Diagramação: Luana Souza Capa e artes: AB designer
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Adam riu com escárnio ao lembrar-se da cena. A vadia
tinha vergonha! Não permitiu que seu pai falasse uma palavra naquele momento. Ele mentiria e tentaria virar o jogo a favor dele. Era um manipulador. Girou em direção à saída sem olhar para a cara dele e saiu batendo a porta. O estrondo fez com que a garota se encolhesse de susto e saísse em busca das suas roupas. Dias depois obcecado com as lembranças de Susan, Adam descobriu a agência em que ela trabalhava. Agora estava ali igual um adolescente que ficaria pela primeira vez com uma garota. O barulho dos saltos se aproximava do carro e ele não conseguiu conter o seu pau que ficou duro, causando um desconforto. Susan bateu levemente no vidro do carro o alertando da sua chegada. Adam respirou fundo. Desejo e ódio dominavam o seu ser. Desejo e culpa se misturavam dentro dele! Ele abriu a porta e foi tomado pela a presença da garota. O perfume dela era tão bom! Ela era cara. Uma das putas mais caras de San Francisco. Ela sabia gastar bem o seu dinheiro. Ela sentou-se e esperou pelo comando dele. Adam estremeceu. Queria-a. Odiava-a. — Para onde vamos? — Susan tentou quebrar o silêncio. — Para uma vadia do seu tipo uma foda no banco traseiro do carro está perfeita! Susan o temeu. A voz dele baixa e controlada não escondia a raiva por trás das sílabas cuidadosamente pronunciadas. — Aqui é perigoso! Vai se expor a um escândalo? Arriscar as nossas vidas? — Ela estava realmente assustada. — Vou ter que calar essa sua maldita boca! Adam a puxou em um beijo feroz, voraz, duro e enraivecido. Um beijo que mordia seus lábios e invadia sua boca. Adam a segurou pelos cabelos e o beijo foi se tornando mais intenso. Selvagem e avassalador. Susan ficou surpresa de como tinha desejado aquilo desde que os seus olhos se cruzaram naquela noite no escritório de Fernand. — Adam, é perigoso! — Sussurrou entre excitada e aterrorizada. — Não... podemos... Mesmo assim sua mão deslizou pela coxa dele enquanto ele intensificava o beijo. A rigidez do pau dele ainda contido pela calça apertada não deixava dúvidas de que ele a desejava, tanto quanto ela a ele. Adam não estava disposto a parar. O carro blindado e com os vidros fechados garantia a privacidade e segurança para o que faria a seguir. Toda sua raiva se esvaiu quando Susan gemeu manhosa sob os seus dedos enfiados por dentro da sua blusa e acariciava os mamilos rijos. — Não tenha medo! Eu... não posso mais esperar nem mais um minuto para ter você! Susan o queria e o temia. — Não vai me machucar, Adam? — Sua voz era um misto de choro e sussurro. — Não! Eu, só quero aplacar esse desejo que me queima. Não consegui parar de pensar em você desde a noite em que a vi dançando para o meu pai! — Não falemos nisso! — Ela colocou os dois dedos selando os seus lábios. Algumas palavras eram de difícil entendimento para ela. Era brasileira. Adam percebeu que ela era estrangeira e tinha dificuldades com o inglês e começou a falar mais pausadamente. — Desculpe-me. Não falo mais. A puxou em um beijo menos raivoso, mas igualmente intenso. Susan sentia uma atração irresistível pelo Adam. Por alguns dias fantasiou o toque dele na sua pele. No entanto o que estava acontecendo não tinha como descrever. Arrepiou-se quando a língua quente dele lambeu a sua orelha, se enfiando ali a fazendo gemer. As mãos grandes e fortes a despiram completamente da blusa. As mãos dela desceram para o meio das coxas dele, sentindo a sua ereção poderosa e enorme na palma da sua delicada mão. Aquilo era tão louco! Abriu a calça e puxou aquele pau que já imaginava ser avantajado. Não esperava que fosse tanto. Desceu beijando a peito dele, a barriga trincada e ouviu os seus gemidos antecipando o prazer que sabia ela iria dar-lhe. A língua de Susan desceu lambendo e mordiscando a pele nua de Adam. Ao chegar no pau o beijou e lambeu a cabeça e pode ouvir o gemido de Adam que segurava os seus cabelos forçando delicadamente a entrada do pau na sua boca. — Susan! — Suspirou em êxtase. As mãos dele desceram pelo meio das pernas as dela. A calcinha minúscula desceu para os pés dela sob a as mãos firmes de Adam. Relutou em interromper o boquete incrível da garota no seu pau, no entanto a queria. Queria estar dentro dela, senti-la em toda a sua intensidade. Colocou o preservativo rapidamente e a encaixou no seu pau sentada no seu colo, a bocetinha úmida e apertada acolheu-o com uma voracidade faminta como se tivesse esperado por ele toda sua vida. — Oh, Adam! — Foram as últimas palavras de Susan antes dos lábios de Adam calá-la. Enquanto a beijava com desejo voraz suas mãos exploravam seu corpo a fazendo soltar gemidos de prazer. Ele estava tomado de desejo com a enlouquecida Susan quicando no seu pau, com a respiração ofegante, Susan se perdia em um beijo intenso em língua experiente de Adam intensificava o prazer que ela sentia. Afastou se um pouco do seu beijo apenas para implorar: — Adam, me fode fundo. Forte! Forte! Ele estocou mais fundo e a viu estremecer no orgasmo mais lindo e intenso que ele não se lembrava de ter visto outro igual. Ele se manteve firme, segurando o próprio gozo. Esperou por uns segundos e ordenou com a sua voz rouca e cheia de tesão: — Goza comigo, Susan! As estocadas eram calmas a fazendo forçar mais o quadril para baixo. O queria inteiro dentro dela. — Shii. Calma! — Ele a beijou. Ela o sentiu entrar dentro dela e se movimentar mais forte, mais intenso. Gozou novamente com Adam se estremecendo de prazer dentro dela em um abraço forte e acolhedor. Susan saiu lentamente do colo dele. Sentou-se no banco ao lado dele e procurou sua calcinha. Não a achou. Adam sorriu e mostrou o objeto na palma da sua mão. — Acho que uma garota vai para casa sem calcinha hoje! Ela tentou pegar a peça de volta. — Adam! Ele a segurou e a beijou. — Acho que teremos que nos vermos novamente para você pegá-la. Susan sorriu ainda sentindo a presença viril de Adam entre as suas pernas. Ela não precisava de desculpas para vê-lo. Queria-o muito! Adam com o decorrer dos encontros bem assíduos estava cada vez mais apaixonado pela Susan. Ela sempre se esquivava de falar de Fernand e da sua vida na agência de acompanhantes. Quando Adam quis levá-la para uma mini lua de mel em um no seu charmoso chalé em sua ilha particular ela declinou.
— Eu não posso! Fernand... — Interrompeu o que ia
dizer a tempo. Tinha medo do dia em que Adam soubesse de toda a verdade sobre o pai.
— Tem medo de perder o meu pai como cliente ou é
apaixonada por ele? — Adam questionou entre aborrecido e enciumado. — Não. — Susan baixou os olhos e chorou baixinho. Odiava aquela vida de puta. Todas as vezes que Adam tocava no assunto querendo tirá-la de lá ela mentia sobre o fato de não querer estar presa a um único homem, no entanto a verdade era horrível. — Você é linda, Su! Pode perfeitamente seguir com a sua carreira de modelo. Somos do ramo da indústria da moda e a sua beleza seria um escândalo na mídia. Eu entendo disso. Acredite em você, meu amor! Susan o encarou quando ele a ergueu suavemente pelo queixo. — É, madame Jennifer me apresentou ao Fernand e me disse que eu deveria ser bem boazinha com ele que ele costumava ser um grande descobridor de talentos. Adam sentiu raiva ao imaginar a que tipo de "bondade" madame Jennifer se referia. — E? — E, nada. Ele me disse que tenho um nariz bem estranho e que não harmonizaria nas fotos. Adam olhou pela primeira vez aquele detalhe no rosto de Susan. Era um expert no ramo da moda. Tinha viajado muito e adquirido conhecimentos e estava pronto para assumir um alto posto na empresa da família. Era um belo rosto, considerou, e o nariz de Susan não tinha nada de muito estranho. — Su, uma correção mínima vai deixar o seu rosto perfeito. Cuidaremos disso e... — Adam! Para! — Ela implorou. — Eu não posso sair de lá. Nunca terei dinheiro para a cirurgia! Eu... eu... — Fale Susan! Por que você se agarra à sua vida naquele lugar? — Adam a sacudiu levemente pelos braços, sem conseguir entender por que ela não aceitava ir ficar junto dele de uma vez. Susan não suportava mais esconder a sua dor, mas temia que ao expor os segredos sórdidos de Fernand ele fizesse um mal irremediável a ela. — Adam, tudo o que vou contá-lo são coisas graves e criminosas. Você tem que me prometer que não vai atrás do seu pai. Promete? — Ela o olhou aflita à espera de uma resposta. Ele aquiesceu. Susan contou mais detalhadamente sobre o sonho de ser modelo, do concurso de beleza, do primo que aparentava estar muito bem na vida, financeiramente. O convite para arriscar uma carreira de modelo ali no exterior e a traição do primo. — Eu fui vendida para o bordel da madame Jennifer por ele. Somente quando eu juntar dinheiro para pagar o que a ela deu a ele por mim eu posso ir embora! — Chorou alto ao pensar que era uma grana preta e que os gastos para se manter bela para os clientes eram grandes e a dívida ficava cada vez mais distante de ser paga. Adam a abraçou, a aconchegando ao seu peito largo. — Eu pago a dívida, meu amor! Eu pago. — O rosto dele se iluminou em um sorriso de esperança. — As coisas não são simples assim, Adam! Eu fui a escolhida pelo seu pai. — Parou sem coragem de prosseguir. Fernand não era apenas um cliente ocasional. Ele tinha muito a ver com a podridão que ocorria no bordel. — Me conte tudo! Eu vou ajudá-la. — Existe uma coisa chamada "A Seleção" no bordel. Quando uma garota é vendida virgem organizam um evento com os homens mais ricos e poderosos. A garota dará um lucro imenso para a casa. Adam olhava para ela com uma expressão de espanto e pediu para que ela prosseguisse. — Seu pai tem uma participação importante por trás dos bastidores. Ele conhece os homens mais ricos e esbanjadores, os clientes. Adam a interrompeu: — Um leilão de virgindade? — Ele estava abismado com aquelas informações. — Não, Adam! Seu pai arrumou um modo muito mais lucrativo de arrecadar o dinheiro. A garota se exibe para os homens em uma dança demorada de véus que são retirados lentamente. Cada interessado tem um envelope que ao final da dança deverá ser fechado com um cheque de alto valor. O que tiver a mais alta quantia é o vencedor! O ego inflado dos clientes os faz preencher cifras altíssimas querendo levar a garota para a cama. Adam sabia do tino comercial do pai, mas ele era riquíssimo e não tinha a menor necessidade de explorar mulheres. Estava enojado! — Espera! Me explique essa história de "a escolhida do meu pai..." — Quando fui para a casa eu ainda era virgem. Madame Jennifer até começou a organizar o evento da seleção, mas o seu pai me viu ensaiando para me apresentar. Fez parar o ensaio e avisou que daquela vez não teria seleção, ele me queria! Os olhos de Susan estavam úmidos de lágrimas. Era impossível não chorar ao lembrar o modo como perdeu a virgindade com Fernand. Temia-o. Ele era perverso e gostava do poder que o dinheiro lhe conferia. — Eu vou tirar você daquele lugar! Isso é tão... nojento! Meu pai metido numa coisa horrível dessas! — Adam balançava a cabeça em um gesto de repúdio. — Adam, ele é perigoso. Eu sou a bonequinha de prazer dele. Ele pode ter tantas quanto quiser, mas ele nunca desiste de ter encontros comigo! Adam sentiu raiva e jurou que ela não seria mais tocada pelo pai ou qualquer homem que ela não quisesse. — Calma! Eu vou resolver isso. Adam pensou muito, já não era mais um cliente ocasional de Susan. Embora se valesse do anonimato para os encontros teria que ver uma forma de pagar a dívida da garota antes que o pai descobrisse que ele estava com ela e desaparecesse com ela para sempre. — Eu vou pensar em um modo de tirá-la de lá. Confie em mim, amor! — Apertou-a mais no seu abraço. No entanto algo ainda o intrigava. — Por que você não pode viajar comigo nesse final de semana? — Vai ter "a Seleção" e esses eventos deixam o seu pai no auge da excitação, ele sempre quer fazer de novo comigo o que imagina que o cliente está fazendo com a garota que recebeu como prêmio. Adam crispou os punhos. Ele o pai sempre teve divergências, mas descobrir que o pai era um canalha estava acabando com ele. — Vou tirar você de lá antes dessa maldita seleção ou não me chamo Adam Smith Jones. Ele não podia levar Susan para o seu apartamento, tinha planos lindos para aquela garota incrível. Iria fazer tudo para que a linda flor Susan desabrochasse. As garotas do bordel não podiam ter celulares. Porque madame Jennifer temia que elas dessem com a língua nos dentes ou filmasse algum cliente para alguma possível chantagem no futuro. Fernand a mataria se alguma coisa assim acontecesse. Adam a levou de volta para o bordel de luxo. Antes a beijou apaixonadamente e sussurrou amorosamente no ouvido dela: — Logo você será uma garota livre. Poderá ir ou ficar. Se for partirá o meu coração, se ficar escreveremos uma linda história juntos. Ela o abraçou chorando: — Oh, Adam! Eu nunca partiria o seu coração! A viu sair, indo em direção à agência de modelos que era só uma fachada para a prostituição e outros bárbaros crimes contra a dignidade das jovens mulheres sonhadoras que acabavam vítimas de promessas falsas. Adam voltou para o seu apartamento e pensava em tudo aquilo que descobriu. A raiva e a decepção enchiam a sua mente. Teve medo do dia que a mãe descobrisse a verdadeira face do homem com quem se casou! Adam era um homem rico e independente. Tinha sua própria casa. Ele e a mãe eram muito próximos, mas ela entendia bem os motivos de Adam ter saído muito cedo de sob o teto paterno. Ele e o pai sempre viveram em pé de guerra. Adam herdara os bons princípios e o caráter da mãe. Uma belíssima modelo, rica e de uma família conceituada. Na sua primeira gravidez de gêmeos, ela perdeu seus bebês e entrou numa profunda depressão. O marido Fernand, era um jovem CEO promissor e inteligente. Assumir os negócios da esposa com toda a competência foi uma prova de amor da qual ela era muito grata. Alguns anos depois, a vinda de Adam alegrou a vida da jovem e linda esposa. Naqueles anos, embora as línguas ferinas discorressem sobre a veracidade do amor do jovem e promissor CEO e até um possível golpe do baú fosse especulado os dois seguiam firmes no seu amor. Inteligente, esforçado e pobre, Fernand demonstrava amar muito a sua linda e frágil esposa. Ele foi muito apaixonado por Briana até que o poder, a riqueza e as lindas e interesseiras modelos fizeram brotar o pior da sua personalidade. Briana tornara-se uma mulher triste. Fazia de tudo para manter Adam afastado dos seus problemas conjugais, porém ela estava no seu limite. Teria uma conversa definitiva com Fernand, agora que o filho tinha condições e idade para assumir a sua empresa. Olhou em torno pelo quarto imenso e pouco iluminado. Seria mais uma longa noite de insônia sem o marido ao seu lado. Procuraria Adam longe dos olhos de Fernand e poria um fim àquela vida de mentiras e traições! Adam traçou um plano para comprar a liberdade de Susan. Não suportava mais a ideia de que ela tivesse que se sujeitar a ser usada como um objeto na mão de velhos ricos e inescrupulosos como o próprio pai! Foi até o discreto edifício onde alugou um apartamento para manter Susan escondida até o grande momento de sua aparição. Ele a faria uma das modelos mais bem sucedidas do país. Ela só precisava melhorar o inglês, fazer uma correção estética mínima no nariz e com uma boa assessoria ela tinha tudo para ser um fenômeno! Sorriu animado ao pensar que mais tarde traria a sua doce Susan para o seu lar provisório, pois ela ficaria ali por um curto período. Mudou o vaso de flores de um modo que quando ela entrasse fosse recebida por elas e pelo seu delicioso perfume. Quando madame Jennifer recebeu a proposta daquele novo e misterioso cliente de comprar Susan, ficou feliz. Fernand que era mais que um sócio na falsa agência de modelos, era o seu amante. Não estava gostando da forma como ele estava envolvido com a Susan. Sorria falsamente para ela, mas temia perder o seu posto de amante de Fernand. Tinha que fazer o negócio logo. Sabia que Fernand iria ficar uma fera. Mas quando soubesse seria tarde demais. As garotas estavam dormindo o sono da tarde e então ela falou para Susan pegar as suas coisas. O seu novo cliente iria pagar a dívida dela. — Você será dele agora! Estava gostando de dar para o meu homem, não é vagabunda? — Alterou a voz, irada. Com certeza tinha ela cheirado o pó, Susan constatou pelo modo que ela estava agindo. — Não. Eu... — Susan temeu por alguma agressão por parte da mulher. — Vamos logo com isso! Quero você longe daqui o mais rápido possível. Desceram em direção à garagem. Susan não viu mais o primo desde quando ele a entregou para aquela mulher. Era estranho o sumiço de Alan. Embora ele lhe tivesse feito um grande mal a ela, era o único parente que tinha naquele lugar. Susan estava feliz de sair dali. Teve vontade de perguntar por Alan e quando tentou falar foi cortada pela voz ríspida de madame Jennifer. — O seu protetor marcou o encontro em um motel um pouco distante da cidade. Deve ser muito rico mesmo. Vai me pagar em cash. Susan se manteve em silêncio. Era evidente que Jennifer a queria longe dali. O coração de Susan batia rápido à medida que o carro se aproximava do motel onde Adam a esperava com uma bolsa recheada com muitos dólares. Jennifer olhou para ela de relance, para quem estava sendo levada para ser vendida Susan estava até bem serena. Não houve empecilho algum para que entrassem na suíte onde Adam as esperava. Tudo já tinha sido acertado anteriormente. Não havia mais o que conversar com aquela mulher. Por de detrás da porta de vidro na penumbra Adam segurou a alça da bolsa com a considerável quantia que entregaria àquela criminosa. Só queria ver Susan livre daquela vida horrível. E dinheiro nunca fora problemas para os Smiths! Manteve-se na semiescuridão até ver a Susan depositar as suas malas no quarto. Pode observar a belíssima mulher que com certeza deveria ter sido modelo no passado. Seu coração se apertou no peito. Provavelmente era uma amante do pai! Ela batia o pé impacientemente no tapete fofo. Tinha pressa de entregar a encomenda. Adam chamou Susan para ir até ele. — Entregue o dinheiro a essa mulher, por favor. Se ela vir o meu rosto saberá imediatamente quem é o meu pai! — Avisou. Era verdade. Eram muito parecidos fisicamente! Susan pegou a bolsa e ainda não conseguia acreditar que o seu sonho de liberdade estava acontecendo. Se dirigiu a madame Jennifer que sabendo que o rico cliente as observava fingiu preocupação com a garota: — Seja boazinha com o seu protetor, ele parece nutrir algum sentimento por você, afinal ele pagou uma bela grana para tê-la! Susan sabia muito bem que ela queria mais é que ela se ferrasse. Sorriu falsamente para ela. — Talvez. O que eu sei é que só troquei de dono. Isso não é muito animador! Madame Jennifer sorriu e intimamente desejou que aquele homem tivesse o dobro de perversidade e taras que Fernand tinha. Aquela carinha meiga e angelical de Susan dava-lhe nos nervos! Assim que a mulher saiu Adam voltou para o quarto e abraçou Susan a apertando contra o seu peito. — Vamos ter que sair daqui. Eu não sei quanto tempo vai demorar para o meu pai saber que a perdeu. Susan tremeu ligeiramente o lábio, tentando segurar as lágrimas. Adam a ajudou com as malas. Deveria levá-la direto para o esconderijo. Entretanto não resistiu à tentação de amá-la pela primeira vez em sua cama enorme no seu apartamento. Em breve ali seria o lar dela também. — Você vai conhecer minha casa hoje! Quer? — E o esconderijo? Não íamos direto para lá? — Susan o indagou, com medo de Fernand. Eles sempre procuravam lugares discretos para se encontrarem e longe da casa dele. O pai poderia aparecer por lá. Era um pouco difícil já que estavam brigados desde a fatídica dança no escritório. Mas era sempre bom ter precaução em se tratando de Fernand. — Vai ser só um pouquinho! Logo iremos embora. Não era verdade que seria tão rápido, mas ela não precisava saber. Adam apressou-se em entrar no prédio. Felizmente não era possível ver quem estava com ele no carro. Entraram no elevador e Adam que estava louco para beijar Susan, se conteve a custo. Assim que entraram, Susan ficou encantada com aquela sala linda e despojada. Adam era um homem que prezava pela simplicidade! — Lindo! — Obrigada. Em breve essa será a sua casa também, meu amor! Susan não conteve mais a emoção, escondeu o rosto em seu ombro e chorou de gratidão. — Ei, calma! Você nem começou a ser compensada por todo o mal que viveu. Ainda tem muita coisa boa por vir! A levou para o sofá e ficou abraçado com ela por alguns minutos em silêncio. Suas mãos que acariciavam os cabelos dela, desceram acariciando o rosto, a curva daqueles lábios que ele adorava beijar. Precisava quebrar aquele momento mágico, pois estava louco de desejo por ela! Não queria pegá-la de qualquer jeito. Queria que fosse lindo e mágico e que ela não tivesse dúvidas de que ele a amava. — Quer conhecer o meu quarto, amor? — Sua voz rouca e sensual quase sussurrada não conseguia esconder o desejo intenso que sentia por ela. — Sim! — Ela sorriu animada quando ele se levantou e estendeu a mão para ela em um gesto gracioso e cavalheiresco. Ele a fez parar quando se dispôs a segui-lo. — Não. Temos que fazer isso aqui para dar sorte! — Juntando ato às palavras pegou-a no colo a fazendo rir. Ele caminhou com ela abraçada ao seu pescoço e finalmente chegaram à suíte dele que a depositou suavemente sobre a sua cama. Susan estava realmente encantada com aquela suíte magnífica. — Adam! Isso é lindo. É incrível! Sorria com ele sobre ela fazendo uma leve pressão contra o seu corpo. Lentamente ele aproximou o seu rosto do dela e a beijou docemente. — Su! Você é tão frágil e tão forte ao mesmo tempo. Como conseguiu suportar tantas coisas ruins? — A voz dele estava embargada pela emoção. Ele mesmo foi quase cruel com ela no primeiro encontro, até aceitar o fato de que estava rendido por aquela garota. — De algum modo eu nunca me conformei com os fatos e sempre acreditei que uma hora iria acontecer um milagre. Aconteceu. Um milagre lindo chamado Adam. Ele não se conteve mais diante daquela declaração de amor tão sincera, a tomou em um beijo intenso e ardente. Logo suas roupas estavam espalhadas pelo quarto jogadas aqui e ali. Susan sempre era um espetáculo que Adam não se cansava de admirar. — Deite-se minha princesa vou te levar às nuvens agora! Ela não esperou por uma segunda ordem. Sabia o que viria e já se sentiu molhada ao lembrar do que a língua experiente de Adam fazia para a levar às nuvens. Ele beijou cada pedacinho da sua pele, seus lábios beijaram os seus seios. Os sugou com intensidade fazendo Susan gemer sob a sua língua quente. Adam desceu deixando um rastro de beijos molhados na pele arrepiada de Susan. — Abra-se para mim, Susan! Você já sabe o que a espera. — Adam ergueu um pouco a cabeça para olhá-la totalmente rendida às suas carícias. — Adam! — Ela suspirou quando sua língua começou a fazer carícias ousadas e intensas na sua bocetinha que se contraia. Puxou a cabeça de Adam contra a sua boceta para que a sua língua a penetrasse mais fundo. Os lábios dele faziam loucuras enquanto sua língua a penetrava. Ela gritava mal podendo conter a avalanche de prazer que Adam despertava em cada célula do seu corpo. O afastou lentamente do meio das suas pernas e o colocou na posição em que ela estava antes. Pegou o preservativo e foi a sua vez de beijar o corpo dele dos lábios até o pau que estava ansioso pela boca de Susan. Susan começou a beijar, chupou a cabeça e era lindo ver o Adam totalmente rendido aos seus carinhos ousados. Percebeu que se continuasse a provocá-lo ele iria gozar na sua boca. Adorava fazê-lo gozar assim, mas precisava se fundir a ele. Necessitava de ser possuída por ele. Parou por um instante o que fazia e colocou o preservativo nele. O montou quando Adam a puxou em um beijo ardente e apaixonado. Aquilo era tão emocionante! Estava livre, fazendo amor com aquele homem incrível e foi impossível segurar as lágrimas quando o orgasmo veio intenso e lindo nos braços de Adam. Adam continuou abraçado a ela. Suas mãos afastavam delicadamente as lágrimas do rosto dela. — Antes de te levar para o esconderijo vou preparar um jantar para você. Precisei dispensar os empregados. Não confio em ninguém! — Vou ajudá-lo! — Não! Quero surpreendê-la! Fique bem bonitinha me esperando. Eu a chamo quando terminar. Ele saiu e a deixou vendo um filme na TV. Aqueles filmes água com açúcar que ela adorava. Ela era uma romântica de carteirinha. Adam arrumou a mesa e lamentou não ter flores para colocar. Susan era apaixonada por plantas e flores. Assim que terminou a arrumação a campainha tocou. Ele teve um sobressalto. Para ter subido sem que o porteiro o avisasse teria que ser alguém muito próximo. Seu pai? Quando olhou na câmera respirou aliviado. Era a mãe. Susan teve medo e tratou de trancar a porta do quarto. E se fosse o Fernand que os tivesse seguido? Adam correu até a suíte e bateu na porta. — Su. É a mamãe! Mas não saia daí. Vou ver o que ela quer e depois te chamo. — Tá, Adam! A campainha tocou novamente. Adam se apressou em abrir. — Mamãe! O que houve? — Indagou muito preocupado. Para ela ter ido sem avisar, algo sério havia acontecido. A levou para dentro do apartamento abraçado com ela. Percebeu que ela chorava copiosamente. Então Briana viu a mesa posta para dois. — Ah, filho, desculpe eu vir assim, sem avisar. Você tem um encontro! — Não pense nisso agora. Me conte a razão das suas lágrimas. — Seu pai! Ele está passando dos limites e eu estou farta. Quero o divórcio. Quero-o fora da minha empresa e da minha vida! Susan ouviu o choro da mulher que era de cortar o coração. — Mãe! — Adam tentou apaziguar. — Adam! Eu quero o seu pai fora da presidência da empresa. Você tem todas as condições de assumi-la. Adam sabia que ser o presidente lhe daria carta branca para lançar Susan no mercado com grande sucesso. Era um estrategista e sabia bem como faria todos os holofotes estarem sobre o nome de Susan mesmo antes de ela mostrar o seu rosto. — Fechado! Tem ideia de que teremos uma pequena guerra pela frente? — Sim! Mas eu cansei das humilhações públicas do seu pai. Ela se preparava para sair. Adam sabia da classe da mãe e ela não aceitaria um convite para jantar sabendo que Adam estava com uma garota. — Então eu vou indo. Ah, quando as coisas se acalmarem leve a sua amiga para jantar lá em casa. Vai ser um prazer! Adam sorriu sem graça. — Um dia eu levo sim! Estamos bem apaixonados. Briana sorriu. Seu filho não era nada parecido com o pai. Era um cavalheiro e fiel às garotas que namorava. Adam acompanhou a mãe até a porta e a beijou em despedida. — Mãe, conte sempre comigo, eu te amo! — Eu sei meu filho. Eu sei! Briana saiu e Adam ainda ficou por uns instantes pensando em todas as providências para ajudar Susan, o que como presidente da empresa facilitaria muito!
Foi até à suíte e bateu na porta.
— O jantar vai se atrasar um pouco. Quer que eu traga algo para você beliscar enquanto espera? — Não! Vou guardar meu apetite para essa tal surpresa que você está fazendo. Ele aproximou-se e deu um beijinho nos lábios dela. — Vou lá preparar o jantar e depois te conto as novidades. — Ouvi sua mãe chorando... — Meu pai quebrando o coração das pessoas, mas logo ele vai aprender uma lição! Adam foi terminar o jantar.
Depois do jantar ele não queria se desgrudar de
Susan, mas sabia que era perigoso ela ficar ali. — Vamos, né? Não queria, mas já pensou se fosse o meu pai? Ela sentiu os pelos arrepiarem-se. — Não quero nem imaginar. Adam a instalou no confortável esconderijo e prometeu que seria por pouco tempo. Voltou para casa e ficou relembrando os momentos mágicos que passou com Susan ali. Abraçou o travesseiro que ainda tinha o cheiro dela e não conseguia pegar no sono pensando em tudo que precisava providenciar para a sua nova vida com Susan. Adam assumiu a presidência e uma guerra velada foi instaurada entre pai e filho. Secretamente Adam preparava Susan para ser a novo modelo da agência. Sem o domínio obscuro do pai a agência crescia rapidamente. O que levou Adam e Briana desconfiarem que Fernand desviava dinheiro da empresa. Embora, o desejo de Briana fosse vê-lo longe da sua empresa as coisas não eram tão fáceis assim. Ele implorou para permanecer em algum cargo de diretoria na empresa. Briana lembrou-se dos dias difíceis em que ele era um bom marido e em como amava aquela empresa e o deixou em um cargo onde ele não faria tantos estragos. Agora Adam estaria de olho nele. Briana o pediu gentilmente que ele retirasse suas coisas da sua mansão. Logo ela trataria do divórcio. Fernand estava desconsolado. Nunca imaginou que a frágil Briana um dia o descartaria da sua vida. Ela mostrou a ele tudo o que tinha sobre a sua vida animadinha com prostitutas e modelos. Ele amaldiçoou o fato de ter subestimado a esposa. Não havia como negar. No entanto Fernand contava que teria uma oportunidade de reverter aquele quadro com a mulher. Daria um tempo na sua vidinha de solteiro e nas baladas. Com o tempo conseguiria impedir aquela história de divórcio. Pensava muito em Susan, o desejo por ela era implacável obcecado por ela maquinava um modo de tê-la em seus braços novamente. Não entendia como a garota sumiu tão rápido sem deixar rastros. O protetor dela deveria ser muito rico mesmo. Jennifer apesar da bela surra que tomou de Fernand não sabia mesmo sobre o cliente misterioso que tinha comprado a garota. No esconderijo em um lugar calmo e discreto o amor dos dois só crescia. O apartamento era mais que um esconderijo, era um ninho de amor! Adam tinha contato com excelentes cirurgiões em outra cidade e preparou tudo para a pequena intervenção estética no nariz de Susan. Ela estava muito emocionada. Seu sonho se tornava cada vez mais próximo da realidade. O inglês de Susan melhorou muito com as aulas particulares que Adam pagava para ela. Ela iria precisar muito na sua nova etapa de vida. — De volta ao lar doce lar, meu amor! E eu tenho uma linda surpresa pra você! — Adam anunciou ao abrir a porta. Flores lindas a aguardavam sobre a mesa, mas o que se sobressaía mesmo era o delicioso cheiro de comida. — Adam! Você estava lá comigo no hospital. Quem... Não terminou a pergunta. Viu uma bela mulher surgindo da cozinha com um avental. Reconheceu imediatamente a mãe de Adam que só conhecia por fotos. Ficou um pouco encabulada e surpresa. — Adam me fala muito de você! Quando me convidou para preparar o seu jantar de boas-vindas à sua nova vida eu adorei a ideia! — Eu... ele fala muito da senhora, também! — Briana, minha querida! Me chame só de Briana. — Falou sorrindo dirigindo-se para junto dos dois e os abraçou. — Fico muito feliz que meu filho esteja apaixonado por uma garota tão especial. Susan corou ligeiramente. Briana tocou os braços dela de um modo carinhoso e a avaliou por uns instantes. Era mesmo linda! Adam tinha mesmo um olho muito bom para descobrir novos talentos. Durante o jantar Briana pode perceber que havia mesmo muito amor entre os dois. Por um momento sentiu saudade dos tempos que Fernand ainda era um jovem sonhador e apaixonado. Eles tiveram uma história linda! Era uma pena tudo terminar assim. Adam sorriu para ela que sorriu de volta, saindo dos seus devaneios nostálgicos. — Essa mocinha vai precisar muito dos seus conselhos, ela será uma modelo muito famosa com a nossa assessoria! — Sim! Eu vou amar rever meus tempos de quando modelava. Novamente colocou suas mãos entre as de Susan: — Meu filho é um homem muito especial, querida! Ele quando ama uma garota faz de tudo para que ela seja feliz e realizada. Susan sorriu. Era verdade! Em todos os sentidos. Depois da amável conversa com Briana, Susan estava bem animada e esperançosa de ser bem-sucedida na sua profissão. Quando Briana foi embora, Adam abraçou Susan pela cintura e a carregou para o quarto. Sentou-a na cama e se ajoelhou aos pés dela retirando a sandália e subiu beijando as suas pernas. Subiu ligeiramente a saia e beijou as coxas dela. Susan suspirou imaginando o que viria a seguir. Retirou a camiseta dele enquanto os beijos no meio das suas coxas mostravam bem o destino que logo a língua de Adam seguiria. Ele desamarrou o laço lateral da calcinha dela. Afundou o seu rosto ali sentindo o perfume do sexo dela. — Ah, Susan! Que gostosa! Susan gemeu sob a língua dele. — Oh, Adam amor, assim! — Susan gemeu enquanto erguia o quadril para receber a deliciosa língua de Adam o mais fundo possível. Ele lubrificou os dedos na umidade abundante da bocetinha de Susan e a penetrou por trás fazendo-a gemer alto e rebolar forte nos seus dedos. — Goza assim, para mim, Susan! — Adam ergueu um pouco o rosto e a encarou. — Sim meu amor! SIM! SIM! — Os gemidos de Susan encheram a suíte. Ela gozou com suas mãos segurando e acariciando os cabelos de Adam. Depois de refeita do orgasmo intenso ela terminou de despir Adam! — Segundo round, amor! Preparado? — Preparadíssimo! A viu descer beijando o seu corpo em direção à sua barriga e quando ela colocou o seu rosto entre suas pernas e começou a beijar o seu pau ele soltou um gemido cheio de expectativa: — Ah, Susan! Ah, meu amor! Que delícia! Ela o olhou. Seus olhos semicerrados demonstravam o quanto ele estava curtindo a sua performance. Intensificou as chupadas e lambidas. O ouviu avisar em completa entrega: — Amor! Vou gozar! Vou... Ela o sentiu gozando na sua boca. Ficou ali acolhendo até a última gota. Depois Adam a puxou para o seu abraço e sussurrou no ouvido dela: — Você me faz muito feliz! — Você é que me faz tão feliz! Estavam cansados, Adam a abraçou mais forte e percebeu que ela estava adormecendo. Beijou os cabelos dela e sonhava acordado com tudo que ainda viveriam juntos. Adam estava feliz com o belo resultado da nova Susan. Sob os cuidados de Briana ela se livrava da sua timidez para desfilar. Embora Briana não soubesse da história de ela ter sido vendida, intuía que aquela garota tinha passado por coisas bem difíceis na vida. Ela não teve coragem de ter outros filhos depois de Adam. A perda dos gêmeos: uma menina e um menino a devastou por muito tempo, até Adam nascer e trazer a luz para o seu mundo escuro. Briana sempre imaginou como seria sua vida se a sua filha tivesse sobrevivido. Agora estava ali cuidando de Susan e a amava como a uma filha. — Nervosa, para sua estreia como a nova modelo da BSJ models, Susan? — Briana afagou as mãos de dela. — Sim! Na verdade Susan temia estar próximo de Fernand novamente. Sentia-se culpada por ter ficado com o homem. Quando Briana soubesse de tudo a ainda amaria? Briana sentia que Adam tinha um motivo para esconder Susan. Sentia que não era só uma questão de marketing, percebia uma tristeza nos olhos de Susan. Ela nunca falava nada sobre a família no Brasil ou sobre o primo que a trouxera para o país. Era estranho que ele tivesse sumido sem dar nenhuma notícia. Susan percebeu que Briana estava pensativa. — Vai mesmo se divorciar do pai do Adam? — Perguntou sem citar o nome de Fernand. — Ele tem se mostrado diferente, parece estar se esforçando para mudar. Ainda o amo! — Briana falou como se aquilo fosse uma maldição da qual não conseguia se livrar. Susan assentiu. Fernand era um homem belo, era inteligente e os dois formavam mesmo um lindo casal. Pena que ele longe das câmeras e da publicidade se tornava um demônio e só visava mesmo satisfazer a sua luxúria desenfreada. Briana mudou de assunto ao ver mais uma notícia sobre a misteriosa modelo estrangeira que tinha conquistado o coração do novo presidente BSJ models. O dia da apresentação estava se aproximando, haveria uma festa com representantes da moda e sites do ramo. A TV se faria presente no acontecimento do ano. Susan preocupou-se. Fernand estaria lá, a veria entrar triunfante de braços dados com o Adam. O jovem presidente que se revelou muito competente e com uma grande visão empresarial e de marketing. O nervosismo dela não escapou ao olhar de Briana. — Sua mãe ficaria orgulhosa se soubesse que você vai realizar o seu sonho! O rosto de Susan se fechou e os seus pensamentos se voltaram para as lembranças nada agradáveis da relação com a mãe. A mãe jamais a apoiou nos seus sonhos e ela saiu de casa com o primo, ouvindo os gritos histéricos dela de que não tinha mais uma filha! — Oh, não! Ela nunca desejou que eu seguisse essa carreira. — Falou tristemente. Briana percebeu que ela não se sentia à vontade com aquela conversa e encerrou aquele assunto. Susan percebeu que Briana só queria saber mais sobre a namorada do filho. Algo muito natural, mas aquele assunto a feria muito. O sumiço do primo a fazia imaginar que ele tinha sido morto como queima de arquivo. Por saber demais sobre o esquema criminoso e desumano de madame Jennifer e seu comparsa Fernand. Embora ele tivesse procurado por aquilo ao se envolver com gente tão perigosa, não conseguia ficar feliz com a sua suposta morte. Eram os melhores amigos no Brasil. Até que a ambição por uma vida melhor o levou para os Estados Unidos. Briana percebeu que Susan estava com o pensamento longe, divagando. Mais uma vez uma notou uma sombra de tristeza no olhar da garota. Achegou-se para junto dela. — Susan, querida, não sei por que coisas terríveis você passou na vida. Agora é um novo tempo. Você tem uma família! Adam nunca esteve tão apaixonado por uma garota assim antes! Susan sentiu um aperto no coração sob o toque das mãos amorosas de Briana. A mãe que bem que gostaria de ter tido. — Eu sei, Briana. Eu sou grata por tudo que vocês estão fazendo por mim! Uma lágrima escapou dos olhos de Susan. — Ei, vamos parando com essa tristeza! Adam logo chegará com o nosso jantar de comemoração pela véspera da sua grande estreia como modelo. — Briana proferiu as frases alegremente. Enxugou as suas lagrimas de Susan com o polegar em uma caricia afetuosa enquanto falava suavemente com ela.
Minutos depois Adam chegou lindo, com uma roupa
bem elegante e sorriu para as duas. Percebeu que as duas estavam muito lindas e que tinham se arrumado para o jantar. — Nossa! Que as mulheres da minha vida são mesmo um arraso! — Abraçou e beijou as duas mulheres depois de colocar as sacolas com a comida sobre a mesa da sala de jantar. — Então, Susan, já viu o burburinho que está em torno da misteriosa modelo estrangeira que roubou o coração do CEO mais cobiçado de San Francisco? — Adam fez um ar canastrão o que acabou fazendo as duas caírem na risada. — Estão dizendo cada coisa louca sobre a gente, Adam! — Susan sorriu e buscou o seu abraço. Briana gostou bastante do fato de Fernand ter saído da mansão sem criar maiores problemas. Se ele ainda morasse lá seria bem difícil sair sem ele especular para onde ela estava indo. Era maravilhosa aquela sensação de família. Susan se sentia em um ninho de amor rodeada e protegida por Adam e Briana. Ela e a mãe não tinham uma boa relação. Amarga e depressiva, Karina era incapaz de atos de carinho. Quando o pai não aguentou e foi embora com uma garota mais nova que era completamente apaixonada por ele, a vida de Susan tornou-se um verdadeiro inferno! Por esse motivo ela não teve muitos namorados e se manteve virgem. A felicidade amorosa das pessoas era como uma ofensa mortal para desiludida Karina. Passaram ao jantar. Tomaram um champanhe para comemorar. Briana tomou um gole simbólico. Não utilizava os serviços do motorista quando ia para o esconderijo de Adam e Susan. Ao final do jantar e de agradáveis momentos juntos Briana decidiu ir para casa. Eles foram acompanhá-la até a porta. A abraçaram com carinho na despedida. Quando ficaram sozinhos Adam tomou coragem e pediu a Susan para dançar para ele. — Danço! Ele respirou aliviado. — Tive medo de que você me interpretasse mal! — Vou dançar uma música da minha terra. Pode ser? — Claro! — Hum... essa roupa não é adequada. Me espere aqui! Foi até ao quarto e vasculhou suas roupas no armário. Pegou uma saia bem curtinha, um top de renda e uma minúscula calcinha de renda transparente. Pegou o seu novo celular e selecionou um funk bem erótico e foi ter com o Adam. A batida da música era exótica e contagiante. Ele ficou fascinado! — Vai começar o show, meu bem! — Ela anunciou fazendo uma cara de safada que deixou Adam maluco. Ela rebolava cheia de tesão e ver como o pau do Adam estava duro sob a calça liberava ainda mais sua libido. Depois ainda dançando começou a se despir lentamente. Adam não aguentava mais. Começou a se despir também. A puxou nuazinha para o seu colo. O bumbum dela se esfregou no seu pau o fazendo gemer de tesão. Ela já estava extremamente excitada. Aquela dança a deixava louca de tesão. — Espere. Vou buscar uma coisa no meu quarto. Buscou preservativos e uma pomada lubrificante. Tinha planos bem safados para aquela noite. O encontrou de olhos semicerrados. Ele puxou-a contra o seu corpo nu. O beijo calmo se tornou intenso e erótico. As mãos deslizavam pela pele macia dela a fazendo gemer de tesão pela expectativa do que faria com Adam naquela noite. A boca de Adam buscou os seus seios e as mãos dela desceram para o meio das pernas dele. Ela pegou a mão dele besuntou os seus dedos na pomada lubrificante e a puxou para o seu bumbum, o arrastando junto com ela para o sofá. Adam adorava quando ela se soltava assim, abandonando o seu ar tímido e se revelando uma mulher cheia de atitude. Penetrou-a com o dedo, ficou por ali fazendo carinho e lubrificando o cuzinho apertadinho de Susan e cheio de cuidados para não a machucar. — Adam! Agora eu vou te ensinar o significado de "vai sentar" da música que dancei para você. Adam estava cheio de desejo por ela. Mal podia esperar tudo que estava por vir. Colocou o preservativo e subiu no colo dele brincando com o membro duro dele no seu bumbum. — Su! Tem certeza? — Adam tinha medo de machucá- la. — Sim! Agora eu vou sentar! — Anunciou no ouvido dele o fazendo se arrepiar. Com cuidado ela se fez penetrar sentada de frente para Adam, no seu colo. — Vem! Ela o puxou audaciosamente em um beijo cheio de safadeza. Adam sentiu que ela estava curtindo e começou a estocar, sentindo um prazer intenso com a garota o beijando enquanto ele metia cada vez mais forte! — Su! — Ele gemeu em meio ao beijo. — O Adam, amor! Como você fode gostoso! Ele estocou bem fundo e parou por instantes a fazendo gozar intensamente, então ele também gozou com ela ainda gemendo em meio ao orgasmo que estremecia o seu corpo. Ficaram abraçados trocando carícias apaixonadas até que o sono veio e o Adam a levou pela mão para o quarto dela. Adam não via a hora do segredo terminar e ele levar a Susan para a sua casa. Adam estava muito nervoso! A hora do confronto estava chegando. Sabia que o pai era falso e dissimulado. Ele estava fingindo uma mudança para impressionar Briana. Adam sabia do grande amor que a mãe nutria por ele e temia que ela caísse nas garras dele novamente. Por sorte o posto que era quase de enfeite que Briana dera a ele, não o permitia ter acesso às coisas que Adam estava fazendo às escondidas. Na reta final ele precisou se afastar de Susan. Era um perigo os paparazzis descobrirem o esconderijo dela.
Ficavam por horas conversando sobre os seus planos
futuros. Algumas vezes a conversa esquentava, a temperatura subia e acabavam fazendo amor por telefone. — Su! Já sabe como irei comemorar a sua entrada triunfal como modelo exclusiva da nossa agência. Vai ser aqui nessa cama enorme, que vai ficar linda com o seu corpo nu sobre ela! — Credo, Adam! Parece um tarado. — Ela riu já se sentindo excitada de imaginar o seu corpo sob o de Adam. — Hum... falou a puritana, a que não gosta de falar besteiras! Já fazer... — Ele riu alto. Estava muito feliz com aquela garota que a cada dia se revelava uma mulher intensa e apaixonada. Ficaram por um bom tempo conversando besteiras. Estavam apaixonados. No dia da apresentação de Susan, Briana a levou para um espaço de beleza em uma cidadezinha um pouco afastada da deles. Lá Susan poderia receber os cuidados de beleza para estar maravilhosa para a sua entrada triunfal na cerimônia daquela noite. Briana aproveitou para receber também aqueles cuidados de princesa que adorava. O carro discreto alugado por Briana era uma estratégia para passar despercebida e manter o anonimato de Susan. Adam foi ao encontro das duas com a bela limusine dirigida pelo fiel motorista da família, foi necessária muita esperteza para se livrar dos paparazzis. — Mãe, os otários estão seguindo o meu carro com meu motorista da agência que saiu lá do meu prédio. Acabei de sair aqui da sua casa, com o Alfred. — Adam falou em meio à uma gargalhada. Era um modo de aliviar a tensão do momento. Afinal ele criara aquela situação e precisava mesmo dos paparazzis. Só que Susan seria revelada no tempo dele e não no da mídia afobada. Alfred que era o fiel motorista de Briana e os acompanhava há muitos anos, era discretíssimo. Assim que chegou Adam entrou com o motorista no estacionamento fechado do Espaço de Beleza. Avisou que as esperava. As viu vindo em direção ao carro e ficou extasiado com a beleza de Susan! O motorista se apressou em abrir a porta do carro. — Meu Deus! Vocês estão lindas demais! — Adam falou cheio de orgulho. Briana sorriu enquanto ele dava um beijo no rosto dela e se grudava na Susan em um abraço cheio de saudade. Segurou as mãos dela que estavam geladas. — Não tenha medo meu amor! A festa vai ser linda. Uma festa à sua altura. — Adam a acariciou tentando animá-la. Sabia que ela temia Fernand. Ele também estava preocupado. A relação entre os dois que já era ruim, estava cada vez pior com Adam à frente da agência. Ele sabia bem quais eram os temores de Susan. Por outro lado, Fernand estava se esforçando muito para tentar reconquistar Briana, o que criou um sério problema entre ele e a sócia amante, a Jennifer. Os encontros estavam rareando e ela era muito fissurada nele. Porém Jennifer jamais faria um escândalo, não queria terminar como o ambicioso primo de Susan que tentou chantagear Fernand. Ninguém nunca encontraria o corpo do infeliz no fundo daquele poço abandonado no meio da floresta. Como ele fora ingênuo de ir ao encontro de Fernand, um dos homens mais perigosos e frios que ela encontrara na vida. Fernand estava intragável depois de perder seus poderes na empresa. Ela também estava ansiosa para saber quem seria a nova modelo da agência, suspirou aliviada, as notícias davam conta que a nova modelo era a paixão do novo presidente da BSJ models. O que significava que Fernand não ficaria com ela como fazia com quase todas as modelos que escolhia. Seus pensamentos fervilhavam com a expectativa. Uma raiva cega se apoderava da sua mente perturbada ao imaginar que Briana estaria lá, linda sob o olhar de Fernand que faria de tudo para reatar o relacionamento com a ex-esposa antes que ela entrasse com o pedido de divórcio! Por um momento com a possibilidade do divórcio se viu tomando o lugar dela. Uma doce ilusão! Pelo contrário, Fernand estava se afastando cada dia mais dela. Adam, Briana e Susan estavam se aproximando da agência e uma grande aglomeração de fotógrafos e profissionais da mídia estavam à postos. O motorista dirigiu bem devagar, instigando a curiosidade dos presentes. Porém manobrou e entrou na garagem do prédio da agência. Longe dos holofotes Adam desceu. Deu o braço para as duas mulheres e foi em direção ao auditório que ainda estava fechado para o público. Briana deu uma última ajeitada no penteado de Susan. Adam sorriu orgulhoso. — Arrase, minha filha! É a sua vez de brilhar. — Briana anunciou animada, relembrando seus velhos tempos de modelo. Adam e Susan foram para detrás da cortina e quando Briana os anunciasse as cortinas se abririam e o mundo conheceria Susan, a espetacular modelo da BSJ Models. Briana fez um gesto para que os funcionários abrissem as portas do auditório. Se posicionou ao lado da cortina que logo se abriria e sorriu para as pessoas curiosas pela apresentação de Susan. — Agora vocês irão conhecer a belíssima modelo brasileira que fará parte da nossa equipe. Devo lhes dizer que a doce e esforçada Susan conquistou não apenas o coração do meu filho, mas o meu também! Fernand começou a suar, mesmo com ar ligado? "Susan?” Pensou relembrando daquele nome inesquecível. Logo ele ligou os pontos. Todo aquele ódio que Adam demonstrou no escritório era uma farsa. Ele era o comprador de Susan. Seus lábios tremeram de ódio. As cortinas se abriram e Susan surgiu linda de braços dados com Adam. Foram recebidos com muitas palmas. Adam sorriu para os presentes, respondeu perguntas e pode perceber o pai os fuzilando com o olhar. Quando percebeu que Adam o estava encarando desfez a carranca e foi atrás de Briana que o recebeu com simpatia. — Desculpe, Fernand, termos o deixado de fora, mas Adam queria surpreender o mercado da moda! Fernand resmungou qualquer coisa e se afastou dela. Ele não era mais o centro das atenções. Aquilo era ruim para o seu ego tão inflado. A festa foi maravilhosa! No seu quarto Jennifer assistiu tudo e ficou pasma e com raiva ao mesmo tempo. Aquela vadia estaria muito perto de Fernand e ela sabia o quanto ele era obcecado por ela! Depois da linda festa eles estavam se preparando para irem embora. Fernand aproximou-se de Susan e a parabenizou. Ficou ainda mais obcecado por ela. Ela era linda, mas estava ainda mais deslumbrante! Briana puxou Susan para fofocar sobre a noite. Fernand aproveitou para provocar o Adam. — Eu o entendo filho. Essa garota é gostosa pra caralho. Eu tive sorte de ser o primeiro dela. Uma delícia de virgem! — Cale a sua boca nojenta, antes que eu esqueça onde estamos e a arrebente! — Adam tentou controlar a sua raiva e a sua voz. Susan percebeu o clima entre os dois e chamou Briana para se juntarem a eles. Briana não notou o clima estranho que havia entre os três. — Briana, posso acompanhá-la até a nos... sua casa? — Fernand se ofereceu cheio de segundas intenções. Briana estava linda e ele ainda não conseguia aceitar o fim do casamento. — Melhor não. Você já andou bebendo muito hoje. Não quero saber de confusões. Vou com o Adam! Me deixa em casa filho? — Claro! Fernand se afastou, não sem antes lançar um olhar irado em direção ao casal. Adam tentou não transparecer as emoções ruins que a discussão com pai causou nele. Encaminhou as duas para o carro em silêncio. Deixaram Briana em casa e foram para o apartamento de Adam. Quando entrou Susan foi surpreendida com as suas malas e todas as suas coisas já na sala. E flores lindas para recepcioná-la. Adam a abraçou ainda na porta e fez um gesto lhe desejando boas-vindas. — Essa é a sua casa agora, meu amor! — Oh, Adam! Estou tão feliz. O beijou agradecida por tudo que ele significava para ela. Ficaram um bom tempo na sala conversando sobre a noite incrível que tiveram na agência. Adam levantou-se e lhe estendeu a mão. — Vamos? A festa ainda nem começou ainda! — Piscou para ela de um modo safado enquanto suas mãos fortes acariciavam sua cintura lhe arrancando arrepios pela antecipação do que a esperava quando entrasse na suíte dele. Adam a beijou e depois a foi empurrado para a suíte com o seu corpo colado ao dela. — Assim começa a sua nova vida, na sua nova casa. — Adam! Ela gemeu excitada quando Adam a colocou sentada no seu colo. Buscou os lábios dela em um beijo apaixonado. Quando seus dedos deslizaram sobre vestido tomara que caia o descendo quase até o umbigo ela jogou a cabeça um pouco para trás e a boca de Adam tocou os seus seios a fazendo gemer de tesão. — Oh, Adam! Ele ergueu um pouco o rosto e sorriu olhando para sua mulher se abrindo para ele como uma linda flor. Deitou-a sobre a cama e começou a despi-la. A noite de amor só estava começando e não teria hora para acabar. O amor de Adam e Susan desabrochava e a despeito de todas as fofocas em torno da nova modelo. Ela possuía a graça e a beleza que conquistava o seu espaço no mundo da moda. Briana era uma mãe para Susan. Amava ver como o seu filho era feliz junto daquela garota.
Adam por algumas vezes tocava no assunto de
casamento e Susan sempre desconversava. Sua infância difícil sem a presença do pai quando ele partiu inesperadamente eram memórias marcantes na sua mente. As brigas rotineiras dos pais até chegarem à separação a deixava muito cética se existiam amores que duravam para sempre. Andava pensando muito na mãe. Agora poderia ajudá-la com um tratamento mais eficiente para a depressão e a bipolaridade. Tinha medo de ligar e ser rejeitada. Estava pensativa na banheira em meio à espuma. Começou a relembrar os momentos em que a mãe não estava em crise e de como era linda e engraçada! Entretanto, ela era uma incógnita. De uma hora para outra seu humor mudava. De olhos fechados começou a chorar. Adam entrou na suíte e a viu chorando. — Amor! — Jogou a pasta sobre a cama e retirou o terno indo na direção dela. Susan o olhou e secou as lágrimas com o dorso da mão, respirou fundo para espantar o choro. — Oi, lindo! Essa água está uma delícia. Entra aqui. Adam estava preocupado com ela, mas a visão dela nua coberta por espumas nas partes estratégicas o deixou maluco de desejo. Porém, Adam, sabia que Susan estava triste. Despiu-se e entrou na banheira a puxando para o seu colo. — Su, meu pai te importunou novamente? — Adam indagou, lembrando-se do modo como o pai olhava para Susan. Parecia que iria devorá-la. — Não. Ele está de caso com uma das secretárias. Desistiu de bancar o bom moço para tentar conquistar Briana. — Ela sorriu. Briana se envolveu mesmo com a empresa e estava faltando muito pouco para tirá-lo definitivamente de lá. Estava tomando pé da situação e logo assumiria um cargo novo direcionado ao aprimoramento das modelos. Todas a amavam. Algumas garotas não gostavam nada do modo como Fernand as olhava. Com Briana elas se sentiam muito bem. Adam beijou os cabelos dela e sem que ela estivesse esperando a virou de costas na banheira subindo sobre ela que se debatia sob o corpo dele, rindo. Susan podia sentir Adam ficando bem animadinho lá embaixo. — Amor! — Ela cochichou lânguida e sexy no ouvido dele sentindo-o se arrepiar ao seu contato. — Hum... — Quero dançar para você hoje! — Adoro ver você dançar! Ele a beijou cheio de segundas intenções. — Depois da minha dança, está bem? — Ela pediu afastando-se um pouco do corpo dele. Ele a puxou de volta e a fez encará-lo. — Por que você estava chorando? — Sabe, Adam, sua mãe é tão boa para mim. Tão equilibrada e linda. Às vezes ela lembra um pouco a minha mãe quando não estava em crise. Adam a ficou ouvindo emocionado. — Vamos lá vê-la, então. Acho que ela sente saudade de você. Suas mãos deslizavam pelos braços de Susan em um afago protetor. — Ai, Adam, a gente brigou feio quando decidi vir tentar uma vida nova em outro país. — Liga pra ela, amor! Se você não fizer isso, nunca vai saber. Susan olhou nos olhos de Adam. O que ela via ali era amor e era lindo! Deu um beijinho nele e saiu da banheira vestindo o roupão. — Fique aí, só venha quando eu chamar! Andam piscou para ela. Ele sabia que logo ele a veria dançando graciosa e sensualmente desmentindo o seu aparente ar de timidez. Minutos depois Susan bateu palmas o convidando para ir ao encontro dela. Susan vestia uma minissaia de babados e um top com um delicado bordado que formavam flores. A música começou a tocar e Adam ficou extasiado com a beleza e desenvoltura dela dançando uma música que ele sabia que era um samba. Susan já tinha dançado aquele ritmo outro dia. Embora ele estivesse dançando lindamente, a expressão alegre e sexy dela se misturava a uma tristeza que ela tentava esconder. Embora estivesse tremendamente excitado com a performance de Susan ao terminar a dança ele a puxou para o seu colo e a abraçou bem forte. Em outro momento ele a puxaria e já iria tirando as suas roupas, cheio de más intenções. — Amanhã você vai ligar para a sua mãe. Você não pode ter medo de mostrar para ela o seu amor. Susan assentiu. Chorou no ombro dele. Adam era um príncipe daqueles dos livros que ela achava lindo. Ele a deitou no seu colo e ficou fazendo carinho nos cabelos dela. Abaixou-se e a beijou. Beijo Ela correspondeu ao mais intensidade o mostrando que tudo o que precisava naquele momento era sentir o seu corpo sobre ela, ele se fundindo dentro dela fazendo-a saber que eram um! Deslizou o roupão dele pelos ombros e o despiu, pode contemplar a nudez estonteante de Adam. — Hum... Adam, como você é lindo! — Fez um ar de safada mordendo o lábio inferior. Adam sorriu e a deitou sobre a cama. Começou a despi-la. Sua boca, língua e dentes explorava cada parte do corpo de Susan a fazendo gemer de prazer. Adam desceu para o meio das pernas dela, abriu-as com delicadeza e por uns segundos ficou admirando aquela bocetinha pronta para sua boca e a sua língua. Quando ele deu um beijo estalado e começou a chupá-la, Susan mudou a posição de modo que a sua boca alcançasse o pau duro de Adam. Adam com o rosto enterrado no meio das pernas de Susan sentiu a boca quente de dela começar a lamber o seu pau. Gemeu já antevendo o que aconteceria dali pra frente. O vai e vem cadenciado dos dois os levava a um prazer indescritível. Susan continuou a chupar o pau de Adam que metia sua língua bem fundo.
Ela rebolava de modo a senti-lo preencher a sua
bocetinha pulsando por ele. Seus corações batiam acelerados e a respiração se tornou ofegante. Estavam prestes a gozarem, mas ainda se seguravam porque era muito bom o contato de suas bocas famintas naquele momento de intenso prazer. — Oh, Adam amor! — Susan gemeu. Sua língua explorava a cabeça do pau de Adam. O engoliu mais uma vez e Adam intensificou as estocadas da sua língua na bocetinha dela. Começou a se movimentar na boca de Susan. Estava louco de desejo. — Su! Oh, amor! — Gemeu quando o seu orgasmo se iniciou. Susan rebolava alucinada na sua língua. Era fantástico gozar assim, com Adam gozando na sua boca. Muito tempo depois Susan estava deitada sobre o peito de Adam ouvindo as batidas do seu coração. — Você tem razão, amor! Se eu não falar com a minha mãe nunca vou saber o que ela pensa. — Isso! Pode contar comigo. Adam deu um beijinho no topo da cabeça dela. Alguns minutos depois Susan adormeceu sobre o seu peito. Adam a tirou com cuidado e a colocou no travesseiro dela. Ficou por uns minutos apreciando na iluminação suave do quarto a bela figura de Susan com os seus cabelos espalhados sobre o travesseiro. Deu um beijinho nos lábios dela e sussurrou: — Eu te amo, princesa! A abraçou e ficou pensando que era mesmo um cara de muita sorte! Adam segurava a correspondência entre os dedos com um misto de alegria e preocupação. Olhou novamente o que estava escrito. Era um negócio imperdível! Ele teria que fazer uma viagem curta para assinar alguns papéis e dar prosseguimento a negociação. Adam preocupou-se imediatamente com o fato de que teria que deixar Susan sozinha à mercê de Fernand. Era inegável que ele só esperava uma oportunidade para se vingar da garota. Os olhares lascivos dele sobre ela quando se encontravam não deixavam dúvidas do que ele faria se conseguisse pegá-la sozinha. Susan provavelmente estava no meio de um ensaio para o desfile da coleção de verão. Adam não resistiu às lembranças da garota dançando para ele. Do seu gingado que o fazia ficar em brasas. Fechou os olhos por um instante tomado pelas lembranças de Susan. Despertou dos seus devaneios e providenciou logo de ligar para Susan. — Vou precisar ir em casa. Vamos comigo? Compramos o nosso almoço e almoçamos lá. — Pediu, omitindo o fato de que tinha uma surpresa para lhe contar. — Oh, sim! Claro. — Susan respondeu animada. Desligou e pegou a sua bolsa se despedindo do instrutor e das meninas atirando-lhes beijinhos. Quando ela saiu as meninas riram se cutucando. — Ser a modelo principal assim é fácil! Comidinha do presidente. — Lara a amante do Fernand destilava todo o seu veneno. Clare soltou uma gargalhada debochada. — Pior é uma modelo aí que é comida do sub, sub, subdiretor do que mesmo, Lara? Robert gargalhou. Aquele duelo de najas era mesmo um show à parte. Tentou voltar ao seu jeito sério e profissional e ordenou: — Vamos dispersando que preciso ver as fotos da Susan. É difícil de escolher. Em todas ela fica uma deusa — Alfinetou as duas um pouco mais. Elas saíram fofocando sobre a vida de Susan que elas invejavam muito. Susan deu um azar de cruzar com o Fernand no corredor. Desviou o olhar e tentou se afastar dele. Ele olhou para os lados e viu que não vinha ninguém e se aproximou rapidamente dela. — Susan, querida, por que a pressa meu anjo? — Fez uma barreira a impedindo de prosseguir. — Fernand... — Ela balbuciou ainda tentando forçar a passagem. Fernand aproximou o seu rosto bem perto do dela e ela pode ver o ódio faiscando nos olhos dele. — Um dia destes Adam, vai se cansar do brinquedinho que comprou e eu estarei aqui para cuidar da sua dor! — Falou, destilando o seu veneno para entristecê-la. Susan chorou e pediu que ele a deixasse passar. Ele se afastou mais por medo de ser pego assediando uma modelo. Todos os olhares estavam sobre ele agora e perder a diretoria de enfeite que tinha na empresa seria um passo para a derrocada final. Briana o vinha aporrinhando com a história de divórcio que ele não assinava. Fernand ainda pensava em um jeito de virar o jogo ao seu favor. Susan chegou à porta do escritório de Adam e enxugou as lágrimas antes de entrar. Ele percebeu que ela tinha chorado. — Problemas de novo com as modelos novatas, amor? — Acercou-se dela a puxando em um abraço. Era um pouco por aquilo também, mas Susan não queria saber de confusão com ninguém. — Deixa pra lá, amor! Elas pensam que só estou lá no posto de modelo número um por que durmo com o presidente. — Ela falou de modo displicente. Mas o que a machucou mesmo foram as palavras de Fernand: " — Um dia destes Adam, vai se cansar do brinquedinho que comprou e eu estarei aqui para cuidar da sua dor!" Adam sentou-a sobre a sua perna e começou a contar da viagem. Novamente ele percebeu uma tristeza nos olhos dela. — Volto amanhã à noite. Não vou demorar! Se você não tivesse prova de roupas para o desfile eu a levaria comigo. Quer transferir a prova para outro dia? — Ele indagou. — Não! Eu ficarei bem. — Ela o tranquilizou. — Por uma questão de precaução vá para a casa da minha mãe quando me deixar no aeroporto. Certo? — Sim. Adam a pegou de surpresa com uma pergunta desconcertante: — Meu pai ainda a importuna, amor? — Suas mãos acariciaram os braços dela de um modo confortador. Susan tentou desconversar, odiava mentir para Adam, mas temia o confronto entre os dois. — Não me importuna mais. — Você não me esconderia isso. Certo? — Não. Adam passou o braço em torno da cintura dela e a direcionou para a saída. Antes de saírem a beijou apaixonadamente. Todas as palavras torpes de Fernand sumiram da mente dela. Adam a amava! Ela sabia. Ela sentia. Depois de almoçarem, Adam a levou para o quarto ficou na lá na cama abraçado com ela. Queria muito resolver os seus problemas familiares, percebia muitas vezes uma sombra de tristeza no olhar dela. Naquele momento a tristeza de Susan estava relacionada às palavras maldosas de Fernand, mas ele não sabia. Susan o puxou para ela e o beijou. — Adam, você ainda se sente feliz comigo como nos primeiros dias? — Ainda mais! Hoje é uma coisa carregada de emoção e sentimentos bons. O nosso começo não foi dos melhores. Mas eu já gostava de você. Só a raiva que me cegava! Adam a beijou calmamente e depois com uma doce intensidade. Quando começou a despi-la ela o alertou: — Amor, você ainda tem que arrumar a sua mala! Ele riu: — Não sou você que precisa levar tantas coisas para uma viagem! A deitou sobre a cama a prendendo contra o seu corpo — Adam! — Ela protestou fracamente quando o viu deixando-a nua e se despindo também. Susan ainda estava se refazendo do prazer que Adam a fez sentir mais uma vez, com a cabeça repousando no colo dele. De olhos fechados sentiu Adam parar de acariciar os seus cabelos e a voz rouca e emocionada dele soar nos seus ouvidos. — Amor, não dê ouvidos ao meu pai. Ele só quer destruir o nosso amor. Confia em mim? Susan lembrou-se das palavras de Fernand, demorou um pouco para responder e finalmente falou: — Eu sei meu amor. Eu sei! À tarde eles voltaram para a agência. Quando chegou a hora de Adam viajar Susan ficou um pouco triste. Foi a sala dele para buscá-lo. Felizmente não esbarrou com Fernand novamente. No escritório depois de beijos e carícias ternas Adam colocou para fora os seus temores. — Amor quero que fique com a minha mãe porque lá você vai estar em segurança. Ela já está avisada. Entende isso, não é? Não terei sossego lá se te imaginar sozinha na no nosso apartamento. Ela assentiu. Era melhor mesmo. Adam pegou a mala: — Vamos, então? — Sim. Susan o seguiu. Se apressaram em direção ao elevador. Quando a porta abriu, Fernand os viu e sorriu falsamente para os dois. Olhou a mala na mão de Adam e deduziu que ele iria viajar. Depois de olhar para Susan de modo acintoso, se dirigiu a Adam: — Vocês me colocaram mesmo para escanteio! Vai viajar e eu nem sabia. — É. Escolhas suas, né paizinho! Poderíamos estar trabalhando juntos numa excelente parceria. Porque você é bom no que faz, mas... — deixou as palavras no ar. Um silêncio pesado pairava entre eles. Assim que Susan foi em direção ao carro dela ele os aguardou saírem. Pegou o carro dele e entrou por outra rua em direção ao aeroporto. O jogo estava virando ao seu favor. Sem Adam por perto, Susan iria dançar para ele em todos os sentidos possíveis! Alheia ao perigo Susan dirigia tentando pensar que seria só uma noite e uma parte do dia sem o Adam e que tudo terminaria bem. O que poderia lhe acontecer? Susan desceu do carro e se dirigiu com o Adam em direção ao portão de embarque. Então percebeu Briana acenando para eles. — Olha amor, sua mãe veio! Os dois sorriram e foram caminhando em direção a ela. A abraçaram felizes. — Ah, deixei a Nicole para receber os clientes e vim despedir do meu filhote! Eles riram do modo dramático que ela fez para se referir ao Adam como se ele ainda fosse um garotinho. Permaneceram conversando por alguns minutos até que chegou a hora de Adam embarcar.
Susan ficou olhando o avião levantando voo e
percebeu o quanto ela e Adam eram grudados, já estava sentindo falta dele. Briana sorriu para ela e estendeu-lhe a mão. — Vamos querida! O Alfred leva o seu carro para o prédio do Adam e nós duas vamos sair para jantar. Depois iremos para casa. Fernand achou melhor esperar Susan sair do estacionamento do aeroporto, se o visse poderia criar uma grande confusão e estragar os seus planos. Lá no estacionamento Briana e Susan entraram no carro dela e o Alfred foi levar o carro de Susan para o prédio do Adam. Fernand viu o carro saindo e começou a segui-lo. Imaginava os mil modos que se divertiria com Susan. Ah, ele a mataria talvez em meio um dos orgasmos dos muitos que teria com ela. No porta-malas havia muitos instrumentos de tortura. Seria uma longa noite de prazer e uma deliciosa vingança! Aqueles pensamentos o animavam muito. Precisava fechá-la em rua menos movimentada. A desacordaria com um produto e a levaria para o esconderijo na floresta. Jennifer os esperava lá pronta para se divertir muito com o que ele faria na garota, que ela odiava com todas as suas forças. Era chegado o momento de colocar um fim à perseguição. O carro entrou por uma via menos movimentada e Fernand colou nele o forçando a sair da estrada. Para surpresa de Fernand que não imaginava que Susan pudesse ser tão boa numa direção defensiva, o carro conseguiu se sair muito bem do seu ataque. Fernand não desistiu. — O filho da puta do Adam andou ensinando muitas coisas para essa cadela. Só que eu não desisto fácil de nada! — Berrou com ódio mortal. Continuou a perseguir o carro, tentando obrigá-lo a ir para um lugar mais deserto. Alfred tentava manter a calma, mas algo dizia que quem o estava perseguindo iria matá-lo se o pegasse. A caçada terminou quando o pneu do carro do Alfred estourou o fazendo perder a direção e sair da estrada. Ele tinha batido a cabeça e sangrava. Fernand aproximou-se quando Alfred tentava sair do carro. Duas coisas martelavam a sua mente: A Susan o tinha enganado mais uma vez e o Alfred não podia continuar vivo! — Calma, Alfred. Sou eu. Está tudo bem! Alfred sentiu um súbito pavor tomar conta do seu ser, o que o paralisou por uns instantes na tarefa de se livrar do cinto de segurança. Viu Fernand se aproximar e em silêncio começou a apertar o cinto em volto do pescoço dele. Alfred se debateu por uns minutos e depois ficou quieto. Fernand estava com o coração a mil! Não podia perder tempo. Pensou em colocar fogo no carro, mas seria algo que chamaria a imediata atenção da polícia e dos bombeiros. Conhecia bem aquela área. Só precisava empurrar o carro um pouco mais e o lançar pelo despenhadeiro. Fernand agiu rapidamente e empurrou o carro para o despenhadeiro. Saiu rápido do local. Seu ódio só crescia. O dia que pegasse Susan iria fodê-la no pior sentido da palavra. Alfred que tinha se fingido de morto e sentia que escapou por um triz. Com a respiração voltando, o medo da morte e a adrenalina o fez agir com rapidez para salvar a própria vida. Conseguiu se desvencilhar do cinto e sabia que tão logo o carro saísse dos arbustos ele ganharia uma velocidade imensa e só pararia no rio. Ele com certeza não sobreviveria. Com muito medo saltou do carro tentando se agarrar aos arbustos. Ainda trêmulo ouviu o carro caindo no rio. Apalpou o bolso e percebeu que ainda estava com o celular. A certeza de que Fernand estava perseguindo o carro pensando que era Susan na direção veio na mente dele. Pegou o celular e ligou para Briana. Ela atendeu e ele explicou sobre o "acidente" pediu que elas fossem para casa e não falassem para ninguém da ligação dele. Pediu para falar com a Susan. — Senhora, posso falar com a Susan? Briana passou o celular para ela. — Senhorita Susan, preste atenção! Sua vida corre perigo. O senhor Fernand me seguiu e tentou me matar. Ele pensou que era você na direção. — Procurou ser o mais objetivo possível e transmitir calma nas suas palavras. Era notória a rivalidade de Adam e Fernand em relação a Susan. Só a patroa ainda não tinha percebido aquilo. Susan não conseguiu disfarçar o tremor nas mãos ao entregar o celular. — Ele pediu para mantermos segredo do que aconteceu por enquanto. — A voz de Susan denotava o pavor que aquela notícia lhe trazia. O pior era que não podia contar para Briana que conheceu Fernand antes e como. — Su, está me escondendo alguma coisa? — Briana a encarou preocupada. Susan desviou o olhar e só disse que o ocorrido não foi um acidente. Que uma pessoa estava atrás dela e pensou que era ela dirigindo. — Temos que ir à polícia! — Não! — Susan alterou a voz em desespero. — Mas... — Briana tentou demovê-la. — A vida do Alfred vai correr perigo. O... perseguidor não está de brincadeira. Vamos embora? — Implorou, com medo de que Fernand as encontrasse. Susan queria sair logo dali e ficar em segurança. — Vamos, então. Briana pediu a conta. Já no carro ela dirigiu apressadamente, sentia uma ameaça no ar e a pior coisa era aquela sensação de que havia algum segredo grave que Susan ainda não confiava nela para contar. Quando chegaram em casa ela foi com Susan até o quarto que ela ocuparia. A abraçou carinhosamente e pediu: — Filha, quando você se sentir pronta me conte o que a atormenta. Sinto que não se trata de um mero sequestrador. Susan chorou. Teve medo de perder o amor dela quando ela descobrisse quem era o seu perseguidor e como ela o conheceu. — Sim, Briana, eu prometo! Briana afagou as mãos dela. Percebeu que Susan queria ficar sozinha e se despediu com um abraço confortador. Susan chorou ao pensar que Fernand nunca a deixaria em paz. O celular dela tocou a fazendo sobressaltar-se. Olhou a tela e a tensão do rosto se desfez ao ver que era Adam. Susan omitiu o acidente, pois era perigoso ele pegar um avião e vir atrás do pai. Desligou e ficou pensando em tudo que estava lhe acontecendo. Quando teria paz em sua vida? Fernand foi ao encontro de Jennifer e contou o ocorrido. Ela ficou furiosa! — Por que você não se contenta com as putas disponíveis Fernand? Olha para você, cada vez se enterrando mais por causa dessa vadia! — Cale a sua boca! Eu não poderia adivinhar que a vadia não estava no carro. Podia? Ele a segurou pelos cabelos a colocando de costas contra a parede. Estava excitado por causa da Susan. — Fernand... — Vou só te ensinar a não duvidar da minha capacidade, vadia. Ela gemeu excitada. — Vem me ensinar uma lição, gostoso. Fernand nem mesmo a despiu, nem a si mesmo. A colocou sentada sobre uma mesa e abriu a calça a fazendo ver como ele estava duro. Não era por ela, sabia bem. Mas o que importava? Fernand colocou a minúscula calcinha dela para o lado e a penetrou, com fúria e durante todo o ato gritava o nome de Susan no ouvido dela. "Um dia eu mesmo arrancarei os olhos dessa vagabunda com as minhas próprias mãos", ela pensava enquanto era furiosamente fodida por Fernand que mais uma vez a levaria a um orgasmo avassalador. Depois de gozarem, ela foi toda carinhosa acariciar Fernand que a afastou grosseiramente. Ela odiava ser uma submissa dele. Mas era o único homem que ela amou de verdade. Se afastou dele e foi acender um cigarro. — É melhor irmos embora daqui. Ainda pegaremos a sua putinha no momento certo. Fernand concordou. Se o descobrissem ele estaria verdadeiramente encrencado. Mas o cara estava morto. Os mortos não falam nada! Riu pensando na cara do Alfred ao vê-lo. Aquela garota tinha mesmo muita sorte. Se ele a pegasse ela iria implorar para morrer. Alfred desligou o celular e ficou pensando nas próximas providências a tomar. Ainda estava cansado e o pescoço doía pela tentativa covarde de assassinato por parte de Fernand. Não queria envolver mais ninguém naquela confusão, mas precisava de ajuda. Ligou o celular novamente. Tinha que ser rápido e objetivo. No terceiro toque o filho atendeu. — Marc, meu filho preste atenção: sofri um acidente! — Mentiu. O rapaz se desesperou: — Está ferido? Está no hospital? — Não. O carro saiu da estrada e caiu em um precipício. Eu consegui pular antes. Alfred olhou à sua volta e o orientou quanto à sua localização. — Eu estou próximo a bifurcação entre a floresta e a estrada. Acha que consegue chegar aqui em quanto tempo? Marc confirmou a hora no celular e estimou que estaria lá em vinte minutos. — Filho, vou continuar caminhando pelo mato. Preciso desligar o celular. Daqui há vinte minutos ligo novamente para que você possa me localizar com exatidão. — Pai, você está bem mesmo? — Um pouco cansado e com algumas escoriações, mas não vou morrer não. — Forçou uma risada para tranquilizá-lo. Desligou o celular e ficou pensando que se tivesse continuado a se debater Fernand o mataria. A ideia de se fazer de morto foi genial! Esperava que Fernand o deixasse lá no carro. Mas Fernand não era nenhum amador. Os momentos de pânico ao perceber o que Fernand faria quando começou a empurrar o carro em direção ao precipício voltaram a sua mente. Precisava sair daquela área o mais rápido possível. Não era nada difícil Fernand voltar para conferir o serviço. Algum tempo depois Marc surgiu na estrada. Alfred saiu do esconderijo e o carro parou junto dele. Ele entrou rapidamente. Ainda estava apavorado. — Pai! Meu Deus tem certeza de que está bem? — Estou sim. Estou vivo! Agora dirija o mais rápido que puder. Marc começou a dirigir. — Não me leve para casa filho! É uma longa história que prometo contar-lhe assim que tudo isso passar. — Pediu com a sua voz arrastada pelo cansaço das últimas emoções. Marc tentou saber mais alguma coisa, mas o pai temia pela vida dele caso tentasse fazer algo com a informação e omitiu-lhe a verdade. — Para onde vamos então, pai? — Me leve para casa da minha mãe. A cidade é tranquila e discreta. Posso dizer que estou de férias e que preciso de um lugar tranquilo para relaxar. Marc ainda estava muito curioso com todo aquele mistério envolvendo o "acidente" do pai. Resolveu respeitar o silêncio dele e pegou a estrada para Idyllwild a charmosa e tranquila cidade onde a avó residia. Alfred aproveitou para colocar o celular para carregar um pouco. Precisava passar instruções para Adam e Susan pela manhã. Lembrou-se que Adam só retornaria à tarde. Fechou os olhos e a fúria de Fernand voltou à sua mente. Susan estava lutando com um inimigo extremamente perigoso e frio. Sabia que Fernand o daria por morto até a polícia ir averiguar o sumiço dele e anunciar que não havia corpo. Dificilmente Fernand o procuraria lá na casa da mãe dele. Era notório o fato que os dois não se falavam há mais de cinco anos. Uma briga pela guarda do filho. Alfred queria que o filho tivesse oportunidades de estudo e que conhecesse o mundo lá fora. Ela era muito agarrada ao neto. O criou desde que a esposa de Alfred faleceu com um câncer agressivo no cérebro. Alfred lembrava-se bem da expressão de dor na face dela. Mas ele queria que o filho tivesse um futuro e uma vida bem melhor que a sua. Tais pensamentos fizeram as lágrimas descerem pelo seu rosto. Marc sabia que para ele estar indo atrás da avó, estava mesmo precisando de muito apoio. — Será como ela vai me receber? — Abriu os olhos olhando para o filho que dirigia bem concentrado. — Vai recebê-lo bem. A vovó acabou entendendo que você só fez o que um pai faria por um filho. Ela elogia muito o fato que eu nunca ter sido ausente com ela e o vovô. Era o temor dela, pai. Temia que eu os esquecesse. Alfred sorriu. Não o seu Marc o cara mais amoroso e grato que existia no mundo. O sol estava nascendo e eles a já avistavam a cidade. Quando chegaram à casa de Mary, viram que embora cedo algumas luzes na casa demonstravam que ela já estava de pé. Provavelmente na cozinha preparando um maravilhoso café da manhã como sempre. Marc tinha o controle do portão e o abriu. Mary ouviu o barulho do carro entrando e foi até a varanda para recebê- lo com um abraço apertado. O vidro escuro não a deixava ver que ele não estava sozinho. Ele desceu e a abraçou. Depois sussurrou em um tom de segredo: — Trouxe uma visita para você. Promete ser amável com ele, vó? — Ele pediu olhando a avó com ternura apontando para o pai que se preparava para descer. — Então o ingrato do meu filho está aí! — Falou alto e provocativamente. Marc reprimiu uma risada. Aqueles dois eram uns cabeças duras! Alfred saiu do carro um pouco sem jeito. Mary sentiu uma emoção muito forte em rever o filho depois de cinco longos anos de saudade. Alfred ficou parado esperando a reação dela. Ela se aproximou lentamente dele e pediu um abraço. Lágrimas molhavam a face de ambos. Era alentador aquele abraço depois de anos de uma briga sem sentido. Se separaram do abraço e ela os chamou para entrar. — Sabe a coincidência do destino? Acabei de fazer aquele bolo de milho com calda cremosa que você ama meu filho! Parece até que estava te esperando. Eles riram da coincidência. Encontraram o avô saindo da suíte, de pijama. — Oh, vou ali colocar uma roupa! Que surpresa boa meus filhos. Mary sorriu para ele. Ele era cheio de formalidades. Depois do café Alfred contou uma história sobre andar estressado e que Briana lhe dera uns dias extras de férias antecipadas. Olhou para Marc que continuou calado. — Mas... você não trouxe nada? — Ah, não! Quero comprar coisas novas, renovar sabe? — Mentiu. — Está muito abatido. E essas escoriações? — Robert perguntou ao filho. — Ah, uma discussão boba com um motorista bêbado. Eu tive que me defender! Parecia que a história os estava convencendo. Não fizeram mais perguntas. Marc estava voltando para San Francisco depois de se despedir dos avós. Alfred o seguiu até o carro. — Eu prometo filho, que logo você saberá de toda a história. Obrigada por me ajudar. Se despediram com um abraço forte. No seu íntimo Marc sentia que o pai estava atravessando um momento bem dramático na sua vida. Adam ligou para Susan logo pela manhã. — Sonhei com você! — Ele brincou. Susan não riu, o que o fez perceber que algo estava errado. — Adam, eu preciso te falar uma coisa grave, mas por favor mantenha a calma! — Ela tentou suavizar a bomba que iria jogar no colo do Adam nos próximos segundos. — Fale logo amor! Está me assustando. Susan contou a história da tentativa de sequestro e de como Fernand seguiu o carro dela dirigido por Alfred e que ao perceber que era Alfred ao volante o lançou no precipício dentro do carro. — Eu vou voltar agora! — Não, Adam! Ele precisa pensar que não sabemos de nada. — Ela pediu aflita. Adam estava trêmulo devido ao ódio que o tomou. — A prova de roupas... ai meu Deus! Você não pode ficar sozinha com ele! — Briana vai adiar. A convenci que seria bom você estar aqui para opinar. — Minha mãe sabe? — Não! Ela pensa que o Alfred teve um acidente. Sabe que alguém estava atrás de mim. Adam ainda pensava se não seria melhor ele retornar imediatamente. Mas o pedido de Susan era sensato. O pai não podia perceber que eles sabiam do ataque que por pouco tirou a vida do Alfred. — Su, me perdoe. Eu não tinha noção do quão perverso o meu pai é. — A voz dele saiu embargada pelas lágrimas que tentava segurar. — Adam eu te amo! E os filhos não têm culpa do mau caráter dos pais. Despediram-se renovando as suas promessas de amor. Adam agora tinha muita pressa de assinar o contrato e voltar para junto de Susan e a sua mãe. Elas precisavam dele. Ele precisava delas, eram suas joias preciosas. Os seus amores. Adam retornou da viagem e foi direto para a casa de Briana. Estava louco de saudades da Susan, mas preferiu que ela só soubesse da chegada dele quando a encontrasse. Briana ainda sem entender bem a situação havia comunicado o desaparecimento do seu motorista com o carro da nora. Ela não gostava de mentir e disse que estava emocionalmente abalada e quando o filho chegasse iriam a delegacia. Olhou para Susan que pela cara não havia dormido nada durante à noite. Ela também não havia pregado o olho. — Susan querida, tem ideia de quem possa ser o seu perseguidor? — Perguntou curiosa e preocupada. Susan quase se engasgou com o café que tinha acabado de colocar na boca. Odiava mentir para Briana. Não tinha culpa do envolvimento com Fernand, mas todas as vezes que Briana a tratava como uma filha querida ela se quebrava um pouco por dentro. Desconversou. Levantou alguma teoria de algum fã maníaco e desequilibrada. Briana tentou entender, mas a história era muito esquisita. Briana não era tão inocente assim. Pensou várias coisas: um ex-namorado enciumado? Supôs muitas coisas, menos a verdade, é claro. Adam desceu apressadamente do táxi assim que chegou à casa da mãe. Em outra situação o Alfred o teria buscado. Entrou rapidamente e foi direto encontrar a mãe e a namorada. Briana e Susan correram ao encontro dele o abraçando cheias de saudade. — Ah, Adam, uma coisa horrível! Quase mataram o Alfred. Briana explicou que fez a troca de carros com ele e alguém que queria sequestrar Susan o seguiu e tentou matá-lo. Que ela tinha ligado para a polícia comunicando o sumiço do motorista e do carro. Omitiu o fato de que ele estava vivo, escondido em algum lugar ignorado. — Calma, mãezinha, eu vou à delegacia e por enquanto fica tudo assim. Não sabemos do que aconteceu. A vida de Alfred e a de Susan correm perigo. Ele aconchegou Susan contra o seu corpo, puxou o rosto dela e a beijou com ternura. — Adam, esse perseguidor, Susan não soube me explicar o que pode estar acontecendo. Você tem ideia de quem seja? Susan baixou os olhos para chão, mexendo nas unhas da mão procurando uma cutícula imaginária. Não podiam mais esconder a verdade de Briana. Adam segurou o queixo dela suavemente fazendo-a encará-lo. Em seu silêncio, apenas com o olhar pediu permissão para colocar a mãe a par de tudo o que estava acontecendo. Susan balançou a cabeça concordando. — Briana, o Adam, vai lhe contar toda a verdade. Me deem licença por favor. Susan não conseguia mais conter as lágrimas e saiu correndo para o quarto. Adam contou tudo. O modo como conheceu Susan, do pagamento da dívida. De como o pai era obcecado por ela, apenas por um capricho viril. Briana colocou a cabeça entre as mãos e chorou muito. Não poderia ficar com raiva de Susan. Ela era uma vítima! — Eu vou chutar aquele desgraçado da minha empresa e da minha vida! Vou lá agora colocá-lo na cadeia que é o lugar dele! Adam a segurou. — Calma, mãe! Muitas coisas ainda nem temos como provar. Precisamos agir com a cabeça fria agora. Ela chorava no ombro dele. Susan chorava encolhida na cama. Briana não merecia ter aquele lixo de homem por marido. E se ela a odiasse por ter escondido tantas coisas graves dela? Ouviu a batida suave na porta, pensou que era Adam. Levantou o olhar e encontrou os de Briana tão inchados e vermelhos de chorar quanto os dela. Briana aproximou-se da cama e estendeu os braços lhe oferecendo o seu abraço. As duas choraram abraçadas e Adam foi ao encontro delas. — Susan! Eu sei perfeitamente como é difícil falar sobre uma coisa dessas. Eu sinto muito por tudo que o Fernand fez com você. Adam aproximou-se da porta e elas o chamaram para se juntar a elas. Fernand ficou muito chateado de Susan não ter ido para a agência. Adam também não apareceu. Estava curioso sobre o crime que cometeu. Ainda não tinham falado nada na mídia. "Será que a sonsa da Briana não tinha avisado a polícia do sumiço?" o pensamento lhe pareceu um pouco estranho. Alfred era como um membro da família. Ligou para a Jennifer quando se viu sozinho. — Vá lá na estrada do sinistro e veja se descobre alguma coisa! Jennifer deve ter soltado algum palavrão porque ele a ameaçou: — Só para você saber eu não estou pedindo. Estou ordenando cadela. Agora vá e seja discreta. A contragosto Jennifer deixou as meninas por conta da sua gerente e foi até a estrada. Como uma grande havia movimentação policial, imaginou que eles estivessem em busca do carro e do corpo. Tratou de seguir o seu caminho. Um medo tomou conta dela, Fernand estava cada dia mais maluco. Quando ligou para Fernand ouviu vários impropérios. Os gritos dele ainda soavam nos seus tímpanos. Era doido mesmo. O que ele queria? Que ela ficasse lá esperando o quê lá? Fernand achou melhor não ficar dando bandeira lá nas imediações do crime por isso a mandou ir. A incompetente não servia para nada mesmo! Adam estava preocupado per terem mentido para a polícia. Mas se contassem a verdade Fernand poderia facilmente se safar. Não havia testemunhas, o lugar era ermo e dificilmente teria uma câmera filmando aquele trecho de estrada. Seria palavra de um motorista contra a de um homem com uma grande influência, apesar de que a sua derrocada estava sendo rápida. O rastreador do carro mostrava a localização exata de onde ele estava. Adam deu uma boa olhada no lugar. Alfred teve muita sorte. Os arbustos não permitiram que o carro descesse de uma vez para o rio. Estremeceu ao pensar que se fosse Susan e não o Alfred ao volante, ela provavelmente não estaria viva. Uma angústia o tomou e ele só pensava no quanto Susan era importante para ele. Nunca tinha amado tanto uma mulher quanto a amava. As buscas ainda iriam demorar. Não encontram o corpo no carro. O policial explicou que ele poderia ter conseguido sair do carro e talvez tivesse sido arrastado pela correnteza. Adam não estava aguentando mais manter a farsa, então pediu o policial para ir embora. A mãe e a namorada estavam em casa bem aflitas. O policial entendeu perfeitamente as razões dele. Logo anoiteceria e eles também precisariam suspender as buscas. Adam foi para o carro e ligou para a Susan. — Amor, vou buscá-la. Talvez leve a mamãe para ficar com a gente pelo menos hoje. Ela está bem assustada! Susan concordou, não era bom mesmo ela ficar sozinha com tantas informações chocantes na mente. Foram todos para a casa do Adam que passou antes em uma pizzaria. Ninguém estaria em condições de pensar em preparar um jantar, já que Adam tinha dado folga para os empregados. Depois de comerem a pizza e conversarem um pouco com Briana, Adam reclamou de sono e se despediu depois de darem um beijo de boa noite nela, ele abraçou Susan pela cintura e a guiou para a suíte. Estavam comportados, mas loucos de saudade. Quando entrou no quarto Adam a abraçou e a beijou a prendendo contra o seu peito. — Ah, meu amor, não saberia viver sem você! Mas eu prometo que o meu pai vai parar. Eu juro! Susan o beijou com mais intensidade e paixão. — Como senti a sua falta, amor! Adam a calou com mais um beijo interminável enquanto suas mãos a despiam da blusa. Seus dedos tocaram os mamilos rijos da garota. Adam até conseguia imaginar o quanto ela estava molhadinha e pronta para ele. Levantou a saia dela até a cintura, seus dedos afastaram a calcinha com delicadeza a penetrando devagar sob os gemidos de tesão de Susan. — Oh, Adam! Que gostoso. Ela retirou toda a roupa dele e o sentou na cama. Ajoelhou se no tapete fofo e começou a chupar o pau de Adam o fazendo gemer em êxtase. Ela o chupava se masturbando o que o deixava louco de tesão. Quando nenhum dos dois suportava mais a vontade de gozar, ela se levantou e se livrou das suas roupas. — Adam, amor, agora eu vou sentar. — Sussurrou no ouvido dele. — Senta gostosa! — Gemeu. Susan se encaixou no pau dele e foi sentado devagar, de frente para ele, vendo nos olhos dele todas as reações de prazer que ele estava sentindo. — Susan, amor, que loucura! — Ele gemeu quando ela se encaixou por inteiro no seu pau. Ela começou a subir e descer no pau dele. Tinha momentos que ia até o fundo e o prendia na sua bocetinha o fazendo dizer palavras obscenas e cheias de tesão. Então ela acelerou o ritmo. Tomou os seus lábios nos seus e o beijou. Ordenou cheia de desejo: — Goza pra mim amor!
— Ah, Su! Gostosa. Ahhh!
Ele a virou e foi por cima sem tirar o pau da bocetinha dela. Estocou forte sentindo Susan amolecer e estremecer sob ele. Gozou intensamente abraçado a ela. Depois ficaram naquele carinho bom até que Susan adormeceu nos braços de Adam. Ele saiu de mansinho e foi procurar a mãe. Viu luz embaixo da porta do quarto dela e bateu. Ela o mandou entrar. Percebeu que ela havia chorado. A abraçou forte. — Essa tempestade vai passar e você ainda vai ser muito feliz, mãezinha. Briana o deitou no seu colo e ficou fazendo carinho nos cabelos dele, como quando ele era criança. Ficaram um bom tempo naquele carinho bom. Até que Adam levantou-se e foi para o quarto dele. Se aproximou da cama e se ditou com cuidado. Abraçou Susan que dormindo se achegou mais ele. Ela estava nua. Adam a cobriu. Ele demorou para dormir. Sua mente estava a mil com os novos acontecimentos. Fernand estava com o olho vidrado na TV enquanto Jennifer sentada massageava os pés dele com devoção e rendição. A notícia que veio caiu como uma bomba sobre ele: não acharam o corpo do Alfred. Ele se levantou de um salto derrubando a Jennifer: — Caralho! Aquele peste não pode ter sobrevivido. Ele estava morto. Eu vi! Jennifer o encarava assustada. Tentou acalmá-lo. — A correnteza pode tê-lo levado. Pode estar no fundo preso em alguma pedra. Por mais que ela estivesse sendo sensata a voz dela o irritava. — Cale essa maldita boca! Eu preciso pensar. Jennifer se encolheu amedrontada. Fernand estava fora de controle e o estado dele só piorava. Depois ele começou a andar em círculos murmurando: — Sem corpo não há crime! Sem corpo não há crime! Tentou puxar pela memória se poderia ter tido alguma testemunha na estrada que o ligasse ao desaparecido. Não conseguia se lembrar de nada, mesmo porque ele naquele momento só tinha um objetivo parar o motorista do carro, que naquele momento imaginava ser a Susan. Continuou ouvindo a notícia. Olhou para Jennifer que estava apavorada. — Ninguém viu nada! Fiz parecer um acidente! — Ah, Fernand, maldita hora que eu coloquei aquela garota na "agência". Você está se perdendo por causa de um capricho. Essa sua obsessão vai nos levar para a cadeia. Quando colocarem a mão você eu vou me ferrar junto! Você sabe que os crimes que cometemos podem nos custar muitos anos atrás das grades. Fernand tampou os ouvidos como fazem as crianças quando querem desafiar os adultos que estão chamando sua atenção por alguma coisa errada. O gesto era patético e estranho em um homem adulto. Ela parou de se lamentar e ele começou a prestar atenção na reportagem. As palavras da repórter o fizeram congelar. A ideia de passar anos na cadeia o fazia entrar em pânico. — O FBI está no caso. Ainda será necessário fazerem uma rigorosa perícia. No entanto eles adiantaram que não foi acidente. Fernand começou a suar frio. Jennifer não se atreveu a abrir a boca. — Existe uma testemunha! — A repórter falou em um tom animado. Fernand se encolheu no sofá. Estaria perdido se chegassem até ele. — A testemunha afirma que não era um local que gostasse de passar. Porém naquela noite ela estava com pressa. Precisava atender uma pessoa e era bem urgente. Ao passar por aquela estrada percebeu algo que a princípio pensou ser um racha, pelo local e a hora. Os dois carros estavam se emparelhando e a uma velocidade bastante imprudente. A testemunha tratou de sair daquela zona de perigo. Pelo retrovisor viu quando um dos motoristas lançou o outro para fora da pista. Então ela percebeu que não se tratava de uma corrida. Era uma perseguição. Mesmo com muito medo, não havia outra passagem para que ela retornasse. Então ela fez o atendimento e voltou cautelosamente para casa. Ela viu um dos carros parados no acostamento. Dava para ver a placa. O motorista tinha deixado os faróis acesos. Anotou mentalmente os números e o que viu a seguir fez seu sangue gelar. O motorista do carro que estava no acostamento estava empurrando o outro carro para o precipício. A testemunha se afastou rapidamente do local e só veio até a polícia porque provavelmente ela seja a única testemunha viva de um crime hediondo! A testemunha está em local seguro e ignorado sob proteção policial. Boa noite. — Boa noite? Eu estou muito ferrado agora! — Fernand respondeu como se a repórter pudesse ouvi-lo. Jennifer até abriu a boca para dizer um "eu avisei"! Mas desistiu, pois Fernand com certeza iria descarregar todo o seu ódio e frustração nela. Na casa de Adam Briana, sorriu triunfante. Logo o canalha pagaria pelos seus crimes sórdidos. Adam havia pedido que a mãe ficasse com eles até que Fernand fosse preso, o que não demoraria muito. Temia que o pai fizesse uma loucura contra a mãe. A relação afetuosa de Briana e Susan se fortalecia a cada dia. O que só aumentava a saudade que ela sentia da mãe. — Sabe, Briana, eu tinha medo de quando você soubesse a verdade sobre mim e o pai do Adam. O medo me destroçava todos os dias. Então revelar a verdade foi libertador para mim. Por que a minha mãe não me perdoaria? Briana assentiu. — Que tal fazer isso agora, Susan? — Briana estendeu o celular dela para Susan. Susan o pegou e ligou para a mãe. Demorou um pouco, mas ela atendeu. Viu que era uma chamada internacional e imaginou que fosse Susan. — Mãe? — Susan não conseguia segurar o choro. — Su? Oh, que bom ouvir a sua voz filha! Susan imaginou que ela estava na fase eufórica da bipolaridade. Conversaram sobre muitas coisas e Susan percebeu que havia um equilíbrio nas palavras da mãe. Então ela contou que ela teve uma crise gravíssima de depressão quando ela foi embora que o pai de Susan e a esposa dele a acolheram na casa deles e a ajudaram em tudo. Eles tinham uma filhinha que a adorava. Naquela parte do relato Susan percebeu que ela chorava. — Ela está com leucemia. A sua irmã pode morrer! Desculpe filha te contar desse jeito, mas eu estou devastada. Nenhum de nós somos compatíveis! Um lampejo de esperança passou pela mente de Susan. — Talvez eu seja, mãe! Ainda existe uma esperança! — Você viria ao Brasil só para isso? — Na verdade não posso ir tão rapidamente, mas é claro que vou sim! — Filha, parece que você adivinhou que eu precisava muito de você hoje! — Eu nunca deixei de te amar, viu, dona rabugenta! Ouviu a risada da mãe pela primeira vez naquela ligação. Sabia que o amor tinha vencido o ódio e que agora a mãe estava bem. Briana ficou olhando Susan segurando o celular com a tela apagada como se estivesse vendo algo ali. — Sua mãe estava perdendo uma preciosidade de filha! Viu como a gente nunca deve temer o amor! Susan estava exultante. Por causa do ódio que a mãe sentia do pai, ela ficou meio que órfã de pai quando ele foi embora. Susan foi entregar o celular para Briana e sorria e chorava ao mesmo tempo. — Eu tenho uma irmãzinha! Logo ela ficou triste. — Isso é maravilhoso! — Ela está com leucemia. Não está conseguindo doador compatível. Talvez eu seja. Briana abraçou e a aconchegou ao seu ombro. — Pode contar conosco para o que precisar, minha filha. Susan esboçou um sorriso. — É eu sei! Adam não podia mais esconder da polícia que Alfred estava vivo e ele precisava ficar em um lugar seguro. Adam falou tudo o que tinha acontecido e a polícia se convenceu que era melhor mesmo dar Alfred por sumido. Quando Alfred recebeu a ligação do Adam lhe revelando que era perigoso ele permanece escondido lá onde os pais moravam, ele ficou um pouco triste a relação de amor e afeto que sempre teve com a mãe estava finalmente resgatada. Adam com a ajuda da polícia conseguiu levar Alfred para um lugar seguro até o momento de ele aparecer em cena novamente. O lugar era uma fortaleza, longe do grande centro e em uma cidade distante. — Alfred, isso vai ser por pouco tempo. Não saia daqui por nada. Entendeu? — Entendi. — Alfred concordou olhando a sua gaiola dourada. Ia ser um momento muito difícil na vida dele. — Posso fazer uma ligação para o meu filho? — Implorou. — Sim, mas desligue a localização por favor. Ninguém pode saber onde você está. Adam abraçou o motorista que salvou a vida de Susan. Ele estaria ali preso e o covarde do pai solto! — Vai ser por pouco tempo, eu te prometo. Não faltaria nada para o Alfred. Menos a liberdade o bem mais precioso na vida! Adam voltou tarde para casa, mesmo assim Briana e Susan o esperavam para jantar. Depois do jantar Adam chamou a Susan para o quarto e Briana se despediu deles. Continuou olhando algo no celular. Então ela soube que "ele" estava voltando à cidade. Olhou mais atentamente e ele continuava lindo. Uma dor atingiu o seu coração ao se lembrar que o deixara por Fernand. Será que ele se lembrava dela? Se o encontrasse como ele reagiria? Sentiu saudade do namoro romântico que viveram. Mas Fernand era fogo. Era arrebatador. Então quando ela viu que não resistiria a ele e às suas investidas terminou o romance com ele. Ele seguiu a sua carreira de modelo. Era rico como Briana e ao longo dos anos se tornou mais rico ainda. Com o tempo abandonou as passarelas e tornou-se um grande empresário do ramo da moda, assim como ela. No quarto Susan ainda estava arfante das últimas peripécias sexuais com o Adam. Ele deitou a cabeça dela no seu colo nu. Acariciou os cabelos dela e de repente percebeu que ela estava chorando. — Que foi? — Adam indagou preocupado. — Liguei para a minha mãe hoje! — Que notícia boa! Ela foi ríspida com você? — Adam estava preocupado, Susan já estava passando por tanta coisa! — Não! Ela está se tratando. É que eu descobri que tenho uma irmãzinha. — Isso é maravilhoso, meu amor! Eu sempre quis ter irmãos. — Ele sorriu animado. — Ela tem leucemia! Susan não conseguiu conter as lágrimas. — Não existem pessoas compatíveis com ela na família. Adam a abraçou e ela falou um pouco mais calma: — Talvez eu possa ser compatível. Preciso ir ao Brasil. — Claro! Iremos sim. Estou iniciando uma sociedade em uma das minhas franquias. O cara é fera. Posso deixá- lo auxiliando a minha mãe na presidência por uns dias. Acho que ela vai ficar insegura no primeiro dia. Mas o Michel é muito competente e logo ela vai se sentir " a presidente". — Mas... tem certeza de que será uma boa ideia? — Será sim! Minha viagem foi para tratar isso. Eu fico uns dias "sentindo" a empresa que fará parte da nossa sociedade e ele também fará o mesmo para entender a alma da nossa empresa. Vou sugerir que comece por ele. Susan ficou imaginando Briana toda séria tendo um auxiliar se intrometendo nos assuntos da empresa dela. — Será que isso vai prestar? Sei não... — Susan balançou a cabeça meio cética. — Só precisamos colocar meu pai na cadeia. Não podemos deixar minha mãe sozinha à mercê dele. Mas não vai demorar muito, o FBI está na cola dele. Susan o abraçou. Tinha pavor de pronunciar até o nome de Fernand. Adam beijou a orelha dela e sussurrou: — Não tenha medo! Eu sempre protegerei você. Eu prometo. — Eu sei. Aninhou o rosto no peito dele, fechou os olhos e ficou ouvindo as batidas do coração dele. Quase sem perceber adormeceu sobre o peito másculo de Adam. Ele sorriu na semiescuridão do quarto. — Eu te amo princesa! Beijou os cabelos dela e demorou-se para colocá-la no travesseiro. Era tão bom tê-la assim juntinho dele. ⚠Alerta de gatilho para violência física⚠
Fernand estava na mira dos investigadores mais
gabaritados do FBI. Não foi difícil ligá-lo ao sumiço de Alfred. Embora a motivação estivesse bastante clara já que o carro era de Susan. Adam que já havia contado da obsessão do pai dele pela garota o que deixou as coisas mais claras para a polícia. Ainda restava saber por que ele decidiu matar o Alfred. Fernand foi intimado para depor sobre o sumiço do motorista da ex-esposa. Ele ainda não sabia que o seu mundo estava prestes a ruir. Ele e Jennifer já estavam sendo investigados pelo tráfico de mulheres. Fatos que ainda não tinha sido apresentado até ali pela polícia, pois era necessário reunirem provas robustas que os condenassem no tribunal. Ele compareceu na delegacia com o melhor advogado do país. O queridinho dos corruptos ricos. Ele fazia o que precisasse, usava de qualquer subterfúgio desleal para livrá-los da prisão. Com isso Fernand abusou do seu direito de permanecer em silêncio e só falar em juízo. Fernand saiu pela porta da frente com o advogado, indiciado pelo envolvimento com o sumiço de Alfred. Mas ainda não havia o corpo. Mesmo assim Fernand não podia comemorar. O círculo estava se fechando. Ele estava se sentindo acuado. Precisava de uma inocente viagenzinha para aplacar seu desejo pela Susan. Chegou ao seu apartamento e ligou para Jennifer. — Suspenda "A Seleção", decidi que serei o primeiro da Loren. Jennifer tremeu de ódio. — Tem ideia do prejuízo que teremos Fernand? — Ela estava enciumada. Fernand sabia sim. Não estava pobre, mas estava sem sua função de presidente da empresa e sem acesso ao financeiro da empresa para desviar mais dinheiro e os gastos com o advogado eram altos. Não estava em uma situação financeira tão privilegiada quanto antes. Precisava de Jennifer ao seu lado naquele momento. Falou em um tom suave, quase amável: — Dessa vez eu deixo você participar, gatinha. Você vai curtir! Jennifer ficou animada. Adorava uma perversão. Loren tinha sido arrebatada quando estava voltando da faculdade. Sua vida foi cuidadosamente monitorada. Loren era virgem por questões religiosas e se guardava para o casamento com o noivo que seria logo no término da faculdade. Quando se viu naquele lugar demorou um pouco para entender onde estava. Quando entendeu ela entrou numa profunda depressão. Ouviu comentários maliciosos entre risinhos debochados que no final de semana haveria "A seleção" e que ela seria o prêmio. As garotas falavam as obscenidades que o ganhador do prêmio faria com ela. Ela se encolhia num canto é chorava de desespero e nojo daquelas narrativas. Jennifer surgiu e com um ar sádico e pervertido na face anunciou para a amedrontada Loren: — Mudanças de planos para você querida, Loren! Não haverá mais "A seleção". O rosto da garota se iluminou com a nova esperança. — Você vai fazer uns agradinhos para o Fernand. Se você for boazinha no final pode até acabar gostando. As garotas riram. Estar com Fernand era mesmo inesquecível da forma mais negativa possível. O choro de Loren irritou Jennifer. Ela foi até ela e a sacudiu com violência. — Devia estar feliz! Um velho escroto poderia ganhá-la como prêmio. Aí sim, você teria motivos para chorar. As meninas continuaram rindo. O que Fernand tinha de lindo, tinha em dobro de perversidade. Fernand ligou e avisou que estava indo para a agência e pediu Jennifer para preparar Loren para ele. Jennifer a levou para a suíte dela a fez tomar um banho relaxante na banheira. Era bissexual e o corpo da garota mexia com todos os seus instintos. Tinha que esperar Fernand. Perfumou a garota, vestiu-a com um vestido branco e a lingerie de renda da mesma cor. — Hoje você vai conhecer um macho de verdade, querida! Loren chorou desesperadamente. Não havia saída para ela. Fernand chegou e foi direto para a suíte de Jennifer. Viu a garota com uma cara assustada sentada na cama. Deu um beijo em Jennifer e foi até ela. Ficou duro imediatamente. Não via Loren na sua frente. Era a sua Susan que estava ali. Tentou beijar a garota que o empurrou. — Cadela! Como ousa me rejeitar? As garotas ouviram os gritos de Fernand. Pouco depois os gritos angustiados em meio ao choro da novata. Depois o silêncio. Fernand tinha consumado o ato com a garota. Elas não riam mais. Imaginavam o estado deplorável que em que garota deveria estar. Na suíte Loren ainda estava em meio aos dois na imensa cama de casal. Sentia nojo de si mesma. Aron, o seu noivo nunca mais iria querê-la depois daquela noite. — Posso tomar um banho? Pediu com uma voz sem emoção. Estava fraca e triste. — Sim. Claro! Se prepare para o segundo tempo, querida! — Fernand sorriu, olhando com admiração o corpo nu da garota. Loren entrou no banheiro a trancou a porta por dentro. Olhou-se no espelho. Era devastador o que tinha ocorrido com ela na última hora. Vieram à sua mente memórias dos dias felizes. Ela e o noivo planejando como seria a vida deles quando se casassem. Tudo aquilo parecia-lhe muito distante. Não iria suportar viver momentos como os que passou lá no quarto novamente. Ligou o chuveiro, mas não entrou. A lixa metálica de unha era pontiaguda. Era perfeita para o que tinha em mente. Fechou os olhos e enfiou-a com toda a sua força na jugular. Deitou-se e esperou que a morte não fosse lenta. Só queria sair daquele inferno! Fernand já estava refeito e queria a menina de novo. A demora dele no banho o irritou profundamente. — Vou buscá-la amor. Seu safadinho insaciável! — Jennifer falou em um tom jocoso. Ela foi até o banheiro ainda rindo dele. A porta estava trancada. Bateu, chamou e nada! — Fernand acho que ela está fugindo de você. Vai ficar no banho a noite inteira! — Ah, mas não vai mesmo. Pegue a sua chave reserva e abra essa porra! Jennifer fez o que ela mandou e retrocedeu apavorada para o quarto. — Eu acho que ela se matou, Fernand! Não sei como, mas pelo tanto de sangue. Ela conseguiu alguma coisa lá dentro. Jennifer estava histérica. — Calma eu vou lá ver. Loren estava de bruços e a poça de sangue era grande em volta dela. Ele a virou e viu o objeto metálico enfiado na jugular dela. — Merda! Merda! Procurou os sinais vitais da garota e percebeu que ela estava morta! — A cadelinha se matou! Isso não podia acontecer. — Não podia! — Jennifer retrucou em desespero. Aquela suíte dava para uma espécie de masmorra que tinha a entrada bem disfarçada por um painel que parecia uma decoração moderna em madeira. Um simples clique em um controle fazia o painel deslizar mostrando o pequeno cômodo onde Fernand e Jennifer dava um jeito nas garotas rebeldes e os desafetos mais exaltados. Ninguém nunca saiu de lá para contar sobre o lugar. O lugar era assustador. Fernand começou a agir para resolver o grande problema que tinham pela frente. — Vá lá e converse com as garotas. Dê o resto da noite de folga para aquelas vadias. Mande o Henry levá-las para alguma boate cara e só trazê-las de volta ao amanhecer. Precisavam de tempo para se livrar do corpo e de uma boa desculpa para o sumiço da Loren. Jennifer ficou lá na sala até ver a última garota sair pela porta, animada com uma noite de diversão. Estava impaciente, mas manteve a calma para não levantar suspeitas. Voltou ao quarto e seguiu Fernand em silêncio até o banheiro. Arrastaram o corpo até o esconderijo. Havia alguns tonéis espalhados pelo local. Fernand arrastou o corpo para junto de um. — Me ajude aqui! Ali havia ácido, soda cáustica e outros produtos químicos que dissolveriam o corpo. Colocaram o corpo lá e voltaram para o quarto. Não precisavam pronunciar uma palavra. Sentiam que as coisas estavam escapando ao controle e o pensamento de uma prisão longa não era uma ideia distante. Passaram a madrugada inteira limpando a sujeira e encobrindo os vestígios das morte de Loren. Depois tomaram um banho e não conseguiram dormir. Aquilo estava se tornando muito perigoso! Adam, sentia que Susan estava muito aflita por causa da irmãzinha doente no Brasil.
Como as coisas com Fernand estavam demoradas ele
decidiu contratar guarda-costas para mãe. Ele falou para Michel da sua proposta. O sócio não só aceitou como ficou muito feliz. — Agora eu vou ter que falar com a minha mãe. Ela não sabe ainda. É que ela se afastou muito dos negócios e com certeza vai ficar receosa de assumir a presidência mesmo que por um curto período de tempo. Michel sorriu. — Pode deixar Briana estará em ótimas mãos! Adam estranhou por um segundo a forma como ele se referiu a mãe, como se a conhecesse. "Bobagem! Todo mundo conhece Briana, a minha mãe." Naquela noite mesmo no jantar Adam falou para a mãe sobre a rápida viagem que precisaria fazer com Susan ao Brasil. Que precisava que ela assumisse a presidência naqueles dias. Viu o rosto dela formar uma expressão de pânico. — Nossa filho! Eu não estou preparada para isso. — Não se preocupe, meu sócio de uma franquia nova que estou me associando irá ajudá-la em tudo que precisar! — Adam! Você vai me largar na presidência com um jovem CEO inexperiente? Susan abafou uma risada. Sabia que a conversa não seria fácil mesmo. — Não, mãe. Ele velho é igual você mesmo, devem ter a mesma idade. — Cutucou Susan esperando a reação da mãe à menção da idade dela — Velha! Velha é sua avó, moleque. Olha isso Susan! Susan sorriu. Os dois eram engraçados juntos. Era uma relação linda de mãe e filho! Depois do primeiro susto ela começou a aceitar a ideia numa boa. — Como é o nome do meu instrutor? — Perguntou curiosa. — Vai ser uma surpresa. Amanhã ele mesmo se apresentará para você. Ela não insistiu. Depois do jantar foram para os seus quartos. Adam e Susan abraçados de conchinha planejavam a viagem para o Brasil e Adam queria saber tudo da cultura dela. A dança era um espetáculo. Sentia que iria amar a terra dela. Amanheceu e um clima de expectativa pairava no ar. Adam e Susan perceberam que Briana tinha caprichado um pouco mais no visual aquela manhã. Se entreolharam e não fizeram comentários. Só comentaram que a manhã estava linda como há muito tempo não viam. Chegando na empresa, Adam foi com a mãe para a sua sala e Susan seguiu o caminho dela para começar os seus trabalhos. Adam fez com que a mãe se sentasse na sua cadeira de presidente. — É um peso, né? A sensação que eu tive quando me sentei aí foi: será que dou conta disso? Briana sorriu. Era assim mesmo que ela se sentia. Alguns minutos depois alguém bateu suavemente na porta. Adam o mandou entrar. Briana ficou em choque olhando para o provável CEO que a ajudaria na ausência de Adam. — Michel? Meu Deus nunca pensei... Adam ficou confuso. — Se conhecem? — Sim, filho! Michel aproximou-se dela e beijou a sua mão em cumprimento. — Quanto tempo, Briana! Senti saudade.
— Eu também! — Ela falou um pouco intimidada de
estar com ex-namorado ali na frente do filho. E o pior: estava adorando o reencontro. Adam sentiu o cheiro de romance antigo querendo brotar novamente. Deu uma desculpa e saiu os deixando a sós. — Como você continua linda! — falou emocionado. Ele não conseguia parar de admirá-la. Conversaram sobre o passado, sobre os momentos atuais e como Briana ele também tinha se separado da esposa. Estavam divorciados. Briana explicou que ela ainda precisava formalizar o divórcio e que Fernand estava dificultando tudo. Michel não falou nada. Não queria ser indelicado e falar tudo o que pensava de Fernand. Depois de um tempo Adam retornou à sala. Antes de sair, Michel convidou: — Almoça comigo, Briana? — Sim. Claro! Quando ele saiu Adam exigiu: — Conte-me tudo! Ela sorriu timidamente e contou do seu romance fofo com o Michel e de como o trocou por Fernand. Briana ficou na sala de Adam até o horário do almoço. Ele estava passando algumas instruções para ela. Bateram na porta, o coração dela disparou. Seria ele? Era. Ela se despediu de Adam e os dois saíram da sala de Adam andando bem juntinhos e conversando animadamente, felizes com o reencontro. Encontraram Fernand no elevador e ele cumprimentou Briana com um resmungo. Era impossível para ele disfarçar o ódio que sentiu ao ver Briana junto com o ex-namorado dela. Antes de sair ele olhou para Michel com um ar ameaçador e disse: — Só para você saber, ela ainda está casada comigo. Nossa separação é transitória. — Obrigada pela informação, Fernand, mas eu já sabia! Deu o braço para Briana e saiu sendo seguidos por um Fernand cheio de ódio. Seu mundo estava desmoronando e ele sentia que ainda iria descer muito mais ainda! Entrou no carro e socou o volante com raiva. A ideia da prisão se tornou nítida na mente dele ao se lembrar do corpo de Loren no esconderijo. Briana e Michel estavam revivendo um amor que nunca se perdeu com o tempo e a distância. Esteve apenas adormecido quando cada um seguiu por caminhos opostos. O destino... Não, não foi o destino. Michel criou toda a situação para ter o reencontro com Briana. A sociedade na franquia com Adam foi cuidadosamente planejada nos mínimos detalhes. Ele confessou para Briana, que tudo foi para poder reencontrá- la. Briana ficou emocionada com o relato dele. Ele nunca a esqueceu, mesmo depois do que ela fizera, o trocando por Fernand. Estava chegando o dia da viagem de Adam e Susan para o Brasil. Briana estava muito nervosa com a sua nova atribuição de presidente. Michel bateu na porta e entrou. Ela sorriu para ele. — Está se saindo muito bem, Briana! O Adam é só elogios para a nova Briana cheia de atitude que surge a cada dia. — É, mas se não fosse o meu instrutor... Eles riram felizes de estarem juntos novamente. Briana estava divorciada há uma semana. Ela tinha tantas provas contra Fernand que ele não teve alternativas a não ser a de aceitar o divórcio nos termos dela e uma das exigências era que ele se desligasse imediatamente da empresa. — Agora que você é uma mulher livre, não quer mesmo considerar o meu pedido de ir para a minha casa? — Não quero ser precipitada novamente, amor. Vamos esperar um pouquinho mais. Michel concordou. Só que voltou ao ataque dois minutos depois. — Só que nos dias que Adam estiver viajando você vai ficar na minha casa, sim! Vai ficar grudada em mim. Você sabe o quanto Fernand é perverso e perigoso! Briana assentiu. Se ele não a convidasse ela iria pedir. — Vamos almoçar? — Ele convidou segurando as mãos dela. — Vamos, sim. Onde? — Na minha casa. Pedi a Maria para preparar uma iguaria da culinária do país dela. Ela faz cada prato delicioso! É brasileira. Estava de férias. Foi ao Brasil para rever a família. Voltou cheia de novidades sobre culinária. Briana sorriu animada. Com certeza iria amá-la. Estava convencida de que os brasileiros eram pessoas calorosas e gentis. Pelo menos Susan era assim. Ela pegou a sua bolsa. Fechou o computador e foi abraçada pelo Michel. Ele a beijou. A soltou e deu o braço para ela. — Vamos, então. Estou com uma fome! Os olhos dele percorreram o corpo dela de um jeito ousado que a fez se arrepiar. O sexo com ele estava cada dia mais incrível e apaixonado. — Eu também! — Sorriu se fazendo de desentendida. Adam e Susan estavam preparados para viajarem para o Brasil. Havia uma expectativa muito grande de Susan ser compatível. Mas eles sabiam que nem sempre isso ocorria. Briana e Adam relutavam em contratar um novo motorista. Alfred era como um membro da família. Por esse motivo agora estavam ali, os quatro indo para aeroporto com Briana dirigindo ao lado do Michel, que de vez enquanto olhava para ela e sorria, apaixonado. Adam e Susan estavam abraçados. Ela conversava todos os dias com a mãe que estava muito equilibrada. O lindo da história toda é que ela amava a Diana irmã de Susan como se fosse uma filha dela. Os ciúmes, as mágoas e rancor tinham ido embora para sempre quando ela se deparou com aquela criança que era só amor. Um amor tão imenso que a curou de toda a sua mágoa. Adam e Susan embarcaram. Lágrimas teimosas escaparam dos olhos de Briana. Sua vida tinha mudado tanto nos últimos tempos. Michel a abraçou e enxugou as suas lágrimas com carinho. Adam abraçou Susan a aconchegando no seu peito. Ela adormeceu e só acordou quando Adam a balançou suavemente pelos ombros. Estavam chegando ao Brasil. A imponente estátua do Cristo Redentor os recebia de braços abertos. A imagem era linda nas revistas e sites, mas era uma sensação incrível vê-la assim. — Meu país, amor! — Susan exclamou animada. — Lindo demais! Por Isso eu a via chorando de saudade. — Adam a beijou emocionado. No desembarque Susan viu a mãe à espera deles, se soltou do abraço de Adam e correu para abraçá-la como nos dias felizes em que era criança e a mãe a erguia no ar girando o seu corpinho a fazendo rir muito com a brincadeira. Adam ficou um pouco afastado, emocionado com aquela linda cena do reencontro de Susan com a mãe. Susan virou-se para ele e o chamou para junto delas. — Mamãe esse é o meu amor e meu anjo da guarda, o Adam! – Fez um gesto o apresentando para a mãe. Adam aproximou-se e segurou a mão estendida de Karina para ele. A apertou em um cumprimento polido. — Adam, realmente agora entendo por que Susan fala tanto de você. É um prazer conhecer você! Adam sorriu e abraçou Susan. — Ela é apaixonada por mim, Karina! — Brincou arriscando umas palavras em português. Karina sorriu. — Vamos então? Seu pai não pode vir. Está no hospital com a Diana. Ela precisou de transfusões. O rosto de Susan se fechou. Era triste conhecer a sua irmãzinha naquela situação tão complicada. — Ah, mãe, como eu quero que a nossa pequena fique boa! Karina e Adam concordaram com um aceno de cabeça. Eles estavam muito comovidos. Susan viu a mãe se encaminhando para um carro, acionando o controle para abri-lo. — Você... você está dirigindo? Nossa! — Deixei para te fazer uma surpresa. Tenho tanta coisa para contar para você filha! Susan estava maravilhada com as novas mudanças na mãe. Havia anos que a mãe começou a ter medo de dirigir. Se aconchegou ao Adam no banco de trás. Era um sonho ver a mãe tão recuperada. Susan não conhecia o trajeto que a mãe estava fazendo. — Estamos indo para a casa do meu pai? — Não. Nossa casa! Vendi aquela casa enorme depois que você foi embora. Agora tenho um apartamento na Gávea. Eu amo o meu novo cantinho! Susan estava muito feliz com a mudança da mãe, por ela ter retomado as rédeas da própria vida. — Mamãe, a Diana parece um pouco comigo. Será que ela vai gostar de mim? — Com certeza, filha! Ela é adorável. Adam sabia que Susan tinha ansiado muito pelo encontro com a família. Mas havia um medo de que o sonho de ver a irmã curada não se realizasse. O apartamento possuía duas confortáveis suítes. Karina os encaminhou para a suíte deles e foi terminar o jantar. — Estou louca por um banho, Adam. — Eu também! Susan tirou uma roupa da mala e o Adam a imitou. As toalhas para os dois estavam dispostas sobre a cama em um arranjo gracioso. No banho Adam começou a ensaboar Susan e ela fazia o mesmo nele. Desceu as mãos até o meio das pernas dele e tocou o seu membro duro. Continuou a tocá-lo com a água morna deixando tudo mais excitante. Adam a puxou em um beijo intenso. — Amor... hum! — Ela gemeu quando Adam se encaixou no meio das pernas dela fazendo-a sentir o seu pau tocando-a. Ela se esfregou no pau dele o fazendo gemer. — Adam! — Mordeu a pontinha da orelha dele. Quando aquela carícia os estava deixando loucos de desejo, Adam a encaixou no seu pau e ela colocou as pernas em torno quadril dele para ser profundamente penetrada. Em outra ocasião ele gemeria alto agarrada ao corpo másculo de Adam. Mas se conteve o beijando. Um beijo intenso e apaixonado. Adam começou a aumentar o ritmo, estocadas fortes que a faziam as contorcer e rebolar no pau dele. Começou a gozar e se contorcia entre gemidos contidos e um frenesi incontrolável. Adam tomou os lábios dela em beijo lascivo e ela pode sentir que ele estava gozando com ela. — Ah, meu amor! — Susan balbuciou ao sentir ele todo dentro dela. Ele era apaixonante e intenso. Adam a colocou no chão. Fechou o chuveiro. — Acho que temos que ir. Sua mãe já deve estar reparando nossa demora. Susan sorriu. A mãe sabia que ela não era mais virgem, mas mesmo assim era um pouco estranho pensar que ela é Adam acabaram de transar no chuveiro. Ouviram as batidas delicadas na porta. — Já estamos indo, mãe! Adam já estava vestido e Susan estava quase vestida. No jantar Karina mostrou-se uma mulher inteligente e sensível. Adam e Susan não se desgrudavam. Karina até sentiu saudade de quando ela e Rodrigo, o pai de Susan eram apaixonados. Na hora de dormirem, Susan deixou o Adam na suíte e foi ao encontro da mãe no quarto dela. — Mãe eu quero te dizer que hoje eu entendo por que você não queria que eu fosse para outro país do jeito que eu fui. Karina fez um gesto para ela se sentar perto dela. — Acho que no final tudo deu certo. Seu pai se aproximou de mim e me ajudou muito. Só de eu me libertar do ódio que sentia por ele, foi muito importante para a minha recuperação. Susan estava emocionada. De um jeito bem torto a vida acabou arrumando um modo de ajeitar tudo. — Amanhã iremos ver seu pai e resolvermos as questões sobre o transplante. Susan a abraçou. — Mãe, você não ama mais o papai? — Perguntou um pouco tímida. — Amo. Hoje eu amo como o pai da minha filha e o meu melhor amigo. Susan às vezes até pensava que estava sonhando. Ficaram ainda um tempo conversando até que Susan se despediu dela para ir ficar com o Adam. — Filha é muito lindo ver o amor de vocês! — Karina falou quando Susan se levantava para ir se deitar com Adam. Susan se sentiu muito abençoada por ter cruzado com o caminho da Adam. Entrou de mansinho no quarto. Adam estava acordado. Deitou-se ao lado dele e o abraçou, dando beijinhos rosto dele. — Sua mãe é um amor! Será que ela gostou de mim? — Adam indagou acariciando os cabelos dela. — Claro! Ela amou você, pode ter certeza. Susan se aconchegou mais contra o corpo de Adam que beijou os cabelos dela. Custaram a adormecer. Uma vida dependia de Susan ser compatível ou não. Aquilo era muito emocionante, mas também dava muito medo. E se ela não fosse compatível? Tentaram tirar o pensamento negativo da cabeça. Tudo iria dar certo e Diana cresceria linda e saudável. Aquele pensamento os acalentou e conseguiram relaxar e pegar no sono. O dia que viria seria cheio de emoções. Um dia de reencontros e de uma expectativa de que tudo ficaria bem. Susan acordou abraçada pelo Adam. O cheirinho bom de café‐recém coado fez sua barriga roncar. Adam estava profundamente adormecido. Afastou o braço dele com cuidado para não o acordar e foi até a cozinha onde a mãe estava. O cheiro se tornava cada vez mais delicioso. Estranhou um pouco a profusão de cheiros. Karina parecia estar preparando um banquete para café da manhã! E estava mesmo! — Mãe! Quanto trabalho. Karina virou-se e sorriu para ela. — Uma das coisas que aprendi a gostar: cozinhar. Susan reprimiu uma gargalhada. Lembrou-se que a mãe era péssima cozinheira, além de odiar tal ofício. — Hum! Mas está tudo muito lindo e apetitoso. — Susan foi até junto a ela e a abraçou, beijando o rosto dela com carinho. Karina colocou uma xícara para Susan na pequena mesa da cozinha e a serviu. Depois sentou-se com a sua xícara. Cortou uma fatia d bolo e a serviu para Susan. Karina ainda mantinha o mesmo hábito antigo de só comer alguma coisa lá para as nove horas da manhã. Susan degustou o bolo com evidente prazer. O que fez Karina também experimentar. Estava muito bom mesmo. Depois passaram a combinar como seria o dia. — Seu pai vai sair agora pela manhã do hospital. Diana deve ficar mais uns dias lá. Ela contraiu uma pneumonia. Então além da transfusão ela está lá por esse motivo também. Susan se entristeceu por um minuto. — Eu revezava com eles bastante. Agora que voltei ao trabalho isso ficou difícil. Eles contrataram acompanhantes para ajudá-los, mas queríamos todos ficar junto dela sempre. Susan por alguns instantes reviu a mãe da sua infância. Os olhos dela tinham um brilho como daqueles dias: era o brilho do amor e da compaixão. Susan não resistiu, não segurou mais as lágrimas. Sua mãe estava de volta e aquilo era muito lindo! Levantou-se e a abraçou. Percebeu que Karina estava chorando. A situação de saúde da irmã de Susan era mesmo muito triste. Susan desejava de todo o coração que pudesse fazer algo por ela. Para desanuviar o clima de tristeza Susan levantou-se e anunciou que ia levar o café na cama para Adam. Pegou frutas próprias do Brasil, o bolo e outras iguarias deliciosas que a mãe havia preparado. Arrumou tudo bem bonito na bandeja. Colocou xícara para os dois. Quando ela saiu Karina sorriu lembrando-se de como sua menina era tímida, menos quando subia em um palco de desfile ou de concurso de beleza. Ela dava tudo de si para conseguir o que queria. Agora a menina tinha se transformado em uma linda mulher apaixonada, empoderada e cheia de atitude. Sentiu um orgulho imenso e uma alegria inexplicável de saber que a única vez em que Susan a desobedeceu, a vida dela teve uma verdadeira revolução. Nunca imaginou que um dia agradeceria por Susan a ter desobedecido. Susan abriu a porta com cuidado equilibrando a bandeja. Adam não estava mais na cama. O viu saindo do banheiro. Enxugava os cabelos molhados. O roupão entreaberto a deixava ver coisas que lhe eram bem excitantes. — Amor trouxe o nosso café da manhã. Vem! Está uma delícia. Desviou o olhar do corpo dele. Aquilo sim era uma visão deliciosa àquela hora da manhã. Ele se aproximou da cama e a beijou. — Hum ... o cheiro está divino! — Minha mãe que fez tudo! Acredita nisso? — Sorriu para ele. Adam ficou bem coladinho nela apreciando o café da manhã e soltando palavras e suspiros de aprovação. — Ah, amor, vamos precisar alugar um carro. Minha mãe tem que retornar ao trabalho. A gente providencia isso assim que saímos lá do hospital. Tudo bem? — Sim. — Vou tomar um banho. Quero ir logo. Estou louca para conhecer a minha irmãzinha. Já ia se levantando e Adam a puxou e a beijou. — Vai dar tudo certo. Eu tenho um pressentimento que tudo isso não aconteceu por acaso, amor! Susan se emocionou com aquelas palavras. Se separou dele com dificuldade. O abraço do Adam a fazia se sentir protegida e segura. Sempre tinha sido assim. Desde que o conhecera. Adam a viu separar a roupa de vestir para ir ao hospital e providenciou a sua também. Os três chegaram ao hospital. Um hospital enorme e provavelmente caro. Susan sabia que o pai tinha uma situação financeira muito boa. As dificuldades que ela e a mãe passaram foram todas pelo orgulho de Karina em nunca aceitar ajuda dele, o afastamento precoce dela do trabalho por conta da depressão e a bipolaridade. — Filha eu vou esperá-los aqui. Susan entendia a mãe. Foram anos sem ela ver o pai. Nem sabia como reagiria quando o encontrasse. Era natural que ela os deixasse a sós. — Está bem. Deu o braço ao Adam e foi até a recepção comunicar que tinha vindo ver o pai e a irmã. Receberam as orientações e Susan se encaminhou para o elevador de mãos dadas com Adam. Adam percebeu que a mão dela estava fria e trêmula. Quando saíram do elevador logo viraram em direção a um corredor. Susan olhou o número do quarto e instintivamente apertou a mão do Adam e o olhou nos olhos pedindo força. — Estou com você meu amor! Sempre. Susan se aproximou da porta e bateu levemente. Ouviu a voz do pai mandando-a entrar. — Entre minha filha! O coração de Susan bateu maus rápido. Apenas uma porta a separava do pai. Respirou fundo, abriu a porta e entrou com Adam atrás dela. Pai e filha se olharam tomados por uma emoção intensa. Susan desviou o olhar para Diana. Queria abraçá-la, mas lembrou-se dos cuidados necessários e retrocedeu um passo indo em direção a pia para a higienização das mãos. — Pai! — Falou baixinho indo em direção a ele. Ele encurtou a distância andando rapidamente até ela. — Meu Deus, filha a quanto tempo não nos vemos. A abraçou e Adam veio se juntar a eles. Karina já havia falado para ele sobre o Adam. Ele sorriu para ele quando se separou do abraço de Susan. — É um imenso prazer conhecer você, Adam. — Falou em um inglês perfeito para Adam. Diana continuava adormecida. Susan aproximou-se. Ela tinha raspado os cabelos. A palidez dela, os bracinhos finos e marcados por picadas de injeções fizeram Susan retroceder e se refugiar no peito de Adam. — Nossa guerreirinha passou por uma batalha dura esses dias. — Rodrigo falou com a voz estrangulada pelo choro que tentava conter. Susan aquiesceu. — Ela deverá ter alta depois de amanhã. Precisam monitorá-la por causa da pneumonia. Adam olhou para Diana, era linda e se parecia muito com Susan. Um forte sentimento de amor o tomou por aquela garotinha. E mais uma vez sentiu no seu coração que ela não iria desistir tão fácil. A sensação de que ele Susan tinham uma missão a se cumprir ali se tornou mais forte no coração dele. Susan ficou matando a saudade do pai, conversando sobre tantas coisas, tantas lembranças boas. Diana se remexeu na cama. Rodrigo correu para junto dela. Ela ainda estava um pouco sonolenta, murmurou baixinho: — Pai, a mamãe chegou? — Não filha! É a Susan e o namorado dela. Lembra que o papai te falou ontem? Ela abriu os olhinhos e fez um gesto com a mão pedindo Susan para se aproximar. — Meu pai me falou que você era linda e boa. Que você viajou lá dos Estados Unidos para tentar me ajudar. Susan deixou as lágrimas caírem. — Su, não chore! Eu acho que isso tudo vai passar. Se não passar, eu não estou chorando mais. Mesmo que eu não fique curada, eu estou feliz de ter uma irmã! Susan a abraçou com cuidado por causa do cateter no braço dela. Anunciaram que a mãe de Diana estava subindo e que eles precisavam descer. — Eu vou apresentá-la para vocês e depois descemos. Quero que conheçam a minha casa, filha! A mãe de Diana chegou e ficou muito emocionada de conhecer a irmã de Diana. — Oh, Susan, que prazer conhecer você. A abraçou com o rosto banhado de lágrimas. Diana ficou na maior felicidade de ver a mãe. — Mamãe viu como a minha irmã é linda? A mãe sorriu disfarçando as lágrimas. — Sim! Linda igual um anjo. Os três se despediram delas e Rodrigo não cabia em si de felicidade de finalmente poder ser o pai de Susan como nos velhos tempos. No carro na ida para a casa de Rodrigo, Adam permanecia em silêncio ouvindo os dois tagarelarem à vontade. Sabia que eles tinham muitos assuntos para colocarem em dia. Susan se deu conta que tinha colocado o Adam para escanteio e descansou a cabeça no ombro dele e o colocou na conversa. — Não é meu amor? — É sim! Susan sorriu, tinha certeza de que ele não tinha entendido nada do que falavam, já que estavam falando rápido e em português. Ficou ali recostada no ombro dele, de olhos fechados e sonhando com a Diana curada e indo passear na Disney com eles. O pai parou o carro em um bairro nobre em frente a um belo condomínio fechado. — Nossa casa, filha. Pena que você nunca pode desfrutar da nossa presença e nem desse lugar. — Sua voz denotava alguma culpa por ter se entregado tão fácil aos caprichos doentios de Karina. — Isso é passado, pai. O que importa é que a vida nos uniu novamente. — É. Apertou o controle e o portão começou a deslizar se abrindo para dar passagem ao carro. Uma nova e emocionante etapa na vida de pai e filha. Susan fez os exames e procedimentos para ver se era compatível com a irmã. Gostou imediatamente da Júlia, a esposa do pai. Ela era jovem, linda e corajosa. Era uma pessoa de coração amável e Susan seria grata a ela eternamente por ter acolhido a mãe na grave situação em que se encontrava. Estavam os três: ela, o pai e Adam à espera do resultado. Júlia ficou com Diana na casa de Karina. Elas estavam muito nervosas e dando força uma para outra. Diana recuperada da pneumonia estava até um pouquinho mais corada. Ela se deitou no colo das suas duas mães. A cabeça no colo de Julia e as pernas no colo de Karina. As três permaneceram em silêncio. Era como se transformar os pensamentos em palavras pudesse tornar tudo mais inquietante naquele momento. No hospital em meio a terrível expectativa em que os três se encontravam, a doutora entrou na sala onde eles a aguardavam. Um silêncio estranho fez o ambiente ficar mais pesado. A doutora Francine Freitas Kuster, a melhor naquela área parecia trazer boas notícias, pois tinha um grande sorriso iluminando o seu rosto. — Vejo que estão tensos e angustiados com a espera do resultado. Susan sorriu levemente, concordando com a cabeça. — Pois então, Susan, sua viagem não foi em vão! O pequeno sorriso no rosto de Susan se alargou. — Eu... ai, minha nossa! Eu sou compatível? A doutora entregou o exame a ela que o pegou com as mãos trêmulas com as lagrimas turvando os seus olhos. Leu o resultado e abraçou Adam e o pai. — Ah, meu Deus! Eu sou compatível pai! Os três choraram de emoção. A doutora manteve-se em silêncio por uns instantes. Discretas lágrimas desciam pelos seus olhos escuros. Por fim todos voltaram para a realidade e olharam para a médica. — Susan, precisaremos passar algumas instruções para você. O procedimento é bem simples e rápido, mas são necessários cuidados como em qualquer cirurgia. — A doutora disse com uma entonação animada. Susan abraçou o pai e o Adam e seguiu com a doutora para sua sala. Por alguns minutos a doutora esclareceu as dúvidas e sobretudo foi realista. As chances eram grandes de Diana se recuperar e ter uma vida normal de uma criança de sete anos. Mas a ciência não era uma conta exata e que teriam de estar preparados para o não também. Susan segurou a mão dela e disse com uma serenidade espantosa. — Eu sei doutora! Mas lá no fundo do meu coração eu sinto que o destino não juntaria a minha família para despedaçá-la de novo! Francine assentiu. Era lindo ver aquela garota tão jovem e com tanta maturidade. Se despediram e Susan foi ao encontro de Adam e o pai. — Agora será necessário preparar a Diana para a cirurgia. Meus exames estão todos bons. — Susan os contou exultante. Retornaram para a casa da Karina. Assim que entraram a Diana foi ao encontro de Susan e a abraçou. Depois foi abraçar o pai e o Adam. Karina e Julia estavam ansiosas pelas notícias. Susan abriu um grande sorriso e contou que era compatível. Karina e Julia caíram no choro e Diana ficou parada sem reação. — Eu vou ficar boa, é isso mesmo, Su? — É uma grande chance de você se ver livre de hospitais e ter uma vida normal de uma criança que só precisa de saúde para viver a época mais linda da vida. Susan não podia dizer para ela que a ciência não é uma matemática exata, que às vezes as coisas não saiam como o esperado. Mas o que disse não era mais ou menos isso? Existia a chance. Grandes chances de tudo mudar para melhor. Rodrigo convidou Susan e Adam para se hospedar na casa dele. Susan olhou para a Karina pedindo permissão. Não queria magoá-la. Karina balançou a cabeça concordando. Susan seguiu para a casa do pai. Estava muito feliz junto da sua família. A casa era linda e aconchegante. Ela sentia o amor em cada canto daquele lugar. Diana estava muito animada e roubou Susan do Adam para ir mostrar o quarto dela. Susan ficou encantada. Era um lindo quarto de princesa. Logo Rodrigo foi fazer companhia ao Adam e ficaram conversando sobre tudo o que estava acontecendo. O celular do Adam tocou. Ele atendeu apreensivo. Rodrigo se afastou discretamente, para dar privacidade ao Adam. — Mãe? Aconteceu alguma coisa? — A polícia. Seu pai foi preso. Um esquema podre de crimes que vai da prostituição à escravidão de moças inocentes foi revelado. A comparsa dele não aguentou a pressão e entregou todo o esquema. Preciso de vocês aqui, meu filho! — Mas..., mãe! A Susan está no meio do processo para o transplante de medula. — Ai, filho, desculpe, eu estou tão nervosa, que não perguntei sobre isso. — Ela é compatível, mãe! Ele percebeu que Briana estava chorando. — Que bom, meu filho! No final da conversa ela insistiu na necessidade da presença do Adam imediatamente lá. Rodrigo retornou e percebeu que Adam tinha ficado preocupado. — Problemas, Adam? — É, deixamos uma situação bem complicada por lá. Acho que A coisa estourou e minha mãe precisa de mim lá. Rodrigo se afastou no momento que viu Susan voltando para a sala. Ela viu que Adam estava com uma expressão bem preocupada. Ela tinha percebido que ele estava ao telefone. Foi para unto dele e indagou: — Aconteceu algo com a Briana, amor? — Não. Meu pai foi preso e ela precisa de mim lá. Ele a olhou preocupado. Ele não poderia levá-la. Ela estava no meio do processo de doção de medula. Levaria alguns dias até a Diana estar preparada para a cirurgia. — Amor eu sei o quanto seria importante eu estar aqui no momento da sua cirurgia. Esperou a reação dela, que permaneceu quieta. — Está na hora do Alfred aparecer e acabar de ferrar com o meu pai de uma vez. Susan entendia a situação. Em outras circunstâncias imploraria para ele ficar. Mas não naquele momento. — Eu vou ficar bem, Adam! Só que quero falar com você todos os dias. Susan o abraçou escondendo o rosto no ombro dele. Tentava segurar o choro, pois queria estar lá quando o juiz batesse o martelo e condenasse Fernand por todos os crimes que ele cometeu. — Amor, eu prometo que farei todo o possível para voltar para viajamos juntos de volta para a nossa casa. — Adam falou enquanto buscava os lábios de Susan em um beijo terno e protetor. Julia os encontrou naquele carinho bom e deu uma tossidinha para chamar a atenção deles. — O almoço está servido. Vamos lá? Adam abraçou Susan pela cintura e foi seguindo Julia para a sala de jantar. Rodrigo já estava à mesa os esperando. Julia pediu licença para buscar a sua pequena. Ela não estava tão fraca, mesmo assim Julia a pegou no colo. — Ah, mamãe eu não sou um bebezinho! — Diana riu. — É, sim! Meu bebezinho para sempre. Elas chegaram rindo à mesa. Susan sorriu para as duas e brincou: — Meta de vida amor: ser uma mãe muito grudada com a minha filha, igual a Julia com a Diana. Adam olhou para ela com um sorrisinho malicioso. Do jeito que treinavam não iria demorar muito para acontecer se não fossem as precauções que tomavam. — Hum... pode vir um menininho, minha meta de vida ser um pai bem melhor para o meu filho que o meu pai foi pra mim. — Logo pareceu que ele se arrependeu do que havia falado e tratou de mudar de assunto. Passaram ao almoço que Adam adorou. A comida brasileira era mesmo maravilhosa. Adam comunicou a todos sobre a sua viagem repentina, omitindo o fato de que o pai estava na prisão. Então como ele viajaria no outro dia pela manhã pediu se Karina poderia vir se juntar a eles. Julia concordou imediatamente. Foi uma noite linda. Susan estava radiante por saber que poderia ajudar a irmãzinha e ficar curtindo a nova fase dos pais. Embora se desejassem muito, tiveram apenas uma noite de carinho e namoro quase inocente. Um tempo antes do horário de Adam se levantar Susan sentiu o calorzinho gostoso do corpo dele no seu. Sussurrou no ouvido dele: — Acho que está na hora de acordar, meu amor. — Assoprou seu hálito quente na orelha dele, que se arrepiou. — Su! Ele a repreendeu quando a mão dela deslizou para dentro do short do pijama dele. A mão boba ficou lá até o bichinho despertar. — Su. Ah, não! — Ela ficou fingindo que queria dormir. — Vamos tomar banho Adam. Daqui a pouco vamos ter que ir para o aeroporto. — Banho! Sei... — Ele se fez de difícil. Ela não aguentou a cara dele e começou a rir. Levantou-se o puxando para o banheiro. Escovaram os dentes com Adam se esfregando nela que estava cada vez mais excitada. Adam terminou de despi-la e tirou o calção. A foi empurrando para o chuveiro. A água morna caia sobre os seus corpos. Ele a beijou com intensidade e desejo. As mãos dela começaram a brincar com o pau dele, fazendo movimentos de vai e vem com a mão ensaboada. — Ai, Su desse jeito eu vou perder o avião, minha gostosa. — Não vai perder não, meu amor. Te acordei cedo para isso mesmo. Adam estava louco de desejo pela Susan. Mesmo assim se esquivava dela. A queria, mas na cama com tudo que uma despedida merecia. Fechou o chuveiro e pegou a toalha e a secou cuidadosamente. Se enxugou e a pegou no colo. — Quero ver você se abrindo pra mim, minha flor. A beijou carregando-a para a cama. A deitou suavemente e Susan o puxou em um beijo apaixonado. Adam desceu a beijando, tocou os seios dela com as mãos, com a boca, com a língua e os dentes. Susan gemia sob a sua boca ávida e quente. — Ai, meu amor, que gostoso! Adam desceu até o meio das pernas dela. As abriu com cuidado. A visão da bocetinha dela era uma tentação. Susan se contorceu e puxou o rosto dele para senti-lo mais profundamente dentro dela. Ouvir Susan gemendo, entregue, fêmea e intensa o estava levando ao limite do desejo. — Su, eu quero você agora! Ele fez o mesmo caminho a beijando por todo o corpo. Susan se abriu para ele com um gemido que tentou abafar, sem sucesso. Adam começou a penetrá-la com cuidado. Gostava de saborear cada segundo da sua deliciosa entrega. A possuiu sentido o seu corpo se mover sobre o seu para recebê-lo inteiro dentro dela. — Oh, Adam! Adam pôde sentir o orgasmo de Susan se aproximando e então intensificou as estocadas gozando com ela. Susan estava mole sob o corpo dele, com ele acariciando os cabelos dela. O alarme tocou os fazendo despertar daquele delicioso torpor que os tomou depois do amor. — Ai, nossa! Agora que a ficha tá caindo que você vai embora. Tem ideia de como vou sentir sua falta amor? — Susan falou e Adam pode sentir uma ponta de tristeza na voz dela. — Eu venho buscá-la, vai ficar tudo bem, amor. Susan concordou. Se vestiram e Adam pegou a sua mala. Quando chegaram na sala o café estava na mesa. O pai e a mãe de Susan já os esperavam. Julia veio se juntar a eles. — Diana, demorou muito para dormir ontem. Estava ansiosa! — Eu também estou. Imagine ela, que tem sua esperança de cura nesse transplante. Depois do café Julia e Rodrigo foram levar Susan e Adam ao aeroporto. Susan despediu-se dele e ficou vendo o avião decolar. Não sabia quanto dias ficariam separados, mas sabia que iria sentir uma saudade danada dele. Não conseguiu conter mais o choro. Quando voltou a realidade viu Julia e Rodrigo a olhando emocionados. Fez um gesto em direção ao estacionamento pedindo para que voltassem logo para casa. No caminho de volta todos os abusos de Fernand voltaram à sua mente e embora não fosse vingativa desejou que ele apodrecesse na cadeia. Quando entraram a Diana estava com a Karina tomando café. — E aí, princesinha, está animada? — Susan perguntou aproximando‐se dela e abraçando. — Animada, com medo e cheia de esperança! — Isso, meu amor, esperança! A gente precisa acreditar no melhor. Olhou para a mãe e sorriu. Não era Karina um milagre? Milagres existiam e Susan precisava desesperadamente de um milagre que pudesse tornar Diana uma garota com saúde para vivenciar a sua linda infância. Karina tocou a mão de Susan. A segurou firme entre as suas, sem nenhuma palavra Susan entendeu que ela estaria ao lado dela para qualquer coisa que viesse. Adam foi recebido pela mãe e pelo Michel no aeroporto. O longo abraço de Briana em Adam era de saudades e sobretudo de aflição. Adam deu um abraço no Michel assim que a mãe se separou do seu abraço. — E aí, amigão cuidou bem da minha rainha? Briana deu um sorrisinho sem graça e Michel respondeu animado: — Muito! Acredita Adam, que mesmo agora com Fernand preso ela não quer mais voltar para a casa dela? — Ah, Michel. Seu cínico! Ele que não me deixa mais sair de lá Adam. — Briana riu da cara sonsa que Michel fez se fazendo de inocente. Então Briana entrou no assunto sério enquanto se dirigiam para o carro. — Eu realmente precisava de você aqui. O Alfred é uma peça importante para que Fernand mofa na cadeia. Ele já está muito encrencado, mas não custa nada o encrencar mais um pouquinho. Ao saber das monstruosidades de Fernand Briana ficou horrorizada com o fato de ter confiado cegamente naquele homem. — Adam, ele tinha uma amante que o acompanhou em todas essas monstruosidades! Uma mulher, Adam, fazendo atrocidades com garotas que só tinham o sonho de uma vida melhor, um futuro e ajudar a família. Imperdoável! Adam assentiu. O que teria acontecido com Susan se ele não a tivesse resgatado? Briana acionou o controle do carro para entrarem, mas antes segurou as mãos de Adam entre as suas e se desculpou: — Eu sei, meu filho que a Susan está passando por esse momento delicado, mas precisamos acabar com essa história triste. O Alfred lá isolado! — Eu sei, mamãe. Mas talvez consiga trazer a Susan para ver o meu pai no banco dos réus. Briana ficou em silêncio. Era triste demais saber no que Fernand tinha se tornado. Michel permanecia em silêncio. Era muito triste tudo aquilo. Lembrava do modo como Fernand investiu em Briana. Ele e Briana tinham um amor puro, com muito afeto e respeito. Fernand fascinou Briana com o seu jeito arrojado e impetuoso de amar. Pelo menos ela teve a dignidade de terminar o romance com ele, antes de cair nas garras de Fernand. Briana percebeu o silêncio dele. Sabia que na cabeça dele estava passando um filme. Ele sofreu tanto com o término do romance deles! Adam seguiu com eles para a casa de Michel. Ao entrarem no apartamento sentiram o delicioso aroma de comida, o tempero brasileiro da Maria. — Hum... vocês estão de sacanagem comigo? Só assim para eu ficar com mais saudade da minha princesa! Maria sorriu e pensou que Susan era mesmo uma garota de sorte. Sabia que Adam era louco pela garota. Era um amor muito lindo mesmo dos dois! Com Fernand preso, Adam podia tirar o Alfred do esconderijo, mas por medidas de segurança ele ficaria no apartamento de Adam até que tudo terminasse. Depois do almoço Adam pediu licença e foi para a varanda conversar com a Susan. Ficaram por um bom tempo conversando até que Adam precisou desligar para ligar para o Alfred. O telefone tocou insistentemente e Alfred não o atendeu. Adam ficou preocupado. Esperou um tempo e ligou novamente. Depois de alguns toques ele atendeu. — Alfred, como você está? — Levando a vida, mas não está fácil, Adam. Quando eu vou poder sair daqui? Seu pai já tá preso! Ele acompanhou a prisão dele pela tv, e estava louco para sair do esconderijo. — Vou tirá-lo daí. Mesmo com o meu pai preso não podemos arriscar. Você vai ficar no meu apartamento até o julgamento dele. Alfred não gostou muito daquela notícia. Queria andar livre pela cidade ver os pais e o filho. — Mas Adam... ele tá preso! — Alfred, meu amigo, não podemos baixar a guarda. Não sabemos quantos cúmplices ele tem por aí. Do outro lado Alfred coçou a cabeça, num gesto de nervosismo. Aquilo tudo era enlouquecedor. — E a sua namorada sabe disso? — Claro! Estava conversando com ela agora ao telefone. Ela está no Brasil. Adam explicou brevemente a situação de Susan e depois voltou ao assunto inicial. — Tudo bem, Alfred? — Está. — Irei buscá-lo. Policiais à paisana e com um veículo discreto me darão cobertura para buscá-lo. A gente nunca sabe o que esperar do meu pai. Adam fez como o combinado, buscou o Alfred e o instalou em um dos quartos do seu imenso apartamento. Como os crimes de Fernand eram bárbaros havia um clamor por parte da sociedade para que ele pagasse pelos crimes cometidos.
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Susan e Diana estavam abraçadas à espera da
menina entrar para o transplante de medula. Karina tinha ido buscar água para a pequena. Julia tinha dado uma desculpa que precisava ir ao banheiro. Estava muito apreensiva, pois a sua pequena iria enfrentar uma batalha grande. Uma batalha onde muitos pequenos guerreiros em algum momento da guerra a perdiam deixando as famílias despedaçadas. Chorou por longos minutos ao pensar no que a sua filha passaria pelos próximos dias. Lavou o rosto para desfazer os vestígios do choro e olhou para os olhos vermelhos refletidos no espelho. Chorar, ter esperança, se desesperar, sorrir a cada momento de melhora de Diana tinha sido a sua rotina desde que descobrira que a sua filha estava doente. Retornou para junto de Diana, que logo foi em busca do colo dela. Karina voltou para junto delas, era evidente que também esteve chorando. Viram Rodrigo vindo na direção delas. Ele precisou passar na empresa para deixar uns documentos. Aproximou-se e cumprimentou Karina e Susan. Deu um leve beijo em Julia e acariciando o rostinho de Diana deu um beijo demorado na sua bochecha. Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, vieram buscar Diana para realizar o transplante. Ninguém conseguiu mais segurar as lágrimas. Abraçaram-se formando pequeno círculo de amor e esperança por dias melhores. A equipe aguardou aquela despedida emocionada da família. Era sempre assim e a equipe acabava se emocionando também, não importava quantas vezes vissem aquele quadro. Acomodaram Diana na cadeira de rodas, a mãe ainda os seguiu até a porta de onde ocorreria o transplante. Uma enfermeira a parou delicadamente pelos ombros. — Sra. Julia, agora vai precisar voltar daqui. Julia começou a chorar quando viu a menina entrando pela porta onde faria o transplante. Julia não suportou aquele peso no coração e chorou alto chamando a atenção da menina que se virou e pediu: — Não chore, mamãe, eu vou voltar pra você! A enfermeira que estava acalmando a Julia fungou e secou discretamente suas próprias lágrimas. Tinham que entrar. — Ela vai voltar! Ela vai voltar. — Repetiu enquanto entrava com Diana no centro cirúrgico. Se afastou pesarosa e já lá dentro onde ocorreria o transplante o seu coração batia forte. Era sempre assim. Ela sempre podia sentir o medo dos pais de não verem mais seus filhos. Pensou na sua pequena Luísa que via bem menos do que queria por conta do seu trabalho. Sussurrou ao lembrar que logo seu turno terminaria: — Mamãe está voltando meu amor!
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Embora Susan quisesse muito ficar e esperar a pega
da medula de Diana, a polícia precisava do depoimento dela no caso do atentado ao Alfred. O telefonema tirou um pouco da paz que Susan estava vivendo naqueles dias. Visitava Diana revezando com Karina e Julia. Diana estava reagindo muito bem. O coração de Susan ficou pequeno no peito ao pensar que teria que deixá-la. Ficou com o celular na mão, sem ação. No entanto ela tinha que ir. Era uma intimação e ela precisava ir. À noite depois do jantar que foi na casa de Karina, já que Susan tinha retornado para lá, ela contou do telefonema de Adam e de que a polícia precisava do dela para testemunhar contra Fernand pelo atentado contra o Alfred. Susan não permitiu que Adam fosse buscá-la. Ele seria mais útil lá, pois sabia que o Alfred estava no apartamento dele. Adam concordou, mas avisou que estaria no aeroporto à espera dela. Susan acordou com o coração apertado. Iria se separar da mãe de novo. Ficar longe da sua irmãzinha em um momento muito delicado, mas ver Fernand pagar pelos seus crimes era uma questão de honra. Karina já estava na cozinha preparando o café da manhã. Susan sorriu. Em outros tempos uma cena daquelas era impossível de acontecer. Tomou um banho enquanto escovava os dentes no chuveiro. A mala estava pronta em um canto do quarto. Enxugou-se e caminhou em direção à cama. Vestiu-se e nunca se imaginou em uma situação daquelas. Seu coração queria ficar ali e ao mesmo tempo queria ir logo, sentimentos confusos lutavam dentro dela. Karina bateu na porta. Susan enxugou rapidamente as lágrimas e a mandou entrar. Ela sentou-se ao lado da filha na cama e a abraçou enquanto fazia carinho nas costas dela. — Vai ficar tudo bem, querida! A Diana é uma guerreira. — Eu sei. Ai, mãe eu contei a verdade para ela ontem. Ela sabe que vou me afastar por uns dias. Ela chorou um pouquinho. Mas ela está muito confiante que o transplante vai dar certo. — Susan falou erguendo a cabeça e olhando a mãe nos olhos. — Ela nunca desanimou. Sempre teve fé! Mas agora chega de assuntos tristes, vamos lá tomar o nosso café, porque se não alguém vai acabar perdendo o voo.
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Susan chorou quando o avião começou a pousar em
San Francisco. Estava de volta naquela cidade que quase a engoliu e a destruiu por completo. Também foi naquela cidade incrível que o amor a alcançou e a salvou! Como que para completar o seu pensamento viu Adam se aproximando, vindo em direção a ela. "Nossa! Como ele é lindo! — constatou o óbvio como se o estivesse vendo pela primeira vez. Adam andou rápido até ela e abraçou. — Que saudade meu amor! — Eu quase morri de saudade longe de você, Adam! Adam sorriu pegando a mala e a abraçando pela cintura a guiando para o estacionamento. Assim que abriu a porta do carro para Susan entrar ela se deparou com um lindo buquê de flores. Virou-se emocionada e o beijou. — Oh, Adam, é lindo! — Não abra o cartão ainda. Quando for a hora eu te aviso. — Adam, amor! O que você está aprontando? Quando Susan entrou e colocou o buquê no colo, sentiu que havia um volume no envelope e não era uma escrita em relevo que estivesse no cartão. Era algo grande. A curiosidade dela só aumentava. Ela sorriu desconfiada. E segurou o envelope com cuidado. Estava louca para saber o que era. Susan ficou olhando para Adam dirigindo com aquele sorriso bobo no rosto. Ele se desviou do caminho habitual e entrou por um caminho diferente. Ele dirigiu até um lugar com uma linda paisagem rodeada de verde e um pouco distante da cidade. O viu entrar por uma estrada rodeada de flores. Logo Susan avistou alguns chalés charmosos e românticos. Então entendeu que Adam queria passar alguns momentos de intimidade ali com ela. Estava maravilhada. Era tudo muito romântico. Quando desceram do carro Adam mostrou a chave do chalé para ela. — Iremos voltar aqui outra hora para curtimos isso aqui com mais tempo. Logo ali atrás daquele morrinho tem um lago de pescas. Eles alugam lanchas para os hóspedes irem para a ilha lá do outro lado. É uma ilha linda e totalmente selvagem. Eles só deixam uma família ou um casal irem por vez, caso aconteça alguma destruição de qualquer coisa na ilha o estrago é identificado na hora. — Bem diferente da sua ilha, né, amor? Adam riu, a ilha dele tinha todos os luxos que o dinheiro pudesse comprar. — Entre princesa! — Ele fez um gesto gracioso a colocando a sua frente. Quando ela entrou na antessala da suíte, ficou emocionada. Foi recebida pela música e pétalas de rosas caíram sobre ela. Uma bela jovem tocava a música que eles amavam ao violino. — Adam! Ela o abraçou e escondeu o rosto banhado em lágrimas no peito de Adam. Adam a tirou para dançar, enquanto enxugava as lagrimas dela com o polegar circundado os lábios, que ele logo tratou de beijar com saudade e urgência. A música acabou. Aí Susan se lembrou das flores. — As flores Adam! — Fique aqui que eu busco. Susan sorriu para linda instrumentista. Adam voltou com as flores e o cartão. Então pediu a instrumentista que tocasse a música de quando viu Susan dançando pela primeira vez. Não importava o quanto aquele momento fora dramático, ele os marcou para sempre. Susan sabia que Adam gostava dela, que estava com saudade, mas nunca imaginou que ele a receberia assim. A música continuava e tocava a emoção dela ao se lembrar de tudo. Adam lhe entregou as flores e o cartão. Susan admirou por uns instantes suas lindas flores e com o com o cartão entre os seus dedos. — Abre, amor! — Adam pediu. Susan abriu o envelope e quase teve uma coisa ao ver o delicado anel de ouro e diamante preso ao cartão em que estava escrito: "Aceita ser a senhora Smith Jones?” Susan estava em lágrimas. Estava sem palavras. — Aceita? — Ele insistiu vendo-a segurando o cartão sem reação. — Claro que aceito! O puxou com cuidado e o beijou. — Era para ser em um jantar romântico lá em casa, amor. Mas com o Alfred lá, seria um pouco estranho. — É. Mas ele está lá por uma boa causa. — Mesmo assim, esse pedido de casamento um pouco inusitado merece ser comemorado com pompa! A violinista tocou a última música para embalar o mais lindo pedido de casamento que já vira. Adam estava louco para ficar a sós com Susan. Agradeceu e dispensou a violinista e abraçou Susan pela cintura e a carregou para o quarto. A beijou a puxando para junto do seu corpo. — Que saudade, amor! — Eu também, Adam! Despiram um ao outro entre beijos cheios de desejo e ternura. Então quando Adam se fundiu dentro dela ela não segurou mais o grito de prazer que sentia a cada arremetida de Adam a penetrando por inteiro. — Amor... Adam! Ai. Ai. Hum! — Goza para mim, mas gemendo na minha boca, minha gostosa. Adam a puxou em um beijo safado e sentiu Susan se desmanchar e estremecer. Ele segurou o seu próprio orgasmo. E com sua boca colada na orelha dela a fazendo arrepiar-se ordenou: — Vem comigo, amor! Agora! Susan começou a gozar novamente, sentindo Adam indo junto com ela. Adormeceram quase sem perceber. Adam acordou com o toque do seu celular. Era Briana. Ela sabia da surpresa que Adam faria para Susan. Mas como já estava anoitecendo, preocupou-se. — A gente dormiu, mãe. Desculpe tê-la preocupado. Logo estaremos aí. Susan despertou com Adam conversando com Briana e pediu para falar com ela. Contou do pedido e em como ela era a garota mais feliz do mundo. Adam ficou rindo dela. Quando ela desligou a jogou sobre a cama prendendo- a contra o seu corpo nu. — Adam! A gente tem que ir. Para, Adam. Ele continuou a beijá-la que não resistiu e se entregou ao beijo. Quando finalmente saíram do chalé e pegaram a estrada Susan suspirou esperançosa: — Temos que vir aqui mais vezes. — Sim viremos com certeza. O sol estava se pondo formando um quadro lindo com o verde da paisagem. Susan sorriu para Adam: — Obrigada, meu amor, por fazer a minha vida tão feliz. — É um prazer! Sempre. Susan estava muito ansiosa pela notícia mais importante da sua vida: se a medula de Diana iria pegar e se ela ficaria curada. Acordou e sentou-se na cama, falava com a família no Brasil todos os dias. Tentava acalmá-los, mas ela mesmo já estava muito apreensiva. Aquela demora era prevista, mas nem por isso deixaria de ser angustiante. Adam dormia profundamente abraçado a ela que continuava sem conseguir pregar o olho. Levantou-se com cuidado para não o acordar, foi até a varanda e ficou olhando para o mar, a lua iluminava o vai e vem das ondas, fazendo com que ela sentisse, uma paz impressionante. Adam acordou e não a viu ao seu lado. Viu a porta da varanda aberta e foi até onde Susan estava. A abraçou por trás, na espreguiçadeira, deslizando os dedos pelos cabelos sedosos dela. — Vamos entrar, esse vento frio pode lhe causar um resfriado. Adam pôde sentir o quanto ela estava tensa ao tocá-la no ombro. Podia perceber que ela estava muito preocupada o com problemas da Diana no Brasil e o julgamento de Fernand. — Adam, eu vou ter que encarar o seu pai no tribunal? — Sim, vai. Ela desviou o olhar de Adam. — Eu sei que isso será a coisa mais difícil que fará na vida, mas depois teremos paz. — Puxou o rosto dela e depositou um beijo na bochecha dela. Susan assentiu. Por mais que temesse o confronto com Fernand, também ansiava por aquele momento de vê- lo rendido e finalmente pagando pelas atrocidades cometidas com tantas garotas inocentes. — Vamos para a cama. Eu a ajudo dormir! Susan sorriu. Ele faria a mesmo dormir. Adam se deitou Susan no seu colo assim que chegou na cama e ficou fazendo carinho no cabelo dela, no rosto e orelha até que ela relaxou e pegou no sono.
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Adam acordou foi até a cozinha e pediu a empregada
para preparar uma bela bandeja de café da manhã. Queria surpreender Susan quando ela acordasse. Voltou para o quarto e ficou a admirando adormecida. Estava com pena de acordá-la, mas com o retorno dela precisavam colocar alguns trabalhos dela em dia. — Su! Acorda minha preguiçosinha. — Falou suavemente no ouvido dela que se virou para o lado e continuou a dormir. Adam começou a mexer nela que acordou ainda sonolenta. Assustou-se um pouco. — Nossa, já amanheceu! — Sim. Temos que ir para a empresa. Existem algumas fotos que você precisa tirar para campanhas que estão em andamento. Susan levantou-se rapidamente jogando as cobertas para o lado. Tinha que adiantar os trabalhos, pois assim que Fernand fosse julgado ela voltaria ao Brasil para ver a sua família. O pensamento renovou o seu ânimo. Só então viu a bandeja de café da manhã na mesinha ao lado. — Vou tomar esse café, depois tomo o meu banho. Adam a acompanhou no café e de vez em quando colocava uma uva na boca de Susan. Uma hora ele puxou o dedo dele e o lambeu de um modo muito provocante. — Susan, não faz isso ou eu não respondo por mim, gostosa. Ela riu da cara de vítima que ele fez para ela. Quando estavam de saída para a empresa encontraram o Alfred com um ar meio entristecido à mesa do café da manhã. Percebiam que ele não estava muito confortável no apartamento de um jovem casal que acreditava ele, precisava de privacidade. — Alfred, você sabe amigo que falta muito pouco para você ter a sua liberdade. Ele assentiu e sorriu para Susan que o cumprimentou com um: — Bom dia, Alfred, querido! Ainda conversaram um pouco com ele, o convencendo que era necessário ele permanecer incomunicável pela sua segurança e a dos familiares dele. Saíram o deixando bem pensativo sobre tudo que estava por vir.
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Briana estava muito feliz de não ter mais que exercer a
presidência da empresa. Odiava aquelas coisas burocráticas. Comemorou mentalmente o fato de agora poder fazer aquilo que realmente amava: organizar os desfiles e orientar as novas e promissoras modelos. Michel estava seguindo sua vida normalmente com a sua empresa e suas franquias. Era muito bom aquele romance que ela estava vivendo, Michel era romântico e agora com a idade tinha ganhado experiência e era um homem arrojado e sexy na cama. Como que numa transmissão de pensamento, o celular dela tocou e Michel a convidou para almoçarem juntos. Ela desligou o celular e sorriu. Sabia bem como terminavam aqueles almoços e adorava.
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A ferocidade dos crimes de Fernand e Jennifer
levantou um clamor na sociedade e com a investigação e com a confissão da sua cúmplice eles iriam a júri popular. Susan não sabia definir seus sentimentos. Estava muito feliz porque finalmente a justiça seria feita. No entanto outra coisa a preocupava: a pega da medula de Diana ainda era uma incógnita. O coração dela sempre ficava apertado quando buscava notícias sobre o estado de Diana. Estava protelando a ligação porque estava sendo frustrante sempre receber uma resposta negativa. Então o celular dela tocou. Era Julia. Atendeu rapidamente, com o coração batendo em um ritmo alucinado. — Su! A medula pegou! Susan pode ouvir vozes comemorando o fato ao fundo. Ela começou a tremer emocionada. — Ah, como eu queria estar aí! Abraçar a minha pequena e dizer para ela o quanto ela foi guerreira! — Susan falou se desmanchando em lágrimas. — Ela está dormindo agora, mas gravou um vídeo para você. Vou enviá-lo. Se despediram e Susan carregou o vídeo. "Su, eu consegui! A medulinha pegou!" Susan caiu em prantos. A voz ainda era baixa, mas pode ouvir Diana dizer enquanto as lágrimas desciam pelo seu rosto. "Eu te amo, Su! Obrigada por você existir, irmã linda!" O vídeo terminou com Susan repetindo as palavras de Diana em resposta: — Eu te amo, minha irmãzinha linda e guerreira! — Sussurrava a frase várias vezes emocionada. Adam entrou no quarto e a viu chorando. Correu ao encontro dela. — Aconteceu algo com a nossa pequena, meu amor? — Aconteceu! A medulinha pegou! — Susan falou em meio ao choro e ao riso que se confundia com as suas lágrimas. Levantou-se abraçando Adam e começou a dançar com ele uma música imaginária. Eles riam como crianças que dançam na chuva depois que a tempestade começa a se acalmar e uma chuvinha boa e inofensiva começa a cair. Sim, muitas tempestades surgiram em suas vidas, mas elas estavam lentamente serenando e dando lugar a esperança de dias melhores que certamente estariam por vir! Chegou o dia do confronto final. Finalmente, Fernand estaria no banco dos réus e pagaria por todos os seus crimes perversos. Susan colocou um vestido preto, uma maquiagem discreta e olhou-se por um longo tempo no espelho. A Susan destroçada pela perversidade de pessoas tão cruéis e gananciosas não existia mais. Podia perceber um brilho novo sobre ela, conseguia sentir a força que a nova Susan tinha. Aquela mulher forte e decidida sempre esteve ali. Não precisou ela de muita coragem para abandonar a segurança do seu país e ir tentar realizar um sonho? Aquela garota amedrontada sob as ameaças de Fernand teria morrido nas mãos dele por não saber lidar com aquela crueldade que desconhecia. Estava vestida de modo sóbrio em sinal de luto por todas as garotas que pereceram nas mãos de Jennifer e Fernand. Luto pelas muitas garotas sonhadoras que perdem suas vidas nas mãos de aproveitadores, pois Fernand e Jennifer eram apenas uma dupla na imensidão de exploradores que existiam no mundo. Adam entrou e a viu pensativa. — Nervosa? — Um pouco. Adam a abraçou e beijou suavemente os seus lábios. Adam estava louco para que tudo se normalizasse pois tinha uma linda surpresa para Susan. O pedido oficial de casamento e o noivado vinham sendo adiados por conta do julgamento de Fernand. Apertou-a em seus braços e conteve a vontade de beijá-la novamente. Suspirou afastando-se lentamente dela. — Vamos? O Alfred já está pronto. Estendeu a sua mão para ela. Foram ao encontro de Alfred, que estava muito feliz por poder retornar a vida normal. — Alfred, como está se sentindo tão perto da liberdade? — Um pássaro que finalmente vai deixar o ninho! — Riu da sua própria piada, contagiando o casal que começou a rir também. Estavam se aproximando do local onde Jennifer e Fernand esperavam pelo seu destino final, que já sabiam seria terrível. Encontraram Briana na entrada do tribunal, de braços dados com Michel. Se juntaram a ela. Susan e Alfred foram para o local reservado para as testemunhas. Depois de um longo tempo que para todos parecia uma eternidade o julgamento começou. Fernand viu Briana com a mão entrelaçada com o seu rival desde a juventude. Sentiu uma pontada no peito. Aquela mulher linda o amou e ele estragou tudo! Nunca pensou que aquilo poderia lhe doer tanto! Viu Adam ao lado deles e estranhou muito. Ele e Susan não se largavam! Pelo menos, pensava ele, o corpo de Alfred nunca apareceu. Com isso ele podia ter uma remota esperança. Não de se safar da condenação, mas iria adorar que pelo menos daquilo não o pudessem condenar. No decorrer do julgamento Fernand percebia que ele estava muito ferrado, se fosse em tempos de pena de morte, ele com certeza iria para a morte. Olhou em direção à Jennifer a uma pequena distância dele. A bela e arrogante mulher parecia um farrapo humano. A cadeia para ela pareceu ser bem pior que para Fernand. Jennifer desviou o olhar. Sabia que tinha destruído a sua vida e juventude ao lado de um homem que só a usou a vida inteira. O juiz ordenou que entrasse a penúltima testemunha. Todos estavam na expectativa de quem poderia ser. Um canto do lábio de Fernand começou a tremer quando viu Alfred entrar e o encarar com um ar de trunfo no rosto. Por alguns minutos Alfred descreveu o horror daquela noite. Toda audiência estava estarrecida com a obsessão daquele homem por uma garota. Quando Alfred foi dispensado deu uma última olhada para o crápula do Fernand que quase o matara da forma vil e cruel. Então o juiz chamou a última testemunha. O coração de Fernand acelerou, suas mãos suavam frio e engoliu em seco ao ver Susan entrar. Ela o encarou nos olhos, ao lado dele Jennifer sentiu o sangue fugir da sua face. Susan contou tudo, das humilhações e abusos. Da obsessão de Fernand por ela. De como Alfred foi uma vítima da insanidade do homem quando pensou que fosse ela dirigindo. Em alguns momentos Susan não conseguiu conter as lágrimas. Os jurados se mantiveram compenetrados ouvindo aquela história surreal. Com o depoimento de Susan, Fernand começou a suar muito mais. Baixou a cabeça e não conseguiu encará-la. Jennifer chorou durante todo o relato de Susan, sem conseguir encará-la. Ela havia tratado garotas ingênuas e boas com extrema crueldade. Aquilo não era normal. Se perguntava em que momento da vida ela tinha enlouquecido sem se dar conta do fato. Ao final de tudo em meio a uma grande comoção Fernand e Jeniffer foram condenados à prisão perpétua. Sendo que ainda foram acrescentados mil anos na pena de cada um, para não haver a possibilidade um pedido de liberdade condicional não importando a quantidade de bom comportamento que porventura viessem a ter no decorrer das suas penas. Fernand não chorou. Jennifer estava em prantos. Fernand buscou o olhar de Adam e com a sua audácia costumeira soletrou sem emitir som: "Você venceu, a vadia é sua!" O sangue fugiu da face de Adam que desejou que Susan não tivesse entendido a mímica labial do pai. Susan que não olhou mais para a cara de Fernand, não percebeu nada. Abraçou Adam e chorou no ombro dele. Um capítulo da sua vida que poderia ter tido um final trágico, mas o amor de Adam a salvou. Depois se levantaram e juntaram a Briana e Michel. Era possível perceber os sinais de lágrimas no rosto de Briana. Um pouco mais distante Alfred os olhava sem conseguir acreditar que agora com Fernand preso ele se tornou um homem livre. Os quatro se juntaram a ele. — Livre finalmente, hein, Alfred! — Nossa, estou louco para ver a minha família! Adam sorriu. Sabia como ele estava se sentindo. Já estava anoitecendo e Adam o aconselhou a viajar com o filho para a casa dos pais dele no outro dia. Era mais seguro. Alfred concordou, mas só ia no apartamento de Adam pegar suas coisas. Afastou-se um pouco do grupo e foi ligar para o filho. — Ei, filhão! Papai está morrendo de saudade de você, do vovô e da vovó. Vou para o seu apartamento hoje para irmos cedo ver os meus pais. Ficaram conversando mais um pouco, quase sem acreditar que Fernand não poderia mais fazer mal ninguém. Quando Susan, Adam, Briana e Michel chegaram ao apartamento de Adam, Susan sentiu o aroma maravilhoso de uma comida que amava. — Adam! O que você está aprontando, meu lindo? Adam sorriu e abriu a porta abraçando-a por trás. Susan ficou encantada com a decoração da sala de jantar. O Adam chamou a Maria para preparar um jantar temático para Susan! Ela estava se sentindo no Brasil. Briana e Michel riram do jeito dela, parecendo uma criança feliz recebendo uma festa de aniversário surpresa. — Oh, Adam! Que lindo. Você pensou em tudo. Foi até as flores e as cheirou. Estava tudo lindo. Briana estava abraçada com o Michel, vendo a alegria da Susan. Antes do jantar ser servido Adam pegou um champanhe e avisou: — Não se trata da comemoração pela prisão do meu pai. Isso tudo foi muito triste! Mas, eu tenho uma coisa para anunciar! Susan voltou para junto dele e o ouvia atentamente. — Eu pedi essa moça bonita em casamento e ela aceitou! Briana e Michel falaram ao mesmo tempo: — Isso já sabemos! — Hum..., mas, uma noiva merece um pedido à sua altura. — Adam piscou para os dois sorrindo. Susan não sabia onde Adam pretendia chegar. Mas estava amando tudo aquilo. — Eu quero fazer isso direito, sabe. Por isso o pedido tem que ser feito ao pai dela. Assim, eu estou comunicando família, que iremos ao Brasil para o meu noivado com a minha princesa. Susan não conteve a emoção, chorou encobrindo o rosto com as mãos. — Oh, Adam meu amor, você me faz tão feliz! — Ela o abraçou e o beijou muito emocionada. Briana olhou aquela cena romântica e sorriu para Michel, dando a entender que ela também queria viver uma cena daquelas. Michel apertou a mão dela na sua dando a entender que havia entendido o recado. Adam estourou o champanhe e serviu as taças de cada um. Puxou Susan para junto dele quando lhe entregou a taça. A virou para ele e contemplando os seus que brilhavam de felicidade convidou: — Vamos brindar? — Fez um gesto chamando Briana e Michel para junto deles. — Faça o brinde, Adam! — Michel incentivou. Adam pigarreou, impostou a voz e disse: — Um brinde ao amor, que dos modos mais estranhos prepara os encontros mais especiais e importantes na nossa vida. Um brinde a esse noivado que será lindo e o início de uma nova fase na minha vida e de Susan. Briana chorou emocionada com o pequeno discurso, pois representava muito a vida dela e de Michel. Michel a puxou contra o seu corpo e enxugou suas lágrimas dando beijinhos no rosto dela. — Ah, tem outra coisa, mamãe, precisaremos fechar a empresa por uns dois dias, já que a vice-presidente também vai se ausentar. Aceitam ir conosco para o nosso noivado? — Pediu encarando o casal. — Sim, claro! Os dois responderam cheios de animação. O jantar foi servido e o clima de romance estava pairando no ar. Depois do jantar ainda ficaram um longo tempo conversando sobre a viagem e sobre como organizar tudo para os dias que que estariam com a empresa fechada. Susan estava sentada na perna de Adam que acariciava a sua cintura lhe arrancando arrepios. Briana também estava louca para ficar sozinha com Michel. Então ela foi até a cozinha e chamou a Maria para irem embora. Susan foi até a garota e a abraçou se despedindo e a agradecendo por tudo o que ela preparou. Assim que Susan fechou a porta, Adam a pegou no colo. — Acho que hoje vai ser uma noite daquelas! — É. Eu também estou achando isso. Ela o beijou apaixonadamente. Adam a levou para o quarto. A luz estava apagada, mas quando ele apertou um controle luzes coloridas encheram o ambiente. Num canto da enorme suíte Adam tinha montado um pequeno palco temático. Adam a beijou com paixão e desejo. Com muito custo a afastou e sussurrou no ouvido dela: — Dança para mim? — Sim! Você escolhe hoje a música hoje. Quero dançar uma do seu país. Adam colocou a música para tocar. A voz sexy de Ariana Grande cantando "Dangerous Woman" invadiu o ambiente. Susan incorporou aquela letra e revelou toda a sua sensualidade de mulher poderosa numa dança onde lentamente ia deixando suas roupas lançadas no pequeno palco. Quando ela só estava com a minúscula calcinha ele a chamou, para a cama. Ela foi dançando até ele. Ele ajoelhou-se na frente dela e com os dentes começou a retirar a sua calcinha até os pés. Logo ele subiu beijando suas pernas e as suas coxas. Ele a deitou delicadamente sobre a cama. Os seus olhos transmitiam um desejo intenso, mas sobretudo o imenso amor que ele sentia por ela. Quando ele afastou as suas pernas e enterrou seu rosto ali, Susan sentiu a sua língua fazendo movimentos no exterior da sua bocetinha, lambendo-a e chupando. Ela gemia e rebolava alucinada. Ele a penetrou mais fundo, os gemidos dela se tornaram mais altos. Então ele a virou de costas para ele, a colocou de quatro sobre a cama. Ela estava pronta para ele, colocou o preservativo rapidamente e começou a penetrar bocetinha apertadinha de Susan. Ela continuou a rebolar no pau dele louca de tesão. — Adam, amor! Assim! Ele estocou um pouco mais forte e ela o puxou para um beijo. Era incrível fazer amor com ele, mas aquela noite tinha uma magia diferente. Em breve ela estaria casada com Adam e aquilo era excitante e romântico. Quando não suportava mais segurar o orgasmo que queria tomar o seu corpo ela pediu: — Goza para mim, Adam! Voltaram ao beijo. Susan pode sentir o exato momento em que Adam começou a gozar e foi com ele na mais fantástica viagem rumo ao prazer que a cada dia se tornava mais linda e mais intensa. Depois de um tempo adormeceram abraçados, provavelmente sonhando com a linda cerimônia de casamento dos dois. Sobrevoando o Rio de Janeiro, as luzes da cidade eram mágicas. Briana podia se lembrar de um tempo em que era modelo e viajava muito. Cada cidade tinha o seu charme, mas aquelas luzes, o Cristo Redentor de braços abertos como a convidar as pessoas para um abraço era lindo demais. Recostou-se no ombro de Michel, fechou os olhos e agradeceu por finalmente estar livre e em paz. Michel deu um beijinho no rosto dela. Susan e Adam estavam adormecidos, Briana tocou levemente a cabeça de Adam. Ele despertou: — Olha filho, que espetáculo lindo! Adam sorriu. Foi a mesma sensação que ele teve. Susan despertou e aconchegou-se mais ao peito de Adam. Uma súbita emoção a tomou. Lembrou-se de quando foi para os Estados Unidos com a cabeça cheia de sonhos, achando que o primo era uma pessoa maravilhosa e que estava lhe dando a maior oportunidade da sua vida. Então descobriu de um modo horrível que ele nunca fora seu amigo de verdade. As lágrimas começaram a cair. Adam a abraçou e deu um beijinho na sua testa afagando o seu rosto. Atribuía as suas lágrimas à proximidade de reencontrar sua família. — Logo estaremos lá, meu amor e aí você vai poder matar sua saudade. Susan assentiu. Quando desembarcaram do avião Susan se arrependeu por um instante de não ter avisado ninguém. Estava louca para abraçar os seus amores. Pegaram um táxi e partiram em direção à casa do pai de Susan. Rodrigo e Julia estavam no quarto de Diana contando uma história para ela. Os cabelos dela já estavam começando a crescer e ela tinha um aspecto feliz. Estava encantada com aquela história do Ali Babá. Uma história que já tinha ouvido centenas de vezes, mas que a cada vez que o pai lia, Ali Babá recebia uma interpretação nova e mais engraçada que a faziam rir muito. Ela estava com os olhos lacrimejantes de tanto rir. O telefone dele tocou. Ele parou a brincadeira e pediu silêncio. — Su, minha filha que bom ouvir sua voz. Estávamos falando de você hoje! — Pai, eu também estou morrendo de saudade! Adam sorriu se preparando para descer do táxi que já estava em frente à casa do pai de Susan. A cutucou e ela tampou a entrada de voz do celular. — Avisa que chegamos, para de fazê-lo de bobo. Susan voltou a falar com o pai com uma vozinha chorosa, o que fez Adam reprimir uma risada. Briana não entendia muito a língua portuguesa e ficou boiando sobre o que estava acontecendo. Michel a beijou no rosto. — Pai, eu estou com tanta saudade, tanta saudade que... — Fez uma pausa estratégica. Rodrigo se emocionou. — Olha, filha quando a Diana se recuperar e puder viajar iremos ver vocês. — Fala logo, Su! — Adam a cutucou de novo. — Que... pode vir nos ajudar com as malas? Estamos em frente à sua casa e iremos descer do táxi agora! Rodrigo ficou sem fala por uns segundos, depois não conseguiu segurar as lágrimas. — Filha, é sério isso? — Sim! E não vim sozinha. O Adam, a mãe dele e o padrasto vieram com a gente. Escutou Julia e Diana perguntando sobre ela para o pai. Logo ouviu o gritinho de Diana: — Ela veio! Ai, gente a Susan parece uma fada que adivinha pensamentos! Eu desejei muito que ela estivesse comigo. Queria abraçá-la tanto por tudo que ele fez por mim. As duas queriam descer com ele. Ele achou melhor elas esperarem na casa. Diana estava muito bem, mas Rodrigo tinha muito medo de que ele tivesse qualquer problema na sua fase de recuperação. Passaram-se alguns minutos que para Diana pareceram intermináveis e finalmente a porta se abriu, o coração dela estava disparado quando viu Susan entrar com Adam que empurrava uma mala. — Su, meu amor, minha irmã linda! Diana correu até Susan e abraçou chorando de emoção, ficaram um tempo naquele abraço bom, até se darem conta de todos os olhares voltados para elas. Diana se soltou do abraço e foi em direção ao Adam que a abraçou erguendo-a do chão em um rodopio festivo. Quando a colocou no chão ela voltou o olhar para Briana e Michel que a olhavam encantados. Adam a soltou e foi em direção à mãe e Michel os apresentando a todos. — Briana, minha mãe e Michel meu padrasto. Eles sorriram e aproximaram-se deles os cumprimentando do modo efusivo dos brasileiros. Briana e Michel de culturas diferentes eram um pouco comedidos, mas o calor humano daqueles abraços era uma coisa emocionante. Depois dos abraços e cumprimentos Susan pediu licença para ligar para a mãe. Adam ficou rindo do fingimento dela ao telefone. — Mãe, eu sei que está um pouco tarde no Brasil, mas bateu uma saudade aqui. — A filhota, e eu então? Juro que nas minhas férias pego um voo e baixo aí para apertá-la muito! — Vem me apertar agora. Por que esperar as férias? Karina não estava entendendo a brincadeira. — Eu hein, menina! Deu para beber agora? Susan sorriu e piscou para o Adam. — Mãe vem aqui para a casa do meu pai agora. Eu estou no Brasil, boba. Eu quis fazer uma surpresa. Gostou? Karina ficou em silêncio por um instante. Estava chorando. Susan também estava emocionada. Quando Karina finalmente falou sua voz estava embargada pelo choro. — É claro que eu vou! Algum tempo depois com toda a família reunida a felicidade era nítida na face de cada um. Então, Adam que estava sentado ao lado de Susan que estava com Diana no colo pediu silêncio e se pronunciou. — Atenção em mim aqui. Todos os olhares se votaram para ele. — A nossa viagem tem um motivo importante, além é claro de matar a saudade. Todos os olhares estavam sobre ele. — Eu pedi essa moça bonita em casamento e ela aceitou. Houve um murmúrio e risadas. Ele olhou para todos, sorridente e continuou: — Mas eu acho que um pedido desses tem que ser feito com toda a pompa que o momento exige. Susan chorou abraçada com a Diana. Era um momento lindo e único na sua vida depois de passar por tanta coisa. — Ainda não é o pedido oficial. Se me permitirem queria que reuníssemos os familiares e amigos da Susan para formalizar o noivado. Estão de acordo? Todos assentiram. Então foram parabenizar os dois pela linda decisão. Muito mais tarde os casais estavam devidamente instalados em suas suítes e o clima de romance estava no ar. Susan estava emocionada e feliz. Se aconchegou ao corpo de Adam, e cochichou no ouvido dele o fazendo o se arrepiar: — Quero você, meu noivo lindo! — Sua voz soou lindamente sexy na penumbra do quarto. — Hum... Eu já ia te falar sobre isso. Um beijo quente cheio de desejo prenunciava que aquela noite seria bem longa para os dois. Briana e Michel estavam ofegantes dos esforços e peripécias sexuais. No começo estiveram bem comedidos, estavam em uma casa estranha. Mas tão logo a coisa começou a esquentar eles se entregaram ao amor de um modo apaixonado e novo. Era uma coisa extremamente sexy fazerem amor ali, eu outro país, um país lindo e com pessoas lindas e acolhedoras. Michel deitou-se ao lado de Briana com suas mãos entrelaçadas. — Amor, vou querer fazer nossa lua de mel aqui no Brasil, esse lugar é tão mágico! Briana sorriu. — É, mas para haver lua de mel tem que ter casamento... — Claro. Essa é a ideia. Agora que estamos com todos os problemas resolvidos você poderia considerar o meu pedido de casamento e... — Eu aceito, amor. Estou pronta para dar esse passo com você. Michel a abraçou comovido. Lógico que ele sabia que ela aceitaria. O lindo anel de brilhantes estava escondido no fundo da sua mala para o momento tão esperado em que pediria Briana em casamento. — Quando voltarmos para nossa casa formalizaremos o pedido. — Sorriu de um modo enigmático. Tinha planos de surpreender Briana com o pedido de casamento ainda no Brasil. Michel ainda demorou muito para adormecer pensando em todas as coisas lindas que viveria com a sua amada Briana. Karina foi dormir no quarto de Diana que ainda estava acordada e chamou Karina. — Nina? — Oi. — Que pena que a Su vai se casar em outro país, né? Ia ser lindo ver ela e o Adam se casando. Karina sorriu. — É mesmo. Mas quem sabe a gente possa ir lá no casamento deles. Diana fechou os olhos e ficou imaginando Susan entrando na igreja, linda de braços dados com o pai. — É. Ia ser lindo demais! Karina concordou e tentou aquietar Diana para que ela dormisse. — Vamos dormir, princesa? — Vamos. Boa noite Nina. Karina deu um beijo no rosto dela. — Boa noite, meu amor. Karina puxou a cama auxiliar e preparou-se para dormir. Percebeu que Diana ainda demoraria muito para dormir. Eram muitas novidades para a pequena. Ela mesma ainda demoraria muito a pegar no sono. Sua filha iria se casar. Aquilo era lindo! Susan se sentia radiante, o dia mais lindo e esperado da sua vida estava chegando. Iria se tornar oficialmente esposa de Adam. Por ele já teriam se casado há muito tempo. Entretanto ele entendia que Susan queria a sua família junto dela no momento mais importante da sua vida. Briana tinha tratado de todos os detalhes sempre em conjunto com a Susan já ela e Michel tinham decidido se casarem no mesmo dia que os dois. O pai de Michel que era viúvo tinha ficado um tempo viajando pelo mundo desde que a esposa morrera. Ele levaria Briana até o altar. Achava lindo e romântico o reencontro do filho com o grande amor da sua vida. Se não fosse o fato de Briana ter decidido casar-se no mesmo dia e hora que Adam e Susan, Adam a conduziria ao altar. Susan estava fazendo a última prova do seu vestido. Um vestido lindo e romântico como era a própria Susan. Briana já tinha experimentado o dela sob os aplausos animados da Susan e dos risos da estilista Claire Mash que acompanhava há muitos anos. Era a melhor. Agora estava ali diante de uma Susan completamente deslumbrante e feliz. Uma lágrima brotou nos olhos de Briana. Pôde imaginar por uns momentos que se sua filha tivesse sobrevivido ela seria linda assim. Susan não conseguiu conter as lágrimas de emoção. A vida tinha sido muito boa para ela. Nem em seus sonhos mais audaciosos imaginou algo assim acontecendo. Briana se aproximou e tocou a mão dela com o afeto de uma mãe orgulhosa pela sua cria. — Os nossos amores são insubstituíveis. Mas a vida coloca pessoas para preencherem o vazio daquelas que amamos e a vida levou embora. Se você tivesse nascido de mim não sei se a sintonia seria assim tão intensa. Eu acho que Lisye, minha filha que perdi seria assim linda e adorável como você, minha princesa. Susan se emocionou de lembrar que Briana a acolheu como se fosse uma filha nos seus piores dias de aflição. Se separaram lentamente e Susan foi tirar o vestido. Quando retornou pronta para irem embora relembrou o fato de que outro dia iria precisar ir ao aeroporto com Adam buscar a sua família. Precisariam de dois carros. Susan por causa do humor instável da mãe não tinha muitas amizades. Mesmo assim fez questão de convidar as primas gêmeas para serem suas madrinhas no casamento. Susan tinha marcado para que as roupas da Stylist fossem levadas no apartamento à tarde para que se fosse necessário fossem feitos os ajustes. Diana seria sua dama de honra. Eles adiaram o casamento até ela ter alta médica para viajar. Se encaminharam para o estacionamento e Susan entrou no carro de Briana que tomou a direção. — Vamos chamar nossos noivos para almoçarem com a gente Briana? — Boa ideia. Ligue para o Adam e peça para ele avisar o meu amor, para irem nos encontrar lá no Vincent's. Está bem lá para você? — Ótimo! Amo aquele lugar. À noite Adam estava impossível! Depois do jantar que ele preparou com suas próprias mãos ele puxou Susan para o seu colo. A beijou mansamente e Susan estava tendo uma certa dificuldade de Se manter sentada no colo dele. Ele estava excitadíssimo. — Adam! — Gemeu no ouvido dele se esfregando no membro dele, sob a calça. — Minha noivinha safadinha quer o quê? Susan riu, o tarado falando da safadinha. Sussurrou no ouvido dele enquanto apertava o pau dele sob a calça. — Quero tudo! Adam olhou ao redor. Pegou uma almofada e fez Susan se ajoelhar de frente para ele. Retirou rapidamente a calça e a cueca e deu um beijo nela. Um beijo quente cheio de erotismo. Suas mãos hábeis a livraram da sua blusa deixando seus seios livres para o toque dos seus dedos. Susan se posicionou com o rosto perto do membro ereto de Adam, começou a beijá-lo, lamber e Adam fechou os olhos excitado, Quando ela começou a chupá-lo ele começou a estocar na sua boca a fazendo gemer enquanto suas mãos tocavam seus mamilos rijos sob os seus dedos. Adam não estava aguentando mais segurar o seu orgasmo cada vez mais próximo. Puxou Susan para ele, retirou sua calcinha e ergueu a saia dela até a cintura. — Sente-se aqui, minha gostosa! Susan não esperou um segundo pedido, encaixou se nele que puxou o seu rosto para junto dele e a beijou. — Quero gozar com essa língua safada na minha boca, amor. — Adoro! Susan o agarrou em um beijo erótico e a cadência dos seus corpos se movendo parecia uma dança excitante e mágica. Adam a abraçou mais forte quando o seu corpo inteiro recebeu aquela carga de prazer que sempre sentia quando fazia amor com Susan. — Oh, Adam, amor, que incrível! Susan gemeu quando seu orgasmo a tomou intensamente. Ficaram abraçados, nus e exaustos dos momentos mágicos de amor e prazer nos braços um do outro. Susan acordou primeiro e foi até a cozinha pedir para a empregada preparar um café especial para o Adam. Era seu último dia de solteiro. Ela pretendia caprichar. Quando o café ficou pronto a empregada bateu suavemente na porta a chamando. Susan pegou a bandeja e a colocou na cabeceira da cama. Começou a distribuir beijinhos em Adam para o acordar. — Amor, acorda! Temos que buscar a minha família no aeroporto. Adam resmungou algo e virou para o lado. Susan roubou suas cobertas o fazendo despertar de uma vez. — Malvada! — Ele falou fingindo estar bravo com o ataque da garota. — Estou ansiosa para ver minha família, amor! — Eu sei. Adam viu a bandeja farta e linda preparada para os dois e tratou de se levantar. Foi rapidamente ao banheiro para lavar o rosto e aquela visão de Adam nu era uma tentação para os olhos cobiçosos de Susan. Quando ele retornou colocou um short dando assim um pouco de sossego para a mente inquieta de Susan. Depois do café foram tomar banho juntos em meio a um clima de romance como sempre. Adam tinha promovido um funcionário antigo na empresa para um cargo de confiança, ele estaria cuidando de tudo até que ele e a mãe pudessem retornar a rotina normal da empresa. Arrumados e prontos para saírem, Adam abraçou Susan pela cintura a trazendo para junto do seu corpo. — Tanta coisa aconteceu para estarmos juntos! Eu nem acredito que um dia odiei você. Susan se emocionou ao se lembrar do primeiro encontro dos dois. Ela sentiu se tornando uma mulher ali, naquele encontro cheio de desejo e loucura. Fernand só teve o seu corpo indefeso. Adam atingiu a sua alma. — Foi lindo conhecê-lo, mesmo que de um modo torto e estranho. Você me salvou de um destino terrível. Adam a beijou emocionado por terem se encontrado e porque iriam se casar. Conversaram um pouco sobre a chegada dos parentes de Susan e de como os acomodariam. Os casamentos seriam na ilha de Adam. A casa imensa e cheia de conforto abrigaria perfeitamente os familiares de Susan e os poucos convidados para a cerimônia que seria bem discreta. Afinal eles ainda estavam atravessando o momento complicado da prisão de Fernand. Eles seguiram abraçados para onde encontraria a sua família. Susan avistou as gêmeas Luana e Mayara antes mesmo que elas a visse. Se soltou do abraço de Adam e correu para abraçar sua família. Adam riu do jeito emotivo da noiva. Todos estavam muito emocionados, se avaliando, reparando nas mudanças de cada um. Susan abraçou Diana a erguendo do chão. Ela estava tão linda! Nos cabelos que cresciam ela tinha colocado uma linda tiara com delicadas flores que a deixaram ainda mais bonita. Depois saiu abraçando a todos com lágrimas de emoção. Até que parece que alguém se lembrou do Adam e foram todos em direção a ele o cumprimentaram carinhosamente. — Meu Deus essa moça não parava de falar em vocês. Sejam bem-vindos ao meu país e à minha casa. Susan apresentou as gêmeas que Adam só conhecia por fotos. — Mamãe não pode mesmo vir Su! Vai defender a tese de doutorado dela e está uma pilha de nervos. Coitado do meu pai que vai ter que aguentar dona Rosana até essa bendita defesa de mestrado. Adam sorriu para as meninas e foi em direção aos pais de Susan e à Diana. Susan abraçou a mãe pela cintura a levando assim para o seu carro. — Que linda essa cidade, filha. É sério mesmo verdade que vocês vão se casar em uma ilha? — Ela estava encantada com aquela história que lhe soava muito romântica. Susan confirmou enquanto abria o carro. As primas e a Diana vieram com a Susan no carro. Os pais de Susan foram com o Adam. Seria muito emocionante ver a sua menina se casar com um homem maravilhoso como Adam. Susan estava muito feliz e colocou uma música brasileira para tocar, as gêmeas ficaram cantando e dançando ao som da música. Diana e a mãe ficaram cantando e batendo palmas. Era lindo estarem juntos novamente. Em uma pequena cidade dos arredores de San Francisco uma família estava em choque quando seu único filho abandonou a faculdade de Medicina para entrar na polícia. O que mais os chocava era o fato de o filho ter se inscrevido para ser um humilde carcereiro. Aron comemorou o fato de ter sido selecionado. Ele nunca esqueceu a sua noiva tão linda e jovem cheia de sonhos, lá jogada em um barril. Era uma coisa inaceitável que aquilo tivesse ocorrido com ela. A sua joia mais que perfeita. Tocou as suas alianças no cordão de ouro. Era o modo de ele nunca esquecer que o homem que destruiu todos os seus sonhos ainda respirava e vivia. Aquilo era injusto demais! Ele não descansaria até que a sua justiça fosse feita. Na prisão Fernand amargava a sua terrível solidão. No outro dia seria seu aniversário. Lembrou-se das lindas festas na mansão e deitou-se com o rosto virado para a parede. Ele precisou ser separado dos outros preso, pois corria risco de morte. Aron não dormiu. A adrenalina do que cometeria o deixava eufórico e um pouco assustado. O dia amanheceu lindo, lindo para um casamento e para um ato de justiça. Ou seria uma vingança? O apartamento de Susan parecia até uma passarela de moda. Ela chamou as maquiadoras da agência porque assim todas as mulheres estariam prontas no momento de irem para o casamento. Adam foi se arrumar na casa de Michel. Afinal Susan era supersticiosa e não queria que ele a visse antes do casamento. Briana não tinha essas crendices e adorou que Michel estivesse ao lado dela a acalmando. Só na hora mesmo em que a maquiadora chegou, ela o dispensou gentilmente com um beijinho. Assim que maquiagem estivesse pronta ela colocaria o seu lindo vestido e claro ela queria surpreender Michel naquele momento. Adam estava bem nervoso. Nunca pensou que ficaria assim no dia do seu casamento. Algum tempo depois, Briana surgiu deslumbrante na porta do quarto arrancando suspiros de Michel e Adam. — Meu Deus Adam, olha a minha noiva! Não é mesmo uma rainha? Briana sorriu para os dois. Estava belíssima mesmo. Tinha caprichado para aquela ocasião tão especial. Na casa de Adam todas as mulheres estavam prontas para irem para o casamento. Menos Susan que continuava trancada na suíte se arrumando. A Isabelle uma das maquiadoras que sempre foi gentil com ela foi a escolhida para a maquiá-la e a ajudar com o vestido e a grinalda. Susan sorriu para ela através do espelho quando ela terminou o trabalho. — Incrível! Você sempre supera todas as minhas expectativas. As duas estavam emocionadíssimas! Isa a abraçou com cuidado para não amassar o vestido, nem desmanchar o seu penteado. — Oh, Isa, como eu estou feliz, amiga! Isabelle sabia que se continuassem naquele clima, logo Susan estragaria a sua linda maquiagem! Achou melhor mudarem de assunto para que Susan se livrasse daquelas memórias nostálgicas e que tocavam fundo suas emoções. Todas as mulheres estavam prontas e ansiosas para verem a noiva. Alfred, claro, seria o padrinho de Susan, afinal se não fosse a valentia e coragem dele talvez o desfecho fosse outro. Fernand não seria preso tão facilmente se não houvesse tantos indícios que o apontavam no caso de Alfred. Na sua cela Fernand estava até animado. Era seu aniversário, e bem ou mal ainda estava vivo. Não era um religioso, claro. Mas temia o confronto da morte, de alguma maneira intuía que um dia aquela maldade que ele fazia com prazer, poderia ser cobrada. Temia o que encontraria do outro lado, quando partisse dessa para uma "pior". Cantarolou uma canção dos seus tempos de liberdade e deitou-se novamente. Precisou ser separado dos outros presos. Eles constantemente o agrediam e logo o matariam se não fosse tirado de lá. Aqueles párias se achavam melhores que ele. Assassinos iguais a ele. Mas pelo menos estava sozinho, o que era ótimo. A diferença entre eles era apenas o modo e os motivos pelos quais faziam as coisas. Ele não mataria uma pessoa se antes não pudesse se divertir muito com o terror que infligiria a ela. Por uns instantes veio à sua memória a bela e inocente virgem que estragou tudo bem no meio da brincadeira! Ainda era divertido lembrar da moça. Pensava com ódio na estúpida da Jennifer, uma inútil sem cérebro que não aguentou o primeiro tranco bem dado dos investigadores. O almoço chegou e o carcereiro que era um senhor de meia idade não se sentia nada feliz com os seus encontros com Fernand. Em alguns momentos do dia em suas escalas tinha que estar com o preso. Comunicou uma notícia, em um tom que era quase um murmúrio, como se estivesse falando consigo mesmo: — Estou saindo de férias, um novo carcereiro tomará o meu lugar à noite. Ele lhe trará o seu jantar. Fernand deu de ombros e respondeu grosseiramente: — Espero que ele seja menos antipático! É meu aniversário hoje sabia? — Falou como se aquilo fosse a notícia mais importante do dia. O homem deixou a comida e se retirou sem responder nada. Não valia à pena. Fernand abriu a sua marmita, nenhuma novidade como sempre. Comeu contra à vontade. Era o pior momento ali naquela cadeia. Ele, um homem refinado e de gostos caros ter que passar o resto dos seus dias comendo aquela comida! Depois deitou-se e ficou relembrando os momentos felizes que teve na vida. As chances que teve e não soube aproveitar. Na verdade, aquele Fernand bondoso e engraçado que conquistou Briana nunca existiu. Ele sempre quisera viver aquela vida de poder e crimes. O dinheiro só o ajudou a aflorar o que de pior havia nele. Fechou os olhos e tentou dormir para o tempo passar mais rápido, não conseguiu. As lembranças dos seus aniversários regados à champanhe eram intensas em sua mente. Estava entardecendo e Susan estava magnifica em seu vestido de noiva, Isa deu os últimos retoques no penteado. Segurou as mãos de Susan entre as suas e ficou contemplando aquela noiva linda e as lágrimas ameaçaram cair. Susan também estava muito emocionada. — Oh, Isa você é mesmo maravilhosa! Ainda ficou um tempo se olhando no espelho, encantada. Adam estava lá fora. Havia levado Briana, Nicholas e Alfred até a casa dele. Eles iriam no helicóptero que Adam havia adquirido e que era usado para pequenas viagens pelas cidades das redondezas. As mulheres estavam prontas e em polvorosas loucas para ver a noiva. Adam não gostou nada daquela história de não ver Susan. Mas tinha que respeitar as tradições da sua noiva. Michel sorriu de canto quando desceu do carro para ir junto com Briana à casa de Adam. — Vou ali acompanhar minha noivinha. Me espere aqui só um pouquinho? — Tá. Mas não vai demorar viu? — Não demoro. Nicholas olhou para Briana e sorriu. Aqueles dois eram como irmãos. Era uma amizade muito bonita. No momento em que Briana tocou a campainha Diana correu para abrir. Susan surgiu na sala e Briana parou por uns segundos ainda na porta contemplando aquela visão maravilhosa dela vestida com o seu lindo e romântico vestido de noiva. Karina se aproximou dela e não conseguiu conter o choro. A sua filhinha era uma mulher e estava prestes a se casar. — Filha você está deslumbrante! Michel imaginou a cara do amigo quando visse Susan indo ao seu encontro assim, linda e esplendorosa. Todas as garotas ficaram batendo palmas e rindo entre emocionadas e tentando conter o choro. Diana se aproximou dela e tocou as suas mãos em um carinho gentil. — Está uma linda princesa de contos de fada, maninha! Michel se despediu de todos e desceu para ir ao encontro de Adam. Rodrigo foi caminhando lentamente em direção à Susan e se juntou à Karina. Julia pegou Diana pela mão e cochichou algo no ouvido dela. Que assentiu e a seguiu para o quarto em que os pais estavam ocupando. — Esse é um momento só deles filha! Estão casando uma filha muito querida e especial. — Eu sei. Quando eu for me casar quero um vestido assim: lindo igual ao de uma princesa! Julia riu da animação da garota. — Calma aí, mocinha! Isso ainda vai demorar muitos anos. As duas ficaram ainda discutindo sobre festa e roupas. Rodrigo e Karina estavam em lágrimas. Ele esteve tão distante da sua filha nos momentos em que ela mais precisava de um pai. Susan fez um sinal para que o pai se aproximasse também. Colocou as suas mãos sobre as deles e sentenciou: — Somos uma família que por um momento a vida separou, mas saibam que eu tenho muito orgulho de vocês. Eles balançaram a cabeça assentindo. — Você pai, por ter cuidado da minha mãe quando eu não estava perto dela. — Ela prosseguiu emocionada. — E você mamãe, porque é corajosa, forte e conseguiu mudar a sua vida! Oh, eu tenho os melhores pais do mundo! Os abraçou muito emocionada. Briana foi onde Susan estava. Precisava falar com ela e apresentar Nicholas para o resto da família. Depois de dar um abraço em Susan ela apresentou-o para a família de Susan. Os olhares de Karina e Nicholas se cruzaram por um instante. Ela desviou o olhar. Ainda tinha medo do amor. Nicholas estava muito encantado com a bela e tímida Karina. Forçou um contato visual mais uma vez e sorriu para ela que retribuiu o sorriso. Todos se encaminhavam para a saída e Nicholas foi ao encontro de Karina. — Logo estaremos juntos novamente, então conversaremos melhor. Karina enrubesceu. Ele estava tão próximo. Ela podia sentir a deliciosa fragrância que o envolvia. Os seus olhos a fitavam a espera de uma resposta. — Sim! Claro. Vou adorar a sua companhia. Ele a viu se afastar, o sorriso bobo que tinha no rosto fez Briana reprimir um sorriso. Pelo jeito aquele belo homem entraria de vez para a família de Adam e Susan. Quando percebeu que todos o olhavam disfarçou o sorriso bobo, perguntando que horas iriam. Briana o avisou que sairiam dentro de meia hora para que desse tempo de os convidados estarem lá quando fizessem a chegada triunfal. O micro-ônibus levou todos até o iate, lá havia alguns poucos convidados que se juntaram a eles em direção ao curto percurso que os levaria até a ilha. Em um táxi que saiu meia hora depois as noivas, Diana, o pai, Nicholas e Alfred que estava bem calado indo em direção ao local em que embarcariam. Iriam pegar o helicóptero que os deixariam na ilha um pouco depois de os convidados chegarem. Era uma emoção muito grande para Alfred ser padrinho do casamento de Adam e Susan. Na ilha os convidados aguardavam ansiosos a chegada das noivas. Tudo tinha sido preparado com muito cuidado para aquela cerimônia. O altar diante do mar era ornado com lindas flores. O helicóptero surgiu no céu, começou a sobrevoar sobre os convidados. Logo uma chuva de delicadas pétalas de rosa começou a cair sobre eles. O helicóptero pousou e as noivas se colocaram lado a lado com os seus pares. Diana pegou a sua cestinha de alianças e saiu graciosamente abrindo o caminho para as noivas. Susan começou lentamente a se encaminhar para o altar onde Adam a esperava. Alfred saiu discreta e rapidamente e tomou o seu lugar de padrinho no altar. Na prisão Fernand aguardava impaciente pelo seu jantar, não que estivesse com fome. Precisava ver um rosto, ouvir uma voz humana. Finalmente o carcereiro novo chegou com o seu jantar. Era jovem e Fernand puxou conversa. — É meu aniversário hoje. Mas nessa cadeia os dias são sempre iguais. A droga dessa comida também! — Esbravejou perdendo o controle diante do silêncio do carcereiro. — Eu acho que resolveram lhe fazer um agrado de aniversário senhor Fernand. O cheiro dessa comida está maravilhoso! — O homem sorriu quase que com amabilidade para Fernand. Entregou a comida para ele e o ficou observando. Permaneceu do lado de fora esperando Fernand degustar a deliciosa comida "especial", de aniversário. O aroma bom da comida subiu até as narinas de Fernand. — Uau, uma deliciosa moqueca de baiacu! Minha comida predileta. — Hum... essa parece que está especial. — O carcereiro sorriu com amabilidade para o preso. Continuou observando o homem se deliciando com a comida que tinha um tempero "muito especial!” Naquele momento Susan estava chegando ao altar. Adam a esperava radiante. A cerimônia se iniciou. Os casais disseram o sim quando o sol se pôs dando lugar a uma linda e perfeita lua cheia. Eles se beijaram sob o olhar emocionado de uma pequena plateia de amigos, parentes e admiradores. Na prisão Fernand começou a perceber que tinha algo estranho acontecendo. Sua boca e a sua língua começavam a adormecer e o seu ar começava a faltar. Logo tentou pedir ajuda para o simpático carcereiro, mas a sua voz já não saia. O carcereiro olhava impassível o vendo morrer ali na frente dele. O jovem carcereiro sabia que o homem ainda sofreria um pouco, mas desistiu de assistir. Entrou na cela e pegou a marmita que Fernand tinha colocado na mesinha ao lado da cama. A escondeu a sob o seu grosso sobretudo e colocou a comida do presídio sobre a mesa. Ao sair tocou as alianças que havia no cordão. Não era justo a sua princesa ser jogada num barril de ácidos e o demônio que a destruiu continuar vivendo. Foi uma manobra arriscadíssima, trocar a comida envenenada. Aprender sobre como disfarçar o sabor do fel do baiacu com ervas e temperos próprios. Sentiu-se se um pouco mais leve. Não sabia definir se o que havia feito era um ato de justiça, vingança ou de amor. Não importava. Ele se sentia livre do imenso peso que destroçava o seu coração. Pela manhã o outro carcereiro encontraria o homem sem vida e sem indícios de violência. Era bem comum aquilo acontecer ali: Infartos no meio da noite, sem aviso ou alarde. Ele permaneceria naquele trabalho por mais um tempo e depois voltaria para o seu curso, aquilo não era vida para ele, não! Nicholas ficou observando Karina de longe. Chegou a hora de as noivas lançarem os buquês e todas as mulheres solteiras se colocaram na posição. Diana puxou a Karina para pegar também. Karina estava se sentindo uma adolescente romântica lutando por um buquê. No fim, ela saiu mesmo uma das vitoriosas com o seu belo troféu em mãos. Percebeu que Nicholas olhava para ela com um sorrisinho maroto nos lábios. — A sortuda da vez! — Aproximou-se dela e a convidou para dançar. Já que uma bela música romântica os estava o convidando a dançar. Susan olhou os dois dançando e sorriu para Adam. — Viu? As superstições nunca falham! — Você não acha que está sendo muito apressadinha? — Não acho. Ele tem aquele mesmo olhar que você tinha quando nos conhecemos e isso é batata. Acaba em casamento sempre! — Fez uma cara bem safada o provocando. — Vamos dançar? — Adam a convidou enlaçando-a pela cintura. Susan se deixou levar pelo toque firme das suas mãos na sua cintura. Depois bem tarde a festa ainda estava bem animada. Adam puxou Susan para perto do rosto dele e cochichou no ouvido dela: — Festa boa, né? — Uhum. — Susan concordou sentindo um arrepio quando Adam discretamente enfiou a pontinha da língua na sua orelha. — Mas você sabe o tipo de festa que me agradaria muito agora, né? Susan virou-se e buscou os seus lábios em um beijo, confirmando para ele que sentia a mesma vontade. Briana veio se juntar aos dois com o marido. — E essa festa hein, Adam? Acho que só vai acabar ao amanhecer. — Michel constatou pelo modo em que todos ainda dançavam, bebiam e comiam animadamente. Como tinham imaginado a festa foi até o nascer do sol. Susan olhou o sol surgindo no horizonte sobre o mar calmo e chorou de gratidão por tudo que a vida o havia dado. Todos estavam indo em direção ao ancoradouro. Susan foi até a mãe que estava agora sempre acompanhada de Nicholas e a abraçou. Adam sorriu para Nicholas de um modo cúmplice. Sabia da solidão do amigo e torcia para que ele e Karina se acertassem. Briana abraçou o seu charmoso sogro e Michel se despediu dele também com um abraço. Alfred se despediu ainda emocionado com o lindo casamento dos patrões. Os casais começaram a se dirigir para dentro da casa após a emocionada despedida. Adam viu a mãe entre beijinhos discretos com Michel se encaminhando para a suíte de núpcias dos dois. Ouviu Michel dizer para Briana enquanto a erguia no colo: — A noiva tem que ser carregada pelo noivo, minha querida esposinha! — Eu acho ótima essa tradição, maridinho. — O imitou fazendo-o rir e quase se desequilibrar. Adam sorriu e pegou Susan no colo também. Entrou na suíte e empurrou a porta com o pé. A colocou suavemente sobre a cama e sussurrou enquanto retirava o seu véu e descendo suas mãos para os botões do vestido dela: — Agora que a melhor festa da sua vida vai começar, esposinha! — Falou de um modo cômico imitando o padrasto. — Ai, marido, eu tenho certeza de que será. Adam começou a tirar o vestido da esposa e sentia que uma vida linda os esperava. Ele era um homem realizado ao lado daquela linda mulher. Susan e Adam foram passar a lua de mel na romântica Punta Cana. Briana e Michel escolheram o Brasil e aproveitaram para ir em companhia da família de Susan. Óbvio que Nicholas seguiu com eles, pois tinha sido enfeitiçado por uma linda e tímida brasileira. Karina evidentemente não deixaria Nicholas se hospedar em hotel. Aproveitou os poucos dias que lhe restavam da licença que obteve no trabalho para mostrar a Nicholas as belezas do Rio de Janeiro. A proximidade estava criando laços afetivos profundos na relação dos dois.
(...)
Punta Cana
Adam olhou por uns instantes a sua bela esposa se
vestindo para o jantar romântico que teriam naquela noite. Era a sua despedida daquele pedacinho de paraíso.
Susan sorriu para ele através do espelho.
Eles já estavam prontos para o jantar que aconteceria, mais tarde ao anoitecer. Ele estava tão lindo e elegante! — Adam — ela falou virando-se para ele — estou tão feliz! Adam aproximou-se dela e a abraçou. — Eu também. A beijou emocionado e encantado por aquela garota que parecia ser tão frágil e no entanto se mostrou uma mulher forte, decidida e cheia de amor e cumplicidade. Tinham curtido muito aquele lugar, fizeram vários passeios românticos. Mas, na última noite queriam ficar sozinhos, Adam não se cansava de inventar passeios. Naquela tarde não foi diferente. Parecia que ele até tinha inventado mais passeios naquele dia. Os planos dos dois era jantar na varanda contemplando o mar e a lua. Depois é claro que teriam sua festinha especial de despedida. Chegaram à suíte e Adam ficou namorando Susan e aguardando o jantar. Os funcionários discretíssimos levaram o jantar que foi servido na varanda, Adam os dispensou e carregou Susan em um abraço, colado ao seu corpo a fazendo se arrepiar ao seu contato. Ele a sentou delicadamente à mesa e antes de se sentar a beijou apaixonadamente. O champanhe repousava no balde sobre a mesa. Começaram a jantar em meio a um clima apaixonado de antecipação por tudo que os esperavam naquela linda noite de amor. Terminaram de jantar. Adam abriu o champanhe, serviu a taça de Susan e depois encheu a sua e a trouxe para o seu colo a convidando para fazerem um brinde. — A que brindaremos, minha princesa? — Ele perguntou bem emocionado, acariciando o rosto dela. — Ao nosso amor, à linda família que eu sei que formaremos e à vida que tem sido muito boa conosco. Brindaram e ficaram um tempo bebendo o champanhe que já os estava deixando soltinhos e cheios de más intenções. Susan podia sentir o membro de Adam rijo, roçando o seu bumbum e o vestido naquela hora já tinham subido bastante deixando boa parte das suas coxas livres. Adam deslizou suas mãos pelas pernas de Susan enquanto colocava a sua taça sobre a mesa. Pegou a dela e depois de colocá-la sobre a mesa puxou o rosto dela delicadamente para si e a beijou com intensidade e paixão. Sua mão subiu um pouco mais para as coxas dela. Depois foi para a calcinha que tinha um fechamento em laço. A despiu da calcinha. A despiu do vestido lentamente apreciando a pele macia de Susan ao seu toque. A nudez dela o deixou louco de desejo. Se despiu da sua própria roupa e a pegou no colo. — Essa noite merece uma despedida à altura de uma princesa! A foi levando no colo dando beijinhos em seus lábios. Abriu a porta e Susan viu que a suíte tinha sido decorada para a ocasião. Lembrou-se então de Adam inventando passeios naquela tarde e de como fez questão que ela já fosse vestida com a roupa do jantar. Ao entrar no quarto Susan não podia acreditar que Adam tinha planejado tudo aquilo. A suíte estava lindamente decorada para uma noite de amor e prazer. Uma música sexy enchia o ambiente. — Ai, Adam, como você é romântico! Ela o beijou quando ele a colocou na cama aproveitando para pressionar o seu corpo másculo sobre o dela. O beijo estava cada vez mais intenso e erótico. Adam acariciava os seios dela de um modo que a deixava muito excitada. Continuou a beijá-la. Ela esfregou sua bocetinha no pau dele enquanto o beijo dele descia pelo seu pescoço se dirigindo aos seios. — Oh, Adam! — Ela gemeu quando a língua quente de Adam começou a lamber o seu mamilo, rijo pela excitação que ele provocava nela. Adam desceu beijando o seu corpo, enlouquecendo de tesão ouvindo os gemidos de Susan. Se posicionou no meio das pernas dela a ouvindo gemer de excitação e desejo pelo que viria a seguir. Adam começou explorar a bocetinha de Susan, que erguia o quadril para que ele a penetrasse mais fundo. Suas mãos guiavam a cabeça dele nos pontos que a deixavam mais enlouquecida de prazer. — Oh, Adam, amor que delícia! Susan não suportava mais a imensa carga de tesão que Adam lhe proporcionava. O puxou sobre ela e pediu: — Me fode gostoso agora amor! — Sim, amor! Adam a puxou em um beijo quente e lascivo. Ela estava pronta para ele. Começou a penetrá-la com cuidado e carinho. Ela se movimentou sob ele lhe dando o comando de que estava confortável. Adam começou a estocar de modo lento apenas para ouvi-la gritar por mais e vê-la rebolar alucinada no seu pau para tê-lo todinho enterrado na sua bocetinha apertadinha. — Adam, amor, assim. Ah, não para, não! — Não vou parar! Suas estocadas cada vez mais fortes faziam Susan se agarrar às suas costas o arranhando com suas longas unhas pintadas em um vermelho vivo. Adam estava no seu limite. Sentiu Susan estremecer e não pronunciava palavra alguma, só gemia. Então ele gozou com ela. Susan sentiu os espasmos dele anunciando o seu gozo e o beijou até que o corpo dos dois relaxou com ele ainda dentro dela. Ele ainda ficou ali acariciando seu rosto e o seu cabelo contemplando a beleza incrível de uma garota totalmente apaixonada e feliz. Rolou para o lado e segurou a mão dela. Pensou na mãe no Brasil com o marido. Lembrou de Karina com o pai de Michel. Hospedado na casa dela, ele teria a oportunidade de uma proximidade maior e de conquistar a confiança dela. — Sua mãe e Nicholas, hein, amor? — Ela está muito impressionada com ele. Eles passeiam, conversam bastante e... — Ela fez uma pausa para aguçar a curiosidade dele. — E? — Ainda não rolou algo mais íntimo. Mas o beijo! Ela me confidenciou que eles se beijaram e o beijo foi tão bom que ela quase perdeu a noção de tudo. Adam sorriu. Nicholas era um cavalheiro, nunca a forçaria a fazer algo que ela não estivesse pronta. Estavam cansados das atividades do dia. Adam a abraçou Susan que que ainda pensava na mãe. Ela merecia muito um novo amor!
(...)
Brasil
Briana e Michel estavam de malas prontas para sair de
Salvador e irem para o Rio onde encontrariam Nicholas quando seguiriam viagem de volta para casa. Seria a última noite deles no Brasil. Briana queria jantar na suíte mesmo e aproveitar as últimas horas amando Michel. No entanto Michel parecia estar muito animado para ver a noite da bela cidade de Salvador. — Vamos sim. — Ela finalmente concordou. Quando chegaram ao restaurante Briana foi surpreendida com a música deles tocada ao violino e uma mesa romântica preparada para os dois. Michel sem se importar com os olhares curiosos a tomou em seus braços e dançou com ela, uma dança graciosa e que encantou aos outros clientes do restaurante. Ao final da música foram aplaudidos e uma jovem funcionária entregou flores para Briana, que chorava emocionada. — Oh, Michel, que lindo! Você é tão surpreendente. Eu te amo, meu amor. Jantaram em um clima de romance e o vinho já os estava deixando bem animadinhos. Michel a convidou para subirem para a suíte. Quando estavam saindo, algumas mulheres não conseguiam disfarçar os olhares sobre Michel. Algumas suspiravam: — Ai, ai queria uma assim pra mim! A amiga concordou: — Até eu, amiga. Até eu! Alheios ao que acontecia ao redor deles, o casal subiu para a suíte para a sua última noite de amor em terras brasileiras.
(...)
Rio de Janeiro
Karina e Nicholas foram jantar e dançar para se
despedirem da última noite dele no Brasil. Foi um jantar muito emocionante. Quando foram dançar, as músicas eram românticas e Karina se sentia leve bailando em seus braços. Então ele a beijou, um beijo calmo e comedido, mas que acendeu nela o desejo de estar a sós com ele. — Vamos para casa, Nicholas? — Ela pediu. — Não está gostando? — Ele a questionou preocupado. — Muito! Mas quero ficar um pouco com você, sem plateia. Ele sorriu. Karina era dura na queda. Ele ainda dormia no quarto de hóspedes. Mas a sintonia que tinham era incrível. Ele não tinha pressa. Quando acontecesse seria inesquecível.
Voltaram para a casa dela.
Quando entraram, ela o beijou apaixonadamente. O pegou pela mão e o guiou para a sua suíte. Continuou a beijá-lo com intensidade e desejo. A voz rouca dele na orelha dela indagava: — Tem certeza de que é isso que quer? — Sim. Ele começou a despi-la com cuidado. Queria que fosse um momento mágico para os dois. Karina nunca mais tinha se envolvido com um homem depois de Rodrigo. De repente ficou tímida. Ele a abraçou ternamente. — Pode ficar calma, eu serei cuidadoso. A empurrou docemente para a cama e a beijou. Ele desceu beijando o corpo de Karina que se arrepiava com o toque quente da boca de Nicholas. Já sabia o gosto daquela boca, os beijos dele a faziam flutuar. Mas aquilo que estava acontecendo era uma explosão de prazer que ela não se lembrava de ter sentido um dia. — Nicholas! — Ela gemeu quando ele se aproximou do meio das suas pernas e começou a chupá-la. Karina queria-o dentro dela, mas Nicholas se manteve ali arrancando gemidos de uma Karina totalmente rendida ao prazer que ele sabia lhe proporcionar com aquela língua fantástica. Ela tocou o pau dele, que estava duro e pediu: — Vem! Nicholas subiu lentamente beijando o corpo dela. Karina pegou o preservativo e com as mãos um pouco trêmulas colocou-o nele. Ele a colocou de quatro sobre a cama, penetrou-a com o dedo sentindo que ela estava pronta para ele. Acariciou a cintura dela enquanto se posicionava atrás dela. Começou a penetrá-la devagar. Queria que ela tivesse as melhores sensações com ele. Logo a tímida Karina se revelou um mulherão, rebolando no pau dele o fazendo enterrar-se todo nela. Ela gozou e ele a deitou e continuou dentro dela, a puxando em um beijo. Então depois de se certificar que ela estava confortável continuou, pode sentir que ela iria gozar novamente. Os gemidos dela o levaram a loucura e o fez ter um orgasmo lindo junto com ela. Depois ele a abraçou emocionado. Claro, que nos anos de viuvez não ficou sem ter outras mulheres, mas sempre fora algo puramente físico. Com Karina foi lindo e mágico. Ele estava apaixonado! Um novo dia amanheceu, tudo voltaria a rotina. Karina acordou antes de Nicholas. Foi preparar o café da manhã e imaginou o quanto aquela casa ficaria imensa sem o ele ali. Quase sem se dar conta, as lágrimas começaram a molhar o seu rosto. Foi tudo intenso demais. Ele iria fazer muita falta. Disfarçou o choro e foi até o quarto. Nicholas percebeu que Karina havia chorado quando ela entrou. — Ka, vem aqui. — A chamou indicando para ela se sentar no seu colo. Acariciou os cabelos dela e o rosto. — Não vamos terminar essa história hoje. Nossa história só está começando. Nos veremos muito antes do que você imagina. Karina acreditava nele. Tinha algo no olhar dele que lhe dizia que os sentimentos dele eram verdadeiros. Depois do café passaram na casa de Rodrigo para que fossem ao aeroporto despedir-se de Briana e Michel. Todos se dirigiram para o aeroporto e logo avistaram Briana e Michel que os esperavam. Aproximaram-se e ficaram conversando até chegar o momento do voo. Julia percebeu logo que Karina e Nicholas eram um casal. Ficou feliz pela amiga. Rodrigo se percebeu não deu a entender. Diana foi logo dar um abraço em Briana que ela adorava. — Vou sentir muita saudade. Quando chegar lá dá um abraço bem grandão na Susan e no Adam. — Pode deixar, eu dou sim. E nas férias vocês estão convidados para irem nos visitar. Diana sentiu seus olhos marejarem. Iria sentir muita saudade de Briana e Michel. Nos primeiros dias os dois se hospedaram na casa de Rodrigo o que fez com que a proximidade trouxesse uma forte ligação entre eles. Karina abraçou Nicholas na hora da partida e não conseguiu segurar as lágrimas. Ele enxugou delicadamente as suas lágrimas com o polegar traçando um desenho imaginário nos lábios dela e a beijou em seguida. — Não chore querida, estaremos juntos muito antes do que você imagina. A beijou apaixonadamente esquecido de tudo à sua volta. Se separaram lentamente e chegou o momento de eles irem para o avião. Quando o avião decolou Karina ainda chorava. Diana foi até ela e a abraçou. Ela também chorava. Rodrigo e Julia as deixou naquele abraço bom. Depois de um tempo as chamaram. — Vamos queridas. Elas olharam em direção aos dois e os seguiram. Karina que tinha ido com o carro dela e se despediu de Diana e dos pais da menina. Entrou no seu carro e por um momento ainda podia sentir o beijo de Nicholas na despedida. Lembrou-se da promessa dele e desejou muito que ele a cumprisse. Estava apaixonada! Num avião Susan se recostou no ombro de Adam a lua de mel tinha sido maravilhosa, mas ela estava feliz de voltar para casa. Fechou os olhos e por um momento lembrou-se de como Adam era um homem especial e agradeceu por terem se encontrado. Sorriu lembrando-se do primeiro encontro onde os dois se renderam aos sentimentos que não podiam mais esconder. — Que foi? — Adam perguntou observando-a sorrindo de olhos fechados. — Nada. Só estava recordando coisas sobre nós. Adam a beijou. Era emocionante saber que aquela garota linda e altruísta era sua esposa agora. Ela que veio de outro país para o encontrar. Como se aquilo já estivesse escrito em algum lugar. Vai ver estava mesmo! Dez anos depois
Susan foi uma famosa e talentosa modelo, escreveu
um livro sob um pseudônimo em que contava a luta de uma brasileira íntegra e sonhadora e que se deparou com a pior coisa na vida de uma garota: O tráfico humano de mulheres com fins de prostituição. O livro rapidamente se tornou um best seller. Ela amava a sua profissão, mas queria formar sua família e ter filhos. Então resolveu dar um novo rumo para a sua carreira. Briana a nomeou vice-presidente e a dupla Susan e Adam era imbatível nos negócios. Havia alguns meses que Susan e Adam estavam tentando, mas tentando muito fazer o seu primeiro filho. Aquela dificuldade que vocês já conhecem que eles têm para fazer essas coisas. Susan acordou indisposta e enjoada. Não queria nem sair da cama. — Amor hoje é o dia em que você tem que selecionar as modelos da nova temporada. — Adam tentava animá-la. Era tarefa que ele sempre necessitava da presença dela. — Tá. Vou tomar um banho e ver se melhoro. — Ela falou com uma voz um pouco arrastada o que preocupou mais ainda Adam. Quando ela se levantou uma ligeira tontura a fez sentar-se novamente. Quando Adam a segurou viu que ele estava suando frio. — Vou te levar para o banheiro para tomar um banho e depois a levo ao hospital! Ele a abraçou e a levou para o banheiro. Tirou o robe dela e ela se desvencilhou rapidamente dele e encurvou sobre a pia, com ânsia de vômito. Ele a segurou pela cintura. Depois de uns minutos ela tentou escovar os dentes voltando a ter enjoos. Lavou rapidamente a boca e Adam tirou o short e entrou com ela no chuveiro. Ela estava pálida. Adam a tirou do banho e a secou, se enxugando em seguida. Sempre de olho nela. Dentro deles havia aquela expectativa de que finalmente ela estivesse grávida, mas outras vezes eles acharam que ela estava grávida e era alarme falso. Adam a carregou até a cama, sob os protestos dela que afirmava estar bem. Adam a ajudou a se vestir e se vestiu também. Ligou para a empresa e avisou que chegaria mais tarde e que suspendessem a seleção das modelos naquela manhã. Depois ele explicaria tudo. Ligou para Briana e pediu conselhos. Susan pediu para falar com ela. A mãe estava casada com Nicholas há alguns anos e moravam em uma cidade próxima, mas estavam em uma viagem para a Grécia. Depois de ser tranquilizada por Briana ela ligou para a ginecologista que mandou que ela fosse ao encontro dela o mais rápido possível. Adam foi abraçado com ela para o carro. No elevador subindo para o consultório da doutora Emma Flyn, que acompanhava Susan desde que ela se mudou para a casa de Adam, ele observou Susan. Ela ainda estava pálida. A doutora que sabia do plano de Susan de engravidar a recebeu muito feliz. No decorrer da conversa com Susan sobre os seus sintomas, ela tinha quase certeza de que daquela vez a chegada do herdeiro ou herdeira era certa. Fez os exames físicos de praxe e pediu um exame de sangue para o teste de gravidez. — Façam aqui mesmo no laboratório no prédio, vai demorar algumas horas para sair o resultado. Você a leva para casa e a coloca para repousar. Quando o resultado sair, você o acesse no site e seja qual for traga a Susan aqui amanhã. Adam levantou-se para ajudar Susan. A doutora a cumprimentou tranquilizando-a. — Fique calma, vai ficar tudo bem, querida. Susan sorriu para ela. Adam não podia deixar Susan em casa só com a empregada e tinha reuniões importantes naquela manhã. Susan colheu o sangue para o exame e ele já estava de posse da senha para entrar no site. Ele conversou com ela e explicou que se sentiria mais tranquilo se ela ficasse com Briana. Susan concordou. Briana estava sozinha em casa, já que Michel já tinha ido para a empresa. Ficou feliz de ter a companhia de Susan. Adam foi para o trabalho e deixou Susan com a mãe. Os dois tinham a senha do site para saber o resultado do exame. Ele estava ansioso para saber se iria mesmo ser papai daquela vez. Susan dormiu na cama de Briana. Ela andava sentindo muito sono nos últimos dias. Depois das reuniões Adam abriu o site bem esperançoso. Quando colocou a senha para acessar o exame seu coração batia forte. Tomara que fosse uma gravidez. Não queria que Susan estivesse doente! Ele leu o resultado e as lágrimas desceram pelo seu rosto. — Pai! Eu vou ser pai! — Comemorou emocionado. Imprimiu o resultado, colocou num envelope. Saiu apressadamente e avisou a secretária para não marcar nenhum compromisso para ele. Ele não voltaria à tarde. Foi direto ao encontro de Susan. Quando chegou lá ela ainda estava dormindo. Briana viu que ele tinha chorado. — Aconteceu alguma coisa, filho? — Aconteceu! Tem uma coroa que vai ser vovó. — Ele falou rindo e chorando ao mesmo tempo. Entregou o resultado para ela ler. Depois foi para o quarto atrás de Susan. A acordou mansamente, mexendo nos cabelos dela. Ela ainda assim acordou um pouco assustada. — Você não precisava estar na empresa? Aconteceu alguma coisa? — Sim! — Adam já estava chorando quando pegou a mão dela entre as suas. — O quê? Fala! Susan se sentou na cama. — O nosso bebê... — Ele acariciou a barriga dela — está aqui! Susan o abraçou chorando e Briana veio se juntar aos dois. — Vamos para casa! Hoje eu sou todo seu meu amor. Quando eles estavam saindo, Briana pediu que se precisassem de alguma coisa ligassem para ela. Susan saiu depois de abraçá-la, emocionada. Três meses depois Susan estava com Karina no consultório da médica para saber o sexo do bebê. Ela não foi com o Adam porque iria fazer o chá de revelação para contar para ele. Briana já estava cuidando de tudo e à tarde Susan iria para a casa dela, forçando assim a ida dele até lá. Karina segurou a mão dela quando o exame começou. — Então doutora, dá para saber o sexo do meu bebê? A doutora riu e falou calmamente. — Claro, Susan. Dá para ver o sexo dos seus bebês... Susan a interrompeu: — Como assim bebês, doutora? — Você está grávida de gêmeos, querida! É um casal. — Tem caso de gêmeos na sua família? — A doutora indagou enquanto Karina caia no choro. — Na do Adam, sim. — Susan falou murchando a sua alegria ao se lembrar do caso de Briana. A doutora percebeu a e perguntou por que ela ficou triste. — Os irmãos do meu marido, os gêmeos, morreram ainda bebês! — Susan falou e não conseguiu segurar as lágrimas. A doutora passa uns bons minutos explicando que não era porque aconteceu com a mãe do Adam que iria acontecer com ela. E que medicina estava muito avançada. Karina apertou a mão da filha para lhe dar forças. A olhou com carinho e disse: — Eu estarei ao seu lado meu amor! Susan tinha terminado o exame. Então estavam se preparando para irem embora quando Briana ligou eufórica querendo saber o que era o bebê. — Eu vou te contar quando chegar aí. Briana não entendeu o mistério, mas não insistiu. Quando chegaram na casa de Briana, Susan a abraçou chorando. — Estou grávida de gêmeos, Briana! Uma menina e um menino. Briana acenou para Karina que respondeu ao aceno. — Filha, isso é lindo! Estaremos aqui para ajudá-la no que for preciso, não é Karina? — Claro! Susan passou em casa com a Karina para pegar a roupa que vestiria à tarde quando fossem fazer chá de revelação do sexo dos bebês. Karina a levou para a casa de Briana. E foi para a sua casa. Quando chegou em casa, ligou para Nicholas, que tinha resolvido investir na empresa do Michel e o ajudava diretamente nos negócios da empresa. — Amor, a Susan está um pouco amuadinha por causa da gravidez, eu vou passar o dia com ela na casa da Briana. Pode me encontrar lá à tarde? Nicholas concordou. Karina foi ao encontro de Susan na casa de Briana. Ela e Michel eram muito próximos. O filho sempre torceu para o pai encontrar um amor. Briana, Susan e Karina prepararam tudo, o bolo nas cores rosa azul seria a charada para Adam adivinhar o sexo dos bebês. Quando Adam chegou com Michel viu a casa toda enfeitada com bolas rosas e azuis Alguns convidados estavam esperando a chegada do ilustre papai. Uma música suave enchia o ambiente. Adami procurou Susan com um olhar pela sala e a viu no sofá com as suas duas mães, como ele brincava com ela. Karina levantou-se e foi dar um abraço em Nicholas. Cumprimentou o genro que já se dirigia para junto de Susan. — Os seus segredinhos com a minha mãe, hein! Estou morrendo de curiosidade para saber sobre o nosso bebê, amor! Susan o puxou para junto dela e Briana ria da afobação do filho. Michel chegou um pouco depois, indo logo dar um beijo em Briana. — Que festa linda, amor! — Ele falou em um tom animado. Ele estava todo bobo com a história de ser avô de gêmeos e teve que se segurar para não acabar entregando a surpresa sem querer para o Adam. Algumas amigas e amigos íntimos da família começaram a chegar. Susan ficou com saudade da família no Brasil. Gravou um vídeo mostrando a festa. Enviou e logo ligou em chamada de vídeo para o pai. — Pai, está um pouco tarde aí no Brasil, mas eu queria que o senhor visse como ficou linda a festa! Amanhã mando mais vídeos. — Susan estava emocionada. — Estou sem palavras, filha. Queria estar aí com você! — A voz dele estava embargada pelo choro. — Eu sei, pai. — O Adam não sabe ainda que é um casalzinho? — Não sabe! Escondi até agora. — Filha, eu te amo muito. Tenho orgulho da pessoa incrível que você se tornou apesar de tantos problemas. Susan não conseguiu segurar as lágrimas. — Eu te amo pai, muito, muito mesmo! Susan precisou desligar, pois Briana a chamava para o ponto alto da festa. Susan foi até a mesa do bolo revelação e pediu Adam que cortasse uma fatia na cor que ele acreditava ser a que simbolizava o sexo do bebê. Adam hesitou um pouco. Tinha a possibilidade de ser um casal, mas nem sempre isso acontecia com gêmeos. Fechou os olhos e se imaginou rolando na grama de um lindo jardim com seus garotos ou brincando na sua ilha fazendo um lindo castelo de areia para as suas lindas filhas. Abriu os olhos e cortou uma fatia da cor azul. Susan riu e anunciou: — Errou e não tem segunda chance! Pegou a mão dele que segurava a faca de bolo e cortou uma fatia com as duas cores. Todos bateram palmas com aquela linda revelação. Adam abraçou Susan e depois saiu rodopiando com ela ao som da linda música que embalava os sonhos deles desde que se conheceram. Meses depois Susan teve os seus bebês que eram paparicados pelas duas avós babonas. O pai esperava as férias de Diana para ir conhecer os netos tão queridos. Susan tinha babás para a ajudar com os bebês, mas era muito difícil na hora de se desgrudar deles à noite. Ela se remexeu na cama se desgrudando do abraço de Adam o fazendo acordar. — O que foi amor? — Ele perguntou ainda sonolento. — Nada. Vou ali e já volto. Bateu na porta antes de entrar. Sofia, uma babá brasileira muito doce, sorriu para ela. Aquelas visitas eram bem comuns na madrugada. Os bebês dormiam tranquilamente em seus bercinhos, Susan sussurrou os vendo dormindo: — Eles estão bem, eu sei que estão, mas me bate uma saudade! Você me entende, não é Sofia. Sofia não tinha filhos, mas tinha irmãos. Por eles, estava ali em outro país para que eles tivessem uma vida melhor no Brasil. Seus olhos marejaram por uns segundos. — Entendo sim! Susan se despediu de Sofia e encontrou Adam com as luzes acesas no quarto. — Já que você me acordou, vamos brincar? — Pediu com um sorriso travesso e um olhar sexy sobre o corpo de Susan na linda camisola de seda. Susan fez um ar pensativo como se estivesse considerando aquela possibilidade. Adam se encaixou no bumbum dela a abraçando por trás e repetiu o convite só que mordendo a pontinha da orelha dela que se arrepiou e começou a sentir sua bocetinha umedecer e contrair de tesão. Se virou e o beijou. — Claro, estou pronta para qualquer brincadeira. — Qualquer um mesmo? Olha que eu posso abusar! Ela se esfregou encaixando-se nele. — Estou pronta para tudo, meu amor! — Susan sorriu. Adam diminuiu a luminosidade do quarto e tirou a camisola de Susan a levando para a cama. — A brincadeira hoje não tem hora para acabar. Susan repetiu: — Não tem! Adam se despiu do calção e deitou-se a puxando em um beijo quente e apaixonado. — Eu te amo! — Eu te amo pra sempre, meu herói. Aquela madrugada foi bem intensa e cheia de amor como sempre! Fim!