgasmo
mais lindo e intenso que ele não se lembrava de ter visto
outro igual.
Ele se manteve firme, segurando o próprio gozo.
Esperou por uns segundos e ordenou com a sua voz
rouca e cheia de tesão:
— Goza comigo, Susan!
As estocadas eram calmas a fazendo forçar mais o
quadril para baixo. O queria inteiro dentro dela.
— Shii. Calma! — Ele a beijou.
Ela o sentiu entrar dentro dela e se movimentar mais
forte, mais intenso.
Gozou novamente com Adam se estremecendo de
prazer dentro dela em um abraço forte e acolhedor.
Susan saiu lentamente do colo dele.
Sentou-se no banco ao lado dele e procurou sua
calcinha.
Não a achou.
Adam sorriu e mostrou o objeto na palma da sua mão.
— Acho que uma garota vai para casa sem calcinha
hoje!
Ela tentou pegar a peça de volta.
— Adam!
Ele a segurou e a beijou.
— Acho que teremos que nos vermos novamente para
você pegá-la.
Susan sorriu ainda sentindo a presença viril de Adam
entre as suas pernas.
Ela não precisava de desculpas para vê-lo. Queria-o
muito!
Adam com o decorrer dos encontros bem assíduos
estava cada vez mais apaixonado pela Susan.
Ela sempre se esquivava de falar de Fernand e da sua
vida na agência de acompanhantes.
Quando Adam quis levá-la para uma mini lua de mel
em um no seu charmoso chalé em sua ilha particular ela
declinou.

— Eu não posso! Fernand... — Interrompeu o que ia


dizer a tempo. Tinha medo do dia em que Adam soubesse
de toda a verdade sobre o pai.

— Tem medo de perder o meu pai como cliente ou é


apaixonada por ele? — Adam questionou entre aborrecido
e enciumado.
— Não. — Susan baixou os olhos e chorou baixinho.
Odiava aquela vida de puta. Todas as vezes que Adam
tocava no assunto querendo tirá-la de lá ela mentia sobre o
fato de não querer estar presa a um único homem, no
entanto a verdade era horrível.
— Você é linda, Su! Pode perfeitamente seguir com a
sua carreira de modelo. Somos do ramo da indústria da
moda e a sua beleza seria um escândalo na mídia. Eu
entendo disso. Acredite em você, meu amor!
Susan o encarou quando ele a ergueu suavemente
pelo queixo.
— É, madame Jennifer me apresentou ao Fernand e
me disse que eu deveria ser bem boazinha com ele que ele
costumava ser um grande descobridor de talentos.
Adam sentiu raiva ao imaginar a que tipo de "bondade"
madame Jennifer se referia.
— E?
— E, nada. Ele me disse que tenho um nariz bem
estranho e que não harmonizaria nas fotos.
Adam olhou pela primeira vez aquele detalhe no rosto
de Susan.
Era um expert no ramo da moda. Tinha viajado muito e
adquirido conhecimentos e estava pronto para assumir um
alto posto na empresa da família.
Era um belo rosto, considerou, e o nariz de Susan não
tinha nada de muito estranho.
— Su, uma correção mínima vai deixar o seu rosto
perfeito. Cuidaremos disso e...
— Adam! Para! — Ela implorou.
— Eu não posso sair de lá. Nunca terei dinheiro para a
cirurgia! Eu... eu...
— Fale Susan! Por que você se agarra à sua vida
naquele lugar? — Adam a sacudiu levemente pelos braços,
sem conseguir entender por que ela não aceitava ir ficar
junto dele de uma vez.
Susan não suportava mais esconder a sua dor, mas
temia que ao expor os segredos sórdidos de Fernand ele
fizesse um mal irremediável a ela.
— Adam, tudo o que vou contá-lo são coisas graves e
criminosas. Você tem que me prometer que não vai atrás
do seu pai. Promete? — Ela o olhou aflita à espera de uma
resposta.
Ele aquiesceu.
Susan contou mais detalhadamente sobre o sonho de
ser modelo, do concurso de beleza, do primo que
aparentava estar muito bem na vida, financeiramente. O
convite para arriscar uma carreira de modelo ali no exterior
e a traição do primo.
— Eu fui vendida para o bordel da madame Jennifer
por ele. Somente quando eu juntar dinheiro para pagar o
que a ela deu a ele por mim eu posso ir embora! — Chorou
alto ao pensar que era uma grana preta e que os gastos
para se manter bela para os clientes eram grandes e a
dívida ficava cada vez mais distante de ser paga.
Adam a abraçou, a aconchegando ao seu peito largo.
— Eu pago a dívida, meu amor! Eu pago. — O rosto
dele se iluminou em um sorriso de esperança.
— As coisas não são simples assim, Adam! Eu fui a
escolhida pelo seu pai. — Parou sem coragem de
prosseguir. Fernand não era apenas um cliente ocasional.
Ele tinha muito a ver com a podridão que ocorria no bordel.
— Me conte tudo! Eu vou ajudá-la.
— Existe uma coisa chamada "A Seleção" no bordel.
Quando uma garota é vendida virgem organizam um
evento com os homens mais ricos e poderosos. A garota
dará um lucro imenso para a casa.
Adam olhava para ela com uma expressão de espanto
e pediu para que ela prosseguisse.
— Seu pai tem uma participação importante por trás
dos bastidores. Ele conhece os homens mais ricos e
esbanjadores, os clientes.
Adam a interrompeu:
— Um leilão de virgindade? — Ele estava abismado
com aquelas informações.
— Não, Adam! Seu pai arrumou um modo muito mais
lucrativo de arrecadar o dinheiro. A garota se exibe para os
homens em uma dança demorada de véus que são
retirados lentamente.
Cada interessado tem um envelope que ao final da
dança deverá ser fechado com um cheque de alto valor. O
que tiver a mais alta quantia é o vencedor!
O ego inflado dos clientes os faz preencher cifras
altíssimas querendo levar a garota para a cama.
Adam sabia do tino comercial do pai, mas ele era
riquíssimo e não tinha a menor necessidade de explorar
mulheres. Estava enojado!
— Espera! Me explique essa história de "a escolhida
do meu pai..."
— Quando fui para a casa eu ainda era virgem.
Madame Jennifer até começou a organizar o evento da
seleção, mas o seu pai me viu ensaiando para me
apresentar. Fez parar o ensaio e avisou que daquela vez
não teria seleção, ele me queria!
Os olhos de Susan estavam úmidos de lágrimas. Era
impossível não chorar ao lembrar o modo como perdeu a
virgindade com Fernand. Temia-o. Ele era perverso e
gostava do poder que o dinheiro lhe conferia.
— Eu vou tirar você daquele lugar! Isso é tão...
nojento! Meu pai metido numa coisa horrível dessas! —
Adam balançava a cabeça em um gesto de repúdio.
— Adam, ele é perigoso. Eu sou a bonequinha de
prazer dele. Ele pode ter tantas quanto quiser, mas ele
nunca desiste de ter encontros comigo!
Adam sentiu raiva e jurou que ela não seria mais
tocada pelo pai ou qualquer homem que ela não quisesse.
— Calma! Eu vou resolver isso.
Adam pensou muito, já não era mais um cliente
ocasional de Susan. Embora se valesse do anonimato para
os encontros teria que ver uma forma de pagar a dívida da
garota antes que o pai descobrisse que ele estava com ela
e desaparecesse com ela para sempre.
— Eu vou pensar em um modo de tirá-la de lá. Confie
em mim, amor! — Apertou-a mais no seu abraço. No
entanto algo ainda o intrigava.
— Por que você não pode viajar comigo nesse final de
semana?
— Vai ter "a Seleção" e esses eventos deixam o seu
pai no auge da excitação, ele sempre quer fazer de novo
comigo o que imagina que o cliente está fazendo com a
garota que recebeu como prêmio.
Adam crispou os punhos. Ele o pai sempre teve
divergências, mas descobrir que o pai era um canalha
estava acabando com ele.
— Vou tirar você de lá antes dessa maldita seleção ou
não me chamo Adam Smith Jones.
Ele não podia levar Susan para o seu apartamento,
tinha planos lindos para aquela garota incrível. Iria fazer
tudo para que a linda flor Susan desabrochasse.
As garotas do bordel não podiam ter celulares. Porque
madame Jennifer temia que elas dessem com a língua nos
dentes ou filmasse algum cliente para alguma possível
chantagem no futuro. Fernand a mataria se alguma coisa
assim acontecesse.
Adam a levou de volta para o bordel de luxo. Antes a
beijou apaixonadamente e sussurrou amorosamente no
ouvido dela:
— Logo você será uma garota livre. Poderá ir ou ficar.
Se for partirá o meu coração, se ficar escreveremos uma
linda história juntos.
Ela o abraçou chorando:
— Oh, Adam! Eu nunca partiria o seu coração!
A viu sair, indo em direção à agência de modelos que
era só uma fachada para a prostituição e outros bárbaros
crimes contra a dignidade das jovens mulheres sonhadoras
que acabavam vítimas de promessas falsas.
Adam voltou para o seu apartamento e pensava em
tudo aquilo que descobriu. A raiva e a decepção enchiam a
sua mente.
Teve medo do dia que a mãe descobrisse a verdadeira
face do homem com quem se casou!
Adam era um homem rico e independente. Tinha sua
própria casa.
Ele e a mãe eram muito próximos, mas ela entendia
bem os motivos de Adam ter saído muito cedo de sob o
teto paterno.
Ele e o pai sempre viveram em pé de guerra.
Adam herdara os bons princípios e o caráter da mãe.
Uma belíssima modelo, rica e de uma família conceituada.
Na sua primeira gravidez de gêmeos, ela perdeu seus
bebês e entrou numa profunda depressão.
O marido Fernand, era um jovem CEO promissor e
inteligente.
Assumir os negócios da esposa com toda a
competência foi uma prova de amor da qual ela era muito
grata.
Alguns anos depois, a vinda de Adam alegrou a vida
da jovem e linda esposa. Naqueles anos, embora as
línguas ferinas discorressem sobre a veracidade do amor
do jovem e promissor CEO e até um possível golpe do baú
fosse especulado os dois seguiam firmes no seu amor.
Inteligente, esforçado e pobre, Fernand demonstrava
amar muito a sua linda e frágil esposa.
Ele foi muito apaixonado por Briana até que o poder, a
riqueza e as lindas e interesseiras modelos fizeram brotar o
pior da sua personalidade.
Briana tornara-se uma mulher triste. Fazia de tudo
para manter Adam afastado dos seus problemas conjugais,
porém ela estava no seu limite. Teria uma conversa
definitiva com Fernand, agora que o filho tinha condições e
idade para assumir a sua empresa.
Olhou em torno pelo quarto imenso e pouco iluminado.
Seria mais uma longa noite de insônia sem o marido ao
seu lado.
Procuraria Adam longe dos olhos de Fernand e poria
um fim àquela vida de mentiras e traições!
Adam traçou um plano para comprar a liberdade de
Susan. Não suportava mais a ideia de que ela tivesse que
se sujeitar a ser usada como um objeto na mão de velhos
ricos e inescrupulosos como o próprio pai!
Foi até o discreto edifício onde alugou um apartamento
para manter Susan escondida até o grande momento de
sua aparição. Ele a faria uma das modelos mais bem
sucedidas do país. Ela só precisava melhorar o inglês,
fazer uma correção estética mínima no nariz e com uma
boa assessoria ela tinha tudo para ser um fenômeno!
Sorriu animado ao pensar que mais tarde traria a sua
doce Susan para o seu lar provisório, pois ela ficaria ali por
um curto período.
Mudou o vaso de flores de um modo que quando ela
entrasse fosse recebida por elas e pelo seu delicioso
perfume.
Quando madame Jennifer recebeu a proposta daquele
novo e misterioso cliente de comprar Susan, ficou feliz.
Fernand que era mais que um sócio na falsa agência
de modelos, era o seu amante.
Não estava gostando da forma como ele estava
envolvido com a Susan.
Sorria falsamente para ela, mas temia perder o seu
posto de amante de Fernand. Tinha que fazer o negócio
logo.
Sabia que Fernand iria ficar uma fera. Mas quando
soubesse seria tarde demais.
As garotas estavam dormindo o sono da tarde e então
ela falou para Susan pegar as suas coisas. O seu novo
cliente iria pagar a dívida dela.
— Você será dele agora! Estava gostando de dar para
o meu homem, não é vagabunda? — Alterou a voz, irada.
Com certeza tinha ela cheirado o pó, Susan constatou
pelo modo que ela estava agindo.
— Não. Eu... — Susan temeu por alguma agressão
por parte da mulher.
— Vamos logo com isso! Quero você longe daqui o
mais rápido possível.
Desceram em direção à garagem. Susan não viu mais
o primo desde quando ele a entregou para aquela mulher.
Era estranho o sumiço de Alan.
Embora ele lhe tivesse feito um grande mal a ela, era o
único parente que tinha naquele lugar.
Susan estava feliz de sair dali. Teve vontade de
perguntar por Alan e quando tentou falar foi cortada pela
voz ríspida de madame Jennifer.
— O seu protetor marcou o encontro em um motel um
pouco distante da cidade. Deve ser muito rico mesmo. Vai
me pagar em cash.
Susan se manteve em silêncio. Era evidente que
Jennifer a queria longe dali.
O coração de Susan batia rápido à medida que o carro
se aproximava do motel onde Adam a esperava com uma
bolsa recheada com muitos dólares.
Jennifer olhou para ela de relance, para quem estava
sendo levada para ser vendida Susan estava até bem
serena.
Não houve empecilho algum para que entrassem na
suíte onde Adam as esperava. Tudo já tinha sido acertado
anteriormente. Não havia mais o que conversar com aquela
mulher.
Por de detrás da porta de vidro na penumbra Adam
segurou a alça da bolsa com a considerável quantia que
entregaria àquela criminosa. Só queria ver Susan livre
daquela vida horrível. E dinheiro nunca fora problemas
para os Smiths!
Manteve-se na semiescuridão até ver a Susan
depositar as suas malas no quarto. Pode observar a
belíssima mulher que com certeza deveria ter sido modelo
no passado. Seu coração se apertou no peito.
Provavelmente era uma amante do pai!
Ela batia o pé impacientemente no tapete fofo. Tinha
pressa de entregar a encomenda.
Adam chamou Susan para ir até ele.
— Entregue o dinheiro a essa mulher, por favor. Se ela
vir o meu rosto saberá imediatamente quem é o meu pai!
— Avisou.
Era verdade. Eram muito parecidos fisicamente!
Susan pegou a bolsa e ainda não conseguia acreditar
que o seu sonho de liberdade estava acontecendo.
Se dirigiu a madame Jennifer que sabendo que o rico
cliente as observava fingiu preocupação com a garota:
— Seja boazinha com o seu protetor, ele parece nutrir
algum sentimento por você, afinal ele pagou uma bela
grana para tê-la!
Susan sabia muito bem que ela queria mais é que ela
se ferrasse.
Sorriu falsamente para ela.
— Talvez. O que eu sei é que só troquei de dono. Isso
não é muito animador!
Madame Jennifer sorriu e intimamente desejou que
aquele homem tivesse o dobro de perversidade e taras que
Fernand tinha. Aquela carinha
meiga e angelical de Susan dava-lhe nos nervos!
Assim que a mulher saiu Adam voltou para o quarto e
abraçou Susan a apertando contra o seu peito.
— Vamos ter que sair daqui. Eu não sei quanto tempo
vai demorar para o meu pai saber que a perdeu.
Susan tremeu ligeiramente o lábio, tentando segurar
as lágrimas.
Adam a ajudou com as malas. Deveria levá-la direto
para o esconderijo.
Entretanto não resistiu à tentação de amá-la pela
primeira vez em sua cama enorme no seu apartamento.
Em breve ali seria o lar dela também.
— Você vai conhecer minha casa hoje! Quer?
— E o esconderijo? Não íamos direto para lá? —
Susan o indagou, com medo de Fernand.
Eles sempre procuravam lugares discretos para se
encontrarem e longe da casa dele.
O pai poderia aparecer por lá.
Era um pouco difícil já que estavam brigados desde a
fatídica dança no escritório. Mas era sempre bom ter
precaução em se tratando de Fernand.
— Vai ser só um pouquinho! Logo iremos embora.
Não era verdade que seria tão rápido, mas ela não
precisava saber.
Adam apressou-se em entrar no prédio. Felizmente
não era possível ver quem estava com ele no carro.
Entraram no elevador e Adam que estava louco para
beijar Susan, se conteve a custo.
Assim que entraram, Susan ficou encantada com
aquela sala linda e despojada. Adam era um homem que
prezava pela simplicidade!
— Lindo!
— Obrigada. Em breve essa será a sua casa também,
meu amor!
Susan não conteve mais a emoção, escondeu o rosto
em seu ombro e chorou de gratidão.
— Ei, calma! Você nem começou a ser compensada
por todo o mal que viveu. Ainda tem muita coisa boa por
vir!
A levou para o sofá e ficou abraçado com ela por
alguns minutos em silêncio. Suas mãos que acariciavam os
cabelos dela, desceram acariciando o rosto, a curva
daqueles lábios que ele adorava beijar.
Precisava quebrar aquele momento mágico, pois
estava louco de desejo por ela!
Não queria pegá-la de qualquer jeito. Queria que fosse
lindo e mágico e que ela não tivesse dúvidas de que ele a
amava.
— Quer conhecer o meu quarto, amor? — Sua voz
rouca e sensual quase sussurrada não conseguia esconder
o desejo intenso que sentia por ela.
— Sim! — Ela sorriu animada quando ele se levantou
e estendeu a mão para ela em um gesto gracioso e
cavalheiresco.
Ele a fez parar quando se dispôs a segui-lo.
— Não. Temos que fazer isso aqui para dar sorte! —
Juntando ato às palavras pegou-a no colo a fazendo rir.
Ele caminhou com ela abraçada ao seu pescoço e
finalmente chegaram à suíte dele que a depositou
suavemente sobre a sua cama.
Susan estava realmente encantada com aquela suíte
magnífica.
— Adam! Isso é lindo. É incrível!
Sorria com ele sobre ela fazendo uma leve pressão
contra o seu corpo.
Lentamente ele aproximou o seu rosto do dela e a
beijou docemente.
— Su! Você é tão frágil e tão forte ao mesmo tempo.
Como conseguiu suportar tantas coisas ruins? — A voz
dele estava embargada pela emoção.
Ele mesmo foi quase cruel com ela no primeiro
encontro, até aceitar o fato de que estava rendido por
aquela garota.
— De algum modo eu nunca me conformei com os
fatos e sempre acreditei que uma hora iria acontecer um
milagre. Aconteceu. Um milagre lindo chamado Adam.
Ele não se conteve mais diante daquela declaração de
amor tão sincera, a tomou em um beijo intenso e ardente.
Logo suas roupas estavam espalhadas pelo quarto jogadas
aqui e ali.
Susan sempre era um espetáculo que Adam não se
cansava de admirar.
— Deite-se minha princesa vou te levar às nuvens
agora!
Ela não esperou por uma segunda ordem. Sabia o que
viria e já se sentiu molhada ao lembrar do que a língua
experiente de Adam fazia para a levar às nuvens.
Ele beijou cada pedacinho da sua pele, seus lábios
beijaram os seus seios. Os sugou com intensidade fazendo
Susan gemer sob a sua língua quente.
Adam desceu deixando um rastro de beijos molhados
na pele arrepiada de Susan.
— Abra-se para mim, Susan! Você já sabe o que a
espera. — Adam ergueu um pouco a cabeça para olhá-la
totalmente rendida às suas carícias.
— Adam! — Ela suspirou quando sua língua começou
a fazer carícias ousadas e intensas na sua bocetinha que
se contraia.
Puxou a cabeça de Adam contra a sua boceta para
que a sua língua a penetrasse mais fundo.
Os lábios dele faziam loucuras enquanto sua língua a
penetrava.
Ela gritava mal podendo conter a avalanche de prazer
que Adam despertava em cada célula do seu corpo.
O afastou lentamente do meio das suas pernas e o
colocou na posição em que ela estava antes.
Pegou o preservativo e foi a sua vez de beijar o corpo
dele dos lábios até o pau que estava ansioso pela boca de
Susan.
Susan começou a beijar, chupou a cabeça e era lindo
ver o Adam totalmente rendido aos seus carinhos ousados.
Percebeu que se continuasse a provocá-lo ele iria
gozar na sua boca. Adorava fazê-lo gozar assim, mas
precisava se fundir a ele. Necessitava de ser possuída por
ele.
Parou por um instante o que fazia e colocou o
preservativo nele.
O montou quando Adam a puxou em um beijo ardente
e apaixonado.
Aquilo era tão emocionante!
Estava livre, fazendo amor com aquele homem incrível
e foi impossível segurar as lágrimas quando o orgasmo
veio intenso e lindo nos braços de Adam.
Adam continuou abraçado a ela. Suas mãos
afastavam delicadamente as lágrimas do rosto dela.
— Antes de te levar para o esconderijo vou preparar
um jantar para você. Precisei dispensar os empregados.
Não confio em ninguém!
— Vou ajudá-lo!
— Não! Quero surpreendê-la! Fique bem bonitinha me
esperando. Eu a chamo quando terminar.
Ele saiu e a deixou vendo um filme na TV. Aqueles
filmes água com açúcar que ela adorava. Ela era uma
romântica de carteirinha.
Adam arrumou a mesa e lamentou não ter flores para
colocar. Susan era apaixonada por plantas e flores.
Assim que terminou a arrumação a campainha tocou.
Ele teve um sobressalto. Para ter subido sem que o
porteiro o avisasse teria que ser alguém muito próximo.
Seu pai?
Quando olhou na câmera respirou aliviado. Era a mãe.
Susan teve medo e tratou de trancar a porta do quarto.
E se fosse o Fernand que os tivesse seguido?
Adam correu até a suíte e bateu na porta.
— Su. É a mamãe! Mas não saia daí. Vou ver o que
ela quer e depois te chamo.
— Tá, Adam!
A campainha tocou novamente.
Adam se apressou em abrir.
— Mamãe! O que houve? — Indagou muito
preocupado.
Para ela ter ido sem avisar, algo sério havia
acontecido.
A levou para dentro do apartamento abraçado com ela.
Percebeu que ela chorava copiosamente.
Então Briana viu a mesa posta para dois.
— Ah, filho, desculpe eu vir assim, sem avisar. Você
tem um encontro!
— Não pense nisso agora. Me conte a razão das suas
lágrimas.
— Seu pai! Ele está passando dos limites e eu estou
farta. Quero o divórcio. Quero-o fora da minha empresa e
da minha vida!
Susan ouviu o choro da mulher que era de cortar o
coração.
— Mãe! — Adam tentou apaziguar.
— Adam! Eu quero o seu pai fora da presidência da
empresa. Você tem todas as condições de assumi-la.
Adam sabia que ser o presidente lhe daria carta
branca para lançar Susan no mercado com grande
sucesso. Era um estrategista e sabia bem como faria todos
os holofotes estarem sobre o nome de Susan mesmo antes
de ela mostrar o seu rosto.
— Fechado! Tem ideia de que teremos uma pequena
guerra pela frente?
— Sim! Mas eu cansei das humilhações públicas do
seu pai.
Ela se preparava para sair. Adam sabia da classe da
mãe e ela não aceitaria um convite para jantar sabendo
que Adam estava com uma garota.
— Então eu vou indo. Ah, quando as coisas se
acalmarem leve a sua amiga para jantar lá em casa. Vai ser
um prazer!
Adam sorriu sem graça.
— Um dia eu levo sim! Estamos bem apaixonados.
Briana sorriu. Seu filho não era nada parecido com o
pai. Era um cavalheiro e fiel às garotas que namorava.
Adam acompanhou a mãe até a porta e a beijou em
despedida.
— Mãe, conte sempre comigo, eu te amo!
— Eu sei meu filho. Eu sei!
Briana saiu e Adam ainda ficou por uns instantes
pensando em todas as providências para ajudar Susan, o
que como presidente da empresa facilitaria muito!

Foi até à suíte e bateu na porta.


— O jantar vai se atrasar um pouco. Quer que eu traga
algo para você beliscar enquanto espera?
— Não! Vou guardar meu apetite para essa tal
surpresa que você está fazendo.
Ele aproximou-se e deu um beijinho nos lábios dela.
— Vou lá preparar o jantar e depois te conto as
novidades.
— Ouvi sua mãe chorando...
— Meu pai quebrando o coração das pessoas, mas
logo ele vai aprender uma lição!
Adam foi terminar o jantar.

Depois do jantar ele não queria se desgrudar de


Susan, mas sabia que era perigoso ela ficar ali.
— Vamos, né? Não queria, mas já pensou se fosse o
meu pai?
Ela sentiu os pelos arrepiarem-se.
— Não quero nem imaginar.
Adam a instalou no confortável esconderijo e prometeu
que seria por pouco tempo.
Voltou para casa e ficou relembrando os momentos
mágicos que passou com Susan ali.
Abraçou o travesseiro que ainda tinha o cheiro dela e
não conseguia pegar no sono pensando em tudo que
precisava providenciar para a sua nova vida com Susan.
Adam assumiu a presidência e uma guerra velada foi
instaurada entre pai e filho.
Secretamente Adam preparava Susan para ser a novo
modelo da agência.
Sem o domínio obscuro do pai a agência crescia
rapidamente. O que levou Adam e Briana desconfiarem
que Fernand desviava dinheiro da empresa.
Embora, o desejo de Briana fosse vê-lo longe da sua
empresa as coisas não eram tão fáceis assim.
Ele implorou para permanecer em algum cargo de
diretoria na empresa. Briana lembrou-se dos dias difíceis
em que ele era um bom marido e em como amava aquela
empresa e o deixou em um cargo onde ele não faria tantos
estragos.
Agora Adam estaria de olho nele.
Briana o pediu gentilmente que ele retirasse suas
coisas da sua mansão. Logo ela trataria do divórcio.
Fernand estava desconsolado. Nunca imaginou que a
frágil Briana um dia o descartaria da sua vida.
Ela mostrou a ele tudo o que tinha sobre a sua vida
animadinha com prostitutas e modelos.
Ele amaldiçoou o fato de ter subestimado a esposa.
Não havia como negar. No entanto Fernand contava
que teria uma oportunidade de reverter aquele quadro com
a mulher.
Daria um tempo na sua vidinha de solteiro e nas
baladas.
Com o tempo conseguiria impedir aquela história de
divórcio.
Pensava muito em Susan, o desejo por ela era
implacável obcecado por ela maquinava um modo de tê-la
em seus braços novamente.
Não entendia como a garota sumiu tão rápido sem
deixar rastros. O protetor dela deveria ser muito rico
mesmo.
Jennifer apesar da bela surra que tomou de Fernand
não sabia mesmo sobre o cliente misterioso que tinha
comprado a garota.
No esconderijo em um lugar calmo e discreto o amor
dos dois só crescia.
O apartamento era mais que um esconderijo, era um
ninho de amor!
Adam tinha contato com excelentes cirurgiões em
outra cidade e preparou tudo para a pequena intervenção
estética no nariz de Susan.
Ela estava muito emocionada. Seu sonho se tornava
cada vez mais próximo da realidade.
O inglês de Susan melhorou muito com as aulas
particulares que Adam pagava para ela. Ela iria precisar
muito na sua nova etapa de vida.
— De volta ao lar doce lar, meu amor! E eu tenho uma
linda surpresa pra você! — Adam anunciou ao abrir a porta.
Flores lindas a aguardavam sobre a mesa, mas o que
se sobressaía mesmo era o delicioso cheiro de comida.
— Adam! Você estava lá comigo no hospital. Quem...
Não terminou a pergunta. Viu uma bela mulher
surgindo da cozinha com um avental. Reconheceu
imediatamente a mãe de Adam que só conhecia por fotos.
Ficou um pouco encabulada e surpresa.
— Adam me fala muito de você!
Quando me convidou para preparar o seu jantar de
boas-vindas à sua nova vida eu adorei a ideia!
— Eu... ele fala muito da senhora, também!
— Briana, minha querida! Me chame só de Briana. —
Falou sorrindo dirigindo-se para junto dos dois e os
abraçou.
— Fico muito feliz que meu filho esteja apaixonado por
uma garota tão especial.
Susan corou ligeiramente.
Briana tocou os braços dela de um modo carinhoso e a
avaliou por uns instantes. Era mesmo linda! Adam tinha
mesmo um olho muito bom para descobrir novos talentos.
Durante o jantar Briana pode perceber que havia
mesmo muito amor entre os dois.
Por um momento sentiu saudade dos tempos que
Fernand ainda era um jovem sonhador e apaixonado. Eles
tiveram uma história linda!
Era uma pena tudo terminar assim.
Adam sorriu para ela que sorriu de volta, saindo dos
seus devaneios nostálgicos.
— Essa mocinha vai precisar muito dos seus
conselhos, ela será uma modelo muito famosa com a
nossa assessoria!
— Sim! Eu vou amar rever meus tempos de quando
modelava.
Novamente colocou suas mãos entre as de Susan:
— Meu filho é um homem muito especial, querida! Ele
quando ama uma garota faz de tudo para que ela seja feliz
e realizada.
Susan sorriu. Era verdade! Em todos os sentidos.
Depois da amável conversa com Briana, Susan estava
bem animada e esperançosa de ser bem-sucedida na sua
profissão.
Quando Briana foi embora, Adam abraçou Susan pela
cintura e a carregou para o quarto.
Sentou-a na cama e se ajoelhou aos pés dela
retirando a sandália e subiu beijando as suas pernas.
Subiu ligeiramente a saia e beijou as coxas dela.
Susan suspirou imaginando o que viria a seguir. Retirou a
camiseta dele enquanto os beijos no meio das suas coxas
mostravam bem o destino que logo a língua de Adam
seguiria.
Ele desamarrou o laço lateral da calcinha dela.
Afundou o seu rosto ali sentindo o perfume do sexo
dela.
— Ah, Susan! Que gostosa!
Susan gemeu sob a língua dele.
— Oh, Adam amor, assim! — Susan gemeu enquanto
erguia o quadril para receber a deliciosa língua de Adam o
mais fundo possível.
Ele lubrificou os dedos na umidade abundante da
bocetinha de Susan e a penetrou por trás fazendo-a gemer
alto e rebolar forte nos seus dedos.
— Goza assim, para mim, Susan! — Adam ergueu um
pouco o rosto e a encarou.
— Sim meu amor! SIM! SIM! — Os gemidos de Susan
encheram a suíte.
Ela gozou com suas mãos segurando e acariciando os
cabelos de Adam.
Depois de refeita do orgasmo intenso ela terminou de
despir Adam!
— Segundo round, amor! Preparado?
— Preparadíssimo!
A viu descer beijando o seu corpo em direção à sua
barriga e quando ela colocou o seu rosto entre suas pernas
e começou a beijar o seu pau ele soltou um gemido cheio
de expectativa:
— Ah, Susan! Ah, meu amor! Que delícia!
Ela o olhou. Seus olhos semicerrados demonstravam o
quanto ele estava curtindo a sua performance.
Intensificou as chupadas e lambidas.
O ouviu avisar em completa entrega:
— Amor! Vou gozar! Vou...
Ela o sentiu gozando na sua boca. Ficou ali acolhendo
até a última gota.
Depois Adam a puxou para o seu abraço e sussurrou
no ouvido dela:
— Você me faz muito feliz!
— Você é que me faz tão feliz!
Estavam cansados, Adam a abraçou mais forte e
percebeu que ela estava adormecendo.
Beijou os cabelos dela e sonhava acordado com tudo
que ainda viveriam juntos.
Adam estava feliz com o belo resultado da nova
Susan.
Sob os cuidados de Briana ela se livrava da sua
timidez para desfilar.
Embora Briana não soubesse da história de ela ter
sido vendida, intuía que aquela garota tinha passado por
coisas bem difíceis na vida.
Ela não teve coragem de ter outros filhos depois de
Adam.
A perda dos gêmeos: uma menina e um menino a
devastou por muito tempo, até Adam nascer e trazer a luz
para o seu mundo escuro.
Briana sempre imaginou como seria sua vida se a sua
filha tivesse sobrevivido.
Agora estava ali cuidando de Susan e a amava como a
uma filha.
— Nervosa, para sua estreia como a nova modelo da
BSJ models, Susan? — Briana afagou as mãos de dela.
— Sim!
Na verdade Susan temia estar próximo de Fernand
novamente.
Sentia-se culpada por ter ficado com o homem.
Quando Briana soubesse de tudo a ainda amaria?
Briana sentia que Adam tinha um motivo para
esconder Susan.
Sentia que não era só uma questão de marketing,
percebia uma tristeza nos olhos de Susan.
Ela nunca falava nada sobre a família no Brasil ou
sobre o primo que a trouxera para o país.
Era estranho que ele tivesse sumido sem dar nenhuma
notícia.
Susan percebeu que Briana estava pensativa.
— Vai mesmo se divorciar do pai do Adam? —
Perguntou sem citar o nome de Fernand.
— Ele tem se mostrado diferente, parece estar se
esforçando para mudar. Ainda o amo! — Briana falou como
se aquilo fosse uma maldição da qual não conseguia se
livrar.
Susan assentiu. Fernand era um homem belo, era
inteligente e os dois formavam mesmo um lindo casal.
Pena que ele longe das câmeras e da publicidade se
tornava um demônio e só visava mesmo satisfazer a sua
luxúria desenfreada.
Briana mudou de assunto ao ver mais uma notícia
sobre a misteriosa modelo estrangeira que tinha
conquistado o coração do novo presidente BSJ models.
O dia da apresentação estava se aproximando,
haveria uma festa com representantes da moda e sites do
ramo.
A TV se faria presente no acontecimento do ano.
Susan preocupou-se.
Fernand estaria lá, a veria entrar triunfante de braços
dados com o Adam.
O jovem presidente que se revelou muito competente
e com uma grande visão empresarial e de marketing.
O nervosismo dela não escapou ao olhar de Briana.
— Sua mãe ficaria orgulhosa se soubesse que você
vai realizar o seu sonho!
O rosto de Susan se fechou e os seus pensamentos
se voltaram para as lembranças nada agradáveis da
relação com a mãe.
A mãe jamais a apoiou nos seus sonhos e ela saiu de
casa com o primo, ouvindo os gritos histéricos dela de que
não tinha mais uma filha!
— Oh, não! Ela nunca desejou que eu seguisse essa
carreira. — Falou tristemente.
Briana percebeu que ela não se sentia à vontade com
aquela conversa e encerrou aquele assunto.
Susan percebeu que Briana só queria saber mais
sobre a namorada do filho. Algo muito natural, mas aquele
assunto a feria muito.
O sumiço do primo a fazia imaginar que ele tinha sido
morto como queima de arquivo.
Por saber demais sobre o esquema criminoso e
desumano de madame Jennifer e seu comparsa Fernand.
Embora ele tivesse procurado por aquilo ao se
envolver com gente tão perigosa, não conseguia ficar feliz
com a sua suposta morte.
Eram os melhores amigos no Brasil. Até que a
ambição por uma vida melhor o levou para os Estados
Unidos.
Briana percebeu que Susan estava com o pensamento
longe, divagando.
Mais uma vez uma notou uma sombra de tristeza no
olhar da garota.
Achegou-se para junto dela.
— Susan, querida, não sei por que coisas terríveis
você passou na vida. Agora é um novo tempo. Você tem
uma família! Adam nunca esteve tão apaixonado por uma
garota assim antes!
Susan sentiu um aperto no coração sob o toque das
mãos amorosas de Briana. A mãe que bem que gostaria de
ter tido.
— Eu sei, Briana. Eu sou grata por tudo que vocês
estão fazendo por mim!
Uma lágrima escapou dos olhos de Susan.
— Ei, vamos parando com essa tristeza! Adam logo
chegará com o nosso jantar de comemoração pela véspera
da sua grande estreia como modelo. — Briana proferiu as
frases alegremente.
Enxugou as suas lagrimas de Susan com o polegar em
uma caricia afetuosa enquanto falava suavemente com ela.

Minutos depois Adam chegou lindo, com uma roupa


bem elegante e sorriu para as duas.
Percebeu que as duas estavam muito lindas e que
tinham se arrumado para o jantar.
— Nossa! Que as mulheres da minha vida são mesmo
um arraso! — Abraçou e beijou as duas mulheres depois
de colocar as sacolas com a comida sobre a mesa da sala
de jantar.
— Então, Susan, já viu o burburinho que está em torno
da misteriosa modelo estrangeira que roubou o coração do
CEO mais cobiçado de San Francisco? — Adam fez um ar
canastrão o que acabou fazendo as duas caírem na risada.
— Estão dizendo cada coisa louca sobre a gente,
Adam! — Susan sorriu e buscou o seu abraço.
Briana gostou bastante do fato de Fernand ter saído
da mansão sem criar maiores problemas. Se ele ainda
morasse lá seria bem difícil sair sem ele especular para
onde ela estava indo.
Era maravilhosa aquela sensação de família. Susan se
sentia em um ninho de amor rodeada e protegida por Adam
e Briana.
Ela e a mãe não tinham uma boa relação.
Amarga e depressiva, Karina era incapaz de atos de
carinho.
Quando o pai não aguentou e foi embora com uma
garota mais nova que era completamente apaixonada por
ele, a vida de Susan tornou-se um verdadeiro inferno!
Por esse motivo ela não teve muitos namorados e se
manteve virgem.
A felicidade amorosa das pessoas era como uma
ofensa mortal para desiludida Karina.
Passaram ao jantar. Tomaram um champanhe para
comemorar.
Briana tomou um gole simbólico.
Não utilizava os serviços do motorista quando ia para
o esconderijo de Adam e Susan.
Ao final do jantar e de agradáveis momentos juntos
Briana decidiu ir para casa. Eles foram acompanhá-la até a
porta.
A abraçaram com carinho na despedida.
Quando ficaram sozinhos Adam tomou coragem e
pediu a Susan para dançar para ele.
— Danço!
Ele respirou aliviado.
— Tive medo de que você me interpretasse mal!
— Vou dançar uma música da minha terra. Pode ser?
— Claro!
— Hum... essa roupa não é adequada. Me espere
aqui!
Foi até ao quarto e vasculhou suas roupas no armário.
Pegou uma saia bem curtinha, um top de renda e uma
minúscula calcinha de renda transparente.
Pegou o seu novo celular e selecionou um funk bem
erótico e foi ter com o Adam.
A batida da música era exótica e contagiante. Ele ficou
fascinado!
— Vai começar o show, meu bem! — Ela anunciou
fazendo uma cara de safada que deixou Adam maluco.
Ela rebolava cheia de tesão e ver como o pau do
Adam estava duro sob a calça liberava ainda mais sua
libido.
Depois ainda dançando começou a se despir
lentamente.
Adam não aguentava mais.
Começou a se despir também.
A puxou nuazinha para o seu colo. O bumbum dela se
esfregou no seu pau o fazendo gemer de tesão.
Ela já estava extremamente excitada.
Aquela dança a deixava louca de tesão.
— Espere. Vou buscar uma coisa no meu quarto.
Buscou preservativos e uma pomada lubrificante.
Tinha planos bem safados para aquela noite.
O encontrou de olhos semicerrados.
Ele puxou-a contra o seu corpo nu.
O beijo calmo se tornou intenso e erótico.
As mãos deslizavam pela pele macia dela a fazendo
gemer de tesão pela expectativa do que faria com Adam
naquela noite.
A boca de Adam buscou os seus seios e as mãos dela
desceram para o meio das pernas dele.
Ela pegou a mão dele besuntou os seus dedos na
pomada lubrificante e a puxou para o seu bumbum, o
arrastando junto com ela para o sofá.
Adam adorava quando ela se soltava assim,
abandonando o seu ar tímido e se revelando uma mulher
cheia de atitude. Penetrou-a com o dedo, ficou por ali
fazendo carinho e lubrificando o cuzinho apertadinho de
Susan e cheio de cuidados para não a machucar.
— Adam! Agora eu vou te ensinar o significado de "vai
sentar" da música que dancei para você.
Adam estava cheio de desejo por ela. Mal podia
esperar tudo que estava por vir.
Colocou o preservativo e subiu no colo dele brincando
com o membro duro dele no seu bumbum.
— Su! Tem certeza? — Adam tinha medo de machucá-
la.
— Sim! Agora eu vou sentar! — Anunciou no ouvido
dele o fazendo se arrepiar.
Com cuidado ela se fez penetrar sentada de frente
para Adam, no seu colo.
— Vem! Ela o puxou audaciosamente em um beijo
cheio de safadeza.
Adam sentiu que ela estava curtindo e começou a
estocar, sentindo um prazer intenso com a garota o
beijando enquanto ele metia cada vez mais forte!
— Su! — Ele gemeu em meio ao beijo.
— O Adam, amor! Como você fode gostoso!
Ele estocou bem fundo e parou por instantes a
fazendo gozar intensamente, então ele também gozou com
ela ainda gemendo em meio ao orgasmo que estremecia o
seu corpo.
Ficaram abraçados trocando carícias apaixonadas até
que o sono veio e o Adam a levou pela mão para o quarto
dela.
Adam não via a hora do segredo terminar e ele levar a
Susan para a sua casa.
Adam estava muito nervoso! A hora do confronto
estava chegando.
Sabia que o pai era falso e dissimulado.
Ele estava fingindo uma mudança para impressionar
Briana.
Adam sabia do grande amor que a mãe nutria por ele
e temia que ela caísse nas garras dele novamente.
Por sorte o posto que era quase de enfeite que Briana
dera a ele, não o permitia ter acesso às coisas que Adam
estava fazendo às escondidas.
Na reta final ele precisou se afastar de Susan.
Era um perigo os paparazzis descobrirem o
esconderijo dela.

Ficavam por horas conversando sobre os seus planos


futuros.
Algumas vezes a conversa esquentava, a temperatura
subia e acabavam fazendo amor por telefone.
— Su! Já sabe como irei comemorar a sua entrada
triunfal como modelo exclusiva da nossa agência. Vai ser
aqui nessa cama enorme, que vai ficar linda com o seu
corpo nu sobre ela!
— Credo, Adam! Parece um tarado. — Ela riu já se
sentindo excitada de imaginar o seu corpo sob o de Adam.
— Hum... falou a puritana, a que não gosta de falar
besteiras! Já fazer... — Ele riu alto.
Estava muito feliz com aquela garota que a cada dia
se revelava uma mulher intensa e apaixonada.
Ficaram por um bom tempo conversando besteiras.
Estavam apaixonados.
No dia da apresentação de Susan, Briana a levou para
um espaço de beleza em uma cidadezinha um pouco
afastada da deles.
Lá Susan poderia receber os cuidados de beleza para
estar maravilhosa para a sua entrada triunfal na cerimônia
daquela noite.
Briana aproveitou para receber também aqueles
cuidados de princesa que adorava.
O carro discreto alugado por Briana era uma estratégia
para passar despercebida e manter o anonimato de Susan.
Adam foi ao encontro das duas com a bela limusine
dirigida pelo fiel motorista da família, foi necessária muita
esperteza para se livrar dos paparazzis.
— Mãe, os otários estão seguindo o meu carro com
meu motorista da agência que saiu lá do meu prédio.
Acabei de sair aqui da sua casa, com o Alfred. — Adam
falou em meio à uma gargalhada.
Era um modo de aliviar a tensão do momento. Afinal
ele criara aquela situação e precisava mesmo dos
paparazzis. Só que Susan seria revelada no tempo dele e
não no da mídia afobada.
Alfred que era o fiel motorista de Briana e os
acompanhava há muitos anos, era discretíssimo.
Assim que chegou Adam entrou com o motorista no
estacionamento fechado do Espaço de Beleza. Avisou que
as esperava.
As viu vindo em direção ao carro e ficou extasiado com
a beleza de Susan!
O motorista se apressou em abrir a porta do carro.
— Meu Deus! Vocês estão lindas demais! — Adam
falou cheio de orgulho.
Briana sorriu enquanto ele dava um beijo no rosto dela
e se grudava na Susan em um abraço cheio de saudade.
Segurou as mãos dela que estavam geladas.
— Não tenha medo meu amor! A festa vai ser linda.
Uma festa à sua altura. — Adam a acariciou tentando
animá-la.
Sabia que ela temia Fernand. Ele também estava
preocupado.
A relação entre os dois que já era ruim, estava cada
vez pior com Adam à frente da agência.
Ele sabia bem quais eram os temores de Susan.
Por outro lado, Fernand estava se esforçando muito
para tentar reconquistar Briana, o que criou um sério
problema entre ele e a sócia amante, a Jennifer.
Os encontros estavam rareando e ela era muito
fissurada nele. Porém Jennifer jamais faria um escândalo,
não queria terminar como o ambicioso primo de Susan que
tentou chantagear Fernand.
Ninguém nunca encontraria o corpo do infeliz no fundo
daquele poço abandonado no meio da floresta.
Como ele fora ingênuo de ir ao encontro de Fernand,
um dos homens mais perigosos e frios que ela encontrara
na vida.
Fernand estava intragável depois de perder seus
poderes na empresa.
Ela também estava ansiosa para saber quem seria a
nova modelo da agência, suspirou aliviada, as notícias
davam conta que a nova modelo era a paixão do novo
presidente da BSJ models. O que significava que Fernand
não ficaria com ela como fazia com quase todas as
modelos que escolhia.
Seus pensamentos fervilhavam com a expectativa.
Uma raiva cega se apoderava da sua mente
perturbada ao imaginar que Briana estaria lá, linda sob o
olhar de Fernand que faria de tudo para reatar o
relacionamento com a ex-esposa antes que ela entrasse
com o pedido de divórcio!
Por um momento com a possibilidade do divórcio se
viu tomando o lugar dela.
Uma doce ilusão! Pelo contrário, Fernand estava se
afastando cada dia mais dela.
Adam, Briana e Susan estavam se aproximando da
agência e uma grande aglomeração de fotógrafos e
profissionais da mídia estavam à postos.
O motorista dirigiu bem devagar, instigando a
curiosidade dos presentes.
Porém manobrou e entrou na garagem do prédio da
agência.
Longe dos holofotes Adam desceu. Deu o braço para
as duas mulheres e foi em direção ao auditório que ainda
estava fechado para o público.
Briana deu uma última ajeitada no penteado de Susan.
Adam sorriu orgulhoso.
— Arrase, minha filha! É a sua vez de brilhar. — Briana
anunciou animada, relembrando seus velhos tempos de
modelo.
Adam e Susan foram para detrás da cortina e quando
Briana os anunciasse as cortinas se abririam e o mundo
conheceria Susan, a espetacular modelo da BSJ Models.
Briana fez um gesto para que os funcionários abrissem
as portas do auditório.
Se posicionou ao lado da cortina que logo se abriria e
sorriu para as pessoas curiosas pela apresentação de
Susan.
— Agora vocês irão conhecer a belíssima modelo
brasileira que fará parte da nossa equipe.
Devo lhes dizer que a doce e esforçada Susan
conquistou não apenas o coração do meu filho, mas o meu
também!
Fernand começou a suar, mesmo com ar ligado?
"Susan?” Pensou relembrando daquele nome
inesquecível.
Logo ele ligou os pontos.
Todo aquele ódio que Adam demonstrou no escritório
era uma farsa. Ele era o comprador de Susan.
Seus lábios tremeram de ódio.
As cortinas se abriram e Susan surgiu linda de braços
dados com Adam.
Foram recebidos com muitas palmas.
Adam sorriu para os presentes, respondeu perguntas e
pode perceber o pai os fuzilando com o olhar.
Quando percebeu que Adam o estava encarando
desfez a carranca e foi atrás de Briana que o recebeu com
simpatia.
— Desculpe, Fernand, termos o deixado de fora, mas
Adam queria surpreender o mercado da moda!
Fernand resmungou qualquer coisa e se afastou dela.
Ele não era mais o centro das atenções. Aquilo era ruim
para o seu ego tão inflado.
A festa foi maravilhosa!
No seu quarto Jennifer assistiu tudo e ficou pasma e
com raiva ao mesmo tempo. Aquela vadia estaria muito
perto de Fernand e ela sabia o quanto ele era obcecado
por ela!
Depois da linda festa eles estavam se preparando para
irem embora.
Fernand aproximou-se de Susan e a parabenizou.
Ficou ainda mais obcecado por ela. Ela era linda, mas
estava ainda mais deslumbrante!
Briana puxou Susan para fofocar sobre a noite.
Fernand aproveitou para provocar o Adam.
— Eu o entendo filho. Essa garota é gostosa pra
caralho. Eu tive sorte de ser o primeiro dela. Uma delícia
de virgem!
— Cale a sua boca nojenta, antes que eu esqueça
onde estamos e a arrebente! — Adam tentou controlar a
sua raiva e a sua voz.
Susan percebeu o clima entre os dois e chamou
Briana para se juntarem a eles.
Briana não notou o clima estranho que havia entre os
três.
— Briana, posso acompanhá-la até a nos... sua casa?
— Fernand se ofereceu cheio de segundas intenções.
Briana estava linda e ele ainda não conseguia aceitar
o fim do casamento.
— Melhor não. Você já andou bebendo muito hoje.
Não quero saber de confusões. Vou com o Adam! Me deixa
em casa filho?
— Claro!
Fernand se afastou, não sem antes lançar um olhar
irado em direção ao casal.
Adam tentou não transparecer as emoções ruins que a
discussão com pai causou nele.
Encaminhou as duas para o carro em silêncio.
Deixaram Briana em casa e foram para o apartamento
de Adam.
Quando entrou Susan foi surpreendida com as suas
malas e todas as suas coisas já na sala. E flores lindas
para recepcioná-la.
Adam a abraçou ainda na porta e fez um gesto lhe
desejando boas-vindas.
— Essa é a sua casa agora, meu amor!
— Oh, Adam! Estou tão feliz.
O beijou agradecida por tudo que ele significava para
ela.
Ficaram um bom tempo na sala conversando sobre a
noite incrível que tiveram na agência.
Adam levantou-se e lhe estendeu a mão.
— Vamos? A festa ainda nem começou ainda! —
Piscou para ela de um modo safado enquanto suas mãos
fortes acariciavam sua cintura lhe arrancando arrepios pela
antecipação do que a esperava quando entrasse na suíte
dele.
Adam a beijou e depois a foi empurrado para a suíte
com o seu corpo colado ao dela.
— Assim começa a sua nova vida, na sua nova casa.
— Adam!
Ela gemeu excitada quando Adam a colocou sentada
no seu colo.
Buscou os lábios dela em um beijo apaixonado.
Quando seus dedos deslizaram sobre vestido tomara
que caia o descendo quase até o umbigo ela jogou a
cabeça um pouco para trás e a boca de Adam tocou os
seus seios a fazendo gemer de tesão.
— Oh, Adam!
Ele ergueu um pouco o rosto e sorriu olhando para sua
mulher se abrindo para ele como uma linda flor.
Deitou-a sobre a cama e começou a despi-la.
A noite de amor só estava começando e não teria hora
para acabar.
O amor de Adam e Susan desabrochava e a despeito
de todas as fofocas em torno da nova modelo.
Ela possuía a graça e a beleza que conquistava o seu
espaço no mundo da moda.
Briana era uma mãe para Susan.
Amava ver como o seu filho era feliz junto daquela
garota.

Adam por algumas vezes tocava no assunto de


casamento e Susan sempre desconversava.
Sua infância difícil sem a presença do pai quando ele
partiu inesperadamente eram memórias marcantes na sua
mente.
As brigas rotineiras dos pais até chegarem à
separação a deixava muito cética se existiam amores que
duravam para sempre.
Andava pensando muito na mãe.
Agora poderia ajudá-la com um tratamento mais
eficiente para a depressão e a bipolaridade.
Tinha medo de ligar e ser rejeitada.
Estava pensativa na banheira em meio à espuma.
Começou a relembrar os momentos em que a mãe não
estava em crise e de como era linda e engraçada!
Entretanto, ela era uma incógnita. De uma hora para
outra seu humor mudava.
De olhos fechados começou a chorar.
Adam entrou na suíte e a viu chorando.
— Amor! — Jogou a pasta sobre a cama e retirou o
terno indo na direção dela.
Susan o olhou e secou as lágrimas com o dorso da
mão, respirou fundo para espantar o choro.
— Oi, lindo! Essa água está uma delícia. Entra aqui.
Adam estava preocupado com ela, mas a visão dela
nua coberta por espumas nas partes estratégicas o deixou
maluco de desejo.
Porém, Adam, sabia que Susan estava triste.
Despiu-se e entrou na banheira a puxando para o seu
colo.
— Su, meu pai te importunou novamente? — Adam
indagou, lembrando-se do modo como o pai olhava para
Susan. Parecia que iria devorá-la.
— Não. Ele está de caso com uma das secretárias.
Desistiu de bancar o bom moço para tentar conquistar
Briana. — Ela sorriu.
Briana se envolveu mesmo com a empresa e estava
faltando muito pouco para tirá-lo definitivamente de lá.
Estava tomando pé da situação e logo assumiria um
cargo novo direcionado ao aprimoramento das modelos.
Todas a amavam.
Algumas garotas não gostavam nada do modo como
Fernand as olhava. Com Briana elas se sentiam muito
bem.
Adam beijou os cabelos dela e sem que ela estivesse
esperando a virou de costas na banheira subindo sobre ela
que se debatia sob o corpo dele, rindo.
Susan podia sentir Adam ficando bem animadinho lá
embaixo.
— Amor! — Ela cochichou lânguida e sexy no ouvido
dele sentindo-o se arrepiar ao seu contato.
— Hum...
— Quero dançar para você hoje!
— Adoro ver você dançar!
Ele a beijou cheio de segundas intenções.
— Depois da minha dança, está bem? — Ela pediu
afastando-se um pouco do corpo dele.
Ele a puxou de volta e a fez encará-lo.
— Por que você estava chorando?
— Sabe, Adam, sua mãe é tão boa para mim. Tão
equilibrada e linda. Às vezes ela lembra um pouco a minha
mãe quando não estava em crise.
Adam a ficou ouvindo emocionado.
— Vamos lá vê-la, então. Acho que ela sente saudade
de você.
Suas mãos deslizavam pelos braços de Susan em um
afago protetor.
— Ai, Adam, a gente brigou feio quando decidi vir
tentar uma vida nova em outro país.
— Liga pra ela, amor! Se você não fizer isso, nunca vai
saber.
Susan olhou nos olhos de Adam. O que ela via ali era
amor e era lindo!
Deu um beijinho nele e saiu da banheira vestindo o
roupão.
— Fique aí, só venha quando eu chamar!
Andam piscou para ela. Ele sabia que logo ele a veria
dançando graciosa e sensualmente desmentindo o seu
aparente ar de timidez.
Minutos depois Susan bateu palmas o convidando
para ir ao encontro dela.
Susan vestia uma minissaia de babados e um top com
um delicado bordado que formavam flores.
A música começou a tocar e Adam ficou extasiado
com a beleza e desenvoltura dela dançando uma música
que ele sabia que era um samba. Susan já tinha dançado
aquele ritmo outro dia.
Embora ele estivesse dançando lindamente, a
expressão alegre e sexy dela se misturava a uma tristeza
que ela tentava esconder.
Embora estivesse tremendamente excitado com a
performance de Susan ao terminar a dança ele a puxou
para o seu colo e a abraçou bem forte. Em outro momento
ele a puxaria e já iria tirando as suas roupas, cheio de más
intenções.
— Amanhã você vai ligar para a sua mãe. Você não
pode ter medo de mostrar para ela o seu amor.
Susan assentiu.
Chorou no ombro dele.
Adam era um príncipe daqueles dos livros que ela
achava lindo.
Ele a deitou no seu colo e ficou fazendo carinho nos
cabelos dela. Abaixou-se e a beijou.
Beijo Ela correspondeu ao mais intensidade o
mostrando que tudo o que precisava naquele momento era
sentir o seu corpo sobre ela, ele se fundindo dentro dela
fazendo-a saber que eram um!
Deslizou o roupão dele pelos ombros e o despiu, pode
contemplar a nudez estonteante de Adam.
— Hum... Adam, como você é lindo! — Fez um ar de
safada mordendo o lábio inferior.
Adam sorriu e a deitou sobre a cama. Começou a
despi-la.
Sua boca, língua e dentes explorava cada parte do
corpo de Susan a fazendo gemer de prazer.
Adam desceu para o meio das pernas dela, abriu-as
com delicadeza e por uns segundos ficou admirando
aquela bocetinha pronta para sua boca e a sua língua.
Quando ele deu um beijo estalado e começou a
chupá-la, Susan mudou a posição de modo que a sua boca
alcançasse o pau duro de Adam.
Adam com o rosto enterrado no meio das pernas de
Susan sentiu a boca quente de dela começar a lamber o
seu pau. Gemeu já antevendo o que aconteceria dali pra
frente.
O vai e vem cadenciado dos dois os levava a um
prazer indescritível.
Susan continuou a chupar o pau de Adam que metia
sua língua bem fundo.

Ela rebolava de modo a senti-lo preencher a sua


bocetinha pulsando por ele.
Seus corações batiam acelerados e a respiração se
tornou ofegante.
Estavam prestes a gozarem, mas ainda se seguravam
porque era muito bom o contato de suas bocas famintas
naquele momento de intenso prazer.
— Oh, Adam amor! — Susan gemeu. Sua língua
explorava a cabeça do pau de Adam. O engoliu mais uma
vez e Adam intensificou as estocadas da sua língua na
bocetinha dela.
Começou a se movimentar na boca de Susan. Estava
louco de desejo.
— Su! Oh, amor! — Gemeu quando o seu orgasmo se
iniciou.
Susan rebolava alucinada na sua língua.
Era fantástico gozar assim, com Adam gozando na sua
boca.
Muito tempo depois Susan estava deitada sobre o
peito de Adam ouvindo as batidas do seu coração.
— Você tem razão, amor! Se eu não falar com a minha
mãe nunca vou saber o que ela pensa.
— Isso! Pode contar comigo.
Adam deu um beijinho no topo da cabeça dela.
Alguns minutos depois Susan adormeceu sobre o seu
peito.
Adam a tirou com cuidado e a colocou no travesseiro
dela.
Ficou por uns minutos apreciando na iluminação suave
do quarto a bela figura de Susan com os seus cabelos
espalhados sobre o travesseiro.
Deu um beijinho nos lábios dela e sussurrou:
— Eu te amo, princesa!
A abraçou e ficou pensando que era mesmo um cara
de muita sorte!
Adam segurava a correspondência entre os dedos
com um misto de alegria e preocupação.
Olhou novamente o que estava escrito. Era um
negócio imperdível!
Ele teria que fazer uma viagem curta para assinar
alguns papéis e dar prosseguimento a negociação.
Adam preocupou-se imediatamente com o fato de que
teria que deixar Susan sozinha à mercê de Fernand.
Era inegável que ele só esperava uma oportunidade
para se vingar da garota. Os olhares lascivos dele sobre
ela quando se encontravam não deixavam dúvidas do que
ele faria se conseguisse pegá-la sozinha.
Susan provavelmente estava no meio de um ensaio
para o desfile da coleção de verão.
Adam não resistiu às lembranças da garota dançando
para ele. Do seu gingado que o fazia ficar em brasas.
Fechou os olhos por um instante tomado pelas
lembranças de Susan.
Despertou dos seus devaneios e providenciou logo de
ligar para Susan.
— Vou precisar ir em casa. Vamos comigo?
Compramos o nosso almoço e almoçamos lá. —
Pediu, omitindo o fato de que tinha uma surpresa para lhe
contar.
— Oh, sim! Claro. — Susan respondeu animada.
Desligou e pegou a sua bolsa se despedindo do
instrutor e das meninas atirando-lhes beijinhos.
Quando ela saiu as meninas riram se cutucando.
— Ser a modelo principal assim é fácil! Comidinha do
presidente. — Lara a amante do Fernand destilava todo o
seu veneno.
Clare soltou uma gargalhada debochada.
— Pior é uma modelo aí que é comida do sub, sub,
subdiretor do que mesmo, Lara?
Robert gargalhou. Aquele duelo de najas era mesmo
um show à parte.
Tentou voltar ao seu jeito sério e profissional e
ordenou:
— Vamos dispersando que preciso ver as fotos da
Susan. É difícil de escolher. Em todas ela fica uma deusa
— Alfinetou as duas um pouco mais.
Elas saíram fofocando sobre a vida de Susan que elas
invejavam muito.
Susan deu um azar de cruzar com o Fernand no
corredor.
Desviou o olhar e tentou se afastar dele.
Ele olhou para os lados e viu que não vinha ninguém e
se aproximou rapidamente dela.
— Susan, querida, por que a pressa meu anjo? — Fez
uma barreira a impedindo de prosseguir.
— Fernand... — Ela balbuciou ainda tentando forçar a
passagem.
Fernand aproximou o seu rosto bem perto do dela e
ela pode ver o ódio faiscando nos olhos dele.
— Um dia destes Adam, vai se cansar do brinquedinho
que comprou e eu estarei aqui para cuidar da sua dor! —
Falou, destilando o seu veneno para entristecê-la.
Susan chorou e pediu que ele a deixasse passar.
Ele se afastou mais por medo de ser pego assediando
uma modelo.
Todos os olhares estavam sobre ele agora e perder a
diretoria de enfeite que tinha na empresa seria um passo
para a derrocada final.
Briana o vinha aporrinhando com a história de divórcio
que ele não assinava. Fernand ainda pensava em um jeito
de virar o jogo ao seu favor.
Susan chegou à porta do escritório de Adam e
enxugou as lágrimas antes de entrar.
Ele percebeu que ela tinha chorado.
— Problemas de novo com as modelos novatas,
amor? — Acercou-se dela a puxando em um abraço.
Era um pouco por aquilo também, mas Susan não
queria saber de confusão com ninguém.
— Deixa pra lá, amor! Elas pensam que só estou lá no
posto de modelo número um por que durmo com o
presidente. — Ela falou de modo displicente. Mas o que a
machucou mesmo foram as palavras de Fernand:
" — Um dia destes Adam, vai se cansar do
brinquedinho que comprou e eu estarei aqui para cuidar da
sua dor!"
Adam sentou-a sobre a sua perna e começou a contar
da viagem.
Novamente ele percebeu uma tristeza nos olhos dela.
— Volto amanhã à noite. Não vou demorar! Se você
não tivesse prova de roupas para o desfile eu a levaria
comigo. Quer transferir a prova para outro dia? — Ele
indagou.
— Não! Eu ficarei bem. — Ela o tranquilizou.
— Por uma questão de precaução vá para a casa da
minha mãe quando me deixar no aeroporto. Certo?
— Sim.
Adam a pegou de surpresa com uma pergunta
desconcertante:
— Meu pai ainda a importuna, amor? — Suas mãos
acariciaram os braços dela de um modo confortador.
Susan tentou desconversar, odiava mentir para Adam,
mas temia o confronto entre os dois.
— Não me importuna mais.
— Você não me esconderia isso. Certo?
— Não.
Adam passou o braço em torno da cintura dela e a
direcionou para a saída. Antes de saírem a beijou
apaixonadamente.
Todas as palavras torpes de Fernand sumiram da
mente dela.
Adam a amava! Ela sabia. Ela sentia.
Depois de almoçarem, Adam a levou para o quarto
ficou na lá na cama abraçado com ela.
Queria muito resolver os seus problemas familiares,
percebia muitas vezes uma sombra de tristeza no olhar
dela.
Naquele momento a tristeza de Susan estava
relacionada às palavras maldosas de Fernand, mas ele não
sabia.
Susan o puxou para ela e o beijou.
— Adam, você ainda se sente feliz comigo como nos
primeiros dias?
— Ainda mais! Hoje é uma coisa carregada de emoção
e sentimentos bons. O nosso começo não foi dos
melhores. Mas eu já gostava de você. Só a raiva que me
cegava!
Adam a beijou calmamente e depois com uma doce
intensidade.
Quando começou a despi-la ela o alertou:
— Amor, você ainda tem que arrumar a sua mala!
Ele riu:
— Não sou você que precisa levar tantas coisas para
uma viagem!
A deitou sobre a cama a prendendo contra o seu corpo
— Adam! — Ela protestou fracamente quando o viu
deixando-a nua e se despindo também.
Susan ainda estava se refazendo do prazer que Adam
a fez sentir mais uma vez, com a cabeça repousando no
colo dele.
De olhos fechados sentiu Adam parar de acariciar os
seus cabelos e a voz rouca e emocionada dele soar nos
seus ouvidos.
— Amor, não dê ouvidos ao meu pai. Ele só quer
destruir o nosso amor. Confia em mim?
Susan lembrou-se das palavras de Fernand, demorou
um pouco para responder e finalmente falou:
— Eu sei meu amor. Eu sei!
À tarde eles voltaram para a agência.
Quando chegou a hora de Adam viajar Susan ficou um
pouco triste.
Foi a sala dele para buscá-lo. Felizmente não esbarrou
com Fernand novamente.
No escritório depois de beijos e carícias ternas Adam
colocou para fora os seus temores.
— Amor quero que fique com a minha mãe porque lá
você vai estar em segurança. Ela já está avisada. Entende
isso, não é?
Não terei sossego lá se te imaginar sozinha na no
nosso apartamento.
Ela assentiu. Era melhor mesmo.
Adam pegou a mala:
— Vamos, então?
— Sim.
Susan o seguiu.
Se apressaram em direção ao elevador.
Quando a porta abriu, Fernand os viu e sorriu
falsamente para os dois.
Olhou a mala na mão de Adam e deduziu que ele iria
viajar.
Depois de olhar para Susan de modo acintoso, se
dirigiu a Adam:
— Vocês me colocaram mesmo para escanteio! Vai
viajar e eu nem sabia.
— É. Escolhas suas, né paizinho! Poderíamos estar
trabalhando juntos numa excelente parceria. Porque você é
bom no que faz, mas... — deixou as palavras no ar.
Um silêncio pesado pairava entre eles.
Assim que Susan foi em direção ao carro dela ele os
aguardou saírem.
Pegou o carro dele e entrou por outra rua em direção
ao aeroporto. O jogo estava virando ao seu favor.
Sem Adam por perto, Susan iria dançar para ele em
todos os sentidos possíveis!
Alheia ao perigo Susan dirigia tentando pensar que
seria só uma noite e uma parte do dia sem o Adam e que
tudo terminaria bem.
O que poderia lhe acontecer?
Susan desceu do carro e se dirigiu com o Adam em
direção ao portão de embarque. Então percebeu Briana
acenando para eles.
— Olha amor, sua mãe veio!
Os dois sorriram e foram caminhando em direção a
ela.
A abraçaram felizes.
— Ah, deixei a Nicole para receber os clientes e vim
despedir do meu filhote!
Eles riram do modo dramático que ela fez para se
referir ao Adam como se ele ainda fosse um garotinho.
Permaneceram conversando por alguns minutos até
que chegou a hora de Adam embarcar.

Susan ficou olhando o avião levantando voo e


percebeu o quanto ela e Adam eram grudados, já estava
sentindo falta dele.
Briana sorriu para ela e estendeu-lhe a mão.
— Vamos querida! O Alfred leva o seu carro para o
prédio do Adam e nós duas vamos sair para jantar. Depois
iremos para casa.
Fernand achou melhor esperar Susan sair do
estacionamento do aeroporto, se o visse poderia criar uma
grande confusão e estragar os seus planos.
Lá no estacionamento Briana e Susan entraram no
carro dela e o Alfred foi levar o carro de Susan para o
prédio do Adam.
Fernand viu o carro saindo e começou a segui-lo.
Imaginava os mil modos que se divertiria com Susan.
Ah, ele a mataria talvez em meio um dos orgasmos
dos muitos que teria com ela.
No porta-malas havia muitos instrumentos de tortura.
Seria uma longa noite de prazer e uma deliciosa vingança!
Aqueles pensamentos o animavam muito.
Precisava fechá-la em rua menos movimentada. A
desacordaria com um produto e a levaria para o
esconderijo na floresta.
Jennifer os esperava lá pronta para se divertir muito
com o que ele faria na garota, que ela odiava com todas as
suas forças.
Era chegado o momento de colocar um fim à
perseguição.
O carro entrou por uma via menos movimentada e
Fernand colou nele o forçando a sair da estrada.
Para surpresa de Fernand que não imaginava que
Susan pudesse ser tão boa numa direção defensiva, o
carro conseguiu se sair muito bem do seu ataque.
Fernand não desistiu.
— O filho da puta do Adam andou ensinando muitas
coisas para essa cadela.
Só que eu não desisto fácil de nada! — Berrou com
ódio mortal.
Continuou a perseguir o carro, tentando obrigá-lo a ir
para um lugar mais deserto.
Alfred tentava manter a calma, mas algo dizia que
quem o estava perseguindo iria matá-lo se o pegasse.
A caçada terminou quando o pneu do carro do Alfred
estourou o fazendo perder a direção e sair da estrada.
Ele tinha batido a cabeça e sangrava.
Fernand aproximou-se quando Alfred tentava sair do
carro.
Duas coisas martelavam a sua mente: A Susan o tinha
enganado mais uma vez e o Alfred não podia continuar
vivo!
— Calma, Alfred. Sou eu. Está tudo bem!
Alfred sentiu um súbito pavor tomar conta do seu ser, o
que o paralisou por uns instantes na tarefa de se livrar do
cinto de segurança. Viu Fernand se aproximar e em
silêncio começou a apertar o cinto em volto do pescoço
dele. Alfred se debateu por uns minutos e depois ficou
quieto.
Fernand estava com o coração a mil! Não podia
perder tempo.
Pensou em colocar fogo no carro, mas seria algo que
chamaria a imediata atenção da polícia e dos bombeiros.
Conhecia bem aquela área. Só precisava empurrar o
carro um pouco mais e o lançar pelo despenhadeiro.
Fernand agiu rapidamente e empurrou o carro para o
despenhadeiro.
Saiu rápido do local.
Seu ódio só crescia. O dia que pegasse Susan iria
fodê-la no pior sentido da palavra.
Alfred que tinha se fingido de morto e sentia que
escapou por um triz. Com a respiração voltando, o medo
da morte e a adrenalina o fez agir com rapidez para salvar
a própria vida.
Conseguiu se desvencilhar do cinto e sabia que tão
logo o carro saísse dos arbustos ele ganharia uma
velocidade imensa e só pararia no rio.
Ele com certeza não sobreviveria.
Com muito medo saltou do carro tentando se agarrar
aos arbustos.
Ainda trêmulo ouviu o carro caindo no rio.
Apalpou o bolso e percebeu que ainda estava com o
celular.
A certeza de que Fernand estava perseguindo o carro
pensando que era Susan na direção veio na mente dele.
Pegou o celular e ligou para Briana.
Ela atendeu e ele explicou sobre o "acidente" pediu
que elas fossem para casa e não falassem para ninguém
da ligação dele. Pediu para falar com a Susan.
— Senhora, posso falar com a Susan?
Briana passou o celular para ela.
— Senhorita Susan, preste atenção! Sua vida corre
perigo. O senhor Fernand me seguiu e tentou me matar.
Ele pensou que era você na direção. — Procurou ser o
mais objetivo possível e transmitir calma nas suas
palavras.
Era notória a rivalidade de Adam e Fernand em
relação a Susan. Só a patroa ainda não tinha percebido
aquilo.
Susan não conseguiu disfarçar o tremor nas mãos ao
entregar o celular.
— Ele pediu para mantermos segredo do que
aconteceu por enquanto. — A voz de Susan denotava o
pavor que aquela notícia lhe trazia.
O pior era que não podia contar para Briana que
conheceu Fernand antes e como.
— Su, está me escondendo alguma coisa? — Briana a
encarou preocupada.
Susan desviou o olhar e só disse que o ocorrido não
foi um acidente.
Que uma pessoa estava atrás dela e pensou que era
ela dirigindo.
— Temos que ir à polícia!
— Não! — Susan alterou a voz em desespero.
— Mas... — Briana tentou demovê-la.
— A vida do Alfred vai correr perigo. O... perseguidor
não está de brincadeira. Vamos embora? — Implorou, com
medo de que Fernand as encontrasse.
Susan queria sair logo dali e ficar em segurança.
— Vamos, então.
Briana pediu a conta.
Já no carro ela dirigiu apressadamente, sentia uma
ameaça no ar e a pior coisa era aquela sensação de que
havia algum segredo grave que Susan ainda não confiava
nela para contar.
Quando chegaram em casa ela foi com Susan até o
quarto que ela ocuparia.
A abraçou carinhosamente e pediu:
— Filha, quando você se sentir pronta me conte o que
a atormenta. Sinto que não se trata de um mero
sequestrador.
Susan chorou. Teve medo de perder o amor dela
quando ela descobrisse quem era o seu perseguidor e
como ela o conheceu.
— Sim, Briana, eu prometo!
Briana afagou as mãos dela. Percebeu que Susan
queria ficar sozinha e se despediu com um abraço
confortador.
Susan chorou ao pensar que Fernand nunca a deixaria
em paz.
O celular dela tocou a fazendo sobressaltar-se.
Olhou a tela e a tensão do rosto se desfez ao ver que
era Adam.
Susan omitiu o acidente, pois era perigoso ele pegar
um avião e vir atrás do pai.
Desligou e ficou pensando em tudo que estava lhe
acontecendo.
Quando teria paz em sua vida?
Fernand foi ao encontro de Jennifer e contou o
ocorrido. Ela ficou furiosa!
— Por que você não se contenta com as putas
disponíveis Fernand? Olha para você, cada vez se
enterrando mais por causa dessa vadia!
— Cale a sua boca! Eu não poderia adivinhar que a
vadia não estava no carro. Podia?
Ele a segurou pelos cabelos a colocando de costas
contra a parede.
Estava excitado por causa da Susan.
— Fernand...
— Vou só te ensinar a não duvidar da minha
capacidade, vadia.
Ela gemeu excitada.
— Vem me ensinar uma lição, gostoso.
Fernand nem mesmo a despiu, nem a si mesmo.
A colocou sentada sobre uma mesa e abriu a calça a
fazendo ver como ele estava duro. Não era por ela, sabia
bem. Mas o que importava?
Fernand colocou a minúscula calcinha dela para o lado
e a penetrou, com fúria e durante todo o ato gritava o nome
de Susan no ouvido dela.
"Um dia eu mesmo arrancarei os olhos dessa
vagabunda com as minhas próprias mãos", ela pensava
enquanto era furiosamente fodida por Fernand que mais
uma vez a levaria a um orgasmo avassalador.
Depois de gozarem, ela foi toda carinhosa acariciar
Fernand que a afastou grosseiramente.
Ela odiava ser uma submissa dele. Mas era o único
homem que ela amou de verdade.
Se afastou dele e foi acender um cigarro.
— É melhor irmos embora daqui. Ainda pegaremos a
sua putinha no momento certo.
Fernand concordou. Se o descobrissem ele estaria
verdadeiramente encrencado.
Mas o cara estava morto.
Os mortos não falam nada!
Riu pensando na cara do Alfred ao vê-lo.
Aquela garota tinha mesmo muita sorte. Se ele a
pegasse ela iria implorar para morrer.
Alfred desligou o celular e ficou pensando nas
próximas providências a tomar. Ainda estava cansado e o
pescoço doía pela tentativa covarde de assassinato por
parte de Fernand.
Não queria envolver mais ninguém naquela confusão,
mas precisava de ajuda.
Ligou o celular novamente.
Tinha que ser rápido e objetivo.
No terceiro toque o filho atendeu.
— Marc, meu filho preste atenção: sofri um acidente!
— Mentiu.
O rapaz se desesperou:
— Está ferido? Está no hospital?
— Não. O carro saiu da estrada e caiu em um
precipício. Eu consegui pular antes.
Alfred olhou à sua volta e o orientou quanto à sua
localização.
— Eu estou próximo a bifurcação entre a floresta e a
estrada. Acha que consegue chegar aqui em quanto
tempo?
Marc confirmou a hora no celular e estimou que estaria
lá em vinte minutos.
— Filho, vou continuar caminhando pelo mato. Preciso
desligar o celular. Daqui há vinte minutos ligo novamente
para que você possa me localizar com exatidão.
— Pai, você está bem mesmo?
— Um pouco cansado e com algumas escoriações,
mas não vou morrer não. — Forçou uma risada para
tranquilizá-lo.
Desligou o celular e ficou pensando que se tivesse
continuado a se debater Fernand o mataria. A ideia de se
fazer de morto foi genial!
Esperava que Fernand o deixasse lá no carro. Mas
Fernand não era nenhum amador.
Os momentos de pânico ao perceber o que Fernand
faria quando começou a empurrar o carro em direção ao
precipício voltaram a sua mente.
Precisava sair daquela área o mais rápido possível.
Não era nada difícil Fernand voltar para conferir o serviço.
Algum tempo depois Marc surgiu na estrada. Alfred
saiu do esconderijo e o carro parou junto dele.
Ele entrou rapidamente. Ainda estava apavorado.
— Pai! Meu Deus tem certeza de que está bem?
— Estou sim. Estou vivo! Agora dirija o mais rápido
que puder.
Marc começou a dirigir.
— Não me leve para casa filho! É uma longa história
que prometo contar-lhe assim que tudo isso passar. —
Pediu com a sua voz arrastada pelo cansaço das últimas
emoções.
Marc tentou saber mais alguma coisa, mas o pai temia
pela vida dele caso tentasse fazer algo com a informação e
omitiu-lhe a verdade.
— Para onde vamos então, pai?
— Me leve para casa da minha mãe. A cidade é
tranquila e discreta. Posso dizer que estou de férias e que
preciso de um lugar tranquilo para relaxar.
Marc ainda estava muito curioso com todo aquele
mistério envolvendo o "acidente" do pai. Resolveu respeitar
o silêncio dele e pegou a estrada para Idyllwild a charmosa
e tranquila cidade onde a avó residia.
Alfred aproveitou para colocar o celular para carregar
um pouco. Precisava passar instruções para Adam e
Susan pela manhã.
Lembrou-se que Adam só retornaria à tarde. Fechou
os olhos e a fúria de Fernand voltou à sua mente.
Susan estava lutando com um inimigo extremamente
perigoso e frio.
Sabia que Fernand o daria por morto até a polícia ir
averiguar o sumiço dele e anunciar que não havia corpo.
Dificilmente Fernand o procuraria lá na casa da mãe
dele.
Era notório o fato que os dois não se falavam há mais
de cinco anos.
Uma briga pela guarda do filho.
Alfred queria que o filho tivesse oportunidades de
estudo e que conhecesse o mundo lá fora.
Ela era muito agarrada ao neto. O criou desde que a
esposa de Alfred faleceu com um câncer agressivo no
cérebro.
Alfred lembrava-se bem da expressão de dor na face
dela. Mas ele queria que o filho tivesse um futuro e uma
vida bem melhor que a sua.
Tais pensamentos fizeram as lágrimas descerem pelo
seu rosto.
Marc sabia que para ele estar indo atrás da avó,
estava mesmo precisando de muito apoio.
— Será como ela vai me receber? — Abriu os olhos
olhando para o filho que dirigia bem concentrado.
— Vai recebê-lo bem. A vovó acabou entendendo que
você só fez o que um pai faria por um filho. Ela elogia muito
o fato que eu nunca ter sido ausente com ela e o vovô. Era
o temor dela, pai. Temia que eu os esquecesse.
Alfred sorriu. Não o seu Marc o cara mais amoroso e
grato que existia no mundo.
O sol estava nascendo e eles a já avistavam a cidade.
Quando chegaram à casa de Mary, viram que embora
cedo algumas luzes na casa demonstravam que ela já
estava de pé.
Provavelmente na cozinha preparando um maravilhoso
café da manhã como sempre.
Marc tinha o controle do portão e o abriu. Mary ouviu o
barulho do carro entrando e foi até a varanda para recebê-
lo com um abraço apertado.
O vidro escuro não a deixava ver que ele não estava
sozinho.
Ele desceu e a abraçou. Depois sussurrou em um tom
de segredo:
— Trouxe uma visita para você. Promete ser amável
com ele, vó? — Ele pediu olhando a avó com ternura
apontando para o pai que se preparava para descer.
— Então o ingrato do meu filho está aí! — Falou alto e
provocativamente.
Marc reprimiu uma risada. Aqueles dois eram uns
cabeças duras!
Alfred saiu do carro um pouco sem jeito.
Mary sentiu uma emoção muito forte em rever o filho
depois de cinco longos anos de saudade.
Alfred ficou parado esperando a reação dela.
Ela se aproximou lentamente dele e pediu um abraço.
Lágrimas molhavam a face de ambos. Era alentador
aquele abraço depois de anos de uma briga sem sentido.
Se separaram do abraço e ela os chamou para entrar.
— Sabe a coincidência do destino? Acabei de fazer
aquele bolo de milho com calda cremosa que você ama
meu filho! Parece até que estava te esperando.
Eles riram da coincidência.
Encontraram o avô saindo da suíte, de pijama.
— Oh, vou ali colocar uma roupa! Que surpresa boa
meus filhos.
Mary sorriu para ele. Ele era cheio de formalidades.
Depois do café Alfred contou uma história sobre andar
estressado e que Briana lhe dera uns dias extras de férias
antecipadas.
Olhou para Marc que continuou calado.
— Mas... você não trouxe nada?
— Ah, não! Quero comprar coisas novas, renovar
sabe? — Mentiu.
— Está muito abatido. E essas escoriações? — Robert
perguntou ao filho.
— Ah, uma discussão boba com um motorista bêbado.
Eu tive que me defender!
Parecia que a história os estava convencendo.
Não fizeram mais perguntas.
Marc estava voltando para San Francisco depois de se
despedir dos avós.
Alfred o seguiu até o carro.
— Eu prometo filho, que logo você saberá de toda a
história.
Obrigada por me ajudar.
Se despediram com um abraço forte. No seu íntimo
Marc sentia que o pai estava atravessando um momento
bem dramático na sua vida.
Adam ligou para Susan logo pela manhã.
— Sonhei com você! — Ele brincou.
Susan não riu, o que o fez perceber que algo estava
errado.
— Adam, eu preciso te falar uma coisa grave, mas por
favor mantenha a calma! — Ela tentou suavizar a bomba
que iria jogar no colo do Adam nos próximos segundos.
— Fale logo amor! Está me assustando.
Susan contou a história da tentativa de sequestro e de
como Fernand seguiu o carro dela dirigido por Alfred e que
ao perceber que era Alfred ao volante o lançou no
precipício dentro do carro.
— Eu vou voltar agora!
— Não, Adam! Ele precisa pensar que não sabemos
de nada. — Ela pediu aflita.
Adam estava trêmulo devido ao ódio que o tomou.
— A prova de roupas... ai meu Deus! Você não pode
ficar sozinha com ele!
— Briana vai adiar. A convenci que seria bom você
estar aqui para opinar.
— Minha mãe sabe?
— Não! Ela pensa que o Alfred teve um acidente.
Sabe que alguém estava atrás de mim.
Adam ainda pensava se não seria melhor ele retornar
imediatamente.
Mas o pedido de Susan era sensato. O pai não podia
perceber que eles sabiam do ataque que por pouco tirou a
vida do Alfred.
— Su, me perdoe. Eu não tinha noção do quão
perverso o meu pai é. — A voz dele saiu embargada pelas
lágrimas que tentava segurar.
— Adam eu te amo! E os filhos não têm culpa do mau
caráter dos pais.
Despediram-se renovando as suas promessas de
amor.
Adam agora tinha muita pressa de assinar o contrato e
voltar para junto de Susan e a sua mãe.
Elas precisavam dele. Ele precisava delas, eram suas
joias preciosas. Os seus amores.
Adam retornou da viagem e foi direto para a casa de
Briana. Estava louco de saudades da Susan, mas preferiu
que ela só soubesse da chegada dele quando a
encontrasse.
Briana ainda sem entender bem a situação havia
comunicado o desaparecimento do seu motorista com o
carro da nora.
Ela não gostava de mentir e disse que estava
emocionalmente abalada e quando o filho chegasse iriam a
delegacia.
Olhou para Susan que pela cara não havia dormido
nada durante à noite.
Ela também não havia pregado o olho.
— Susan querida, tem ideia de quem possa ser o seu
perseguidor? — Perguntou curiosa e preocupada.
Susan quase se engasgou com o café que tinha
acabado de colocar na boca.
Odiava mentir para Briana. Não tinha culpa do
envolvimento com Fernand, mas todas as vezes que
Briana a tratava como uma filha querida ela se quebrava
um pouco por dentro.
Desconversou. Levantou alguma teoria de algum fã
maníaco e desequilibrada. Briana tentou entender, mas a
história era muito esquisita.
Briana não era tão inocente assim. Pensou várias
coisas: um ex-namorado enciumado?
Supôs muitas coisas, menos a verdade, é claro.
Adam desceu apressadamente do táxi assim que
chegou à casa da mãe. Em outra situação o Alfred o teria
buscado.
Entrou rapidamente e foi direto encontrar a mãe e a
namorada.
Briana e Susan correram ao encontro dele o
abraçando cheias de saudade.
— Ah, Adam, uma coisa horrível! Quase mataram o
Alfred.
Briana explicou que fez a troca de carros com ele e
alguém que queria sequestrar Susan o seguiu e tentou
matá-lo. Que ela tinha ligado para a polícia comunicando o
sumiço do motorista e do carro. Omitiu o fato de que ele
estava vivo, escondido em algum lugar ignorado.
— Calma, mãezinha, eu vou à delegacia e por
enquanto fica tudo assim. Não sabemos do que aconteceu.
A vida de Alfred e a de Susan correm perigo.
Ele aconchegou Susan contra o seu corpo, puxou o
rosto dela e a beijou com ternura.
— Adam, esse perseguidor, Susan não soube me
explicar o que pode estar acontecendo. Você tem ideia de
quem seja?
Susan baixou os olhos para chão, mexendo nas unhas
da mão procurando uma cutícula imaginária. Não podiam
mais esconder a verdade de Briana.
Adam segurou o queixo dela suavemente fazendo-a
encará-lo. Em seu silêncio, apenas com o olhar pediu
permissão para colocar a mãe a par de tudo o que estava
acontecendo. Susan balançou a cabeça concordando.
— Briana, o Adam, vai lhe contar toda a verdade. Me
deem licença por favor.
Susan não conseguia mais conter as lágrimas e saiu
correndo para o quarto.
Adam contou tudo. O modo como conheceu Susan, do
pagamento da dívida. De como o pai era obcecado por ela,
apenas por um capricho viril.
Briana colocou a cabeça entre as mãos e chorou
muito.
Não poderia ficar com raiva de Susan. Ela era uma
vítima!
— Eu vou chutar aquele desgraçado da minha
empresa e da minha vida! Vou lá agora colocá-lo na cadeia
que é o lugar dele!
Adam a segurou.
— Calma, mãe! Muitas coisas ainda nem temos como
provar. Precisamos agir com a cabeça fria agora.
Ela chorava no ombro dele.
Susan chorava encolhida na cama. Briana não
merecia ter aquele lixo de homem por marido.
E se ela a odiasse por ter escondido tantas coisas
graves dela?
Ouviu a batida suave na porta, pensou que era Adam.
Levantou o olhar e encontrou os de Briana tão inchados e
vermelhos de chorar quanto os dela.
Briana aproximou-se da cama e estendeu os braços
lhe oferecendo o seu abraço.
As duas choraram abraçadas e Adam foi ao encontro
delas.
— Susan! Eu sei perfeitamente como é difícil falar
sobre uma coisa dessas. Eu sinto muito por tudo que o
Fernand fez com você.
Adam aproximou-se da porta e elas o chamaram para
se juntar a elas.
Fernand ficou muito chateado de Susan não ter ido
para a agência. Adam também não apareceu. Estava
curioso sobre o crime que cometeu. Ainda não tinham
falado nada na mídia.
"Será que a sonsa da Briana não tinha avisado a
polícia do sumiço?" o pensamento lhe pareceu um pouco
estranho. Alfred era como um membro da família.
Ligou para a Jennifer quando se viu sozinho.
— Vá lá na estrada do sinistro e veja se descobre
alguma coisa!
Jennifer deve ter soltado algum palavrão porque ele a
ameaçou:
— Só para você saber eu não estou pedindo. Estou
ordenando cadela. Agora vá e seja discreta.
A contragosto Jennifer deixou as meninas por conta da
sua gerente e foi até a estrada.
Como uma grande havia movimentação policial,
imaginou que eles estivessem em busca do carro e do
corpo.
Tratou de seguir o seu caminho. Um medo tomou
conta dela, Fernand estava cada dia mais maluco.
Quando ligou para Fernand ouviu vários impropérios.
Os gritos dele ainda soavam nos seus tímpanos.
Era doido mesmo. O que ele queria? Que ela ficasse
lá esperando o quê lá?
Fernand achou melhor não ficar dando bandeira lá nas
imediações do crime por isso a mandou ir. A incompetente
não servia para nada mesmo!
Adam estava preocupado per terem mentido para a
polícia. Mas se contassem a verdade Fernand poderia
facilmente se safar.
Não havia testemunhas, o lugar era ermo e dificilmente
teria uma câmera filmando aquele trecho de estrada. Seria
palavra de um motorista contra a de um homem com uma
grande influência, apesar de que a sua derrocada estava
sendo rápida.
O rastreador do carro mostrava a localização exata de
onde ele estava.
Adam deu uma boa olhada no lugar. Alfred teve muita
sorte.
Os arbustos não permitiram que o carro descesse de
uma vez para o rio.
Estremeceu ao pensar que se fosse Susan e não o
Alfred ao volante, ela provavelmente não estaria viva.
Uma angústia o tomou e ele só pensava no quanto
Susan era importante para ele. Nunca tinha amado tanto
uma mulher quanto a amava.
As buscas ainda iriam demorar. Não encontram o
corpo no carro.
O policial explicou que ele poderia ter conseguido sair
do carro e talvez tivesse sido arrastado pela correnteza.
Adam não estava aguentando mais manter a farsa,
então pediu o policial para ir embora. A mãe e a namorada
estavam em casa bem aflitas.
O policial entendeu perfeitamente as razões dele.
Logo anoiteceria e eles também precisariam
suspender as buscas.
Adam foi para o carro e ligou para a Susan.
— Amor, vou buscá-la. Talvez leve a mamãe para ficar
com a gente pelo menos hoje. Ela está bem assustada!
Susan concordou, não era bom mesmo ela ficar
sozinha com tantas informações chocantes na mente.
Foram todos para a casa do Adam que passou antes
em uma pizzaria.
Ninguém estaria em condições de pensar em preparar
um jantar, já que Adam tinha dado folga para os
empregados.
Depois de comerem a pizza e conversarem um pouco
com Briana, Adam reclamou de sono e se despediu depois
de darem um beijo de boa noite nela, ele abraçou Susan
pela cintura e a guiou para a suíte. Estavam comportados,
mas loucos de saudade.
Quando entrou no quarto Adam a abraçou e a beijou a
prendendo contra o seu peito.
— Ah, meu amor, não saberia viver sem você! Mas eu
prometo que o meu pai vai parar. Eu juro!
Susan o beijou com mais intensidade e paixão.
— Como senti a sua falta, amor!
Adam a calou com mais um beijo interminável
enquanto suas mãos a despiam da blusa.
Seus dedos tocaram os mamilos rijos da garota. Adam
até conseguia imaginar o quanto ela estava molhadinha e
pronta para ele.
Levantou a saia dela até a cintura, seus dedos
afastaram a calcinha com delicadeza a penetrando devagar
sob os gemidos de tesão de Susan.
— Oh, Adam! Que gostoso.
Ela retirou toda a roupa dele e o sentou na cama.
Ajoelhou se no tapete fofo e começou a chupar o pau de
Adam o fazendo gemer em êxtase.
Ela o chupava se masturbando o que o deixava louco
de tesão.
Quando nenhum dos dois suportava mais a vontade
de gozar, ela se levantou e se livrou das suas roupas.
— Adam, amor, agora eu vou sentar. — Sussurrou no
ouvido dele.
— Senta gostosa! — Gemeu.
Susan se encaixou no pau dele e foi sentado devagar,
de frente para ele, vendo nos olhos dele todas as reações
de prazer que ele estava sentindo.
— Susan, amor, que loucura! — Ele gemeu quando ela
se encaixou por inteiro no seu pau.
Ela começou a subir e descer no pau dele. Tinha
momentos que ia até o fundo e o prendia na sua bocetinha
o fazendo dizer palavras obscenas e cheias de tesão.
Então ela acelerou o ritmo. Tomou os seus lábios nos
seus e o beijou. Ordenou cheia de desejo:
— Goza pra mim amor!

— Ah, Su! Gostosa. Ahhh!


Ele a virou e foi por cima sem tirar o pau da bocetinha
dela.
Estocou forte sentindo Susan amolecer e estremecer
sob ele. Gozou intensamente abraçado a ela.
Depois ficaram naquele carinho bom até que Susan
adormeceu nos braços de Adam.
Ele saiu de mansinho e foi procurar a mãe.
Viu luz embaixo da porta do quarto dela e bateu.
Ela o mandou entrar.
Percebeu que ela havia chorado.
A abraçou forte.
— Essa tempestade vai passar e você ainda vai ser
muito feliz, mãezinha.
Briana o deitou no seu colo e ficou fazendo carinho
nos cabelos dele, como quando ele era criança.
Ficaram um bom tempo naquele carinho bom.
Até que Adam levantou-se e foi para o quarto dele.
Se aproximou da cama e se ditou com cuidado.
Abraçou Susan que dormindo se achegou mais ele. Ela
estava nua. Adam a cobriu.
Ele demorou para dormir. Sua mente estava a mil com
os novos acontecimentos.
Fernand estava com o olho vidrado na TV enquanto
Jennifer sentada massageava os pés dele com devoção e
rendição.
A notícia que veio caiu como uma bomba sobre ele:
não acharam o corpo do Alfred.
Ele se levantou de um salto derrubando a Jennifer:
— Caralho! Aquele peste não pode ter sobrevivido. Ele
estava morto. Eu vi!
Jennifer o encarava assustada.
Tentou acalmá-lo.
— A correnteza pode tê-lo levado. Pode estar no fundo
preso em alguma pedra.
Por mais que ela estivesse sendo sensata a voz dela o
irritava.
— Cale essa maldita boca! Eu preciso pensar.
Jennifer se encolheu amedrontada. Fernand estava
fora de controle e o estado dele só piorava.
Depois ele começou a andar em círculos murmurando:
— Sem corpo não há crime! Sem corpo não há crime!
Tentou puxar pela memória se poderia ter tido alguma
testemunha na estrada que o ligasse ao desaparecido.
Não conseguia se lembrar de nada, mesmo porque ele
naquele momento só tinha um objetivo parar o motorista do
carro, que naquele momento imaginava ser a Susan.
Continuou ouvindo a notícia.
Olhou para Jennifer que estava apavorada.
— Ninguém viu nada! Fiz parecer um acidente!
— Ah, Fernand, maldita hora que eu coloquei aquela
garota na "agência". Você está se perdendo por causa de
um capricho. Essa sua obsessão vai nos levar para a
cadeia. Quando colocarem a mão você eu vou me ferrar
junto! Você sabe que os crimes que cometemos podem nos
custar muitos anos atrás das grades.
Fernand tampou os ouvidos como fazem as crianças
quando querem desafiar os adultos que estão chamando
sua atenção por alguma coisa errada.
O gesto era patético e estranho em um homem adulto.
Ela parou de se lamentar e ele começou a prestar atenção
na reportagem.
As palavras da repórter o fizeram congelar. A ideia de
passar anos na cadeia o fazia entrar em pânico.
— O FBI está no caso. Ainda será necessário fazerem
uma rigorosa perícia. No entanto eles adiantaram que não
foi acidente.
Fernand começou a suar frio. Jennifer não se atreveu
a abrir a boca.
— Existe uma testemunha! — A repórter falou em um
tom animado.
Fernand se encolheu no sofá. Estaria perdido se
chegassem até ele.
— A testemunha afirma que não era um local que
gostasse de passar. Porém naquela noite ela estava com
pressa. Precisava atender uma pessoa e era bem urgente.
Ao passar por aquela estrada percebeu algo que a
princípio pensou ser um racha, pelo local e a hora.
Os dois carros estavam se emparelhando e a uma
velocidade bastante imprudente.
A testemunha tratou de sair daquela zona de perigo.
Pelo retrovisor viu quando um dos motoristas lançou o
outro para fora da pista.
Então ela percebeu que não se tratava de uma corrida.
Era uma perseguição.
Mesmo com muito medo, não havia outra passagem
para que ela retornasse. Então ela fez o atendimento e
voltou cautelosamente para casa.
Ela viu um dos carros parados no acostamento. Dava
para ver a placa. O motorista tinha deixado os faróis
acesos.
Anotou mentalmente os números e o que viu a seguir
fez seu sangue gelar. O motorista do carro que estava no
acostamento estava empurrando o outro carro para o
precipício.
A testemunha se afastou rapidamente do local e só
veio até a polícia porque provavelmente ela seja a única
testemunha viva de um crime hediondo!
A testemunha está em local seguro e ignorado sob
proteção policial.
Boa noite.
— Boa noite? Eu estou muito ferrado agora! —
Fernand respondeu como se a repórter pudesse ouvi-lo.
Jennifer até abriu a boca para dizer um "eu avisei"!
Mas desistiu, pois Fernand com certeza iria descarregar
todo o seu ódio e frustração nela.
Na casa de Adam Briana, sorriu triunfante. Logo o
canalha pagaria pelos seus crimes sórdidos.
Adam havia pedido que a mãe ficasse com eles até
que Fernand fosse preso, o que não demoraria muito.
Temia que o pai fizesse uma loucura contra a mãe.
A relação afetuosa de Briana e Susan se fortalecia a
cada dia.
O que só aumentava a saudade que ela sentia da
mãe.
— Sabe, Briana, eu tinha medo de quando você
soubesse a verdade sobre mim e o pai do Adam. O medo
me destroçava todos os dias.
Então revelar a verdade foi libertador para mim.
Por que a minha mãe não me perdoaria?
Briana assentiu.
— Que tal fazer isso agora, Susan? — Briana
estendeu o celular dela para Susan.
Susan o pegou e ligou para a mãe.
Demorou um pouco, mas ela atendeu. Viu que era
uma chamada internacional e imaginou que fosse Susan.
— Mãe? — Susan não conseguia segurar o choro.
— Su? Oh, que bom ouvir a sua voz filha!
Susan imaginou que ela estava na fase eufórica da
bipolaridade.
Conversaram sobre muitas coisas e Susan percebeu
que havia um equilíbrio nas palavras da mãe.
Então ela contou que ela teve uma crise gravíssima de
depressão quando ela foi embora que o pai de Susan e a
esposa dele a acolheram na casa deles e a ajudaram em
tudo.
Eles tinham uma filhinha que a adorava.
Naquela parte do relato Susan percebeu que ela
chorava.
— Ela está com leucemia. A sua irmã pode morrer!
Desculpe filha te contar desse jeito, mas eu estou
devastada.
Nenhum de nós somos compatíveis!
Um lampejo de esperança passou pela mente de
Susan.
— Talvez eu seja, mãe! Ainda existe uma esperança!
— Você viria ao Brasil só para isso?
— Na verdade não posso ir tão rapidamente, mas é
claro que vou sim!
— Filha, parece que você adivinhou que eu precisava
muito de você hoje!
— Eu nunca deixei de te amar, viu, dona rabugenta!
Ouviu a risada da mãe pela primeira vez naquela
ligação.
Sabia que o amor tinha vencido o ódio e que agora a
mãe estava bem.
Briana ficou olhando Susan segurando o celular com a
tela apagada como se estivesse vendo algo ali.
— Sua mãe estava perdendo uma preciosidade de
filha! Viu como a gente nunca deve temer o amor!
Susan estava exultante. Por causa do ódio que a mãe
sentia do pai, ela ficou meio que órfã de pai quando ele foi
embora.
Susan foi entregar o celular para Briana e sorria e
chorava ao mesmo tempo.
— Eu tenho uma irmãzinha!
Logo ela ficou triste.
— Isso é maravilhoso!
— Ela está com leucemia. Não está conseguindo
doador compatível. Talvez eu seja.
Briana abraçou e a aconchegou ao seu ombro.
— Pode contar conosco para o que precisar, minha
filha.
Susan esboçou um sorriso.
— É eu sei!
Adam não podia mais esconder da polícia que Alfred
estava vivo e ele precisava ficar em um lugar seguro.
Adam falou tudo o que tinha acontecido e a polícia se
convenceu que era melhor mesmo dar Alfred por sumido.
Quando Alfred recebeu a ligação do Adam lhe
revelando que era perigoso ele permanece escondido lá
onde os pais moravam, ele ficou um pouco triste a relação
de amor e afeto que sempre teve com a mãe estava
finalmente resgatada.
Adam com a ajuda da polícia conseguiu levar Alfred
para um lugar seguro até o momento de ele aparecer em
cena novamente.
O lugar era uma fortaleza, longe do grande centro e
em uma cidade distante.
— Alfred, isso vai ser por pouco tempo. Não saia daqui
por nada. Entendeu?
— Entendi. — Alfred concordou olhando a sua gaiola
dourada. Ia ser um momento muito difícil na vida dele.
— Posso fazer uma ligação para o meu filho? —
Implorou.
— Sim, mas desligue a localização por favor. Ninguém
pode saber onde você está.
Adam abraçou o motorista que salvou a vida de
Susan. Ele estaria ali preso e o covarde do pai solto!
— Vai ser por pouco tempo, eu te prometo.
Não faltaria nada para o Alfred. Menos a liberdade o
bem mais precioso na vida!
Adam voltou tarde para casa, mesmo assim Briana e
Susan o esperavam para jantar.
Depois do jantar Adam chamou a Susan para o quarto
e Briana se despediu deles.
Continuou olhando algo no celular. Então ela soube
que "ele" estava voltando à cidade.
Olhou mais atentamente e ele continuava lindo. Uma
dor atingiu o seu coração ao se lembrar que o deixara por
Fernand. Será que ele se lembrava dela? Se o encontrasse
como ele reagiria?
Sentiu saudade do namoro romântico que viveram.
Mas Fernand era fogo. Era arrebatador. Então quando ela
viu que não resistiria a ele e às suas investidas terminou o
romance com ele.
Ele seguiu a sua carreira de modelo. Era rico como
Briana e ao longo dos anos se tornou mais rico ainda.
Com o tempo abandonou as passarelas e tornou-se
um grande empresário do ramo da moda, assim como ela.
No quarto Susan ainda estava arfante das últimas
peripécias sexuais com o Adam.
Ele deitou a cabeça dela no seu colo nu. Acariciou os
cabelos dela e de repente percebeu que ela estava
chorando.
— Que foi? — Adam indagou preocupado.
— Liguei para a minha mãe hoje!
— Que notícia boa! Ela foi ríspida com você? — Adam
estava preocupado, Susan já estava passando por tanta
coisa!
— Não! Ela está se tratando.
É que eu descobri que tenho uma irmãzinha.
— Isso é maravilhoso, meu amor! Eu sempre quis ter
irmãos. — Ele sorriu animado.
— Ela tem leucemia!
Susan não conseguiu conter as lágrimas.
— Não existem pessoas compatíveis com ela na
família.
Adam a abraçou e ela falou um pouco mais calma:
— Talvez eu possa ser compatível. Preciso ir ao Brasil.
— Claro! Iremos sim. Estou iniciando uma sociedade
em uma das minhas franquias. O cara é fera. Posso deixá-
lo auxiliando a minha mãe na presidência por uns dias.
Acho que ela vai ficar insegura no primeiro dia. Mas o
Michel é muito competente e logo ela vai se sentir " a
presidente".
— Mas... tem certeza de que será uma boa ideia?
— Será sim! Minha viagem foi para tratar isso. Eu fico
uns dias "sentindo" a empresa que fará parte da nossa
sociedade e ele também fará o mesmo para entender a
alma da nossa empresa.
Vou sugerir que comece por ele.
Susan ficou imaginando Briana toda séria tendo um
auxiliar se intrometendo nos assuntos da empresa dela.
— Será que isso vai prestar? Sei não... — Susan
balançou a cabeça meio cética.
— Só precisamos colocar meu pai na cadeia. Não
podemos deixar minha mãe sozinha à mercê dele. Mas não
vai demorar muito, o FBI está na cola dele.
Susan o abraçou. Tinha pavor de pronunciar até o
nome de Fernand.
Adam beijou a orelha dela e sussurrou:
— Não tenha medo! Eu sempre protegerei você. Eu
prometo.
— Eu sei.
Aninhou o rosto no peito dele, fechou os olhos e ficou
ouvindo as batidas do coração dele. Quase sem perceber
adormeceu sobre o peito másculo de Adam.
Ele sorriu na semiescuridão do quarto.
— Eu te amo princesa!
Beijou os cabelos dela e demorou-se para colocá-la no
travesseiro. Era tão bom tê-la assim juntinho dele.
⚠Alerta de gatilho para violência física⚠

Fernand estava na mira dos investigadores mais


gabaritados do FBI. Não foi difícil ligá-lo ao sumiço de
Alfred.
Embora a motivação estivesse bastante clara já que o
carro era de Susan.
Adam que já havia contado da obsessão do pai dele
pela garota o que deixou as coisas mais claras para a
polícia.
Ainda restava saber por que ele decidiu matar o Alfred.
Fernand foi intimado para depor sobre o sumiço do
motorista da ex-esposa.
Ele ainda não sabia que o seu mundo estava prestes a
ruir.
Ele e Jennifer já estavam sendo investigados pelo
tráfico de mulheres.
Fatos que ainda não tinha sido apresentado até ali
pela polícia, pois era necessário reunirem provas robustas
que os condenassem no tribunal.
Ele compareceu na delegacia com o melhor advogado
do país.
O queridinho dos corruptos ricos.
Ele fazia o que precisasse, usava de qualquer
subterfúgio desleal para livrá-los da prisão. Com isso
Fernand abusou do seu direito de permanecer em silêncio
e só falar em juízo.
Fernand saiu pela porta da frente com o advogado,
indiciado pelo envolvimento com o sumiço de Alfred. Mas
ainda não havia o corpo. Mesmo assim Fernand não podia
comemorar. O círculo estava se fechando.
Ele estava se sentindo acuado. Precisava de uma
inocente viagenzinha para aplacar seu desejo pela Susan.
Chegou ao seu apartamento e ligou para Jennifer.
— Suspenda "A Seleção", decidi que serei o primeiro
da Loren.
Jennifer tremeu de ódio.
— Tem ideia do prejuízo que teremos Fernand? — Ela
estava enciumada.
Fernand sabia sim. Não estava pobre, mas estava sem
sua função de presidente da empresa e sem acesso ao
financeiro da empresa para desviar mais dinheiro e os
gastos com o advogado eram altos. Não estava em uma
situação financeira tão privilegiada quanto antes.
Precisava de Jennifer ao seu lado naquele momento.
Falou em um tom suave, quase amável:
— Dessa vez eu deixo você participar, gatinha. Você
vai curtir!
Jennifer ficou animada. Adorava uma perversão.
Loren tinha sido arrebatada quando estava voltando da
faculdade.
Sua vida foi cuidadosamente monitorada. Loren era
virgem por questões religiosas e se guardava para o
casamento com o noivo que seria logo no término da
faculdade.
Quando se viu naquele lugar demorou um pouco para
entender onde estava. Quando entendeu ela entrou numa
profunda depressão.
Ouviu comentários maliciosos entre risinhos
debochados que no final de semana haveria "A seleção" e
que ela seria o prêmio.
As garotas falavam as obscenidades que o ganhador
do prêmio faria com ela.
Ela se encolhia num canto é chorava de desespero e
nojo daquelas narrativas.
Jennifer surgiu e com um ar sádico e pervertido na
face anunciou para a amedrontada Loren:
— Mudanças de planos para você querida, Loren! Não
haverá mais "A seleção".
O rosto da garota se iluminou com a nova esperança.
— Você vai fazer uns agradinhos para o Fernand. Se
você for boazinha no final pode até acabar gostando.
As garotas riram.
Estar com Fernand era mesmo inesquecível da forma
mais negativa possível.
O choro de Loren irritou Jennifer.
Ela foi até ela e a sacudiu com violência.
— Devia estar feliz! Um velho escroto poderia ganhá-la
como prêmio. Aí sim, você teria motivos para chorar.
As meninas continuaram rindo. O que Fernand tinha
de lindo, tinha em dobro de perversidade.
Fernand ligou e avisou que estava indo para a agência
e pediu Jennifer para preparar Loren para ele.
Jennifer a levou para a suíte dela a fez tomar um
banho relaxante na banheira.
Era bissexual e o corpo da garota mexia com todos os
seus instintos.
Tinha que esperar Fernand.
Perfumou a garota, vestiu-a com um vestido branco e
a lingerie de renda da mesma cor.
— Hoje você vai conhecer um macho de verdade,
querida!
Loren chorou desesperadamente. Não havia saída
para ela.
Fernand chegou e foi direto para a suíte de Jennifer.
Viu a garota com uma cara assustada sentada na cama.
Deu um beijo em Jennifer e foi até ela. Ficou duro
imediatamente. Não via Loren na sua frente. Era a sua
Susan que estava ali.
Tentou beijar a garota que o empurrou.
— Cadela! Como ousa me rejeitar?
As garotas ouviram os gritos de Fernand.
Pouco depois os gritos angustiados em meio ao choro
da novata.
Depois o silêncio. Fernand tinha consumado o ato com
a garota. Elas não riam mais. Imaginavam o estado
deplorável que em que garota deveria estar.
Na suíte Loren ainda estava em meio aos dois na
imensa cama de casal.
Sentia nojo de si mesma. Aron, o seu noivo nunca
mais iria querê-la depois daquela noite.
— Posso tomar um banho?
Pediu com uma voz sem emoção. Estava fraca e triste.
— Sim. Claro! Se prepare para o segundo tempo,
querida! — Fernand sorriu, olhando com admiração o corpo
nu da garota.
Loren entrou no banheiro a trancou a porta por dentro.
Olhou-se no espelho. Era devastador o que tinha
ocorrido com ela na última hora.
Vieram à sua mente memórias dos dias felizes. Ela e o
noivo planejando como seria a vida deles quando se
casassem.
Tudo aquilo parecia-lhe muito distante.
Não iria suportar viver momentos como os que passou
lá no quarto novamente.
Ligou o chuveiro, mas não entrou.
A lixa metálica de unha era pontiaguda. Era perfeita
para o que tinha em mente.
Fechou os olhos e enfiou-a com toda a sua força na
jugular.
Deitou-se e esperou que a morte não fosse lenta. Só
queria sair daquele inferno!
Fernand já estava refeito e queria a menina de novo. A
demora dele no banho o irritou profundamente.
— Vou buscá-la amor. Seu safadinho insaciável! —
Jennifer falou em um tom jocoso.
Ela foi até o banheiro ainda rindo dele.
A porta estava trancada. Bateu, chamou e nada!
— Fernand acho que ela está fugindo de você. Vai
ficar no banho a noite inteira!
— Ah, mas não vai mesmo. Pegue a sua chave
reserva e abra essa porra!
Jennifer fez o que ela mandou e retrocedeu apavorada
para o quarto.
— Eu acho que ela se matou, Fernand! Não sei como,
mas pelo tanto de sangue. Ela conseguiu alguma coisa lá
dentro.
Jennifer estava histérica.
— Calma eu vou lá ver.
Loren estava de bruços e a poça de sangue era
grande em volta dela. Ele a virou e viu o objeto metálico
enfiado na jugular dela.
— Merda! Merda!
Procurou os sinais vitais da garota e percebeu que ela
estava morta!
— A cadelinha se matou! Isso não podia acontecer.
— Não podia! — Jennifer retrucou em desespero.
Aquela suíte dava para uma espécie de masmorra que
tinha a entrada bem disfarçada por um painel que parecia
uma decoração moderna em madeira.
Um simples clique em um controle fazia o painel
deslizar mostrando o pequeno cômodo onde Fernand e
Jennifer dava um jeito nas garotas rebeldes e os desafetos
mais exaltados. Ninguém nunca saiu de lá para contar
sobre o lugar.
O lugar era assustador.
Fernand começou a agir para resolver o grande
problema que tinham pela frente.
— Vá lá e converse com as garotas.
Dê o resto da noite de folga para aquelas vadias.
Mande o Henry levá-las para alguma boate cara e só
trazê-las de volta ao amanhecer.
Precisavam de tempo para se livrar do corpo e de uma
boa desculpa para o sumiço da Loren.
Jennifer ficou lá na sala até ver a última garota sair
pela porta, animada com uma noite de diversão.
Estava impaciente, mas manteve a calma para não
levantar suspeitas.
Voltou ao quarto e seguiu Fernand em silêncio até o
banheiro.
Arrastaram o corpo até o esconderijo. Havia alguns
tonéis espalhados pelo local.
Fernand arrastou o corpo para junto de um.
— Me ajude aqui!
Ali havia ácido, soda cáustica e outros produtos
químicos que dissolveriam o corpo.
Colocaram o corpo lá e voltaram para o quarto.
Não precisavam pronunciar uma palavra. Sentiam que
as coisas estavam escapando ao controle e o pensamento
de uma prisão longa não era uma ideia distante.
Passaram a madrugada inteira limpando a sujeira e
encobrindo os vestígios das morte de Loren.
Depois tomaram um banho e não conseguiram dormir.
Aquilo estava se tornando muito perigoso!
Adam, sentia que Susan estava muito aflita por causa
da irmãzinha doente no Brasil.

Como as coisas com Fernand estavam demoradas ele


decidiu contratar guarda-costas para mãe.
Ele falou para Michel da sua proposta. O sócio não só
aceitou como ficou muito feliz.
— Agora eu vou ter que falar com a minha mãe. Ela
não sabe ainda. É que ela se afastou muito dos negócios e
com certeza vai ficar receosa de assumir a presidência
mesmo que por um curto período de tempo.
Michel sorriu.
— Pode deixar Briana estará em ótimas mãos!
Adam estranhou por um segundo a forma como ele se
referiu a mãe, como se a conhecesse.
"Bobagem! Todo mundo conhece Briana, a minha
mãe."
Naquela noite mesmo no jantar Adam falou para a
mãe sobre a rápida viagem que precisaria fazer com Susan
ao Brasil. Que precisava que ela assumisse a presidência
naqueles dias.
Viu o rosto dela formar uma expressão de pânico.
— Nossa filho! Eu não estou preparada para isso.
— Não se preocupe, meu sócio de uma franquia nova
que estou me associando irá ajudá-la em tudo que
precisar!
— Adam! Você vai me largar na presidência com um
jovem CEO inexperiente?
Susan abafou uma risada. Sabia que a conversa não
seria fácil mesmo.
— Não, mãe. Ele velho é igual você mesmo, devem ter
a mesma idade. — Cutucou Susan esperando a reação da
mãe à menção da idade dela
— Velha! Velha é sua avó, moleque. Olha isso Susan!
Susan sorriu. Os dois eram engraçados juntos. Era
uma relação linda de mãe e filho!
Depois do primeiro susto ela começou a aceitar a ideia
numa boa.
— Como é o nome do meu instrutor? — Perguntou
curiosa.
— Vai ser uma surpresa. Amanhã ele mesmo se
apresentará para você.
Ela não insistiu.
Depois do jantar foram para os seus quartos.
Adam e Susan abraçados de conchinha planejavam a
viagem para o Brasil e Adam queria saber tudo da cultura
dela.
A dança era um espetáculo. Sentia que iria amar a
terra dela.
Amanheceu e um clima de expectativa pairava no ar.
Adam e Susan perceberam que Briana tinha
caprichado um pouco mais no visual aquela manhã.
Se entreolharam e não fizeram comentários.
Só comentaram que a manhã estava linda como há
muito tempo não viam.
Chegando na empresa, Adam foi com a mãe para a
sua sala e Susan seguiu o caminho dela para começar os
seus trabalhos.
Adam fez com que a mãe se sentasse na sua cadeira
de presidente.
— É um peso, né? A sensação que eu tive quando me
sentei aí foi: será que dou conta disso?
Briana sorriu. Era assim mesmo que ela se sentia.
Alguns minutos depois alguém bateu suavemente na
porta. Adam o mandou entrar.
Briana ficou em choque olhando para o provável CEO
que a ajudaria na ausência de Adam.
— Michel? Meu Deus nunca pensei...
Adam ficou confuso.
— Se conhecem?
— Sim, filho!
Michel aproximou-se dela e beijou a sua mão em
cumprimento.
— Quanto tempo, Briana! Senti saudade.

— Eu também! — Ela falou um pouco intimidada de


estar com ex-namorado ali na frente do filho. E o pior:
estava adorando o reencontro.
Adam sentiu o cheiro de romance antigo querendo
brotar novamente. Deu uma desculpa e saiu os deixando a
sós.
— Como você continua linda! — falou emocionado.
Ele não conseguia parar de admirá-la.
Conversaram sobre o passado, sobre os momentos
atuais e como Briana ele também tinha se separado da
esposa. Estavam divorciados.
Briana explicou que ela ainda precisava formalizar o
divórcio e que Fernand estava dificultando tudo.
Michel não falou nada. Não queria ser indelicado e
falar tudo o que pensava de Fernand.
Depois de um tempo Adam retornou à sala.
Antes de sair, Michel convidou:
— Almoça comigo, Briana?
— Sim. Claro!
Quando ele saiu Adam exigiu:
— Conte-me tudo!
Ela sorriu timidamente e contou do seu romance fofo
com o Michel e de como o trocou por Fernand.
Briana ficou na sala de Adam até o horário do almoço.
Ele estava passando algumas instruções para ela.
Bateram na porta, o coração dela disparou. Seria ele?
Era. Ela se despediu de Adam e os dois saíram da
sala de Adam andando bem juntinhos e conversando
animadamente, felizes com o reencontro.
Encontraram Fernand no elevador e ele cumprimentou
Briana com um resmungo.
Era impossível para ele disfarçar o ódio que sentiu ao
ver Briana junto com o ex-namorado dela.
Antes de sair ele olhou para Michel com um ar
ameaçador e disse:
— Só para você saber, ela ainda está casada comigo.
Nossa separação é transitória.
— Obrigada pela informação, Fernand, mas eu já
sabia!
Deu o braço para Briana e saiu sendo seguidos por um
Fernand cheio de ódio. Seu mundo estava desmoronando
e ele sentia que ainda iria descer muito mais ainda!
Entrou no carro e socou o volante com raiva.
A ideia da prisão se tornou nítida na mente dele ao se
lembrar do corpo de Loren no esconderijo.
Briana e Michel estavam revivendo um amor que
nunca se perdeu com o tempo e a distância. Esteve
apenas adormecido quando cada um seguiu por caminhos
opostos.
O destino... Não, não foi o destino. Michel criou toda a
situação para ter o reencontro com Briana.
A sociedade na franquia com Adam foi
cuidadosamente planejada nos mínimos detalhes. Ele
confessou para Briana, que tudo foi para poder reencontrá-
la. Briana ficou emocionada com o relato dele. Ele nunca a
esqueceu, mesmo depois do que ela fizera, o trocando por
Fernand.
Estava chegando o dia da viagem de Adam e Susan
para o Brasil.
Briana estava muito nervosa com a sua nova
atribuição de presidente.
Michel bateu na porta e entrou. Ela sorriu para ele.
— Está se saindo muito bem, Briana! O Adam é só
elogios para a nova Briana cheia de atitude que surge a
cada dia.
— É, mas se não fosse o meu instrutor...
Eles riram felizes de estarem juntos novamente.
Briana estava divorciada há uma semana.
Ela tinha tantas provas contra Fernand que ele não
teve alternativas a não ser a de aceitar o divórcio nos
termos dela e uma das exigências era que ele se
desligasse imediatamente da empresa.
— Agora que você é uma mulher livre, não quer
mesmo considerar o meu pedido de ir para a minha casa?
— Não quero ser precipitada novamente, amor. Vamos
esperar um pouquinho mais.
Michel concordou. Só que voltou ao ataque dois
minutos depois.
— Só que nos dias que Adam estiver viajando você vai
ficar na minha casa, sim! Vai ficar grudada em mim. Você
sabe o quanto Fernand é perverso e perigoso!
Briana assentiu. Se ele não a convidasse ela iria pedir.
— Vamos almoçar? — Ele convidou segurando as
mãos dela.
— Vamos, sim. Onde?
— Na minha casa. Pedi a Maria para preparar uma
iguaria da culinária do país dela. Ela faz cada prato
delicioso!
É brasileira. Estava de férias. Foi ao Brasil para rever a
família. Voltou cheia de novidades sobre culinária.
Briana sorriu animada. Com certeza iria amá-la.
Estava convencida de que os brasileiros eram pessoas
calorosas e gentis. Pelo menos Susan era assim.
Ela pegou a sua bolsa. Fechou o computador e foi
abraçada pelo Michel.
Ele a beijou. A soltou e deu o braço para ela.
— Vamos, então. Estou com uma fome!
Os olhos dele percorreram o corpo dela de um jeito
ousado que a fez se arrepiar.
O sexo com ele estava cada dia mais incrível e
apaixonado.
— Eu também! — Sorriu se fazendo de desentendida.
Adam e Susan estavam preparados para viajarem
para o Brasil.
Havia uma expectativa muito grande de Susan ser
compatível. Mas eles sabiam que nem sempre isso ocorria.
Briana e Adam relutavam em contratar um novo
motorista. Alfred era como um membro da família.
Por esse motivo agora estavam ali, os quatro indo para
aeroporto com Briana dirigindo ao lado do Michel, que de
vez enquanto olhava para ela e sorria, apaixonado.
Adam e Susan estavam abraçados.
Ela conversava todos os dias com a mãe que estava
muito equilibrada. O lindo da história toda é que ela amava
a Diana irmã de Susan como se fosse uma filha dela.
Os ciúmes, as mágoas e rancor tinham ido embora
para sempre quando ela se deparou com aquela criança
que era só amor. Um amor tão imenso que a curou de toda
a sua mágoa.
Adam e Susan embarcaram. Lágrimas teimosas
escaparam dos olhos de Briana.
Sua vida tinha mudado tanto nos últimos tempos.
Michel a abraçou e enxugou as suas lágrimas com
carinho.
Adam abraçou Susan a aconchegando no seu peito.
Ela adormeceu e só acordou quando Adam a balançou
suavemente pelos ombros. Estavam chegando ao Brasil.
A imponente estátua do Cristo Redentor os recebia de
braços abertos. A imagem era linda nas revistas e sites,
mas era uma sensação incrível vê-la assim.
— Meu país, amor! — Susan exclamou animada.
— Lindo demais! Por Isso eu a via chorando de
saudade. — Adam a beijou emocionado.
No desembarque Susan viu a mãe à espera deles, se
soltou do abraço de Adam e correu para abraçá-la como
nos dias felizes em que era criança e a mãe a erguia no ar
girando o seu corpinho a fazendo rir muito com a
brincadeira.
Adam ficou um pouco afastado, emocionado com
aquela linda cena do reencontro de Susan com a mãe.
Susan virou-se para ele e o chamou para junto delas.
— Mamãe esse é o meu amor e meu anjo da guarda,
o Adam! – Fez um gesto o apresentando para a mãe.
Adam aproximou-se e segurou a mão estendida de Karina
para ele. A apertou em um cumprimento polido.
— Adam, realmente agora entendo por que Susan fala
tanto de você.
É um prazer conhecer você!
Adam sorriu e abraçou Susan.
— Ela é apaixonada por mim, Karina! — Brincou
arriscando umas palavras em português.
Karina sorriu.
— Vamos então? Seu pai não pode vir. Está no
hospital com a Diana. Ela precisou de transfusões.
O rosto de Susan se fechou. Era triste conhecer a sua
irmãzinha naquela situação tão complicada.
— Ah, mãe, como eu quero que a nossa pequena
fique boa!
Karina e Adam concordaram com um aceno de
cabeça. Eles estavam muito comovidos.
Susan viu a mãe se encaminhando para um carro,
acionando o controle para abri-lo.
— Você... você está dirigindo? Nossa!
— Deixei para te fazer uma surpresa. Tenho tanta
coisa para contar para você filha!
Susan estava maravilhada com as novas mudanças na
mãe.
Havia anos que a mãe começou a ter medo de dirigir.
Se aconchegou ao Adam no banco de trás.
Era um sonho ver a mãe tão recuperada.
Susan não conhecia o trajeto que a mãe estava
fazendo.
— Estamos indo para a casa do meu pai?
— Não. Nossa casa! Vendi aquela casa enorme depois
que você foi embora. Agora tenho um apartamento na
Gávea. Eu amo o meu novo cantinho!
Susan estava muito feliz com a mudança da mãe, por
ela ter retomado as rédeas da própria vida.
— Mamãe, a Diana parece um pouco comigo. Será
que ela vai gostar de mim?
— Com certeza, filha! Ela é adorável.
Adam sabia que Susan tinha ansiado muito pelo
encontro com a família. Mas havia um medo de que o
sonho de ver a irmã curada não se realizasse.
O apartamento possuía duas confortáveis suítes.
Karina os encaminhou para a suíte deles e foi terminar
o jantar.
— Estou louca por um banho, Adam.
— Eu também!
Susan tirou uma roupa da mala e o Adam a imitou.
As toalhas para os dois estavam dispostas sobre a
cama em um arranjo gracioso.
No banho Adam começou a ensaboar Susan e ela
fazia o mesmo nele.
Desceu as mãos até o meio das pernas dele e tocou o
seu membro duro.
Continuou a tocá-lo com a água morna deixando tudo
mais excitante.
Adam a puxou em um beijo intenso.
— Amor... hum! — Ela gemeu quando Adam se
encaixou no meio das pernas dela fazendo-a sentir o seu
pau tocando-a.
Ela se esfregou no pau dele o fazendo gemer.
— Adam! — Mordeu a pontinha da orelha dele.
Quando aquela carícia os estava deixando loucos de
desejo, Adam a encaixou no seu pau e ela colocou as
pernas em torno quadril dele para ser profundamente
penetrada.
Em outra ocasião ele gemeria alto agarrada ao corpo
másculo de Adam. Mas se conteve o beijando. Um beijo
intenso e apaixonado.
Adam começou a aumentar o ritmo, estocadas fortes
que a faziam as contorcer e rebolar no pau dele.
Começou a gozar e se contorcia entre gemidos
contidos e um frenesi incontrolável.
Adam tomou os lábios dela em beijo lascivo e ela pode
sentir que ele estava gozando com ela.
— Ah, meu amor! — Susan balbuciou ao sentir ele
todo dentro dela.
Ele era apaixonante e intenso.
Adam a colocou no chão.
Fechou o chuveiro.
— Acho que temos que ir. Sua mãe já deve estar
reparando nossa demora.
Susan sorriu. A mãe sabia que ela não era mais
virgem, mas mesmo assim era um pouco estranho pensar
que ela é Adam acabaram de transar no chuveiro.
Ouviram as batidas delicadas na porta.
— Já estamos indo, mãe!
Adam já estava vestido e Susan estava quase vestida.
No jantar Karina mostrou-se uma mulher inteligente e
sensível.
Adam e Susan não se desgrudavam.
Karina até sentiu saudade de quando ela e Rodrigo, o
pai de Susan eram apaixonados.
Na hora de dormirem, Susan deixou o Adam na suíte e
foi ao encontro da mãe no quarto dela.
— Mãe eu quero te dizer que hoje eu entendo por que
você não queria que eu fosse para outro país do jeito que
eu fui.
Karina fez um gesto para ela se sentar perto dela.
— Acho que no final tudo deu certo. Seu pai se
aproximou de mim e me ajudou muito. Só de eu me libertar
do ódio que sentia por ele, foi muito importante para a
minha recuperação.
Susan estava emocionada. De um jeito bem torto a
vida acabou arrumando um modo de ajeitar tudo.
— Amanhã iremos ver seu pai e resolvermos as
questões sobre o transplante.
Susan a abraçou.
— Mãe, você não ama mais o papai? — Perguntou um
pouco tímida.
— Amo. Hoje eu amo como o pai da minha filha e o
meu melhor amigo.
Susan às vezes até pensava que estava sonhando.
Ficaram ainda um tempo conversando até que Susan
se despediu dela para ir ficar com o Adam.
— Filha é muito lindo ver o amor de vocês! — Karina
falou quando Susan se levantava para ir se deitar com
Adam.
Susan se sentiu muito abençoada por ter cruzado com
o caminho da Adam.
Entrou de mansinho no quarto. Adam estava
acordado.
Deitou-se ao lado dele e o abraçou, dando beijinhos
rosto dele.
— Sua mãe é um amor! Será que ela gostou de mim?
— Adam indagou acariciando os cabelos dela.
— Claro! Ela amou você, pode ter certeza.
Susan se aconchegou mais contra o corpo de Adam
que beijou os cabelos dela.
Custaram a adormecer.
Uma vida dependia de Susan ser compatível ou não.
Aquilo era muito emocionante, mas também dava muito
medo. E se ela não fosse compatível?
Tentaram tirar o pensamento negativo da cabeça.
Tudo iria dar certo e Diana cresceria linda e saudável.
Aquele pensamento os acalentou e conseguiram
relaxar e pegar no sono.
O dia que viria seria cheio de emoções.
Um dia de reencontros e de uma expectativa de que
tudo ficaria bem.
Susan acordou abraçada pelo Adam.
O cheirinho bom de café‐recém coado fez sua barriga
roncar.
Adam estava profundamente adormecido.
Afastou o braço dele com cuidado para não o acordar
e foi até a cozinha onde a mãe estava.
O cheiro se tornava cada vez mais delicioso.
Estranhou um pouco a profusão de cheiros. Karina
parecia estar preparando um banquete para café da
manhã!
E estava mesmo!
— Mãe! Quanto trabalho.
Karina virou-se e sorriu para ela.
— Uma das coisas que aprendi a gostar: cozinhar.
Susan reprimiu uma gargalhada. Lembrou-se que a
mãe era péssima cozinheira, além de odiar tal ofício.
— Hum! Mas está tudo muito lindo e apetitoso. —
Susan foi até junto a ela e a abraçou, beijando o rosto dela
com carinho.
Karina colocou uma xícara para Susan na pequena
mesa da cozinha e a serviu. Depois sentou-se com a sua
xícara.
Cortou uma fatia d bolo e a serviu para Susan.
Karina ainda mantinha o mesmo hábito antigo de só
comer alguma coisa lá para as nove horas da manhã.
Susan degustou o bolo com evidente prazer. O que fez
Karina também experimentar.
Estava muito bom mesmo.
Depois passaram a combinar como seria o dia.
— Seu pai vai sair agora pela manhã do hospital.
Diana deve ficar mais uns dias lá. Ela contraiu uma
pneumonia. Então além da transfusão ela está lá por esse
motivo também.
Susan se entristeceu por um minuto.
— Eu revezava com eles bastante. Agora que voltei ao
trabalho isso ficou difícil. Eles contrataram acompanhantes
para ajudá-los, mas queríamos todos ficar junto dela
sempre.
Susan por alguns instantes reviu a mãe da sua
infância. Os olhos dela tinham um brilho como daqueles
dias: era o brilho do amor e da compaixão.
Susan não resistiu, não segurou mais as lágrimas. Sua
mãe estava de volta e aquilo era muito lindo!
Levantou-se e a abraçou. Percebeu que Karina estava
chorando.
A situação de saúde da irmã de Susan era mesmo
muito triste. Susan desejava de todo o coração que
pudesse fazer algo por ela.
Para desanuviar o clima de tristeza Susan levantou-se
e anunciou que ia levar o café na cama para Adam.
Pegou frutas próprias do Brasil, o bolo e outras
iguarias deliciosas que a mãe havia preparado.
Arrumou tudo bem bonito na bandeja. Colocou xícara
para os dois.
Quando ela saiu Karina sorriu lembrando-se de como
sua menina era tímida, menos quando subia em um palco
de desfile ou de concurso de beleza. Ela dava tudo de si
para conseguir o que queria.
Agora a menina tinha se transformado em uma linda
mulher apaixonada, empoderada e cheia de atitude.
Sentiu um orgulho imenso e uma alegria inexplicável
de saber que a única vez em que Susan a desobedeceu, a
vida dela teve uma verdadeira revolução. Nunca imaginou
que um dia agradeceria por Susan a ter desobedecido.
Susan abriu a porta com cuidado equilibrando a
bandeja.
Adam não estava mais na cama. O viu saindo do
banheiro. Enxugava os cabelos molhados. O roupão
entreaberto a deixava ver coisas que lhe eram bem
excitantes.
— Amor trouxe o nosso café da manhã. Vem! Está
uma delícia.
Desviou o olhar do corpo dele. Aquilo sim era uma
visão deliciosa àquela hora da manhã.
Ele se aproximou da cama e a beijou.
— Hum ... o cheiro está divino!
— Minha mãe que fez tudo! Acredita nisso? — Sorriu
para ele.
Adam ficou bem coladinho nela apreciando o café da
manhã e soltando palavras e suspiros de aprovação.
— Ah, amor, vamos precisar alugar um carro. Minha
mãe tem que retornar ao trabalho. A gente providencia isso
assim que saímos lá do hospital. Tudo bem?
— Sim.
— Vou tomar um banho. Quero ir logo. Estou louca
para conhecer a minha irmãzinha.
Já ia se levantando e Adam a puxou e a beijou.
— Vai dar tudo certo. Eu tenho um pressentimento que
tudo isso não aconteceu por acaso, amor!
Susan se emocionou com aquelas palavras. Se
separou dele com dificuldade.
O abraço do Adam a fazia se sentir protegida e
segura. Sempre tinha sido assim. Desde que o conhecera.
Adam a viu separar a roupa de vestir para ir ao
hospital e providenciou a sua também.
Os três chegaram ao hospital. Um hospital enorme e
provavelmente caro.
Susan sabia que o pai tinha uma situação financeira
muito boa.
As dificuldades que ela e a mãe passaram foram todas
pelo orgulho de Karina em nunca aceitar ajuda dele, o
afastamento precoce dela do trabalho por conta da
depressão e a bipolaridade.
— Filha eu vou esperá-los aqui.
Susan entendia a mãe. Foram anos sem ela ver o pai.
Nem sabia como reagiria quando o encontrasse. Era
natural que ela os deixasse a sós.
— Está bem.
Deu o braço ao Adam e foi até a recepção comunicar
que tinha vindo ver o pai e a irmã.
Receberam as orientações e Susan se encaminhou
para o elevador de mãos dadas com Adam.
Adam percebeu que a mão dela estava fria e trêmula.
Quando saíram do elevador logo viraram em direção a
um corredor.
Susan olhou o número do quarto e instintivamente
apertou a mão do Adam e o olhou nos olhos pedindo força.
— Estou com você meu amor! Sempre.
Susan se aproximou da porta e bateu levemente.
Ouviu a voz do pai mandando-a entrar.
— Entre minha filha!
O coração de Susan bateu maus rápido. Apenas uma
porta a separava do pai.
Respirou fundo, abriu a porta e entrou com Adam atrás
dela.
Pai e filha se olharam tomados por uma emoção
intensa.
Susan desviou o olhar para Diana.
Queria abraçá-la, mas lembrou-se dos cuidados
necessários e retrocedeu um passo indo em direção a pia
para a higienização das mãos.
— Pai! — Falou baixinho indo em direção a ele.
Ele encurtou a distância andando rapidamente até ela.
— Meu Deus, filha a quanto tempo não nos vemos.
A abraçou e Adam veio se juntar a eles.
Karina já havia falado para ele sobre o Adam.
Ele sorriu para ele quando se separou do abraço de
Susan.
— É um imenso prazer conhecer você, Adam. — Falou
em um inglês perfeito para Adam.
Diana continuava adormecida. Susan aproximou-se.
Ela tinha raspado os cabelos. A palidez dela, os bracinhos
finos e marcados por picadas de injeções fizeram Susan
retroceder e se refugiar no peito de Adam.
— Nossa guerreirinha passou por uma batalha dura
esses dias. — Rodrigo falou com a voz estrangulada pelo
choro que tentava conter.
Susan aquiesceu.
— Ela deverá ter alta depois de amanhã. Precisam
monitorá-la por causa da pneumonia.
Adam olhou para Diana, era linda e se parecia muito
com Susan. Um forte sentimento de amor o tomou por
aquela garotinha. E mais uma vez sentiu no seu coração
que ela não iria desistir tão fácil.
A sensação de que ele Susan tinham uma missão a se
cumprir ali se tornou mais forte no coração dele.
Susan ficou matando a saudade do pai, conversando
sobre tantas coisas, tantas lembranças boas.
Diana se remexeu na cama. Rodrigo correu para junto
dela.
Ela ainda estava um pouco sonolenta, murmurou
baixinho:
— Pai, a mamãe chegou?
— Não filha! É a Susan e o namorado dela. Lembra
que o papai te falou ontem?
Ela abriu os olhinhos e fez um gesto com a mão
pedindo Susan para se aproximar.
— Meu pai me falou que você era linda e boa. Que
você viajou lá dos Estados Unidos para tentar me ajudar.
Susan deixou as lágrimas caírem.
— Su, não chore! Eu acho que isso tudo vai passar. Se
não passar, eu não estou chorando mais. Mesmo que eu
não fique curada, eu estou feliz de ter uma irmã!
Susan a abraçou com cuidado por causa do cateter no
braço dela.
Anunciaram que a mãe de Diana estava subindo e que
eles precisavam descer.
— Eu vou apresentá-la para vocês e depois
descemos.
Quero que conheçam a minha casa, filha!
A mãe de Diana chegou e ficou muito emocionada de
conhecer a irmã de Diana.
— Oh, Susan, que prazer conhecer você.
A abraçou com o rosto banhado de lágrimas.
Diana ficou na maior felicidade de ver a mãe.
— Mamãe viu como a minha irmã é linda?
A mãe sorriu disfarçando as lágrimas.
— Sim! Linda igual um anjo.
Os três se despediram delas e Rodrigo não cabia em
si de felicidade de finalmente poder ser o pai de Susan
como nos velhos tempos.
No carro na ida para a casa de Rodrigo, Adam
permanecia em silêncio ouvindo os dois tagarelarem à
vontade. Sabia que eles tinham muitos assuntos para
colocarem em dia.
Susan se deu conta que tinha colocado o Adam para
escanteio e descansou a cabeça no ombro dele e o
colocou na conversa.
— Não é meu amor?
— É sim!
Susan sorriu, tinha certeza de que ele não tinha
entendido nada do que falavam, já que estavam falando
rápido e em português.
Ficou ali recostada no ombro dele, de olhos fechados
e sonhando com a Diana curada e indo passear na Disney
com eles.
O pai parou o carro em um bairro nobre em frente a
um belo condomínio fechado.
— Nossa casa, filha. Pena que você nunca pode
desfrutar da nossa presença e nem desse lugar. — Sua
voz denotava alguma culpa por ter se entregado tão fácil
aos caprichos doentios de Karina.
— Isso é passado, pai. O que importa é que a vida nos
uniu novamente.
— É.
Apertou o controle e o portão começou a deslizar se
abrindo para dar passagem ao carro.
Uma nova e emocionante etapa na vida de pai e filha.
Susan fez os exames e procedimentos para ver se
era compatível com a irmã.
Gostou imediatamente da Júlia, a esposa do pai. Ela
era jovem, linda e corajosa.
Era uma pessoa de coração amável e Susan seria
grata a ela eternamente por ter acolhido a mãe na grave
situação em que se encontrava.
Estavam os três: ela, o pai e Adam à espera do
resultado.
Júlia ficou com Diana na casa de Karina. Elas estavam
muito nervosas e dando força uma para outra.
Diana recuperada da pneumonia estava até um
pouquinho mais corada.
Ela se deitou no colo das suas duas mães. A cabeça
no colo de Julia e as pernas no colo de Karina.
As três permaneceram em silêncio. Era como se
transformar os pensamentos em palavras pudesse tornar
tudo mais inquietante naquele momento.
No hospital em meio a terrível expectativa em que os
três se encontravam, a doutora entrou na sala onde eles a
aguardavam.
Um silêncio estranho fez o ambiente ficar mais
pesado.
A doutora Francine Freitas Kuster, a melhor naquela
área parecia trazer boas notícias, pois tinha um grande
sorriso iluminando o seu rosto.
— Vejo que estão tensos e angustiados com a espera
do resultado.
Susan sorriu levemente, concordando com a cabeça.
— Pois então, Susan, sua viagem não foi em vão!
O pequeno sorriso no rosto de Susan se alargou.
— Eu... ai, minha nossa! Eu sou compatível?
A doutora entregou o exame a ela que o pegou com as
mãos trêmulas com as lagrimas turvando os seus olhos.
Leu o resultado e abraçou Adam e o pai.
— Ah, meu Deus! Eu sou compatível pai!
Os três choraram de emoção.
A doutora manteve-se em silêncio por uns instantes.
Discretas lágrimas desciam pelos seus olhos escuros.
Por fim todos voltaram para a realidade e olharam para
a médica.
— Susan, precisaremos passar algumas instruções
para você. O procedimento é bem simples e rápido, mas
são necessários cuidados como em qualquer cirurgia. — A
doutora disse com uma entonação animada.
Susan abraçou o pai e o Adam e seguiu com a doutora
para sua sala.
Por alguns minutos a doutora esclareceu as dúvidas e
sobretudo foi realista. As chances eram grandes de Diana
se recuperar e ter uma vida normal de uma criança de sete
anos. Mas a ciência não era uma conta exata e que teriam
de estar preparados para o não também.
Susan segurou a mão dela e disse com uma
serenidade espantosa.
— Eu sei doutora! Mas lá no fundo do meu coração eu
sinto que o destino não juntaria a minha família para
despedaçá-la de novo!
Francine assentiu. Era lindo ver aquela garota tão
jovem e com tanta maturidade.
Se despediram e Susan foi ao encontro de Adam e o
pai.
— Agora será necessário preparar a Diana para a
cirurgia. Meus exames estão todos bons. — Susan os
contou exultante.
Retornaram para a casa da Karina. Assim que
entraram a Diana foi ao encontro de Susan e a abraçou.
Depois foi abraçar o pai e o Adam.
Karina e Julia estavam ansiosas pelas notícias.
Susan abriu um grande sorriso e contou que era
compatível.
Karina e Julia caíram no choro e Diana ficou parada
sem reação.
— Eu vou ficar boa, é isso mesmo, Su?
— É uma grande chance de você se ver livre de
hospitais e ter uma vida normal de uma criança que só
precisa de saúde para viver a época mais linda da vida.
Susan não podia dizer para ela que a ciência não é
uma matemática exata, que às vezes as coisas não saiam
como o esperado. Mas o que disse não era mais ou menos
isso? Existia a chance. Grandes chances de tudo mudar
para melhor.
Rodrigo convidou Susan e Adam para se hospedar na
casa dele.
Susan olhou para a Karina pedindo permissão. Não
queria magoá-la.
Karina balançou a cabeça concordando.
Susan seguiu para a casa do pai.
Estava muito feliz junto da sua família.
A casa era linda e aconchegante. Ela sentia o amor
em cada canto daquele lugar.
Diana estava muito animada e roubou Susan do Adam
para ir mostrar o quarto dela.
Susan ficou encantada. Era um lindo quarto de
princesa.
Logo Rodrigo foi fazer companhia ao Adam e ficaram
conversando sobre tudo o que estava acontecendo.
O celular do Adam tocou. Ele atendeu apreensivo.
Rodrigo se afastou discretamente, para dar
privacidade ao Adam.
— Mãe? Aconteceu alguma coisa?
— A polícia. Seu pai foi preso. Um esquema podre de
crimes que vai da prostituição à escravidão de moças
inocentes foi revelado. A comparsa dele não aguentou a
pressão e entregou todo o esquema. Preciso de vocês
aqui, meu filho!
— Mas..., mãe! A Susan está no meio do processo
para o transplante de medula.
— Ai, filho, desculpe, eu estou tão nervosa, que não
perguntei sobre isso.
— Ela é compatível, mãe!
Ele percebeu que Briana estava chorando.
— Que bom, meu filho!
No final da conversa ela insistiu na necessidade da
presença do Adam imediatamente lá.
Rodrigo retornou e percebeu que Adam tinha ficado
preocupado.
— Problemas, Adam?
— É, deixamos uma situação bem complicada por lá.
Acho que A coisa estourou e minha mãe precisa de mim lá.
Rodrigo se afastou no momento que viu Susan
voltando para a sala. Ela viu que Adam estava com uma
expressão bem preocupada.
Ela tinha percebido que ele estava ao telefone. Foi
para unto dele e indagou:
— Aconteceu algo com a Briana, amor?
— Não. Meu pai foi preso e ela precisa de mim lá.
Ele a olhou preocupado. Ele não poderia levá-la. Ela
estava no meio do processo de doção de medula.
Levaria alguns dias até a Diana estar preparada para a
cirurgia.
— Amor eu sei o quanto seria importante eu estar aqui
no momento da sua cirurgia.
Esperou a reação dela, que permaneceu quieta.
— Está na hora do Alfred aparecer e acabar de ferrar
com o meu pai de uma vez.
Susan entendia a situação. Em outras circunstâncias
imploraria para ele ficar. Mas não naquele momento.
— Eu vou ficar bem, Adam! Só que quero falar com
você todos os dias.
Susan o abraçou escondendo o rosto no ombro dele.
Tentava segurar o choro, pois queria estar lá quando o juiz
batesse o martelo e condenasse Fernand por todos os
crimes que ele cometeu.
— Amor, eu prometo que farei todo o possível para
voltar para viajamos juntos de volta para a nossa casa. —
Adam falou enquanto buscava os lábios de Susan em um
beijo terno e protetor.
Julia os encontrou naquele carinho bom e deu uma
tossidinha para chamar a atenção deles.
— O almoço está servido. Vamos lá?
Adam abraçou Susan pela cintura e foi seguindo Julia
para a sala de jantar.
Rodrigo já estava à mesa os esperando.
Julia pediu licença para buscar a sua pequena.
Ela não estava tão fraca, mesmo assim Julia a pegou
no colo.
— Ah, mamãe eu não sou um bebezinho! — Diana riu.
— É, sim! Meu bebezinho para sempre.
Elas chegaram rindo à mesa.
Susan sorriu para as duas e brincou:
— Meta de vida amor: ser uma mãe muito grudada
com a minha filha, igual a Julia com a Diana.
Adam olhou para ela com um sorrisinho malicioso. Do
jeito que treinavam não iria demorar muito para acontecer
se não fossem as precauções que tomavam.
— Hum... pode vir um menininho, minha meta de vida
ser um pai bem melhor para o meu filho que o meu pai foi
pra mim. — Logo pareceu que ele se arrependeu do que
havia falado e tratou de mudar de assunto.
Passaram ao almoço que Adam adorou. A comida
brasileira era mesmo maravilhosa.
Adam comunicou a todos sobre a sua viagem
repentina, omitindo o fato de que o pai estava na prisão.
Então como ele viajaria no outro dia pela manhã pediu
se Karina poderia vir se juntar a eles.
Julia concordou imediatamente.
Foi uma noite linda. Susan estava radiante por saber
que poderia ajudar a irmãzinha e ficar curtindo a nova fase
dos pais.
Embora se desejassem muito, tiveram apenas uma
noite de carinho e namoro quase inocente.
Um tempo antes do horário de Adam se levantar
Susan sentiu o calorzinho gostoso do corpo dele no seu.
Sussurrou no ouvido dele:
— Acho que está na hora de acordar, meu amor. —
Assoprou seu hálito quente na orelha dele, que se arrepiou.
— Su!
Ele a repreendeu quando a mão dela deslizou para
dentro do short do pijama dele.
A mão boba ficou lá até o bichinho despertar.
— Su. Ah, não! — Ela ficou fingindo que queria dormir.
— Vamos tomar banho Adam. Daqui a pouco vamos
ter que ir para o aeroporto.
— Banho! Sei... — Ele se fez de difícil.
Ela não aguentou a cara dele e começou a rir.
Levantou-se o puxando para o banheiro.
Escovaram os dentes com Adam se esfregando nela
que estava cada vez mais excitada.
Adam terminou de despi-la e tirou o calção.
A foi empurrando para o chuveiro.
A água morna caia sobre os seus corpos.
Ele a beijou com intensidade e desejo.
As mãos dela começaram a brincar com o pau dele,
fazendo movimentos de vai e vem com a mão ensaboada.
— Ai, Su desse jeito eu vou perder o avião, minha
gostosa.
— Não vai perder não, meu amor. Te acordei cedo
para isso mesmo.
Adam estava louco de desejo pela Susan.
Mesmo assim se esquivava dela. A queria, mas na
cama com tudo que uma despedida merecia.
Fechou o chuveiro e pegou a toalha e a secou
cuidadosamente.
Se enxugou e a pegou no colo.
— Quero ver você se abrindo pra mim, minha flor.
A beijou carregando-a para a cama.
A deitou suavemente e Susan o puxou em um beijo
apaixonado.
Adam desceu a beijando, tocou os seios dela com as
mãos, com a boca, com a língua e os dentes.
Susan gemia sob a sua boca ávida e quente.
— Ai, meu amor, que gostoso!
Adam desceu até o meio das pernas dela. As abriu
com cuidado. A visão da bocetinha dela era uma tentação.
Susan se contorceu e puxou o rosto dele para senti-lo
mais profundamente dentro dela.
Ouvir Susan gemendo, entregue, fêmea e intensa o
estava levando ao limite do desejo.
— Su, eu quero você agora!
Ele fez o mesmo caminho a beijando por todo o corpo.
Susan se abriu para ele com um gemido que tentou
abafar, sem sucesso.
Adam começou a penetrá-la com cuidado. Gostava de
saborear cada segundo da sua deliciosa entrega.
A possuiu sentido o seu corpo se mover sobre o seu
para recebê-lo inteiro dentro dela.
— Oh, Adam!
Adam pôde sentir o orgasmo de Susan se
aproximando e então intensificou as estocadas gozando
com ela.
Susan estava mole sob o corpo dele, com ele
acariciando os cabelos dela.
O alarme tocou os fazendo despertar daquele delicioso
torpor que os tomou depois do amor.
— Ai, nossa! Agora que a ficha tá caindo que você vai
embora. Tem ideia de como vou sentir sua falta amor? —
Susan falou e Adam pode sentir uma ponta de tristeza na
voz dela.
— Eu venho buscá-la, vai ficar tudo bem, amor.
Susan concordou.
Se vestiram e Adam pegou a sua mala.
Quando chegaram na sala o café estava na mesa. O
pai e a mãe de Susan já os esperavam. Julia veio se juntar
a eles.
— Diana, demorou muito para dormir ontem. Estava
ansiosa!
— Eu também estou. Imagine ela, que tem sua
esperança de cura nesse transplante.
Depois do café Julia e Rodrigo foram levar Susan e
Adam ao aeroporto.
Susan despediu-se dele e ficou vendo o avião decolar.
Não sabia quanto dias ficariam separados, mas sabia
que iria sentir uma saudade danada dele. Não conseguiu
conter mais o choro.
Quando voltou a realidade viu Julia e Rodrigo a
olhando emocionados.
Fez um gesto em direção ao estacionamento pedindo
para que voltassem logo para casa.
No caminho de volta todos os abusos de Fernand
voltaram à sua mente e embora não fosse vingativa
desejou que ele apodrecesse na cadeia.
Quando entraram a Diana estava com a Karina
tomando café.
— E aí, princesinha, está animada? — Susan
perguntou aproximando‐se dela e abraçando.
— Animada, com medo e cheia de esperança!
— Isso, meu amor, esperança! A gente precisa
acreditar no melhor.
Olhou para a mãe e sorriu.
Não era Karina um milagre? Milagres existiam e Susan
precisava desesperadamente de um milagre que pudesse
tornar Diana uma garota com saúde para vivenciar a sua
linda infância.
Karina tocou a mão de Susan. A segurou firme entre
as suas, sem nenhuma palavra Susan entendeu que ela
estaria ao lado dela para qualquer coisa que viesse.
Adam foi recebido pela mãe e pelo Michel no
aeroporto.
O longo abraço de Briana em Adam era de saudades e
sobretudo de aflição.
Adam deu um abraço no Michel assim que a mãe se
separou do seu abraço.
— E aí, amigão cuidou bem da minha rainha?
Briana deu um sorrisinho sem graça e Michel
respondeu animado:
— Muito! Acredita Adam, que mesmo agora com
Fernand preso ela não quer mais voltar para a casa dela?
— Ah, Michel. Seu cínico! Ele que não me deixa mais
sair de lá Adam. — Briana riu da cara sonsa que Michel fez
se fazendo de inocente.
Então Briana entrou no assunto sério enquanto se
dirigiam para o carro.
— Eu realmente precisava de você aqui. O Alfred é
uma peça importante para que Fernand mofa na cadeia.
Ele já está muito encrencado, mas não custa nada o
encrencar mais um pouquinho.
Ao saber das monstruosidades de Fernand Briana
ficou horrorizada com o fato de ter confiado cegamente
naquele homem.
— Adam, ele tinha uma amante que o acompanhou
em todas essas monstruosidades! Uma mulher, Adam,
fazendo atrocidades com garotas que só tinham o sonho
de uma vida melhor, um futuro e ajudar a família.
Imperdoável!
Adam assentiu. O que teria acontecido com Susan se
ele não a tivesse resgatado?
Briana acionou o controle do carro para entrarem, mas
antes segurou as mãos de Adam entre as suas e se
desculpou:
— Eu sei, meu filho que a Susan está passando por
esse momento delicado, mas precisamos acabar com essa
história triste. O Alfred lá isolado!
— Eu sei, mamãe. Mas talvez consiga trazer a Susan
para ver o meu pai no banco dos réus.
Briana ficou em silêncio. Era triste demais saber no
que Fernand tinha se tornado.
Michel permanecia em silêncio. Era muito triste tudo
aquilo. Lembrava do modo como Fernand investiu em
Briana.
Ele e Briana tinham um amor puro, com muito afeto e
respeito.
Fernand fascinou Briana com o seu jeito arrojado e
impetuoso de amar. Pelo menos ela teve a dignidade de
terminar o romance com ele, antes de cair nas garras de
Fernand.
Briana percebeu o silêncio dele. Sabia que na cabeça
dele estava passando um filme.
Ele sofreu tanto com o término do romance deles!
Adam seguiu com eles para a casa de Michel.
Ao entrarem no apartamento sentiram o delicioso
aroma de comida, o tempero brasileiro da Maria.
— Hum... vocês estão de sacanagem comigo? Só
assim para eu ficar com mais saudade da minha princesa!
Maria sorriu e pensou que Susan era mesmo uma
garota de sorte. Sabia que Adam era louco pela garota. Era
um amor muito lindo mesmo dos dois!
Com Fernand preso, Adam podia tirar o Alfred do
esconderijo, mas por medidas de segurança ele ficaria no
apartamento de Adam até que tudo terminasse.
Depois do almoço Adam pediu licença e foi para a
varanda conversar com a Susan.
Ficaram por um bom tempo conversando até que
Adam precisou desligar para ligar para o Alfred.
O telefone tocou insistentemente e Alfred não o
atendeu.
Adam ficou preocupado.
Esperou um tempo e ligou novamente.
Depois de alguns toques ele atendeu.
— Alfred, como você está?
— Levando a vida, mas não está fácil, Adam.
Quando eu vou poder sair daqui? Seu pai já tá preso!
Ele acompanhou a prisão dele pela tv, e estava louco
para sair do esconderijo.
— Vou tirá-lo daí. Mesmo com o meu pai preso não
podemos arriscar. Você vai ficar no meu apartamento até o
julgamento dele.
Alfred não gostou muito daquela notícia. Queria andar
livre pela cidade ver os pais e o filho.
— Mas Adam... ele tá preso!
— Alfred, meu amigo, não podemos baixar a guarda.
Não sabemos quantos cúmplices ele tem por aí.
Do outro lado Alfred coçou a cabeça, num gesto de
nervosismo.
Aquilo tudo era enlouquecedor.
— E a sua namorada sabe disso?
— Claro! Estava conversando com ela agora ao
telefone. Ela está no Brasil.
Adam explicou brevemente a situação de Susan e
depois voltou ao assunto inicial.
— Tudo bem, Alfred?
— Está.
— Irei buscá-lo. Policiais à paisana e com um veículo
discreto me darão cobertura para buscá-lo. A gente nunca
sabe o que esperar do meu pai.
Adam fez como o combinado, buscou o Alfred e o
instalou em um dos quartos do seu imenso apartamento.
Como os crimes de Fernand eram bárbaros havia um
clamor por parte da sociedade para que ele pagasse pelos
crimes cometidos.

..■..

Susan e Diana estavam abraçadas à espera da


menina entrar para o transplante de medula.
Karina tinha ido buscar água para a pequena.
Julia tinha dado uma desculpa que precisava ir ao
banheiro. Estava muito apreensiva, pois a sua pequena iria
enfrentar uma batalha grande. Uma batalha onde muitos
pequenos guerreiros em algum momento da guerra a
perdiam deixando as famílias despedaçadas.
Chorou por longos minutos ao pensar no que a sua
filha passaria pelos próximos dias.
Lavou o rosto para desfazer os vestígios do choro e
olhou para os olhos vermelhos refletidos no espelho.
Chorar, ter esperança, se desesperar, sorrir a cada
momento de melhora de Diana tinha sido a sua rotina
desde que descobrira que a sua filha estava doente.
Retornou para junto de Diana, que logo foi em busca
do colo dela.
Karina voltou para junto delas, era evidente que
também esteve chorando.
Viram Rodrigo vindo na direção delas.
Ele precisou passar na empresa para deixar uns
documentos.
Aproximou-se e cumprimentou Karina e Susan.
Deu um leve beijo em Julia e acariciando o rostinho de
Diana deu um beijo demorado na sua bochecha.
Depois de um tempo que pareceu uma eternidade,
vieram buscar Diana para realizar o transplante.
Ninguém conseguiu mais segurar as lágrimas.
Abraçaram-se formando pequeno círculo de amor e
esperança por dias melhores.
A equipe aguardou aquela despedida emocionada da
família.
Era sempre assim e a equipe acabava se
emocionando também, não importava quantas vezes
vissem aquele quadro.
Acomodaram Diana na cadeira de rodas, a mãe ainda
os seguiu até a porta de onde ocorreria o transplante.
Uma enfermeira a parou delicadamente pelos ombros.
— Sra. Julia, agora vai precisar voltar daqui.
Julia começou a chorar quando viu a menina entrando
pela porta onde faria o transplante.
Julia não suportou aquele peso no coração e chorou
alto chamando a atenção da menina que se virou e pediu:
— Não chore, mamãe, eu vou voltar pra você!
A enfermeira que estava acalmando a Julia fungou e
secou discretamente suas próprias lágrimas.
Tinham que entrar.
— Ela vai voltar! Ela vai voltar. — Repetiu enquanto
entrava com Diana no centro cirúrgico.
Se afastou pesarosa e já lá dentro onde ocorreria o
transplante o seu coração batia forte.
Era sempre assim. Ela sempre podia sentir o medo
dos pais de não verem mais seus filhos.
Pensou na sua pequena Luísa que via bem menos do
que queria por conta do seu trabalho.
Sussurrou ao lembrar que logo seu turno terminaria:
— Mamãe está voltando meu amor!

..■..

Embora Susan quisesse muito ficar e esperar a pega


da medula de Diana, a polícia precisava do depoimento
dela no caso do atentado ao Alfred.
O telefonema tirou um pouco da paz que Susan estava
vivendo naqueles dias.
Visitava Diana revezando com Karina e Julia.
Diana estava reagindo muito bem.
O coração de Susan ficou pequeno no peito ao pensar
que teria que deixá-la.
Ficou com o celular na mão, sem ação.
No entanto ela tinha que ir. Era uma intimação e ela
precisava ir.
À noite depois do jantar que foi na casa de Karina, já
que Susan tinha retornado para lá, ela contou do
telefonema de Adam e de que a polícia precisava do dela
para testemunhar contra Fernand pelo atentado contra o
Alfred.
Susan não permitiu que Adam fosse buscá-la. Ele
seria mais útil lá, pois sabia que o Alfred estava no
apartamento dele.
Adam concordou, mas avisou que estaria no aeroporto
à espera dela.
Susan acordou com o coração apertado. Iria se
separar da mãe de novo. Ficar longe da sua irmãzinha em
um momento muito delicado, mas ver Fernand pagar pelos
seus crimes era uma questão de honra.
Karina já estava na cozinha preparando o café da
manhã. Susan sorriu. Em outros tempos uma cena
daquelas era impossível de acontecer.
Tomou um banho enquanto escovava os dentes no
chuveiro.
A mala estava pronta em um canto do quarto.
Enxugou-se e caminhou em direção à cama.
Vestiu-se e nunca se imaginou em uma situação
daquelas.
Seu coração queria ficar ali e ao mesmo tempo queria
ir logo, sentimentos confusos lutavam dentro dela.
Karina bateu na porta.
Susan enxugou rapidamente as lágrimas e a mandou
entrar.
Ela sentou-se ao lado da filha na cama e a abraçou
enquanto fazia carinho nas costas dela.
— Vai ficar tudo bem, querida! A Diana é uma
guerreira.
— Eu sei. Ai, mãe eu contei a verdade para ela ontem.
Ela sabe que vou me afastar por uns dias. Ela chorou
um pouquinho. Mas ela está muito confiante que o
transplante vai dar certo. — Susan falou erguendo a
cabeça e olhando a mãe nos olhos.
— Ela nunca desanimou. Sempre teve fé!
Mas agora chega de assuntos tristes, vamos lá tomar
o nosso café, porque se não alguém vai acabar perdendo o
voo.

..■..

Susan chorou quando o avião começou a pousar em


San Francisco.
Estava de volta naquela cidade que quase a engoliu e
a destruiu por completo. Também foi naquela cidade
incrível que o amor a alcançou e a salvou!
Como que para completar o seu pensamento viu Adam
se aproximando, vindo em direção a ela.
"Nossa! Como ele é lindo! — constatou o óbvio como
se o estivesse vendo pela primeira vez.
Adam andou rápido até ela e abraçou.
— Que saudade meu amor!
— Eu quase morri de saudade longe de você, Adam!
Adam sorriu pegando a mala e a abraçando pela
cintura a guiando para o estacionamento.
Assim que abriu a porta do carro para Susan entrar ela
se deparou com um lindo buquê de flores.
Virou-se emocionada e o beijou.
— Oh, Adam, é lindo!
— Não abra o cartão ainda. Quando for a hora eu te
aviso.
— Adam, amor! O que você está aprontando?
Quando Susan entrou e colocou o buquê no colo,
sentiu que havia um volume no envelope e não era uma
escrita em relevo que estivesse no cartão. Era algo grande.
A curiosidade dela só aumentava.
Ela sorriu desconfiada. E segurou o envelope com
cuidado. Estava louca para saber o que era.
Susan ficou olhando para Adam dirigindo com aquele
sorriso bobo no rosto.
Ele se desviou do caminho habitual e entrou por um
caminho diferente.
Ele dirigiu até um lugar com uma linda paisagem
rodeada de verde e um pouco distante da cidade.
O viu entrar por uma estrada rodeada de flores.
Logo Susan avistou alguns chalés charmosos e
românticos.
Então entendeu que Adam queria passar alguns
momentos de intimidade ali com ela.
Estava maravilhada. Era tudo muito romântico.
Quando desceram do carro Adam mostrou a chave do
chalé para ela.
— Iremos voltar aqui outra hora para curtimos isso
aqui com mais tempo.
Logo ali atrás daquele morrinho tem um lago de
pescas.
Eles alugam lanchas para os hóspedes irem para a
ilha lá do outro lado. É uma ilha linda e totalmente
selvagem.
Eles só deixam uma família ou um casal irem por vez,
caso aconteça alguma destruição de qualquer coisa na ilha
o estrago é identificado na hora.
— Bem diferente da sua ilha, né, amor?
Adam riu, a ilha dele tinha todos os luxos que o
dinheiro pudesse comprar.
— Entre princesa! — Ele fez um gesto gracioso a
colocando a sua frente.
Quando ela entrou na antessala da suíte, ficou
emocionada. Foi recebida pela música e pétalas de rosas
caíram sobre ela.
Uma bela jovem tocava a música que eles amavam ao
violino.
— Adam!
Ela o abraçou e escondeu o rosto banhado em
lágrimas no peito de Adam.
Adam a tirou para dançar, enquanto enxugava as
lagrimas dela com o polegar circundado os lábios, que ele
logo tratou de beijar com saudade e urgência.
A música acabou.
Aí Susan se lembrou das flores.
— As flores Adam!
— Fique aqui que eu busco.
Susan sorriu para linda instrumentista.
Adam voltou com as flores e o cartão.
Então pediu a instrumentista que tocasse a música de
quando viu Susan dançando pela primeira vez.
Não importava o quanto aquele momento fora
dramático, ele os marcou para sempre.
Susan sabia que Adam gostava dela, que estava com
saudade, mas nunca imaginou que ele a receberia assim.
A música continuava e tocava a emoção dela ao se
lembrar de tudo.
Adam lhe entregou as flores e o cartão.
Susan admirou por uns instantes suas lindas flores e
com o com o cartão entre os seus dedos.
— Abre, amor! — Adam pediu.
Susan abriu o envelope e quase teve uma coisa ao ver
o delicado anel de ouro e diamante preso ao cartão em que
estava escrito:
"Aceita ser a senhora Smith Jones?”
Susan estava em lágrimas. Estava sem palavras.
— Aceita? — Ele insistiu vendo-a segurando o cartão
sem reação.
— Claro que aceito!
O puxou com cuidado e o beijou.
— Era para ser em um jantar romântico lá em casa,
amor. Mas com o Alfred lá, seria um pouco estranho.
— É. Mas ele está lá por uma boa causa.
— Mesmo assim, esse pedido de casamento um
pouco inusitado merece ser comemorado com pompa!
A violinista tocou a última música para embalar o mais
lindo pedido de casamento que já vira.
Adam estava louco para ficar a sós com Susan.
Agradeceu e dispensou a violinista e abraçou Susan
pela cintura e a carregou para o quarto.
A beijou a puxando para junto do seu corpo.
— Que saudade, amor!
— Eu também, Adam!
Despiram um ao outro entre beijos cheios de desejo e
ternura.
Então quando Adam se fundiu dentro dela ela não
segurou mais o grito de prazer que sentia a cada
arremetida de Adam a penetrando por inteiro.
— Amor... Adam! Ai. Ai. Hum!
— Goza para mim, mas gemendo na minha boca,
minha gostosa.
Adam a puxou em um beijo safado e sentiu Susan se
desmanchar e estremecer.
Ele segurou o seu próprio orgasmo. E com sua boca
colada na orelha dela a fazendo arrepiar-se ordenou:
— Vem comigo, amor! Agora!
Susan começou a gozar novamente, sentindo Adam
indo junto com ela.
Adormeceram quase sem perceber. Adam acordou
com o toque do seu celular.
Era Briana. Ela sabia da surpresa que Adam faria para
Susan. Mas como já estava anoitecendo, preocupou-se.
— A gente dormiu, mãe. Desculpe tê-la preocupado.
Logo estaremos aí.
Susan despertou com Adam conversando com Briana
e pediu para falar com ela.
Contou do pedido e em como ela era a garota mais
feliz do mundo.
Adam ficou rindo dela.
Quando ela desligou a jogou sobre a cama prendendo-
a contra o seu corpo nu.
— Adam! A gente tem que ir. Para, Adam.
Ele continuou a beijá-la que não resistiu e se entregou
ao beijo.
Quando finalmente saíram do chalé e pegaram a
estrada Susan suspirou esperançosa:
— Temos que vir aqui mais vezes.
— Sim viremos com certeza.
O sol estava se pondo formando um quadro lindo com
o verde da paisagem.
Susan sorriu para Adam:
— Obrigada, meu amor, por fazer a minha vida tão
feliz.
— É um prazer! Sempre.
Susan estava muito ansiosa pela notícia mais
importante da sua vida: se a medula de Diana iria pegar e
se ela ficaria curada.
Acordou e sentou-se na cama, falava com a família no
Brasil todos os dias.
Tentava acalmá-los, mas ela mesmo já estava muito
apreensiva. Aquela demora era prevista, mas nem por isso
deixaria de ser angustiante.
Adam dormia profundamente abraçado a ela que
continuava sem conseguir pregar o olho.
Levantou-se com cuidado para não o acordar, foi até a
varanda e ficou olhando para o mar, a lua iluminava o vai e
vem das ondas, fazendo com que ela sentisse, uma paz
impressionante.
Adam acordou e não a viu ao seu lado.
Viu a porta da varanda aberta e foi até onde Susan
estava.
A abraçou por trás, na espreguiçadeira, deslizando os
dedos pelos cabelos sedosos dela.
— Vamos entrar, esse vento frio pode lhe causar um
resfriado.
Adam pôde sentir o quanto ela estava tensa ao tocá-la
no ombro.
Podia perceber que ela estava muito preocupada o
com problemas da Diana no Brasil e o julgamento de
Fernand.
— Adam, eu vou ter que encarar o seu pai no tribunal?
— Sim, vai.
Ela desviou o olhar de Adam.
— Eu sei que isso será a coisa mais difícil que fará na
vida, mas depois teremos paz. — Puxou o rosto dela e
depositou um beijo na bochecha dela.
Susan assentiu. Por mais que temesse o confronto
com Fernand, também ansiava por aquele momento de vê-
lo rendido e finalmente pagando pelas atrocidades
cometidas com tantas garotas inocentes.
— Vamos para a cama. Eu a ajudo dormir!
Susan sorriu. Ele faria a mesmo dormir.
Adam se deitou Susan no seu colo assim que chegou
na cama e ficou fazendo carinho no cabelo dela, no rosto e
orelha até que ela relaxou e pegou no sono.

■~■

Adam acordou foi até a cozinha e pediu a empregada


para preparar uma bela bandeja de café da manhã. Queria
surpreender Susan quando ela acordasse.
Voltou para o quarto e ficou a admirando adormecida.
Estava com pena de acordá-la, mas com o retorno
dela precisavam colocar alguns trabalhos dela em dia.
— Su! Acorda minha preguiçosinha. — Falou
suavemente no ouvido dela que se virou para o lado e
continuou a dormir.
Adam começou a mexer nela que acordou ainda
sonolenta. Assustou-se um pouco.
— Nossa, já amanheceu!
— Sim. Temos que ir para a empresa. Existem
algumas fotos que você precisa tirar para campanhas que
estão em andamento.
Susan levantou-se rapidamente jogando as cobertas
para o lado.
Tinha que adiantar os trabalhos, pois assim que
Fernand fosse julgado ela voltaria ao Brasil para ver a sua
família.
O pensamento renovou o seu ânimo.
Só então viu a bandeja de café da manhã na mesinha
ao lado.
— Vou tomar esse café, depois tomo o meu banho.
Adam a acompanhou no café e de vez em quando
colocava uma uva na boca de Susan.
Uma hora ele puxou o dedo dele e o lambeu de um
modo muito provocante.
— Susan, não faz isso ou eu não respondo por mim,
gostosa.
Ela riu da cara de vítima que ele fez para ela.
Quando estavam de saída para a empresa
encontraram o Alfred com um ar meio entristecido à mesa
do café da manhã.
Percebiam que ele não estava muito confortável no
apartamento de um jovem casal que acreditava ele,
precisava de privacidade.
— Alfred, você sabe amigo que falta muito pouco para
você ter a sua liberdade.
Ele assentiu e sorriu para Susan que o cumprimentou
com um:
— Bom dia, Alfred, querido!
Ainda conversaram um pouco com ele, o convencendo
que era necessário ele permanecer incomunicável pela sua
segurança e a dos familiares dele.
Saíram o deixando bem pensativo sobre tudo que
estava por vir.

■~■

Briana estava muito feliz de não ter mais que exercer a


presidência da empresa. Odiava aquelas coisas
burocráticas.
Comemorou mentalmente o fato de agora poder fazer
aquilo que realmente amava: organizar os desfiles e
orientar as novas e promissoras modelos.
Michel estava seguindo sua vida normalmente com a
sua empresa e suas franquias.
Era muito bom aquele romance que ela estava
vivendo, Michel era romântico e agora com a idade tinha
ganhado experiência e era um homem arrojado e sexy na
cama.
Como que numa transmissão de pensamento, o
celular dela tocou e Michel a convidou para almoçarem
juntos.
Ela desligou o celular e sorriu. Sabia bem como
terminavam aqueles almoços e adorava.

■~■

A ferocidade dos crimes de Fernand e Jennifer


levantou um clamor na sociedade e com a investigação e
com a confissão da sua cúmplice eles iriam a júri popular.
Susan não sabia definir seus sentimentos. Estava
muito feliz porque finalmente a justiça seria feita.
No entanto outra coisa a preocupava: a pega da
medula de Diana ainda era uma incógnita.
O coração dela sempre ficava apertado quando
buscava notícias sobre o estado de Diana.
Estava protelando a ligação porque estava sendo
frustrante sempre receber uma resposta negativa.
Então o celular dela tocou.
Era Julia. Atendeu rapidamente, com o coração
batendo em um ritmo alucinado.
— Su! A medula pegou!
Susan pode ouvir vozes comemorando o fato ao
fundo.
Ela começou a tremer emocionada.
— Ah, como eu queria estar aí! Abraçar a minha
pequena e dizer para ela o quanto ela foi guerreira! —
Susan falou se desmanchando em lágrimas.
— Ela está dormindo agora, mas gravou um vídeo
para você. Vou enviá-lo.
Se despediram e Susan carregou o vídeo.
"Su, eu consegui! A medulinha pegou!"
Susan caiu em prantos. A voz ainda era baixa, mas
pode ouvir Diana dizer enquanto as lágrimas desciam pelo
seu rosto.
"Eu te amo, Su! Obrigada por você existir, irmã linda!"
O vídeo terminou com Susan repetindo as palavras de
Diana em resposta:
— Eu te amo, minha irmãzinha linda e guerreira! —
Sussurrava a frase várias vezes emocionada.
Adam entrou no quarto e a viu chorando. Correu ao
encontro dela.
— Aconteceu algo com a nossa pequena, meu amor?
— Aconteceu! A medulinha pegou! — Susan falou em
meio ao choro e ao riso que se confundia com as suas
lágrimas.
Levantou-se abraçando Adam e começou a dançar
com ele uma música imaginária.
Eles riam como crianças que dançam na chuva depois
que a tempestade começa a se acalmar e uma chuvinha
boa e inofensiva começa a cair.
Sim, muitas tempestades surgiram em suas vidas, mas
elas estavam lentamente serenando e dando lugar a
esperança de dias melhores que certamente estariam por
vir!
Chegou o dia do confronto final.
Finalmente, Fernand estaria no banco dos réus e
pagaria por todos os seus crimes perversos.
Susan colocou um vestido preto, uma maquiagem
discreta e olhou-se por um longo tempo no espelho.
A Susan destroçada pela perversidade de pessoas tão
cruéis e gananciosas não existia mais.
Podia perceber um brilho novo sobre ela, conseguia
sentir a força que a nova Susan tinha.
Aquela mulher forte e decidida sempre esteve ali.
Não precisou ela de muita coragem para abandonar a
segurança do seu país e ir tentar realizar um sonho?
Aquela garota amedrontada sob as ameaças de
Fernand teria morrido nas mãos dele por não saber lidar
com aquela crueldade que desconhecia.
Estava vestida de modo sóbrio em sinal de luto por
todas as garotas que pereceram nas mãos de Jennifer e
Fernand.
Luto pelas muitas garotas sonhadoras que perdem
suas vidas nas mãos de aproveitadores, pois Fernand e
Jennifer eram apenas uma dupla na imensidão de
exploradores que existiam no mundo.
Adam entrou e a viu pensativa.
— Nervosa?
— Um pouco.
Adam a abraçou e beijou suavemente os seus lábios.
Adam estava louco para que tudo se normalizasse
pois tinha uma linda surpresa para Susan.
O pedido oficial de casamento e o noivado vinham
sendo adiados por conta do julgamento de Fernand.
Apertou-a em seus braços e conteve a vontade de
beijá-la novamente. Suspirou afastando-se lentamente
dela.
— Vamos? O Alfred já está pronto.
Estendeu a sua mão para ela.
Foram ao encontro de Alfred, que estava muito feliz
por poder retornar a vida normal.
— Alfred, como está se sentindo tão perto da
liberdade?
— Um pássaro que finalmente vai deixar o ninho! —
Riu da sua própria piada, contagiando o casal que
começou a rir também.
Estavam se aproximando do local onde Jennifer e
Fernand esperavam pelo seu destino final, que já sabiam
seria terrível.
Encontraram Briana na entrada do tribunal, de braços
dados com Michel.
Se juntaram a ela.
Susan e Alfred foram para o local reservado para as
testemunhas.
Depois de um longo tempo que para todos parecia
uma eternidade o julgamento começou.
Fernand viu Briana com a mão entrelaçada com o seu
rival desde a juventude. Sentiu uma pontada no peito.
Aquela mulher linda o amou e ele estragou tudo!
Nunca pensou que aquilo poderia lhe doer tanto!
Viu Adam ao lado deles e estranhou muito. Ele e
Susan não se largavam!
Pelo menos, pensava ele, o corpo de Alfred nunca
apareceu. Com isso ele podia ter uma remota esperança.
Não de se safar da condenação, mas iria adorar que pelo
menos daquilo não o pudessem condenar.
No decorrer do julgamento Fernand percebia que ele
estava muito ferrado, se fosse em tempos de pena de
morte, ele com certeza iria para a morte.
Olhou em direção à Jennifer a uma pequena distância
dele.
A bela e arrogante mulher parecia um farrapo humano.
A cadeia para ela pareceu ser bem pior que para
Fernand.
Jennifer desviou o olhar.
Sabia que tinha destruído a sua vida e juventude ao
lado de um homem que só a usou a vida inteira.
O juiz ordenou que entrasse a penúltima testemunha.
Todos estavam na expectativa de quem poderia ser.
Um canto do lábio de Fernand começou a tremer
quando viu Alfred entrar e o encarar com um ar de trunfo
no rosto.
Por alguns minutos Alfred descreveu o horror daquela
noite.
Toda audiência estava estarrecida com a obsessão
daquele homem por uma garota.
Quando Alfred foi dispensado deu uma última olhada
para o crápula do Fernand que quase o matara da forma vil
e cruel.
Então o juiz chamou a última testemunha.
O coração de Fernand acelerou, suas mãos suavam
frio e engoliu em seco ao ver Susan entrar.
Ela o encarou nos olhos, ao lado dele Jennifer sentiu o
sangue fugir da sua face.
Susan contou tudo, das humilhações e abusos. Da
obsessão de Fernand por ela.
De como Alfred foi uma vítima da insanidade do
homem quando pensou que fosse ela dirigindo.
Em alguns momentos Susan não conseguiu conter as
lágrimas.
Os jurados se mantiveram compenetrados ouvindo
aquela história surreal.
Com o depoimento de Susan, Fernand começou a
suar muito mais.
Baixou a cabeça e não conseguiu encará-la.
Jennifer chorou durante todo o relato de Susan, sem
conseguir encará-la.
Ela havia tratado garotas ingênuas e boas com
extrema crueldade.
Aquilo não era normal. Se perguntava em que
momento da vida ela tinha enlouquecido sem se dar conta
do fato.
Ao final de tudo em meio a uma grande comoção
Fernand e Jeniffer foram condenados à prisão perpétua.
Sendo que ainda foram acrescentados mil anos na
pena de cada um, para não haver a possibilidade um
pedido de liberdade condicional não importando a
quantidade de bom comportamento que porventura
viessem a ter no decorrer das suas penas.
Fernand não chorou.
Jennifer estava em prantos.
Fernand buscou o olhar de Adam e com a sua audácia
costumeira soletrou sem emitir som: "Você venceu, a vadia
é sua!"
O sangue fugiu da face de Adam que desejou que
Susan não tivesse entendido a mímica labial do pai.
Susan que não olhou mais para a cara de Fernand,
não percebeu nada. Abraçou Adam e chorou no ombro
dele. Um capítulo da sua vida que poderia ter tido um final
trágico, mas o amor de Adam a salvou.
Depois se levantaram e juntaram a Briana e Michel.
Era possível perceber os sinais de lágrimas no rosto
de Briana.
Um pouco mais distante Alfred os olhava sem
conseguir acreditar que agora com Fernand preso ele se
tornou um homem livre.
Os quatro se juntaram a ele.
— Livre finalmente, hein, Alfred!
— Nossa, estou louco para ver a minha família!
Adam sorriu. Sabia como ele estava se sentindo.
Já estava anoitecendo e Adam o aconselhou a viajar
com o filho para a casa dos pais dele no outro dia. Era
mais seguro.
Alfred concordou, mas só ia no apartamento de Adam
pegar suas coisas.
Afastou-se um pouco do grupo e foi ligar para o filho.
— Ei, filhão! Papai está morrendo de saudade de você,
do vovô e da vovó. Vou para o seu apartamento hoje para
irmos cedo ver os meus pais.
Ficaram conversando mais um pouco, quase sem
acreditar que Fernand não poderia mais fazer mal
ninguém.
Quando Susan, Adam, Briana e Michel chegaram ao
apartamento de Adam, Susan sentiu o aroma maravilhoso
de uma comida que amava.
— Adam! O que você está aprontando, meu lindo?
Adam sorriu e abriu a porta abraçando-a por trás.
Susan ficou encantada com a decoração da sala de
jantar.
O Adam chamou a Maria para preparar um jantar
temático para Susan! Ela estava se sentindo no Brasil.
Briana e Michel riram do jeito dela, parecendo uma
criança feliz recebendo uma festa de aniversário surpresa.
— Oh, Adam! Que lindo. Você pensou em tudo.
Foi até as flores e as cheirou. Estava tudo lindo.
Briana estava abraçada com o Michel, vendo a alegria
da Susan.
Antes do jantar ser servido Adam pegou um
champanhe e avisou:
— Não se trata da comemoração pela prisão do meu
pai. Isso tudo foi muito triste! Mas, eu tenho uma coisa para
anunciar!
Susan voltou para junto dele e o ouvia atentamente.
— Eu pedi essa moça bonita em casamento e ela
aceitou!
Briana e Michel falaram ao mesmo tempo:
— Isso já sabemos!
— Hum..., mas, uma noiva merece um pedido à sua
altura. — Adam piscou para os dois sorrindo.
Susan não sabia onde Adam pretendia chegar. Mas
estava amando tudo aquilo.
— Eu quero fazer isso direito, sabe. Por isso o pedido
tem que ser feito ao pai dela. Assim, eu estou comunicando
família, que iremos ao Brasil para o meu noivado com a
minha princesa.
Susan não conteve a emoção, chorou encobrindo o
rosto com as mãos.
— Oh, Adam meu amor, você me faz tão feliz! — Ela o
abraçou e o beijou muito emocionada.
Briana olhou aquela cena romântica e sorriu para
Michel, dando a entender que ela também queria viver uma
cena daquelas.
Michel apertou a mão dela na sua dando a entender
que havia entendido o recado.
Adam estourou o champanhe e serviu as taças de
cada um.
Puxou Susan para junto dele quando lhe entregou a
taça.
A virou para ele e contemplando os seus que
brilhavam de felicidade convidou:
— Vamos brindar? — Fez um gesto chamando Briana
e Michel para junto deles.
— Faça o brinde, Adam! — Michel incentivou.
Adam pigarreou, impostou a voz e disse:
— Um brinde ao amor, que dos modos mais estranhos
prepara os encontros mais especiais e importantes na
nossa vida. Um brinde a esse noivado que será lindo e o
início de uma nova fase na minha vida e de Susan.
Briana chorou emocionada com o pequeno discurso,
pois representava muito a vida dela e de Michel.
Michel a puxou contra o seu corpo e enxugou suas
lágrimas dando beijinhos no rosto dela.
— Ah, tem outra coisa, mamãe, precisaremos fechar a
empresa por uns dois dias, já que a vice-presidente
também vai se ausentar.
Aceitam ir conosco para o nosso noivado? — Pediu
encarando o casal.
— Sim, claro!
Os dois responderam cheios de animação.
O jantar foi servido e o clima de romance estava
pairando no ar.
Depois do jantar ainda ficaram um longo tempo
conversando sobre a viagem e sobre como organizar tudo
para os dias que que estariam com a empresa fechada.
Susan estava sentada na perna de Adam que
acariciava a sua cintura lhe arrancando arrepios.
Briana também estava louca para ficar sozinha com
Michel.
Então ela foi até a cozinha e chamou a Maria para
irem embora.
Susan foi até a garota e a abraçou se despedindo e a
agradecendo por tudo o que ela preparou.
Assim que Susan fechou a porta, Adam a pegou no
colo.
— Acho que hoje vai ser uma noite daquelas!
— É. Eu também estou achando isso.
Ela o beijou apaixonadamente.
Adam a levou para o quarto.
A luz estava apagada, mas quando ele apertou um
controle luzes coloridas encheram o ambiente.
Num canto da enorme suíte Adam tinha montado um
pequeno palco temático.
Adam a beijou com paixão e desejo.
Com muito custo a afastou e sussurrou no ouvido dela:
— Dança para mim?
— Sim! Você escolhe hoje a música hoje. Quero
dançar uma do seu país.
Adam colocou a música para tocar. A voz sexy de
Ariana Grande cantando "Dangerous Woman" invadiu o
ambiente.
Susan incorporou aquela letra e revelou toda a sua
sensualidade de mulher poderosa numa dança onde
lentamente ia deixando suas roupas lançadas no pequeno
palco.
Quando ela só estava com a minúscula calcinha ele a
chamou, para a cama.
Ela foi dançando até ele.
Ele ajoelhou-se na frente dela e com os dentes
começou a retirar a sua calcinha até os pés.
Logo ele subiu beijando suas pernas e as suas coxas.
Ele a deitou delicadamente sobre a cama.
Os seus olhos transmitiam um desejo intenso, mas
sobretudo o imenso amor que ele sentia por ela.
Quando ele afastou as suas pernas e enterrou seu
rosto ali, Susan sentiu a sua língua fazendo movimentos no
exterior da sua bocetinha, lambendo-a e chupando.
Ela gemia e rebolava alucinada. Ele a penetrou mais
fundo, os gemidos dela se tornaram mais altos.
Então ele a virou de costas para ele, a colocou de
quatro sobre a cama.
Ela estava pronta para ele, colocou o preservativo
rapidamente e começou a penetrar bocetinha apertadinha
de Susan.
Ela continuou a rebolar no pau dele louca de tesão.
— Adam, amor! Assim!
Ele estocou um pouco mais forte e ela o puxou para
um beijo.
Era incrível fazer amor com ele, mas aquela noite tinha
uma magia diferente.
Em breve ela estaria casada com Adam e aquilo era
excitante e romântico.
Quando não suportava mais segurar o orgasmo que
queria tomar o seu corpo ela pediu:
— Goza para mim, Adam!
Voltaram ao beijo.
Susan pode sentir o exato momento em que Adam
começou a gozar e foi com ele na mais fantástica viagem
rumo ao prazer que a cada dia se tornava mais linda e
mais intensa.
Depois de um tempo adormeceram abraçados,
provavelmente sonhando com a linda cerimônia de
casamento dos dois.
Sobrevoando o Rio de Janeiro, as luzes da cidade
eram mágicas. Briana podia se lembrar de um tempo em
que era modelo e viajava muito.
Cada cidade tinha o seu charme, mas aquelas luzes, o
Cristo Redentor de braços abertos como a convidar as
pessoas para um abraço era lindo demais.
Recostou-se no ombro de Michel, fechou os olhos e
agradeceu por finalmente estar livre e em paz.
Michel deu um beijinho no rosto dela.
Susan e Adam estavam adormecidos, Briana tocou
levemente a cabeça de Adam.
Ele despertou:
— Olha filho, que espetáculo lindo!
Adam sorriu. Foi a mesma sensação que ele teve.
Susan despertou e aconchegou-se mais ao peito de
Adam.
Uma súbita emoção a tomou. Lembrou-se de quando
foi para os Estados Unidos com a cabeça cheia de sonhos,
achando que o primo era uma pessoa maravilhosa e que
estava lhe dando a maior oportunidade da sua vida. Então
descobriu de um modo horrível que ele nunca fora seu
amigo de verdade.
As lágrimas começaram a cair.
Adam a abraçou e deu um beijinho na sua testa
afagando o seu rosto.
Atribuía as suas lágrimas à proximidade de
reencontrar sua família.
— Logo estaremos lá, meu amor e aí você vai poder
matar sua saudade.
Susan assentiu.
Quando desembarcaram do avião Susan se
arrependeu por um instante de não ter avisado ninguém.
Estava louca para abraçar os seus amores.
Pegaram um táxi e partiram em direção à casa do pai
de Susan.
Rodrigo e Julia estavam no quarto de Diana contando
uma história para ela.
Os cabelos dela já estavam começando a crescer e
ela tinha um aspecto feliz.
Estava encantada com aquela história do Ali Babá.
Uma história que já tinha ouvido centenas de vezes,
mas que a cada vez que o pai lia, Ali Babá recebia uma
interpretação nova e mais engraçada que a faziam rir
muito.
Ela estava com os olhos lacrimejantes de tanto rir.
O telefone dele tocou. Ele parou a brincadeira e pediu
silêncio.
— Su, minha filha que bom ouvir sua voz. Estávamos
falando de você hoje!
— Pai, eu também estou morrendo de saudade!
Adam sorriu se preparando para descer do táxi que já
estava em frente à casa do pai de Susan.
A cutucou e ela tampou a entrada de voz do celular.
— Avisa que chegamos, para de fazê-lo de bobo.
Susan voltou a falar com o pai com uma vozinha
chorosa, o que fez Adam reprimir uma risada.
Briana não entendia muito a língua portuguesa e ficou
boiando sobre o que estava acontecendo.
Michel a beijou no rosto.
— Pai, eu estou com tanta saudade, tanta saudade
que... — Fez uma pausa estratégica.
Rodrigo se emocionou.
— Olha, filha quando a Diana se recuperar e puder
viajar iremos ver vocês.
— Fala logo, Su! — Adam a cutucou de novo.
— Que... pode vir nos ajudar com as malas?
Estamos em frente à sua casa e iremos descer do táxi
agora!
Rodrigo ficou sem fala por uns segundos, depois não
conseguiu segurar as lágrimas.
— Filha, é sério isso?
— Sim! E não vim sozinha. O Adam, a mãe dele e o
padrasto vieram com a gente.
Escutou Julia e Diana perguntando sobre ela para o
pai.
Logo ouviu o gritinho de Diana:
— Ela veio! Ai, gente a Susan parece uma fada que
adivinha pensamentos! Eu desejei muito que ela estivesse
comigo. Queria abraçá-la tanto por tudo que ele fez por
mim.
As duas queriam descer com ele. Ele achou melhor
elas esperarem na casa.
Diana estava muito bem, mas Rodrigo tinha muito
medo de que ele tivesse qualquer problema na sua fase de
recuperação.
Passaram-se alguns minutos que para Diana
pareceram intermináveis e finalmente a porta se abriu, o
coração dela estava disparado quando viu Susan entrar
com Adam que empurrava uma mala.
— Su, meu amor, minha irmã linda!
Diana correu até Susan e abraçou chorando de
emoção, ficaram um tempo naquele abraço bom, até se
darem conta de todos os olhares voltados para elas.
Diana se soltou do abraço e foi em direção ao Adam
que a abraçou erguendo-a do chão em um rodopio festivo.
Quando a colocou no chão ela voltou o olhar para
Briana e Michel que a olhavam encantados.
Adam a soltou e foi em direção à mãe e Michel os
apresentando a todos.
— Briana, minha mãe e Michel meu padrasto.
Eles sorriram e aproximaram-se deles os
cumprimentando do modo efusivo dos brasileiros.
Briana e Michel de culturas diferentes eram um pouco
comedidos, mas o calor humano daqueles abraços era
uma coisa emocionante.
Depois dos abraços e cumprimentos Susan pediu
licença para ligar para a mãe.
Adam ficou rindo do fingimento dela ao telefone.
— Mãe, eu sei que está um pouco tarde no Brasil, mas
bateu uma saudade aqui.
— A filhota, e eu então? Juro que nas minhas férias
pego um voo e baixo aí para apertá-la muito!
— Vem me apertar agora. Por que esperar as férias?
Karina não estava entendendo a brincadeira.
— Eu hein, menina! Deu para beber agora?
Susan sorriu e piscou para o Adam.
— Mãe vem aqui para a casa do meu pai agora. Eu
estou no Brasil, boba. Eu quis fazer uma surpresa. Gostou?
Karina ficou em silêncio por um instante. Estava
chorando. Susan também estava emocionada.
Quando Karina finalmente falou sua voz estava
embargada pelo choro.
— É claro que eu vou!
Algum tempo depois com toda a família reunida a
felicidade era nítida na face de cada um.
Então, Adam que estava sentado ao lado de Susan
que estava com Diana no colo pediu silêncio e se
pronunciou.
— Atenção em mim aqui.
Todos os olhares se votaram para ele.
— A nossa viagem tem um motivo importante, além é
claro de matar a saudade.
Todos os olhares estavam sobre ele.
— Eu pedi essa moça bonita em casamento e ela
aceitou.
Houve um murmúrio e risadas.
Ele olhou para todos, sorridente e continuou:
— Mas eu acho que um pedido desses tem que ser
feito com toda a pompa que o momento exige.
Susan chorou abraçada com a Diana. Era um
momento lindo e único na sua vida depois de passar por
tanta coisa.
— Ainda não é o pedido oficial. Se me permitirem
queria que reuníssemos os familiares e amigos da Susan
para formalizar o noivado.
Estão de acordo?
Todos assentiram. Então foram parabenizar os dois
pela linda decisão.
Muito mais tarde os casais estavam devidamente
instalados em suas suítes e o clima de romance estava no
ar.
Susan estava emocionada e feliz. Se aconchegou ao
corpo de Adam, e cochichou no ouvido dele o fazendo o se
arrepiar:
— Quero você, meu noivo lindo! — Sua voz soou
lindamente sexy na penumbra do quarto.
— Hum... Eu já ia te falar sobre isso.
Um beijo quente cheio de desejo prenunciava que
aquela noite seria bem longa para os dois.
Briana e Michel estavam ofegantes dos esforços e
peripécias sexuais.
No começo estiveram bem comedidos, estavam em
uma casa estranha.
Mas tão logo a coisa começou a esquentar eles se
entregaram ao amor de um modo apaixonado e novo.
Era uma coisa extremamente sexy fazerem amor ali,
eu outro país, um país lindo e com pessoas lindas e
acolhedoras.
Michel deitou-se ao lado de Briana com suas mãos
entrelaçadas.
— Amor, vou querer fazer nossa lua de mel aqui no
Brasil, esse lugar é tão mágico!
Briana sorriu.
— É, mas para haver lua de mel tem que ter
casamento...
— Claro. Essa é a ideia.
Agora que estamos com todos os problemas
resolvidos você poderia considerar o meu pedido de
casamento e...
— Eu aceito, amor. Estou pronta para dar esse passo
com você.
Michel a abraçou comovido.
Lógico que ele sabia que ela aceitaria. O lindo anel de
brilhantes estava escondido no fundo da sua mala para o
momento tão esperado em que pediria Briana em
casamento.
— Quando voltarmos para nossa casa formalizaremos
o pedido. — Sorriu de um modo enigmático.
Tinha planos de surpreender Briana com o pedido de
casamento ainda no Brasil.
Michel ainda demorou muito para adormecer
pensando em todas as coisas lindas que viveria com a sua
amada Briana.
Karina foi dormir no quarto de Diana que ainda estava
acordada e chamou Karina.
— Nina?
— Oi.
— Que pena que a Su vai se casar em outro país, né?
Ia ser lindo ver ela e o Adam se casando.
Karina sorriu.
— É mesmo. Mas quem sabe a gente possa ir lá no
casamento deles.
Diana fechou os olhos e ficou imaginando Susan
entrando na igreja, linda de braços dados com o pai.
— É. Ia ser lindo demais!
Karina concordou e tentou aquietar Diana para que ela
dormisse.
— Vamos dormir, princesa?
— Vamos. Boa noite Nina.
Karina deu um beijo no rosto dela.
— Boa noite, meu amor.
Karina puxou a cama auxiliar e preparou-se para
dormir.
Percebeu que Diana ainda demoraria muito para
dormir. Eram muitas novidades para a pequena.
Ela mesma ainda demoraria muito a pegar no sono.
Sua filha iria se casar. Aquilo era lindo!
Susan se sentia radiante, o dia mais lindo e esperado
da sua vida estava chegando. Iria se tornar oficialmente
esposa de Adam.
Por ele já teriam se casado há muito tempo. Entretanto
ele entendia que Susan queria a sua família junto dela no
momento mais importante da sua vida.
Briana tinha tratado de todos os detalhes sempre em
conjunto com a Susan já ela e Michel tinham decidido se
casarem no mesmo dia que os dois.
O pai de Michel que era viúvo tinha ficado um tempo
viajando pelo mundo desde que a esposa morrera.
Ele levaria Briana até o altar.
Achava lindo e romântico o reencontro do filho com o
grande amor da sua vida.
Se não fosse o fato de Briana ter decidido casar-se no
mesmo dia e hora que Adam e Susan, Adam a conduziria
ao altar.
Susan estava fazendo a última prova do seu vestido.
Um vestido lindo e romântico como era a própria Susan.
Briana já tinha experimentado o dela sob os aplausos
animados da Susan e dos risos da estilista Claire Mash que
acompanhava há muitos anos. Era a melhor.
Agora estava ali diante de uma Susan completamente
deslumbrante e feliz.
Uma lágrima brotou nos olhos de Briana. Pôde
imaginar por uns momentos que se sua filha tivesse
sobrevivido ela seria linda assim.
Susan não conseguiu conter as lágrimas de emoção.
A vida tinha sido muito boa para ela.
Nem em seus sonhos mais audaciosos imaginou algo
assim acontecendo.
Briana se aproximou e tocou a mão dela com o afeto
de uma mãe orgulhosa pela sua cria.
— Os nossos amores são insubstituíveis. Mas a vida
coloca pessoas para preencherem o vazio daquelas que
amamos e a vida levou embora.
Se você tivesse nascido de mim não sei se a sintonia
seria assim tão intensa.
Eu acho que Lisye, minha filha que perdi seria assim
linda e adorável como você, minha princesa.
Susan se emocionou de lembrar que Briana a acolheu
como se fosse uma filha nos seus piores dias de aflição.
Se separaram lentamente e Susan foi tirar o vestido.
Quando retornou pronta para irem embora relembrou o
fato de que outro dia iria precisar ir ao aeroporto com Adam
buscar a sua família.
Precisariam de dois carros.
Susan por causa do humor instável da mãe não tinha
muitas amizades. Mesmo assim fez questão de convidar as
primas gêmeas para serem suas madrinhas no casamento.
Susan tinha marcado para que as roupas da Stylist
fossem levadas no apartamento à tarde para que se fosse
necessário fossem feitos os ajustes.
Diana seria sua dama de honra.
Eles adiaram o casamento até ela ter alta médica para
viajar.
Se encaminharam para o estacionamento e Susan
entrou no carro de Briana que tomou a direção.
— Vamos chamar nossos noivos para almoçarem com
a gente Briana?
— Boa ideia. Ligue para o Adam e peça para ele
avisar o meu amor, para irem nos encontrar lá no Vincent's.
Está bem lá para você?
— Ótimo! Amo aquele lugar.
À noite Adam estava impossível!
Depois do jantar que ele preparou com suas próprias
mãos ele puxou Susan para o seu colo.
A beijou mansamente e Susan estava tendo uma certa
dificuldade de Se manter sentada no colo dele. Ele estava
excitadíssimo.
— Adam! — Gemeu no ouvido dele se esfregando no
membro dele, sob a calça.
— Minha noivinha safadinha quer o quê?
Susan riu, o tarado falando da safadinha.
Sussurrou no ouvido dele enquanto apertava o pau
dele sob a calça.
— Quero tudo!
Adam olhou ao redor. Pegou uma almofada e fez
Susan se ajoelhar de frente para ele.
Retirou rapidamente a calça e a cueca e deu um beijo
nela. Um beijo quente cheio de erotismo.
Suas mãos hábeis a livraram da sua blusa deixando
seus seios livres para o toque dos seus dedos.
Susan se posicionou com o rosto perto do membro
ereto de Adam, começou a beijá-lo, lamber e Adam fechou
os olhos excitado,
Quando ela começou a chupá-lo ele começou a
estocar na sua boca a fazendo gemer enquanto suas mãos
tocavam seus mamilos rijos sob os seus dedos.
Adam não estava aguentando mais segurar o seu
orgasmo cada vez mais próximo.
Puxou Susan para ele, retirou sua calcinha e ergueu a
saia dela até a cintura.
— Sente-se aqui, minha gostosa!
Susan não esperou um segundo pedido, encaixou se
nele que puxou o seu rosto para junto dele e a beijou.
— Quero gozar com essa língua safada na minha
boca, amor.
— Adoro!
Susan o agarrou em um beijo erótico e a cadência dos
seus corpos se movendo parecia uma dança excitante e
mágica.
Adam a abraçou mais forte quando o seu corpo inteiro
recebeu aquela carga de prazer que sempre sentia quando
fazia amor com Susan.
— Oh, Adam, amor, que incrível!
Susan gemeu quando seu orgasmo a tomou
intensamente.
Ficaram abraçados, nus e exaustos dos momentos
mágicos de amor e prazer nos braços um do outro.
Susan acordou primeiro e foi até a cozinha pedir para
a empregada preparar um café especial para o Adam. Era
seu último dia de solteiro. Ela pretendia caprichar.
Quando o café ficou pronto a empregada bateu
suavemente na porta a chamando.
Susan pegou a bandeja e a colocou na cabeceira da
cama.
Começou a distribuir beijinhos em Adam para o
acordar.
— Amor, acorda! Temos que buscar a minha família no
aeroporto.
Adam resmungou algo e virou para o lado.
Susan roubou suas cobertas o fazendo despertar de
uma vez.
— Malvada! — Ele falou fingindo estar bravo com o
ataque da garota.
— Estou ansiosa para ver minha família, amor!
— Eu sei.
Adam viu a bandeja farta e linda preparada para os
dois e tratou de se levantar.
Foi rapidamente ao banheiro para lavar o rosto e
aquela visão de Adam nu era uma tentação para os olhos
cobiçosos de Susan.
Quando ele retornou colocou um short dando assim
um pouco de sossego para a mente inquieta de Susan.
Depois do café foram tomar banho juntos em meio a
um clima de romance como sempre.
Adam tinha promovido um funcionário antigo na
empresa para um cargo de confiança, ele estaria cuidando
de tudo até que ele e a mãe pudessem retornar a rotina
normal da empresa.
Arrumados e prontos para saírem, Adam abraçou
Susan pela cintura a trazendo para junto do seu corpo.
— Tanta coisa aconteceu para estarmos juntos! Eu
nem acredito que um dia odiei você.
Susan se emocionou ao se lembrar do primeiro
encontro dos dois.
Ela sentiu se tornando uma mulher ali, naquele
encontro cheio de desejo e loucura.
Fernand só teve o seu corpo indefeso. Adam atingiu a
sua alma.
— Foi lindo conhecê-lo, mesmo que de um modo torto
e estranho.
Você me salvou de um destino terrível.
Adam a beijou emocionado por terem se encontrado e
porque iriam se casar.
Conversaram um pouco sobre a chegada dos parentes
de Susan e de como os acomodariam.
Os casamentos seriam na ilha de Adam.
A casa imensa e cheia de conforto abrigaria
perfeitamente os familiares de Susan e os poucos
convidados para a cerimônia que seria bem discreta.
Afinal eles ainda estavam atravessando o momento
complicado da prisão de Fernand.
Eles seguiram abraçados para onde encontraria a sua
família.
Susan avistou as gêmeas Luana e Mayara antes
mesmo que elas a visse. Se soltou do abraço de Adam e
correu para abraçar sua família.
Adam riu do jeito emotivo da noiva.
Todos estavam muito emocionados, se avaliando,
reparando nas mudanças de cada um. Susan abraçou
Diana a erguendo do chão. Ela estava tão linda!
Nos cabelos que cresciam ela tinha colocado uma
linda tiara com delicadas flores que a deixaram ainda mais
bonita.
Depois saiu abraçando a todos com lágrimas de
emoção.
Até que parece que alguém se lembrou do Adam e
foram todos em direção a ele o cumprimentaram
carinhosamente.
— Meu Deus essa moça não parava de falar em
vocês. Sejam bem-vindos ao meu país e à minha casa.
Susan apresentou as gêmeas que Adam só conhecia
por fotos.
— Mamãe não pode mesmo vir Su! Vai defender a
tese de doutorado dela e está uma pilha de nervos. Coitado
do meu pai que vai ter que aguentar dona Rosana até essa
bendita defesa de mestrado.
Adam sorriu para as meninas e foi em direção aos pais
de Susan e à Diana.
Susan abraçou a mãe pela cintura a levando assim
para o seu carro.
— Que linda essa cidade, filha. É sério mesmo
verdade que vocês vão se casar em uma ilha? — Ela
estava encantada com aquela história que lhe soava muito
romântica.
Susan confirmou enquanto abria o carro.
As primas e a Diana vieram com a Susan no carro.
Os pais de Susan foram com o Adam.
Seria muito emocionante ver a sua menina se casar
com um homem maravilhoso como Adam.
Susan estava muito feliz e colocou uma música
brasileira para tocar, as gêmeas ficaram cantando e
dançando ao som da música.
Diana e a mãe ficaram cantando e batendo palmas.
Era lindo estarem juntos novamente.
Em uma pequena cidade dos arredores de San
Francisco uma família estava em choque quando seu único
filho abandonou a faculdade de Medicina para entrar na
polícia. O que mais os chocava era o fato de o filho ter se
inscrevido para ser um humilde carcereiro.
Aron comemorou o fato de ter sido selecionado.
Ele nunca esqueceu a sua noiva tão linda e jovem
cheia de sonhos, lá jogada em um barril.
Era uma coisa inaceitável que aquilo tivesse ocorrido
com ela. A sua joia mais que perfeita.
Tocou as suas alianças no cordão de ouro. Era o modo
de ele nunca esquecer que o homem que destruiu todos os
seus sonhos ainda respirava e vivia. Aquilo era injusto
demais!
Ele não descansaria até que a sua justiça fosse feita.
Na prisão Fernand amargava a sua terrível solidão.
No outro dia seria seu aniversário. Lembrou-se das
lindas festas na mansão e deitou-se com o rosto virado
para a parede.
Ele precisou ser separado dos outros preso, pois corria
risco de morte.
Aron não dormiu.
A adrenalina do que cometeria o deixava eufórico e um
pouco assustado.
O dia amanheceu lindo, lindo para um casamento e
para um ato de justiça.
Ou seria uma vingança?
O apartamento de Susan parecia até uma passarela
de moda.
Ela chamou as maquiadoras da agência porque assim
todas as mulheres estariam prontas no momento de irem
para o casamento.
Adam foi se arrumar na casa de Michel.
Afinal Susan era supersticiosa e não queria que ele a
visse antes do casamento.
Briana não tinha essas crendices e adorou que Michel
estivesse ao lado dela a acalmando.
Só na hora mesmo em que a maquiadora chegou, ela
o dispensou gentilmente com um beijinho.
Assim que maquiagem estivesse pronta ela colocaria o
seu lindo vestido e claro ela queria surpreender Michel
naquele momento.
Adam estava bem nervoso. Nunca pensou que ficaria
assim no dia do seu casamento.
Algum tempo depois, Briana surgiu deslumbrante na
porta do quarto arrancando suspiros de Michel e Adam.
— Meu Deus Adam, olha a minha noiva! Não é mesmo
uma rainha?
Briana sorriu para os dois. Estava belíssima mesmo.
Tinha caprichado para aquela ocasião tão especial.
Na casa de Adam todas as mulheres estavam prontas
para irem para o casamento.
Menos Susan que continuava trancada na suíte se
arrumando.
A Isabelle uma das maquiadoras que sempre foi gentil
com ela foi a escolhida para a maquiá-la e a ajudar com o
vestido e a grinalda.
Susan sorriu para ela através do espelho quando ela
terminou o trabalho.
— Incrível! Você sempre supera todas as minhas
expectativas.
As duas estavam emocionadíssimas!
Isa a abraçou com cuidado para não amassar o
vestido, nem desmanchar o seu penteado.
— Oh, Isa, como eu estou feliz, amiga!
Isabelle sabia que se continuassem naquele clima,
logo Susan estragaria a sua linda maquiagem!
Achou melhor mudarem de assunto para que Susan se
livrasse daquelas memórias nostálgicas e que tocavam
fundo suas emoções.
Todas as mulheres estavam prontas e ansiosas para
verem a noiva.
Alfred, claro, seria o padrinho de Susan, afinal se não
fosse a valentia e coragem dele talvez o desfecho fosse
outro. Fernand não seria preso tão facilmente se não
houvesse tantos indícios que o apontavam no caso de
Alfred.
Na sua cela Fernand estava até animado. Era seu
aniversário, e bem ou mal ainda estava vivo.
Não era um religioso, claro. Mas temia o confronto da
morte, de alguma maneira intuía que um dia aquela
maldade que ele fazia com prazer, poderia ser cobrada.
Temia o que encontraria do outro lado, quando partisse
dessa para uma "pior".
Cantarolou uma canção dos seus tempos de liberdade
e deitou-se novamente.
Precisou ser separado dos outros presos. Eles
constantemente o agrediam e logo o matariam se não
fosse tirado de lá.
Aqueles párias se achavam melhores que ele.
Assassinos iguais a ele. Mas pelo menos estava sozinho, o
que era ótimo.
A diferença entre eles era apenas o modo e os motivos
pelos quais faziam as coisas. Ele não mataria uma pessoa
se antes não pudesse se divertir muito com o terror que
infligiria a ela.
Por uns instantes veio à sua memória a bela e
inocente virgem que estragou tudo bem no meio da
brincadeira!
Ainda era divertido lembrar da moça.
Pensava com ódio na estúpida da Jennifer, uma inútil
sem cérebro que não aguentou o primeiro tranco bem dado
dos investigadores.
O almoço chegou e o carcereiro que era um senhor de
meia idade não se sentia nada feliz com os seus encontros
com Fernand.
Em alguns momentos do dia em suas escalas tinha
que estar com o preso.
Comunicou uma notícia, em um tom que era quase um
murmúrio, como se estivesse falando consigo mesmo:
— Estou saindo de férias, um novo carcereiro tomará o
meu lugar à noite. Ele lhe trará o seu jantar.
Fernand deu de ombros e respondeu grosseiramente:
— Espero que ele seja menos antipático!
É meu aniversário hoje sabia? — Falou como se aquilo
fosse a notícia mais importante do dia.
O homem deixou a comida e se retirou sem responder
nada. Não valia à pena.
Fernand abriu a sua marmita, nenhuma novidade
como sempre.
Comeu contra à vontade. Era o pior momento ali
naquela cadeia. Ele, um homem refinado e de gostos caros
ter que passar o resto dos seus dias comendo aquela
comida!
Depois deitou-se e ficou relembrando os momentos
felizes que teve na vida. As chances que teve e não soube
aproveitar.
Na verdade, aquele Fernand bondoso e engraçado
que conquistou Briana nunca existiu.
Ele sempre quisera viver aquela vida de poder e
crimes. O dinheiro só o ajudou a aflorar o que de pior havia
nele.
Fechou os olhos e tentou dormir para o tempo passar
mais rápido, não conseguiu. As lembranças dos seus
aniversários regados à champanhe eram intensas em sua
mente.
Estava entardecendo e Susan estava magnifica em
seu vestido de noiva, Isa deu os últimos retoques no
penteado. Segurou as mãos de Susan entre as suas e
ficou contemplando aquela noiva linda e as lágrimas
ameaçaram cair. Susan também estava muito emocionada.
— Oh, Isa você é mesmo maravilhosa!
Ainda ficou um tempo se olhando no espelho,
encantada.
Adam estava lá fora. Havia levado Briana, Nicholas e
Alfred até a casa dele.
Eles iriam no helicóptero que Adam havia adquirido e
que era usado para pequenas viagens pelas cidades das
redondezas.
As mulheres estavam prontas e em polvorosas loucas
para ver a noiva.
Adam não gostou nada daquela história de não ver
Susan. Mas tinha que respeitar as tradições da sua noiva.
Michel sorriu de canto quando desceu do carro para ir
junto com Briana à casa de Adam.
— Vou ali acompanhar minha noivinha.
Me espere aqui só um pouquinho?
— Tá. Mas não vai demorar viu?
— Não demoro.
Nicholas olhou para Briana e sorriu. Aqueles dois eram
como irmãos. Era uma amizade muito bonita.
No momento em que Briana tocou a campainha Diana
correu para abrir.
Susan surgiu na sala e Briana parou por uns segundos
ainda na porta contemplando aquela visão maravilhosa
dela vestida com o seu lindo e romântico vestido de noiva.
Karina se aproximou dela e não conseguiu conter o
choro. A sua filhinha era uma mulher e estava prestes a se
casar.
— Filha você está deslumbrante!
Michel imaginou a cara do amigo quando visse Susan
indo ao seu encontro assim, linda e esplendorosa.
Todas as garotas ficaram batendo palmas e rindo entre
emocionadas e tentando conter o choro.
Diana se aproximou dela e tocou as suas mãos em um
carinho gentil.
— Está uma linda princesa de contos de fada,
maninha!
Michel se despediu de todos e desceu para ir ao
encontro de Adam.
Rodrigo foi caminhando lentamente em direção à
Susan e se juntou à Karina.
Julia pegou Diana pela mão e cochichou algo no
ouvido dela. Que assentiu e a seguiu para o quarto em que
os pais estavam ocupando.
— Esse é um momento só deles filha! Estão casando
uma filha muito querida e especial.
— Eu sei. Quando eu for me casar quero um vestido
assim: lindo igual ao de uma princesa!
Julia riu da animação da garota.
— Calma aí, mocinha! Isso ainda vai demorar muitos
anos.
As duas ficaram ainda discutindo sobre festa e roupas.
Rodrigo e Karina estavam em lágrimas.
Ele esteve tão distante da sua filha nos momentos em
que ela mais precisava de um pai.
Susan fez um sinal para que o pai se aproximasse
também.
Colocou as suas mãos sobre as deles e sentenciou:
— Somos uma família que por um momento a vida
separou, mas saibam que eu tenho muito orgulho de
vocês.
Eles balançaram a cabeça assentindo.
— Você pai, por ter cuidado da minha mãe quando eu
não estava perto dela. — Ela prosseguiu emocionada.
— E você mamãe, porque é corajosa, forte e
conseguiu mudar a sua vida! Oh, eu tenho os melhores
pais do mundo!
Os abraçou muito emocionada.
Briana foi onde Susan estava. Precisava falar com ela
e apresentar Nicholas para o resto da família.
Depois de dar um abraço em Susan ela apresentou-o
para a família de Susan.
Os olhares de Karina e Nicholas se cruzaram por um
instante.
Ela desviou o olhar. Ainda tinha medo do amor.
Nicholas estava muito encantado com a bela e tímida
Karina.
Forçou um contato visual mais uma vez e sorriu para
ela que retribuiu o sorriso.
Todos se encaminhavam para a saída e Nicholas foi
ao encontro de Karina.
— Logo estaremos juntos novamente, então
conversaremos melhor.
Karina enrubesceu. Ele estava tão próximo. Ela podia
sentir a deliciosa fragrância que o envolvia.
Os seus olhos a fitavam a espera de uma resposta.
— Sim! Claro. Vou adorar a sua companhia.
Ele a viu se afastar, o sorriso bobo que tinha no rosto
fez Briana reprimir um sorriso.
Pelo jeito aquele belo homem entraria de vez para a
família de Adam e Susan.
Quando percebeu que todos o olhavam disfarçou o
sorriso bobo, perguntando que horas iriam.
Briana o avisou que sairiam dentro de meia hora para
que desse tempo de os convidados estarem lá quando
fizessem a chegada triunfal.
O micro-ônibus levou todos até o iate, lá havia alguns
poucos convidados que se juntaram a eles em direção ao
curto percurso que os levaria até a ilha.
Em um táxi que saiu meia hora depois as noivas,
Diana, o pai, Nicholas e Alfred que estava bem calado indo
em direção ao local em que embarcariam.
Iriam pegar o helicóptero que os deixariam na ilha um
pouco depois de os convidados chegarem.
Era uma emoção muito grande para Alfred ser
padrinho do casamento de Adam e Susan.
Na ilha os convidados aguardavam ansiosos a
chegada das noivas.
Tudo tinha sido preparado com muito cuidado para
aquela cerimônia.
O altar diante do mar era ornado com lindas flores.
O helicóptero surgiu no céu, começou a sobrevoar
sobre os convidados.
Logo uma chuva de delicadas pétalas de rosa
começou a cair sobre eles.
O helicóptero pousou e as noivas se colocaram lado a
lado com os seus pares.
Diana pegou a sua cestinha de alianças e saiu
graciosamente abrindo o caminho para as noivas.
Susan começou lentamente a se encaminhar para o
altar onde Adam a esperava.
Alfred saiu discreta e rapidamente e tomou o seu lugar
de padrinho no altar.
Na prisão Fernand aguardava impaciente pelo seu
jantar, não que estivesse com fome. Precisava ver um
rosto, ouvir uma voz humana.
Finalmente o carcereiro novo chegou com o seu jantar.
Era jovem e Fernand puxou conversa.
— É meu aniversário hoje. Mas nessa cadeia os dias
são sempre iguais. A droga dessa comida também! —
Esbravejou perdendo o controle diante do silêncio do
carcereiro.
— Eu acho que resolveram lhe fazer um agrado de
aniversário senhor Fernand. O cheiro dessa comida está
maravilhoso! — O homem sorriu quase que com
amabilidade para Fernand.
Entregou a comida para ele e o ficou observando.
Permaneceu do lado de fora esperando Fernand
degustar a deliciosa comida "especial", de aniversário.
O aroma bom da comida subiu até as narinas de
Fernand.
— Uau, uma deliciosa moqueca de baiacu! Minha
comida predileta.
— Hum... essa parece que está especial. — O
carcereiro sorriu com amabilidade para o preso.
Continuou observando o homem se deliciando com a
comida que tinha um tempero "muito especial!”
Naquele momento Susan estava chegando ao altar.
Adam a esperava radiante.
A cerimônia se iniciou.
Os casais disseram o sim quando o sol se pôs dando
lugar a uma linda e perfeita lua cheia.
Eles se beijaram sob o olhar emocionado de uma
pequena plateia de amigos, parentes e admiradores.
Na prisão Fernand começou a perceber que tinha algo
estranho acontecendo.
Sua boca e a sua língua começavam a adormecer e o
seu ar começava a faltar.
Logo tentou pedir ajuda para o simpático carcereiro,
mas a sua voz já não saia.
O carcereiro olhava impassível o vendo morrer ali na
frente dele.
O jovem carcereiro sabia que o homem ainda sofreria
um pouco, mas desistiu de assistir. Entrou na cela e pegou
a marmita que Fernand tinha colocado na mesinha ao lado
da cama.
A escondeu a sob o seu grosso sobretudo e colocou a
comida do presídio sobre a mesa.
Ao sair tocou as alianças que havia no cordão.
Não era justo a sua princesa ser jogada num barril de
ácidos e o demônio que a destruiu continuar vivendo.
Foi uma manobra arriscadíssima, trocar a comida
envenenada. Aprender sobre como disfarçar o sabor do fel
do baiacu com ervas e temperos próprios.
Sentiu-se se um pouco mais leve.
Não sabia definir se o que havia feito era um ato de
justiça, vingança ou de amor. Não importava.
Ele se sentia livre do imenso peso que destroçava o
seu coração.
Pela manhã o outro carcereiro encontraria o homem
sem vida e sem indícios de violência. Era bem comum
aquilo acontecer ali: Infartos no meio da noite, sem aviso
ou alarde.
Ele permaneceria naquele trabalho por mais um tempo
e depois voltaria para o seu curso, aquilo não era vida para
ele, não!
Nicholas ficou observando Karina de longe.
Chegou a hora de as noivas lançarem os buquês e
todas as mulheres solteiras se colocaram na posição.
Diana puxou a Karina para pegar também.
Karina estava se sentindo uma adolescente romântica
lutando por um buquê.
No fim, ela saiu mesmo uma das vitoriosas com o seu
belo troféu em mãos.
Percebeu que Nicholas olhava para ela com um
sorrisinho maroto nos lábios.
— A sortuda da vez! — Aproximou-se dela e a
convidou para dançar. Já que uma bela música romântica
os estava o convidando a dançar.
Susan olhou os dois dançando e sorriu para Adam.
— Viu? As superstições nunca falham!
— Você não acha que está sendo muito
apressadinha?
— Não acho. Ele tem aquele mesmo olhar que você
tinha quando nos conhecemos e isso é batata. Acaba em
casamento sempre! — Fez uma cara bem safada o
provocando.
— Vamos dançar? — Adam a convidou enlaçando-a
pela cintura.
Susan se deixou levar pelo toque firme das suas mãos
na sua cintura.
Depois bem tarde a festa ainda estava bem animada.
Adam puxou Susan para perto do rosto dele e
cochichou no ouvido dela:
— Festa boa, né?
— Uhum. — Susan concordou sentindo um arrepio
quando Adam discretamente enfiou a pontinha da língua na
sua orelha.
— Mas você sabe o tipo de festa que me agradaria
muito agora, né?
Susan virou-se e buscou os seus lábios em um beijo,
confirmando para ele que sentia a mesma vontade.
Briana veio se juntar aos dois com o marido.
— E essa festa hein, Adam? Acho que só vai acabar
ao amanhecer. — Michel constatou pelo modo em que
todos ainda dançavam, bebiam e comiam animadamente.
Como tinham imaginado a festa foi até o nascer do sol.
Susan olhou o sol surgindo no horizonte sobre o mar
calmo e chorou de gratidão por tudo que a vida o havia
dado.
Todos estavam indo em direção ao ancoradouro.
Susan foi até a mãe que estava agora sempre
acompanhada de Nicholas e a abraçou.
Adam sorriu para Nicholas de um modo cúmplice.
Sabia da solidão do amigo e torcia para que ele e
Karina se acertassem.
Briana abraçou o seu charmoso sogro e Michel se
despediu dele também com um abraço.
Alfred se despediu ainda emocionado com o lindo
casamento dos patrões.
Os casais começaram a se dirigir para dentro da casa
após a emocionada despedida.
Adam viu a mãe entre beijinhos discretos com Michel
se encaminhando para a suíte de núpcias dos dois.
Ouviu Michel dizer para Briana enquanto a erguia no
colo:
— A noiva tem que ser carregada pelo noivo, minha
querida esposinha!
— Eu acho ótima essa tradição, maridinho. — O imitou
fazendo-o rir e quase se desequilibrar.
Adam sorriu e pegou Susan no colo também.
Entrou na suíte e empurrou a porta com o pé.
A colocou suavemente sobre a cama e sussurrou
enquanto retirava o seu véu e descendo suas mãos para
os botões do vestido dela:
— Agora que a melhor festa da sua vida vai começar,
esposinha! — Falou de um modo cômico imitando o
padrasto.
— Ai, marido, eu tenho certeza de que será.
Adam começou a tirar o vestido da esposa e sentia
que uma vida linda os esperava. Ele era um homem
realizado ao lado daquela linda mulher.
Susan e Adam foram passar a lua de mel na
romântica Punta Cana.
Briana e Michel escolheram o Brasil e aproveitaram
para ir em companhia da família de Susan.
Óbvio que Nicholas seguiu com eles, pois tinha sido
enfeitiçado por uma linda e tímida brasileira.
Karina evidentemente não deixaria Nicholas se
hospedar em hotel.
Aproveitou os poucos dias que lhe restavam da licença
que obteve no trabalho para mostrar a Nicholas as belezas
do Rio de Janeiro.
A proximidade estava criando laços afetivos profundos
na relação dos dois.

(...)

Punta Cana

Adam olhou por uns instantes a sua bela esposa se


vestindo para o jantar romântico que teriam naquela noite.
Era a sua despedida daquele pedacinho de paraíso.

Susan sorriu para ele através do espelho.


Eles já estavam prontos para o jantar que aconteceria,
mais tarde ao anoitecer.
Ele estava tão lindo e elegante!
— Adam — ela falou virando-se para ele — estou tão
feliz!
Adam aproximou-se dela e a abraçou.
— Eu também.
A beijou emocionado e encantado por aquela garota
que parecia ser tão frágil e no entanto se mostrou uma
mulher forte, decidida e cheia de amor e cumplicidade.
Tinham curtido muito aquele lugar, fizeram vários
passeios românticos. Mas, na última noite queriam ficar
sozinhos, Adam não se cansava de inventar passeios.
Naquela tarde não foi diferente. Parecia que ele até
tinha inventado mais passeios naquele dia.
Os planos dos dois era jantar na varanda
contemplando o mar e a lua. Depois é claro que teriam sua
festinha especial de despedida.
Chegaram à suíte e Adam ficou namorando Susan e
aguardando o jantar.
Os funcionários discretíssimos levaram o jantar que foi
servido na varanda,
Adam os dispensou e carregou Susan em um abraço,
colado ao seu corpo a fazendo se arrepiar ao seu contato.
Ele a sentou delicadamente à mesa e antes de se
sentar a beijou apaixonadamente.
O champanhe repousava no balde sobre a mesa.
Começaram a jantar em meio a um clima apaixonado
de antecipação por tudo que os esperavam naquela linda
noite de amor.
Terminaram de jantar.
Adam abriu o champanhe, serviu a taça de Susan e
depois encheu a sua e a trouxe para o seu colo a
convidando para fazerem um brinde.
— A que brindaremos, minha princesa? — Ele
perguntou bem emocionado, acariciando o rosto dela.
— Ao nosso amor, à linda família que eu sei que
formaremos e à vida que tem sido muito boa conosco.
Brindaram e ficaram um tempo bebendo o champanhe
que já os estava deixando soltinhos e cheios de más
intenções.
Susan podia sentir o membro de Adam rijo, roçando o
seu bumbum e o vestido naquela hora já tinham subido
bastante deixando boa parte das suas coxas livres.
Adam deslizou suas mãos pelas pernas de Susan
enquanto colocava a sua taça sobre a mesa. Pegou a dela
e depois de colocá-la sobre a mesa puxou o rosto dela
delicadamente para si e a beijou com intensidade e paixão.
Sua mão subiu um pouco mais para as coxas dela.
Depois foi para a calcinha que tinha um fechamento em
laço. A despiu da calcinha.
A despiu do vestido lentamente apreciando a pele
macia de Susan ao seu toque.
A nudez dela o deixou louco de desejo. Se despiu da
sua própria roupa e a pegou no colo.
— Essa noite merece uma despedida à altura de uma
princesa!
A foi levando no colo dando beijinhos em seus lábios.
Abriu a porta e Susan viu que a suíte tinha sido
decorada para a ocasião.
Lembrou-se então de Adam inventando passeios
naquela tarde e de como fez questão que ela já fosse
vestida com a roupa do jantar.
Ao entrar no quarto Susan não podia acreditar que
Adam tinha planejado tudo aquilo.
A suíte estava lindamente decorada para uma noite de
amor e prazer. Uma música sexy enchia o ambiente.
— Ai, Adam, como você é romântico!
Ela o beijou quando ele a colocou na cama
aproveitando para pressionar o seu corpo másculo sobre o
dela.
O beijo estava cada vez mais intenso e erótico.
Adam acariciava os seios dela de um modo que a
deixava muito excitada.
Continuou a beijá-la.
Ela esfregou sua bocetinha no pau dele enquanto o
beijo dele descia pelo seu pescoço se dirigindo aos seios.
— Oh, Adam! — Ela gemeu quando a língua quente
de Adam começou a lamber o seu mamilo, rijo pela
excitação que ele provocava nela.
Adam desceu beijando o seu corpo, enlouquecendo de
tesão ouvindo os gemidos de Susan.
Se posicionou no meio das pernas dela a ouvindo
gemer de excitação e desejo pelo que viria a seguir.
Adam começou explorar a bocetinha de Susan, que
erguia o quadril para que ele a penetrasse mais fundo.
Suas mãos guiavam a cabeça dele nos pontos que a
deixavam mais enlouquecida de prazer.
— Oh, Adam, amor que delícia!
Susan não suportava mais a imensa carga de tesão
que Adam lhe proporcionava.
O puxou sobre ela e pediu:
— Me fode gostoso agora amor!
— Sim, amor!
Adam a puxou em um beijo quente e lascivo.
Ela estava pronta para ele. Começou a penetrá-la com
cuidado e carinho.
Ela se movimentou sob ele lhe dando o comando de
que estava confortável.
Adam começou a estocar de modo lento apenas para
ouvi-la gritar por mais e vê-la rebolar alucinada no seu pau
para tê-lo todinho enterrado na sua bocetinha apertadinha.
— Adam, amor, assim. Ah, não para, não!
— Não vou parar!
Suas estocadas cada vez mais fortes faziam Susan se
agarrar às suas costas o arranhando com suas longas
unhas pintadas em um vermelho vivo.
Adam estava no seu limite. Sentiu Susan estremecer e
não pronunciava palavra alguma, só gemia.
Então ele gozou com ela. Susan sentiu os espasmos
dele anunciando o seu gozo e o beijou até que o corpo dos
dois relaxou com ele ainda dentro dela.
Ele ainda ficou ali acariciando seu rosto e o seu cabelo
contemplando a beleza incrível de uma garota totalmente
apaixonada e feliz.
Rolou para o lado e segurou a mão dela.
Pensou na mãe no Brasil com o marido.
Lembrou de Karina com o pai de Michel.
Hospedado na casa dela, ele teria a oportunidade de
uma proximidade maior e de conquistar a confiança dela.
— Sua mãe e Nicholas, hein, amor?
— Ela está muito impressionada com ele. Eles
passeiam, conversam bastante e... — Ela fez uma pausa
para aguçar a curiosidade dele.
— E?
— Ainda não rolou algo mais íntimo. Mas o beijo! Ela
me confidenciou que eles se beijaram e o beijo foi tão bom
que ela quase perdeu a noção de tudo.
Adam sorriu. Nicholas era um cavalheiro, nunca a
forçaria a fazer algo que ela não estivesse pronta.
Estavam cansados das atividades do dia.
Adam a abraçou Susan que que ainda pensava na
mãe. Ela merecia muito um novo amor!

(...)

Brasil

Briana e Michel estavam de malas prontas para sair de


Salvador e irem para o Rio onde encontrariam Nicholas
quando seguiriam viagem de volta para casa.
Seria a última noite deles no Brasil.
Briana queria jantar na suíte mesmo e aproveitar as
últimas horas amando Michel.
No entanto Michel parecia estar muito animado para
ver a noite da bela cidade de Salvador.
— Vamos sim. — Ela finalmente concordou.
Quando chegaram ao restaurante Briana foi
surpreendida com a música deles tocada ao violino e uma
mesa romântica preparada para os dois.
Michel sem se importar com os olhares curiosos a
tomou em seus braços e dançou com ela, uma dança
graciosa e que encantou aos outros clientes do
restaurante.
Ao final da música foram aplaudidos e uma jovem
funcionária entregou flores para Briana, que chorava
emocionada.
— Oh, Michel, que lindo! Você é tão surpreendente. Eu
te amo, meu amor.
Jantaram em um clima de romance e o vinho já os
estava deixando bem animadinhos.
Michel a convidou para subirem para a suíte.
Quando estavam saindo, algumas mulheres não
conseguiam disfarçar os olhares sobre Michel.
Algumas suspiravam:
— Ai, ai queria uma assim pra mim!
A amiga concordou: — Até eu, amiga. Até eu!
Alheios ao que acontecia ao redor deles, o casal subiu
para a suíte para a sua última noite de amor em terras
brasileiras.

(...)

Rio de Janeiro

Karina e Nicholas foram jantar e dançar para se


despedirem da última noite dele no Brasil.
Foi um jantar muito emocionante.
Quando foram dançar, as músicas eram românticas e
Karina se sentia leve bailando em seus braços.
Então ele a beijou, um beijo calmo e comedido, mas
que acendeu nela o desejo de estar a sós com ele.
— Vamos para casa, Nicholas? — Ela pediu.
— Não está gostando? — Ele a questionou
preocupado.
— Muito! Mas quero ficar um pouco com você, sem
plateia.
Ele sorriu. Karina era dura na queda. Ele ainda dormia
no quarto de hóspedes. Mas a sintonia que tinham era
incrível.
Ele não tinha pressa. Quando acontecesse seria
inesquecível.

Voltaram para a casa dela.


Quando entraram, ela o beijou apaixonadamente.
O pegou pela mão e o guiou para a sua suíte.
Continuou a beijá-lo com intensidade e desejo.
A voz rouca dele na orelha dela indagava:
— Tem certeza de que é isso que quer?
— Sim.
Ele começou a despi-la com cuidado. Queria que fosse
um momento mágico para os dois.
Karina nunca mais tinha se envolvido com um homem
depois de Rodrigo. De repente ficou tímida.
Ele a abraçou ternamente.
— Pode ficar calma, eu serei cuidadoso.
A empurrou docemente para a cama e a beijou.
Ele desceu beijando o corpo de Karina que se
arrepiava com o toque quente da boca de Nicholas.
Já sabia o gosto daquela boca, os beijos dele a faziam
flutuar.
Mas aquilo que estava acontecendo era uma explosão
de prazer que ela não se lembrava de ter sentido um dia.
— Nicholas! — Ela gemeu quando ele se aproximou
do meio das suas pernas e começou a chupá-la.
Karina queria-o dentro dela, mas Nicholas se manteve
ali arrancando gemidos de uma Karina totalmente rendida
ao prazer que ele sabia lhe proporcionar com aquela língua
fantástica.
Ela tocou o pau dele, que estava duro e pediu:
— Vem!
Nicholas subiu lentamente beijando o corpo dela.
Karina pegou o preservativo e com as mãos um pouco
trêmulas colocou-o nele.
Ele a colocou de quatro sobre a cama, penetrou-a com
o dedo sentindo que ela estava pronta para ele.
Acariciou a cintura dela enquanto se posicionava atrás
dela.
Começou a penetrá-la devagar. Queria que ela tivesse
as melhores sensações com ele.
Logo a tímida Karina se revelou um mulherão,
rebolando no pau dele o fazendo enterrar-se todo nela.
Ela gozou e ele a deitou e continuou dentro dela, a
puxando em um beijo. Então depois de se certificar que ela
estava confortável continuou, pode sentir que ela iria gozar
novamente.
Os gemidos dela o levaram a loucura e o fez ter um
orgasmo lindo junto com ela.
Depois ele a abraçou emocionado. Claro, que nos
anos de viuvez não ficou sem ter outras mulheres, mas
sempre fora algo puramente físico.
Com Karina foi lindo e mágico.
Ele estava apaixonado!
Um novo dia amanheceu, tudo voltaria a rotina.
Karina acordou antes de Nicholas. Foi preparar o café
da manhã e imaginou o quanto aquela casa ficaria imensa
sem o ele ali.
Quase sem se dar conta, as lágrimas começaram a
molhar o seu rosto.
Foi tudo intenso demais. Ele iria fazer muita falta.
Disfarçou o choro e foi até o quarto.
Nicholas percebeu que Karina havia chorado quando
ela entrou.
— Ka, vem aqui. — A chamou indicando para ela se
sentar no seu colo.
Acariciou os cabelos dela e o rosto.
— Não vamos terminar essa história hoje. Nossa
história só está começando. Nos veremos muito antes do
que você imagina.
Karina acreditava nele. Tinha algo no olhar dele que
lhe dizia que os sentimentos dele eram verdadeiros.
Depois do café passaram na casa de Rodrigo para que
fossem ao aeroporto despedir-se de Briana e Michel.
Todos se dirigiram para o aeroporto e logo avistaram
Briana e Michel que os esperavam.
Aproximaram-se e ficaram conversando até chegar o
momento do voo.
Julia percebeu logo que Karina e Nicholas eram um
casal.
Ficou feliz pela amiga.
Rodrigo se percebeu não deu a entender.
Diana foi logo dar um abraço em Briana que ela
adorava.
— Vou sentir muita saudade. Quando chegar lá dá um
abraço bem grandão na Susan e no Adam.
— Pode deixar, eu dou sim. E nas férias vocês estão
convidados para irem nos visitar.
Diana sentiu seus olhos marejarem.
Iria sentir muita saudade de Briana e Michel.
Nos primeiros dias os dois se hospedaram na casa de
Rodrigo o que fez com que a proximidade trouxesse uma
forte ligação entre eles.
Karina abraçou Nicholas na hora da partida e não
conseguiu segurar as lágrimas.
Ele enxugou delicadamente as suas lágrimas com o
polegar traçando um desenho imaginário nos lábios dela e
a beijou em seguida.
— Não chore querida, estaremos juntos muito antes do
que você imagina.
A beijou apaixonadamente esquecido de tudo à sua
volta.
Se separaram lentamente e chegou o momento de
eles irem para o avião.
Quando o avião decolou Karina ainda chorava.
Diana foi até ela e a abraçou. Ela também chorava.
Rodrigo e Julia as deixou naquele abraço bom.
Depois de um tempo as chamaram.
— Vamos queridas.
Elas olharam em direção aos dois e os seguiram.
Karina que tinha ido com o carro dela e se despediu de
Diana e dos pais da menina.
Entrou no seu carro e por um momento ainda podia
sentir o beijo de Nicholas na despedida.
Lembrou-se da promessa dele e desejou muito que ele
a cumprisse. Estava apaixonada!
Num avião Susan se recostou no ombro de Adam a
lua de mel tinha sido maravilhosa, mas ela estava feliz de
voltar para casa.
Fechou os olhos e por um momento lembrou-se de
como Adam era um homem especial e agradeceu por
terem se encontrado.
Sorriu lembrando-se do primeiro encontro onde os dois
se renderam aos sentimentos que não podiam mais
esconder.
— Que foi? — Adam perguntou observando-a sorrindo
de olhos fechados.
— Nada. Só estava recordando coisas sobre nós.
Adam a beijou. Era emocionante saber que aquela
garota linda e altruísta era sua esposa agora.
Ela que veio de outro país para o encontrar. Como se
aquilo já estivesse escrito em algum lugar.
Vai ver estava mesmo!
Dez anos depois

Susan foi uma famosa e talentosa modelo, escreveu


um livro sob um pseudônimo em que contava a luta de uma
brasileira íntegra e sonhadora e que se deparou com a pior
coisa na vida de uma garota: O tráfico humano de
mulheres com fins de prostituição.
O livro rapidamente se tornou um best seller.
Ela amava a sua profissão, mas queria formar sua
família e ter filhos. Então resolveu dar um novo rumo para
a sua carreira.
Briana a nomeou vice-presidente e a dupla Susan e
Adam era imbatível nos negócios.
Havia alguns meses que Susan e Adam estavam
tentando, mas tentando muito fazer o seu primeiro filho.
Aquela dificuldade que vocês já conhecem que eles têm
para fazer essas coisas.
Susan acordou indisposta e enjoada.
Não queria nem sair da cama.
— Amor hoje é o dia em que você tem que selecionar
as modelos da nova temporada. — Adam tentava animá-la.
Era tarefa que ele sempre necessitava da presença
dela.
— Tá. Vou tomar um banho e ver se melhoro. — Ela
falou com uma voz um pouco arrastada o que preocupou
mais ainda Adam.
Quando ela se levantou uma ligeira tontura a fez
sentar-se novamente.
Quando Adam a segurou viu que ele estava suando
frio.
— Vou te levar para o banheiro para tomar um banho e
depois a levo ao hospital!
Ele a abraçou e a levou para o banheiro.
Tirou o robe dela e ela se desvencilhou rapidamente
dele e encurvou sobre a pia, com ânsia de vômito.
Ele a segurou pela cintura. Depois de uns minutos ela
tentou escovar os dentes voltando a ter enjoos.
Lavou rapidamente a boca e Adam tirou o short e
entrou com ela no chuveiro.
Ela estava pálida.
Adam a tirou do banho e a secou, se enxugando em
seguida. Sempre de olho nela.
Dentro deles havia aquela expectativa de que
finalmente ela estivesse grávida, mas outras vezes eles
acharam que ela estava grávida e era alarme falso.
Adam a carregou até a cama, sob os protestos dela
que afirmava estar bem.
Adam a ajudou a se vestir e se vestiu também.
Ligou para a empresa e avisou que chegaria mais
tarde e que suspendessem a seleção das modelos naquela
manhã. Depois ele explicaria tudo.
Ligou para Briana e pediu conselhos.
Susan pediu para falar com ela.
A mãe estava casada com Nicholas há alguns anos e
moravam em uma cidade próxima, mas estavam em uma
viagem para a Grécia.
Depois de ser tranquilizada por Briana ela ligou para a
ginecologista que mandou que ela fosse ao encontro dela o
mais rápido possível.
Adam foi abraçado com ela para o carro.
No elevador subindo para o consultório da doutora
Emma Flyn, que acompanhava Susan desde que ela se
mudou para a casa de Adam, ele observou Susan. Ela
ainda estava pálida.
A doutora que sabia do plano de Susan de engravidar
a recebeu muito feliz.
No decorrer da conversa com Susan sobre os seus
sintomas, ela tinha quase certeza de que daquela vez a
chegada do herdeiro ou herdeira era certa.
Fez os exames físicos de praxe e pediu um exame de
sangue para o teste de gravidez.
— Façam aqui mesmo no laboratório no prédio, vai
demorar algumas horas para sair o resultado.
Você a leva para casa e a coloca para repousar.
Quando o resultado sair, você o acesse no site e seja qual
for traga a Susan aqui amanhã.
Adam levantou-se para ajudar Susan. A doutora a
cumprimentou tranquilizando-a.
— Fique calma, vai ficar tudo bem, querida.
Susan sorriu para ela.
Adam não podia deixar Susan em casa só com a
empregada e tinha reuniões importantes naquela manhã.
Susan colheu o sangue para o exame e ele já estava
de posse da senha para entrar no site.
Ele conversou com ela e explicou que se sentiria mais
tranquilo se ela ficasse com Briana.
Susan concordou.
Briana estava sozinha em casa, já que Michel já tinha
ido para a empresa. Ficou feliz de ter a companhia de
Susan.
Adam foi para o trabalho e deixou Susan com a mãe.
Os dois tinham a senha do site para saber o resultado
do exame.
Ele estava ansioso para saber se iria mesmo ser papai
daquela vez.
Susan dormiu na cama de Briana. Ela andava sentindo
muito sono nos últimos dias.
Depois das reuniões Adam abriu o site bem
esperançoso.
Quando colocou a senha para acessar o exame seu
coração batia forte. Tomara que fosse uma gravidez. Não
queria que Susan estivesse doente!
Ele leu o resultado e as lágrimas desceram pelo seu
rosto.
— Pai! Eu vou ser pai! — Comemorou emocionado.
Imprimiu o resultado, colocou num envelope.
Saiu apressadamente e avisou a secretária para não
marcar nenhum compromisso para ele. Ele não voltaria à
tarde.
Foi direto ao encontro de Susan.
Quando chegou lá ela ainda estava dormindo.
Briana viu que ele tinha chorado.
— Aconteceu alguma coisa, filho?
— Aconteceu! Tem uma coroa que vai ser vovó. — Ele
falou rindo e chorando ao mesmo tempo.
Entregou o resultado para ela ler.
Depois foi para o quarto atrás de Susan.
A acordou mansamente, mexendo nos cabelos dela.
Ela ainda assim acordou um pouco assustada.
— Você não precisava estar na empresa? Aconteceu
alguma coisa?
— Sim! — Adam já estava chorando quando pegou a
mão dela entre as suas.
— O quê? Fala!
Susan se sentou na cama.
— O nosso bebê... — Ele acariciou a barriga dela —
está aqui!
Susan o abraçou chorando e Briana veio se juntar aos
dois.
— Vamos para casa! Hoje eu sou todo seu meu amor.
Quando eles estavam saindo, Briana pediu que se
precisassem de alguma coisa ligassem para ela.
Susan saiu depois de abraçá-la, emocionada.
Três meses depois Susan estava com Karina no
consultório da médica para saber o sexo do bebê.
Ela não foi com o Adam porque iria fazer o chá de
revelação para contar para ele.
Briana já estava cuidando de tudo e à tarde Susan iria
para a casa dela, forçando assim a ida dele até lá.
Karina segurou a mão dela quando o exame começou.
— Então doutora, dá para saber o sexo do meu bebê?
A doutora riu e falou calmamente.
— Claro, Susan. Dá para ver o sexo dos seus bebês...
Susan a interrompeu:
— Como assim bebês, doutora?
— Você está grávida de gêmeos, querida! É um casal.
— Tem caso de gêmeos na sua família? — A doutora
indagou enquanto Karina caia no choro.
— Na do Adam, sim. — Susan falou murchando a sua
alegria ao se lembrar do caso de Briana.
A doutora percebeu a e perguntou por que ela ficou
triste.
— Os irmãos do meu marido, os gêmeos, morreram
ainda bebês! — Susan falou e não conseguiu segurar as
lágrimas.
A doutora passa uns bons minutos explicando que não
era porque aconteceu com a mãe do Adam que iria
acontecer com ela. E que medicina estava muito avançada.
Karina apertou a mão da filha para lhe dar forças.
A olhou com carinho e disse:
— Eu estarei ao seu lado meu amor!
Susan tinha terminado o exame.
Então estavam se preparando para irem embora
quando Briana ligou eufórica querendo saber o que era o
bebê.
— Eu vou te contar quando chegar aí.
Briana não entendeu o mistério, mas não insistiu.
Quando chegaram na casa de Briana, Susan a
abraçou chorando.
— Estou grávida de gêmeos, Briana! Uma menina e
um menino.
Briana acenou para Karina que respondeu ao aceno.
— Filha, isso é lindo! Estaremos aqui para ajudá-la no
que for preciso, não é Karina?
— Claro!
Susan passou em casa com a Karina para pegar a
roupa que vestiria à tarde quando fossem fazer chá de
revelação do sexo dos bebês.
Karina a levou para a casa de Briana. E foi para a sua
casa.
Quando chegou em casa, ligou para Nicholas, que
tinha resolvido investir na empresa do Michel e o ajudava
diretamente nos negócios da empresa.
— Amor, a Susan está um pouco amuadinha por
causa da gravidez, eu vou passar o dia com ela na casa da
Briana. Pode me encontrar lá à tarde?
Nicholas concordou.
Karina foi ao encontro de Susan na casa de Briana.
Ela e Michel eram muito próximos. O filho sempre
torceu para o pai encontrar um amor.
Briana, Susan e Karina prepararam tudo, o bolo nas
cores rosa azul seria a charada para Adam adivinhar o
sexo dos bebês.
Quando Adam chegou com Michel viu a casa toda
enfeitada com bolas rosas e azuis
Alguns convidados estavam esperando a chegada do
ilustre papai. Uma música suave enchia o ambiente.
Adami procurou Susan com um olhar pela sala e a viu
no sofá com as suas duas mães, como ele brincava com
ela.
Karina levantou-se e foi dar um abraço em Nicholas.
Cumprimentou o genro que já se dirigia para junto de
Susan.
— Os seus segredinhos com a minha mãe, hein! Estou
morrendo de curiosidade para saber sobre o nosso bebê,
amor!
Susan o puxou para junto dela e Briana ria da
afobação do filho.
Michel chegou um pouco depois, indo logo dar um
beijo em Briana.
— Que festa linda, amor! — Ele falou em um tom
animado.
Ele estava todo bobo com a história de ser avô de
gêmeos e teve que se segurar para não acabar entregando
a surpresa sem querer para o Adam.
Algumas amigas e amigos íntimos da família
começaram a chegar.
Susan ficou com saudade da família no Brasil.
Gravou um vídeo mostrando a festa.
Enviou e logo ligou em chamada de vídeo para o pai.
— Pai, está um pouco tarde aí no Brasil, mas eu
queria que o senhor visse como ficou linda a festa! Amanhã
mando mais vídeos. — Susan estava emocionada.
— Estou sem palavras, filha. Queria estar aí com você!
— A voz dele estava embargada pelo choro.
— Eu sei, pai.
— O Adam não sabe ainda que é um casalzinho?
— Não sabe! Escondi até agora.
— Filha, eu te amo muito. Tenho orgulho da pessoa
incrível que você se tornou apesar de tantos problemas.
Susan não conseguiu segurar as lágrimas.
— Eu te amo pai, muito, muito mesmo!
Susan precisou desligar, pois Briana a chamava para o
ponto alto da festa.
Susan foi até a mesa do bolo revelação e pediu Adam
que cortasse uma fatia na cor que ele acreditava ser a que
simbolizava o sexo do bebê.
Adam hesitou um pouco. Tinha a possibilidade de ser
um casal, mas nem sempre isso acontecia com gêmeos.
Fechou os olhos e se imaginou rolando na grama de
um lindo jardim com seus garotos ou brincando na sua ilha
fazendo um lindo castelo de areia para as suas lindas
filhas.
Abriu os olhos e cortou uma fatia da cor azul.
Susan riu e anunciou:
— Errou e não tem segunda chance!
Pegou a mão dele que segurava a faca de bolo e
cortou uma fatia com as duas cores.
Todos bateram palmas com aquela linda revelação.
Adam abraçou Susan e depois saiu rodopiando com
ela ao som da linda música que embalava os sonhos deles
desde que se conheceram.
Meses depois Susan teve os seus bebês que eram
paparicados pelas duas avós babonas.
O pai esperava as férias de Diana para ir conhecer os
netos tão queridos.
Susan tinha babás para a ajudar com os bebês, mas
era muito difícil na hora de se desgrudar deles à noite.
Ela se remexeu na cama se desgrudando do abraço
de Adam o fazendo acordar.
— O que foi amor? — Ele perguntou ainda sonolento.
— Nada. Vou ali e já volto.
Bateu na porta antes de entrar. Sofia, uma babá
brasileira muito doce, sorriu para ela.
Aquelas visitas eram bem comuns na madrugada.
Os bebês dormiam tranquilamente em seus bercinhos,
Susan sussurrou os vendo dormindo:
— Eles estão bem, eu sei que estão, mas me bate
uma saudade!
Você me entende, não é Sofia.
Sofia não tinha filhos, mas tinha irmãos. Por eles,
estava ali em outro país para que eles tivessem uma vida
melhor no Brasil.
Seus olhos marejaram por uns segundos.
— Entendo sim!
Susan se despediu de Sofia e encontrou Adam com as
luzes acesas no quarto.
— Já que você me acordou, vamos brincar? — Pediu
com um sorriso travesso e um olhar sexy sobre o corpo de
Susan na linda camisola de seda.
Susan fez um ar pensativo como se estivesse
considerando aquela possibilidade.
Adam se encaixou no bumbum dela a abraçando por
trás e repetiu o convite só que mordendo a pontinha da
orelha dela que se arrepiou e começou a sentir sua
bocetinha umedecer e contrair de tesão.
Se virou e o beijou.
— Claro, estou pronta para qualquer brincadeira.
— Qualquer um mesmo? Olha que eu posso abusar!
Ela se esfregou encaixando-se nele.
— Estou pronta para tudo, meu amor! — Susan sorriu.
Adam diminuiu a luminosidade do quarto e tirou a
camisola de Susan a levando para a cama.
— A brincadeira hoje não tem hora para acabar.
Susan repetiu:
— Não tem!
Adam se despiu do calção e deitou-se a puxando em
um beijo quente e apaixonado.
— Eu te amo!
— Eu te amo pra sempre, meu herói.
Aquela madrugada foi bem intensa e cheia de amor
como sempre!
Fim!

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